TCC Thais Araujo
TCC Thais Araujo
TCC Thais Araujo
LICENCIATURA EM QUÍMICA
THAÍS DE ARAUJO COSTA
Ceres-GO
2020
CERES
2020
Professores brilhantes ensinam para uma
profissão. Professores fascinantes ensinam para
a vida.
Cury
Repositório Institucional do IF Goiano -
RIIF Goiano
Sistema Integrado de Bibliotecas
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Informe a data que poderá ser disponibilizado no RIIF Goiano: 28/04/2021
O documento está sujeito a registro de patente? [ ] Sim [ x ] Não
O documento pode vir a ser publicado como livro? [x] Sim [ ] Não
Ceres, 28/04/2021.
Local Data
Ciente e de acordo:
_______________________________
Assinatura do(a) orientador(a)
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO
Aos 23 dia(s) do mês de março do ano de dois mil e vinte um, realizou-se a defesa d e Trabalho de Curso do(a) acadêmico(a),THAÍS DE ARAUJO COSTA do
Curso de Licenciatura em QUÍMICA, matrícula, 2015103221550117 cujo título é A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DOCENTE NA MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA ”. A
defesa iniciou-se às 19 horas e 00 minutos, finalizando-se às 20:00 horas e 15 minutos. A banca examinadora considerou o trabalho APROVADO com média
9,3 no trabalho escrito, média 8,8 no trabalho oral, apresentando assim média aritmética final de 9,0 de pontos, estando o(a) estudante APTA para fins de
conclusão do Trabalho de Curso.
Após atender às considerações da banca e respeitando o prazo disposto em calendário acadêmico, o(a) estudante deverá fazer a submissão da versão
corrigida em formato digital (.pdf) no Repositório Institucional do IF Goiano – RIIF, acompanhado do Termo Ciência e Autorização Eletrônico (TCAE),
devidamente assinado pelo autor e orientador.
Os integrantes da banca examinadora assinam a presente.
(Assinado Eletronicamente)
Presidente da Banca
Profª Drª Maria Lícia dos Santos
(Assinado Eletronicamente)
Profª Me.Lucianne Oliveira Monteiro Andrade
Nome do Membro 1 Banca Examinadora
Campus Ceres Rodovia GO-154, Km.03, Zona Rural, None, CERES / GO, CEP 76300-000
(62) 3307-7100
Sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11
2. METODOLOGIA: .............................................................................................. 12
2.1 Definição dos Tópicos ............................................................................................... 13
3. DOCÊNCIA E MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA ......................................................... 13
4. A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO: NOVOS DESAFIOS E POSSIBILIDADES. .. 14
5. DANDO VOZ AOS SUJEITOS DA PESQUISA ................................................... 17
6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 26
7. REFERÊNCIAS: ................................................................................................. 28
RESUMO
2. METODOLOGIA:
Portanto, fica claro que os avanços tecnológicos geram inegavelmente grandes desafios
para a educação entretanto, também abrem possibilidades de inovação e qualificação do
profissional que não for resistente aos novos conhecimentos.
5. DANDO VOZ AOS SUJEITOS DA PESQUISA
Para Santos (2013), a escola deve ser vista como um lugar de oportunidades pessoais e
profissionais, o que se efetivará somente se, a escola e seus sujeitos forem capazes de traçar
uma política de intervenção que contemple uma pedagogia mediadora e valorativa dos
estudantes que nela estão inseridos.
A pesquisa em educação possibilita a produção de novos conhecimentos que remetem
a uma tomada de consciência e à capacidade de iniciativa transformadora. De suma importância
é o estudo da realidade vivida pelos estudantes, tomada como ponto de partida e matéria-prima
do processo da presente pesquisa (SANTOS, 2013).
No entendimento de Goldenberg (2004), as entrevistas devem ser realizadas em um
processo de interação entre as pessoas, com a finalidade de o pesquisador obter informações de
maneira ordenada e sistemática em relação ao que os pesquisados pensam, opinam, sentem,
desejam, esperam, aprovam ou não sobre o tema investigado.
O processo de pesquisa, tanto na aplicação dos questionários quanto no diálogo proposto
com os participantes, transcorreu em perfeita harmonia, sendo que os alunos se dispuseram a
colaborar de forma espontânea, com autorização para publicação dos dados, por meio de
aplicativo Google Forms, um gerenciamento de pesquisas lançado pelo Google.
A pesquisa foi feita junto aos alunos do 8º período do Curso de Licenciatura em
Química, do IF Goiano – Campus Ceres, investigando o nível de satisfação, expectativas e
aprendizado dos discentes no momento atual, marcado pelo ensino remoto, em momento de
pandemia em decorrência da propagação do vírus Covid-19 em todo o mundo.
O trabalho segue as normas do Comitê de Ética em Pesquisa, desse modo, os nomes dos
envolvidos, não estão descritos. Para fazer um diagnóstico que reflita a situação real dos alunos,
toda a análise se baseou nas observações dos alunos e nas respostas dos questionários. Desta
forma, procurou-se compreender a importância e as principais dificuldades encontradas na
mediação entre aluno e professor. A investigação procurou responder aos objetivos da pesquisa
de forma esclarecedora, atentando para as narrativas dos alunos, buscando compreender por
meio de suas vivências, quais as dificuldades e possibilidades de melhorar o ensino por meio
de novas formas de aprendizagem.
A partir de questionário com perguntas dissertativas, os alunos expressaram sua opinião
sobre, como os docentes ministram suas aulas; como podem melhorar a interação no processo
de ensino aprendizagem e como está funcionando o processo de ensino no momento de
atividades remotas.
A turma é composta por 16 alunos em uma faixa etária entre 21 a 37 anos. 75% são dos
alunos são do sexo feminino e 25% são do sexo masculino. No gráfico 1 nota- se que as idades
são variadas que podem gerar respostas diversas diante da experiência e da maturidade dos
alunos investigados.
Fonte: A autora
Através das narrativas dos alunos ficam evidenciadas que a interação do professor com
os alunos torna possível assimilar melhor o conteúdo, facilita a comunicação, oportunizando
trocas de conhecimentos e gerando laços de interatividade, o que se evidencia na valoração das
troca de experiências e atenção, especialmente para dificuldades que o aluno apresenta durante
a explicação dos conteúdos, o que aproxima o aluno do processo de aprendizagem e amplia as
possibilidades de participação na escola. Almeida (1999, p. 107) enfatiza que "as relações
afetivas se evidenciam, pois a transmissão do conhecimento implica, necessariamente, uma
interação entre pessoas. Portanto, na relação professor-aluno, uma relação de pessoa para
pessoa, o afeto está presente".
Na opinião dos alunos, o professor deve apresentar uma boa didática e tranquilidade
no momento de transmitir seu conhecimento, pois, não são todos os alunos que conseguem
acompanhar de forma rápida e eficiente. O professor não deve ser apenas um transmissor de
conhecimentos mais sim um mediador, que ensina o conteúdo, motivando os alunos
entenderem o que está sendo ensinado.
O professor como mediador, deve provoca ao docente o desejo de aprender, fazendo
com ele tenha um pensamento crítico e vontade de aprender. (A-D)
O professor mediador deve procurar refletir sobre suas práticas visando melhorias,
procurando entender as dificuldades dos alunos e saber ser aberto ao diálogo. O mediador
deve entender as dificuldades de seus alunos, pois pode ser que alguns não estejam
entendendo com clareza o que está sendo transmitido, devendo ser aberto a opiniões de
mudanças ou aderir novos métodos onde o discente passará a visualizar e entender o conteúdo
em outro ponto de vista. Neste raciocínio, compreende Freire (1987, p. 51):
Por isto, o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que
se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser
transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar ideias
de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de ideias a
serem consumidas pelos permutantes.
Para ser um mediador, deve se provocar ao discente o desejo de aprender, fazendo que
ele tenha um pensamento crítico e vontade de aprender. Além de mediar o conhecimento, um
ponto importante é que o professor goste do que faz e sinta-se feliz com seu trabalho, ter
orgulho de transmitir todo seu conhecimento, ter consciência, responsabilidade e
compreensão. Deve também ter domínio do conteúdo e principalmente transmitir de modo
claro e fácil para um melhor entendimento aos seus alunos.
Quando o professor tem domínio do conteúdo ministrado, repassa os conteúdos
através de uma didática simples e assim os alunos passarão a entender melhor o que está sendo
transmitido, aumentando o nível de aprendizado. Entretanto, deve-se considerar que cada
aluno possui níveis de aprendizados distintos. Nem todos conseguem assimilar o que está
sendo transmitido de uma maneira rápida, por possuírem alguma dificuldade de assimilação.
Daí a importância do professor utilizar outros métodos para que consiga mediar o ensino de
formas variadas, narram os alunos pesquisados.
Também consideram o professor deve estimular a criatividade do aluno, propor
problemas para que os mesmos solucionem. Além de ser um detentor de conhecimento, o
docente precisa saber entender as diversas dificuldades e qual a forma mais eficaz para
promoção do aprendizado.
Para os alunos saber respeitar o saber e o tempo de assimilação de cada um é um
requisito muito importante, saber ouvir os alunos, ouvir as dúvidas e tentar resolvê-las. O
docente deve ser capaz de estimular a curiosidade dos alunos para que eles busquem de
alguma forma o conhecimento pois, sem curiosidade e incentivo, o aluno passa a não se
importar e com isso desenvolvendo falta de interesse e o não aprendizado. Conclui-se que o
professor para ser mediador do conhecimento deve compreender a necessidade de cada aluno,
deve desenvolver a mediação de uma forma mais facilitada, compartilhando seu
conhecimento de uma forma mais simples e sem imposições.
Pergunta: Qual a dificuldade que o aluno enfrenta quando não existe uma
interação com o professor?
Os alunos formam unânimes quanto a importância da interação do professor com os
alunos. Chamou a nossa atenção, de forma especial, as seguintes narrativas quando apontam
as dificuldades geradas pela ausência de interação:
A falta de orientação e esclarecimentos sobre o que está sendo estudado.
Além disso, os alunos ficam desamparados em relação a explicação das
dúvidas. (A-J)
A insegurança ao aprender, a falta de comunicação e desenvolvimento social.
Afinal, a socialização é uma forma de aprendizado e evolução do ser humano.
(A-K)
Dificuldade de assimilação, incerteza quanto informações corretas, falta de
motivação e instigações para adquirir conhecimentos diversos. (A -L)
Quando a interação entre o professor e o aluno não se efetiva, pode haver uma
dificuldade no aprendizado e com isso gerando um acúmulo de dúvidas sendo que o aluno
fica com receio de tirar suas dúvidas, sentindo um bloqueio de conhecimento e aprendizado.
Quando aluno não consegue assimilar muito bem o conteúdo que está sendo ministrado ele
apenas “decora” fazendo com o que ele não aprenda o conteúdo.
Com a falta de interação e comunicação com o professor, o aluno fica incapaz de
compreender certas informações, dificultando o aprendizado ocasionando desinteresse e o
professor se torna inacessível. O impedimento do aluno sanar suas dúvidas faz com que o
professor não identifique as dificuldades que aluno apresenta.
Alguns alunos disseram que essa falta de interação gera medo, pois o aprendizado não
foi eficiente e assim vai perdendo o prazer de aprender, receio de tirar dúvidas e, até mesmo
de expor suas ideias, compartilhar experiências e sanar suas dúvidas, ficando a incerteza
quanto a informações corretas, falta de motivação para adquirir conhecimentos e
aprendizados. Conclui-se que a interação do professor com seus alunos, possibilita a
transmissão dos conhecimentos, gerando afetividade e socialização contribuindo na evolução
das relações humanas.
Sim, tem plataformas com aulas e vídeos como o app do khan academic que são
excelentes para o aprendizado. Tem aplicativos de tabelas periódicas que são
bastantes interativos e permitem um bom aprendizado. (A-C)
Sim fazendo aulas mas interessantes atraindo o olhar do aluno. Onde ele vai sair do
tradicional (A-F)
Sim. Uma tecnologia visual que permitem que eles compreendam algo abstrato,
como a química. Trazendo vídeos, documentários e filmes envolvendo o conteúdo
desejado. (A-G)
Sim, a tecnologia dispõe de uma ampla rede onde todos tem acesso gratuito a vídeo
aulas, experimentos, jogos, aplicativos que auxiliam em atividades acadêmicas, nos
possibilitando uma infinidade de métodos que podem ser aplicados durante o
processo de ensino-aprendizagem. (A-H)
Com certeza. Por exemplo, ao estudar as mudanças de estado físico, o aluno poderia
verificar o comportamento das moléculas através de aplicativos simuladores, o que
colaboraria para o entendimento dos conceitos relacionados. (A-J)
Sim. A internet por exemplo, é um ótimo meio de aprendizado, desde que, o
professor auxilie e medie o aluno a utilizá-la de forma correta. (A-K)
O professor deve utilizar as novas tecnologias em sala de aula promovendo
atividades em que essas possam ser incluídas como, por exemplo, atividades
pesquisa ou o uso de aplicativos de jogos relacionados a determinado assunto. (A-
N)
Sim, de forma a reforçar o vivenciado e discutido em sala de aula. A tecnologia
pode ser utilizada para uma fixação de conteúdo com o intuito de tornar as
assimilações mais possíveis. (A-O)
Muitos alunos não aprovam a plataforma que esta sendo utilizada, o Google Meet,
afirmando que na plataforma é possível realizar uma aula porém falta experiência, tanto do
professor quanto do aluno. Afirmam que os professores estão fazendo de tudo para que o
conhecimento possa ser transmitido, procurando adaptar e buscando se preparar, de forma
rápida para essa nova forma de metodologia que está sendo aplicada.
A pandemia chegou em um momento onde grande parte dos estudantes tem acesso as
tecnologias, na qual, tem aplicativos que promove essa interação com o professor, assim como
presencialmente em sala de aula. Entretanto, o professor que presencialmente não estabelece
uma boa interação com seus alunos, no ensino remoto ele continua a não estabelecer, assim
como o professor que prioriza sua interação com os alunos em sala de aula, na modalidade
EAD não dispensa encontros síncronos, mesmo não podendo valer como nota ou presença.
Com o ensino remoto a interação esta mais restrita, porque o tempo de interação com
o professor está bem menor do que no ensino presencial com isso o aprendizado as vezes fica
comprometido. Apesar das tecnologias permitirem a interação em tempo real, ainda está
sendo um desafio.
Nesse método a interação é menor, pois creio que o ensino presencial possibilita
maior interação entre os alunos o que é muito bom, além do professor. (A - C)
O excesso de conteúdo e atividades que grande parte dos professores quer repassar
em um tempo limitado. Não respeitando o processo de aprendizagem, mas sim com
o cumprimento da matriz curricular. (A – H)
Desse modo, frente ao cenário atual, faz-se necessário e urgente que o docente se
qualifique, não somente para atender as necessidades educacionais de seus alunos, no momento
pandêmico, mas para acompanhar o desenvolvimento e o avanço das novas tecnologias, em um
cenário atual que necessita de um professor criativo, inovador, capaz de promover o pleno
desenvolvimento das potencialidades de seus alunos para o século XXI, também considerado
como o século do conhecimento.
6. CONCLUSÃO
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo:
Paz e Terra,1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GADOTTI, Moacir. Perspectivas Atuais da Educação. São Paulo: Perspectiva. vol.14 nº.2
São Paulo, 2000.
GIL, Antônio Carlos. Tipos de Pesquisa. In: Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2008.
LIMA, José Maria Maciel. A inserção das novas tecnologias digitais na educação em tempos
de pandemia. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 03,
Vol. 03, pp. 171-184. Março de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de
acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/a-insercao. Março/21
SANTOS, Elenir Souza. Trabalhando com alunos: subsídios e sugestões: o professor como
mediador no processo ensino aprendizagem. Revista do Projeto Pedagógico: Revista Gestão
Universitária, n. 40, 2013. Disponível em:
<http://www.udemo.org.br/RevistaPP_02_05Professor.htm>. Acesso em: maio/19.
WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Ática, 2002.
TAVARAYAMA, Rodrigo; SILVA, Regina Célia Marques Freitas; MARTINS, Jose Roberto..
A sociedade da informação: possibilidades e desafios. Nucleus, 2012. Disponível em <
https://www.nucleus.feituverava.com.br/index.php/nucleus/article/view/604/893 >. Acesso
em: 21 de fevereiro de 2021.