O Canto Coral No Espaço Escolar
O Canto Coral No Espaço Escolar
O Canto Coral No Espaço Escolar
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Sumário
Introdução ........................................................................................................ 3
Planejamento ............................................................................................... 7
O Ensaio ...................................................................................................... 9
Ensaio – espaço de ensino e aprendizagem .......................................... 10
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 21
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NOSSA HISTÓRIA
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O Canto Coral no Espaço Escolar
Introdução
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Porém, o canto coral não se limita somente a interpretação de um repertório
feito especialmente para coro, mas vai muito mais além, trabalha a autoestima, a
socialização, o “saber trabalhar em equipe”, além de proporcionar ao indivíduo a
oportunidade de ampliar seus conhecimentos culturais, se tornando uma pessoa mais
instruída culturalmente, ampliando sua forma de entendimento e apreciação da arte
do canto em conjunto. O canto coral proporciona um olhar diferenciado para as
potencialidades do ser humano, para a consciência do ser em grupo.
Canto coral
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Em suma, todos estes aspectos relacionados a pessoa do regente, se
enquadram diretamente com qualquer atividade coral. Porém, em se tratando de uma
atividade voltada para jovens estudantes, estes aspectos possuem maior relevância.
Segundo Schimiti (2003):
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O regente que se coloca a frente desta atividade deve assegurar aos seus
coralistas uma orientação adequada para que estes utilizem sua voz de uma forma
coerente e saudável.
O canto coral, sendo utilizado como prática pedagógica e musical, pode trazer
inúmeros benefícios aos participantes. E, ao considerarmos estes elementos,
tornamos importantes não só o aspecto intelectual de conhecimentos musicais e
técnicos, mas todo o fator gerado ao prazer, a autoestima, a alegria e o bem-estar
que este trabalho pode proporcionar. Orth (2013, p. 39) salienta que “todo o processo
de ensaio, desde o relaxamento, aquecimento, vocalizes, contribuem para a
sensação de bem-estar.” E, em seu trabalho, coloca que:
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O canto coral deve proporcionar aos seus componentes esta qualidade de vida.
Deve contemplar esta sensação de bem-estar em todo o processo da atividade. E
estas aspirações devem ser estimuladas já desde o início, com o relaxamento,
aquecimento, vocalizes, etc. O trabalho coral deve trazer este gosto em desenvolver
e trabalhar a voz nos processos de ensaios. Visto que, a plena realização e bem-estar
percebidos, ao fazer parte deste trabalho, permeiam desde o fato de cantar porque
gostam, porque se sentem satisfeitos em estar participando, ou na busca de melhorar
sua voz e sentir-se felizes com quaisquer progressos individuais ou coletivos
alcançados.
Planejamento
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compreender e se expressar utilizando a música. Contudo, um grande número de
outros objetivos podem ser definidos levando-se sempre em consideração as
peculiaridades do grupo. Partindo do geral, para o específico, as possibilidades
envolvem objetivos relativos ao uso e conhecimento da voz, familiaridade com
diversas formas de expressão musical relacionadas a contextos culturais e históricos,
bem como desenvolvimento da percepção musical em seus distintos aspectos.
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d) Objetivos Pedagógicos: relacionados à proposta pedagógica da escola,
temas interdisciplinares, e comemorativos.
O Ensaio
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Ensaio – espaço de ensino e aprendizagem
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Ensaio – momento de ensino e aprendizagem
O ensaio deve ser atrativo e dinâmico. O coral é uma atividade para todos os
alunos, independente de desejarem ou não participar, procuro me esforçar para que
o ensaio seja interessante mesmo para aqueles que não gostam muito de cantar.
Para isso, gosto de utilizar pequenas brincadeiras e jogos didáticos, que tornam a
atividade mais divertida e ao mesmo tempo auxiliam no processo de ensino e
aprendizagem.
3) Ensaio do repertório
4) Relaxamento/Desaquecimento.
Esta divisão do ensaio é muito comum, e utilizada pela maioria dos regentes
de corais, para diversas idades e contextos. Contudo, o viés didático de cada parte
deve ser a busca constante do regente. Tudo o que é feito, solicitado, planejado,
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cantado, pensado deve ser com fins educativos, sempre tendo em vista os objetivos
estabelecidos.
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Nos ensaios das outras séries do Ensino Fundamental, a ênfase é na
diversidade de repertório e no desenvolvimento da percepção musical e expressão
vocal. Os objetivos abrangem o conhecimento da música como expressão cultural de
diversas culturas e épocas; maior domínio da voz cantada através da reprodução de
diferentes parâmetros sonoros.
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Desenvolvimento escolar e intelectual
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Compreende-se que a escola, além de exercer seu papel em desenvolver
aprendizagens a partir dos conhecimentos escolares, pode ser responsável por
estimular a criatividade dos estudantes, criando ambientes motivadores e
desafiadores que favoreçam o pleno desenvolvimento dos educandos. Arroyo (2000)
defende que a escola não deve ser uma experiência amarga, excludente, pois nos
tornamos mais humanos no grau em que as condições materiais em que vivemos e
nas relações que temos com os outros. Para isso, o ambiente precisa ser favorável,
pois somente em um clima mais humano nos tornamos humanos.
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Nesse espaço no qual são empreendidas distintas e múltiplas relações
interpessoais, pondera-se que, muitas vezes, o ensino é pensado apenas em sua
dimensão cognitiva, a dimensão afetiva acaba ficando em segundo plano ou então é
desconsiderada, como se as dimensões cognitivas e afetivas estivessem descoladas
entre si. Compreende-se que a relação afetiva é crucial para um bom relacionamento
entre professor, aluno e demais agentes da escola. Novamente a formação integral
está imbricada nesse processo, pois a formação plena visa a todas as dimensões que
fazem parte de um sujeito, um sujeito múltiplo, integral e dialógico que se relaciona
com outros sujeitos múltiplos, integrais e dialógicos.
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Compreende-se, então, que as relações interpessoais empreendidas no
âmbito escolar refletem, também, nas demais esferas sociais. Assim, a formação
integral do sujeito é perpassada e pautada em relações pessoais.
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Em outros tempos, o acesso à música se dava pelo antigo e famoso disco de
vinil, que ainda hoje é procurado e, aos poucos, está voltando por ser uma ótima
opção para se apreciar uma boa canção, visando à qualidade sonora. Com o passar
do tempo, os recursos evoluíram, o conhecido “bolachão” ficando de lado e os meios
digitais foram evoluindo e ganhando espaço. Nos dias atuais, é comum encontrar a
música em brinquedos infantis e aparelhos celulares, que com um cartão de memória,
reproduzem músicas para todos os gostos e gêneros.
A música é uma linguagem da arte que está presente desde as tribos indígenas
até as grandes cidades. Desse modo, ela está enraizada em diferentes povos e
culturas, ainda que de diferentes formas.
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possibilite explicitar ao mundo os seus anseios, descobertas, ideias e revoltas. Por
meio do canto, o adolescente pode experimentar diferentes aspectos de suas
transições, sejam elas fisiológicas ou psicossociais.
Mais ainda, que essas músicas sejam recriadas, renovadas, enriquecidas com
arranjos e outros elementos musicais – isto é, que tragam aprendizado para os
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alunos. Mas que, de forma alguma, o coro se limite a reproduzir o que a mídia já faz
de maneira massiva, com fins puramente comerciais e não educativos (e que as
crianças já conhecem muito bem).
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REFERÊNCIAS
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COSTA, Patricia. O uso da voz no coro juvenil. In: SOBREIRO, S. Desafinando
a Escola. Editora Musimed, 2013.
DEL BEN, Luciana. Ouvir-se música: novos modos de vivenciar e falar sobre
música. In: SOUZA, J. (Org.) Música, cotidiano e educação. Porto Alegre: PPG
Música da UFRGS, 2000.
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SOUZA, Jusamara. Aprender e Ensinar Música no Cotidiano. 2. ed. Porto
Alegre: Sulina, 2009.
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