FREDERICO Cognição

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ÍNDICE

I Introdução......................................................................................................................................2

1.1 Objectivos..................................................................................................................................3

1.1.1 Geral.......................................................................................................................................3

1.2.1 Específicos..............................................................................................................................3

1.2.2 Metodologia............................................................................................................................3

2.1 Fundamentação teórica..............................................................................................................4

2.1.1 Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget...........................................................4

2.2.1 O desenvolvimento cognitivo (desenvolvimento do pensamento).........................................4

2.2.2 Os estádios do desenvolvimento cognitivo.............................................................................6

2.3.2 Estádio sensório-motor (0 a 2 anos de idade).........................................................................6

2.3.3 Estádio pré-operatório (2-7 anos de idade).............................................................................7

3.1 Estádio de operações concretas (7-12 anos de idade)................................................................8

3.1.1 Estádio das operações formais (12 –18 anos de idade)..........................................................8

3.2.1 Contribuições da teoria piagetiana para a educação...............................................................9

3.2.2 A teoria de Piaget na sala de aula.........................................................................................10

II Conclusão...................................................................................................................................12

III Referências bibliográficas........................................................................................................13


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I Introdução

Os estudos realizados pelo pesquisador Jean Piaget é de suma importância para o


entendimento e analises das fases de desenvolvimento humano no que tange o aspecto biológico.
Visto que o desenvolvimento da aprendizagem está intimamente ligado a maturação dos aspectos
biológicos, onde pode ocorrer nesse processo a auto-regulação, ou seja, a adaptação e interacção
do ser com um novo ambiente, sendo que parte da observação animal posteriormente para a
humana.

Portanto, o desenvolvimento da aprendizagem está directamente ligado aos estímulos que


o ambiente oferece e como o organismo se adapta aos mesmos, gerando assim mudanças que
acarretam em desenvolvimento e consequentemente em aprendizagens, passando por fases de
maturação no decorrer da vida.

A presente pesquisa conta com o objectivo de unificar as fases de desenvolvimento de


Piaget em 1999 os quais são quatro estágios que proferem o desenvolvimento infantil: sensório-
motor, pré -operacional, operacional concreto e operações formais, bem como será descrito cada
estágio em suas principais particularidades. Para atingir os objectivos da pesquisa esta será de
natureza básica, tendo uma abordagem qualitativa quanto a seus resultados e exploratória quanto
a seus objectivos, sendo teórica quanto a seus procedimentos clínicos, utilizando-se de revisão
bibliográfica.

Quanto a natureza é uma pesquisa básica, com uma abordagem qualitativa, quanto aos
objectivos é exploratória, quanto aos procedimentos técnicos é teórica utilizando-se de revisão
bibliográfica.

Com o desenrolar das análises, percebe-se a real importância de cada estágio para
formação humana, e a relação de ligação de cada qual, e a relevância do equilíbrio entre
adaptação, assimilação e acomodação as quais regem as passagens de estágios, as quais devem
receber grande atenção e atendimento, pois ocorre nesse processo a progressão do conhecimento
e a construção de estrutura para as demais aprendizagens do estágio a ser atingindo não Levando
em consideração a importância do conhecimento das fases de desenvolvimento humano, pode-se
ter melhores compreensões do ser humano como um todo, ocorrendo um melhor discernimento
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das particularidades de cada estágio, e quais as melhores abordagens a serem utilizadas quando
necessário auxiliar no desenvolvimento de habilidades ou estimulação do processo de aquisição
de conhecimento e de novos saberes.

1.1 Objectivos

1.1.1 Geral

 Compreender a teoria de desenvolvimento cognitivo na visão de Piaget.

1.2.1 Específicos

 Explicar em que consiste a assimilação e acomodação;

 Analisar os estágios de desenvolvimento cognitivo;

 Compreender a contribuições da teoria piagetiana para a educação;

 Explicar a teoria de Piaget na sala de aula.

1.2.2 Metodologia

Quanto a natureza, é uma pesquisa básica, com uma abordagem qualitativa, quanto aos
objectivos é exploratória, quanto aos procedimentos técnicos é teórica utilizando-se de revisão
bibliográfica.

De acordo com Gerhardt e Silveira (2009), a pesquisa básica tem o intuito de gerar novos
conhecimentos através de verdades ou interesses universais, sem ocorrer aplicação prática. Tem
uma abordagem qualitativa que segundo (GIL, 2009), realizasse levando de dados e descrição
dos mesmos.

Para atingir os critérios anteriormente citados a pesquisa será exploratória com o


“objectivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato” (GIL,
2008 p.28), envolvendo um levantamento bibliográfico acerca das fases de desenvolvimento
humano voltada a teoria piagetiana.
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Para tanto a pesquisa bibliográfica, será a base para a presente pesquisa, sendo “o estudo
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes
electrónicas, [...].” (VERGARA, 1998, p. 46).

2.1 Fundamentação teórica

2.1.1 Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget

Segundo La Taille (2003, p. 12), a influência de Jean Piaget não tem andado longe da
Freud. Nascido em Suécia em 1896, Piaget passou a maior a parte da sua vida dirigindo um
instituto de desenvolvimento infantil em Genebra. Publicou um número extraordinário de obras e
trabalhos científicos, não apenas sobre o desenvolvimento da criança, mas também sobre
educação, história do pensamento, filosofia e lógica, e manteve a sua prodigiosa produção ate a
data da sua morte em 1980.

Embora Freud tenha dado tanta importância, nunca estudou directamente a criança. A sua
teoria foi desenvolvida a partir de observações feitas no decurso de tratamento de pacientes
adultos em sessões de psicoterapia. Piaget, pelo, contrário, passou a maior parte da sua vida
observando o comportamento de bebes, crianças e adolescentes. Baseou-se muito do seu trabalho
em observações minuciosas de um número limitado de indivíduos, mais do que no estudo de
grandes amostras. Não obstante, defendia que a maioria das suas das suas principais descobertas
eram validas para o desenvolvimento das crianças de todas as culturas.

2.2.1 O desenvolvimento cognitivo (desenvolvimento do pensamento)

Segundo Piaget (1973, p. 76), o desenvolvimento cognitivo é produto do equilíbrio entre


o organismo e o meio, porque a aquisição ou assimilação de conhecimentos é um processo
evolutivo de construção, na teoria epistemológica de conhecimento ou epistemologia genética.

No desenvolvimento cognitivo colocam-se as questões como: “como é possível o


conhecimento”? como é que os conhecimentos aumentam, compreensão? extensão? quer dizer
em quantidade como em qualidade.

Um conhecimento é construído com base nos conhecimentos anteriores organizando-se


em processos cognitivos segundo a adaptação do organismo ao meio. A ideia piagetiana é
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estrutural ou obstrucionista quando evidencia a construção ou organização de estruturas mentais


ou processos cognitivos. Por outro lado, é funcional ou psicobiológica devido a adaptação
orgânica e intelectual ao meio como condições funcionais no sentido de surgir uma organização
das estruturas cognitivas. Assim, o desenvolvimento cognitivo surge das funções de organização
e de adaptação.

O desenvolvimento leva as mudanças progressivas e sequenciais na estrutura da


organização dos processos cognitivos por causa da dialéctica ou interacção a organização e
adaptação. A progressiva adaptação orgânica e intelectual ao meio conduz ou leva a uma
progressiva mudança na sequência das estruturas cognitivas, tendo um estado mutável e não
rígido.

Assim, o processo de adaptação realiza-se por meio de equilíbrio entre assimilação e


acomodação. O equilíbrio leva a aquisição de estruturas cognitivas (o desenvolvimento
cognitivo). As estruturas cognitivas se resumem em dois tipos: esquemas e conceitos.

Um esquema é um conjunto de regras que define um género específico de


comportamento (actividades de chuchar, apalpar, olhar, etc.) como parte da estrutura cognitiva
da criança. Quando mais cresce, vai conhecendo o seu meio, também vai desenvolvendo
estruturas mentais (conceitos segundo Piaget), referindo aquelas normas que descrevem
acontecimentos ambientais, relações entre conceitos, seus efeitos. Pois, a adaptação ao meio
ambiente faz-se através do processo de assimilação e acomodação.

Assimilação

Assimilação como processo espontâneo da criança consiste em integrar ou interiorizar a


experiência do meio ambiente onde esta inserido. Consiste em acrescentar novos elementos a um
conceito ou a um esquema.

Acomodação

Refere-se ao ajustamento desses elementos a nova situação. O ajustamento que o


indivíduo faz ao incorporar a realidade externa. Se a assimilação consiste na capacidade de o
sujeito interiorizar e conceptualizar as suas experiências do meio, a acomodação é a resposta do
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sujeito as exigências imediatas e constrangedoras do meio, e o grau de adaptação aos estímulos


externos, mediante a reorganização cognitiva, em vez de respostas mecânicas. (Piaget, 1973).

2.2.2 Os estádios do desenvolvimento cognitivo

Piaget divide os períodos do desenvolvimento humano de acordo com o aparecimento de


novas qualidades dos pensamentos, o que, por sua vez, interfere no desenvolvimento global.

 1° período: sensório-motor (0 a 2 anos);

 2° período: pré-operatório (2 a 7 anos);

 3° período: operações concretas (7 a 11 ou 12 anos);

 4° período: operações formais (12 aos 18 anos de idade).

Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que o indivíduo consegue fazer
de melhor em cada faixa etária. Todos passam por todas essas fases ou períodos, nessa
sequência, porém o início e o término de cada uma delas dependem das características biológicas
do indivíduo e de factores educacionais, sociais. Portanto, essa divisão em faixa etária é uma
referência, não uma norma rígida.

Piaget acentua bastante a capacidade da para entender activamente o mundo. As crianças


não observam de uma forma passiva a informação, mas seleccionam e interpretam o que vêem,
ouvem e sentem acerca do mundo que as rodeia. A partir dos estudos e de numerosas
experiências que efectuou sobre as formas de pensar da criança, chegou a conclusão de que os
seres humanos atravessam vários estádios distintos de desenvolvimento cognitivo, ou seja, vão
aprendendo a pensar sobre eles próprios e mundo a sua volta. Cada estádio implica a aquisição
de novas capacidades e esta dependente de uma de uma conclusão bem-sucedida da fase anterior.
(Piaget, 1973).

2.3.2 Estádio sensório-motor (0 a 2 anos de idade)

Até uma idade máxima de quatro meses, um bebé não consegue diferenciar-se do que o
rodeia. O desaparecimento do objecto no campo visual da criança perde todo interesse por ele
(não existe/nunca existiu); por exemplo a criança não entende que são os próprios movimentos
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que provocam o ranger do berço e não diferencia entre objectos e pessoas. A actividade cognitiva
e comportamental. Pensar e agir. Irreversibilidade. O bebé não tem noção de que existe algo fora
do seu campo de visão.

Como demonstram alguns estudos, os bebés aprendem de forma gradual a, a distinguir as


pessoas dos objectos, começando a perceber que ambos tem uma existência independente das
suas percepções mais imediatas. Aos 6 meses de idade, a criança investida as características do
objecto. Procura o objecto escondido, continua a existir.

Piaget chama a este primeiro estádio sensório-motor, pois as crianças aprendem usando
os seus diferentes sentidos, sobretudo tocando objectos, manipulando-os e explorando
fisicamente o meio ambiente. De 1 ano e meio o pensamento da criança esta ligado a linguagem,
esquemas motores e a conceitos de objectos e das suas características. A principal conquista
neste estádio e que, no fim, a criança já entende que o meio ambiente tem propriedades próprias
e imutáveis. (Piaget, 1973).

2.3.3 Estádio pré-operatório (2-7 anos de idade)

Foi aquele que Piaget dedicou grande parte da sua investigação. Nesta fase desenvolvem-
se outras estruturas cognitivas: a criança e capaz de distinguir o “eu” do objecto; adquire noção
de tempo e espaço. Tem início a reversibilidade. A criança já domina a linguagem e se torna
capaz de usar palavras para, de uma forma simbólica, representar objectos e imagens. Uma
criança de quatro anos, por exemplo, pode usar a mão em movimento para representar o conceito
de “avião”.

Inicio da aquisição de noção de conservação da massa e volume (quantidade) Piaget


apelida este estádio de pré-operacional, pois as crianças ainda não são capazes de usar, de uma
forma sistemática, as suas capacidades mentais em desenvolvimento. A maneira de ver o mundo
característica destas crianças e o egocentrismo, ela acredita que as pessoas vêem o mundo
exactamente como ela vê, p. Ex: ao contar um facto, omite pormenores importantes “julgando”
que o outro tem a mesma visão do facto.

Este conceito não se refere a egoísmo, mas a tendência da criança interpretar o mundo
exclusivamente em função da sua própria posição. (ex. pedir explicação de uma ilustração
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enquanto o livro esta virado para si. A criança não entende que o outro não vê); as crianças falam
ao mesmo tempo, mas não com a outra, como os adultos fazem; não tem categorias de
pensamento que o adulto tem, a criança não tem conceitos de causalidade, velocidade, peso ou
número (mesmo se a criança observar alguém a deitar água num recipiente alto e estreito para o
outro mais baixo e largo, não entende que o volume continua o mesmo – mas conclui que há
mais água no segundo recipiente, porque o nível da água esta mais abaixo.

3.1 Estádio de operações concretas (7-12 anos de idade)

Existe um equilíbrio estável entre assimilação e acomodação. Durante esta fase as


crianças dominam noções lógicas e abstractas. São capazes de, sem grande dificuldade, lidar com
ideias como a de causalidade. Uma criança nesta fase de desenvolvimento e capaz de reconhecer
o raciocínio falso implícito na ideia de que o recipiente mais largo continha menos água do que o
mais estreito, mesmo que os níveis da água sejam diferentes.

Torna-se capaz de efectuar operações matemáticas, como a multiplicação, a subtracção


ou divisão. As crianças neste período são muito menos egocêntricas. Se perguntar a criança
quantas irmãs tem ela dirá uma, mas se perguntar quantas irmãs tem a tua irmã ela
provavelmente dirá “nenhuma” porque não e capaz de se colocar na posição da irmã, não e capaz
de raciocinar em termos hipotéticos.

3.1.1 Estádio das operações formais (12 –18 anos de idade)

Desenvolvimento das capacidades lógicas, de representação simbólica. Criação de


hipóteses e sua verificação. Pensamento abstracto, dedutivo (processo de transição do geral ao
particular) e indutivo. Raciocínio formal segundo a cultura.

Quando deparam com um problema, as crianças nesta fase são capazes de rever todas as
formas possíveis de resolver, examinando-o teoricamente de maneira a chegar a uma solução.
Um jovem na fase operacional, e capaz de entender porque e que algumas questões são
traiçoeiras.

De acordo com Piaget os primeiros três estádios de desenvolvimento são universais; mas
nem todos os adultos alcançam o estádio operacional formal. O desenvolvimento deste tipo de
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pensamento esta dependente, em parte, dos processos de escolaridade. Os adultos com uma
educação limitada tendem a continuar a pensar em termos mais concretos e reter largos traços de
egocentrismo. (Piaget, 1973).

3.2.1 Contribuições da teoria piagetiana para a educação

Indubitavelmente, os trabalhos de Piaget têm contribuído significativamente para a


educação científica. No sentido de proporcionar um conhecimento minucioso sobre o
desenvolvimento do ser humano e esse conhecimento permite compreendermos como nossa
interacção e acção com o meio influenciam em nossa capacidade de aprender os conceitos
científicos e suas implicações em nosso cotidiano.

Segundo Palmer (2010), Piaget definiu a educação como uma relação de duas mãos, onde
de um lado está o indivíduo em crescimento e de outro está os valores sociais, intelectuais e
morais que o professor tem o dever de incutir no sujeito educando.

Podemos dizer então que ao ensinar o professor também desenvolve valores e normas
que deverão ser apreendidas pelos estudantes com o objectivo de melhor se adaptar ao meio e
agir sobre ele. E ao aprender isso, o educando é capaz de compreender como a sociedade está
organizada e sente a necessidade de adaptar-se a essa realidade construindo conhecimentos que
possibilite sua adaptação.

Piaget contribui no sentido de explicar a importância da acção do sujeito mediante o meio


e essa acção é indispensável na construção de conhecimentos, ou seja, o estudante precisa
participar activamente do processo de aprender. Dessa forma, ele passa a construir coisas nova
ao invés de repetir ou reproduzir algo que lhes foi transmitido.

Segundo Lefrançois (2008), a teoria de Piaget causou um grande impacto no currículo


escolar ao enfatizar que a aprendizagem é muito mais do apenas deslocar informações de fora
para dentro da criança. Desse modo, surgiu o construtivismo que consiste numa abordagem para
ensinar e aprender onde a criança tem papel central e activo na construção do conhecimento.
Esse método construtivista parte do princípio de que o estudante deve ser estimulado a pensar
criticamente e de forma independente, ou seja, que ele seja capaz de construir coisas novas a
partir de sua Acão e mediação de seu professor. À medida que agimos para nos adaptarmos ao
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meio, estamos mobilizando vários processos cognitivos, como o raciocínio, atenção e o


pensamento, que nos permitem a resolução de problemas o que consiste numa atitude inteligente.

Para Piaget, o principal objectivo da educação é criar indivíduos que sejam capazes de
fazer coisas novas e não simplesmente repetir aquilo que outras gerações fizeram. Isto significa
dizer que a educação não pode mais trabalhar para que os alunos apenas memorizem, mas
principalmente para que estes alunos além de memorizar sejam autónomos para inventar,
produzir e criar novos conhecimentos, que esses alunos não conheçam somente o produto do
ensino, mas participem do processo de construção do produto. Segundo Coll (2009), a
aprendizagem contribui para o desenvolvimento na medida em que o aluno não copia ou
reproduz sua realidade, pelo contrário, quando ele é capaz de elaborar uma representação pessoal
sobre o objecto da realidade ou conteúdo que quer aprender.

3.2.2 A teoria de Piaget na sala de aula

A teoria piagetiana é utilizada não por muitos professores, embora muitos digam que a
utilizem, mas somente por aqueles que possibilitam ao aprendiz a construção do conhecimento e
que consideram a maturação neurofisiológica como condição do desenvolvimento, é que
realmente fazem uso dos trabalhos de Jean Piaget. Embora essa teoria tenha recebido críticas,
não há dúvidas de sua importância como teoria que sustenta um trabalho pedagógico.

Para Lefrançois (2008), a teoria de Piaget tem como essência sua ênfase na génese do
desenvolvimento do conhecimento o que chamou de epistemologia genética. Entretanto, também
é uma teoria da aprendizagem, pois só há aprendizagem se houver desenvolvimento, ou seja, o
sujeito desenvolve-se e com isso aprende sobre o mundo e sobre si mesmo. “Maturação,
experiência activa, equilibração e interacção social são as forças que moldam a aprendizagem”.

Desse modo, em sala aula é necessário respeitar o momento do sujeito, o instante em que
o estudante está pronto para aprender determinado conteúdo, possibilitando a ele experiências
que possa agir activamente no processo, conseguindo um equilíbrio entre o que já conhece e
aquilo que é novo e que precisa conhecer por meio da interacção com outros sujeitos. São esses
aspectos que o professor precisa considerar para a efectivação da aprendizagem e construção de
conhecimentos de seus estudantes.
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Por meio da teoria piagetiana, o professor pode saber quando ensinar determinado
conteúdo e de que forma deve ser ensinado, pois pelos estágios estudados por Piaget, é possível
visualizar o desenvolvimento dos sujeitos e o que lhe é possível aprender em determinado
estágio. Isto significa dizer, que o professor sabe quando e como ensinar ao seu estudante e que
desenvolvimento pode-se esperar dele, dependendo do estágio pelo qual está passando. (PIAGET
apud LEFRANÇOIS, 2008, p.260).

Em suma, é importante respeitar o desenvolvimento do estudante e a forma como este


aprende. É importante também conhecer como o sujeito organiza em sua estrutura cognitiva as
informações recebidas do meio. Somos seres diferentes e por isso percebemos o ambiente de
formas diferentes e damos a ele significados de acordo como o percebemos. Isto significa dizer
que cada sujeito constrói o conhecimento de acordo como percebe e organiza as informações em
sua estrutura cognitiva, isto é, construímos conhecimento que nos permite adaptamo-nos ao meio
em que estamos inseridos para resolver os problemas desse meio. Cabe então ao professor
possibilitar ao sujeito as oportunidades necessárias para essa construção.
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II Conclusão

Ao concluir a presente pesquisa, percebe-se que ao ter conhecimento dos períodos de


desenvolvimento, pode-se potencializar o aprendizado das crianças, pois os actividades
conteúdos apresentados serão adequadas para a faixa etária do público alvo, contribuindo
grandemente coma formação individual.

Quando analisamos separadamente cada período de desenvolvimento, podemos também


fazer a separação de conteúdos trabalhados para cada faixa etária, evitando assim concretização
de equívocos educacionais, reduzindo assim a aplicação de actividades que entrem em
desequilíbrio com as capacidades de absorção de conhecimento, assim cada assunto voltado a
seu grau de dificuldade, será aplicado nas fases mais ideais, dependendo que o indivíduo se
encontra.

O que motivou as pesquisadoras a analisar o presente assunto, foi a disseminação das


particularidades dos períodos de desenvolvimento para os professores actuantes na Educação
Básica, a fim de elencar actividades que contemplem positivamente as potencialidades de seus
alunos em consonância com a faixa etária, bem como para que a sociedade em geral possa
identificar igualmente a questão anteriormente apresentada, pois quando a comunidade escolar e
familiar trilham o mesmo caminho, a educação e o processo de ensino-aprendizagem terão
ganhos, que potencializaram suas condutas no que tange os estímulos para aquisição de
conhecimentos, contribuindo com a fase actual que o indivíduo esta passando, bem como com os
saberes futuros, preparando assim uma óptima base cognitiva, física e psicológica.
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III Referências bibliográficas

La Taille, Y. (2003). A construção do conhecimento: São Paulo: Secretaria de Estado de


São Paulo. Summus.

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Demo, Pedro. Professor do futuro e reconstrução do conhecimento. 6ª edição. Petrópolis,


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Becker, Fernando. O caminho da aprendizagem em Jean Piaget e Paulo Freire: Da ação


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Gerhardt, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa: coordenado


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Gil, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4º ed. São Paulo: ATLAS
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