Decreto 89 2019

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Segunda-feira, 18 de Novembro de 2019 I SERlE - Numero 222

,
BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICACAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE

IMPRENSA NACIONAL DE MOCAMBIQUE, E. P. Regulamento sobre os Produtos


Petrol lferos
AVISO
CAPiTULO I
A materia a publicar no «Boletim da Republica» deve
ser remetida em c6pia devidamente autenticada, uma Disposl~oes gerais
por cada assunto, donde conste, alem das indicagoes ARTIGOl
necessarias para esse efeito, o averbamento seguinte,
(Deflnl~6es)
assinado e autenticado: Para publlca~ao no «Boletim
da Republica». 0 significado dos termos e express6es utilizados no presente
Regulamento consta do glossario anexo I, que dele faz parte
integrante.
••••••••••••••••••••••••••••••••
ARTIGO 2
SUMARIO (Objecto)

0 presente regulamento define o regime que regula as


Conselho de Ministros:
actividades de produc;ao, importac;ao, recepc;ao, armazenagem,
Decreto n.• 89/2019: manuseamento, distribuic;ao, comercializac;ao, transporte,
Aprova o Regulamento sobre os Produtos Petrolfferos e revoga exportac;ao, reexportac;ao, transito e fixac;ao de prec;os de produtos
o Decreto n.• 45/2012, de 28 de Dezembro. petroliferos no territ6rio nacional.

ARTIG03
•••••••••••••••••••••••••••••••• (Ambito)
CONSELHO DE MINISTROS 1. 0 presente Regulamento aplica-se:
a) As pessoas singulares ou colectivas, bern como
Decreto n.• 89/2019 as instituic;6es de direito publico que realizem uma
ou mais das actividades indicadas no artigo anterior;
de 18 de Novembro
b) Ao licenciamento e supervisao de actividades
Havendo necessidade de se adequar as disposic;oes legais e instalac;oes relacionadas com a recepcrao e transporte
relativas as actividades de produc;ao, importac;ao, recepc;ao, de petr6leo bruto por tubagem ou de outras materias-
armazenagem, manuseamento, distribuic;ao, comercializac;ao, primas destinadas aproduc;ao de produtos petroliferos,
bern como a armazenagem e transporte de petr6leo
transporte, exportac;ao e reexportac;ao, transito e mecanismos
bruto, incluindo a produc;ao local.
de fixac;ao de prec;o de produtos petroliferos, a dinamica actual
2. Exclui-se do ambito do presente regulamento:
da industria de combustiveis, ao abrigo do disposto na alinea.f)
a) a atribuic;ao de direitos para a realizac;ao de operac;oes
do n.0 1 do artigo 203 da Constituic;ao da Republica, o Conselho
petroJfferas, bern como a distribuic;ao e comercializa<;ao
de Ministros decreta: de gas natural por canalizac;ao que e regulada por
Artigo 1. E aprovado o Regulamento sobre os Produtos legislac;ao especffica;
Petroliferos, em anexo, que e parte integrante do presente decreto. b) os procedirnentos tecnicos de seguranc;a para o exercicio
Art. 2. E revogado o Decreto n.• 45/2012, de 28 das actividades de Bunkering e baldeamento de
petr6leo e g~ naturalliquefeito, realizadas no espac;o
de Dezembro, bern como todas as normas que contrariem marltimo e nas aguas interiores, que sao reguladas por
o presente Regulamento. legislac;ao especffica.
Art. 3. 0 presente Decreto entra em vigor na data da sua
publicac;ao. ARTIG04
(Objectlvos)
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 29 de Outubro
de 2019. Sao objectivos do presente regulamento:
a) Assegurar o abastecimento de produtos petroliferos
Publique-se.
ao pais de forma eficiente, efectiva e econ6mica,
0 Primeiro-Mi'n istro, Carlos Agostinho do Rosario. de acordo com as condic;oes do mercado;
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b) Assegurar o fomecimento de produtos petroliferos de 1) 0 mecanismo de controlo das caracterfsticas dos produtos
qualidade e a pfe¥OS competitivos aos consumidores; petrolfferos;
c) Assegurar a disponibilidade de reservas permanentes e J) Os processos de auto~6es especiais de importa~ao.
estrategicas no pafs;
d) Gerar urn ambiente propfcio, atractivo e incentivador 2. Compete ainda ao Ministro que superintende a area de
ao investimento publico e privado em infra-estruturas energia praticar outros actos que se mostrem necessanos a
petroliferas em toda a cadeia de valor do sector; implementa~ao do presente Regulamento.
e) Propiciar as condi~oes para minimiza~ao dos 3. Compete aos Ministros que superintendem as areas da
custos logfsticos nacionais, e para o aumento da energia e das finan~as, conjuntamente:
competitividade de M~ambique como o corredor a) Aprovar os mecanismos de cllculo dos pr~os de venda
logfstico para o abastecimento em produtos petroliferos ao publico da mistura do biodiesel como gas6leo e do
aos pafses do interland; etanol com gasolina;
f) Criar oportunidades de emprego, incluindo o auto- b) Aprovar mecanismo de financiamento de impo~o dos
emprego, bern como aurnentar as fontes de renda no produtos petroliferos;
pafs, em particular nas zonas rurais; c) Aprovar o valor da componente de estabiliza~o e os
g) Promover a seguran~a das pessoas e hens e a prot~o respectivos mecanismos de compensa~ao;
do meio ambiente em todas as actividades relacionadas d) Alterar, sempre que tal se mostre necessano, os valores:
com produtos petroliferos, desde a sua produ~o ou
importa~ao ate ao fomecimento aos consumidores i. Das taxas indicados no artigo 27 e constantes do anexo
finais; n ao presente regulamento;
h) Promover o desenvolvimento de mercados competitivos ii. Das multas indicadas no artigo 94.
para os produtos petroliferos; e) Regulamentar sobre o destino e a distribui~o das taxas
i) Promover urn maior acesso aos produtos petroliferos e multas referidos nos artigos 27 e 94 do presente
em todo o territ6rio nacional; Decreto, respectivamente;
J) Garantir a seguran~ a regularidade e a qualidade do f) Aprovar o mecanismo de financiamento para a constru~o
. abastecimento de combustfveis; das infra-estruturas de logfstica;
k) Promover a eficiencia energetica e a utiliza~ao racional g) Aprovar OS detalhes de calculos da margem do
dos meios e dos produtos petroliferos, bern como a Distribuidor, do Retalhista e do diferencial de
pro~ao do meio-ambiente; transporte;
l) Reduzir a dependencia energetica do exterior, atraves
h) Aprovar o mecanismo da defini~o de cau~o sobre os
da prom~o de fontes alternativas de combustfveis
produtos petrolfferos em transito no territ6rio nacional.
no Pafs;
m) Promover a utiliza~ao eficiente das infra-estruturas 4. Compete aos Ministros que superintendem as areas da
petrolfferas, contribuindo para o normal abastecimento energia e das obras publicas aprovar, por Diploma Ministerial
de combustfveis ao mercado nacional. conjunto, o Regulamento de Constru~ao, Explora~o e Seguran~
dos Postos de Abastecimento de Combustfveis Lfquidos.
ARTIGOS
cAPtruLon
(Competinclas)
Llcenclamento
1. Compete ao Ministro que superintende a area de Energia SECI;AO I
aprovar:
Registo
a) As especifica~6es dos produtos petroliferos, referidas no
artigo 92, mediante consulta as entidades competentes ARTIG06
envolvidas na sua produ~ao ou importa~ao , (Cadastro das lnstala~ petrolrferas)
comercializa~ao, utiliza~ao e ainda autoridades que
superintendem as areas de saUde e meio ambiente; 1. 0 cadastro das instal~ petrolfferas, deve conter o registo
b) 0 regulamento de funcionamento da CACL; de licenciamento, gestao da actividade petrolifera, bem como o
c) 0 Regulamento de Con str u~ao e Seguran~a das georeferenciamento das instal~ petroliferas.
Instala~Oes de Armazenagem e Tratamento Industrial 2. 0 georeferenciamento deve conter nomeadamente as
de Petr6leos Brutos, seus Derivados e Residuos; seguintes informa~6es:
d) As zonas do pafs onde sao permitidos acrescimos A a) Areas sujeitas ao pagamento da taxa do incentivo
margem do distribuidor e fixar o respectivo acrescimo geografico;
para cada zona, em conformidade com o artigo 72 do b) As distancias entre os postos de abastecimentos na mesma
presente regulamento; area de licenciamento;
e) As regras de calculo da component~ Custos com a c) Areas requeridas;
importa~ao; d) Areas vedadas A constru~o de instala~s petrolfferas;
f) 0 modelo das licen~as e os procedimentos detalhados e) Zonas de protec~ao total e ou definidas pela legisla~ao
de licenciamento; aplicavel.
g) 0 modelo de relat6rio de monitoriza~ao do stock 3. 0 cadastro das instala~Oes petroliferas e de caracter publico
de combustfveis no pais a ser preenchido pelas e as respectivas normas de acesso devem ser aprovadas pelo
distribuidoras de combustfveis e empresas detentoras Ministro que superintende a area de Energia.
de licen~as de armazenagem, no prazo es~pulado; 4. 0 acesso ao cadastro das instala~6es petroliferas pelas
h) 0 modelo de Contrato de Fomecimento de combustfveis institui~ publicas competentes consta de normas especfficas
aos postos de abastecimento de Combustfveis; aprovadas pelo Ministro que superintende a area de Energia.
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5. 0 acesso ao cadast.ro das instalay6es petroliferas situadas 8. Certificado do registo do meio de transporte, incluindo
no espa9o maritima e aguas interiores pelas institui96es publicas embarca96es.
competentes consta de normas especfficas aprovadas pelo 9. Evedada a venda de produtos petroliferas pelos titulares de
Ministro que superintende area de energia, ouvidos os Ministros registo de instalayiio de consumo.
que superintendem a area do Mar e do Ambiente. 10. Exercicio de actividade de transporte de passageiros ou
6. Os procedimentos do Cadastro das Instalay6es Petroliferas, mercadoria ou qualquer outra actividade que requeira consumo
sao definidos em Diploma aprovado pelo Ministro que a grosso de combustiveis.
superintende a area de Energia. . 11. Instalayiio consumidora com capacidade instalada igual
ou superior a 10.000 litros.
ARTIG07 12. 0 titular de registo de instalayiio de consumo deve
(Tipos de reglsto) ter contrato de fornecimento com apenas uma distribuidora
de produtos petroliferas licenciada, nos termos do presente
1. Registo de instala9iio de consumo. regulamento.
2. Registo de instalay6es petroliferas. 13. Para efeitos do numero anterior, o titular de registo de
3. Registo do Agente Transitario. instala9iio de consumo deve ser o titular do Direito de Uso e
ARTIGO 8 Aproveitamento de Terrae titulo de utilizayiio privativa do espa9o
maritima, quando aplicavel.
(Requisites para o pedido de reglsto)
14. Nos casos em que o requerente do registo de instala9iio
1. 0 pedido de registo e feito em requerimento dirigido a de consumo pr6prio e uma distribuidora, para o cumprimento
entidade licenciadora, acompanhado dos seguintes documentos: do disposto nos m1meros 11 e 13, deve-se tomar como base
a) C6pia aute nticada do documento de identificayiio, caso
a informa9iio do consumidor dos produtos armazenados na
se trate de pessoa singular e, tratando-se de cidadiio instala9iio de consumo pr6prio.
estrangeiro, uma autoriza9iio de residencia ou de 15. A s instala96es centrais de armazenagem, devem ter uma
emprego e comprovativo de domicilio em territ6rio capacidade total minima de 180m3 e maxima de 2000 m3 .
nacional; 16. Para alem dos requisitos mencionados no m1mero 1 do
b) Certidiio do regis to comercial, c6pia dos estatutos
presente artigo, o Agente Transitario deve ainda apresentar:
publicados no Boletim da Republica e comprovativo a) C6pia da licen9a de transitario emitida pelo Ministerio
de domicflio em territ6rio nacional, caso o requerente que superintende a area dos Transportes;.
seja uma pessoa colectiva; b) C6pia do contrato e ntre o Agente Transitario e a entidade
c) Certificado de Registo Criminal, caso se trate de pessoa detentora do produto em transito;
singular; c) Documentos de registo da empresa detentora do produto
d) Planta de localizayiio fornecida pela entidade com em transito no Pais de origem ou onde opera;
jurisdiyiiO sabre a area da implementayiiO da instalayiiO d) Porto de recep9iio do Produto em transito;
petrolffera ou de consumo pr6prio e a respectiva e) Proprietario da instala9iio de armazenagem do produto
autoriza9iio para a construyiio; em transito;
e) C6pia autenticada do DUAT ou qualquer outro titulo que f) Destino do produto em transito e fronteira a usar para
resulte da lei ou de contrato conferindo legitimidade escoar tal produto;
para proceder a constru9iio; g) Volumes e tipo de produto a transitar.
f) Projecto da instalayiio petroHfera ou de consumo com 17. 0 produto petrolifero em transito no territ6rio nacional,
as pe9as desenhadas a escala apropriada e assinado esta sujeito ao pagamento de cau9iio, cujo mecanismo da sua
por urn tecnico petrolifero devidamente Iicenciado
fixayiiO sera definido por urn Diploma Ministerial conjunto dos
nos termos da legislayiio aplicavel com a respectiva
Ministros que superintendem as areas de Energia e das Finan9as.
mem6ria descritiva;
g) Seguro da instala9iio petrolifera ou de consumo contra ARTIG09
terceiros sobre os danos ambientais, patrimoniais e
(Vistoria de lnstala~oes)
humanos.
2. No caso de uma instalayiio petrolifera referente ao posto 1. Antes do inicio da explorayiio de qualquer instala9iio e/ou
de abastecimento de combustiveis localizada na zona A, deve equipamento petrolifero, 0 proprietario deve requerer aentidade
ser paga a taxa de incentivo geognifica referida no nfunero 2 do licenciadora a vistoria das instala96es e/ou equipamentos para
artigo 26 do presente decreta. efeitos de registo.
3. C6pia autenticada do direito de uso e aproveitamento da terra 2. A vistoria e realizada por uma comissao que integra:
ou do titulo de utiliza9iio privativa do espa90 maritima, quando a) Dois representantes do Ministerio que superintende area
aplicavel, Licen9a ambiental ou qualquer outra autoriza9iio
de Energia sendo este que preside;
nos termos da lei aplicavel necessarios para implementayiio do
b) Urn representante da entidade local responsavel pelo
projecto d;t instalayiio petrolifera ou de consumo de produtos
licenciame nto ambiental;
petroliferas.
4. Certificado de inspecyOeS tecnicas previstas no artigo 89. c) Urn representante do Servi9o Nacional de Salva9iio
5. Autoriza9iio do exercfcio de actividade para o caso de meio PUblica;
de transporte. d) Urn representante do 6rgao Local de Administra9iio do
6. No registo de meio de transporte de produtos petrolifero, Trabalho;
dispen8a-se os requisitos previstos nos nfuneros 2, 3, 4 e 5. e) Urn representante da autoridade de seguranya e pro~o
7. No caso de registo de instalayiio de consumo deve ser maritimas, quando aplicavel;
apresentado o comprovativo do exercicio de actividade de /) Outras entidades relevantes, em raziio da materia.
transporte de passageiros ou mercadoria ou qualquer outra 3. A renovayiio do registo e antecedida de uma vistoria as
actividade que requeira consumo de combustive} a grosso. instalayOes petroliferas.
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4. Realizada a vistoria e verificada a conformidade com as g) A localiza~aoda instala~iio;


normas aplicaveis, a entidade competente na area da energia h) A caracteriza~aoda instala~ao, incluindo:
deve efectuar o registo das instala~6es mediante a apresenta~ao i. A finalidade;
do comprovativo de pagamento da taxa de registo. ii. As capacidades nominais e a identifica~ao das parte
5.. Carecem de registo a explora~ao de instala~ao petrolifera, componentes;
armazenagem para consumo pr6prio, vefculo cisterna, posto de iii. Cada urn dos produtos petrolfferos autorizados
abastecimento de consumo pr6prio, posto de abastecimento, produzir, transportar, armazenar ou manuseru
instala~ao de produ~ao, instala~ao de armazenagem, terminal de conforme o caso, na instala~ao;
descarga e oleoduto, excepto nos casos em que as capacidades iv. A data de emissao de cada urn dos certificado
totais dos produtos armazenados no local sejam inferiores emitidos para a instala~ao respectiva eo seu praz
a 400 litros para lfquidos combustfveis e 110 kg para gases de validade;
combustfveis. v. Quaisquer condi~oes ou restri~oes impostas pel
6. Os 6rgaos centrais e provinciais responsaveis pela area da entidade licenciadora, incluindo os regularnentos
energia devem efectuar e manter os registos nos termos deste normas tecnicas aplicaveis aopera~ao da instala~ii
artigo. respectiva.
7. 0 sistema de funcionamento dos cadastros provinciais
2. Uma c6pia de cada urn dos certiticados ernitidos para
e do cadastro nacional de registo de instala~oes petrolfferas
instala~ao respectiva deve ser anexada ao seu registo.
deve ser estabelecido por Diploma Ministerial do Ministro que
superintende a area de Energia. ARTIGO 12
8. 0 licenciamento de qualquer meio usado para o transporte
de produtos petroliferos nos termos da legisla~ao aplicavel carece (Valldade do reglsto)
de vistoria e registo. 1. Os registos emitidos ao abrigo do presente regulament
9. 0 equipamento de seguran~a e prot~ao individual da equipa permanecem vilidos enquanto:
referida no mlmero 2 do presente artigo deve ser providenciado a) 0 titular cumprir com as condi~oes do registo;
pela institui~ao a que pertence cada integrante da vistoria. b) A instala~ao petrolifera se mantiver em funcionarnent•
10. 0 transporte de produtos petroliferas deve ser acompanhado
c) Existir urn certiticado vilido para a instala~ao petrolife
do certiticado, que esta sujeito arenova~ao mediante inspec~oes
respectiva.
peri6dicas estabelecidas em conformidade com a regulamenta~ao
e as normas tecnicas aplicaveis. 2. 0 titular de urn registo deve assegurar ~ inspec~ao peri6dic
da instala~ao petrolifera e deve submeter uma c6pia do respecti'
ARTIGO 10 ce.rtificado a entidade licenciadora, para anexar ao regis
respectivo, antes do terrnino do prazo de validade do certifica<
(Pedldo de vlstorla de lnstala~oes)
vigente.
0 pedido de vistoria das instala~6es referidas no nurnero 1 do 3. Os registos ernitidos nos termos do presente regulamen
artigo anterior deve ser feito em requerimento dirigido aentidade devem ter a dura~ao de 10 anos, devendo ser renovados, desc
licenciadora para efectuar o registo, acompanhado dos seguintes que o titular reuna os requisitos estabelecidos.
documentos:
ARTIGO 13
a) Documento original assinado por urn tecnico petrolifero
licenciado ou institui~ao credenciada, relativo a (Aitera~ao do reglsto)
instala~ao respectiva, descrevendo os detalhes
1. 0 propriet!'irio de uma instala~ao deve comunicar p
construtivos e funcionais da instala~ao, os produtos escrito a entidade licenciadora, no prazo de 15 (quinze) di
petroliferas a que se destina ou que pode produzir, uteis, a ocorrencia de factos que originem qualquer altera~.
armazenar, manusear, transportar, distribuir ou nos elementos do registo, requerendo o respectivo averbament
comercializar, conforme o caso, e o respectivo 2. Carecem de averbamento:
certificado comprovando a sua conformidade com os
regulamentos e normas tecnicas aplicaveis; a) A transmissiio de propriedade, a qualquer titulo;
b) Plano de gestao ambiental aprovado pela autoridade b) A mudan~a da entidade operadora e do respectivo tecni
competente nos termos da legisla~ao ambiental ou urna responsavel;
c6pia autenticada da decisao da autoridade respectiva c) Qualquer altera~ao do tipo de produto ou produt
perrnitindo a explora~ao da instala~ao; petroliferos autorizados pelo registo respectivo;
c) Comprovativo do pagamento da taxa de vistoria. d) Qualquer altera~ao substancial da instala~ii
nomeadamente:
ARTIGO 11 i. Uma altera~ao da capacidade;
ii. Uma altera~ao que, de qualquer forma, possa afec
(Conteudo do reglsto)
as condi~oes de funcionamento ou opera~ao
1. 0 registo deve incluir os seguintes elementos: instala~ao, incluindo a substitui~ao ou repara~
a) A identitica~ao da entidade licenciadora; de tubagens, reservat6rios, bombas ou element
b) A identifica~ao da legisla~ao habilitante; estruturais.
c) 0 mlmero e data do registo; 3. A entidade licenciadora pode efectuar o averbamento
d) 0 nome ou denomina~ao do proprietario da instala~ao registo respectivo, a pedido do titular, se:
petrolifera;
a) A altera~ao realizada nao violar qualquer dos termo
e) A residencia ou s'e de social do titular;
condi~6es estabelecidos;
f) A identific~ao do proprietario da instala~ao petrolifera,
incluindo o nUm.ero de registo comercial da entidade b) 0 pedido de averbamento for acompanhado de 1
comercial, no caso de pessoa jurfdica; documento emitido por urn tecnico petrolff<
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licenciado, confirmando que tal alterac;ao esta em 9. A licenc;a de retalho integra duas categorias:
conformidade com os regulamentos e normas tecnicas a) Para o exercfcio de actividades de retalho em instalacroes
aplicaveis, no caso de uma alterac;ao substancial ou centrais de armazenagem;
alterac;ao do tipo de produtos afectos a instaJac;ao; b) Para o exercicio de actividades de retalho em posto de
c) 0 requerente deve apresentar prova de pagamento da taxa abastecimento de combustiveis;
de averbarnento estabelecida no presente regulamento. c) Para o exercfcio de actividades de retalho em postos de
4. A entidade licenciadora pode recusar o averbarnento quando revenda.
se verifique que as alteracr6es de operac;6es de venda ponham em 10. 0 abastecimento de produtos petroliferas aos postos de
causa as regras de concorrencia criando por conseguinte, situacr6es revenda deve ser efectuado unica e exclusivamente por entidades
de oligop6lios ou monop6lios e concertac;ao de actividade detentoras de licencra de retalho em instalacroes centrais de
comercial que sao contranas as regras de born funcionamento armazenagem.
do mercado.
5. 0 presente artigo e apJicavel a todos OS tipOS de registo ARTIGO 15
previstos no artigo 7. (Competencia para o llcenciamento)

SEC<;AOII 1. Compete aentidade licenciadora na area de combustiveis ao


nivel central a atribuicrao das licencras previstas no artigo anterior,
Licen~as
com excepcrao da licenya de producrao que compete ao Ministro
ARTIGO 14 que superintende a area de Energia.
2. 0 Ministro que superintende a area de Energia pode delegar
(Tipos de llcen9a)
a outras entidades que representam o Estado a nivel local, as
1. 0 exercfcio de qualquer das actividades descritas no m1mero competencias para o exercfcios das actividades objecto do -
1 do artigo 2, carece de uma das seguintes licenc;as: presente regulamento.
a) Licencra de producrao;
ARTIGO 16
b) Licenc;a de arrnazenagem nas terminais de distribuicrao;
c) Licenc;a de armazenagem em instalacroes centrais de (Requisitos para o pedido de llcen9a)
armazenagem;
1. 0 pedido de licenya e feito em requerimento dirigido a
c!) Licencra de distribuicrao; entidade licenciadora, acompanhado dos seguintes documentos:
e) Licenc;a de retalho em instalacroes centrais de
a) C6pia autenticada do documento de identificac;ao, caso
armazenagem;
se trate de pessoa singular e, tratando-se de cidadao
f) Licencra de retalho em postos de abastecimentos;
estrangeiro, uma autorizacrao de residencia ou de
g) Licencra de retalho em postos de revenda;
emprego e comprovativo de domicflio em territ6riQ
h) Licenc;a de exploracrao de oleoduto;
nacional;
i) Licencra de exportacrao;
b) Certidao do regis to comercial, c6pia dos estatutos
J) Licencra de exploracrao de terminal de descarga.
publicados no Boletim da Republica e comprovativo
2. A entidade licenciada ao abrigo do presente regularnento de domicilio em territ6rio nacional, caso o requerente
pode ser titular de uma ou mais licencras, desde que tal nao seja urna pessoa colectiva;
condicione o desenvolvimento de mercados competitivos para c) Certificado de Registo Criminal, caso se trate de pessoa
os produtos petroliferas em conformidade com as actividades singular;
que pretenda exercer. d) Outra informayao relevante para o processo de
3. As entidades detentoras de licencra de distribuicrao podem licenciamento.
exercer actividade de armazenagem. 2. Para alem dos elementos exigidos no numero 1, o
4. Nos casos em que a instaJac;ao central de armazenagem e requerimento para a licenya relativa Aarmazenagem nos terminais
explorada por urna distribuidora, dispensa-se a emissao da licenya de distribuiyao e instalayoes centrais de armazenagem, e A
de retalho em instaJay()es centrais de armazenagem. exploracrao de terminal de descarga ou oleoduto deve incluir urna
5. As entidades detentoras de licenya de producrao podem descricrao das tarifas e preyos a serem aplicados para cada urn dos
exercer a actividade de expo~o. sem necessidade da respectiva serviyos a prestar na instaJacrao respectiva.
licenya de exportayao. 3. 0 requerimento relativo Alicenya de produyiio deve incluir:
6. As entidades detentoras de licenya de distribuicrao podem a) A descricrao do processo de producrao;
exercer a actividade de retalho, apenas nos seguintes casos: b) A designacrao dos produtos e capacidades respectivas;
a) No caso de Gases de Petr6leo Liquefeito e Gas Natural c) 0 esboyo da loc~o.
Comprimido; e 4. 0 requerimento do pedido de licenya de exportayao deve
b) Para operayao de urn Unico posto de abastecimento de incluir:
combustiveis para efeitos de treinamento em cada uma a) Contracto de aquisiyao dos produtos prolfferos
das provfncias do pais. produzidos no mercado local para entidades que nao
7. Em casos excepcionais, o Ministro que superintende a area detem licenya de producrao;
da Energia pode autorizar a distribuidora a operar em mais do b) Designacrao dos produtos a serem exportados;
que urn posto de abastecimento por provincia. c) 0 certificado e registo do camiao cisterna ou outro meio
8. A licenya de producrao integra t:res categorias: de transporte;
d) Nos casos em que o camiao cisterna ou meio de transporte
a) Producrao em grande escala;
nao esteja registado no territ6rio nacional, deve ser
b) Producrao em media escala; apresentado o certificado e registo da origem ou
c) Producrao em pequena escala. documento equivalente;
---
5224 I SERlE- N0MERO 222

- e) Contracto de utiliza~ao de oleoduto ou documento


similar, caso o transporte do produto ate ao pais de
8. A entidade licenciadora deve decidir sobre o pedido de
licen~a no prazo maximo de 30 (trinta) dias, contados a partir da
destino seja feito por oleoduto; data de rece~lio do mesmo.
f) . A designa~ao dos produtos petroliferos a serem
ARTIGO 17
exportados, incluindo as especific~6es tecnicas dos
mesmos. (Motlvos de recusa)
5. 0 requerimento de licen~a para o exercfcio da actividade 1. A entidade licenciadora pode indeferir o pedido de licen~a
de distribui~o deve incluir: nos seguintes casos:
a) Uma Iista das instala~6es petroliferas que o requerente a) 0 requerente olio preencha os requisitos exigidos no
pretenda usar para cada urn dos produtos petroliferos, presente regulamento e demais legisla~6es aplicaveis;
incluindo instala~oes partilhadas com outras b) 0 requerente tenha prestado falsas declara~s ou omitida
distribuidoras, detalhando: informa~lio relevante;
i. A localiza~o; c) Havendo discrepancia entre o objecto social e a
ii. A capacidade; actividade que pretende realizar no ambito do presente
iii. A propriedade da instala~o; regulamento;
d) A atribui~lio da licen~a requerida:
iv. A identifica~ao das distribuidoras que partilhem as
mesmas instala~oes, se for o caso; i. Afecte ou possa vir a afectar a existencia de
v. Apresenta~lio de urn plano de investimentos em urn mercado de produtos petrolfferos justo e
infra-estruturas de armazenagem e de retalho, para competitivo;
o periodo correspondente a pelo menos 5 anos da ii. Permita ou reforce ou possa vir a permitir ou refor~ar
urna posi~lio dominante do requerente no mesmo
data do pedido da licen~a.
mercado, em detrimento do interesse publico,
b) Outros docurnentos, norneadamente: em conformidade com o artigo 35 do presente
i. Cornprovativo de direito de propriedade e registo da regulamento.
instala~lio de armazenagem dos diferentes produtos 2. No caso de insuficiencia da informa~lio fornecida pelo
petroliferos que pretenda distribuir e para efeitos de requerente relativarnente a Iicen~a solicitada, a entidade
constitui~lio de reservas permanentes em territ6rio licenciadora pode conferir urn prazo nao superior a 30 (trinta)
nacional, desde que essa armazenagem tenha uma dias, paca rerneter a documenta~lio em falta.
capacidade mfnima de 10.000 metros cubicos 3. Evedada a atribui~lio de uma licen~a a qualquer requerente
e esteja implantada numa dos quatro terminais que:
ocefuticas nos termos do presente regulamento; ou a) Tenha sido sancionado por viola~o das regras constantes
ii. Contracto de arrnazenagem celebrado com o do presente regulamento nos 5 anos imediatamente
proprietario dos tanques ou armazens respectivos, precedentes ao pedido de uma licen~a;
quando estes nao perten~am ao requerente, vilido b) Nlio seja cidadlio m~ambicano nem legalmente residente
por pelo menos 24 meses; em M~ambique ou, no caso de uma pessoa colectiva,
iii. 0 contracto de armazenagem referido no n\lmero olio esteja registada em M~ambique;
c) Tenha sido declarada a sua falencia ou insolvencia
anterior deve ser de capacidade firme para, pelo
ou esteja em curso urn processo judicial que vise a
rnenos, 10.000 metros cubicos, associada a, pelo
declara~lio de falencia ou insolvencia;
menos, urn terminal ocefutico salvo tratando-se de d) Tenha sido condenado por senten~a judicial transitada em
licen~ para distribui~ao de GPL apenas, em que a julgado por pratica de urn acto criminoso e enquanto
capacidade mfnima deve ser de 100 metros cubicos; durar a pena;
iv. Carta abonat6ria de urn banco nacional, que e) Seja declarado incapaz por delibera~lio de uma entidade
aceite emissao de garantias bancanas para uma competente.
capacidade mfnima anual, em meticais equivalentes 4. Em caso de recusa de atribui~lio de uma licen~a, a entidade
a $10,000,000.00 (dez m.ilh6es de USD); licenciadora deve notifi.car o requerente por escrito sobre tal
v. Estrutura organizacional adequada para o exercfcio da decislio, fundamentando os motivos da recusa, no prazo estipulado
actividade de distribui~ao de combustfveis; no n\lmero 10 do artigo 16 do presente regulamento.
vi. Demonstra~ao de capacidade para emissao de seguros
para a actividade de distribui~o de combustfveis. ARnoo 18
6. 0 contracto de armazenagem para efeitos de pedido de (Condl96es das llcen98s)
licen~a de distribui~lio, deve conter o prazo de validade e a
1. A entidade licenciadora pode impor condi~s nas licen~.
capacidade firme referida na alfnea b) do n\lmero anterior. nomeadamente:
7. 0 requerimento para licen~as de retalho em posto de
a) Que o titular deve realizar as actividades de explor~lio
abastecimento de combustfveis e instala~oes centrais de
para as quais a Iicen~a e atribufda e/ou que as
armazenagem deve ainda incluir o seguinte:
instala~6es respectivas devem tomar-se operacionais
i. Ender~ de localiza~lio da instala~ao; no periodo de tempo fixado;
. ii. C6pia do registo da instal~o; b) Que a adminis~o de actividades afectas as instal~s
iii. C6pia de contrato de fornecimento dos produtos de produ~ao, terminais de descarga, instala~6es de
petroliferos com uma distribuidora licenciada; armazenagem e oleodutos, de empresas verticalmente
iv. C6pia da licen~ de armazenagem da instal~o central integradas deve ser efectuada com contabilidade
de armazenagem para o caso de retalhista de instala~ao separada e sem subsfdios cruzados com outras
central de armazenagem. actividades exercidas pela mesma empresa;
18 DE NOVEMBRO DE 2019 5225

c) Que sejam observadas as regras ~aceSS())a terce.iros.oQ 6-~ @ t:it:uDut ~ ~fll de: distti.hui~ deve manter nos seus
caso das infra-estruturas de aonazenag~ arquiv.os;OJregjsJD~eada\~iDclWD.dQJOJn:Umel:o da licen~a
d) Que sejam observadas as nomnas de- opem~_,a~ de de-~ eJDl ~de; abasJ~im.entoJ de: aombustiveis ou o
seguran~a e ambientais; n~~~de;ins~de-consumo, conforme o caso.
e) Que sejam observadas outras condi~aes. nO> quadrQ de 7: A entidade licenciada para actividade de distribui¥aO pode
requisitos e limita~aes estabelecidos por Diploma exercer as actividades objecto da licen~a respectiva, em mais do
Ministerial do Ministro que superintende a area da
que uma instala~ao petrolffera, desde que apresente o certificado
Energia.
de registo correspondente a cada uma das instal¢s.
8. Em casos excepcionais e para salvaguarda do interesse
AR.TIGO 19
publico, o Ministro que superintende a area da Energia pode
(Valldade das llcen~s) autorizar a venda de produtos petrolfferos pelos distribuidores
1. As licen~as emitidas ao abrigo do prese nte Decreto a qualquer retalhista titular de licen~a de retalho em posto de
permanecem validas e nquanto: abastecimento.
a) 0 titular cumprir com as condi~aes da licen~a; ARTIG022
b) A actividade licenciada continuar a ser exercida pelo
titular. (Venda de combustfvel em lnstala~6es centrals de armazenagem)

2. A actividade objecto de qualquer licen~a deve ter inicio 1. 0 titular de Iicen~a de retalho em instala~6es centrais de
num prazo nao superior a dois anos a contar da data da emissao armazenagem deve vender os produtos petroliferos referidos na
da respectiva licen~a. sob pena de caducidade. Iicen~a respectiva, unicamente aos retalhistas titulares de licen~a
3. As licen~as ernitidas ao abrigo do presente Decreto, com de retalho em posto de abastecimento e posto de revenda, e aos
exce~ao das licen~as relativas adistribui~ao, sao transrnissiveis titulares de registo de instala~ao consumidora, por entrega ou
mediante autoriza~ao por escrito da entidade licenciadora. recipiente, nos termos definidos no Regulamento de Constru~ao,
ARTIG020 Explora~ao e Seguran~a dos Postos de Abastecimento dos
Combustiveis Lfquidos.
(Conteudo da llcen~a)
2. 0 titular de licen~a de retalho referido no nfunero anterior
As licen~as referidas no artigo 14 do presente regulamento deve vender os seus produtos unica e exclusivamente aos
devem incluir os seguintes elementos: retalhlstas de postos de abastecimento que tenham vinculo
a) A identifica~ao da entidade licenciadora; contratual com a distribuidora detentora da instala~ao central de
b) A identifica~ao da legisla~ao habilitante, incluindo o armazenagem sob sua gestiio.
presente regulamento; 3. 0 titular de licen~a de retalho em iostala~oes centrais
c) nfunero e data de emissao; de armazenagem deve manter nos seus arquivos o registo de
d) A identifica~ao completa do titular; cada venda, o n6mero da licen~a de retalhista em posto de
e) A residencia ou sede social do titular; abastecimento de combustiveis e posto de revenda, assim como
f> A localiza~ao da instala~ao objecto da licen~a; o nfunero de registo da instala~ao de consumo.
g) As actividades abrangidas pela licen~a;
h) A identifica~ao do produto ou produtos abrangidos pela
4. 0 retalhista em instala~s centrais de armazenagem deve
licen~a; adquirir produtos petroliferos ex.clusivamente de uma unica
i) As condi~oes da licen~a. no quadro dos requisitos e distribuidora Iicenciada, com a qual tiver celebrado contrato
limita~aes estabelecidos no presente regulamento e de fomecimento de produtos petrolfferos, salvo as exce~oes
por Diploma Ministerial do Ministro que superintende estabelecidas no nfunero 2 do artigo 83.
a area da Energia; . 5. 0 retalhista titular de licen~a para o exerc.fcio da actividade
J) Validade da licen~a; empequena escala_oos postos de_.revenda, deve adquirir o produto
k) Nfunero do registo da instal~ao petroJife:ra.
exclusivamente de> qpalquer retalhist.a detentora de licen~a em
ins~ centt:ais.,de an:nazenagem.
ARTIGO 21
&,.fataefeitos deapli~o do disp.Qsto-__no nfuneJo anterior, sao
(Venda de combustfvels·pelo dlstrlbuldQr) cJassifi~adaslco.JDo actividades><b~_en~r~~a em postos de
1. 0 titular de licen~a de distribui~ deve ven.de:aQSlgmdJl.tosJ revenda, asJVen_das ate! lOJQOO~~PIL e 31000 litros de petr6leo
petrolfferos referidos na licen~ respectiva unicamente!am.talhiStas. de ifum:in~J por mes cmt instalaqpeS1 pettoJfferas, nos termos
titulares de licen~a de retalho em posto de a'bastecimenttD del defihidoS'Do_Regulam.entode~.,Expl~e Seguran~
combustiveis, licen~a de retalho em ins~QQ, ®.Dtrailb de, dos Postos de ADastecimento db$ €.Pmbustiveis Uquidos.
armazenagem e a titulares de registo de instal.~de~eonsumoJ
2. A distribuidora pode ser titular de registo'deo~de> ARnoo123"
consumo referido no nfunero anterior, nas s~_s_,em_qu~se>
responsabili.ze pela sua constru~ e gestiio. (Veoda:de ~em PQ81Da de aba.teclmento)
3. Sao permitidos emprestimos operacionais entmdisttiliuidmas,,
L Q titular,deJicen~ de..reJalho em posto de abastecime.oto de
numa situ~ao de defices de stocks.
eombustiv.eis,~ve vendenos,produtos petrolffel'QS refenb:;n&.~
4. Sao interditas as vendas referidas no nfuneroJ 11 delpresen~
artigo, em quantidades inferiores a 400 litros de' com.bustiveis licen~~geetiV:a.,unicameote aos consumi~
liquidos e 110 kg de GPL, por entrega ou capacidade:de.recipiente: ~ (!)) te.talhist.lll deve! adquirir produtJlS} eetto:llUms
s..B vedado o carregamento de produtos petrolifcros.a.todbsos. exclusiv~ ® WD:a! Unica distrib~~~a
lDCl'Oslde transporte que nao apresentem 0 regist.Q e;o-~C$b qual.tivencelebradn:~,sal\toasex~'
~CJqJiipamento petroli.t'lm:llvaJ.i.do. estabe_b:idas,o~~~4Q)W&9J3.3l
5226 I SERlE- NOMERO 222

ARTIG024 b) A entidade que efectua a entrega inscrever o numero


(Extln~ao das llcen~as) de registo da instala~iio respectiva num suporte
permanente e a mantenha.
1. As licen~as ernitidas nos termos do presente regulamento 4. A transferencia de produtos petroliferas entre quaisquer
extinguem-se por: instala~oes petroliferas, incluindo vefculos cisterna e o
a) Revoga~iio; enchimento de qualquer recipiente, deve ser executada com
b) Renuncia. estrita observancia das normas tecnicas e de seguran~a. devendo
2. Sem prejufzo do estabelecido no numero anterior, a entidade ser imediatamente suspensa caso se considere ou se detecte a
licenciadora pode revogar urna licen~a. caso o respectivo titular: iminencia de ocorrencia de urna situa~iio que perigue a seguran~a
das pessoas, do ~io ambiente ou dos pr6prios equipamentos, ou
a) Viole qualquer disposi~iio do presente regulamento e a contamina~iio do pr6prio produto.
legisla~iio aplicavel, ou condi~iio da licen~a respectiva; 5. A armazenagem de produtos petroliferas em transito, com
b) Tenha prestado falsas declara~6es ou ornitida informa~iio especifica~oes diferentes das que vigoram no pais, deve ser
relevante para a obten~iio da licen~a; efectuada em instala~6es que permitam a segrega~iio em rela~iio
c) Interrompa qualquer urna das actividades objecto da aos produtos para o mercado nacional, e niio deve prejudicar a
licen~a sem motivo plausfvel por urn perfodo superior a disponibilidade de armazenagem para atender as necessidades
180 dias contados a partir do momenta da notifica~iio; do mercado local.
d) Recuse o fomecimento de informa~iio solicitada pela
entidade reguladora nos termos do artigo 77 do sEC<;A.om
presente Regulamento; Taxas
e) Niio tenha iniciado com actividade obj ecto da licen~a. ARnoo 26
por urn perfodo de 1 ano ap6s a ernissiio da respectiva
licen~a; (Tipos de taxas)
f) Niio tenha construido pelo menos 3 postos de 1. Edevido o pagamento de taxas pelos seguintes actos:
abastecimento de combustiveis, num perfodo de 2 a) A ernissiio da licen~a e registo;
anos ap6s a ernissiio da licen~a respectiva, no caso de b) Os averbamentos das licen~as e registos;
titulares de licen~a de distribui~iio. c) A ernissiio de segunda via de licen~a ou.registo;
3. A revoga~iio a que alude o numero anterior deve ser d) A ernissiio de licen~a de tecnico petrolifero, averbamento
efectuada desde que: e segunda via;
a) A entidade licenciadora tenha entregue ao titular urn e) A vistoria das instala~6es e equipamentos petroliferas;
pre-aviso de, pelo menos, ·45 (quarenta e cinco) f) Taxa de infra-estruturas para expansiio de infra-estruturas
dias, notificando-o da inten~iio de revogar o titulo petroliferas.
respectivo, com a indica~iio dos fundamentos de tal 2. Para alem das taxas referidas no numero 1, e devido o
revoga~iio; pagamento de uma taxa de incentivo geogratico, regulada nos
b) Se no prazo de 30 (trinta) dias, o titular niio tiver termos do presente regulamento.
tornado medidas para sanar o motivo da notifica~iio da
revoga~iio ou niio tiver entregue por escrito quaisquer ARnoo 27
observa~6es relativas a inten~iio de revoga~iio.
(Valor das Taxas)
4 .. A renuncia verifica-se quando o titular da licen~a
manifeste, por escrito, a entidade licenciadora, com 1. A tramita~iio dos pedidos de licen~as, registos e outras
antecedencia mfnima de 90 dias, a inten~iio de cessar autoriza~6es, estiio sujeitos ao pagamento de taxas estabelecidas
o exercicio das actividades relevantes e proceda a no anexo·II do presente regulamento.
devolu~iio do titulo da respectiva licen~a. 2. Os montantes das taxas previstas no presente artigo podem
5. As licen~as referidas no niimero 1 do artigo 14 do presente ser alterados por Diploma Ministerial conjunto dos Ministros que
regulamento, extinguem-se quando: superintendem as areas de Energia e das Finan~as. tendo em conta
entre outros factores, a altera~iio das circunstancias econ6rnicas e
a) A acti vidade licenciada niio continue a ser exercida pelo
a evolu~iio da concentra~iio geognifica das estruturas do mercado
titular por urn perfodo de 1 ano;
de combustiveis liquidos. -
b) Deixe de se verificar qualquer dos· requisitos para a sua
3. Os valores das taxas referidas no presente artigo, devem ser
atribui~iio nos termos do presente regulamento.
entregues na totalidade, por meio de documento adequado, na
ARnoo25 Recebedoria da Fazenda da area fiscal respectiva, no mes seguinte
ao da sua eobran~ pela entidade licenciadora.
(Annazenagem, entrega e transferinclas)
ARnGo28
1. A armazenagem de produtos petroliferas e apenas permitida
nurna instal~o petrolifera apropriada e em confonil.idade com (Distrfbui910 das Taxas)
o estabelecido no presente regulamento.
l. 0 valor das taxas previstas no anexo II, tern a seguinte
2. As instala~6es de armazenagem de produtos petroliferas,
distribui~o:
devem obedecer as normas tecnicas aplicaveis e regulamentos
de. seguran~ em vigor. a) 60% para o Estado;
3. A entrega de produtos petroliferas a uma instala~iio b) 40% para Entidade Licenciadora.
petrolifera deve ser permitida apenas se: 2. 0 valor da taxa de vistoria as instal~s prevista no anexo
a) Tiver sido efectuado urn registo para a explo~o da II, tern a seguinte distribui~:
instala~o, nos termos do presente regulamento; a) 40% para o Estado;
18 DE NOVEMBRO DE 2019 5227

b) 30% para entidade licenciadora; pelo pafs, com vista a aumentar a seguran9a energetica, reduzir
c) 30% para a distribui9iio equitativa pelos peritos que custos logisticas de distribuiyao, aumentar a disponibilidade e
integrarem a equipa de vistoria as instalayoes. apoiar a cria9ao dos pre9os unificados de produtos petroliferos,
assegurando a competitividade do pafs como corredor logfstico
ARTIGO 29 para o iter/and.
3. Os projectos de investimento elegfveis para este apoio sao
(Incentive geografico)
os que envolvem:
1. A taxa de incentivo geografico e devida no acto da vistoria, a) Constru9ao de infra-estruturas petroliferas nos terminais
para efeitos do registo das instala96es e equipamentos petroliferas de distribui9ao, desde que pelo menos 60% da
em qualquer posto de abastecimento de combustiveis localizada capacidade da infra-estrutura a ser construida, seja
na zona A, excepto quando se tratar da renova9iio do respectivo usada para distribui9ao em territ6rio nacional;
registo. b) Constru9iio de instala96es de armazenagem GPL ou de
2. 0 valor da taxa de incentivo geografico e estabelecido no terrninais de recep9ao de GPL, localizadas ou ligadas
anexo II do presente decreto. aos terminais de distribui9iio de Maputo, Beira, Nacala
3. Para alem dos valores obtidos em conformidade com o e Pemba ou em outras areas que sejam definidas por
numero anterior, constituem ainda receitas para o incentivo Diploma Ministerial do Ministro que superintende na
geografico o montante correspondente a 5% da Taxa Sobre os area de Energia;
Combustiveis (TSC) incidente sobre o gas6leo e a gasolina. c) Constru9ao de postos de abastecimento de GNV.
4. A taxa de incentivo geografico nao e devida nas seguintes 4. Os apoios financeiros a conceder ao tipo de projectos
situa96es: indicados no numero anterior do presente artigo, revestem a forma
a) Quando o titular da instalayao tenha urn numero de de incentivos monetarios nao reembolsaveis.
registos de postos de abastecimento localizados nas 5. Sera dada preferencia aos projectos com a participa9ao da
zonas B e C igual ou superior ao numero de registos empresa nacional de distribuiyao de combustiveis, desde que esta
de postos de abastecimento localizados na zona A; e detenha 50% ou mais no projecto.
b) Quando o titular instale, em simultaneo, urn posto de 6. 0 Mecanismo de incentivo a expansao de infra-estruturas
abastecimento nas zonas A e C. deve ser definido por Diploma Ministerial conjunto dos Ministros
5. Para efeitos de aplicayao do nt1mero anterior entende-se por: que superintendem as areas de Energia e Finan9as. .
7. 0 valor destinado a expansao de infra-estruturas deve ser
a) Zona A:
colectado pelas empresas titulares de licen9a de distribui9ao e
·i. As circunscri96es territoriais das Cidades de Maputo, canalizado mensalmente ao Estado.
Matola, Beira, Nampula, Tete, Pemba, Nacala,
Chimoio, Inhambane, Xai-Xai, Lichinga e ARTIGO 31
Quelimane; (Expansao do acesso a combustfveis lfquidos e gas natural
ii. As faixas ao Iongo das estradas nacionais numero 1, veicular)
nt1mero 4, numero 6 e Estrada Circular de Maputo,
ate 500 metros do eixo das mesmas. 1. 0 incentivo geografico destina-se a apoiar a expansao
b) Zona B:
geografica do acesso a combustfveis lfquidos e gas natural
veicuJar.
i. Todas as circunscri96es territoriais das cidades nao 2. Os projectos de investimento elegfveis para este apoio
inclufdas no ponto i), da alfnea a) do presente financeiro sao os que envolvem:
artigo;
ii. Todas as sedes distritais com postos de abastecimento a) A constru9iio de postos de abastecimento de combustiveis
de combustiveis em funcionamento. na zona C, desde que nao exista nenhum posto de
abastecimento operacional num raio de 25 km do
c) Zona C: local previsto, sem prejufzo do disposto na alfnea d)
i. As areas localizadas em distritos sem postos de do nt1mero 5 do artigo 29 do presente regulamento;
abastecimentos de combustfveis ou em locais b) A reabilita9ao das infra-estruturas referidas na alinea a),
que distem a mais de 25 km de urn posto de que estejam inoperacionais no momento da recepyao
abastecimento de combustiveis operacional; da candidatura do requerente para financiamento
ii. Locais com postos de abastecimentos de combustiveis resl?ectivo;
que distem a menos de 25 km com dificuldades de c) A constru9ao de postos de abastecimento de combustiveis
acesso ou transitabilidade para os mesmos. na zona "C" desde que nao exista nenhum posto de
d) Outras areas a serem estabelecidas por Diploma abastecimento de combustive! operacional;
Ministerial do Ministro que superintende a area de d) A constru9ao de postos de abastecimento de gas natural
Energia, o qual pode ser alterado urna vez por ano, comprimido (GNC), em regioes do pais onde se
entrando em vigor 90 dias ap6s a sua publica9ao. verifique a sua viabilidade ou a implanta9ao de
unidades de abastecimento de GNC em postos de
ARnao30 abastecimento de combustiveis existentes.
(Incentive a expansao das lnfra-estruturas logfstlcas nacionals) 3. Os apoios financeiros a conceder ao tipo de projectos
indicados nas alineas a), b), c) e d) revestem a forma de incentivos
1. A.s receitas destinadas ao incentivo a expansao das in.fra- monetarios nao reembotsaveis.
estruturas logfsticas nacionais, provem da rubrica de custo de 4. Os apoios financeiros a conceder ao tipo de projectos
in.fra-estruturas estabelecida pela estrutura de p~s. indicados na alinea e) provem de dotayao oryamental e revertem
2. 0 custo de infra-estruturas destina-se a apoiar aexpansao a forma de incentivos financeiros nao reembolsaveis, devendo
das infra-estruturas logisticas de media e grande dimensao contribuir para o apoio ate ao maximo de 80% do custo total
5228 I SERlE- N0MERC

de cada actividade seleccionada pela Comissao de Gas Natural 5. 0 b6nus a pagar aos membros da CGNV e ao Secret~
VeicuJar (CGNV) a que se refere o artigo 34. respectivo, bern como a quaisquer outras despesas relacio
5. S.e ra dada preferencia a projectos com a participa~ao com o seu trabalho devem ser determinados por urn Dii
da empresa nacional de distribui~ao de produtos petroliferas, Ministerial conjunto dos Ministros que superintendem as
desde que esta posi~ao dominante na estrutura (50% ou mais no de Energia e Finan~as e as receitas para estes pagamentos d
projecto). ser suportadas pela Taxa de Incentivo Geografico.
ARnoo 32 SEC<;AOIV
(Comissao de acompanhamento) Transac~oes sobre lnstalacoes e equipamentos petrolfferos
l. Para permitir o acompanhamento do apoio financeiro a ARTIGO 35
expansao do acesso a combustiveis liquidos referido no artigo 31
(Venda ou alie na~ii o de insta la~oes e equipamentos petrolfft
do presente regulamento, 0 Ministro que superintende a area da
Energia pode criar uma comissao que integra urn representante 1. A transferencia da propriedade de instala~6es petrol
das associa~6es distribuidoras e outro da associa~ao de retalhistas. que resulte da venda ou aliena~ao das mesmas ou da reali:
2. A Comissao de Acompanhamento tern por objectivo de quaisquer acordos comerciais, fusoes ou quaisquer c
acompanhar os progressos realizados na prossec u~ao do objectivo transac~oes entre duas ou mais entidades, carece de
do incentivo geografico e/ou propor medidas que permitam autoriza~ao do Ministro que superintende a area de Energi
melhorar e acelerar a realiza~ao dos objectivos preconizados no 2. A autoriza~ao referida no numero anterior dev
artigo 31 do presente regulamento. concedida se, depois de consideradas as participa~6es das J
3. 0 FUNAE deve enviar o relat6rio semestraJ de execu~ao envolvidas no mercado de produtos petroliferas e a partilha
do Incentivo Geografico a Comissao de acompanhamento, que
mercado associada as instalac;:6es e equipamentos em cau
deve cooter o valor total, de acordo com o disposto nos numeros
verificar que, como resultado directo da transferencia respe
anteriores.
nenhuma das partes envolvidas:
ARTIGO 33 a) Obtem ou pode vir a obter mais de 30% da que
(Destino das receitas do incentivo' geografico e da taxa de vistoria
mercado nacional de produtos petrolfferos;
as in sta l a~oas) b) Aumenta ou pode vir a au mentar a sua quota do me
nacional de produtos petroliferas, caso ja de
1. 0 montante da taxa do incentivo geogratico referido nos mais de 30%;
numeros 2 e 3 do artigo 29 destina-se ao Fundo de Energia c) Nao encerre ou reduza a actividade em mais de 30<
(FUNAE),sendo: 5 anos posteriores a transac~ao.
a) 40% destinados a apoiar a expansao geografica do acesso 3. Caso a transac~ao resulte no incumprimento do nu
aos combustiveis liquidos;
anterior, 0 Ministro que superintende a area de Energia pode I
b) 60% destinados a financiar o prograrna de desenvolvimento
uma autoriza~ao condicionada a venda de acti vos ou condici1
de gas natural comprimido para uso em vefculos.
a prazos, para o cumprimento do numero anterior.
2. 0 licenciamento do gas natural veicular sera estabelecido 4. 0 Ministro que superintende a area de Energia pode aut.
em legisla~ao especffica. a transferencia de propriedade de instala~6es petrolifera
ultrapasse os lirnites impostos no numero anterior, desd•
ARnoo 34
a entidade beneficiana de tal transferencia esteja devidar
(Comissao do gas natural velcular) licenciada a operar no mercado nacional de produtos petrol
1. Ecriada a Comissao do Gas Natural VeicuJar, abreviadamente e seja detida em, pelo menos, 51% pelo capital nacional.
designada por CGNV. 5. As distribuidoras de produtos petrolfferos licencia
2. Cabe aCGNV: operar no mercado nacional podem investir em novas instal
a) Supervisionar os financiamentos do programa de e equiparnentos petrolfferos e na amplia~ao e repara~a·
desenvolvimento do gas natural comprimido para uso existentes, de sua propriedade, mesmo que obtenham deste 1
em vefcuJos; urna quota do mercado nacional superior a 30%.
b) Estabelecer os criterios de selec~ao e os mecanismos de
ARTIGO 36
financiamento deste programa;
c) Alocar as receitas obtidas do incentivo geografico para (Transfer4!ncia de bens imobiliarios)
vanas componentes do programa, incluindo:
1. A transferencia de urn bern imobiliano nao conc1
i. 0 desenvolvimento de infra-estruturas de distribui~ao direito ao beneficiario de explorar uma instala~ao petro
de gas natural comprimido para uso em vefculos; que se situe nos lirnites do bern respectivo e que necessite c
ii. 0 desenvolvimento do mercado de vefcuJos a gas
registo de explorac;:ao nos termos do presente regulamento,
natural;
se o registo de explora~ao, tiver sido validamente transferid
iii. Actividades de promo~ao e de assistencia tecnica
para desenvolvimento do mercado de gas natural averbamento.
para uso em vefculos. 2. Antes da transferencia do titulo de propriedade de urr
imobiliano onde se situe qualque r instalac;:ao petrolifera qu
3. A CGNV e composta por representantes designados pelos
esteja em uso, o proprietario deve tomar as medidas pres.
Ministros que superintendem os sectores da energia, das finan~as
e dos transportes. nos artigos 13 e 84, a nao ser que o beneficiano da transfer
4. Cabe ao Ministro que superintende o sector da e nergia assuma por escrito a responsabilidade por quaisquer me
aprovar o Regulamento Interno da CGNV, no prazo de 180 (cento suplementares necessanas, num formato aprovado pela ent
e oitenta) dias. licenciadora.
18 DE NOVEMBRO DE 2019 5229

3. No caso de aprova~ao da transferencia de urn registo de comerciais ou operacionais que assegurem o acesso pretendido, a
explora~o. no momento da transferencia, o cedente deve entregar questiio pode, dependendo dos termos do contrato, ser submetida
ao beneficiano da transferencia: para resolu~ao:
a) Urn registo de todos os testes, certificados de inspec~ao a) A uma comissao independente;
e outros requisitos nos termos da regulamenta~ao de b) A arbitragem;
opera~ao aplicavel; c) As autoridades judiciais competentes.
b) U rna c6pia das ordens emitidas pela entidade licenciadora, 7. Compete ao Ministro que superintende a area de energia
em conformidade com o presente regulamento e estabelecer as metodologias para acesso de terceiros as instala~6es
regulamenta~ao subsidiana e que ainda nao tenham petroliferas.
sido cumpridas; 8. Para alem das suas necessidades de abastecimento ao
c) Ceder mensalmente os stocks do produto em transito no mercado intemo, a entidade detentora de uma infra-estrutura de
Pais de todos os proprietarios por si representados. armazenagem nos terminais oceanicos deve reservar, pelo menos,
25% da capacidade das suas instala~Oes para acesso a terceiros
ARnao37 para produtos destinados ao mercado intemo.
(Acesso de tercelros a lnstala~OeS petrolfferas para 0 mercado ARTIGO 38
lntemo) (Acesso de tercelros a lnstala~6es petroliferas para o mercado
1. 0 titular de licen~a de distribui~o. de terminal de descarga, externo)
de armazenagem ou de oleoduto, tern a obriga~ao de receber, 1. 0 titular de licen~a de distribui~ao, de terminal de descarga,
expedir, manusear, armazenar, misturar, ou conduzir, sem de armazenagem nas instala~oes de distribui~ao e centrais de
discrimina~ao e em termos comerciais nao discriminat6rios, armazenagem ou de oleoduto, sempre que firmarem contratos
produtos petroliferas de terceiros, nas suas instala~6es petroliferas de armazenagem com detentores de produto em transito devem
de armazenagem, de terminal de descarga ou de oleoduto, comunicar por escrito ao Ministerio que superintende a area,
contanto que: devendo ainda anexar a copia do referido contrato.
a) Exista capacidade disponivel na instala~ao petrolifera 2. Os contratos de armazenagem referidos no m1mero anterior
em causa; de vern ser celebrados so mente quando nao poe _a causa a
b) Nao exista problemas tecnicos insuperaveis que excluam capacidade alocada ao mercado nacional.
o uso de tal instala~ao petrolifera para satisfazer o SEC<;AOV
pedido de terceiros.
Reexporta~o. bunkering e abastecimento a plataformas, navios e
2. Se a capacidade disponivel na instala~ao petrolffera em
equipamentos de explora~o de recursos naturais
causa, dimensoes ou rota de oleoduto, for insuficiente para
acomodar os pedidos de terceiros, os titulares da licen~a sao ARTIGO 39
obrigados a efectuar a modifica~ao da instala~ao para que, em (Exercrclo da actlvldade de bunkering e reexporta~s)
termos comercialmente aceitaveis, os pedidos de terceiros possam
1. As entidades licenciadas para exercer a actividade de
ser satisfeitos, contanto que:
distribui~ao de produtos petroliferos, podem prestar servi~os de
a) Tal altera~ao nao cause urn efeito adverso sobre a bunkering tanto nos portos como nas aguas territoriais nacioqais
integridade tecnica ou a opera~ao segura da instala~ao e reexporta~ao desses produtos, desde que realizem as actividades
petrolifera; cumulativamente com a venda no mercado intemo.
b) Os terceiros tenham assegurado fundos suficientes para 2. As entidades nao sedeadas no Pais, que pretendam
suportar os custos da altera~ao requerida. desenvolver a partir de M~ambique, actividades de bunke'ring
3. 0 Ministro que superintende a area de Energia pode dispensar a navega~iio intemacional de produtos por si colocados no Pais
o cumprimento da obriga~o prevista no m1mero anterior por parte ou adquiridos em moeda extema exclusivamente para esse fim,
do titular de licen~a de distribui~iio, de terminal de descarga, de e de fazer transitar esses produtos de e para os paises vizinhos,
armazenagem ou de oleoduto, conforme o caso, se aquele tiver devem faze-lo atraves das entidades licenciadas, nos termos do
presente regulamento.
feito esfor~os razoaveis para satisfazer o pedido de terceiros e
3. Nao sao permitidas as reexporta~Oes de produtos petroliferos,
provar nao ser possivel receber, enviar, manusear, armazenar,
sempre que tal actividade por em causa a manuten~o das reservas
misturar, ou conduzir os produtos petroliferos de terceiros ou
permanentes no pais, com exce~ao de bunkering.
efectuar a altera~ao solicitada da instala~ao petrolifera. 4. 0 Ministro que superintende a area da energia pode irnpor
4. Os titulares das licen~as ou operadores das instala~oes limita~oes em termos geograficos, por produto e perfodo de
petroliferas devem actuar com transparencia na negocia~iio do dura~ao da proibi~iio.
acesso as suas instala~6es, sendo-lhes vedado irnpor condi~Oes
discriminat6rias. ARTIG040
5. Os titulares de licen~a de distribui~ao, de terminal de (Abasteclrnento a plataforma&, navlos e equlparnentos
descarga, de armazenagem ou de oleoduto devem disponibilizar de explora~o de recursos naturals)
a terceiros que assirn o solicitem, em termos nao discriminat6rios,
1. A s plataformas, navios e demais equipamentos de
os dados hist6ricos relevantes sobre a instala~ao petrolifera em prospec~ao, pesquisa e explora~ao de recursos naturais, enquanto
causa a fim de facilitar as negocia~Oes de termos comerciais em actividade dentro do territ6rio nacional, devem consumir
aceitaveis. exclusivamente produtos petroliferos fomecidos por entidades
6. Se, no prazo de 6 (seis) meses ap6s a notifica~ao do pedido distribuidoras licenciadas em M~ambique. ·
de acesso a instala~ao petrolifera ou de aumento da capacidade 2. As actividades referidas no m1mero anterior aplica-se o
respectiva, as partes nao chegarem a acordo sobre os termos regime dos m1meros 1 e 2 do artigo anterior.
5230 I SERlE- N0MERO 222

3. 0 abastecimento a plataformas, navios e equipamento de 2. S6 depois de esgotada a possibilidade referida no nlimero


explora~iiode recursos naturais por entidades niio licenciadas e anterior deve ser feito o recurso aos produtos petrolfferos
punfvel nos termos do presente regulamento. importados.
3. A reexporta~iio de produtos petroliferas deve ser autorizada
ARTIGO 41 depois de satisfeitas as necessidades do mercado intemo.
(Tarifas, termos e condiy6es)
4. Qualquer acordo, escrito ou tacito, entre participantes no
mercado de aprovisionamento de produtos petrolfferos para
1. As tarifas, os termos e as condi~oes de presta~iio dos consumo nacional e entre estes e fornecedores ao mercado
servi~os de bunkering e de reexporta~iio de produtos petroliferas, nacional ou regional ou de uso de posi~iio dominante no mercado
devem ser justos, competitivos e niio discriminat6rios ou para obten~iio de margens operacionais acima das que resultariam
preferenciais, tendo em conta as modalidades e niveis praticados de uma situa~iio de mercado concorrencial ou que tenha como
intemacionalmente e em especial na regiiio da Africa Austral. resultado a obstru~iio da concorrencia ou a sua redu~iio, nos
2. 0 Ministro que superintende a area da Energia pode solicitar processos relacionados com a aquisi~o dos produtos petroliferas,
as entidades licenciadas informa~OeS SObre as tarifas, OS termos e interdita e deve ser punida nos termos do presente regulamento
e as condi~6es referidas no numero anterior. e demais legisla~iio aplicavel.
3. Os titulares de licen~a de distribui~iio ou de armazenagem
ARnao44
devem obedecer ao previsto no regulamento especifico para os
armazens designados para produtos petroliferas. (Produyio local de produtos petrolfferos)
4. As entidades que efectuam bunkering e reexporta~iio, devem 1. A produ~iio local de produtos petroliferas deve ser efectuada
obedecer ao estabelecido na legisla~iio aduaneira, ambiental e por entidades detentoras de licen~a de produ~iio.
outra aplicavel. 2. A entidade licenciada para exercer a actividade de produ~iio
pode importar produtos petroliferas para uso apenas como materia
cAPfTuLom prima no processo de produ~iio.
Aprovlslonamento de Combustfveis Lfquldos ao Mercado 3. Os produtos petroliferas da produ~iio local para o
Naclonal fomecimento ao mercado intemo devem ser adquiridos pelo
SECc;AOI fornecedor que tenha ganho o concurso publico internacional
previs to no artigo 57, mediante contrato com a entidade detentora
Princfpios gerais de aprovisionamento de licen~a de produ~iio.
ARTIG042 4. A importa~o dos produtos petroliferas referidos no nlimero
(Proclutos abrangidos)
2 deve obedecer aos requisitos previstos nos nlimeros 2, 3, 4 e
5 do artigo 47.
1. Com a finalidade de obter economias de escala, a 5. As entidades detentoras de licen~a de exporta~iio podem
aquisi~iio dos produtos a seguir discriminados efectuar-se-a exportar os produtos petroliferas de produ~iio local desde que
atraves dos servi~os de agenciamento de uma unica entidade tenha sido satisfeita a demanda do mercado intemo.
denominada Operadora de Aquisi~6es de Combustiveis Liquidos
SECc;AOll
(IMOPETRO, Lda.), nos termos do presente regulamento:
a) Gases de Petr6leo Liquefeito (GPL); importay6es
b) Gasolinas auto; ARnao45
c) ~etr6leo de avia~o e petr6leo de ilumina~iio; (Prlncfplos gerais de lmportayio)
d) Gas6leo.
1. A importa~iio de combustiveis lfquidos e de quaisquer
2. A lista de produtos referidos no numero anterior, pode
produtos petrolfferos utilizando donativos ou creditos
ser alterada, sempre que se julgar conveniente, por Diploma
govemamentais deve obedecer ao prescrito no nlimero 1 do artigo
Ministerial do Ministro que superintende a area de Energia.
42 do presente regulamento, a exce~ao dos casos previstos no
ARnao43 artigo 46 do presente regulamento.
2. As entidades que, para efeitos de impo~ao, usem os
(Aprovlslonamento) servi~s da Operadora de Aquisi~6es de Combustiveis Liquidos
1. 0 aprovisionamento em produtos petroliferos ao mercado (IMOPETRO, Lda.), devem ser consideradas importadoras dos
nacional deve ser feito em primeiro Iugar com recurso aos produtos respectivos para todos os efeitos legais.
produtos de produ~iio local, desde que: 3. E interdita a importa~iio, exporta~ao e reexporta~iio de
combustiveis lfquidos por entidades que niio sejam titulares
a) Estejam em conformidade com as caracteristicas
estabelecidas nas especifi~6es aplicaveis; de uma licen~a de distribui~ao ou de produ~ao nos termos do
b) Estejam disponiveis localmente; presente regulamento.
c) Os seus pr~s sejam estabelecidos em regime de livre 4. Nao carecem de autoriza~o de importa~ao as provis6es
normais de carburantes e 6leos lubrificantes dos meios de
concorrencia com os pr~s de produtos equivalentes
obtidos no mercado intemacional, devendo, no entanto, transporte que atravessem fronteiras.
haver urn mecanismo que assegure a continuidade ARnGo46
de produ~iio local nos casos em que estes niio forem
competitivos; (lmpol'ta9i0 em casos excepclonals)
d) 0 mecanismo a que se refere na alfnea anterior deve 1. Em determinadas circunstancias e para a defesa dos
ser definido por Diploma Ministerial conjunto dos interesses econ6micos do pais, o Ministro que superintende a
Ministros que superintendem as areas da Energia e area de Energia pode, mediante concordfulcia do Ministro que
dasFinan~. superintende a area das Finan~. designar uma distribuidora
18 DE NOVEMBRO DE 2019 5231

devidamente licenciada para efectuar a importa~ao dos produtos participada pelas distribuidoras autorizadas a operar no mercado
petroliferos, no mercado intemacional ou ao abrigo de acordos nacional, na propor~ao da sua quota de mercado e tendo em conta
e/ou protocolos celebrados entre o Govemo de M~ambique e a cobertura geogratica.
Govemos de outros Pafses. 2. As decis6es das assembleias gerais da IMOPETRO, sobre
2. Para efeitos no disposto no numero anterior, a entidade o fomecimento de produtos petroliferos devem ser homologadas
importadora, fica dispensada do procedimento do concurso pelo Ministro que superintende a area de Energia, quando sejam
publico intemacional definido no artigo 55, podendo efectuar de interesse publico.
negocia~ao directa com entidades que garantam o fomecimento 3. Deve ser sempre salvaguardada a participa~ao, na Operadora
em condi~6es beneficas para o pafs, nos termos da legisla~ao de Aquisi~6es de Combustiveis Lfquidos (IMOPETRO, Lda.), de
aplicavel. novas entidades detentoras de Jicen~a de distribui~ao.
3. A importa~ao nestas situa~6es deve ter em conta os 4. Fica vedado a Operadora de Aquisi~6es de Combustiveis
objectivos definidos nas alfneas a) b) e J) do artigo 4. Lfquidos (IMOPETRO, Lda:
ARnao47 a) 0 exercicio da actividade de produ~ao, distribui~ao ou
comercializa~ao de produtos petrolfferos;
(Autorlzacaes especlals de lmporta98o)
b) Ter participa~6es em qualquer tipo de sociedade, realizar
I. Podem ser concedidas autoriza~6es especiais de irnporta~ao aplica~6es ou assurnir compromissos financeiros que
as entidades que nao possuam licen~a de distribui~ao para a nao respeitem directamente as suas atribui~6es;
importa~ao dos seguintes produtos: c) Contratar ou manter nos seus cargos de direc~ao e
a) Gasolina de avia~ao (A vgas); chefia, indivfduos que tenham qualquer tipo de
b) Asfalto e outros produtos betuminosos; rela~ao contratual com ou participa~6es em empresas
c) 6Ieos combustiveis. de petr6leo, de distribui~ao de produtos petrolfferos
2. As autoriza~6es especiais de irnporta~ao devem ser emitidas a operar no Pafs, ou entidades intermediarias de
por produto e devem incluir os mesmos elementos das licen~as tais produtos, seus accionistas, suas subsidiarias ou
referidas no artigo 14 do presente regulamento. afiliadas.
3. 0 requerimento para obten~ao de autoriza~ao especial de 5. A direc~ao da Operadora de Aquisi~6es de Combustiveis
importa~ao deve incluir: Lfquidos (IMOPETRO, Lda.) e exercida por urn Director-Geral
a) A identifica~ao completa do requerente e comprova~ao seleccionado atraves de urn concurso publico em que participem
de dornicflio em territ6rio nacional; indivfduos qualificados e de reconhecida experiencia em materia
b) A natureza e quanti dade do produto a importar, o periodo de procurement de produtos petrolfferos, devendo ser dada
·durante o qual se pretende fazer as importa~6es e os preferencia 11 candidatos de nacionalidade mo~ambicana.
postos fronteiri~os a usar; 6. 0 candidato seleccionado para exercer o cargo de Director-
c) Documentos que permitam estabelecer: Geral deve ser homologado pelo Ministro que superintende a
area de Energia.
i. A capacidade juridica do requerente;
7. 0 mandato do Director-Geral da lmopetro e de tres anos e
ii. Que o produto a importar obedece a especifica~6es renovavel apenas uma vez.
tecnicas apropriadas.
d) Que o requerente: ARTIGO 50
i. Esteja licenciado para o exercfcio em territ6rio (Estatutos)
nacional da actividade consumidora do produto a
importar e que a quantidade pretendida corresponde 1. Os Estatutos da Imopetro, Lda, incluindo as revis6es,
a dimensao desta actividade; carecem de aprova~ao do Ministro que superintende a area
ii. Possua condi~6es para arrnazenagem e manuseamento de Energia e conformar-se com as disposi~6es do presente
desse produto; regulamento.
iii. Que os pre~os, termos e condi~6es sejam justos e 2. Os estatutos da lmopetro, Lda, devem ser revistos no prazo
competitivos face aos pr~os, termos e condi~6es de 90 (noventa) dias, contados a partir da data de entrada em vigor
oferecidos pelas distribuidoras licenciadas. do presente regulamento.
4. As autoriza~6es especiais de importa~ao extinguem-se nos ARTIGO 51
termos do artigo 24 do presente regulamento.
(Atrlbulcaes da lmopetro, Lda.)
ARTIGO 48 1. Com a finalidade de assegurar o abastecimento regular de
(Formalldades) produtos petroliferos ao Pafs, nas melhores condi~s econ6micas,
a Operadora de Aquisi~6es de Combustfveis Lfquidos deve, sob
As entidades autorizadas a importar produtos petrolfferos supervisao da Comissao de Aquisi~ao de Combustiveis Lfquidos
nos termos do presente regulamento devem cumprir os tramites (CACL):
de registo de importador e demais procedimentos legais
a) Elaborar os pianos de aquisi~ao e suas propostas de
relativamente as irnporta~6es para 0 periodo e quantidade de
revisao;
produto mencionado no documento de autoriza~ao.
b) Preparar os cademos de encargos, lan~ar os concursos,
SEC<;AOID avaliar as propostas, propor a sel~ao dos fomecedores
sob supervisao das distribuidoras;
Operadora de Aquisicoes de combustrveis lfquidos (IMOPETRO, Lda.)
c) Negociar e contratar os servi~os de agentes, operadores de
ARnao49 transportes e manuseamento de produtos petroliferos,
de seguradoras e inspectores, e de quaisquer outras
(Prlncfplos gerais)
entidades cuja interven~ao seja necessaria e se reflicta
1. A IMOPETRO, Lda. e uma sociedade comercial, dotada nos custos de importa~o previstos na estrutura de
de personalidade juridica. autonomia financeira e patrimonial, pr~s;
5232 I SERlE- NOMERO 2;

d) Confirmar os embarques e assegurar todas as a~6es 2. A CACL deve ser constitufda por 7 (sete) membr•
e acompanhamento, desde o ponto de origem ate a nomeadamente:
entrada dos produtos em armazem, procedendo As
a) Tres funcionanos do Ministerio dos Recursos Minen
notifica~6es, avisos e reclama~6es que se impuserem
de Energia, dos quais urn deve ser o Presidente, out
em cada caso;
e) Efectuar a coordena~ao entre as distribuidoras e: Vice-Presidente e o terceiro Secretario Executiv
indicados pelo Ministro que superintende a area '
i. As institui~6es financeiras para efeitos dos pagamentos
Energia;
devidos pelas importa~6es;
ii. As Alffindegas para todos os t:r3mites relacionados b) Um representante do Ministerio da Industria e Comerci
com os despachos dos produtos e os pagamentos indicado pelo respectivo Ministro;
das imposi~6es aduaneiras devidas; c) U m representante do Ministerio da Economia e Finan~1
iii. Quaisquer outras entidades intervenientes nos indicado pelo respectivo Ministro;
processos de aquisi~ao para articula~ao das d) Urn representante do Ministerio dos Transportes
respectivas a~Oes e pagamentos inerentes. Comunica~Oes indicado pelo respectivo Ministro;
2. AOperadora de Aquisi~Oes de Combustiveis Lfquidos cabe e) Urn representante do Banco de M~ambique, indica.
ainda, sob supervisao da CACL: pelo respectivo Govemador.
a) Pesquisar sistematicamente os mercados nacionais 3. Constitui quorum para tomada de decis6es pela CACL
e intemacionais por forma a manter informa~oes Presidente, ou o membro em quem este delegue comperencia p~
completas e actualizadas sobre os p~os intemacionais o substituir na sua ausencia, mais dois membros.
e outros elementos relativos ao fomecimento de 4. Tern assento nas sess6es da CACL, com voz consulti
produtos petroliferas, em termos actuais e prospectivos apenas:
e sobre todos os potenciais fomecedores;
a) Urn representante da Operadora de Aq~si~oes
b) Obter periodicamente das distribuidoras as informa~6es
necessanas para comprovar as suas quotas de mercado Combustiveis Lfquidos;
e possfveis necessidades adicionais; b) Urn representante das distribuidoras a operar no Pa
c) Recolher, compilar e divulgar periodicam~nte, a ARENE, atraves da associa~o respectiva, apenas nas discuss(
ao ministerio que superintende area de energia, os de assu ntos operacionais e relacionados com
dados estatfsticos especfficos respeitantes As aquisi~oes intermedia~ao financeira de produtos petroliferas;
e comercializa~ao por parte de cada distribuidora e c) Quaisquer pessoas de comprovados conheciment
sobre os pr~s intemacionais; tecnicos na area de combustiveis que o Presidente
d) A Operadora de Aquisi~6es de Combustiveis Lfquidos, CACL convide a participar nos seus encontros Ol
deve reportar ao Ministerio responsavel pela area da pronunciar-se sobre assuntos especfficos, sempre q
Energia e a ARENE: considerar necessaria ou conveniente.
i. Informa~ao sobre as encomendas, certificados de 5. A CACL deve criar e manter urn registo de aetas de tO<
origem e chegada de produtos petroliferas; as suas sessoes de trabalho, assinadas por todos os memb1
ii. Informa~ao sobre os pagamentos aos fomecedores; presentes, onde deve constar, para cada sessao, a lista
iii. Outras informa~oes solicitadas pelo Ministerio presen~as. a agenda, as discuss6es havidas, delibera~s e ain
responsavel pela area da Energia e pela ARENE. quaisquer observa~6es ou comentarios relevantes que qualqt
A.RTIGO 52 membro pretenda incorporar.
(Pagamentos)
6. A CACL deve regular os seus trabalhos do modo q
considerar mais apropriado.
1. As entidades que para efeitos de importa~ao, usem os 7. Ministerio dos Recursos Minerais e Energia de
servi~os da Operadora de Aquisi~6es de Combustiveis Lfquidos,
providenciar instala~oes e servi~os de secretariado a CACL
devem ser consideradas importadoras dos produtos respectivos 8. 0 b6nus a pagar aos membros da CACL e ao Secretaria
para todos os efeitos legais. respectivo, bern como o pagamento de quaisquer outras despe:
2. As distribuidoras sao responsaveis pelo pagamento, na relacionadas com os seus trabalhos devem ser determinados (
propor~o das quantidades de produtos efectivamente recebidos,
Diploma Ministerial conjunto dos Ministros que superintend•
do custo dos produtos e de outras despesas com a aquisi~ao,
as areas da Energia e das Finan~as e as receitas para es
incluindo as que OCOrram desde OS desembarques a entrada dos
pagamentos devem ser suportadas pela Operadora de Aquisi~i
produtos em armazem e as obriga~6es aduaneiras.
3. A Operadora de Aquisi~6es de Combustiveis Lfquidos, pode de Combustiveis Lfquidos ou outra entidade que for design~
cobrar as distribuidoras uma comissao destinada a cobrir despesas para esse efeito.
de funcionamento e assegurar uma reposi~ao dos investimentos
ARTIGO 54
realizados, necessanos para o desempenho das suas atribui~6es,
nos termos do presente regulamento. (Atrlbui~aes e competE!nclas da CACL)

SEC<;AOV 1. Cabe a CACL, no ambito dos processos de aquisi~6es:


Comiss:lo de aquisi~o .de combustrveis lfquidos (CACL) a) Apreciar e supervisionar os programas de aquisi~6es
ARTIGO 53 Operadora de Aquisiy6es de Combustiveis Lfquid,
b) Apoiar a mobiliza~ao dos fundos em moeda exter
(Objectlvos da CACL) necessarios para a realizayao dos programas
1. A CACL, tern como objectivo assegurar a transparencia e importayao;
competitividade nos processos de aquisi~ao de: c) Rever os processos de aquisi~ao propostos p•
a) Combustiveis lfquidos GPL; Operadora de Aquisi~oes de Combustiveis Lfquic
b) Quaisquer produtos petroliferas, utilizando donativos ou a fim de verificar a sua conformidade com os tern
creditos govemamentais. e condi~6es do presente regulamento;
18 DE NOVEMBRO DE 2019 5233

d) Sancionar as propostas de selecyao de fomecedores de SEC<;AOVI


produtos petrolfferos submetidas pela Operadora de Sel~o dos fomecedores
Aquisi96es de Combustiveis Lfquidos;
ARTIGO 55
e) Verificar a conforrnidade dos pre9os de irnportayao com
os preyos em vigor no mercado intemacional; (Contratos de forneclmento)
f) Supervisionar a negocia9ao e execu9ao dos contratos 1. A aquisi9ao dos produtos referidos no artigo 42 do presente
de fornecimento de produtos petrolfferos e d e regulamento, e todos os servi9os com impacto no custo com
intermedia9ao financeira das aquisi96es, e m importayao na estrutura de pre9os, deve ser efectuada mediante
coordena9ao com as entidades competentes; contratos de fomecimento, para perfodos nao superiores a 12
g) Ernitir instru96es relativas as actividades da Operadora meses, ou outro perfodo a ser aprovado pela CACL, adjudicados
de Aquisi96es de Combustiveis Lfquidos, no ambito de acordo com procedimentos de concurso pubico internacional .
do presente regulamento; 2. A aquisi9ao de quaisquer produtos petroliferos, utilizando
h) Realizar outras tarefas que lhes sejam atribufdas pelo donativos ou creditos govemamentais, rege-se pelo disposto no
Ministro que superintende a area de Energia, no ambito numero anterior, a excepyao dos casos previstos no artigo 46 do
do presente regulamento. presente regulamento.
3. 0 concurso publico internacional tern como objectivo
2. Em particular compete a CACL, no ambito dos concursos fornecer a todos os potenciais fornecedores de produtos
publicos de selecyao dos fornecedores de combustfveis liquidos petrolfferos uma notificayao adequada, com antecedencia
e das entidades de intermediayao financeira das importa96es razoavel, sabre as exigencias da entidade importadora, bern
respectivas, e em coordena9ao com a Operadora de Aquisi96es como dar-Jhes a oportunidade de concorrer em igualdade de
de Combustiveis Lfquidos: circunstancias para o seu fomecimento.
a) Analisar, solicitar as alteray6es que se julgar convenientes
ARTIGO 56
e aprovar o anuncio ou a lista de concorrentes a contactar
e os modelos de documentos do concurso propostos (lncompatlbllldade)
pela Operadora de Aquisi96es de Combustfveis l. Sao inelegfveis a participar de concursos de fornecimentos
Lfquidos; de produtos petroliferas as seguintes Entidades:
b) Fazer-se representar na sessao de abertura das propostas; a) Detentoras das licen9as previstas no artigo 14 do presente
c) Analisar os relat6rios de avaliayao, e aprovar ou rejeitar, regulamento; e
caso a proposta nao esteja em conforrnidade com o b) Aquelas visadas por uma declarayao de nao elegibilidade,
estipulado nos procedimentos de concurso publico em vigor, ernitida pela CACL nos termos do presente
previstos no presente regulamento e fundamentar os regulamento.
motivos de rejei9ao, se foro caso; 2. As empresas detentoras das licen9as de distribuiyao,
d) Solicitar e rever outros documentos, incluindo as subsidiarias dos fomecedores que participem dos concursos de
propostas dos concorrentes; fomecimento de combustfveis ou, que tenham acordos comerciais
e) Consultar as entidades cujo parecer seja considerado com estes, nao devem fazer parte do processo de avalia9ao
necessaria. do concurso, bern como no processo de pre-qualificayao de
fomecedores.
3. Nos assuntos relacionados com os processos de selecyao
das entidades de intermedia9ao financeira para as importa96es a ARTIGO 57
CACL deve solicitar o parecer do Banco de Mo9ambique:
(Anunclo de concurso)
4. A CACL pode ernitir uma declarayao de nao elegibilidade
para o fornecimento dos produtos ou presta9ao de servi9os 1. Urn anuncio de concurso deve ser publicado em pelo menos
previstos no presente regulamento, onde deve constar o nome e urn jornal de circulayao intemacional com pelo me nos 15 (quinze)
endereyo da entidade visada, o prazo de vigencia da interdi9ao, dias de antecedencia sabre a data limite de recep9ao das propostas.
que pode ser indefinido, e os motivos da interdi9ao, caso seja 2 . Em casas de emergencia, para se evitar rupturas de
constatado que tal entidade violou os termos e condi96es de existencias, podem ser efectuadas aquisi96es, com dispensa do
qualquer contrato para o fornecimento de tais produtos ou anuncio de concurso, devendo haver, em seu Iugar, o envio dos
documentos de concurso a pelo menos 6 (seis) concorrentes de
servi9os, ou se envolveu directamente ou atraves de urn agente,
uma lista previamente aprovada pela CACL.
num comportamento corrupto ou fraudulento, em conluio ou
3. As entidades que detenham armazenagem de combustfveis
coer9ao na apresenta9ao de uma proposta ou execu9ao de urn lfquidos em Mo9ambique, cujas caracterfsticas obede9am as
contrato para o fomecimento de tais produtos ou servi9os. especifica96es em vigor, destinados a transito para os pafses
5. A CACL pode ainda emitir uma declarayao de nao vizinhos, podem concorrer para o fornecimento desses produtos
elegibilidade para o fornecimento de produtos petrolfferos ao mercado nacional, nos termos do numero anterior.
caso seja constado que tal entidade, por via de sua associayao 4. Nos casos previstos no numero anterior, para efeitos de
com uma ou mais distribuidoras licenciadas, promova actos determina9ao dos pre9os de importayao, a data de embarque dos
contranos a concorrencia na distribui9ao ou actos que interfiram produtos deve ser substitufda pelo mes imediatamente anterior
na competitividade e normal funcionamento de distribuidoras ao da data do documento de transac9ao pelo qual estes produtos
licenciadas, ou se sob que forma for, impe9am ou coloquem passam a propriedade de qualquer titular de uma Iicen9a de
obstaculos a distribuidoras locais na aquisi9ao de produtos d istribui9ao ou de produ9ao, sendo usada a media mensa!
no ambito do contrato de fornecime nto, para tal usando respectiva dos pre9os relevantes.
regras e procedirnentos estranhos aos previstos no contrato de 5. Exceptua-se do disposto nos nlimeros 2 e 3 a necessidade
de atender as situa96es de grave emergencia, casas em que a
fornecimento.
5234 I SERlE- NUMERO 2~

transferencia de produto importado e armazenado para transito, 3. A temperatura de referenda para a comercializa~ao <
possa ser usado no mercado intemo, mediante a autorizacrao da qualquer produto petrolifero, por unidade de volume do Uqui<
CACL. respectivo, deve ser de 20"C.
ARTIGO 58 4. 0 custo de aquisicrao de biocombustiveis destinados
mistura com combustiveis deve ser estabelecido por Diplon
(Documentos de concurso) Ministerial Conjunto dos Ministros que superintendem as are
1. Os documentos de concurso devem fornecer toda a da Energia e das Finan~as.
informacrao necessaria que permita a urn eventual concorrente
preparar a sua proposta. ARnoo62
2. Os criterios para avaliacrao das propostas e selec~ao do (Custo base)
concorrente preferido devem ser claramente expostos nas
instru~6es aos concorrentes, onde deve incluir tarnbem o model a 1. 0 Custo Base, para cada produto, e o custo do produ
de contrato a assinar. importado, colocado nos terrninais de distribuicrao, situados:
3. Das instrucroes aos concorrentes e modelo de contrato a) Nos Portos de Maputo (Lfngamo - Matola) e Beira, 1
devem constar chiusulas de desencorajamento de comportamentos caso do GPL;
corruptos e fraudulentos, de coercrao ou concluio. b) Nos portos de Maputo (Lfngamo- Matola), Beira, Nac~
e Pemba, para os restantes produtos.
ARTIGO 59
2. 0 Custo Base e obtido pela soma dos seguintes component1
(Revisio pels CACL)
a) 0 Precro Base;
Os modelos de documentos de concurso, as propostas de b) Correccrao do Pr~o Base;
adjudicacrao e os contratos com os fornecedores devem ser revistos c) Os custos com a importacrao.
pela CACL, que deve efectuar tambem o acompanhamento da
3. Para efeitos de definitrao do Custo Base, o Ministro q
execucrao dos contratos respectivos, nos terrnos deste regulamento.
superintende a area de Energia pode autorizar a inclusao
CAPITULO IV outros terminais na lista referida no numero 1, tendo em conta
desenvolvimentos logfsticos com vista a urn aprovisionamer
Regime Aduaneiro mais seguro e eficiente de combustfveis Uquidos ao merca
ARTIG060 nacional.
(Obriga~oes aduaneiras) ARnoo 63
1. Sao devidas obriga~oes aduaneiras para os casas das (Pr~o base)
importacroes das distribuidoras ou no caso das importa~oes
destinadas ao consumo pr6prio. 1. 0 Pr~o Base, para cada produto petrolifero, eo pr~o FC
2. Os mecanismos a seguir para o pagamento das imposicr5es (em toneladas metricas) de referenda no mercado intemacion
nos casas previstos no nfunero anterior, incluindo para os produtos acrescido de (urn premia, frete e seguro) e que deve incl
em trlinsito intemacional e OS destinados a reexporta~ao OU a despesas portuarias, ou de cais relacionadas com o produto
constitui~ao de reservas perrnanentes, nos terrnos do presente navio tanque, sobrestadias, agenciamentos, perdas na descru
regulamento, devem ser estabelecidos pelas Alf'andegas, a 1uz e outras despesas afins, quando estas nao estejam incluidas
do regime geral de importa~6es. d.lculo da componente custos com a Importacrao.
2. Caso haja producrao local, para efeitos do c8lculo do Prf
CAPfTULOV Base para cada produto petrolffero, e considerado a mec
Regime de Pre~os ponderada do pr~o da producrao local as quantidades da produl
SEC<;AO I local e do Pr~o Base referido no numero anterior ponderada
quantidades importadas referentes ao roes anterior ao do c8lcu
Princfpios gerais e componentes da estrutura de pre~s
ARTIGO 61 ARTIG064
(Fixa~o e forma~o dos pr~os) (Co~o do pre~o base)
1. Os pr~os de venda dos produtos petroliferas para consumo A componente Correccrao do Pr~o Base (CPB), destina-s
no mercado nacional sao estabelecidos em moeda nacional por corrigir o valor do Pr~o Base, determinado por produto, e deve
unidade de medida de comercializacrao, de acordo com a seguinte em conta os ganhos ou perdas realizadas, nos terrnos do prese
sequencia:
regulamento, no respectivo processo de aquisicrao, consideran
a) Custo do produto importado a granel, colocado nos
a) impacto da variayao dos preyos intemacionais e da t:
armazens dos terminais de distribuicrao (Custo Base);
b) Pr~o de venda a granel a praticar pelas distribuidoras de cambia na deterrninayao do Pr~o Base;
(Pr~o de Venda do Distribuidor);
b) Ajustes destinados a corrigir perdas ou gant
c) Pr~o de Venda ao Publico. acumulados em periodos anteriores em virtude de
2. Para efeitos de aplicacrao deste capitulo, sao considerados i. Estabilizacrao de precros de venda ao publico
produtos petroliferas: produtos petroliferas;
a) Os gases de petr61eo liquefeitos (GPL); ii. Quaisquer ajustes efectuados ao Precro Base
b) As gasolinas auto; diferenyas na determinacrao de quantidades
c) 0 petr6leo de ilumina~ao; produtos, pre~os de importatriio ou da taxa
d) 0 gas6leo. cfunbios, que requeiram uma revisao de valon
18 DE NOVEMBRO DE 2019 5235

ARTIG065 3. Outros custos operacionais e investimentos na constru~ao e


reabili~ao de instala~s nao relacionadas com a armazenagem,
(Custos com a lmpo~)
manuseamento, fornecimento ou venda de combustfveis liquidos,
1. A componente de custos com a importa~o representa o valor em postos de abastecimento ou outros locais. A Margem do
em moeda liacional destinado a cobrir as desj>esas relacionadas distribuidor referida no numero 1, inclui a componente de
com a aquisi~ao, bancarias, Comissao dos servi~os da Operadora estabiliza~ao de pr~o.
de Aquisi~6es de Combustfveis Lfquidos (IMOPETRO, Lda.),
desembarque, manuseamento, transportee rece~ao dos produtos ARnoo68
petro1fferos nas terminais de distribui~ao referidas no arti- (Margem do retalhlsta em lnstala~6es centrals de armazenagem)
go 62, inclui as taxas destinadas a expansao de infra-estruturas
de logfstica e servi~os de marca~ao e controlo de qualidade de 1. A Margem do retalhista em instala~oes centrais de
produtos petrolfferos. armazenagem representa o limite maximo da margem de venda
2. A componente de custos referida no mimero anterior pode a praticar pelas distribuidoras fora das zonas definidas em
incluir outras despesas desde que nao sejam contempladas conformidade com o artigo 72 para:
noutras componentes da estrutura de pre~os, excluindo o pr~o a) Cobrir os custos operacionais, incluindo amortiza~oes;
de importa~ao. b) Conceder urn retorno adequado sobre o capital investido
3. 0 valor das taxas dos servi~os de marca~ao e controlo em meios imobilizados e capital circulante das
de qualidade de produtos petrolfferos referidos no numero 1, distribuidoras.
devem ser aprovados pelos Ministros que superintende as areas 2. Para efeitos do disposto no numero 1 do presente artigo, sao
de energia e finan~as. considerados apeoas os custos operaciooais e os investimeotos,
4. As empresas titulares de licen~a de distribui~ao devem normalmente necessarios para a distribui~ao nas zonas relevantes,
colectar e canalizar mensalmente ao Ministerio que superintende dos produtos petroliferos e para cumprimento das obriga~oes dos
a area de Energia as receitas resultantes dos servi~os de marca~ao retalhistas em instala~6es centrais de armazenagem, excluindo-
e controlo de qualidade de produtos petroliferas referidos no se, entre outros:
n6mero 1.
a) As despesas com juros;
ARnao66 b) Os custos de opera~ao e os investimentos relacionados
com a embalagem e transporte de produtos·exporta~6es,
(Pre~o de venda do dlstribuidor) transitos e bunkering internacionais;
1. 0 Pr~o de venda do distribuidor (PVD), para cada produto, c) Os custos que tenham sido inclufdos no calculo da
e0 pr~o "maximo de venda a granel a praticar pelas distribuidoras componente Custos com a importa~ao ;
a porta dos terminais de distribui~ao. tf) Outros custos operacionais e investimentos na constru~ao
2. 0 PVD eobtido pela soma dos seguintes componentes: e reabilita~ao de instala~6es nao relacionadas com a
armazenagem, manuseameoto, fomecimento ou venda
a) 0 Custo Base;
de combustfveis lfquidos, em postos de abastecimento
b) A Margem do Distribuidor;
ou outros locais;
c) As imposi~oes fiscais em vigor.
e) Outros custos operacionais e investimentos na constru~ao
3. Quando o fornecimento niio for feito a granel, as distribuidoras e reabilita~ao de instala~oes nao relacionadas com a
podem acrescentar ao PVD os custos de embalagens. armazenagem, manuseamento, fomecimento ou venda
4. Considera-se granel uma quantidade de produto igual ou de combustfveis lfquidos, em postos de abastecimento
superior a 400 litros por entrega, embalagem ou vasilhame. ou outros locais.
ARnoo67 3. A margem do retalhista em instala~oes centrais de
(Margem do distribuldor) armazenagem que deve ser usada para efeitos de calculo do pre~o
de venda ao publico e pertenceote as detentoras do registo de
1. A Margem do distribuidor representa o limite maximo instala~oes centrais de armazenagern.
da margem de venda a praticar pelas distribuidoras fora das 4. A margem referida no numero anterior, nos casos das
zonas definidas em conformidade com o artigo 72, do presente empresas que nao detem iostala~6es centrais de armazenagem,
Regulamento para: deve ser canalizado ao Estado.
a) Cobrir os custos operacionais, incluindo amortiza~oes;
b) Conceder urn retorno adequado sobre o capital investido ART!G069
em meios imobilizados e capital circulante das (Pr~o de venda ao publico)
distribuidoras.
2. Para efeitos do n6mero anterior, sao considerados apenas os 1. 0 Pre~o de venda ao publico (PVP) para cada produto
custos operacionais e os investimentos, normalmente necessarios petrolifero e o pre~o a ser praticado nos postos de venda e nos
para a distribui~ao nas zonas relevantes, dos produtos petrolfferos postos de abastecimento de combustfveis lfquidos, situados
e para cumprimento das obriga~6es das distribuidoras, excluindo- nas circunscri~oes territoriais das cidades corn termioais de
se, entre outros: distribui~ao.
2. 0 PVP deve ser o btido pelo somat6rio das seguintes
a) As despesas comjuros;
componentes:
b) Os custos de opera~ao e os investimentos relacionados
com a embalagem e transporte de produtos expo~s. a) Pre~o de Venda do Distribuidor;
transitos e bunkering internacionais; b) Diferencial de Transporte;
c) Os custos que tenham sido inclufdos no ca:tculo da c) Margem do Retalhista.;
componente C ustos com a importa~ao. tf) Imposi~6es fiscais em vigor.
5236 I SERlE- NOMERO 222

3. Os prec;os de venda ao publico podem ainda incluir: SEC<;AO 11


a) As compensac;5es para transportes nos termos do arti- Calculo e actualizayao dos componentes da estrutura de pre~s
go70; ARTIGO 73
b) Os elementos adidonais as margens dos operadores, nos
(Determlnayao do pr99o base)
termos do artigo 72;
c) Os custos de embalagem, em conformidade corn o artigo 1. 0 Prec;o Base e deterrninado para cada produto, em qualquer
65 do presente ReguJamento. momenta, como:
d) Compete a ARENE, determinar o Prec;os de Venda ao a) A media ponderada dos prec;os de referenda no mercado
Publico a praticar em todo Territ6rio NacionaJ de intemacional das irnportaf16es efectuadas:
acordo corn o rnecanisrno estabelecido. i. No mes imediatarnente precedente no caso do GPL;
ii. Nos 2 (dais) rneses irnediatamente precedentes, para
ARTIGO 70 os restantes produtos.
b) 0 Pref1o Base em vigor, caso nao tenha havido qualquer
(Compensa~6es para transportes)
importaf1ii.O do produto respectivo no periodo referido
1. Para as vendas efectuadas fora das circunscric;5es territoriais no nurnero anterior.
das cidades com terminais de distribuic;ao o Prec;o de Venda do 2. Para efeitos de aplicac;ao do disposto neste artigo:
Distribuidor pode ser acrescido dos custos de trans porte vi gentes a) A taxa de cfunbio a usar ern qualquer rnes, para converter
no rnercado, relativos ao transporte de cabotagern, ferroviano e/ a media ponderada dos pref10S base para moeda
ou rodoviano. nadonal deve ser:
2. Para as vendas efectuadas a porta do cliente nas cidades ou i. A taxa de cfunbio de referenda do mercado cambial
vilas onde existarn instalac;oes centrais de armazenagern o Prec;o que traduz as operaf16es efectuadas nos dias em
de Venda do Distribuidor pode ser acrescido de urn diferencial que ocorrerarn transacf16es para aquisif1ii.O de
de transporte referido no nurnero 3. combustiveis;
ii. A taxa de cfunbio referida no numero anterior deve
3. 0 diferenciaJ de transporte destina-se a cobrir os custos de
ser fornecida pelo Banco de Mof1ambique;
operac;ao e a conceder urn retorno adequado sobre o investirnento, iii. A media aritrnetica das taxas de cfunbio de venda
para o transporte de produtos entre a instalac;ao central de diarias no rnes irnediatarnente precedente, que
arrnazenagern e o posto de abastedrnento, posto de revenda ou sejarn aplicaveis as operaf16es de compra da
instalac;ao de consurno pr6prio, fora das cidades onde se localizarn rnoeda respectiva para a aquisif1ii.O dos produtos
os locais referidos no numero 62. petrolfferos publicadas por urn ou mais bancos
comerciais que sejarn relevantes para as opera~5es
ARTIGO 71 respectivas, caso nao tenha havido aquisif16es de
moeda extema, nos termos da alfnea anterior;.
(Margem do retalhista)
b) A data de importac;ao de qualquer produto e considerada a
A rnargern do retalhista representa o limite maximo da rnargern data cornprovada em documento aduaneiro de entrada
de cornercializaf1ii.O a praticar por retalhistas, nos te rrnos deste em armazem, em nome de qualquer distribuidora, com
ReguJarnento, para cobrir os custos de operaf1ii.O, acrescidos de indicaf1ii.O da origem de irnportaf1ii.O do produto;
urn retorno adequado sobre o investimento e capital circulante, c) As quantidades a considerar para efeitos de cruculo de
necessarios para a venda a retalho do produto respectivo. pref1o base sao as recebidas no acto de aquisif1ii.O no
roes de referenda.
ARTIG072
ARTIGO 74
(Acresclmos as margens dos operadores)
(Determina~ao da correc~ao do pre~o base)
1. Na venda de produtos ao domicflio, ern recipiente
1. A Correcf1ii.O do Prec;o Base deve ser determinada para cada
apropriado, pode ser cobrado urn pref1o adicional pel a prestac;ao
produto petrolifero tendo ern conta componentes determinadas
do servif10 respectivo, em acrescimo a margem do distribuidor ou
conforme os nUmeros seguintes.
a margern do retalhista em instalaf15es centrais de armazenagem.
2. Sao permitidos acrescimos as margens dos operadores nas 2. A perda ou ganho derivada do impacto da variaf1ii.O dos
zonas C referidas no artigo 5 do artigo 29 ate ao limite de duas pret;OS intemacionais; da taxa de cambia e da estabiliZaf1ii.O de
vezes o seu valor determinado em conformidade com os artigos prec;os de venda ao publico na determinac;ao do Prec;o Base deve
67 e 73 deste Regulamento, com o objectivo de incentivar as ser calcu1ada para cada produto pe1a f6rmu1a seguinte:
distribuidoras a investirem e explorarem postos de abastecimento
de combustiveis liquidos em locais remotos com carencias dos P I G1 =(B 1 - B 0 )•(1 +_{_•_!_)
mesmos. 100 365
3. No caso de vendas de GPL e petr6leo de iluminaf1ii.O a
Onde:
retalho, em recipientes apropriados nas zonas C, por quaisquer
pessoas que adquiram o produto a retalbistas licenciados nos • P/G 1 - e a perda ou ganho na data de calculo;
termos deste Regulamento, pode ser acrescentado urn prec;o • PB 1 - e o Prec;o Base determinado na data de crucu1o,
adicional a Margem do Retalhista ate o limite de duas vezes o e m conformidade com o artigo 73 do presente
seu valor determinado nos termos dos artigos 71 e 73. Regulamento;
18 DE NOVEMBRO DE 2019 5237

• PBO- eo Pr~o Base em vi&<>r em qualquer momento; 6. A Componente Custo com lmporta~ao, e deterrninada com
• J - e o valor da taxa percentual de juros MAIBOR a base nos custos intemos incorridos pelas Distribuidoras no acto
urn mes, em vigor no Ultimo dia do roes imediatamente de importa~ao dos produtos petroliferos.
precedente a data de ca.Iculo. 7. 0 ajustamento dos elementos, manuten~ao das reservas
estrategicas e Custo de infra-estruturas devem ser definidos pelos
A.Rnoo 75 Ministros que superintendem as areas de Energia e Finan~as.
(Actuallza~o de p~os) 8. Os val ores das componentes da estrutura de pr~os referidos
nos numeros 4 e 6, devem ser revistos durante o quarto trimestre
1. Os pre~os de qualquer produto petrolifero devem ser de cada ano.
revistos mensalmente, e devem ser actualizados e comunicados 9. Os detalhes de calculo das margens do distribuidor,
as distribuidoras devidamente licenciadas na terceira quinta-feira
retalhistas em instala~oes centrais de armazenagem e postos
de cada mes, ou, se esta for urn feriado, no dia util imediatamente
de abastecimento de combustfveis, e deferencial de transporte,
seguinte, sempre que:
devem ser estabelecidos por Diploma Ministerial conjunto dos
a) 0 Custo Base respectivo mostre, face ao Custo Base em Ministros que superintendem as areas da Energia e das Finan~as.
vigor na data de calculo, uma varia~ao superior a 3%; ' I

b) Ocorrer uma altera~ao do valor das imposi~6es fiscais A.RnGO 77


aplicaveis.
(lnforma~o necessaria e procedlmentos gerais)·
2. Compete a ARENE, proceder a altera~ao dos pre~os dos
produtos petroliferos, desde que o pr~o de venda ao publico de 1. Para efeitos de aplica~ao do disposto neste capitulo e
qualquer produto nao varie em mais de 20%, face ao pr~o em sem prejufzo do cumprimento de outras obriga~6es nos termos
vigor. do presente Regulamento e da legisla~ao aplicavel, devem
3. Compete ao Conselho de Ministros proceder a alterayao ser remetidas ao Ministerio e Direc~oes Provinciais que
dos .pr~os dos produtos petroliferos, sempre que a varia~ao do a
superintendem area de Energia na respectiva area de jurisdi~ao,
pr~o de venda ao publico de qualquer produto seja superior a a informayao conforme se segue:
20%, face ao pr~o em vigor.
a) Informa~ao mensal sobre as quantidades e pr~os de
4. Qualquer ajustamento de pr~os de venda ao publico deve
importa~ao dos produtos adquiridos imediatamente
ser publicado nos jomais de maior circula~ao no Pafs e na pagina
ap6s cada aquisi~ao, por parte de qualquer distribuidora
oficial da entidade reguladora, com a de vida fundamentayao sobre
incluindo aos retalhistas destinatarios;
as altera~6es.
b) Informa~o mensal sobre as quantidades irnportadas, por
ARnoo76 parte da IMOPETRO, descriminada por:
i. Produto;
(C81culo e actuall~o anual das componentes da estrutura
de Pf"8908)
ii. Distribuidora;
iii. Origem.
1. As regras de ca.Iculo e do valor da Margem do Distribuidor
c) Informa~ao relativa ao roes precedente sobre as
e do Retalhista, sao determinados:
quantidades vendidas no mercado nacional e· as
a) Para os produtos em que, no processo de venda intervenha exporta~6es. reexporta~s e bunkering nacionais e
apenas uma distribuidora, tendo em conta os elementos intemacionais efectuadas, por produto, e por regiao
tecnicos, econ6micos e financeiros apresentados por
geognlfica (provincia e distrito) por parte de qualquer
essa distribuidora;
distribuidora;
b) Para os produtos em que, no processo de venda intervenha
d) Informa~ao relativa ao mes precedente sobre as
mais de uma distribuidora, consideram-se aplicaveis os
elementos tecnicos, econ6micos e financeiros memos quantidades adquiridas da distribuidora e vendidas,
de pelo menos 3 empresas operacionalmente mais por produto, por parte de qualquer retalhista indicando
eficientes, que cumulativamente detenham pelo menos o respectivo fomecedor;
50% da quota do mercado. e) Informa~ao relativa ao mes precedente sobre as
quantidades adquiridas, por produto, por parte de
2. A actualiza~ao do valor das margens mencionados nas
alfneas a) e b) do nilmero 1, serao revistas no quarto trimestre qualquer titul~ de registo de instala~ao consumidora;
decada ano. f) Informa~ao relativa ao mes precedente sobre as
3. Para efeitos da aplica~ao do numero 1, os elementos a quantidades recebidas para armazenagem, por produto,
considerar para o ca.Iculo das margens, devem ser de acordo com e descriminadas por destino, para o mercado nacional
os elementos tecnicos, econ6micos e financeiros memos inerentes e transito, por parte de qualquer distribuidora com
a actividades de distribui~ao e retalho, aplicados pelas empresas infra-estrutura de armazenagem e titular de licen~a
selecionadas no Pafs. de armazenagem;
4. 0 diferencial de transporte, e determinado tendo em conta g) Informa~ao relativa ao mes precedente sobre as
elementos indicativos dos custos e rentabilidade das actividades quantidades transitadas no territ6rio nacional, por parte
respectivas. de qualquer titular de registo de agente transitario de
5. Para efeitos de aplica~ao do disposto no nllmero 4 sao produtos petroliferos, descriminadas em:
considerados os seguintes factores: i. Tipo de produto petrolifero;
a) A variayao das taxas de cambio, da infia~ao e dos pr~s ii. Quantidades transitadas por produto;
agregados; iii. Pafs destinatario do produto transitado.
b) A v~ dos volumes de comercializa~o; iv. Os stocks do produto em transito no Pafs de todos
c) 0 pr~o de venda do gas6leo. os proprietarios por si representados.
5238 I SERlE- NUMERO 22:

h) lnforma~ao relativa ao mes precedente, para qualquer 2. Sem prejufzo do n11mero anterior, as distribuidoras deven
titular de licen~a de produ~ao, descriminadas em: manter em dep6sito, em territ6rio nacional, reservas operacionai
i. Crude e produtos petrolfferos importados como de cada urn dos produtos petroHferos do seu comercio.
materia prima por origem; 3. Distribuidora participada pelo Estado deve assegurar .
ii. Produtos petroliferas fomecidos ao mercado intemo; disponibilidade de armazenagem em todas as capitais provinciai~
ii i. Quantidades exportados por produto; para permitir a constitui~ao de reservas e o estabelecimento de
iv. Pais destinatari.o do produto petrolifero exportado. sistema de preyos unificado nacional com o recurso aos fundo
i) lnforma~ao relativa ao roes precedente sobre as de desenvolvimento de infra-estruturas.
quantidades de produtos petroliferas exportados,
ARTIGO 79
por parte de qualquer titular de licenya de
exporta~ao. (Condl~6es)

J) Uma informa~ao relativa ao roes precedente sobre as 1. Os navios com produtos petroliferas destinados ao mercade
quantidades transportadas, por parte de qualquer titular intemo tern prioridade de atracayao nao se submetendo aorden
de registo de transporte. de chegada nos portos nacionais.
k) Os elementos de custos operacionais e investimentos 2. Nao se consideram em dep6sito, para o efeito do disposto ne
referentes ao ano precedente, acompanhados de uma artigo anterior, os produtos em consigna~ao, nero os que estiveren
c6pia do respectivo relat6rio de contas auditado por distribuidos pelo Pais para venda a retalho, mas somente o:
uma entidade independente, por parte de qualquer produtos bombaveis que se encontrem nos dep6sitos registado.
distribuid ora e da Operadora de Aquisiyoes de no Ministerio que superintende a area de Energia para efeito de
Combustfveis Lfquidos (IMOPETRO , Lda.), constitui~ao de reservas, devendo essa reserva estar em regime
destinados a apoiar a determinayao da margem do alfandegano de direitos suspensos.
distribuidor e comissao de serviyos respectivas, nos
termos do presente Regulamento, ate 30 de Junho de ARnao80
cada ano;
(Utlllza~io e flscallza9fjo das reservas permanentes)
1) Informa~oes de custos operacionais e de investimentos,
acompanhados pelos respectivos documento s 1. As reservas permanentes devem ser utilizadas nos termo:
comprovativos, por parte de qualquer retalhista, de pianos de abastecimento em situayao de crise, aprovados pel<
transportador, armazenista, ou produtor de produtos Conselho de Ministros sob proposta do Ministro que superintendc
petroliferas, sempre que para tal forem solicitados; a area da Energia.
m) Apresenta~ao do resultado de contas por segmento de 2. A fiscalizayao da constituiyao e manuten~ao de reserva:
actividades; permanentes e da competencia do Ministerio que superintendc
n) Qualquer outra informa~ao solicitada. a area da Energia.
2. Para alem da informayao referida no m1mero anterior, 3. A entidade inspectiva deve ter acesso, sem restriy6es, ;
o Ministerio que superintende a area de Energia e Direcy6es quaisquer instalay6es petroliferas para efeito de cumpriment<
Provinciais podem solicitar outros detalhes que se julgarem do disposto no n11mero 2.
necessanos.
3. Sem prejufzo do previsto nas alineas anteriores, a ARENE ARTIGO 81
deve fomecer ao Ministerio que superintende a area de Energia (Monltorlza~io da seguran~a do abasteclmento)
informayao diaria dos pre~os internacionais do petr6leo e
seus derivados e informa~ao mensa! de quotas de mercado 1. Compete ao Ministerio que superintende a area da Energia
por localizayao, produto e area de neg6cio com o objectivo de a monitorizayao da seguranya do abastecimento de produto:
transparencia e provisao de informayao util ao mercado. petroliferos.
2. Para efeitos do numero anterior deve, nomeadamente:
4. Compete ao Ministro que superintende a area da Energia
estabelecer, por Diploma Ministerial, os modelos e procedimentos a) Acompanhar as condiy6es de aprovisionamento do Pai:
de recolha de informa~ao estatfstica a que se refere o numero 1. em produtos petrolfferos, em funyao das necessidade:
futuras do consumo;
SEC<;AOill b) Acompanhar o desenvolvimento e a utilizayao da:
capacidades de refina~ao, armazenamento, transporte
Seguranya do Abastecimento
distribuiyao e comercializayao de produtos petroliferas
ARnao78 3. As empresas licenciadas devem apresentar ao Ministeric
(Constltul9fjo de reservas permanentes e operaclonals) que superintende a area da Energia, uma proposta de relat6ric
de monitoriza~ao, indicando, tambem, as medidas adoptadas t
l. As distribuidoras devem manter em dep6sito, em territ6rio
a adoptar, tendo em vista reforyar a seguranya de abastecimentc
nacional nomeadamente numa instala~ao oceanica de cada regiao
do mercado.
onde operem, uma reserva permanente, por cada urn dos produtos
petroliferas a seguir indicados: ARnao82
a) Nao inferior a 6% das quantidades bombaveis que hajam
(Constltul~io das reservas estrateglcas)
adquirido para comercializa~ao e consumo pr6prio
nos 12 meses precedentes, no caso das gasolinas auto, 1. A constituiyao das reservas estrategicas e aprovada pelc
gasolinas de aviayao, petr6leo de aviayao, petr6leo de Conselho de Ministros, sob proposta do Ministro que superintendt
ilumina~ao, gas6leo e 6leos combustfveis; a area de Energia.
b) Nao inferior a 3% das quantidades bombaveis que hajam 2. A gestao do financiamento e operayao das infra-estruturru
adquirido para comercializa~ao e consumo pr6prio nos de armazenagem para efeitos de constituiyao das reserva!
12 meses precedentes, nos casos dos gases de petr6leo estrategicas e da competencia da empresa nacional da area dt
liquefeito (GPL). combustfveis.
------------------
18 DE NOVEMBRO DE 2019 5239

3. As reservas estrategicas devem ser utilizadas nos termos CAPiTULO VI


aprovados pelo Conselho de Ministros sob proposta do Ministro
Seguran~a do Fornecimento
que superintende a area da Energia.
4. 0 financiamento das reservas estrategicas eo financiamento SEC<;:AOI
das respectivas infra-estruturas deve ser feito atraves da estrutura Seguranca Tecnica das lnstalacoes
de pre~os de combustiveis. ARTIGO 84
5. 0 mecanismo de gestao da armazenagem das reservas
estrategicas deve ser definido por Diploma Ministerial conjunto (Obras de constru~iio de lnstala~oes e equlpamentos)
dos Ministros que superintende as areas de Energia e Finan~as. 1. A constru~ao, altera~ao ou arnplia~ao de ins tala~oes e
equipamentos petrollferos, incluindo nos postos de abastecimento
ARTIGO 83 de combustfveis lfquidos e dentro dos recintos dos consumidores
(Garantla de abastecimento) deve obedecer aregulamenta~ao e normas tecnicas aplicaveis.
2. Compete ao Ministro que superintende a area da Energia
1. Compete ao Ministro que superintende a area da Energia, aprovar a regulamenta~ao tecnica de seguran~a relativa a
sem prejuizo dos mecanismos de mercado, promover as condi~6es constru~ao, modifica~ao e opera~ao das instala~6es petroliferas.
destinadas a garantir o abastecimento de produtos petroliferos em
todo o territ6rio nacional. ARTIGO 85
2. Para efeitos do nfunero anterior, o Ministro que superintende (Cessa~ao de actividade por inutilidade superveniente
a area da Energia pode impor obriga~6es de abastecimento de de instala~Oes petroliferas)
combustiveis, incluindo aquisi~ao de produtos petroliferos pelo
retalhista junto de qualquer outra distribuidora devidamente 1. No caso de cessay1io da explora~ao por inutilidade das
instala~6e s objecto de registo, confirmada pela entidade
licenciada, independentemente de vincu la~ao contratual, nos
termos a definir por Despacho Ministerial. licenciadora, estas devem ser removidas e os locais respectivos
devem ser repostos em co ndi~6es que garantam a seguran~a
3. Sempre que se verifique uma redu~ao da actividade ou da
das pessoas e do ambiente, a expensas do titular do registo de
capacidade operacional superior a 10% por produto petrolifero,
explora~ao da instala~ao respectiva.
suspensao da actividade ou encerramento da instala~ao, o 2. 0 proprietario da instala~ao que nao fizer uso da mesma
proprietario da instala~ao afectada deve comunicar por escrito a por inutilidade, por urn perfodo de 180 (cento e oitenta) dias
entidade licenciadora, no prazo de 48 (horas) sobre a verifica~ao consecutivos deve remove-la mediante autoriza~ao do Ministro
da redu~ao , suspensao ou encerrarnento, indicando as raz6es que superintende a area da Energia.
que a ditaram. 3. A rem~ao da instala~ao pelo seu proprietario, do modo
4. Analisada a validade dos fundamentos apresentados para a aprovado pela entidade licenciadora, deve ocorrer no prazo de 12
redu~ao, suspensao ou encerramento, o Ministro que superintende (doze) meses sobre a data da autoriza~ao da remo~ao.
a area da Energia, constatando que a manuten~ao da situa~ao 4. No caso de incumprimento do disposto no numero anterior,
possa restringir de forma relevante o abastecimento de produtos OS Ministros que superintendem a area da Energia e do Mar e
petrollferos deve: Aguas Interiores devem, efectuar as diligencias necessarias para
a) Ordenar ao proprietario que tome as medidas necessarias assegurar o cumprimento desta obriga~ao correndo os custos da
para que no prazo a estabelecer, -erie as necessarias rem~ao as expensas do titular do registo da instala~iio petrolffera

condi~6es para a repor a situa~ao de operacionalidade; em causa, ou do proprietario do bern imobiliario onde esta se
b) Ordenar, em casos de suspensao ou encerramento nao
situe, quando aplicavel.
5. Para efeitos do estipulado no numero anterior, ou no caso
justificados, a imediata retoma da actividade suspensa
de venda ou aliena~ao das instala~6es objecto de urn registo, no
ou encerrada, sob pena de revoga~ao ou suspensao
todo ou em parte, 0 titular deve entregar aentidade licenciadora
da licen~a; a respectiva informa~ao, anexando a c6pia do registo ou registos
c) Atribuir a gestao da instala~ao a uma terceira entidade relevantes, para decisao.
que possa garantir o seu normal funcionamento pelo
perfodo, nos termos e condi~6es a fixar por despacho ARTIGO 86
do Ministro que superintende a area da Energia.
(Trabalhos de tecnlcos petroliferos llcenclados)
5. As distribuidoras devem submeter aaprova~ao do Ministro
que superintende a area da Energia, os modelos de contratos de Apenas os tecnicos petrolfferos licenciados podem construir
fomecimento com os retalhistas. ou modificar instala~6es petrolfferas ou permitir a execu~ao de
6. Os modelos de contratos de fomecimento com os retalhistas tais trabalhos, be.m como assinar projectos tecnicos de construyao
em postos de abastecimento de combustiveis devem incluir dentre ou modifica~ao de tais instala~oes, salvo se:
outros, os seguintes termos: a) Tais trabalhos ou projectos nao necessitarem dos
a) Dura~ao minima de 24 meses; conhecimentos de urn tecnico petrolifero licenciado;
b) As pessoas que executam tais trabalhos estiverem sob a
b) Obriga~ao de manuten~ao dos equipamentos;
supervisao directa de urn tecnico petrolifero licenciado
c) Obriga~ao de entrega de combustive! nas instala~6es
que esteja presente no momento em que sao executados
do retalhista;
esses trabalhos.
d) Garantias de fomecimento e abastecimento.
7. Compete ao Ministro que superintende a area da Energia, ARnGO 87
ouvida a ARENE, a Associa~ao das Empresas Distribuidoras e (Licenclamento de tecnlcos petroliferos)
a Associa91io dos Retalhistas aprovar os modelos de contratos.
8. As distribuidoras devem celebrar contratos de fomecimento Compete ao Ministro que superintende a area da Energia,
de produtos perolfferos com os titulares de registo de instala~ao aprovar, por Diploma Ministerial os procedimentos de
consumidora, nos termos acordados entre as partes em licenciamento, modelo, prazo de validade e classes de licen~as
conformidade com a legisla~ao sobre a materia. de tecnico petrolifero.
5240 I SERlE - N0MERO 222

ARTIGO 88 6. A comercializa~ao das garrafas de GPL cheias devem estar


(Responsabllidade de empreltelros e empregadores)
devidamente seladas por urn selo hermeticamente aplicado ou
qualquer outro processo cuja viola~ao pressuponha destrui~iio
Qualquer e mpregador ou empreiteiro que trabalhe na domesmo.
constru~ao, modifica~ao ou realiza~ao de testes a instala~oes e 7. A comercializa~ao de qualquer garrafa de GPL deve ser
equipamentos petrolfferos deve tomar as medidas necessarias sempre acompanhada de instru~5es de seguran~a no que tange
para que os seus empregados ou sub-empreiteiros se conformem ao manuseamento do GPL.
com o disposto do presente Regulamento no exercfcio das suas 8. As especifica~oes das garrafas de GPL e acess6rios
fun~oes ou execu~ao dos seus contratos. comercializados no territ6rio nacional, sao aprovadas pelo
Ministro que superintende a area de Energia, sob proposta das
ARTIGO 89 distribuidoras, tomando como base as normas em vigor no Pais.
(lnspec~oos Tecnlcas)
ARTIGO 91
1. As instala~oes e equipamentos petrolfferos devem ser
(Derrames de petr61eo)
objecto de inspec~ ii.o peri6dica quinquenal ou noutro periodo
que seja estabelecido numa norma tecnica aplicavel ou por 1. E interdito causar ou permitir, directa ou indirectamente o
recomenda~ao do fabricante, por urn tecnico petrolifero licenciado derrame de urn produto petroHfero, de uma instala~ao petrolffera.
com a especializa~ao apropriada para o exercicio desta actividade, 2. 0 titular de uma licen~a. registo, ou qualquer outra pessoa
custeada pelo proprietario respectivo, destinada a verificar a encarregue do controlo de actividades relacionadas com quaisquer
conformidade da instala~ao com os regulamentos e normas produtos petrolfferos ou petr6leo, deve imediatamente ap6s a
tecnicas aplicaveis. ocorrencia de urn derrame de petr6leo:
2. Verificando-se a conformidade da instala~ao deve ser a) informar por escrito aos Ministros que superintendem
emitido por urn tecnico petrolffero licenciado urn certificado a as areas da Energia, do Ambiente e do Mar e Aguas
ser apresentado a entidade Licenciadora. lnteriores de tal ocorrencia, indicando:
3. Caso se verifique deficiencia na instala~ao petrolffera, o i. 0 produto ou produtos envolvidos;
tecnico petrolffero que efectua a inspec~ao pode conceder urn ii. As caracteristicas das instala~oes e equipamentos
prazo para sua correc~ii.o, comunicando o facto, por escrito, a envolvidos;
entidade licenciadora. iii. A data e hora da ocorrencia;
4. Os certificados referidos neste artigo sao vat idos por cinco iv. A data e hora em que foi detectada;
anos e devem ser renovados obrigatoriamente ate 30 (trinta) dias v. As caracterfsticas e condi~ao em que se deu tal
antes do seu termino. ocorrencia;
5. A nii.o apresenta~ii.o do certificado de inspec~ii.o referido vi. As medidas imediatas tomadas ap6s a detec~ao de
nos nlimeros a.,teriores constitui motivo para o encerramento derrame de petr6leo;
temporario da instala~ao, ate a apresenta~ao do mesmo. vii. Outros detalhes considerados importantes.
6. 0 disposto neste artigo nao prejudica a realiza~ao de outros b) Deve tomar as medidas que forem necessarias err
procedimentos tecnicos relativos a instala~oes petroliferas, conformidade com as boas praticas da iodu st ri ~
previstos em legisla~ii.o especffica. petrolifera ou que forem consideradas necessarias par~
7. Sem prejuizo do disposto no numero 1 do presente artigo, limpeza de tal derrame de petr6leo.
as entidades licenciadas ficam obrigadas a permitir que a 3. Caso qualquer pessoa mencionada no nlimero anterior na<
entidade inspectiva tenha o livre acesso as suas in stala~5es e tome imediatamente as medidas referidas na alfnea b) do present(
equipamentos petroliferas, e fornecer-lhes os documentos que artigo, o Ministro que superintende a area da Energia pode ordena;
sejam requisitados e devem incluir os relativos ao movimento por escrito, a tal pessoa para tomar as medidas necessarias par~
dos produtos e existencias. lim par o derrarne de petr6leo no prazo indicado em tal despacho
tendo em conta as circunstancias especfficas.
ARTIGO 90 4. No caso de a pessoa mencionada no numero anterio
(Revall da~iio das Garrafas de GPL) nao tomar as medidas indicadas no prazo dado ou outro praz<
adicional que o Ministro que superintende a area da Energia pos s~
1. Os ci lindros destinados para o enchimento do GPL, antes
atribuir, consideradas as circunstlincias especfficas, o Ministro que
de entrarem para o mercado de vern apresentar os certificados do
superintende a area da Energia deve tomar as medidas necessaria
fabricante ou agente de revalida~ao, assim como as caracteristicas
para que o derrame de petr6leo seja limpo e para recuperar a
dos mesmos de acordo com a especifica~ao do produto a
despesas ou custos incorridos com tallimpeza.
manu sear.
2. A inspec~ao tecnica para a revalida~ao dos cilindros, tern SEC<;AOll
urn prazo de validade de seis anos.
3. Ap6s a sua inspec~ao e revalida~ao, os cilindros devem Controlo das Caracterlsticas dos Produtos Petroliferas
ostentar a data da ultima inspec~ao, devendo OS certificados ARnao92
ser passados pelo tecnico petrolifero, ao abrigo do artigo 89 do
(Especlfica~Oe5)
presente Regulamento.
4. A Distribuidora deve retirar da circul~o as garrafas de GPL 1. Os produtos petrolfferos destinados a distribui~lio Dt
que tenham atingido o seu tempo de vida util estabelecido pelo territ6rio nacional devem obedecer as especifica~ tecnica
fabricante ou nao tenha sido aprovado no processo de revalida~o. apropriadas com uma marca~ao para identifica~o apropriad
5. As garrafas referidas no numero anterior devem (ver o diploma ministerial sobre a marca~lio de combustfveis
imediatamente ser substituidas por outras que estejam ainda tendo em conta criterios de eficiencia tecnica e econ6mica e ,
dentro do seu tempo de vida util. defesa do meio ambiente.
18 DE NOVEMBRO DE 2019 5241

2. 0 Ministro que superintende a area da Energia pode g) 7.000,00 MT (sete mil meticais) a falta ou inexatidii.o no
autorizar para qualquer produto, a derroga9li0 em rela9ii.o a uma fomecimento de informayii.o estatfstica;
ou mais especificay5es visadas no numero 1 deste artigo, no caso h) 500.000,00 MT (quinhentos mil meticais) a viciaylio dos
de situa96es d~ ruptura iminente de abasteeimento ao mercado procedimentos de concurso publico;
nacional do produto respecti vo, nas condi96es limites e pelo prazo i) 150.000,00 MT (cento e cinquenta mil meticais) por
maximo que deterrninar. metro cubico da capacidade total da armazenagem
do posto de abastecimento, ao titular da licenya de
ARnoo93 retalho que olio tenha o contrato de fomecimento
(Sistema de controlo das caracterrstlcas dos produtos com a distribuidora e encerramento da instalayii.o ate
petrolrferos) a regularizayii.o da situaylio;
;) 100.000,00 MT (cern mil meticais) por metro cubico
1. 0 controlo das caracteristicas dos produtos petroliferos da capacidade total da armazenagem da instalayii.o
comercializados em territ6rio nacional deve ser efectuado atraves de con sumo, ao titular de registo de instalayii.o
de urn sistema que permita a verificaylio sistematica ~s produtos consurnidora que nii.o tenha o contrato de fomecirnento
petrolfferos em todos os estagios de comercializa~ao, mas com a distribuidora e encerrarnento da instalayii.o ate i
principalmente nos postos de abastecimento, atraves ~ amostras a regularizayii.o da situaylio;
obtidas com suficiente frequencia e que sejarn representativas do k) 100.000,00 MT (cern mil meticais) por metro cubico
produto examinado e do territ6rio nacional. . da capacidade total da armazenagem da instalayii.o
2. 0 Ministro que superintende a area da Energia d'ev e definir de consumo, ao titular de registo de instalayii.o
o mecanismo de controlo das caracterfsticas dos produtos consumidora que seja fomecido produtos petrolfferos
petroliferos acima referido. por mais de uma distribuidora;
3. 0 Ministro que superintende a area da Energia deve definir l) 150.000,00 MT (cento e cinquenta mil meticais) por
os procedimentos de marcayii.o e testes para o controlo de metro cubico da capacidade total da armazenage m do
adultera9ii.o de combustfveis. posto de abastecimento, ao titular da licen9a de retalho
4. A Operadora de Aquisiy<>es de Combustfveis Lfquidos e as que seja fomecido produtos petroliferos por mais de
distribuidoras devem manter conservadas por urn periodo minimo uma distribuidora e encerramento da instalayii.o ate a
de 180 (cento e oitenta) dias arnostras do produto recebido e regularizayii.o da situayii.o;
armazenado e bern assim os comprovativos das caracteristicas m) 100.000,00 MT (cern mil meticais) por metro cubico
do mesmo, emitidos por laborat6rios acreditados ou por outras da capacidade total da armazenagem da instalayii.O
entidades reconhecidas por entidades competentes. de t:onsumo, ao titular de registo de instalayii.o
consumidora que exerya a actividade de venda de
cAPTfuLovn produtos petroliferos;
lnfrac96es e Penas n) 200.000,00 MT (duzentos mil meticais) por metro cubico
ARTIGO 94 da cap acidade total da armazenagem da instalayii.o
da distribuidora, ao titular da licenya de distribuiyii.o
(lnfrac~6es) que nii.o tenha contrato de fomecimento com o titular
1. Sem prejufzo da aplicayii.o de outras sanyOes nos termos da de licen9a de retalho no posto de abastecimento de
lei aplicavel, sao consideradas infracy5es puniveis com multa: combustfveis;
o) 150.000,00 MT (cento e cinquenta mil meticais) por
a) 85.000,00 MT (oitenta e cinco mil meticais) por metro
metro cubico da capacidade total da arrnazenagem
cubico da capacidade total da armazenagem da
da instalayii.o da distribuidora, ao titular da licenya de
instalayao, a venda de produtos petroliferos fora das
distribuiyii.o que nii.o tenha contrato de fomecirnento
especificay6es, acrescido do custo de recuperayii.o dos
com o titular de registo de instalayii.O consumidora;
mesmos, vigente no mercado;
p ) 20.000,00 MT (vinte mil meticais) a inexistencia de
b) 15.000,00 MT (quinze mil meticais) por metro cubico
amostras e docurnentos a que se refere o nfunero 4
da capacidade total da armazenagem da instalayii.o
do artigo 93;
e apreensii.o do produto, a venda de produtos
q) 55.000.000,00 MT (cinquenta e cinco mil meticais)
petroliferos sem a devida licenya; acrescido do custo
pela violayao do disposto no artigo 38 do presente
de recuperaylio dos mesmos, vigente no mercado, caso
Regulamento;
o mesmo esteja fora das especificay6es ou adulterado;
r) 15.000,00 MT (quinze mil meticais) por metro cubico
c) 70.000,00 MT (setenta mil meticais) por metro cubico
de produto, a de~ii.o de reservas permanentes em
do produto, e apreensao do mesmo, a importaylio/
quantidades inferiores as previstas no artigo 78 do
reexportaylio de produtos petrolfferos sem a devida
presente Regulamento;
licenya; s) 20.000,00 MT (vinte mil meticais) por metro cubico da
d) 500.000,00 MT (quinhentos mil meticais) por metro cisterna do meio de transporte, o transporte de produtos
cubico e apreensao do produto, o exercfcio de petroliferos sem o devido registo;
actividade de transito de produtos petroliferas pelo t) 25.000,00 MT (vinte cinco mil meticais) por metro cubico
agente transitario sem o devido registo e autorizayii.o da cisterna do meio de transporte, o transporte de
pelas entidades competentes; produtos petroliferos sem a devida licenya;
e) 10.000.000,00 Mt (dez mil meticais) por incumprimento u) 200.000,00 MT (duzentos meticais) por metro cubico
do disposto no 0° 2 do artigo 91; do produto, o exercfcio de actividade de armazenagem
f) 7.000,00 MT (sete mil meticais) por metro cubico sem a devida licenya;
da capacidade armazenagem in~>talada. a venda de v) 50.000,00 MT (cinquenta mil meticais) por metro
produtos petrolfferos a urn p~ diferente do fixado cubico do produto, a venda de produtos petrolfferos
nos termos do regularnento; na ~o destinada ao consurno proprio;
5242 I SERlE- N0MERO 22:

w) 20.000.00 MT (vinte mil meticais) por metro cubico da jj) Interdi~ao de carregamento de produtos petrolifero
capacidade total da instala~ao, a falta de conserva~ao nos terrninais de distribui~ao as empresas titulare
das amostras na instala~ao no ambito do controlo de de licen~a de distribui~ao que nao tenham canalizadt
qualidade dos produtos petrolfferos; as receitas resultantes dos servi~os de marca~ao '
· x) 50.000.00 MT (cinquenta mil meticais) por metro cubico controlo de adultera~o, e controlo de qualidade d'
da capacidade total da instala~ao, a nao realiza~ao dos produtos petroliferos ao Ministerio que superintencL
testes de Controlo de Qualidade de combustiveis pelo a area de Eenergia ate que seja regularizada a situ~ao
distribuidor;
2. Nos casos em que a entidade detentora da licen~a d1
y) 5.000,00 MT (cinco mil meticais) por cilindro de GPL por
distribui~ao nao disponha de instal¢s de armazenagem pr6pria
nao realiza~ao de inspe~o tecnica pela distribuidora;
z) 50.000.00 MT (cinquenta mil meticais) por metro cubico a capacidade total de arrnazenagem da instala~ao referida ne
da capacidade total da instala~ao, a nao realiza~ao numero anterior deve ser considerada aquela pertencente i
dos testes de Controlo de Qualidade de produtos entidade com que tenha celebrado o contrato de armazenem de
petrolfferos pelo retalhista no posto de abastecimento seu produto.
de combustiveis; 3. Para efeitos de aplica~ao do numero anterior, a capacidacL
aa) 90.000,00 MT (noventa mil meticais) por metro cubico total de armazenagem da instala~o. deve-se considerar aquel:
da capacidade total da armazenagem da instala~ao, a que e corresponde a instal~ao a partir da qual tenha sido feito e
venda de produtos petrolfferos adulterados; fomecimento do produto petrolifero em causa.
bb) 50.000, MT (cinquenta mil meticais) por metro cubico 4. Se a distribuidora que nao detem instala~oes pr6prias dt
da capacidade total de armazenagem a recusa do acesso armazenagem, armazenar o produto em diferentes instala~Oes de
da entidade licenciadora OU inspectiva, as instala~OeS terceiros com quem mantem o vinculo contratual de armazenagem
para efeitos de monitoria ou ins~ao e encerramento considera-se para efeitos de aplica~ao do n6mero 1 do presentt
da instala~ao ate a regulariza~ao da situa~ao; artigo, a capacidade total de armazenagem da instala~ao , a som:
cc) 60.000.000,00 MT (sessenta rnilh5es de meticais), o das capacidades de armazenagem das instala~s de terceiros.
abastecimento de produtos petrolfferos as plataformas, 5. 0 proprietario dos produtos petroliferos referidos nas ali
navios e equipamento de explora~ao de recursos neas a) e z) do n6mero 1 deve proceder a recupera~ao dos mesmo:
naturais por entidades nao licenciadas e nao autorizadas no prazo de 7 dias do calendiirio, findo este prazo sem que o:
a realizar o referido abastecimento no espa~o maritimo produtos tenham sido recuperados, a licen~:t sera suspensa ate 1
e aguas interiores; regulariza~ao da situa~ao. ·
dd) 80.000.000,00 MT (oitenta milhoes de meticais), 6. 0 proprietario do camiao cisterna ou meio de transportc
a aquisi~ao de produtos petrolfferas por empresas referido na alfnea r) do n6mero 1 tera o prazo estabelecido n<
detentoras de plataformas, navios e equipamento de n6mero 2 do artigo 12 para regularizar a situa~ao do meio de
explora~ao de recursos naturais a partir de entidades
transporte findo este prazo o mesmo revertera a favor do Estado
nao licenciadas; 7. As multas referidas no numero 1 devern ser aplicadas po1
ee) As distribuidoras inadimplentes sao responsaveis pelos levantamento de auto de noticia pelo Entidade lnspectiva e pagru
custos adicionais de sobrestadia por falta, atraso ou nas Reparti~oes de Finan~as competentes ate ao fim do me1
outros factos imputaveis as distribuidoras do processo imediatamente a seguir.
de ernissao de garantias ou outros instrumentos de 8. Compete ainda a Entidade Inspectiva dos recursos minerai!
cobertura necessiirios para importa~ao de produtos e energia em coordena~ao com a Autoridade Tributaria (
petroliferos; Autoridade de Seguran~ e Pro~ao Maritimas:
.ff) Em virtude do incumprimento por parte de determinada a) Caso tenha conhecimento de que uma determinad~
Distribuidora, nos termos referidos na alfnea anterior, entidade esteja envolvida na explora~ao de urn~
os produtos petroliferos inicialmente reservados por instala~ao petrolffera sem que tenha obtido ~
esta, podem ser adquiridos por outras Distribuidoras, necessaria licen~a para o efeito, notifica-la p01
mediante pagamento previo do respectivo pr~o ou escrito ordenando a cessa~ao imediata do exercfcic
apresenta~o da cobertura de cr6dito; da actividade desenvolvida e o pagamento da mulu
gg) Os custos com as sobrestadias resultantes da ineficiencia respectiva, podendo, no entanto, e caso tal se justifiquE
das empresas distribuidoras elou entidade responsavel com fundamento no interesse publico, perrnitir a
pelo manuseamento do produto devem ser imputados continua~ao do exercfcio da actividade por urn tempe
a estas entidades e nao serao cobertos pela estrutura deterrninado, no qual a entidade em causa pode obteJ
dep~os;
a respectiva licen~a;
hh) 200.000,00MT (duzentos mil meticais) por metro b) Caso tenha conhecimento de que uma deterrninada
cubico de capacidade total de armazenagem do camiao entidade esteja a desenvolver a sua actividade em
contraven~o a licen~ emitida ou aos regulamentm
cisterna ou meio de transporte nao registadollicenciado
ou normas aplicaveis, notifica-la para, num prazo
para o efeito, ou que esteja a transportar produtos
determinado, regularizar a si~o;
petroliferos ilegal/contrabandeado e apreensao do c) Em coordena~ao com as Autoridades Locais da area de
produto petrolifero e do meio de transporte usado; jurisdi~ao, embargar a constru~ao de uma instala~ao
ii) Interdi~ao de carregamento de produtos petroliferos petrolffera sem a devida autoriza~ao da entidade
nos terminais de distribui~ao as empresas titulares licenciadora para o exercfcio da actividade; e
de licen~ de distribui~ao que nao tenham canalizado d) A instru~iio dos correspondentes processos .com vista
as receitas resultantes da manuten~ao das reservas a aplicarem san~oes pelas Infrac~Oes cometidas
permanentes e custo de infra-estruturas ao Minist6rio por qualquer pessoa envolvida numa actividade
que superintende a area de Energia ate que seja em contraven~ao com o prescrito no presente
regularize a si~ao; Regulamento.
18 DE NOVEMBRO DE 2019 5243

AR.nao 95 CAPfTuLovm
(Penas) Dlsposl~6es Finals e Translt6rlas
A viola~ao· das disposi~oes do presente Regulamento e AR.nao100
consoante a gravidade e passfvel de puni~o nos termos seguintes: (Direltos Adqulrldos)
a) Advertencia;
1. As pessoas singulares e colectivas que exer~am. a data
b) Multa; de entrada em vigor do presente Regulamento, as actividades
c) Apreensiio do produto petrolifero; mencionadas no artigo 14, devem apresentar num prazo de 180
d) Confisco do equipamento e meios utilizados; (cento e oitenta) dias, a contar da data de entrada em vigor do
e) Suspenslio da actividade; presente Regulamento, o requerimento a que se refere o artigo
f) Revoga~iio da licen~a ou autoriza~lio. 16 do presente Regulamento.
2. 0 requerimento referido no numero anterior, deve ser
AR.nao96 acompanhado de c6pias autenticadas das autoriza~oos anteriores
(Compet6ncla para Apllca~o das Penas) ou de licenciamento.
3. As distribuidoras a operar no pafs a data de entrada em
Sem prejuizo das competencias atribufdas a outras entidades, vigor do presente Regulamento, devem registar, no prazo de ate
compete: 90 (noventa) dias, junto do Ministerio que superintende a area
a) Ao Ministro que superintende a area de Energia a de Energia, as instala~oos de armazenagem e dep6sitos, para
aplica~lio de penas de suspenslio da actividade e constitui~o de reservas pennanentes, referidas no artigo 78, com
revoga~lio da Licen~a de Produ~iio; os detalhes que lhes forem solicitados.
b) A entidade licenciadora ao nfvel central da area de 4. Findo o prazo referido no numero anterior, sem a devida
combustfveis a revoga~lio da licen~a previstas no regulariza~iio dos direitos adquiridos, os mesmos passam a ser

nfunero 1 do artigo 14 do presente Regulamento; regidos pelo presente Regulamento.


c) A entidade licenciadora a nfve1local responsavel pela
area da energia a aplica~ao de pena de revoga~ao de
Licen~ por elas emitidas, para a acti vi dade de retalho
em postos de abastecimento de combustfveis; Anexo I
d) A entidade licenciadora a nfvel local, nas respectivas
areas de jurisdi~iio, a aplica~ao de pen a de revoga~iio Glossario
da Licen~a por elas emitidas, para a actividade de
retalho em postos de revenda; e Para efeitos do presente Decreto, entende-se por:
e) A entidade inspectiva para a area de combustfveis a a) Adultera~o- adi~o de qualquer produto nao autorizado
aplica~o de penas de advertencia, multa, apreensao de a urn produto petrolifero que tenha sido marcado, e que
produtos, confisco de equipamento e meios utilizados altere a concentra~iio do marcador estabelecido pelas
e suspensiio temporaria de actividade. entidades competentes;
b) Aguas Interiores - tern o significado constante da lei
ARTIGO 97
aplicavel;
(Relncldencla) c) Agente transitario - Entidade responsavel pela
intennedia~lio do servi~o de transito intemacional ;
1. Em caso de reincidencia na viola~ao das disposi~oes do
d) Apropriado - de conformidade com os regulamentos e
presente Regulamento as multas referidas no artigo 94 serao
normas tecnicas aplicaveis;
agravadas para o dobro e cumulativamente a suspensao da
e) Annazenagem- eo dep6sito de quaisquer produtos
actividade por urn perfodo de 90 dias do calendario.
petrolfferos eo seu manuseamento, incluindo a rnistura,
2. Subsistindo a viola~iio das disposi~oes referidas no numero rece~o e expedi~lio, em instala~Oes compreendendo
anterior de acordo com a gravidade, sera revogada a licen~a e o
recipientes destinados a cooter os produtos, bern como
titular olio mais sera ilegfvel a obter outra licen~a.
equipamentos acess6rios e quaisquer sistemas de
AR.nao 98 tubagens conectadas, excluindo:
(Destlno das Multas)
i. As que se encontrem no recinto de uma instala~lio de
produ~lio e que sejam parte integrante do processo
A multa prevista no artigo 94 tern a seguinte distribui~iio: de produ~ao;
a) 40% para o Estado; ii. As que se destinem ao abastecimento directo a
b) 60% para o Ministerio que superintende a area equipamentos consumidores e vefculos ou que
de Energia. sejam parte de postos de abastecimento;
iii. As cisternas incorporadas em vefculos.
AR.nao 99
f) Baldeamento - Opera~oos de transferencia, incluindo
(Destlno do produto apreendldo) abastecimento de combustfveis, 6leos lubrificantes,
Se o produto apreendido estiver dentro das especifica~oos, gas natural liquefeito a embarca~s e plataformas
o mesmo deve ser distribufdo da seguinte forma: efectuadas a partir de embarca~o. carro-tanque ou
reservat6rio fixo em terra, bern como a transferencia
a) 40% para os 6rgaos Locais do Estado; de carga liquida, directamente, entre embarca~s ou
b) 60% para entidade licenciadora com jurisdi~iio sobre entre embarca~lio e carro-tanque ou entre embarca~lio
o Iugar onde tiver sido feita a apreensiio. e reservat6rio fixo em terra;
5244 I SERlE- N0MERO. 222

g) Biocombustiveis Puros - sao os combustfveis v) Exporta~ao - e a venda ao exterior de produtos


lfquidos produzidos a partir de produtos ou resfduos petroliferas produzidos localmente;
biodegradaveis provenientes da agricultura, incluindo w) Fornecedor- entidade aprovada em Concurso PUblico
substancias de origem vegetal ou animal, da silvicultura internacional com vista aquisi~ao de produtos
e das industrias conexas, ou da frac~ao biodegradavel petrolfferos no mercado intemacional ou nacional para
dos resfduos industriais e urbanos; o abastecimento ao pais;
h) Bunkering - ea actividade comercial de abastecimento x) Gas Natural Comprimido (GNC)- eo gas natural
de produtos petroliferas anavega~ao maritima, aerea, destinado ao uso como combustive! comprimido em
lacustre e fluvial, nacional ou intemacional; recipientes de alta pressao, tipicamente ate urna pressao
i) Carburantes - sao combustfveis destinados a serem de 250 bar, no estado gasoso, tambem designado
utilizados em qualquer tipo de motor nao estacionano; por Gas Natural Veicular (GNV) quando usado em
j) Certificado - e urn documento assinado por urn tecnico vefculos;
petrolffero licenciado, confirmando que uma instala~ao y) Instala~ao de Consumo Proprio - e urn sistema
petrolffera satisfaz os requisitos tecnkos de seguranya constitufdo por recipientes para combustfveis,
previ stos na regulamenta~ao e normas tecnicas tubagens e equipamentos conexos, incluindo quaisquer
aplicaveis; bombas, destinados ao abastecimen~o de combustfveis
k) Coer~o - e a molesta~ao ou a amea~a de molesta~ao, e.xclusivtpnente a equipamento de consumo pr6prio ou
directa ou indirecta, de pessoas ou sua propriedade, alugado ou a vefculos pr6prios ou alugados;
com o objectivo de infiuenciar a sua participa~ao z) lnstala~ao central de armazenagem - e qualquer
no concurso para o contrato em questao ou afectar a instala~ao oceanica, lacustre, fluvial ou terrestre
execu~ao do contrato; compreendendo tubagens e equipamentos acess6rios,
[) Combustiveis - sao OS produtos petroHferos destinados destinada ao descarregamento ou carregamento de
a serem utilizados atraves de combustii.o; combustfveis lfquidos e parques de GPL em garrafas,
m) Comportamento Corrupto - e a oferta, doa~ao, incluindo quaisquer condutas auxiliares a ela ligadas;
rece p~ao ou solic ita~ao de algo de valor para e exclusivamente ao abastecimento de produtos
influenciar o acto de urn funcionario publico no petroliferas a retalhistas titulares de licen~a de retalho
procedimento do licenciamento, registo, contrata~ao em postos de abastecimento, postos de revenda e a
ou execu~ao do contrato; titulares de registo de instala~ao consumidora, fora
n) Comportamento Fraudulento - e a deturpa~ao das cidades onde se localizam os locais referidos no
ou omissao de factos, a fim de influenciar urn artigo 60 do presente Regulamento;
procedimento de licenciamento, registo, contrata~ao aa) Instala~Oes Petroliferas - sao sistemas integrados e
ou execu~ao do contrato em prejuizo do Estado; funcionais de instala~oes e equipamentos destinados
o) Conluio- e a combina~o entre dois ou mais concorrentes, arece~ao, produ~ao, armazenagem, processamento,
com ou sem o conhecimento de representantes da mistura, expedi~ao, dep6sito, transporte ou
Operadora de Aquisi~5es de Combustfveis Lfquidos abastecimento aos consumidores, de produtos
(IMOPETRO, Lda.) ou da Comissao de Aquisi~ao de petrol!feros e petr6leo, excluindo as in stala~oes
Combustfveis Lfquidos (CACL), com o objectivo de utilizadas em opera~oes petroliferas de acordo com a
estabelecer os pr~s das propostas a urn nivel artificial Lei n. 0 2112014, de 18 de Agosto;
nao competitivo; bb) Licen~ - e uma autoriza~ao ernitida pela entidade
p) Controlo de qualidade de produtos petroliferos - licenciadora, que confere ao titular a faculdade de,
e o processo da verifica~ao da conformidade das em conforrnidade com este Regulamento, exercer
especifica~oes dos produtos petrolfferos no acto determinadas actividades relacionadas com produtos
da importa~ao, distribui~ao e comercializa~ao dos petroliferas;
mesmos. cc) Licenciamento- eo conjunto de procedimentos e
q) Derrame de Petr6leo - e urn despejo voluntario ou diligencias necessanos a tomada de decisao sobre
nao de urn produto petrolifero de mais de 200 litros urn pedido de uma licen~a ou registo, praticados
duma s6 vez; pela entidade licenciadora e com participa~ao do
r) Distribui~o - e o exercfcio integrado da importa~ao e requerente e de todas as entidades que, em virtude
rece~o de combustfveis liquidos ou a sua aquisi~o a de competencias pr6prias ou da natureza da licen~a
urna produtora, cumulativamente com uma ou mais das pedida, devam ser consultadas;
seguintes actividades relacionadas com combustfveis dtl) Marca~o de combustiveis - processo de introdu¥ao
lfquidos: de uma substancia quirnica no produto petrolifero para
i. Misturas; conferir identidade ao mesmo e prevenir a adultera~ao
ii. Armazenagem; e contrabando de produtos petroliferos.
iii. Transporte;
ee) Norma Tecmca Aplicavel- e uma norma nacional ou
iv. Venda.
intemacional em vigor, ou qualquer outra que venha
s) Distribuidora - e uma entidade que se dedica a ser aplicavel em ope~ petroliferas;
directamente ou atraves de contratos com terceiros,
.fJ) Oleoduto- e qualquer sistema de condutas ou tubagens,
a actividade de distribui~o de produtos petroliferas; incluindo vfilvulas, es~ de bombagem, instal~
t) DUAT - Direito de Uso e Aproveitamento de Terra;
u) Entidade Licenciadora- e o 6rgao da Administra~ao e equipamentos agregados, destinado ao transporte
Publica a quem e atribufda competencia para de produtos petroliferos, excluindo os combustfveis
coordena~ao do processo de licenciamento, registo e gasosos;
fiscaliza~ao do cumprimento do presente Regulamento gg) Operador- e a pessoa responsavel pelas actividade~;
e regulamen~o subsidiana; dianas de uma instal~ao petrolifera, estando ou nao
18 DE NOVEMBRO DE 2019 5245

presente no local da instala~ao durante as horas de produtos sinteticos, e ainda o gas natural comprimido
neg6cio, independentemente de ser ou nao proprietaria (GNC) e outros combustfveis gasosos destinados
da instala~ao relevante; exclusivamente a uso como carburante, excluindo os
hh) Perdas na descarga - sao perdas de produtos biocombustfveis puros.
petroliferas nos terminais de distribui~ao no percurso tt) Registo - e o documento emitido pela entidade
entre a descarga pelo meio de trans porte eo tanque de licenciadora, onde sao descritas as caracterfsticas
armazenagem. Para efeitos de aplica~ao do presente fisicas e operacionais das instala~oes petroliferas;
regulamento, as perdas na descarga devem se situar uu) Recursos naturais- tern o significado constante da
no intervalo de ±0.03% para todos os produtos Constitui~ao da Republica;
petroliferas. vv) Reservas Estrategicas - sao os produtos petroliferas
ii) Petr61eo - e o petr6leo bruto, gas natural ou qualquer armazenados em territorio naciona1 destinados a
hidrocarboneto ou mistura de hidrocarbonetos, no assegurar o abasteci mento ao Pafs em situa~iio de
estado s6lido, lfquido ou gasoso, produzidos ou emergencia, em conformidade com o artigo 82 do
susceptfveis de serem produzidos a partir do petr6leo presente Decreta;
bruto, gas natural, argilas ou areias betuminosas, ww) Reservas Operacionais - sao OS produtos
incluindo o condensado de gas natural; petroliferas armazenados em territorio mo~ambicano
jj) Petr61eo Bruto - e o petr6leo mineral bruto, asfalto, pelas distribuidoras, destinados a di stribui~ao e
ozocerite e todos os tipos de hidrocarbonetos e comercializa~ao local para garantir a provisao normal
betumes, quer no estado solido ou lfquido, no de combustfveis;
seu estado natural ou obtidos do gas natural por xx) Reservas Permanentes- sao os produtos petroliferas
condensa~ao ou extrac~ao, exceptuando-se o carvao armazenados em territorio nacional destinados a
ou qualquer substancia susceptive} de ser extrafda do assegurar o abastecimento ao Pais em s itua~ao de
carvao; crise. em conformidade com os artigos 78, 79 e 80 do
kk) Posto de Abastecimento - e urn local destinado avenda presente Decreta;
a retalho de determ.inados combustfveis, integrando yy) Retalho- e a actividade comercial desenvolvida por
bombas de abastecimento e os respectivos tanques retalhistas e que consiste na venda de combustfveis
de armazenagem e tubagem conexa, as zonas de aos consumidores num posto de abastecimento
seguran~a e protec~ao e as vias necessarias acircula~ao ou a actividade de armazenagem em instala~oes
dos vefculos a abastecer, usado tambem para a venda apropriadas, de urn minima 1.100 kg diarlos de GPL,
de produtos petroliferas a quaisquer consumidores, em para a venda num posto de revenda;
recipientes apropriados, incluindo tamMm instala~oes zz) Reexporta~o - e a venda ao exterior de produtos
petroliferas para bunkering; petroliferas no mesmo estado ffsico em que haviam
ll) Posto de Revenda - e urn local onde se realiza, em sido previamente importados ou adquiridos da
exclusivo, a armazenagem e retalho de petroleo produ~ao local para abastecer o mercado interno;
de ilumina~ao ou GPL, embalados em recipiente aaa) Servi~o de Transito Internacional - e a presta~ao
apropriado; do servi~o de representa~ao, no Pafs, dos proprietarios
mm) Pr~o CIP- eo pr~o de aquisi~ao nos termos CIP ou dos produtos petrolfferos em transito intemacional ou
CIF, definidos pela Camara de Comercio Intemacional; a presta~ao de servi~os complementares de deposito,
nn) Pre~o FOB - e o pre~o de aquisi~ao, de referencia no manuseamento, transporte ou outros, relativamente a
mercado intemacional dos produtos petrolfferos nos esses produtos;
termos FOB, definidos pela pelo Platts; bbb) Sobreestadia - e o valor pago pel as distribuidoras
oo) Produ~iio - e o processo de fabrico de produtos aos fomecedores de produtos petroliferas, quando a
mercadoria permanece em seu poder mais do que o
petroliferas, incluindo a refina~iio do petroleo, e o
prazo acordado pelas partes contratantes por motivos
re-processamento de produtos petrolfferos com fins
de mas condi~oes climaticas durante o atrancamento
comerciais;
dos navios.
pp) Produ~iio de Grande Escala - e a realizada em
ccc) Terminal de Descarga - e qualquer instala~iio
instala~oes com capacidade igual ou superior a 10
oceanica, lacustre ou fluvial compreendendo
rnilh6es de metros cubicos por ano; tubagens e equipamentos acess6rios, destinada
qq) Produ~io de Media Escala - e a realizada em ao descarregamento ou c-arregamento de produtos
instala~oes com capacidade de 5 a 10 milhoes de petroliferas, incluindo quaisquer condutas auxiliares
metros cubicos por ano; a ela ligadas;
rr) Produ~o de Pequena Escala - e a realizada em ddd) Terminal de Distribui~iio - e urn conjunto
instala~6es com capacidade inferior a 5 milhoes de de instala~oes petroliferas compreendendo a
metros cubicos por ano; armazenagem de produtos petrolfferos, destinado a
ss) Produtos Petroliferos- sao os derivados e resfduos da rece~iio, deposito e expedi~ao destes produtos com
refina~iio ou processamento de petr6leo, tais como: vista asua distribui~ao no mercado nacional, situada
propano, butano e suas misturas, tambem designados em qualquer urn dos locais referidos no artigo 61;
eee) Tecnico Petrolifero Licenciado - eo titular de uma
por gases de petroleo liquefeitos (GPL), gasolinas
Licen~a de Tecnico Petrolifero ou de uma Licen~a
auto, gasolinas de avia~iio (avgas), nafta, petroleo
Provis6ria de Tecnico Petrolffero, nos termos do
de ilumina~iio, petroleo de avia~iio, gasoleo, 6leos artigo 86 e 87;
combustfveis, 6leos e massas lubrificantes, parafinas, iff) Operadora de Aquisi~iies de Combustiveis Llquidos
solventes, produtos betuminosos e quaisquer outros (IMOPETRO, Lda.) - e a entidade criada para
produtos anaJ.ogos com outras design~6es e origens aquisi~iio de combustfveis lfquidos nos termos
que possam ter a mesma utiliza~ao, incluindo do presente Decreta;
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ggg) Opera~oes Petroliferas- sao todas ou algumas fomecimento acordado no Pais, incluindo as opera~Oes
das o pera~oe s relacionadas com a pesquisa, de processamento de gas natural e encerramento de
desenvolvimento, produ~ao , separa~ao e tratarnento, todas as opera~Oes concluidas; e
armazenagem, transporte e venda ou entrega de hhh) Vistoria- processo de verifica~ao do funcionamento
petr6leo no ponto de exporta~ao ou num ponto de de uma instala~ao petrolifera e a sua conformidade
com as normas de seguran~a aplicaveis.

Anexo 2

Taxas de Tramita~ao de Licen~as, Registos e Autoriza~oes

Tramita~ao Valor (Meticais)


1 Licen ~a de produ~ao de produtos petrolfferos em:
1.1 Grande Escala 900.000.000,00
1.2 Media Escala 300.000.000,00
1.3 Pequena Escala 150.000.000,00
2 Emissao de Licen~a de Armazenagem:
2.1 Na Terminais de Distribui~ao 60.000.000,00
2.2 Nas Instala~Oes Centrais de Armazenagem I 0.000.000,00

Outras Licen~as

Tramita~ao Valor (Meticais)


3 Emissao de Licen~a de Explora~ao de Terminal dy Descarga 1.500.000,00
4 Emissao de LPicen~a de Distribui~iio 5.000.000,00
5 Emissao de Licen~a de Distribui~ao de GPL J .000.000,00
6 Emissao de Licen~a de Explora~ao de Oleoduto J .500.000,00
8 Emissao de Licen~a de retalho em posto de abastecimento de combustfveis 100.000,00
·9 Emissao de Licen~a de retaJho em instaJa~oes centrais de armazenagem 120.000,00
10 Emissao de Licen~a de Exporta~ao 500.000' 00 .
11 A verbamento e Regis to de segunda via: 15.000,00
12 Registo de lnstala~<>es Petroliferas associadas a:
12.1 Postos de abastecimento de combustfveis 200.000,00
12.2 Armazenagem nas terminais de distribui~ao 300.000,00
12.3 Armazenagem em instala~Oes centrais de armazenagem 150.000,00
12.4 lnstala~ao de consumo proprio 100.000,00
12.5 Oleoduto de qualquer capacidade instalada 1000.000,00
12.6 ln stala~ao de Produ~ao:
a) lnstaJa~ao de produ~ao de grande escala; 1.500.000,00
b) lnstala~ao de produ~ao de media escala; 1000.000,00
c) lnstala~ao de produ~ao de pequena escala; 500.000,00
12.7 Meios de Transporte
a) Meios de transporte marfti.mo 10.000,00
b) Meios de transporte, rodoviano e ferroviano 1.500,00
13 Registo do Agente Transitario 1.000.000,00
14 Emissao da licen~a de autoriza~ao especial
a) Para o consumo proprio 100.000,00
b) Para outros fins 500.000,00
-
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15 Vistorias
a) Para instala~ao petrolifera de capacidade instalada superior a 50.000,00
2000m3
b) Para instala~ao petrolifera de capacidade instal ada igual ou inferior 30.000,00
a2000m3
16 Taxa de Incentivo Geogratico 6.000.000,00
Preyo - 150,00 MT

IMPRENSA NACIONAL DE MQYAMBIQUE, E.P.

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