Ciência Política e Boa Governação
Ciência Política e Boa Governação
Ciência Política e Boa Governação
Rosalina Bandze
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Índice
1 Introdução.................................................................................................................................5
1.1 Objectivos.........................................................................................................................5
1.1.1 Geral..........................................................................................................................5
1.1.2 Especificos.................................................................................................................6
1.2 Metodologia......................................................................................................................6
2 Boa governação........................................................................................................................7
2.1 Boa governação.................................................................................................................8
2.1.1 Princípios da boa governação....................................................................................8
2.1.2 Transparência nas instituições.................................................................................11
3 Conclusão...............................................................................................................................13
4 Referencias bibliográficas......................................................................................................14
1 Introdução
A boa governação é uma pedra angular para o desenvolvimento sustentável e o progresso
socioeconômico de qualquer país. No contexto moçambicano, onde desafios históricos e
contemporâneos têm moldado a trajetória política e econômica, a eficácia da boa governação
desempenha um papel crucial. Este ensaio explora a interseção entre boa governação e seu
impacto no desenvolvimento de Moçambique.
Moçambique, uma nação rica em recursos naturais e diversidade cultural, enfrentou uma série de
desafios ao longo de sua história pós-independência em 1975. Desde a guerra civil até questões
de corrupção, pobreza e infraestrutura subdesenvolvida, a jornada rumo à estabilidade e
prosperidade tem sido complexa. Neste cenário, a qualidade da governação desempenha um
papel fundamental na determinação do sucesso ou fracasso das políticas públicas e no bem-estar
geral da população.
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
Explorar os princípios fundamentais da boa governação, incluindo transparência,
responsabilidade, participação cívica e eficiência administrativa, e sua relevância no
contexto moçambicano.
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1.1.2 Especificos
Analisar os desafios específicos enfrentados por Moçambique em sua busca por uma
governança eficaz, tais como corrupção, falta de infraestrutura, disparidades
socioeconômicas e fragilidades institucionais.
Avaliar o impacto da boa governação no desenvolvimento socioeconômico de
Moçambique, destacando áreas de sucesso e oportunidades de melhoria.
Explicar as estratégias e políticas atualmente em vigor para promover a boa governação
em Moçambique, incluindo iniciativas governamentais, sociedade civil e parcerias
internacionais.
1.2 Metodologia
A metodologia empregada no decorrer da elaboração do trabalho terá como base as pesquisas
bibliográficas realizadas em livros, revistas e artigos científicos, que tenham por conteúdo boa
governação. (Marconi, 2000, p.253).
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2 Boa governação
Para Banco Mundial citado por Nuvunga (2007) Governação pode ser definida como “tradições
e Instituições através das quais a autoridade é exercida num país para o bem comum.” A
governação inclui: o processo usado para seleccionar, monitorar e substituir a autoridade; a
capacidade do governo de gerir seus recursos e implementar políticas adequadas; e o respeito dos
cidadãos e do Estado pelas instituições que governam as interacções económicas e sociais entre
eles.
Ainda segundo Diniz, “tal preocupação deslocou o foco da atenção das implicações estritamente
económicas da acção estatal para uma visão mais abrangente, envolvendo as dimensões sociais e
política da gestão pública” (Idem., p. 400)
A capacidade governativa não seria avaliada apenas pelos resultados das políticas
governamentais, e sim também pela forma pela qual o governo exerce o seu poder. Segundo o
Banco Mundial, em seu documento Governance and Development, de (Santos, 1997), a
definição geral de governança é “o exercício da autoridade, controle, administração, poder de
governo”. Precisando melhor, “é a maneira pela qual o poder e exercido na administração dos
recursos sociais e económicos de um país visando o desenvolvimento”, implicando ainda “a
capacidade dos governos de planejar, formular e implementar políticas e cumprir funções”.
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participação dos setores interessados ou de distintas esferas de poder (BANCO MUNDIAL,
1992, citado por Diniz, 1995, p. 400).
O bom governo depende em grande medida das qualidades e compromissos dos governantes,
mas depende, sobretudo da capacidade de escolha, participação e controle da sociedade civil.
“Isto, obviamente, está directamente relacionado com os níveis de empoderamento
(empowerment) de uma dada sociedade, o que por sua vez depende dos níveis de capital humano
e capital social.
No documento supra mencionado, a INTOSAI com base em parte nas contribuições das Nações
Unidas sobre o significado de boa governação (nomeadamente da publicada pela Comissão
Económica e Social para a Ásia e Pacífico das Nações Unidas em 2009 – What is Good
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Governance?), propõe um conjunto de princípios-chave identificadores de boa governança
pública, designadamente os relativos a:
Estes princípios de boa governação são essenciais para que os Estados e economias de cada país
proporcionem um ambiente institucional favorável a um processo de desenvolvimento nacional
com a participação dos cidadãos e para os cidadãos e de uma forma sustentável nas vertentes da
economia, financeira, social e ambiental.
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A boa governança pública contribui indubitavelmente para uma melhor administração pública no
sentido de que se torna:
Os princípios de boa governação pública colocam desafios acrescidos ao gestor público cuja
actuação ao se balizar por aqueles princípios o torna mais responsável quanto ao rigor,
transparência, integridade e eficiência das opções tomadas, a que acresce o dever de cidadania de
prestar contas qualitativas da gestão dos recursos públicos geridos e/ou dos serviços públicos
prestados.
A boa governança pública é susceptível também de vir a relançar novas problemáticas nos
paradigmas de administração pública, tendo em atenção que nos seus princípios (ou virtudes) se
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encontram valores de igualdade de oportunidades, de maior participação dos cidadãos nas
tomadas de decisão do poder político, de dignificação da vida humana nos estratos sociais mais
vulneráveis, de sustentabilidade económica, financeira, social e ambiental e de equidade
intergeracional que se configuram transcender as escolhas públicas predominantes no modelo da
nova ges- tão pública (new public management) muito concentrado nos valores de mercado e na
eficiência produtiva.
Na realidade, a nova gestão pública, enquanto paradigma ainda dominante nas economias
ocidentais, pretende responder às exigências de uma administração pública mais desconcentrada
na tomada de decisões, funcionalmente e organizacionalmente mais complexa e susceptível de
melhor se adaptar aos desafios e ameaças da globalização.
A nova gestão pública assenta ideologicamente num Estado garantidor (baseado na ideia
dominante das virtudes dos “mercados”), que prevalece relativamente a um Estado social (onde
predominam as preocupações sociais e de “bem-estar”). O Estado garantidor valoriza os
princípios de funcionamento dos mercados e da prestação de alguns serviços públicos por
entidades privadas ou através de parcerias público-privadas, tudo em nome da alegada
superioridade da eficiência produtiva do sector privado versus sector público.
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a criação de mecanismos institucionais de prestação de contas é condição crucial para o
funcionamento do governo democrático, tanto quanto as instituições representativas (Dahal,
1997apud Loureiro, 2008). O combate à corrupção, a defesa dos direitos humanos, a
melhoria do debate público e o reforço da participação cidadã, são algumas das promessas
possíveis de serem realizadas se tais mecanismos de transparência forem disponibilizados e
utilizados de maneira adequada (Angélico, 2012).
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3 Conclusão
Em Moçambique, a busca pela boa governação é uma jornada contínua e essencial para o
progresso socioeconômico e o bem-estar de sua população diversificada. Ao longo deste ensaio,
examinamos os princípios da boa governança e sua aplicação no contexto moçambicano, bem
como os desafios enfrentados e as oportunidades de melhoria.
Além disso, é fundamental que Moçambique continue a colaborar com parceiros internacionais e
aproveitar a assistência técnica e financeira disponível para apoiar seus esforços de governança.
Um diálogo construtivo e colaborativo entre todas as partes interessadas é essencial para
promover a boa governação e o desenvolvimento sustentável em Moçambique.
Em última análise, ao fortalecer a boa governação, Moçambique pode construir uma base sólida
para um futuro próspero e inclusivo, onde todos os cidadãos tenham oportunidades iguais de
prosperar e contribuir para o progresso do país.
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4 Referencias bibliográficas
Cruz, C. F. et al. (2012).Transparência da Gestão Pública Municipal. Revista de Administração
Pública. Rio de Janeiro, 46(1):153-76, jan./fev.,
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