Estatuto Organico Do Itransmar, Ip 2

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Sexta-feira, 23 de Setembro de 2022 I SÉRIE —

­ Número 185

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E. P. de Pessoal à aprovação pelo órgão competente no prazo


de noventa dias, contados a partir da data da publicação
da presente Resolução.
AVISO Art. 4. A presente Resolução entra em vigor na data da sua
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve publicação.
ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma Aprovada pela Comissão Interministerial da Reforma
por cada assunto, donde conste, além das indicações da Administração Pública, Maputo, aos 25 de Março
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, de 2022
assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim Publique-se.
da República». O Presidente, Adriano Maleiane.

SUMÁRIO Estatuto Orgânico do Instituto


do Transporte Marítimo
Comissão Interministerial da Reforma da Administração
Pública: CAPÍTULO I
Resolução n.º 16/2022: Disposições Gerais
Aprova o Estatuto Orgânico do Instituto de Transporte Marítimo. ARTIGO 1
(Natureza)

1. O Instituto de Transporte Marítimo, abreviadamente


COMISSÃO INTERMINISTERIAL designado por ITRANSMAR, I.P, é um Instituto Público de
categoria A, dotada de personalidade jurídica, autonomia
DA REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO
administrativa, financeira e patrimonial.
PÚBLICA 2. O ITRANSMAR, I.P, rege-se pelo presente Estatuto
Orgânico e o respectivo Regulamento Interno, bem como por
Resolução n.º 16/2022 quaisquer outras normas legais aplicáveis aos institutos públicos.
de 23 de Setembro ARTIGO 2
Havendo necessidade de aprovar o Estatuto Orgânico (Objecto)
do Instituto de Transporte Marítimo, I.P., criado pelo Decreto
n.º 83/2021, de 18 de Outubro, ajustando-o às disposições O ITRANSMAR, I.P, tem por objecto a supervisão,
previstas no Decreto n.º 41/2018, de 23 de Julho, no uso regulamentação, fiscalização e inspecção das actividades de
das competências delegadas pelo Conselho de Ministros, transporte marítimo, fluvial e lacustre e de sinalização marítimas
nos termos do n.º 1 do artigo 1 da Resolução n.º 30/2016, de 31 nas áreas portuárias.
de Outubro, alterado pelo parágrafo único do artigo 1 da Resolução
n.º 61/2020, de 2 de Dezembro, a Comissão Interministerial ARTIGO 3
da Reforma da Administração Pública delibera: (Sede e âmbito)
Artigo 1. É aprovado o Estatuto Orgânico do Instituto
de Transporte Marítimo, abreviadamente designado por 1. O ITRANSMAR, I.P, tem a sua sede na Cidade de Maputo
ITRANSMAR, I.P, em anexo, que faz parte integrante da presente e exerce a sua actividade em todo o território nacional.
Resolução. 2. O ITRANSMAR, I.P, pode, sempre que o exercício das
Art. 2. Compete à entidade que superintende a área suas actividades o justifiquem, criar ou extinguir representações
dos Transportes aprovar o Regulamento Interno do ITRANS- em qualquer parte do território nacional, mediante a autorização
MAR, I.P, ouvidos os Ministros que superintendem as áreas da do Ministro que superintende a área dos Transportes, ouvido
função pública e das finanças, no prazo de 60 (sessenta) dias o Ministro que superindente a area das financas.
contados à partir da data da publicação da presente Resolução. 3. Compete ao Ministro que superintende a área dos transportes,
Art. 3. Compete ao Ministro que superintende criar e extinguir as representações do ITRANSMAR,I.P, ouvido
a área dos transportes submeter a proposta do Quadro o Ministro que superintende a área das finanças.
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ARTIGO 4 f) a aplicação de regras uniformes, tratamento equitativo


(Tutela)
e não discriminatório a todos os operadores na área
de transporte marítimo, fluvial e lacustre;
1. A tutela sectorial do ITRANSMAR, I.P, é exercida pelo g) a promoção do incentivo da eficiência e competição
Ministro que superintende a área dos Transportes e a tutela através da regulamentação económica específica, no
financeira é exercida pelo Ministro que superintende a área interesse dos utilizadores e prestadores de serviços, no
das Finanças. âmbito do seu domínio; e
2. Compete a tutela sectorial o exercício dos seguintes actos: h) a aplicação e zelo pelo cumprimento da legislação
a) aprovar as políticas gerais, os planos de actividades anuais nacional e internacional, relativa à inscrição marítima,
e plurianuais, bem como os respectivos orçamentos; formação, exame e certificação de marítimos.
b) submeter o plano de actividades e orçamento ao Ministro 2. O ITRANSMAR, I.P, actua em coordenação com os demais
de tutela financeira; organismos públicos e privados com funções e interesses na
c) aprovar o Regulamento Interno do ITRANSMAR, I.P; actividade de transporte e de sinalização marítima com o objectivo
d) propor o quadro de pessoal e orçamento operacional de assegurar o cumprimento das suas atribuições e funções.
e investimento do ITRANSMAR, I.P, aos órgãos
competentes; ARTIGO 6
e) proceder ao controlo de desempenho, em especial (Competências)
quanto ao cumprimento dos fins e dos objectivos
estabelecidos; Para o exercício das suas atribuições, compete
f) revogar ou extinguir os efeitos dos actos ilegais praticados ao ITRANSMAR, I.P, o seguinte:
pelos órgãos do ITRANSMAR, I.P; a) na área de Transporte Marítimo:
g) exercer acção disciplinar sobre os membros dos órgãos do i. propor políticas e legislação do ramo de transporte
ITRANSMAR, I.P, nos termos da legislação aplicável; marítimo;
h) organizar a realização de acções de inspecção, ii. licenciar e fiscalizar o exercício da actividade de
fiscalização ou auditoria dos actos praticados transporte marítimo, transporte marítimo particular
pelos ITRANSMAR, I.P; e transporte marítimo turístico;
i) ordenar a realização de inquéritos ou sindicância iii. certificar e licenciar o equipamento exigido para as
aos serviços; embarcações e o material destinado ao transporte
j) propor à entidade competente a nomeação do órgão marítimo, em coordenação com outras entidades
máximo do ITRANSMAR, I.P, de acordo com competentes;
a legislação aplicável; iv. garantir o controlo do manuseamento e transporte
k) aprovar todos os actos que carecem de autorização prévia de cargas perigosas, em coordenação com outras
da tutela sectorial; e entidades competentes;
l) praticar outros actos de controlo de legalidade. v. autorizar ou determinar o encerramento ou abertura
3. Compete a tutela financeira o exercício dos seguintes actos: à navegação dos portos e terminais portuários em
coordenação com as entidades competentes;
a) aprovar os planos de investimento;
vi. licenciar e fiscalizar o exercício da actividade
b) aprovar os orçamentos;
de estiva;
c) aprovar a alienação dos bens próprios;
vii. licenciar e fiscalizar o exercício da actividade
d) proceder ao controlo do desempenho financeiro, em
de reboque e assistência na área portuária;
especial quanto ao cumprimento dos fins e dos
viii. licenciar, autorizar e fiscalizar o exercício
objectivos estabelecidos e quanto à utilização dos
de actividade de gestão de navios e tripulações;
recursos à sua disposição;
ix. licenciar e fiscalizar o exercício das actividades
e) aprovar a contratação de empréstimos externos e internos
de agenciamentos e seus serviços complementares;
de créditos correntes com a obrigação de reembolso
x. licenciar e fiscalizar o exercício da actividade
até dois anos; e
de mergulho profissional no âmbito do transporte
f) ordenar a realização de inspecções financeiras.
marítimo;
ARTIGO 5 xi. licenciar e fiscalizar o exercício das actividades
marítimas afins;
(Atribuições) xii. fiscalizar a observância da legislação e procedimentos
1. O ITRANSMAR, I.P, tem por atribuições: de infraestruturas de ajudas a navegação, na área
de jurisdição portuária;
a) o exercício da autoridade reguladora no domínio dos
Transportes Marítimos, fluviais e lacustres; xiii. licenciar e fiscalizar o exercício da actividade
b) a realização de estudos que sirvam de base para de mergulho profissional, no âmbito do transporte
a formulação de políticas e estratégias para maritimo;
o desenvolvimento do transporte marítimo, fluvial xiv. participar nas investigações e inquéritos de acidentes
e lacustre; e incidentes marítimos;
c) a regulamentação dos processos de acesso aos serviços xv. elaborar autos decorrentes de infracções no âmbito
de transportes marítimos fluviais e lacustres; do transporte marítimo;
d) a sinalização dos canais de acesso aos portos, infra- xvi. participar nas acções de busca e salvamento
estruturas de acostagem e portos; marítimo;
e) a manutenção das condições de segurança marítima para xvii. licenciar e fiscalizar as actividades de assistência
realização de actividades da marinha mercante; e salvação marítima na área de jurisdição portuária;
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xviii. preparar e realizar concursos públicos inerentes xii. aplicar e zelar pelo cumprimento da legislação
ao transporte marítimo; nacional e internacional, relativa à inscrição
xix. certificar e licenciar o equipamento exigido para as marítima, formação, exame e certificação
embarcações e material destinados ao transporte de marítimos;
marítimo em coordenação com outras entidades xiii. propor a legislação e regulamentação para prevenir,
reduzir, controlar e combater a poluição do meio
competentes;
ambiente marinho proveniente das embarcações ou
xx. fazer cumprir as leis e regulamentos marítimo-
de outros meios flutuantes e fixos no mar, tendo em
portuários relacionados com a segurança conta as convenções internacionais;
da navegação; xiv. tomar medidas para reduzir, prevenir e combater
xxi. representar o País em organizações internacionais a poluição marinha por embarcações, nas áreas
de especialidade; de jurisdição portuária; e
xxii. celebrar contratos, memorandos de entendimento xv. assegurar a implementação e operacionalização de
ou protocolo de colaboração com instituições de planos de contingências locais e portuários de
ensino ou outros organismos públicos ou privados combate a poluição marinha proveniente de navios.
e com entidades nacionais ou estrangeiras com c) na área de Sinalização Marítima
vista a realização de trabalhos e projectos técnicos i. assegurar a farolagem e balizagem e outras formas
e científicos de especialidade; de sinalização privada, nas áreas de jurisdição
xxiii. proceder à cobrança de taxas e emolumentos portuária;
devidos pelos serviços prestados; ii. garantir a operacionalidade e manutenção
xxiv. estabelecer e gerir o sistema de registo e cadastro da sinalização marítima nas aproximações e canais
das empresas de ramo marítimo; e de acesso aos portos;
xxv. exercer as demais atribuições que lhe sejam iii. regular a farolagem e balizagem e outras formas
conferidas por Lei. de sinalização privada, nas áreas de jurisdição
portuária;
b) na área de Segurança e Protecção Marítimas: iv. emitir pareceres e recomendações técnicas sobre
i. inspeccionar, vistoriar, certificar embarcações, bem projectos de novas dragagens, obras de hidráulica
como estabelecimento e gestão do respectivo marítima, fluvial e lacustre e outras obras que
cadastro; possam alterar o regime hidrográfico dos canais
ii. aprovar os planos e fiscalizar tecnicamente navegáveis dos portos e barras;
a construção, modificação e reparação de embar- v. participar na definição dos regimes hidrográficos
nas águas marítimas, fluviais e lacustres visando
cações;
a assistência à navegação nas áreas de jurisdição
iii. proceder à validação de certificados de construção, portuária;
de modificação de embarcações concedidas por vi. participar na caracterização dos regimes hidrográficos
autoridades marítimas estrangeiras; dos portos e águas sob jurisdição Portuária
iv. assegurar as comunicações entre as embarcações e as e o estabelecimento do zero hidrográfico;
estações costeiras nacionais, visando a salvaguarda vii. realizar estudos e projectos com vista à modernização
da vida humana e bens no mar; das ajudas à navegação nas aproximações, nos
canais de acesso aos portos bem como, a respectiva
v. promover o desenvolvimento de indústria naval e
concessão;
das infra-estruturas de apoio e a gestão da sua viii. determinar e proceder à instalação de sinais
utilização, no âmbito da construção e reparação de ajudas à navegação nas áreas de jurisdição
de embarcações; portuárias;
vi. fiscalizar e inspeccionar plataformas fixas ou móveis, ix. delimitar a área aduaneira do porto, em coordenação
destinadas ao transporte marítimo, bem como infra- com outras autoridades competentes;
estruturas flutuantes e equipamento afim; x. estabelecer e cobrar taxas e emolumentos de ajudas
vii. inspeccionar e licenciar as infra-estruturas privadas à navegação nas áreas de jurisdição portuária,
regulação e compensação de agulhas magnéticas;
de ajudas à navegação marítima;
xi. aplicar a legislação e instruções conexas com as
viii. aplicar e zelar pelo cumprimento da legislação actividades que se insiram no quadro das suas
nacional e das convenções internacionais sobre a atribuições e competências;
segurança das embarcações e relativas à actividade xii. emitir informação regular sobre a segurança da
da marinha mercante que o País tenha ratificado; navegação nas áreas de jurisdição portuária;
ix. fixar a lotação mínima de segurança das embarcações xiii filiar-se e participar nos organismos internacionais
de pavilhão nacional e emitir os respectivos que visem o estabelecimento de regras e normas,
certificados; bem como práticas e procedimentos de carácter
internacional e regional para prevenir, reduzir,
x. proceder ao registo de embarcações, emitir
controlar e combater a poluição do meio ambiente
a documentação inerente, estabelecer e manter marinho pelos navios no âmbito do seu domínio;
actualizado o respectivo cadastro; xiv. aplicar as recomendações dos organismos
xi. validar os contratos de trabalho entre tripulações internacionais, nomeadamente Associação
e armadores ou seus representantes; Internacional de Sinalização Marítima (IALA),
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Organização Marítima Internacional (OMI), 5. O ITRANSMAR, I.P, obriga-se perante terceiros mediante
Organização Internacional de Hidrografia (OHI) a assinatura de dois membros do Conselho de Administração,
relevantes para a área de trabalho; sendo uma delas a do presidente ou de quem o substitua nas suas
xv. celebrar contratos de investigação ou prestação ausências e impedimentos, salvo os casos em que este estabelecer
de serviço no âmbito das suas actividades; outra forma de representação ou designar mandatários para
xvi. promover o desenvolvimento de infra-estruturas, o efeito.
através de parcerias públicas e privadas; 6. Os membros do Conselho de Administração
xvii. participar em inquéritos sobre acidentes do ITRANSMAR, I.P, exercem as suas funções a tempo inteiro
e incidentes de transporte marítimo em articulação e estão sujeitos ao regime de incompatibilidades previsto na lei
com as entidades competentes; e para os gestores públicos.
xviii. exercer as demais atribuições que lhe sejam
conferidas por Lei. ARTIGO 10
CAPÍTULO II (Competências do Conselho de Administração)

Sistema Orgânico 1. São competências do Conselho de Administração:


Organização a) dirigir e orientar a gestão e administração do ITRANS-
MAR, I.P;
ARTIGO 7 b) elaborar os planos anuais e os respectivos orçamentos
(Órgãos) operacionais e de investimento plurianuais
de actividades e assegurar a respectiva execução;
São órgãos do ITRANSMAR, I.P., os seguintes:
c) acompanhar e avaliar sistematicamente as actividades
a) Conselho de Administração; desenvolvidas, designadamente a utilização dos meios
b) Conselho Fiscal; e postos à sua disposição e nos resultados atingidos;
c) Conselho Técnico. d) elaborar e submeter aos respectivos Ministros de Tutela
os relatórios de actividade e contas de execução
ARTIGO 8
orçamental acompanhados dos relatórios do órgão
(Composição de Conselho de Administração) de fiscalização, nos termos da legislação específica;
e) elaborar o balanço, nos termos da legislação aplicável;
1. O Conselho de Administração é um órgão de coordenação
f) autorizar a realização das despesas e a contratação
e gestão do ITRANSMAR, I.P., dirigido pelo Presidente
de serviços de assistência técnica nos termos
do Conselho de Administração.
da legislação aplicável;
2. O Conselho de Administração é composto por três
g) propor os projectos dos Regulamentos previstos
Administradores executivos, sendo um deles o Presidente.
no Estatuto Orgânico e os que sejam necessários
3. O Presidente do Conselho de Administração é nomeado
ao desempenho das atribuições;
pelo Conselho de Ministros sob proposta do Ministro que tutela a
h) propor projectos de diplomas legais necessários
área dos transportes, de entre pessoas de reconhecida idoneidade,
ao funcionamento das áreas de transporte marítimo,
independência e competência técnica e profissional na área dos
bem como dar parecer sobre projectos de legislação
portos e transporte marítimo.
e regulamentos propostos por outros organismos;
4. Os restantes membros do Conselho de Administração
i) praticar os demais actos de gestão decorrentes da
são seleccionados em concurso público aberto para o efeito
aplicação do Estatuto Orgânico, necessário ao bom
e nomeados pelo Ministro que tutela a área dos transportes.
funcionamento dos serviços;
5. Qualquer um dos Administradores pode, por despacho
do Presidente, substituí-lo na ausência e impedimento deste. j) estudar e analisar quaisquer outros assuntos de natureza
6. O Mandato dos membros do Conselho de Administração técnica e científica relacionado com o desenvolvimento
é de quatro anos, podendo renovar uma vez. das actividades do Instituto;
7. O membro do Conselho de Administração pode cessar k) harmonizar as propostas dos relatórios do balanço
o seu mandato antes do seu termo, por renúncia de cargo ou por periódico do plano económico e social;
decisão fundamentada da entidade competente para nomear, com l) gerir as receitas do ITRANSMAR, I.P, e autorizar
base em justa causa. a realização de despesas;
m) gerir o património afecto ao ITRANSMAR,I.P;
ARTIGO 9 n) propor ao Ministro que superintende a área dos
(Funcionamento do Conselho de Administração)
transportes a criação ou extinção de delegações
ou outras formas de representações territoriais
1. O Conselho de Administração reúne quinzenalmente em do ITRANSMAR, I.P;
sessões ordinárias e extraordinariamente, quando for convocado o) superintender as actividades e funções dos responsáveis
pelo presidente, por sua iniciativa ou mediante solicitação dos das unidades orgânicas e representações territoriais,
restantes membros. podendo revogar, modificar ou suspender de forma
2. O Conselho de Administração só pode deliberar quando fundamentada as decisões por eles tomadas, por
estiver presente a maioria dos seus membros. iniciativa própria ou mediante recurso;
3. As convocatórias devem ser feitas por escrito e de forma
p) aprovar o plano de formação dos funcionários e agentes
a serem recebidas com o mínimo de oito dias de antecedência
do Estado; e
relativamente a data das reuniões a não ser que este prazo seja
dispensado por todos administradores. q) exercer outros poderes que constem do Estatuto Orgânico
4. A convocatória deve incluir a agenda de trabalho e de mais legislação aplicável.
e acompanhada de todos os documentos necessários a tomada 2. Os actos do Conselho de Administração assumem a forma
de deliberação, quando for este o caso. de deliberação.
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ARTIGO 11 c) proceder à verificação prévia e dar o respectivo parecer


(Competências do Presidente do Conselho de Administração)
sobre o orçamento, suas revisões e alterações, bem
como sobre o plano de actividades na perspectiva
1. Compete ao presidente do Conselho de Administração da sua cobertura orçamental;
do ITRANSMAR, I.P, o seguinte: d) dar parecer sobre o relatório de gestão de exercício
a) dirigir e coordenar as actividades do Conselho e contas de gerência, incluindo documentos
de Administração; de certificação legal de contas;
b) convocar e presidir as reuniões do Conselho e) dar parecer sobre a aquisição, arrendamento, alienação
de Administração e assegurar o cumprimento e oneração de bens imóveis;
das respectivas deliberações; f) dar parecer sobre a aceitação de doações, heranças
c) convocar e presidir as reuniões do Conselho Técnico; ou legados;
d) representar o ITRANSMAR, I.P, em juízo e fora dele; g) dar parecer sobre a contratação de empréstimos, quando
e) executar e fazer cumprir a lei, as resoluções o ITRANSMAR, I.P, esteja habilitado a fazê-lo;
e as deliberações do Conselho de Administração; h) manter o Conselho de Administração informado sobre
f) coordenar a elaboração do plano anual e plurianuais os resultados das verificações e exames que proceda;
de actividades do ITRANSMAR, I.P; i) elaborar relatórios da sua acção fiscalizadora, incluindo
g) exercer os poderes de Direcção, gestão e disciplina um relatório anual global;
do pessoal; j) propor ao Ministro da tutela financeira, e Conselho
h) controlar a arrecadação de receitas do ITRANS- de Administração a realização de auditorias externas,
MAR, I.P; quando isso se revelar necessário ou conveniente;
i) supervisionar técnica e administrativamente a instituição k) verificar, fiscalizar e apreciar a legalidade da organização
no cumprimento da legislação e procedimentos e funcionamento do ITRANSMAR, I.P;
aplicáveis; l) avaliar a eficiência, eficácia e efectividade dos processos
j) assegurar as relações do ITRANSMAR, I.P, com de descentralização e desconcentração de competências
o Governo e com as demais entidades públicas e verificar o funcionamento;
e privadas; m) verificar a eficácia dos mecanismos e técnicas
k) representar o ITRANSMAR, I.P, nas instâncias regionais adoptadas pelo ITRANSMAR, I.P, para o atendimento
e internacionais; e prestação de serviços públicos;
l) representar o ITRANSMAR, I.P, na outorga de contratos, n) fiscalizar a aplicação do estatuto orgânico do
salvo quando a lei exija outra forma de representação; ITRANSMAR, I.P, do Estatuto Geral dos Funcionários
m) autorizar e validar as despesas dentro dos limites que e Agentes do Estado, e demais legislação relativa
forem fixados pelo Conselho de Administração; ao pessoal, ao procedimento administrativo e ao
n) submeter ao órgão de tutela, para efeitos de aprovação, funcionamento do ITRANSMAR, I.P, e outra
o regulamento interno do ITRANSMAR, I.P; legislação de carácter geral aplicável à Administração
o) nomear os responsáveis das unidades orgânicas Pública;
e das representações territoriais; o) aferir o grau de resposta dado pelo ITRANSMAR, I.P, às
p) decidir sobre os processos de infracções às normas cuja solicitações dos cidadãos ou da classe servida;
implementação, supervisão, inspecção e fiscalização lhe p) averiguar o nível de alinhamento dos planos de actividades
compete, bem como as resultantes do incumprimento adoptados e implementados pelo ITRANSMAR, I.P,
das suas próprias determinações; e com os objectivos e prioridades do Governo;
q) realizar outras actividades e exercer os demais q) aferir o grau de observância das instruções técnico
poderes que lhe sejam delegados pelo Conselho e metodológicas emitidas pela entidade de tutela
de Administração. sectorial;
2. O Presidente do Conselho de Administração pode delegar r) aferir o grau de alcance das metas periódicas definidas
competências a qualquer um dos membros do Conselho pelo ITRANSMAR, I.P, bem como, pelo Ministro
de Administração ou Delegados Provinciais, estabelecendo, em ou entidade de tutela; e
cada caso, os respectivos limites e condições. s) pronunciar-se sobre os assuntos que lhe sejam submetidos
pelo Conselho de Administração, pelo Tribunal
ARTIGO 12 Administrativo e pelas entidades que integramo
(Função do Conselho Fiscal)
sistema de controlo interno da administração financeira
do Estado.
O Conselho Fiscal é o órgão responsável pelo controlo 2. Os membros do Conselho Fiscal participam obrigatoriamente
da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira nas reuniões do Conselho de Administração, em que se aprecia
e patrimonial do ITRANSMAR, I.P. o relatório de actividades e, contas e a proposta de orçamento
do ITRANSMAR, I.P.
ARTIGO 13
(Competências do Conselho Fiscal) ARTIGO 14
(Designação e mandato do Conselho Fiscal)
1. compete ao Conselho Fiscal:
a) acompanhar e controlar com regularidade o cumprimento 1. O Conselho Fiscal integra três membros, sendo um
das leis e Decretos aplicáveis, a execução orçamental, Presidente e dois vogais, representando as áreas de tutela
a situação económica, financeira e patrimonial financeira, da função pública e do sector dos transportes.
do ITRANSMAR, I.P; 2. O mandato dos membros do Conselho Fiscal é de três anos,
b) analisar a contabilidade do ITRANSMAR, I.P; renovável uma única vez por igual período.
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3. Os membros do Conselho Fiscal são nomeados por despacho d) Divisão de Manutenção e Infra-estruturas;
conjunto dos Ministros que superintendem as áreas das finanças, e) Gabinete de Controlo e Auditoria Interna;
função pública e dos transportes. f) Gabinete de Assessoria Jurídica;
4. O Conselho Fiscal reúne-se ordinariamente uma vez em cada g) Departamento de Recursos Humanos;
trimestre, com a maioria dos seus membros os quais não podem h) Departamento de Administração e Finanças;
delegar as suas funções. i) Departamento de Estudos, Planificação e Cooperação;
j) Departamento de Aquisições; e
5. O Conselho fiscal reúne-se mediante convocação
k) Repartição de Tecnologia de Informação e Comunicação.
do respectivo presidente com antecedência mínima de oito dias.
6. A renúncia do cargo deve ser apresentada por escrito ARTIGO 18
ao Ministro que Superintende a área dos Transportes.
(Divisão de Transporte Marítimo)
ARTIGO 15 1. São funções da Divisão de Transportes Marítimo:
(Composição do Conselho Técnico) a) elaborar políticas e legislação do ramo de transporte
marítimo;
1. O Conselho Técnico é um órgão de consulta composto pelos: b) licenciar e fiscalizar o exercício da actividade de
a) membros do Conselho de Administração; transporte marítimo de cabotagem, de tráfego local,
b) directores de divisões; transporte marítimo particular e transporte marítimo
c) directores de gabinetes; turístico;
d) chefes de departamentos centrais autónomos; c) certificar e licenciar o equipamento exigido para as
e) chefes de repartições centrais autonómas; embarcações e o material destinado ao transporte
f) delegados provinciais e distritais; e Marítimo, em coordenação com outras entidades
g) representantes dos operadores portuários, de transporte competentes;
marítimo e actividades afins. d) garantir o controlo do manuseamento e transporte
de cargas perigosas, em coordenação com outras
2. Podem participar nas reuniões do Conselho Técnico, entidades competentes;
como convidados, outras entidades bem como técnicos, cuja e) propor o encerramento ou abertura à navegação dos
participação se entenda necessária ou relevante. portos e terminais portuárias;
3. O Conselho Técnico reúne-se ordinariamente, uma vez f) licenciar e fiscalizar o exercício da actividade de estiva;
em cada trimestre e, extraordinariamente, sempre que se mostre g) licenciar e fiscalizar o exercício da actividade de reboque
necessário, ou por iniciativa do Conselho de Administração. e assistência à manobra de navios na área de jurisdição
portuária;
ARTIGO 16 h) licenciar, autorizar e fiscalizar o exercício de actividade
(Competências) de gestão de navios, tripulações e guardas a bordo;
i) propor a autorização de afretamento de embarcações
Compete ao Conselho Técnico emitir pareceres, designadamente nacionais e estrangeiras;
sobre: j) licenciar e fiscalizar o exercício das actividades
a) os padrões de segurança na realização da actividade de de agenciamentos e seus serviços complementares;
transporte marítimo; k) licenciar e fiscalizar o exercício da actividade
b) a qualidade dos serviços prestados no transporte marítimo de abastecimento de víveres aos navios;
e segurança marítima na área de jurisdição portuária; l) fiscalizar a observância da legislação e procedimentos
de infra-estruturas de ajudas a navegação, na área de
c) as estratégias de desenvolvimento do ramo do transporte
jurisdição portuária;
marítimo;
m) licenciar e fiscalizar o exercício da actividade
d) propostas de legislação inerente a actividade do transporte
de mergulho profissional no âmbito do transporte
e sinalização marítimos; e marítimo;
e) outros assuntos de interesse da indústria do transporte n) licenciar e fiscalizar a actividade de dragagem na área
marítimo e sinalização marítima, que o Conselho de jurisdição portuária;
de Administração achar pertinente submetê-los à sua o) participar nas investigações e inquéritos de acidentes
apreciação. e incidentes marítimos;
p) elaborar autos decorrentes de infracções à legislação
CAPÍTULO III de transporte marítimo e actividades marítimas;
Estrutura e Funções das Unidades Orgânicas
q) participar nas acções de busca e salvamento marítimo;
r) licenciar e fiscalizar as actividades de assistência
e Forma de Representação
e salvação marítima na área de jurisdição portuária;
ARTIGO 17 s) estabelecer e gerir o sistema de registo e cadastro
(Estrutura) das empresas do Transporte e actividades marítimas
relacionadas;
O ITRANSMAR, I.P, tem a seguinte estrutura: t) exercer as demais atribuições que lhe sejam conferidas
a) Divisão de Transporte Marítimo; por Lei.
b) Divisão de Segurança Marítima e Protecção do meio 2. A Divisão de Transportes Marítimo é dirigida por um
Marinho; Director de Divisão, apurado em concurso público e nomeado
c) Divisão de Sinalização Marítima; pelo Presidente do Conselho de Administração.
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ARTIGO 19 t) certificar a aptidão profissional de marítimos;


u) participar nas investigações e inquéritos de acidentes
(Divisão de Segurança Marítima e Protecção do meio Marinho)
e incidentes marítimos;
1. São funções da Divisão de Segurança Marítima e Protecção v) elaborar autos decorrentes de infracções à legislação
do Meio Marinho: de segurança marítima;
w) participar nas acções de busca e salvamento marítimo;
a) fazer cumprir as leis e regulamentos marítimos x) Participar nas actividades de assistência e salvação
relacionados com a segurança da navegação; marítima na área de jurisdição portuária;
b) representar o país em organizações internacionais y) propor a legislação e regulamentação para prevenir,
de especialidade; reduzir, controlar e combater a poluição do meio
c) celebrar contratos, memorandos de entendimento ambiente marinho proveniente das embarcações ou
de outros meios flutuantes na área de jurisdição, tendo
ou protocolos de colaboração com Instituições de em conta as convenções internacionais;
ensino ou outros organismos públicos ou privados z) tomar medidas para reduzir, prevenir e combater
e com entidades nacionais ou estrangeiros com a poluição marinha por embarcações, nas áreas
vista à realização de trabalhos e projectos técnicos de jurisdição portuária;
e científicos de especialidade; aa) assegurar a implementação e operacionalização
de planos de contingências locais e portuários
d) inspeccionar, vistoriar, certificar embarcações, bem como
de combate a poluição marinha proveniente de navios;
estabelecimento e gestão do respectivo cadastro; bb) assegurar a remoção dos destroços de embarcações
e) aprovar os planos e fiscalizar tecnicamente a construção, e outras construções flutuantes na Área de Jurisdição
modificação e reparação de embarcações; Portuária encalhadas ou submersas nas águas
f) proceder à validação de certificados de construção, nacionais contendo produtos poluentes;
de modificação de embarcações concedidas por cc) licenciar e fiscalizar as actividades de remoção de
destroços das embarcações e de outras construções
autoridades marítimas estrangeiras; flutuantes na Área de Jurisdição Portuária encalhadas
g) assegurar as comunicações entre as embarcações ou submersas nas águas nacionais contendo produtos
e as estações costeiras nacionais, visando a salvaguarda poluentes;
da vida humana e bens no mar; dd) certificar as infra-estruturas de recepção de resíduos
h) promover o desenvolvimento de indústria naval e das oleosos e lixos não tóxicos;
infra-estruturas de apoio e a gestão da sua utilização, ee) assegurar o cumprimento das normas estabelecidas pelas
Convenções Internacionais no âmbito da prevenção da
no âmbito da construção e reparação de embarcações;
poluição marinha por navios; e
i) fiscalizar e inspeccionar plataformas fixas ou móveis, ff) exercer as demais atribuições que lhe sejam conferidas
destinadas ao transporte marítimo, bem como infra- por Lei.
estruturas flutuantes e equipamento afim; 2. A Divisão de Segurança Marítima e Protecção do Meio
j) aplicar e zelar pelo cumprimento da legislação nacional Marinho é dirigida por um Director de Divisão, apurado em
e das convenções internacionais sobre a segurança concurso público e nomeado pelo Presidente do Conselho
das embarcações e relativas à actividade da marinha de Administração.
mercante que o País tenha ratificado; ARTIGO 20
k) fixar a lotação mínima de segurança das embarcações
(Divisão de Sinalização Marítima)
de pavilhão nacional e emitir os respectivos certificados;
l) licenciar e fiscalizar o exercício das actividades marítimas 1. São funções da Divisão de Sinalização Marítima:
afins; a) garantir a operacionalidade e manutenção da sinalização
m) proceder ao exame e certificação de marítimos marítima nas aproximações e canais de acesso aos portos;
de acordo com a Convenção Internacional de normas b) regular a farolagem, balizagem e outras formas de
sinalização privada, nas áreas de jurisdição portuária;
de Formação, Certificação e Serviços de Quartos para c) garantir a operacionalidade e manutenção das ajudas à
os Marítimos – STCW/78 e emendas; navegação nas áreas de jurisdição portuária;
n) certificar a conformidade da formação de marítimos com d) emitir pareceres e recomendações técnicas sobre
as disposições da convenção Internacional de normas projectos de novas dragagens, obras de hidráulica
de Formação, Certificação e Serviços de Quartos para marítima, fluvial e lacustre e outras obras que possam
os Marítimos – STCW/78 e emendas; alterar o regime hidrográfico dos canais navegáveis
dos portos e barras;
o) proceder à arqueação de embarcações; e) participar na definição dos regimes hidrográficos
p) proceder à auditoria das escolas e centros de formação nas águas marítimas, fluviais e lacustres visando
de marítimos; a assistência à navegação nas áreas de jurisdição
q) proceder à homologação dos currícula dos cursos portuária;
de formação profissional e de qualificação f) participar na caracterização dos regimes hidrográficos
de marítimos; dos portos e águas sob jurisdição Portuária e o
estabelecimento do zero hidrográfico;
r) propor às entidades competentes a homologação dos g) realizar estudos e projectos com vista à modernização das
currícula dos cursos de formação marítimo que tenha ajudas à navegação nas aproximações, nos canais de
por objecto a atribuição de grau académico; acesso aos portos bem como, a respectiva concessão;
s) proceder à auditoria das entidades formadoras h) garantir a regulação e compensação de agulhas
de marítimos; magnéticas;
1618 I SÉRIE — NÚMERO 185

i) determinar e proceder à instalação de sinais de ajudas à 2. A Divisão de Manutenção e Infra-estruturas é dirigida por
navegação nas áreas de jurisdição portuária; um Director de Divisão, apurado em concurso público e nomeado
j) delimitar a área aduaneira do porto, em coordenação com pelo Presidente do Conselho de Administração.
outras autoridades competentes;
k) aplicar a legislação e instruções conexas com as ARTIGO 22
actividades que se insiram no quadro das atribuições (Gabinete de Controlo e Auditoria Interna)
e competências do ITRANSMAR, I.P;
l) emitir informação regular sobre a segurança da navegação 1. São funções do Gabinete de Controlo e Auditoria Interna:
nas áreas de jurisdição portuária; a) realizar auditorias específicas para aferir o cumprimento
m) filiar-se e participar nos organismos internacionais que das convenções internacionais relativas ao transporte
visem o estabelecimento de regras e normas, bem como marítimo, segurança marítima, sinalização marítima
práticas e procedimentos de carácter internacional e e protecção do meio marinho;
regional para prevenir, reduzir, controlar e combater b) programar e executar auditorias técnicas e administrativas
a poluição do meio ambiente marinho pelos navios em todas as áreas da instituição a nível nacional;
no âmbito do seu domínio; c) analisar processos, rotinas, organização do trabalho
n) aplicar as recomendações dos organismos internacionais, e controlo operacionais;
nomeadamente: Associação Internacional de d) participar em acções de investigação de acidentes
Sinalização Marítima (IALA), Organização Marítima e incidentes marítimos, de combate à poluição marinha
Internacional (OMI), Organização Internacional de e outras de índole similar, quando para o efeito for
Hidrografia (OHI) relevantes para a área de trabalho; designado;
o) participar em inquéritos sobre acidentes e incidentes de e) propor a execução de normas de gestão de qualidade;
transporte marítimo; f) proceder à sindicância, inquérito e disciplinares, que lhe
p) promover o desenvolvimento de infra-estruturas, através forem superiormente determinado;
de parcerias públicas e privadas; g) promover acções de prevenção e combate à corrupção;
q) inspeccionar e licenciar as infra-estruturas privadas de h) exercer as demais atribuições que lhe sejam conferidas
ajudas à navegação marítima na zona de jurisdição por Lei.
portuária; e 2. O Gabinete de Controlo e Auditoria Interna é dirigido por
r) exercer as demais atribuições que lhe sejam conferidas um Director de Gabinete do Instituto Público nomeado pelo
por Lei. Presidente do Conselho de Administração.
2. A Divisão de Sinalização Marítima é dirigida por um
ARTIGO 23
Director de Divisão, apurado em concurso público e nomeado
pelo Presidente do Conselho de Administração. (Gabinete de Assessoria Jurídica)

ARTIGO 21 1. São funções do Gabinete de Assessoria Jurídica:


(Divisão de Manutenção e infra-estruturas)
a) efectuar assessoria, elaborar estudos, pareceres
e informações de natureza jurídica no quadro das
1. São funções da Divisão de Manutenção e infra-estruturas: competências do ITRANSMAR,I.P;
a) assegurar a manutenção e conservação dos equipamentos b) elaborar propostas de diplomas legais;
e das infra-estruturas, incluíndo edifícios; c) divulgar a legislação e zelar pelo cumprimento
b) acompanhar o desenvolvimento tecnológico dos e observância da legislação aplicável ao ITRANS-
equipamentos electrónicos e mecânicos em uso na MAR,I.P;
Instituição; d) efectuar pareceres prévios sobre as deliberações
c) preparar análises e propostas sobre assuntos pertinentes do conselho de administração, quando solicitado;
à sua actividade, a submeter à aprovação superior; e) participar na resolução de conflitos entre entidades
d) assegurar a manutenção de todos os meios circulantes, licenciadas, registadas e consumidores do sector dos
flutuantes e equipamentos electrónicos; transportes marítimos;
e) assegurar a manutenção de todas as infra-estruturas, f) prestar assessoria no estabelecimento e supervisão das
coordenando com outros serviços técnicos a utilização licenças dos operadores dos transportes marítimos;
de equipamentos; g) propor providências legais que julgue necessário;
f) realizar estudos para a aquisição de novos equipamentos; h) compilar e manter actualizado o arquivo da legislação
g) elaborar e executar planos de manutenção dos meios nacional e internacional, incluindo Convenções
circulantes, flutuantes e de infra-estruturas; Internacionais, acordos, protocolos e outros documentos
h) supervisionar o uso correcto dos meios afectos aos relacionados com as actividades da marinha;
diversos serviços; i) emitir pareceres sobre processos de natureza disciplinar,
i) participar em inquéritos sobre acidentes e incidentes regularidade formal da instrução e adequação legal
de transporte marítimo; da pena proposta;
j) promover o desenvolvimento de infra-estruturas, j) emitir pareceres sobre as petições e reportar aos órgãos
através de parcerias públicas e privadas, inspeccionar competentes os respectivos resultados;
e licenciar as infra-estruturas privadas de ajudas k) analisar e dar forma aos contratos, acordos e outros
à navegação marítima na zona de jurisdicação instrumentos de natureza legal;
portuária; e l) pronunciar-se sobre o aspecto formal das providências
k) exercer as demais atribuições que lhe sejam conferidas legislativas das áreas da instituição e colaborar no
por Lei. estudo e elaboração de projectos de diplomas legais;
23 DE SETEMBRO DE 2022 1619

m) litigar em nome do ITRANSMAR,I.P, em qualquer c) executar e controlar o orçamento da instituição de acordo


acção judicial, na resolução de litígios em que estiver com as normas de despesa internamente estabelecidas
envolvido; e com as disposições legais;
n) pronunciar-se sobre propostas ou recursos relativos d) controlar a execução dos fundos alocados aos projectos
à sanções e multas aplicadas sobre infraccções do ITRANSMAR, I.P, e prestar contas às entidades
à legislação do ITRANSMAR,I.P; e interessadas;
o) exercer as demais atribuições que lhe sejam conferidas e) administrar os bens patrimoniais de acordo com as
por Lei. normas de gestão estabelecidos pelo Estado, e garantir
2. O Gabinete de Assessoria Jurídica é dirigido por um Director a sua correcta utilização, manutenção, protecção,
de Gabinete do Instituto Público, nomeado pelo Presidente segurança e higiene;
do Conselho de Administração. f) determinar as necessidades de material de consumo
corrente e outro, e proceder à sua aquisição, registo,
ARTIGO 24
armazenamento, distribuição e ao controlo da sua
(Departamento de Recursos Humanos) utilização;
1. São funções do Departamento de Recursos Humanos: g) elaborar o balanço anual da execução do orçamento
e submeter a entidade que superintende a área
a) assegurar o cumprimento do Estatuto Geral
dos Funcionários e Agentes do Estado e demais das Finanças e ao Tribunal Administrativo;
legislação aplicável aos funcionários e agentes h) elaborar e actualizar o inventário e o cadastro dos bens
do Estado; móveis e imóveis;
b) elaborar e gerir o quadro de pessoal; i) garantir a circulação correcta do expediente;
c) elaborar o qualificador profissional; j) assegurar as relações, correspondência e comunicação
d) assegurar a realização da avaliação de desempenho com o exterior;
dos funcionários e agentes do Estado em serviço k) implementar o Sistema Nacional de Arquivo do Estado;
no ITRANSMAR, I.P; l) efectuar arrecadação da receita; e
e) organizar, controlar e manter actualizado o e-SIP. da m) exercer as demais atribuições que lhe sejam conferidas
instituição de acordo com as orientações e normas por Lei.
definidas pelos órgãos competentes;
f) produzir estatísticas internas sobre recursos humanos 2. O Departamento de Administração e Finanças é dirigido
do ITRANSMAR,I.P; por um Chefe de Departamento Central Autonómo, nomeado
g) garantir, implementar e monitorizar o Sistema pelo Presidente do Conselho de Administração.
Nacional de Gestão de Recursos Humanos-SNGRH
do ITRANSMAR, I.P; ARTIGO 26
h) elaborar, implementar e monitorizar o plano de (Departamento de Estudos, Planificação e Cooperação)
desenvolvimento de recursos humanos para o pessoal
do ITRANSMAR, I.P; 1. São Funções do Departamento de Estudos, Planificação e
i) planificar, coordenar e assegurar as acções de formação Cooperação as seguintes:
e capacitação profissional, bem como as bolsas a) sistematizar as propostas de plano económico e social e
de estudo dos funcionários e agentes do Estado dentro programa de actividades anuais do ITRANSMAR, I.P;
e fora do país;
b) formular propostas de politicas e perspectivar estratégias
j) realizar as actividades no âmbito da implementação
de desenvolvimento a curto, médio e longo prazos;
da Estratégia da Reforma de Desenvolvimento
c) elaborar e controlar a execução de programas e projectos
da Administração Pública-ERDAP;
k) implentar as actividades no âmbito das políticas de desenvolvimento do ITRANSMAR, I.P, a curto,
e estratégias do HIV e SIDA, Género, Pessoa médio e longo prazos;
Portadora de Deficiência, bem como outras doenças; d) monitorizar a execução dos planos de actividades;
l) implementar as normas de previdência social dos e) dirigir e controlar o processo de recolha, tratamento,
funcionários e agentes do Estado; análise e inferência da informação estatística;
m) garantir a realização das acções de carácter social; f) assessorar a intervenção do ITRANSMAR, I.P,
n) gerir o sistema de carreiras e remuneração e benefícios em organismos ou outras instâncias nacionais
dos funcionários e agentes do Estado; e internacionais, nas actividades relacionadas com
o) promover o estudo de legislação no ITRANSMAR, I.P; e o desenvolvimento do sector da marinha;
p) exercer as demais atribuições que lhe sejam conferidas g) desenvolver acções necessárias para o estabelecimento
por Lei. de relações de cooperação bilateral e multilateral;
h) propor programas, projectos e acções de cooperação
2. O Departamento de Recursos Humanos é dirigido por internacional;
um Chefe de Departamento Central Autonómo, nomeado i) assegurar a implementação do plano e estratégia
pelo Presidente do Conselho de Administração. de cooperação da área do Transporte Marítimo;
j) propor e dinamizar a cooperação e o intercâmbio entre
ARTIGO 25
o ITRANSMAR, I.P, e instituições homólogas
(Departamento de Administração e Finanças) de outros países e as organizações regionais e
internacionais;
1. São funções do Departamento de Administração e Finanças:
k) promover à adesão, celebração e implementação
a) zelar pela administração geral da instituição; de memorandos, convenções e acordos internacionais;
b) elaborar a proposta do plano e orçamento de funcionamento l) promover, coordenar e controlar as acções de cooperação
do ITRANSMAR, I.P, de acordo com as metodologia com organismos e instituições nacionais, regionais
e normas estabelecidas; e internacionais;
1620 I SÉRIE — NÚMERO 185

m) participar, na preparação de convenções e acordos com 2. O Departamento de aquisições é dirigido por um Chefe
parceiros de cooperação; de Departamento Central Autónomo, nomeado pelo Presidente
n) criar e gerir uma base de dados dos compromissos do Conselho de Administração.
internacionais atinentes às atribuições e competências
do ITRANSMAR,I.P; ARTIGO 28
o) acompanhar aplicação das recomendações universais dos (Repartição de Tecnologia de Informação e Comunicação)
organismos internacionais, concernente ao transporte
marítimo, segurança e protecção do meio marinho e 1. São funções da Repartição de Tecnologia de Informação
sinalização marítima; e Comunicação:
p) coordenar a participação do ITRANSMAR, I.P, em a) implementar soluções tecnológicas para a gestão eficiente
eventos regionais e internacionais, bem como de processos da instituição;
harmonizar, com outros países e organizações a b) elaborar proposta de plano de introdução das
intervenção e o posicionamento de Moçambique novas tecnologias de informação e comunicação
em tais eventos, bem como preparar e coordenar as no ITRANSMAR, I.P;
missões do ITRANSMAR, I.P, ao exterior; c) conceber e propor os mecanismos de uma rede informática
q) preparar e dar seguimento aos eventos nacionais, regionais na Instituição para apoiar a actividade administrativa;
internacionais, e outros em que o ITRANSMAR, I.P, d) definir padrões de equipamento informático hardware
participe; e software a adquirir para a instituição;
r) coordenar a realização de eventos nacionais, promovidos e) administrar, manter e desenvolver a rede de computadores
por organismos, agências e demais entidades do ITRANSMAR, I.P;
internacionais especializadas nas áreas de transporte f) orientar e propor aquisição, expansão e substituição
marítimo, segurança e protecção do meio marinho de equipamentos de tratamento de informação;
e sinalização marítima; g) promover a informatização dos serviços do ITRANS-
s) coordenar a preparação de missões do ITRANSMAR, MAR, I.P;
I.P, ao exterior; e h) criar e garantir a manutenção de um banco de dados para
t) exercer as demais atribuições que lhe sejam conferidas o processamento da informação estatística;
por Lei. i) promover trocas de experiências sobre o acesso
2. O Departamento de Estudos, Planificação e Cooperação e utilização das novas tecnologias de comunicação
é dirigido por um Chefe de Departamento Central Autónomo, e informação;
nomeado pelo Presidente do Conselho de Administração. j) promover, no seu âmbito ou em colaboração com as
demais unidade orgânicas, a divulgação de factos mais
ARTIGO 27
relevantes da vida do ITRANSMAR, I.P, e de tudo
(Departamento de Aquisições) quanto possa contribuir para o melhor conhecimento
1. São funções do Departamento de Aquisições: da instituição;
k) garantir a divulgação, publicidade e marketing
a) efectuar o levantamento das necessidades de contratação da instituição;
em coordenação com as outras unidades orgânicas l) planificar, projectar e manter os serviços de multimédia
do ITRANSMAR,I.P; e de comunicação através da telefonia, vídeos
b) preparar e manter actualizado o plano de contratações conferência e outros; e
de cada exercício económico;
m) exercer as demais atribuições que lhe sejam conferidas
c) elaborar documentos de concursos e gerir os respectivos
por Lei.
contratos;
d) apoiar e orientar as demais áreas do ITRANSMAR,I.P, 2. A Repartição de Tecnologia de Informação e Comunicação
na elaboração do catálogo contendo as especificações é dirigida por um Chefe de Repartição Central, nomeado
técnicas e de outros documentos pertinentes pelo Presidente do Conselho de Administração.
à contratação;
e) prestar assistência ao Júri e zelar pelo cumprimento CAPÍTULO IV
de todos procedimentos pertinentes; Forma de Representação
f) submeter a documentação de contratação ao Tribunal ARTIGO 29
Administrativo;
g) prestar a necessária colaboração aos órgãos de controlo (Delegações Provinciais e Distritais)
interno e externo, na realização de inspecções 1. A nível local, o ITRANSMAR, I.P, é representado por
e auditorias; Delegações Provinciais e Distritais.
h) administrar os contratos e zelar pelo cumprimento de 2. As Delegações provinciais e distritais são dirigidas por
todos procedimentos, incluindo os inerentes à recepção delegados provinciais e distritais, respectivamente, nomeados
do objecto contratual; pelo Presidente do Conselho de Administração.
i) zelar pelo arquivo adequado dos documentos de cada 3. Os Delegados Distritais respondem directamente
contratação; aos Delegados Provinciais.
j) apoiar a Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições
em matérias técnicas sectoriais da sua competência; ARTIGO 30
k) propor à Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições
(Subordinação)
a realização de acções de formação;
l) exercer outras competências constantes da legislação Na sua actuação, as representações locais do ITRANSMAR,
específica; e I.P, subordinam-se ao Pressidente do Conselho de Administração,
m) exercer as demais atribuições que lhe sejam conferidas sem prejuízo da articulação e cooperação com os Secretários
por Lei. do Estado e Governadores Provinciais.
23 DE SETEMBRO DE 2022 1621

ARTIGO 31 aa) assinar contratos, memorandos e acordos de parcerias


com instituições locais com interesse na área
(Funções das Delegações Provinciais e Distritais)
dos transportes mediante despacho do Presidente
1. São funções da delegação provincial as seguintes: do Conselho de Administração;
a) assegurar o cumprimento e aplicação da legislação do bb) assegurar a gestão dos recursos humanos, financeiros
transporte marítimo, segurança e sinalização marítimas e patrimoniais adistritos a delegação de acordo com
e protecção do meio marinho, na área da sua jurisdição; a legislação aplicável;
b) licenciar e fiscalizar o exercício da actividade cc) promover a colaboração com outras entidades que na
de transporte marítimo, de tráfego local, transporte respectiva área de jurisdição prossegam finalidades
marítimo particular, no âmbito da sua competência; similares; e
c) controlar o manuseamento de cargas perigosas, dd) exercer as demais competências que lhe sejam
em coordenação com outras entidades competentes; conferidas por Lei.
d) propor o encerramento ou abertura à navegação 2. As delegações distritais exercem as mesmas funções das
dos portos e terminais portuárias; delegações provinciais, dentro das suas áreas de jurisdição com
e) fiscalizar todas as actividades lincenciadas excepção das constantes das alíneas b), y) e z).
pelo ITRANSMAR, I.P, na área da sua jurisdição;
f) fiscalizar a observância da legislação e procedimentos ARTIGO 32
de infraestruturas de ajudas a navegação, na área
de jurisdição portuária; (Competências do Delegado provincial e distrital)
g) participar nas investigações e inquéritos de acidentes 1. São competências do delegado provincial as seguintes:
e incidentes marítimos;
h) elaborar autos decorrentes de infracções no âmbito a) representar o ITRANSMAR, I.P, na respectiva área
do transporte marítimo; de jurisdição;
i) participar nas acções de busca e salvamento marítimo; b) dirigir, organizar e planificar as actividades da delegação
j) proceder à cobrança de taxas e emolumentos devidos provincial de acordo com as estratégias e em
pelos serviços prestados; conformidade com a legislação em vigor;
k) estabelecer e gerir o sistema de registo e cadastro das c) dirigir o colectivo da delegação;
empresas do Transporte Marítimo e actividades d) assegurar a gestão dos recursos humanos, financeiros
marítimas relacionadas; e patrimoniais adistritos a delegação de acordo com
l) vistoriar, certificar embarcações, bem como a legislação aplicável;
estabelecimento e gestão do respectivo cadastro no e) assegurar aplicação das normas e regulamento
âmbito das suas competências; da instituição;
m) aprovar os planos e fiscalizar tecnicamente a construção, f) exercer o poder disciplinar sobre os funcionários e agentes
modificação e reparação de embarcações, no âmbito do Estado a si subordinados; e
da sua competência; g) realizar as demais actividades integradas no seu âmbito
n) fiscalizar plataformas fixas ou móveis, destinadas ao de competências ou que lhe forem superiormente
transporte marítimo, bem como infra-estruturas incumbidas.
flutuantes e equipamento afim;
2. O Delegado Distrital exerce as mesmas competências
o) fazer o desembaraço de entrada e saída de navios;
p) fixar a lotação mínima de segurança das embarcações de do Delegado Provincial, dentro da sua área de jurisdição.
pavilhão nacional e emitir os respectivos certificados, ARTIGO 33
no âmbito da sua competência;
q) proceder à arqueação e registo de embarcações, emitir (Estrutura e funcionamento das delegações provinciais
a documentação inerente, estabelecer e manter e distritais)
actualizados o respectivo cadastro, no âmbito da sua A estrutura e funcionamento das delegações provinciais e
competência; distritais constam do Regulamento Interno do ITRANSMAR,I.P.
r) licenciar e fiscalizar o exercício das actividades marítimas
afins; CAPÍTULO V
s) validar os contratos de trabalho entre tripulações
e armadores ou seus representantes; Regime do Pessoal, Gestão Financeira e Patrimonial
t) proceder à inscrição marítima; ARTIGO 34
u) proceder ao exame e certificação de marítimos e emitir
(Regime do Pessoal)
a documentação inerente, estabelecer e manter
actualizado o respectivo cadastro, no âmbito da sua 1. Os funcionários e agentes do Estado em serviço
competência; no ITRANSMAR, I.P, regem-se pela legislação aplicável aos
v) assegurar a implementação e operacionalização de funcionários e agentes do Estado.
planos de contingências locais e portuários de combate 2. Excepcionalmente e nos termos previstos na legislação
a poluição marinha proveniente de navios; aplicável, o ITRANSMAR, I.P, pode contratar trabalhadores à
w) tramitar processos para o licenciamento de actividades luz da lei do trabalho em função da actividade a desempenhar.
marítimas de competência do nível central;
x) garantir a operacionalidade e manutenção da sinalização ARTIGO 35
marítima na área da sua jurisdição; (Remuneração)
y) garantir a farolagem e balizagem e outras formas
de assinalamento na área de jurisdição portuária; 1. O regime remuneratório do pessoal do ITRANSMAR, I.P,
z) elaborar e remeter ao Presidente do Conselho é o dos funcionários e agentes do Estado, com possibilidade
de Administração a proposta do plano de actividades de aprovação de suplementos adicionais pelos Ministros que
e orçamento a desenvolver; superintendem as áreas de finanças e função pública.
1622 I SÉRIE — NÚMERO 185

2. A remuneração dos membros do Conselho de Administração MAR, I.P, referidos no n.º 1 do presente artigo, a respectiva
é fixada por despacho conjunto dos Ministros que superintendem tabela de taxas e de multas, bem como a sua consignação,
as áreas dos transportes e das finanças, com base nos critérios constará de um regulamento próprio, a ser aprovado por
estabelecidos pelo Conselho de Ministros. legislação específica.
3. A remuneração dos membros do Conselho Fiscal 3. As receitas provenientes das taxas de licenciamentos
é determinada por um valor de senha de presença, fixada por do ITRANSMAR, I.P, devem ser canalizadas, na totalidade, para
Despacho único dos Ministros que superintendem as áreas a Conta Única do Tesouro para posterior consignação, nos termos
das finanças e da função pública, tendo em conta a categoria previstos na legislação aplicável.
do Instituto em observância aos critérios estabelecidos
pelo Conselho de Ministros. ARTIGO 37

ARTIGO 36 (Despesas)

(Receitas) São despesas do ITRANSMAR, I.P:


1. O ITRANSMAR, I.P, dispõe das seguintes receitas: a) os encargos decorrentes da prossecução das respectivas
atribuições e competências constantes no presente
a) as taxas provenientes do licenciamento de exploração
Estatuto e demais legislação aplicável;
de actividades de transporte marítimo, serviços
portuários e actividades conexas; b) os encargos resultantes da remuneração do pessoal;
b) as taxas de ajudas à navegação devidas pelos armadores c) os encargos resultantes da formação e gestão do pessoal;
ou seus agentes nos portos; d) as resultantes da aquisição, manutenção e conservação
c) as taxas resultantes da prestação de serviços de regulação dos equipamentos, materiais e serviços necessários
e compensação de agulhas magnéticas; para o seu funcionamento;
d) as taxas de licenciamento do exercício da actividade e) os encargos resultantes da realização de estudos de
de dragagem nas áreas de jurisdição portuária; especialidade ou conexos com áreas afins da marinha
e) as taxas de exploração anual paga pelos operadores mercante;
do transporte marítimo comercial; f) a contribuição junto ao Fundo Sectorial para
f) as taxas devidas pela emissão, prorrogação, revalidação, o Desenvolvimento dos Transportes e Comunicações; e
e alteração de licenças, certificados, validações, g) a contribuição de Moçambique junto às organizações
homologações, declarações, autorizações e aprovações; internacionais que lidam com matérias sob alçada
g) as taxas provenientes da prestação de serviços e mandato do ITRANSMAR, I.P.
do ITRANSMAR,I.P, no âmbito das suas competências;
h) as taxas devidas por prestação de serviços de especialidade ARTIGO 38
à entidades nacionais ou estrangeiras que não se
integram nos planos ou programas de responsabilidade (Património)
do ITRANSMAR, I.P; 1. Constitui património do ITRANSMAR, I.P:
i) as taxas sobre embarcações nacionais e estrangeiras
a) O resultante da partilha dos recursos patrimoniais
afectas ao comércio marítimo, que demandem
os portos nacionais; e financeiros entre os Ministérios dos Transportes
j) as taxas resultantes da venda de publicações, inerentes e Comunicações e do Mar, Águas Interiores e Pescas;
a área da jurisdição portuária; b) os bens do Estado que lhe sejam afectos; e
k) as heranças, legados e doações que lhes seja destinado; c) a universalidade de bens móveis e imóveis, direitos,
l) dotações do Orçamento do Estado e de quaisquer entidades obrigações e outros valores que lhe sejam alocados,
públicas e privadas nacionais ou estrangeiras; adquiridos por compra, alienação, doação ou outros
m) quaisquer outras receitas, rendimentos ou valores que meios lícitos em cada exercício económico.
provenham da actividade do ITRANSMAR, I.P, 2. O ITRANSMAR, I.P, elabora e mantém actualizado,
ou que por lei ou contrato lhe venham a pertencer anualmente, com referência a 31 de Dezembro, o inventário
ou a ser atribuídos como quaisquer doações, subsídios de bens e direitos, tanto os próprios, como os do Estado que lhe
ou outras formas de apoio financeiro;
estejam afectos, e prepara o respectivo balanço;
n) 60% do produto da aplicação de multas; e
3. A gestão patrimonial obedece ao plasmado no Regulamento
o) 10% das receitas provenientes da prestação de serviços
de reboque, assistência e de salvação de embarcações, do património do Estado e demais legislação aplicável.
estabelecidas no contrato de prestação de serviço, 4. O ITRANSMAR, I.P, deve promover junto das conservatórias
realizada nas áreas de jurisdição portuária. competentes o registo dos bens e direitos que lhe pertençam
2. As designações dos serviços prestados pelo ITRANS- e a que estejam legalmente sujeitos.

Preço — 60,00 MT

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P.

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