DMSO
DMSO
DMSO
RIO VERDE – GO
Novembro – 2020
ii
RIO VERDE – GO
Novembro – 2020
iii
Com base no disposto na Lei Federal nº 9.610/98, AUTORIZO o Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Goiano, a disponibilizar gratuitamente o documento no Repositório
Institucional do IF Goiano (RIIF Goiano), sem ressarcimento de direitos autorais, conforme
permissão assinada abaixo, em formato digital para fins de leitura, download e impressão, a
título de divulgação da produção técnico-científica no IF Goiano.
Ciente e de acordo:
Este documento foi emitido pelo SUAP em 30/11/2020. Para comprovar sua autenticidade, faça a leitura do QRCode ao lado ou acesse
https://suap.ifgoiano.edu.br/autenticar-documento/ e forneça os dados abaixo:
AGRADECIMENTOS
Quero agradecer primeiramente a Deus, que me deu forças para eu continuar e chegar até
aqui.
A minha mãe Ada Jeane, que têm sido meu suporte durante toda essa caminhada, e eu não
teria conseguido nada disso sem ela. Você é meu exemplo.
A minha melhor amiga e parceira de vida, Kerollin Hanay, por muitas vezes me ajudar a
continuar quando eu queria desistir me apoiando, comemorar cada passo comigo, obrigada por estar
sempre ao meu lado.
A minha orientadora Dra. Cassia Fernandes, eu não tenho como agradecer por todo apoio,
você é uma pessoa incrível, pela qual eu tenho muita admiração. Ao professor Mayker Dantas que me
coorientou e sempre esteve disposto a me ajudar.
BIOGRAFIA DO AUTOR
Anne Caroline da Silva Duarte Oliveira, filha de Ada Jeane da Silva Duarte e Elziron
Messias de Oliveira, nasceu em 12 de maio de 1997 na cidade de Iporá-GO. Graduou-se em
Licenciatura em Química no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Campus
Iporá, e em setembro do mesmo ano ingressou no Programa de Pós-Graduação em Agroquímica
nível Mestrado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio
Verde.
vii
ÍNDICE
Página
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 1
1.1 FAMÍLIA RUTACEAE…………………………………………………………………….. 1
1.2 ÓLEOS ESSENCIAIS DOS CITROS………………………………………………………. 2
1.3 ATIVIDADE BIOLÓGICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DOS
CITROS……………………………………………………..…………………………………... 3
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................ 4
2. OBJETIVOS.............................................................................................................................. 7
2.1 Geral........................................................................................................................................ 7
2.2 Específicos.............................................................................................................................. 7
3. CAPÍTULO I............................................................................................................................ 8
3.1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………….. 8
3.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO…………………………………………………………… 9
3.3 CONCLUSÕES……………………………………………………………………………... 9
3.4 SESSÃO EXPERIMENTAL……………………………………………………………….. 13
3.4.1 MATERIAL DA PLANTA……………………………………………………………… 13
3.4.2 EXTRAÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL………………………………………………….. 13
3.4.3 IDENTIFICAÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO DE CASCA DE FRUTA DE C. RETICULATA
(OE-CR)…………………………………………………………………………………… …… 14
3.4.4 ENSAIO LARVICIDA………………………………………………………………………14
3.4.5 ENSAIO ANTILEISHMANECIDA…………………………………………………………15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………………………. 16
4 CAPÍTULO II………………………………………………………………………………….. 18
4.1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………… 18
4.2 MATERIAL E MÉTODO…………………………………………………………………. 20
4.2.1 MATERIAL DA PLANTA……………………………………………………………….. 20
4.2.2 EXTRAÇAO DO ÓLEO ESSENCIAL………………………………………………… 20
4.3 ATIVIDADE ANTIFÚNGICA IN VITRO PELO MÉTODO DE DIFUSÃO EM DISCO.. 21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………………… 28
4.7 CONCLUSÕES GERAIS………………………………………………………………… 31
ix
ÍNDICES DE TABELA
Capítulo I
Tabela 1. Composição química do óleo essencial da casca da fruta da Citrus reticulata (CR-
OE)…………………………………………………………………………………………… 16
Tabela 2. Atividade Antileishmanicida do óleo essencial da casca da fruta do Citrus Reticulata (CR-
OE)…………………………………………………………………………………………… 17
x
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Árvore pertencente a fámilia Rutaceae e ao genero Citrus Reticulata............................ 1
Figura 2. Percentual de inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum de
diferentes doses do óleo essencial da casca de Citrus Reticulata (CR-EO) através do método de
difusão em
disco……………………………………………………………………………………………...23
Figura 3. Percentual de inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum de
diferentes doses do óleo essencial da casca de Citrus Reticulata (CR-EO) através do método de
difusão em disco por evaporação do
OE..............................................…………………………………………………………………24
xi
LISTA DE ABREVIAÇOES
RESUMO
Óleos essenciais (OE’s) são produtos naturais extraídos de plantas através de diversos métodos de
extração, como por exemplo, hidrodestilação. Frutas cítricas, que são muito ricas em óleos
essenciais, pertencem a família Rutaceae que possui diversas espécies que pertencem ao genero
“Citros”, como por exemplo o limão (Citrus Limon), a laranja (Citrus Sinensi) e a mexerica (Citrus
Reticulata). Os OE’s proveniente dessas espécies são conhecidos por possuírem atividades
biológicas, como, antibacteriana, larvicida e antifúngica. Assim, o objetivo deste trabalho foi a
extração do OE da casca da fruta da mexerica cheirosinha (Citrus Reticulata) para a avaliação de
suas atividades biológicas e químicas. O óleo essencial da mexerica (OE-CR) foi extraído por
hidrodestilação e a identificação dos componentes químicos presentes foi realizada por
cromatografia gasosa com detector de chama (CG-FID) e por cromatografia em fase gasosa
acoplada ao detector de massa (CG-EM). A atividade biológica in vitro foi testada como larvicida,
Aedes aegypti, e anti-Leishmanicida, Leishmania amazonensis. A atividade antifúngica do OE-CR
foi avaliada pelo método de difusão em disco e pelo método de evaporação do óleo essencial frente
ao fungo Sclerotinia Sclerotiorium. A análise química revelou treze compostos identificados no óleo
essencial da casca da fruta e representam 97,8% do total dos componentes do óleo. O OE-CR
apresentou alta atividade contra formas promastigotas de Leishmania amazonensis e revelou
também alta atividade larvicida contra larvas de terceiro instar de Aedes aegypti. Na atividade
antifúngica o OE-CR apresentou alta inibição do crescimento mycelial do fungo testado para o
método de difusão em disco. O método de evaporação também apresentou atividade, porém, menor
quando comparada ao de difusão.
xiii
ABSTRACT
OLIVEIRA, A. C. S. D. Goiano Federal Institute of Education, Science and Technology - Rio Verde
Campus, November 2020. Characterization and Biological Activity of the essential oil of the fruit
peel Citrus Reticulata. Advisor: Dra. Cássia Cristina Fernandes Alves. Co-advisor: Dra. Elizabeth
Josefi and Dr. Mayker L. Dantas Miranda.
Essential oils (EO's) are natural products extracted from plants through various extraction methods,
such as hydrodistillation. Citrus fruits, which are very rich in essential oils, belong to the Rutaceae
family, which has several species that belong to the genus “Citros”, such as lemon (Citrus Limon),
orange (Citrus Sinensi) and tangerine (Citrus Reticulata). The OE's from these species are known to
have biological activities, such as antibacterial, larvicidal and antifungal. The objective of this study
was the OE extraction from the peel of the cheirosinha tangerine (Citrus Reticulata) fruit to evaluate
its biological and chemical activities. The essential oil of the tangerine (CR-EO) was extracted by
hydrodistillation and the identification of the chemical components present was carried out by
chromatography in gas phase (CG-FID) and gas chromatography mass spectrometry (CG-EM). The
biological activity in vitro was studied to larvicide, Aedes aegypti, and anti-Leishmania, Leishmania
amazonensis. The antifungal activity of the OE-CR was evaluated using the disk diffusion method
and the fumigation method against the fungus Sclerotinia Sclerotiorium. The chemical analysis
revealed thirteen compounds identified in the fruit's peel oil and represent 97.8% of the total
components of the oil. The CR-EO showed high activity against promastigote forms of Leishmania
amazonensis and also revealed high larvicidal activity against third instar larvae of Aedes aegypti. In
antifungal activity, the OE-CR presents high mycelial growth inhibition by the disk diffusion method.
The evaporation method showed less activity when compared to the diffusion method.
1. INTRODUÇÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
Identificar os compostos do óleo essencial da casca da mexerica cheirosinha
(citrus reticulata) e analisar suas atividades biológicas.
2.2. Específicos
• Realizar extração do óleo essencial da casca da fruta Citrus reticulata;
• Identificar a composição química do óleo essencial da casca da fruta Citrus
Reticulata;
• Avaliar as atividades leishmanicida e larvicida in vitro do óleo essencial da
casca da Citrus Reticulata (OE-CR);
• Avaliar a atividade antifúngica do OE-CR da casca da fruta frente a
Sclerotinia sclerotiorum.
8
3. CAPÍTULO I
(Normas de acordo com a revista Brazillian Archives of Biology and Tecnology)
3.1. Introdução
A preocupação com controle e combate ao mosquito Aedes aegypti, principal
vetor de transmissão da grave doença hemorrágica conhecida como dengue, é latente
(Wankhar et al., 2015). O número de casos de dengue abrange a cerca de 400 milhões
de ocorrências por ano. Nos últimos 50 anos esta doença chegou a ser endêmica em
128 países, incluindo outros 36 países que eram considerados livres da doença. As
maiores prevalências são observadas em países das Américas, Ásia e África,
resultando na exposição de 3.97 bilhões de habitantes ao risco de infecção (Brady et
al., 2012). Além dos vírus da dengue, o mosquito é vetor pode transmitir outras
doenças conhecidas no mundo como a Chikungunya e a Zika (Neves et al., 2017). A
leishmaniose é outra doença de preocupação mundial, também causada pela picada do
vetor infectado conhecido como “mosquito palha” (straw mosquito) (Silva et al.,
9
2020). Estima-se que a cada ano surjam 2 milhões de novos casos de leishmaniose e
que no mundo inteiro existam 15-20 milhões de pessoas que vivem com a doença
(Crevelin et al., 2019). Na busca por plantas com potencial terapêutico, as espécies do
gênero Citrus além de possuirem importância econômica, são também produtoras de
óleos essenciais bioativos com elevado valor para perfume, comida, e indústrias de
bebidas (Dosoky et al., 2018). Os óleos essenciais (OEs) e extratos da folha da Citrus
reticulata e casca do fruto possuem várias aplicações biológicas tais como
antimicrobiano, antioxidante, anti-inflamatório, anticancerígeno, antiproliferativo,
anti-fibrose pulmonar, hipoglicêmico, inseticida e é também útil nos cuidados de pele
(Hamdan et al., 2016; Apraj & Pandita, 2016). Neste contexto, este estudo visou
avaliar a composição química, larvicida e atividades anti-Leishmania amazonensis do
óleo essencial da casca da fruta de C. reticulata (OE-CR). Até agora, a avaliação da
atividade larvicida da OE-CR contra larvas do terceiro estágio de A. aegypti não foi
relatada na literatura.
3.3. Conclusões
O presente estudo descreveu a composição química do OE-CR, no qual foram
identificados treze compostos, além de mostrar sua atividade larvicida contra larvas
de Aedes aegypti e formas promastigotas anti-Leishmania amazonensis. A presença
de limoneno como principal composto no OE-CR poderia explicar essa atividade
larvicida e leishmanicida. Esta comunicação é o primeiro relatório sobre a avaliação
larvicida de OE-CR.
11
Agradecimentos
Os autores agradecem à FAPEG e IF Goiano - Campus Rio Verde, pelo apoio
financeiro.
Referências
Almeida, K.C.R., Silva, B.B., Alves, C.C.F., Vieira, T.M., Crotti, A.E.M., Souza,
J.M., Martins, C.H.G., Ribeiro, A.B., Squarisi, I.S., Tavares, D.C., Bernabé,
L.S., Magalhães, L.G., Miranda, M.L.D. (2019). Biological properties and
chemical composition of essential oil from Nectandra megapotamica
(Spreng.) Mez. leaves (Lauraceae). Nat. Prod. Res., 14, 1-5.
Apraj, V.D., Pandita, N.S. (2016). Evaluation of skin anti-aging potential of Citrus
reticulata blanco peel. Phcog. Res., 8, 160-168.
Araújo, A.F.O., Ribeiro-Paes, J.T., Deus, J.T., Cavalcanti, S.C.H., Nunes, R.S., Alves,
P.B., Macoris, M.L.G. (2016). Larvicidal activity of Syzygium aromaticum
(L.) Merr and Citrus sinensis (L.) Osbeck essential oil and their antagonistic
effects with temephos in resistant populations of Aedes aegypti. Mem. Inst.
Oswaldo Cruz, 111, 443-449.
Arruda, D.C., Miguel, D.C., Yokoyama-Yasunaka, J.K.U., Katzin, A.M., Uliana,
S.R.B. (2009). Inhibitory activity of limonene against Leishmania parasites
in vitro and in vivo. Biomed. Pharmacother., 63, 643-649.
Bozkurt, T., Gulnaz, O., Kaçar, Y.A. (2017). Chemical composition of the essential
oils from some citrus species and evaluation of the antimicrobial activity.
IOSR-JESTFT, 11, 29-33.
Brady, O.J., Gething, P.W., Bhatt, S., Messina, J.P., Brownstein, J.S., Hoen, A.G.,
Moyes, C.L., Farlow, A.W., Scott, T.W., Hay, S.I. (2012). Refining the
global spatial limits of dengue virus transmission by evidence-based
consensus. PLOS Negl. Trop. Dis., 6, e1760.
Moreira, R.R.D., Santos, A.G., Carvalho, F.A., Perego, C.H., Crevelin, E.J., Crotti,
A.E.M., Cogo, J., Cardoso, M.L.C., Nakamura, C.V. (2019). Antileishmanial
activity of Melampodium divaricatum and Casearia sylvestris essential oils
on Leishmania amazonensis. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, 61, e33.
Dias, C.N., Moraes, D.F.C. (2014). Essential oils and their compounds as Aedes
aegypti L. (Diptera: Culicidae) larvicides: review. Parasitol. Res., 113, 565-
592.
12
Dosoky, N.S., Setzer, W.N. (2018). Biological activities and safety of Citrus spp.
Essential oils. Int. J. Mol. Sci., 19, 1966.
Espina, L., Somolinos, M., Lorán, S., Conchello, P., García, D., Pagán, R. (2011).
Chemical composition of commercial citrus fruit essential oils and evaluation
of their antimicrobial activity acting alone or in combined process. Food
Control, 22, 896-902.
Estevam, E.B.B., Miranda, M.L.D., Alves, J.M., Egea, M.B., Pereira, P.S., Martins,
C.H.G., Esperandim, V.R., Magalhães, L.G., Bolela, A.C., Cazal, C.M.,
Souza, A.F., Alves, C.C.F. (2016). Composição química e atividades
biológicas dos óleos essenciais das folhas frescas de Citrus limonia Osbeck e
Citrus latifolia Tanaka (Rutaceae). Rev. Virtual Quim., 8, 1842-1854.
Gomes, P.R.B., Oliveira, M.B., Sousa, D.A., Silva, J.C., Fernandes, R.P., Louzeiro,
H.C., Oliveira, R.W.S., Paula, M.L., Filho, V.E.M., Fontenele, M.A. (2019).
Larvicidal activity, molluscicide and toxicity of the essential oil of Citrus
limon peels against, respectively, Aedes aegypti, Biomphalaria glabrata and
Artemia salina. Eclética Quim. J., 44, 85-95.
González-Mas, M.C., Rambla, J.L., López-Gresa, M.P., Blázquez, M.A., Granell, A.
(2019). Volatile compounds in Citrus essential oils: a comprehensive review.
Front. Plant Sci., 10, 12.
Hamdan, D.I., Mohamed, M.E., El-Shazly, A.M. (2016). Citrus reticulata Blanco cv.
Santra leaf and fruit peel: a common waste products, volatile oils
composition and biological activities. J. Med. Plants Res., 10, 457-467.
Martins, M.H.G., Fracarolli, L., Vieira, T.M., Dias, H.J., Cruz, M.G., Deus, C.C.H.,
Nicolella, H.D., Stefani, R., Rodrigues, V., Tavares, D.C., Magalhães, L.G.,
Crotti, A.E.M. (2017). Schistosomicidal effects of the essential oils of Citrus
limonia and Citrus reticulata against Schistosoma mansoni. Chem.
Biodivers., 14, e1600194.
Monzote, L., Herrera, I., Satyal, P., Setzer, W.N. (2019). In-vitro evaluation of 52
commercially-available essential oils against Leishmania amazonensis.
Molecules, 24, 1248.
Neves, I.A., Rezende, S.R.F., Kirk, J.M., Pontes, E.G., de Carvalho, M.G. (2017).
Composition and larvicidal activity of essential oil of Eugenia candolleana
DC. (Myrtaceae) against Aedes aegypti. Rev. Virtual Quim., 9, 2305-2315.
13
Sarma, R., Khanikor, B., Mahanta, S. (2017). Essential oil from Citrus grandis
(Sapindales: Rutaceae) as insecticide against Aedes aegypti (L) (Diptera:
Culicidae). Int. J. Mosquito Res., 4, 88-92.
Sarma, R., Adhikari, K., Mahanta, S., Khanikor, B. (2019). Insecticidal activities of
Citrus aurantifolia essential oil against Aedes aegypti (Diptera: Culicidae).
Toxicol. Rep., 6, 1091-1096.
Silva, F.F.A., Fernandes, C.C., Oliveira, G.A., Candido, A.C.B.B., Magalhães, L.G.,
Vieira, T.M., Crotti, A.E.M., Silva, C.A., Miranda, M.L.D. (2020). In vitro
antileishmanial and antioxidant activities of essential oils from different parts
of Murraya paniculata (L.) Jack: a species of Rutaceae that occur in the
Cerrado bioma in Brazil. Aust. J. Crop Sci., 14, 347-353.
Soonwera, M. (2015). Efficacy of essential oils from Citrus plantas against mosquito
vectors Aedes aegypti (Linn.) and Culex quinquefasciatus (Say). Int. J. Agric.
Technol., 11, 669-681.
Wankupar, W., Srinivasan, S., Rathinasamy, S. (2015). HPTLC analysis of Scoparia
dulcis Linn (Scrophulariaceae) and its larvicidal potential against dengue
vector Aedes aegypti. Nat. Prod. Res., 29, 1757-1760.
MATERIAL SUPLEMENTAR
Referências
Adams, R.P. (2007), Identification of essential oil components by gas
chromatography/mass spectrometry. Carol Stream, Illinois, USA: Allured
Publishing Corporation.
Finney DJ. 1971. Probit analysis. Cambridge University Press Cambridge. England.
16
Lemes, R.S., Alves, C.C.F., Estevam, E.B.B., Santiago, M.B., Martins, C.H.G.,
Santos, T.C.L., Crotti, A.E.M., Miranda, M.L.D. (2018). Chemical composition
and antibacterial activity of essential oils from Citrus aurantifolia leaves and
fruit peel against oral pathogenic bacteria. An Acad Bras Ciênc., 90, 1285-1292.
Mesquita RS, Tadei WP, Bastos AMB. 2018. Determination of the larvicidal activity
of benzoyl thiosemicarbazone and its Ni(II) complex against Aedes aegypti and
Anopheles darlingi larvae in Amazonas, Brazil. Journal of Entomology and
Nematology. 10: 37-42.
Robertson JL, Preisler HK, Russell RM. 2003. Poloplus probit and logit analysis.
Leora Software 1-36.
TRmin: tempo de retenção; RIexp: Índice de retenção relativO para n-alcanos (C8–
C20) na coluna Rtx-5MS; RIlit: Índice de retenção de Kovats (valores da literatura).
17
*Controle Positivo: Anfotericina B 1μg/mL; Controle Negativo: Medip RPMI + 0.1% DMSO
IC50
100 50 25 12.5 6.25
(µg/mL)
OE-CR 100±0,00 100±0,00 64,86±5,98 58,14±7,69 47,92±4,86 8,23±1,10
0,19 0,095 0,047 0,023 0,011
Amph. B* 44,38±0,53 36,89±0,79 33,61±0,62 29,02±1,85 23,50±1,58 0,25±0,39
18
4. CAPÍTULO II
RESUMO
Os óleos essenciais estão presentes nas plantas como produtos naturais sendo
voláteis vêm sendo estudadas e exploradas nestes últimos anos descobrindo suas
diversos alimentos. Este estudo visou a avaliação do efeito do óleo essencial da casca
essencial da Citrus Reticulata foi obtido por hidrodestilação por aparelho Clevenger e
a atividade antifúngica in vitro mostrou que OE-CR na dose de 300 µL inibiu 97% do
4.1 Introdução
infecção. Ele ataca as plantas hospedeiras por meio de ascósporos que podem ser
descarregados à força para cima da apotécia para o ar, ou pelo micélio decorrentes de
iniciar um novo ciclo de infecção (Xia, et al., 2020). Assim, o fungo pode
permanecer viável no solo sob condições adversas por até 10 anos por causa da
Choi et al., 2017). Diversos estudos vêm sendo realizados com a intenção de descobrir
várias estratégias têm sido aplicadas contra os patógenos transmitidos pelo solo para
distribuídas pelas regiões tropicais e temperadas (Chutia et al., 2008). Elas são as
são geradas toneladas de resíduos de baixo valor comercial, mas com grande potencial
aplicados para reduzir os danos ao ambiente. No entanto, este cenário foi alterado pela
20
que atuam por meio de vários mecanismos de ação. Os óleos essenciais das cascas de
várias outras aplicações (Dias, et al., 2020). Por isso, o interesse em extratos de
Sclerotinia sclerotiorum.
realizada em triplicata. Para tanto, a casca da fruta foi dividida em três amostras de
21
300 g e 500 mL de água destilada foram adicionados a cada amostra da casca. Após a
Campus Rio Verde. Para a análise da atividade antifúngica do OE-CR foi utilizado o
método de difusão em disco descrito por Xavier et al. (2016), com modificações, e o
teste foi realizado com quatro repetições de OE-CR puro com as doses de 50 μL, 100
μL, 150 μL, 200 μL e 300 μL. Após a solidificação do meio BDA os óleos essenciais
centro das placas contendo o OE disperso e também as placas de controle sem OE. O
crescimento micelial foi medido diariamente, até que o fungo crescesse totalmente nas
(ANOVA) e as médias dos tratamentos avaliadas pelo teste de Tukey com nível de
seguinte fórmula
22
por evaporação do OE
colocado na tampa da placa de petri deixando a mesma virada para baixo com o ágar
com quatro repetições para os volumes de 50 μL ,100 μL, 150 μL, 200 μL e 300 μL
dos óleos essenciais, este método pode ser utilizado para avaliar o efeito dos vapores
Patógenos de plantas que causam doenças são responsáveis por grandes danos
consumidores estão cada vez mais exigindo produtos que sejam livre de resíduos
microbianos por causa do seu status relativamente seguro e ampla aceitação pelos
consumidores e sua exploração para uso por seu potencial multifunctional (Zarai et al.,
2011).
são conhecidos por sua atividade antibacteriana pelo alto teor de terpenos (Usach et al,
2020).
resultados demonstraram que em 150, 200, 300 µL obteve 88%, 92% e 97% de
de diferentes doses do óleo essencial da casca de Citrus Reticulata (CR-EO) através do método
de difusão em disco por evaporação. Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si
revelado seu potencial, pois, algumas plantas apresentam diversas substâncias em sua
composição química, muitas delas com potencial fungicida, as quais devem ser
estudadas para utilização direta do produtor rural, bem como para servir de matéria-
prima para formulação de novos produtos (Kreyci et al., 2018). Em estudo Chee &
também são opção para o tratamento de diversos patógenos e podem ser uma opção
26
mais segura, do que produtos químicos sintéticos. Com estes resultados pode-se
difusão em disco que tem o contato direto do óleo com o patógeno, demonstrou ser
mais eficaz.
crescimento de fungos, mas, alguns estudos sugerem que pelo alto índice de natureza
é promissora, principalmente por poder ser aplicado nos grãos após a colheita, pois,
tornando um desafio esta aplicação. Assim, novos métodos vêm sendo estudados com
Citrus reticulata, Citrus sinensis e Citrus deliciosa (Dias et al., 2019), demonstrando
origem química. O forte efeito inibitório sobre a pectina metil-esterase e celulase, que
27
microrganismos, indicaram que essas duas enzimas são alvos para monoterpenos
4.6 Conclusões
Com este estudo foi concluido que o OE-CR apresentou atividade antifúngica
inibição para ser usado contra o patógeno, e por ser agente de origem natural se torna
Agradecimentos
Referências
essential oils in the in vitro control of the fungi Aspergillus sp. and Sclerotinia
28
10.5897/AJAR2018.13074.
CHEE, HEE & KIM, HOON & LEE, Min. (2009). In vitro Antifungal Activity of
10.4489/MYCO.2009.37.3.243.
CHUTIA, M., BHUYAN, P. D., PATHAK, M. G., SARMA, T. C., & BORUAH, P.
Blanco essential oil against phytopathogens from North East India. LWT –
essential oil from dried leaves of Eucalyptus staigeriana. Arq. Inst. Biol., São
essential oils from fruit peel of three Citrus species and limonene on mycelial
HCC YOUN CHEE, HOON MM & MIN HEE LEE. In vitro Antifungal Activity of
198M729, 2018.
Composition of peel essential oils from four selected Tunisian Citrus species:
Evidence for the genotypic influence, Food Chemistry, Volume 123, Issue 4,
MASSOUD, MAGDY & SAAD, ABDELFATTAH & SOLIMAN, EMAD & EL-
applied as fumigants against two stored grains fungi. J. Adv. Agric. Res. (Fac.
citral against Candida spp. Braz J Infect Dis, Salvador , v. 12, n. 1, p. 63-66,
Feb. 2012.
USACH, I.; MARGARUCCI, E.; MANCA, M.; CADDEO, C.; AROFFU, M.;
https://doi.org/10.3390/nano10020286.
1433-1448.
XIA, S.; XU, Y.; HOY, R.; ZHANG, J.; QIN, L.; LI, X. The Notorious Soilborne
ZARAI, Z., KADRI, A., BEN CHOBBA, I. et al. The in-vitro evaluation of
essential oil grown in Tunisia. Lipids Health Dis 10, 161 (2011).
https://doi.org/10.1186/1476-511X-10-161.
5 CONCLUSÕES GERAIS
demonstrou maior inibição sendo de 88%, 92% e 97% para os volumes de OE de 150,