Decreto 39 2006

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Quarta-feira, 27 de Setembro de 2006

I SÉRIE - Número 39
,
BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Art, 2. O Ministro dos Transportes e Comunicações aprovará


o Regulamento Interno da Escola Nacional de Aeronáutica
AVISO no prazo de 90 dias após a publicação do presente Decreto.
A matéria a publicar no ••Boletim da República" Art, 3. É revogado o Decreto n.011180, de 19 de Novembro.
deve ser remetida em cópia devidámente autenticada, Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 22 de Agosto
uma por cada assunto, donde conste, além das indi- de 2006.
cações necessárias para esse efeito, o averbamento Publique-se.
seguinte, assinado e autenticado: Para publicaçâo no A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
••Boletim da República" •

••••••••••••••••••••••••••••••••

SUMÁRIO Estatuto Orginlco da Escola Nacional


Conselho de Ministros: de Aeronáutica

Decreto n.· 3712008: CAPíTULO I


DI-PosIç6es genlls
Aprova o Estalulo Orgânico da Escola Nacional de Aero-
náulica e revoga o Deaeto n.· 11180,de 19 de Novembro. ARTIGO I

Decreto n.· 3lII2OH: Naturez.

Aprova o Regulamento que estabelece as normas jurldicas I. A Escola Nacional de Aeronáutica, abreviadamente
aplicáveis ao cidadão estrangeiro, relativas à entrada, designada por ENA, é wna instituição pública de fonnação técnico-
permalK!nciae salda do pais. -profISSional, tutelada pelo Ministro dos Transpones e Comuni-
cações.
• Decreto n.- 3W2006:
2. A ENA goza de personalidade jurídica e autonomia
Aprovao Regulamentosobrea Qualidadedas ÁguasEngarrafadas administrativa.
Destinadas ao Consumo Humano.
ARTIGO 2
Decreto n.· 4012008:
(Sede • clelepç6es)
Aprova o Estatuto Orgânico da Autoridade Nacional da Função A ENA tem a sua sede em Maputo, podendo criar delegações
Pública.
em qualquer pane do tenitório nacional, por despacho do Ministro
Decreto n.· 4112008: dos Transportes e Comunicações, ouvidos os Ministros das
Finanças e da Educação e Cultura.
Adopta mecanismos mais expeditos para a publicação de actos
sociais pela Imprensa Nacional de Moçambique.
ARTIGO 3
•••••••••••••••••••••••••••••••• (Atrlbul96")
CONSELHO DE MINISTROS São atribuições da Escola Nacional de Aeronáutica:
a) A formação de técnicos aeronáuticos e outras áreas afins;
Decreto n.· 3712006
b) A investigação nos domínios da ciência aeronáutica
de Z7 de Setembro e da aviação civil.
Havendo necessidade de reajustar a estrutura orgânica
ARTIGO 4
da Escola Nacional de Aeronáutica, e usando da competência
atribuida pela alinea ti) do n.O I do artigo 204 da Constituição da (Competlncl •• )
República, o Conselho de Ministros decreta: I. São competências da Escola Nacional de Aeronáutica:
Artigo I. É aprovado o Estatuto Orgânico da Escola Nacional a) Fonnarprofissionais com qualificações técnicas e cienti-
de Aeronáutica, anexo ao presente Decreto e que dele é parte ficas em ciências aeronáuticas segundo os padrões de
integrante. conhecimento reconhecidos;
- - --------------
c.40:::4~ -,- --,-/c..:Sc.::É.:.:.RI;.::E,--INÚMERO 39

2. O cidadão nacional ou estrangeiro que crie condições para AR'I'Ioo48


entrada 0'1 permanência de cidadão estrangeiro em território
P8gamento e recibos
nacional elque não possua documentação legal e completa, fica
obrigado afuportar as despesas-do retorno, incluindo alimentação, 1. Os documentos previstos no artigo 8 do presente
alojamento e assistência que se repute necessária, do cidadão Regulamento, são requeridos e pagas as respectivas taxas contra
estrangeiro clandestino. a entrega do recibo ao requerente.
2. O indeferimento dos pedidos feitos aos Serviço. de Migração,
ARTIo044
não confere ao peticionário o direito á restituição 4J
importância
Transportadores de estrangeiros lIega,ls paga.
I. O transpcrtador que proceda' ao transporte. de cidadão ARTIGO 49
estrangeird que não possua documentação. legal e completa,
necessária ~ formalização de entrada no pais, para além da pena, Ulltlelaele dOI documentos mlgratórlO~
constante 1\0 artigo 46 da Lein." 5/93, de 28 de Dezembro; fica Os documentos concedidos pelos Serviços e Migração,
obrigado a '~arantir o seu retomo, no mais curto espaço de tempo conforme os casos, habilitam ao seu titular a entrada, permanência,
possível, p 1'0 o ponto de onde começou a utilizar o meio de saída c identificação ern.Moçambíque, devendo ser exibidos
transporte, , u, em caso de impossibilidade, para o pais onde foi perante quaisquer autoridades que os solicitarem.
emitido o respectivo documento de viagem ou para qualquer outro
ARTIGO 50
local onde. sua admissão seja garantida.
Perda e má conservlçilo dOI deeument I
2. Enquanto não ocorrer o reembarque, o transportador fica
sujeito ao fíOgamento de despesas de alimentação, alojamento e O cidadão estrangeiro, que por negligência, deixa' extraviar ou
assistência ~lIe se repute necessária. por má conservação de documentos de migração que resulta
danificação total ou parcial dos mesmos, assim com' a supressão
AlfI'IGo45 de elementos e dados de referencia nele contidos, p erá adquirir
Multa, outros, passados em segunda via, mediante o p gamento do
.dobro da taxa devida para a obtenção dos mesmos.
J. O Ci~dãO estrangeiro com residência precária que não
renovar a s autorização, poderá fazê-lo mediante o pagamento
de multa diá ia de 100,00MTn (cem meticais).
Decreto n,°3912006
2. O cida~ão estrangeiro que tiver a autorização de residência
ele 27 de Setembro
temporária <lupermanente caducada, poderá renová-la mediante
multa diária <ile1DO,DOMTn(cem meticais), acrescido de adicionais. Com o objectivo de dar resposta à necessidade de ixar normas
relativas á qualidade das águas engarrafadas, tais orno, águas
3. O Cida~O estrangeiro que permanecer no território nacional
sem autoriz ção 'de residência será punido com pena de multa minerais, águas de nascentes e águas purificadas bem como
diária de J. ,00MTn (mil meticais e zero centavos). outras águas engarrafadas destinadas ao consu o humano,
enunciando os requisitos higiénico.sanitários das mpresas de
4. Quando o infractor for interpelado no acto de saída no Posto explóração, a sua classificação, e as regras de roiulag ao abrigo
Fronteiriço, a multa prevista no número 3 deste artigo, será do disposto na alínea t) do artígo 204 da Constituição República,
agravada em; 50 por cento. o Conselho de Ministros decreta:
5. A aplidação das multas pelas. infracções previstas na Lei Artigo 1. É aprovado o Regulamento Sobre a QJalidade das
n. °5/93, de ~ de Dezembro, é da competência dos Serviços de Águás Engarrafadas Destinadas ao Consumo Hurnanb em anexo,
Migração. que é parte integrante do presente Decreto.
6. Provando.se que o incumprimento das obrigações Art, 2. O presente Decreto entra em vigor, noventa dias após
migratórias, _esulta de justo impedimento, poderá o Director dos a sua publicação.
Serviços de l'#igração relevar as penas de multa. Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 22 de Agosto
de 2006. '
CAP/TULO VII Publique-se,
P'sposlçQes finais e transitórias A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
ARTIGO 46
Pa••• porte a favor do eleladlo estrangeiro Regulamento sobre a Qualidade daS!Águas
J. comple ao Ministro do Interior autorizar passaporte Engarrafadas destll'Jaaas ao Conslumo
ou document equiparado ao cidadão estrangeiro, nos lermos Humano
do artigo 52, Unea b) da Lei n," 5/93, de 28 de Dezembro.
2. Os documentos referidos no número anterior não conferem CAPÍTULO I
ao titular a na4ionalidade moçambicana. Dil'poslções gerais
ARTIGO 47 ARTIGO I
Il\o»umento de viagem para relugl8elol Dellnlç6es
A emissão 'de 'documento de viagem para refugiados, é Para efeitos do presente Regulamento, entende-se por:
precedida de tjntrevísta e análise do mérito do pedido de estatuto
I. Agua destinada ao consumo humano - Aquela que é no
de refugiado, Pela Comissão Consultiva para os Refugtados.
seu estado natural ou após tratamento, destinada a ser bebida,
17 DE SETEMBRO DE 1006
405
á preparação e confecção de alimentos ou para outros fins
16. Aquífero - Qualquer massa permeável de rochas que
domésticos, independentemente da sua origem e de ser fornecida
contenha ágva naturalmente.
a partir de uma rede de distribuição de água, em garrafas ou outros
recipientes com ou sem fins comerciais. 17. FIaI'({ Normal - É a flora bacteriana sensivelmente
2. Qualidade de água para o consumo humano - Característica constante, verificada saída da captação, antes de qualquer
á

dada pelo conjunto de valores de parâmetros microbiológicos c manipulação, cuja composição qualitativa e quantitativa, tomada
tisico-químicos que permitem avaliar se a águaé salubre e limpa. em consideração a forma como essa água foi identificada, seja
3. Potabilidade 'C Caracteristica atribuída a uma água potável controlada por análises laboratoriais periódicas.

4. Agua potável - Aquela que responde ás exigências do 18. Inspecção sanitária - Acções permanentes e sistemáticas
Regulamento sobre a Qualidade da Água para o Consumo Humano. de fiscalização realizadas pelos serviços de saúde nas empresasl
5. Àguas engarrafadas - Aquelas que são contidas em indústrias de exploração, engarrafamento e comercialização de
recipientes hermeticamente selados de várias formas, capacidades águas, com vista a certificar se a qualidade de água confere com
e composições destinadas ao consumo humano, e que se os requisitos estabelecidos por este Regulamento.
distinguem da água de beber comum pela sua pureza original e 19. Auditoria Sanitária - exame sistemático e independente
pelas suas características minerais, oligoelementos e/ou outros conduzido pela entidade sanitária competente, por iniciativa desta
constituintes.
ou a pedido do interessado, para determinar se as condições
6. Agua potável de Mesa - Aquela que provém de uma fonte higiénico-sanitárias das empresas de produção das águas
natural ou de fontes artificialmente captadas, preenchendo uma engarrafadas, incluindo os sistemas de processamento,
composição normal e condições de potabilidade, sujeita ou não a engarrafamento, transporte e comercialízação; bem como os
um tratamento ou adição de sais minerais em substituição ou respectivos produtos estão em conformidade com o definido pelo
enriquecimento dos inicialmente existentes. presente Regulamento.
7. Agua de Mesa Mineralizada - Aquela que é preparada com
20. Entidade Competente-Aquela que por lei tem competência
a adição de minerais segundo o disposto na Norma Geral de
de autorizar, fiscalizar e velar pela observância dos requisitos de
CODEX para aditivos alimentares - (CODEX STAN 192-1995,
Rev.I-I997). qualidade da. água que é fornecida ao público através das
inspecções sanitárias, diagnósticos laboratoriais e monitorização
8. Agua Mineral-: Aquela de origem subterrânea, proveniente de riscos.
de aquíferos cativos, brotando através de nascente ou emergências
naturais e artificialmente captada, que possua propriedades físico- 21. Entidades gestoras de águas - O Ministério das Obras
-químicas distintas das águas provenientes do sistema de Públicas e Habitação e o Ministério dos Recursos Minerais.
abastecimento de água, contendo minerais ou outros elementos
quimicos em proporções relativamente constantes sem, contudo, ARTIGO 2
sofrer nenhum tratamento nem adição de minerais de modo a manter Objecto
a sua composição química original.
9. Água Purificada: O presente Regulamento tem por objecto o estabelecimento de
normas de qualidade higiénico-sanitárías a que devem estar
a) Aquela que é sujeita a um tratamento por destilação, sujeitas as águas engarrafadas.
deionização, osmose reverso ou adição de sais minerais
de uso permitido em substituição ou enriquecimento ARTIGO 3
inicialmente existentes;
Âmbito de aplicação
b) Aquela que é gaseificada com dióxido de carbono de
padrão alimenticio e sujeita a designações de acordo I. O presente Regulamento estabelece as normas gerais
com o Anexo II do presente Regulamento. higiénico-sanitárias a que devem estar sujeitas as águas
engarrafadas destinadas ao consumo humano, bem como as
10. Agua Esterilizada - Aquela que foi substancialmente
alterada através de um processo de esterilização. modalidades de verificação do cumprímento dessas normas,
nomeadamente no que se refere à exploração, acondicionamento,
11. Àguas preparadas/de consumo - Aquelas que foram transporte e comercialização.
substancialmente alteradas, fazendo com que a sua composição
já não seja a da sua origem (águas aromatizadas elou com adição 2. Integram o grupo das águas engarrafadas, nos termos do
de sabores e aditivos). presente Regulamento, as águas minerais naturais, águas de
12. ÀguasAromatizadas - Aquelas que contém flavorizantes nascentes, águas de fontes subterrâneas e de outras fontes desde
ou aromatizantes ou outras substâncias dissolvidas que alteram que se destinem ao engarrafamento para o consumo humano.
o seu gosto ou lhe conferem valor terapêutico. As águas 3. O presente Regulamento aplica-se igualmente ás águas
Aromatizadas podem ser efervescentes ou conter sais e gases engarrafadas importadas.
dissolvidos.
4. Excluem-se do presente Regulamento:
13. Agua Artesiana-Aquela que provém de um poço ou furo
que aproveita um aquífero fechado, no qual o nível da água a) As águas engarrafadas que são exclusivamente utilizadas
permanece superior ao nível superior do aquífero. -para fins curativos e medicinais;

14.lÍgua tio Poço - Aquela que brota de uma abertura ou de b) As águas distribuídas pelos sistemas de abastecimento
uma perfuração num terreno para aproveitar a água dum aquífero. públicos, destinadas ao consumo humano que são
abrangidas por legislação especifica.
15. Agua de Nascente - Aquela que é subterrânea, considerada
bacteriologicamente própria, com características tisico-químicas 5. O disposto no presente Regulamento não prejudica a
que a tornam adequada para o consumo humano, no seu estado aplicação de regras que .consagrem regimes especiais mais
natural. exigentes em matéria de qualidade de águas engarrafadas.
:!:40~6~ -,-" :,:/S::::É:;;'R/:.::E_V"ÚMERO
39
CAPiTULO II CAPiTULO III
tla •• lflcaçio das éguas engarrafadas Implementaçio e competências
ARTIoo4 ARTIGO 7
CI.aalllclÇ'o qu.nto * oompoalvlo qufmlc. Competências
Para ef<1itosdo presente Regulamento e quanto à composição I. O Ministério da Saúde, através dos seus ór~os centrais e
qUlmiCa~a águas engarrafadas destinadas ao consumo humano provinciais, é a autoridade competente para contra ar ~aplicação
classifíc se em: das disposições do presente Regulamento, asse rando que a
a) O igomineral: As águas com teor em sais minerais, água destinada ao consumo humano satisfaça as xigências de
falculado como reslduo fixo, inferior a 500 mg/l; qualidade fixadas.
b) Rd(líferas: As que contenham substâncias radiotivas que 2. No âmbito do disposto no número anterior, compete,
lhes atribuam radioatividade permanente; nomeadamente, ao Ministério da Saúde:
c) AI'1"llna Blcarbonatada: As que contenham bicarbonato a) Exercer a actividade de inspecção sanitár~' periódica às
4e sódio a O,200gll; empresas de exploração e engarrafame o de águas.
ti) Alqa/ino Terrosas: As que contenham alcalinos terrosas b) Avaliar periodicamente a qualidad das águas
~O,120gll; engarrafadas em conformidade com o pr ssuposto por
neste Regulamento;
e) AI,a/ino Terrosas Cálcicas: As que contenham bálcio
. ob a forma de bicarbonato de cálcio a O,048g1l c) Emitir pareceres técnico-sanitários para o I~cenciamento
das empresas de exploração e engarrafamento de água
j) Al, alino Terrosas Magnesianas: As que contenham destinada ao consumo humano;
gnésío sob a forma de bicarbonato de magnésio a ti) Avaliar e emitir o certificado de aprovaçãp dos rótulos
,030g11;
que identifiquem as águas engarrafadas I:omo tal, nos
g) Su atadas: As que contenham sultato de Na ou K ou Mg termos do presente Regulamento; .
. O,IOOgll;
e) Definir orientações técnicas e medidas d precauçilo a
h) Su orosas: As que contenham sulfato a O,OOlgll serem consideradas em situações parti ulares ou de
f) Nit,ipdas: As que contenham Nitrato de origem mineral a emergência, pelas empresas de exploraçã e engarrafa-
ll,100gll; . mento de águas para o consumo human ;.
J) Cloftadas: As que contenham cloreto de sódio a O,500g11 j) Fonnular recomendações a serem seguidas s mpre que na
sua actividade inspectiva, ou de controlo e qualidade,
k) Ferruginosas: As que contenham ferro a O,500gll; se detectem irregularidades sanitárias qu ponham em
I) Ra"f0ativas: As que contenham radônio em dissolução; risco a Saúde Pública;
m) 1brtatlvas: As que contenham torônío a 2 unidades g) Colaborar com outras entidades na adopç o de especi-
lIfachell; ficações citadas no presente Regulamen o.
n) Ca*bogasosas~ As que contenham gás carbónico livre 3. Sempre que a entidade competente no, âmbi do cumpri-
dlssolvido a 0,200m11l; mento das suas obrigações, tiver razões.dermidas pa a considerar
que a água engarrafada destinada ao consumo umano não
o) Eletnento Predominante: Elemento ou substância rara
ou dignos de.nota. °
preenche disposto no presente Regulamento ou presenta um
perigo para a saúde pública, ainda que circule Iivreme te em outros
ARTIGO 5 países, poderá suspender ou limitar provisoriamente a circulação
*
Claa.lfleaçio quanto lonte do produto, disso informando de imediato a outras ntidades de
tutela, indicando os motivos da sua decisão e, fo ecendo. os
Para efe*os do presente Regulamento e quanto á fonte, elementos pertinentes ligados ao reconhecimento e i entificaçilo
as águas epgarrafadas destinadas ao consumo humano da água, se for caso disso, e os resultados das análi s periódicas
classificam-"" em; laboratoriais, quando solicitados.
a) A~ Mineral;
ARTIGO 8
b) Á~ de Nascente;
IdentllleaVlo e reconhecimento
c)Agu~ Artesiana;
ti) AguJ. do Poço. I. A identificação das águas engarrafadas .de tinadas ao
consumo humano, quando exploradas em território ional, deve
AKrlOO6
obedecer ao dísposto no llfligo 4 do presente Regul menta.
Cla.alItClÇlO quanto ao tratemento 2. Para serem consideradas como tal, em território acionaI, as
águas engarrafadas itilportadas devem ser reconh cidas pelo
Para efeitcjsdo presente Regulamento e ao tratamento, as águas Ministério da Saúde, mediante a apresentaçilo de certificado
engarrafadas estinadas ao consumo humano classificam-se em: atribuído pela entidade competente do pais de igem, que
a) Agu ·Potável de Mesa; confirma que a água se encontra em conformidade co o disposto
b) A de Mesa Mineralizada; no artigo 4 do presente Regulamento, podend ainda ser
submetida ao controlo de qualidade.
c) A Purificada; .
ti) A Esterilizada; 3. O certificado referido no número anterior é espeªfico para o
tipo de água engarrafada que está a ser i!nportada. e. para o lote
e) A s preparadàs para o c.onsumo; para o qual foi emitido, e a sua validade não deverá superior a
j) A s,Aromatizadas. 5 anos, findos os quais deverá ser renovado e s bmetido a
aprovação pela entidade competente.
27 DE SETEMBRO DE 2006
407
4. Os procedimentos técnicos para a identificação dos
CAPíTULO V
diferentes tipos de água engarrafada, conforme referido nos
números anteriores, serão definidos por diploma ministerial Qualidade das águas engel11lfadas
conjunto do Ministro da Saúde, Ministro dos Recursos Minerais
ARTIGO 10
e Ministro das Obras Públicas e Habitação.
Parâmetros de quslldade
CAPÍTULO IV I. Toda a água engarrafada destinada ao consumo humano
Requisitos deve ser potável.
2. Para avaliar a qualidade da mesma aplicar-se-ão, como
ARTIGO 9
critérios, as características microbiológicas e organolépticas
Requisitos para o Início de exploração citadas pelos artigos 11 e 12 e as características adicionais descritas
das águas engarrafadas
no Anexo 1 do presente Regulamento.
1. Qualquer empresa, entidade colectiva ou singular, pública
ou privada, que pretenda exercer a actividade de exploração de ARTIGO II
águas engarrafadas carece de um parecer sanitário vinculativo a Caracteristlcas microbiológicas
ser emitido pelo Ministério da Saúde.
I. Toda a água engarrafada e que se destine ao consumo
2. O pedido de instalação de estabelecimento de engarrafamento humano deve apresentar-se, quer na captação quer na comercia-
de água para o consumo humano será feito através de lização, isentas de:
requerimento para a autoridade competente.
a) Parasitas e microorganismos patogénicos;
3. Do requerimento referido no número anterior deverá constar
o seguinte: b) Escherichia coli e outros coliformes e de estreptococcus
fecais, em 250 mi de amostra de água analisada;
a) Identificação do requerente;
c) Anaeróbios esporulados, sulfíto-reductores, em 50 mi de
b) Descrição e localização da empresa; amostra analisada;
c) Apresentação em memória descritiva do tipo de fonte, d) Pseudomonas aeruginosa, em 250 mi de amostra
sua localização, processo de tratamento a que a água é analisada;
submetida e os procedimentos adoptados, com vista a e) Legionella pneumophila em I litro de amostra analisada.
assegurar a qualidade do produto e a sanidade do
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, bem como das
pessoal afecto a esta actividade;
condições de exploração previstas no artigo 7 do presente
d) Apresentação do estudo do impacto ambiental aprovado; Regulamento, durante a fase de comercialização, o teor total de
e) Descrição dos materiais e equipamentos que serão usados microorganismos observáveis nas águas engarrafadas apenas
na captação, conduta de adução e os reservatórios de pode resultar da multiplicação da flora normal proveniente do
águas; ponto de saida do terreno no qual flui a água subterrânea ou a
partir de perfurações.
j) Descrição dos materiais e produtos quimicos que serão
usados no enriquecimento ou modificação da ARTIGO 12
composição química original da água engarrafada, caso Caraclerrsllcas organolépllcas
as mesmas recebam algum tratamento;
Todas as águas engarrafadas destinadas ao consumo humano
g) Descrição das condições de exploração e em especial das devem apresentar-se do ponto de vista organoléptico, sem cheiro,
instalações de lavagem, desinfecção e de engarrafa- cor ou sabor, á excepção daquelas que recebam um tratamento
mento destas águas. adicional especifico conforme o citado no Anexo II do presente
h) Descrição das condições de transporte e de acondicio- Regulamento.
namento.
ARTIGO 13
4. A empresa que exerça a actividade de exploração das águas Tratamento
engarrafadas deve dispor de um laboratório de controlo de
qualidade. 1. As águas engarrafadas destinadas ao consumo humano
devem ser potáveis a partir do ponto de captação.
5. O prazo máximo para a análise dos documentos e emissão do
2. Proíbem-se assim em especial, todos os tratamentos de
parecer sanitário por pane da entidade competente não deverá
desinfecção, qualquer que seja o método, e adição de elementos
exceder os 15 dias úteis, contados a partir da data da entrada do
anti-bacterianos ou qualquer outro tratamento que visa alterar a
pedido, salvo quando haja motivo que justifique o seu
prolongamento. flora normal das águas abrangidas pelo presente Regulamento, á
excepção do processo referido no artigo 12 citando o Anexo II do
6. Se durante a actividade de exploração se verificar que a água presente Regulamento,
destinada ao engarrafamento para o consumo humano está
poluída e apresenta alterações na sua composição fisico-química ARTIGO 14

original e/ou contaminação bacteriológica, a entidade que explora Acondicionamento


a água deve suspender imediatamente todas as operações, em I. As águas abrangidas pelo presente Regulamento devem ser
especial a operação de engarrafamento, até que as causas da devidamente acondicionadas e só podem ser transportadas e
poluição elou alteração sejam eliminadas e que a potabilidade da comercializadas quando devidamente pré-embaladas.
água seja confirmada pela entidade competente. 2. Os recipientes utilizados para o acondicionamento das
7. Estão também abrangidos pelos requisitos fixados pelo mesmas devem ser de um sistema de fecho, concebido de forma
Regulamento de Higiene de Alimentos em vigor. que não ocorra qualquer possibilidade de contaminação ou
falsíficação.
408
II I SÉRIE 1NÚMERO 39

3. OSJtiCiPientes destinados a conter as águas engarrafadas 4. É proibida a ciração do nome do. Laborató,jio Nacional de
devem se de material adequado, e serem transparentes, limpos, e Higiene de Águas e Alimentos (LNHAA) nos rótulbs sem a devida
.asséptic s, de medo a evitar que haja alteração das suas autorização,
caracterlsticas microbiológicas e químicas.
CAPiTULO VII
CAPíTULO VI In,pécçlo

~dentJflcac;iloelas águas engarrafadas ARTIGO 17


In,pacçlo ,anllárla
ARTIGO IS
I. Compete às entidades de Saúde coordenas as acções de
Rotulagem
vigilância sanitária que incluem:
I. A rotulagem das águas engarrafadas destinadas ao consumo
II) A realização de análises e outras acções, quando
humano e,tá sujeita à legislação geral sobre a rotulagem dos
~,éneros alimentícios. necessário, para avaliação da qllalidad~ da água para
o consumo humano;
2. Consoante os casos, as águas engarrafadas terão a
b) A avaliação do risco para á saúde pública dp qualidade de
designaçãq confonne o estabelecido no presente Regulamento.
água engarrafada destinada ao consumo humano.
3. Quan~o uma água engarrafada tiver sido submetida a algum
2. Quando se verificar que a-qualidade da água engarrafada é
tratament9 ou adição de sais minerais, em substituição ou
susceptível de pôr em risco a saúde humana. as entidades de
enriquecinjento dos inicialmente existentes, será classificada,
saúde informarão as entidades gestoras das medid s que têm de
consoante ~s casos, como o-estipulado no Anexo II do presente ser adoptadas para minimizar tais efeitos, pendo ainda
Regulamento.
determinar a suspensão da produção c distribu ção da água
4. A rotujagem de todas as águas engarrafadas citadas à margem enquanto persistirem os factores de risco.
deste Reg lamento deve ainda incluir as seguintes menções
obrigatória : ARTIGO 18
San~6 ••
a) Nolne da fonte;
I.A realização de qualquer actividade regulada ~os termos do
b) Loéal da exploração;
presente Regulamento sem a observância das di síções por
c) Naiureza da água; este estatuídas, implicará a aplicação das seguinte sanções:
ti) Vol~Jne do conteúdo; II) Multa nos termos da legislação aplicáv~l para casos
~ A qomposiçDo analítica da água que enumera os seus análogos;
cpmponentes caracterlsticos e classificaçDo; b) Suspensão temporária ou definitiva da a~tividade de
f) Infolmação sobre o tratamento; exploração;

g) Dat~ de enchimentol engarrafamento; c) Encerramento definitivo da actividade.


h) Nliritero do 101e; 2. O disposto no número anterior será aplicado se'1Jprejuízo da
responsabilidade civil elou criminal a que houver lu~ar.
J) Datal de validade minima ou "consumir antes de;"
J) MétlX!o de conservação, CAPITULO VIII
DlslJoslç6es finais
ARTIGO 16
Prolll'qOn ARTIGO 19
1. É proi~ida a comercialízação sob várias designações Taxa.
comerciais d+
uma água engarrafada proveniente da mesma fonte I. A.prestaçDo de serviços no âmbito da aUdito~a sanitária;
de captação.
controlo de qualidade, certificação e análises I oretoriaís
2. É proíbido, tanto nas' embalagens ou nos rótulos, como na implicarão, como contrapartida, o pagamento de u taxa a ser
publicidad,,! sob qualquer forma, o uso de indicações, estabelecida por despacho conjunto dos Ministros a Saúde e
denomínaçõej, marcas de fabrico ou de comércio, imagens ou das Finanças, sob proposta do Ministério da Saúde.
outros sinais, ~guralivos, 'a não ser que sugiram uma característica 2. Exceptuam-se do disposto no número I do presente artigo,
que esta nil~possui' nomeadamente, a origem, a data da os serviços considerados de rotina ou realizados por ihiciativa da

·
autorizaçDo exploraçDo, os resultados das análises. ou quaisquer entidade competente no âmbito das suas obrigações.'
referências a 'Iogas às garantias de autenticidade.
ARTIoo20
3. São pro ~dasquaisquer indicações que atribuam a uma água

E
Actuallzaçlo daa taxa,
en!l""'afada p oprledadesde prevenção, de tratamento ou de cura
de doença h na, designadamente as menções "medicinal" e Os valores das taxas referidas no artigo anterior serão
"minero-medi inal", ' actualizados por diploma conjunto dos Ministros da ~inanças e
da Saúde. .
27 DE SETEMBRO DE 2DD6
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Anexo /- Características das águas engarrafadas 2.3. Das relações existentes entre a natureza dos terrenos
destinadas ao consumo humano (solos) e a natureza e o tipo de mineralização;
2A. Dos resíduos secos • .180°C e 2600C;
A - Características
2 . 5. Da condutividade ou da resistência eléctrica, devendo
I. As características das águas engarrafadas destinadas ao a temperatura de medição ser especificada;
consumo humano devem ser avaliadas:
2.6. Da concentração de iões hidrogénio (pH);
a) Sob ponto de vista
2.7. Dos aniões e catiões;
I) Geológico e hidrogeológico;
2.8. Dos elementos não ionizados;
2) Físico, químico e flsico-químico;
2.9. Dos olígoelementos;
3) Microbiológico;
4) Se necessário, farmacológico, fisiológico e clínico. 2.10. Da radioactividade a saida da captação;
b) De acordo com os critérios enumerados na parte B; 2. I 1. Se for caso disso, das proporções relativas em isótopos
c) De acordo com os métodos cientificamente aceites pela dos elementos constitutivos da água, oxigénio e
entidade competente. hidrogénio;

2. A composição, a temperatura e as outras características 2.12- Da toxicidade de certos elementos constitutivos da


essenciais das águas engarrafadas devem permanecer estáveis água, tendo em conta os elementos fixados a este respeito
dentro do grupo de flutuações naturais, e em especial não devem para cada um deles.
ser alteradas por eventuais variáveis de caudal. 3 - Os critérios aplicáveis aos exames microbiológicos a saída
da nascente devem incluir, nomeadamente:
B. Prescrições e critérios para a aplicação da definição
3.1 - A demonstração da ausência de parasitas e de
1- Nas prescrições aplicáveis aos exames geológicos e
microorganismos patogénicos;
hidrogeológicos devem ser exigidas, nomeadamente:
3.2. A determinação quantitativa dos microorganismos
1.1. A situação exacta da captação com a indicação da Sua
altitude numa carta a uma escala não superior a 1000; latentes indicadores de contaminação fecal, como:

1.2. Um relatório geológico permenorizado da origem e da a) Ausência de Escheríchia coli e de outros .coliforrnes em
natureza dos terrenos; 250mla37 e 44,5°C;
1.3. A estratifigrafia do aquífero; b) Ausência de estreptococcus fecais em 250 mi;
IA. A descrição do procedimento de captação; c) Ausência de anaeróbios esporulados, sulfito-reductores
1.5. A determinação do perímetro ou de outras medidas de emSOml;
protecção do aquífero, da captação e das medidas contra ti) Ausência de Pseudomonas aeruginosa em 250 mi.
. a poluição.
3.3. A determinação do teor total em microorganisrnos latentes
2 - Prescrições aplicáveis aos exames físicos, químicos e físíco- por mililitro de água:
químicos íncluem a determinação:
a) De 20 a 22°C a 72 horas, em meio nutritivo sob a forma de
'2.1. Do caudal de captação;
gel; limite do teor total de microorganismos (O - 100)
2.2. Da temperatura da água a saida da captação e da
temperatura ambiente; b) A 37°C a 24 horas, em meio nutritivo sob a forma de gel;
límite do teor total de microorganismos (O - 25).
~4.!.!1O~_~ .: S~É:::R::.:IE::.-N(;MER039

Anexo 11- CitaçÕes e critérios de identificação das éguas engarrafadas submetidas


ou não a adlção'de sais

i Parte geral Critérios


,,
Oligomíneral ou pouco mineralizada O teor em sais minerais, calculado como
resíduo fixo, não é superior a 500 mg/I
Muito~ouco mineralizada O teor em sais minerais, calculado 'como
resíduo fixo, não é superior a 50 mg/l
Ricaepuais minerais O teor em sais minerais, calculado corno
resíduo fixo, é superior a 1500 mgl1
,Bicar! onatada O teor em bicarbonato é superior a 600 mg/l
Sulfat ida O teor em sulfatos é superior a 200 mgil
Cloretjula O teor em cloreto é superior a 200 mg/l ' ,

CáIcic O teor em cálcio é superior a 150 mg/l


Magn~.ana ' O teor em magnésio é superior a ~OmÍ/I
Fluor$.daou contendo fluor O teor flúor é superior a 1 mg/l ,
Ferrug nosaou contendo ferro O teor em ferro bivalente (Fe2) é superior a I mgil
Gasoc Irbónica O teor em gás carbónico livre é superior a250mgil
SódiCl O teor em sódio é superior a ~OOmgll
Convêjnpara umregimé pobre em sódio '0 teor em sódio é inferior a 20 mgl1,

DeO/'eto n.· 411t'2006


É'tltuto Otgan'~odli Áutorldade N.clonal
d. 27 li. 'IlImlirO
dê Funçao Pública
O Decret~ Presidencial n.· 2/2006, de 7 de Julho, criou
a Autoridade Nacional da Função Pública, definiu a sua missão CAPITULO I
e atribuiçlle, e para a -mesma transferiu as competências
ilnteriorment~ exercidas' pelo Ministério que superintendia a
DIII*I96- 8ft,.
Funçãe Públi9a e pelo Conselho Nacional da Função Pública. ARTlOO 1
Tornando.,e necessário estabelecer a estrutura orgânica (Natureza)
e os lI1Ocanisnjosde funcionamento da Autoridade, sob proposta
desta e ao abjigo do' disposto no artigo 14do Decreto Presi-
dencial n.· 212\>06, conjugado com o disposto na alínea I)do n.· I
do artigo 2041 da Cons\ituiçlo da República, o Conselho de
Ministros deciota:
Artigo I. aprovado o Estatuto Orgânico da Autoridade
especializaoo e independente, no âmbito da gestão e
fiscalização da Administração Pública e da Função Pú lica.

ART,002
t
AAutoridade Nacional da Função Pública é o ÓrgãO Batado,
tégica e

(Compoa.,lo)
Nacional da ção Públjca, em lUIOXO
ao presente Decreto, do
qual faz parte ntegrante.' I. A Autoridade Nacional da Função Pública é cOrWosta por
Art. 2. A a rovação e as alteraçiles dos quadros de pessoal um Presidente e quatro membros nomeados pelo Pl'e~jdenle da
República,
são feitas por deliberaçã,? da Autoridade Nacional da Função
Pública, sob p posta do dirigente do órgão central.do aparelho 2. Os membros da Autoridade designam-se por Corhissários,
de Batado, G vemador Provincial ou Administrador Distrital,
ouvido o Min~lro das Finanças. ARTloo3

Art, 3. O Rresente Decreto entra em vigor no dia da sua (Mlaalo)


publicação. A Autoridade Nacional da Função Pública tem pbr missão
~provado Jlelo Conselho de Ministros, aos 5 de Setembro permanente:
de 2006. a) O fortalecimento e aprimoramento da asnistração
Publique-se] pública, tornando-a progressivàmente efec va, eficaz
A Primeira.j..{inistra, Luisa Dias Diogo, e eficientc no quadro da governação e dos bjectivos
estratéllicos do Estado mocambicano;

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