Redes Literarias Singulares e Escritas N
Redes Literarias Singulares e Escritas N
Redes Literarias Singulares e Escritas N
Siempre existe esa ruptura transformadora que nos escinde entre lo que
fuimos antes y lo que somos después del viaje. En ese sentido hay en
ello algo similar a la experiencia estética.
Ana PIZARRO (2004, p. 82)
1
Publicado em Cordiviola, A; Olmos, A; Palmero González, E; Gárate, M (Org). Temas para uma história
da literatura hispano-americana – Vol. 2 (Inscrições do sujeito/ Redes do literário). Porto Alegre: Letra1,
2022.
heterogeneidade cultural de Antonio Cornejo Polar (1994). Em diálogo com Cornejo
Polar, Abril Trigo observa que a dimensão cultural que decorre da “migrância”, referindo-
se ao movimento do “migrante transnacional” (TRIGO, 1997, p. 164), vai além do mero
trânsito geográfico, articulando um locus enunciativo instável, que gera um sujeito plural,
cuja praxis se formula como “frontería”. Sua “id/entidade”, conforme entende, é
circunstancial, portátil, articulante, caracterizada mais pela produtividade que pelos
produtos que a representam. Essa condição não gera obra, pode-se dizer em consonância
com Jean-Luc Nancy, mas processos dinâmicos de significação, ou de significância, diria
o filósofo (2003), ao defender o “sentido do mundo” dinâmico contra o “mundo do
sentido” estático.
No contexto transnacional do começo do século XXI, o corpus selecionado para
este capítulo se relaciona a deslocamentos de caráter econômico e cultural que marcam
pelo menos três experiências diferentes e significativas para a produção artística de Maria
Alzira Brum, Dani Umpi e Rey Andújar: do Brasil ao México, do Uruguai para a
Argentina, da República Dominicana e Porto Rico para os Estados Unidos. Estas
experiências de mobilidade, cujo caso mais emblemático para a literatura latino-
americana contemporânea talvez seja o de Roberto Bolaño, caracterizam graus
relativamente diversificados em função de diferentes línguas, zonas culturais, dinâmicas
sociais e históricas. Compartilham, no entanto, um “capital social e cultural” propiciado
pela globalização e pela cibercultura, pelas dinâmicas de transnacionalização e de
comunicação em massa.
Dani Umpi exemplifica a mobilidade em uma mesma zona cultural, a região rio-
platense, sem distinção linguística, que se dá do interior para a capital, mas também
transita por linguagens artísticas diferentes, caracterizando uma mobilidade entre regimes
simbólicos e suportes expressivos bastante radical. Além de compor, produzir vídeos e
atuar como cantor e multiartista, escreve narrativas que destacam um lugar praticado da
diferença, principalmente pelos personagens homossexuais, como em Miss Tacuarembó
(2004), levada ao cinema por Martín Sastre em 2010, ou Solo te quiero como amigo
(2006). Em Un poquito tarada (2014)¸ a mobilidade de gênero, os perfis fakes na internet
e na vida social, o movimento no espaço, da Argentina, ao Brasil e à Bolívia, caracterizam
a protagonista na sua relação com o mundo. Sua busca pela origem por meio dessas redes
e territórios, marcada pela fuga do pai, a conduz à frustração das expectativas. No entanto,
ao final da trajetória, sua descoberta evidencia a inconstância e a mobilidade como
dinâmicas da vida.
Maria Alzira Brum realiza um movimento inter-regional, assim como Rey
Andújar, vinculado à mudança da língua, porém, isso não representa para ela uma
diferença cultural devido à sua experiência com a língua espanhola. Sua produção literária
se articula a diferentes campos, como a ciência, as linguagens artísticas, a reflexão crítica,
a cultura popular e as ações literárias, como a performance e as oficinas de escrita criativa,
em que sua prática escrita também efetua uma mobilidade de autoria. Seus interesses
perpassam a narrativa como uma piscadela autoficcional, um sujeito de fala, estrangeira,
Maria ou M., uma imagem em fotografia, que se mimetiza com o texto em No hacerlo
(2013). Desta forma, o texto literário flerta com outras linguagens, com o acervo cultural
da autora, com a vida em movimento. Em Ensaio para não morrer na praia, registra que
“escrever é uma forma de migração” (2017, p. 15), indicando a des(re)territorialização
como parte da sua poética. Os deslocamentos, rupturas e repetições na narrativa
promovem a mobilidade de sentidos de A ordem secreta dos ornitorrincos (2008), cujo
sintoma evidenciado pela personagem é a desconexão. A ausência de “senso lógico” é a
lógica da composição narrativa nesta obra, construída para criar imagens deslizantes e
sentidos precários como fluxo, em suas redes singulares.
O espaço cenográfico é onde Rey Andújar transita para colocar sua literatura em
relação com a performance, o teatro e a dança, como em Antípoda (2011). Seu texto
literário surge como extensão do olhar narrativo sobre a dinâmica espacial praticada pelo
corpo e pela palavra dos personagens, que produz ou oculta sentidos, para fortalecer uma
construção cinemática do relato, aproximando-se do cinema, como aconteceu com
Candela (2007), adaptado por Andrés Farías Cintrón em 2020. No caso de Los gestos
inútiles, a narrativa policial cria um espaço de sentidos que é experimentado pelos
personagens de muitas maneiras: em um contexto transnacional, que constitui um circuito
de mobilidades entre República Dominicana, Porto Rico, Estados Unidos, Espanha,
Holanda, e em um contexto urbano, em Santo Domingo, em que o relato organiza uma
teia de percursos pela cidade, explicitando desigualdades sociais e miséria humana
decorrentes de relações históricas de manipulação e corrupção. Em consequência, os
personagens aparecem desencaixados entre si, incapazes de mudar as relações de poder.
Mesmo em seu país natal, seus personagens muitas vezes se sentem como Megan Van
Nerissing de Ecuatur (Andújar, 2017, p. 10), “unhomed everywhere: fuera de lugar, sin
teledoppler, con el gps jodido, extranjera, fake, pretender, faker. Unhomeliness”.
De modo geral, o deslocamento dos escritores é uma condição permanente da
literatura hispano-americana, considera Diogo Cavalcanti ao observar a intensidade dos
processos de mobilidade da primeira década deste século, sendo que o mercado editorial,
a pesquisa acadêmica e a colaboração em suplementos literários os direcionaram
principalmente para a Espanha ou para os EUA. Na sua perspectiva, os escritores
assumem o deslocamento como um lugar de enunciação, superando a simples
circunscrição geográfica, o que os leva a configurar um posicionamento híbrido,
“despojado de conceitos monolíticos de identidade” (CAVALCANTI, 2016, p. 3). Isso
favoreceu um caráter antinacional para a literatura latino-americana, mais frequente desde
os anos 90, segundo Josefina Ludmer (2010, p. 165), em decorrência dos projetos
neoliberais que predominaram na política continental, levando a uma reavaliação sobre
os conceitos de nação e território tendo em vista as ações autoritaristas e conservadoras
do Estado nas décadas anteriores. Em Aquí América Latina (2010), Ludmer se propõe
especular territorialmente para entrar na “fábrica de realidade” da imaginação pública no
começo do século XXI. Propõe mobilizar algo mais que noções como fronteiras,
itinerários, redes e linhas, para considerar os corpos que constituem o território.
Los cuerpos son anexos al territorio; desde esta perspectiva, un
territorio es una organización del espacio por donde se desplazan
cuerpos, una intersección de cuerpos en movimiento: el conjunto de
movimientos de cuerpos que tienen lugar en su interior y los
movimientos de desterritorialización que lo atraviesan. Y eso puede
verse a través de las ficciones. (LUDMER, 2010, p. 123)
Desta forma, o território não seria algo preexistente ao sujeito, mas resultado de
uma interação do corpo com o espaço. Para além das concepções materialista ou idealista
sobre o tema, o território equivale a uma dinâmica de sentido constituída pela ação do
sujeito no espaço, enquanto “espaço-tempo vivido”, múltiplo, diverso e complexo,
variável de acordo com os sujeitos que os constroem, considera Rogério Haesbaerth da
Costa (2005, p. 6776). Em consequência, diz respeito a relações históricas, políticas,
econômicas, sociais e culturais. Esta perspectiva define o que ele considera como um
“território-rede”, segundo o qual a mobilidade passa a ser fundamental na construção do
território, ao contrário da concepção zonal, mais estática e unitária. Por isso, “muito mais
do que uma coisa ou objeto, o território é um ato, uma ação, uma rel-ação, um movimento
(de territorialização e desterritorialização), um ritmo, um movimento que se repete e sobre
o qual se exerce um controle” (COSTA, 2019, p. 127). Sua concepção de territorialidade
está relacionada ao movimento de des(re)territorialização, conforme elaboraram Gilles
Deleuze e Félix Guattari (1980), evidenciando a importância social e cultural de figuras
como o migrante na Modernidade, para quem a mobilidade é um meio, ou como o nômade
na Pós-modernidade, para quem a mobilidade é um fim.
(...) o controle dos corpos – ou das “massas” – passa a ter um novo papel
ainda relativamente pouco valorizado nas novas estratégias territoriais.
Numa interpretação bastante ousada, é como se o território, enquanto
unidade espacial funcional e expressiva, numa sociedade cada vez mais
individualista, estivesse sendo comprimido na “unidade espacial
mínima” que é o corpo – em outras palavras, o corpo enquanto entidade
relacional, mergulhada num universo dinâmico e complexo de relações
sociais (...). (COSTA, 2019, p. 276)
2
Grupo fundado por Roberto Bolaño e Mario Santiago Papasquiaro em 1975, estava relacionado, por sua
vez, ao Zero Hora no Peru, idealizado pelos poetas Jorge Pimentel e Juan Ramírez Ruiz. Ambos
movimentos vanguardistas dos anos 70 eram contrários à elitização da cultura e ao monopólio das Letras
pelas grandes editoras. Por isso, preconizaram desenvolver a manufatura dos livros, o que pode ser
considerado um antecedente do movimento cartonero na América Latina a partir de 2003, conforme avalia
Cynthia García Mendoza em sua tese Nexos infrarrealistas en las editoriales cartoneras latinoamericanas
(2014).
real para o ficcional, como se verifica pela foto de Maria Alzira Brum vinculada a uma
personagem de Las dos Fridas, de Mario Bellatin (2009), uma prática frequente do autor
mexicano em suas obras.
A exposição da imagem pessoal, como estratégia de ação e expressão, pode ser
observada em vídeos do youtube de Dani Umpi (Sambayón, 2013; Tebas, 2017; Niteroi,
2019) ou em performances de Rey Andújar, como Antípoda (2011), em que corpo e texto
ocupam o espaço cenográfico. Andújar explica que as limitações editoriais do mercado
literário para aquilo que produz levaram-no a buscar outras formas de “representação”,
porque “permite tener cierto control o poder sobre el cómo y el cuándo de la propuesta
artística” (2021, p. 301). As redes sociais são meios de aproximação do artista ao público
para Umpi e, assim como um cenário, permitem sua atuação como personagem. A
dinâmica das relações em rede, potencializada pelos deslocamentos, também caracteriza
as relações sociais em Un poquito tarada (2014), marcadas pelos perfis fakes da
personagem principal. Pode-se dizer que a relação com o outro é mediada pela linguagem
nas redes, para o artista, enquanto conjunto de formas expressivas da singularidade,
exercitada de maneira múltipla por Dani Umpi, com a voz, o corpo, o vestuário, o gesto,
a imagem, a palavra. Assim, entende-se que o interesse nas múltiplas formas da expressão
artística e a conexão com a cultura popular e com o público são laços que conectam esta
pequena rede literária nas duas primeiras décadas do século XXI.
Estes escritores, no entanto, não formam um grupo, mas participam de uma rede
singular, pelos pontos de contato indicados, pela interação pessoal, articulados em
mobilidade e pela linguagem, enquanto experiência da multiterritorialidade.
Compartilham o processo de transnacionalismo latino-americano a partir da experiência
do deslocamento e da relação em redes literárias (intelectuais, sociais, singulares), que
evidenciam novos vínculos de afeto e de sentido. Na perspectiva adotada, o ator dessas
redes é o corpo do artista, mediante sua presença física e virtual, representação identitária
privada e pública do indivíduo que fala (imagem, voz, gesto e escrita), a linguagem é seu
espaço praticado. Corpo e linguagem se relacionam aos afetos e ao lugar de fala que os
definem como singularidades agenciadas pela relação e pela partilha. Por este motivo, sua
expressão singular se estabelece como uma prática artística, como um excesso da
literatura, no entendimento de Nancy (2016), mediante sua exposição enquanto jogo,
ficção-realidade, precariedade de sentido na interação criativa. A mobilidade e a
linguagem são laços que articulam suas práticas aos outros em sintonia com interesses
comuns e conexões nas redes literárias, também nas redes intelectuais e nas redes sociais,
veículo dessas relações. Maria Alzira Brum enfatiza essa experiência como uma escolha:
No meu caso, não tem que ver só com movimento no espaço, com
translação. Eu me apropriei provisoriamente deste termo para me referir
a um modo de vida, produção e interação social que não é pautado pela
linearidade, pelo progresso, pela estabilidade e pela ideia de unidade da
identidade. Falo de um modo de vida em que as relações não estão
intermediadas principalmente pelas convenções, mas pela criação. Falo
em um movimento de co-criação do mundo em que vamos viver.
Escrever é uma forma de nomadismo, já que implica navegar no mar
dos signos, dos idiomas, na virtualidade. Talvez o nomadismo seja de
certa forma inerente à condição de escritora. (BRUM LEMOS;
GUEDES, 2011)
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