Plano de Desmaterialização de Processos
Plano de Desmaterialização de Processos
Plano de Desmaterialização de Processos
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
com força de Lei deixa evidente que o uso de certificados digitais permite a
equiparação do documento físico com o documento eletrônico. É importante
destacar que, segundo a Carta Ibero americana de Governo Eletrônico sancionada
pelo governo brasileiro em 2007, os documentos tramitados eletronicamente pelos
cidadãos devem manter a mesma validade intrínseca independente do suporte[7].
Os primórdios do Governo Eletrônico – e-GOV em âmbito federal foram
marcados por iniciativas isoladas e sem mecanismos de coordenação e integração
de diferentes aplicações, principalmente nas áreas de tributação e arrecadação,
para automação de serviços e investimentos em aquisições de parques
computacionais. Em seguida, o direcionamento de recursos foi para a prestação de
serviços que gerassem benefícios à sociedade. Nessa fase, os dirigentes do
governo se deram conta da oportunidade de confluência de recursos públicos e
criaram o Comitê Executivo de Governo Eletrônico. Para Ferrer [10], o governo
eletrônico é uma forma de modernização da gestão pública e deve ser inserido
numa política mais ampla de Reforma do Estado, que compreende a análise e
reformulação de processos, da estrutura administrativa, de marco regulatório, bem
como de relacionamento entre os agentes do Estado com a sociedade civil.
Após isso, a ênfase dos governantes, nos últimos anos, foi a
disponibilização de direitos na forma eletrônica e o desenvolvimento de sistemas de
informação para apoio a programas e políticas de inclusão social. Cabe destacar,
neste sentido, o pensamento de Cunha et al [8], que afirmam que os governos e
instituições públicas conseguiram grandes ganhos de qualidade e eficiência ao
migrarem seus serviços para a internet. Segundo o pensamento destes mesmos
autores, a prestação eletrônica de serviços apoiará a universalização do acesso da
população a serviços públicos essenciais.
O avanço tecnológico representa uma oportunidade ímpar para a
melhoria, a simplificação, a racionalização e a virtualização de trâmites e fluxos
governamentais e, por conseguinte, para o aperfeiçoamento dos serviços públicos
eletrônicos disponibilizados à sociedade.
O Poder Judiciário, ao promover a informatização do processo judicial,
quando as primeiras iniciativas dos tribunais remontam ao início dos anos 2000 e a
normatização de fato ocorreu com a publicação da Lei nº 11.419, de 19 de
6
dezembro de 2006 [3]. A partir desse período teve início a quebra do paradigma
do papel no processo judicial, algo que endereçou grandes desafios, e ao mesmo
tempo proporcionou a pacificação de determinados conceitos entre os
doutrinadores do Direito referentes ao incipiente processo eletrônico. Neste Poder,
tanto nos tribunais superiores quanto nos regionais, nota-se a adoção da
digitalização e o uso intensivo da certificação digital e acumula-se vasta
experiência e alcance de resultados positivos.
Sobre essas iniciativas de uso do meio eletrônico no Poder Judiciário
Lima [13] descreve estudo sobre o uso de sistemas eletrônicos de processamento
de ações judiciais e a paulatina expansão deste sistema e-Proc no Juizado Federal
do Rio Grande do Sul. Ele destaca que tal aplicação possibilita a tramitação de
processos de forma completamente eletrônica. Já para Alves & Prudencio [1] a
desmaterialização de processos na atividade jurídica possibilita mais segurança,
rapidez, economia, remessa eletrônica e transparência.
No âmbito do Poder Executivo possui diversos casos de sucesso de
processos eletrônicos, a saber: a Receita Federal do Brasil (RFB) com o
Receitanet e o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped); o Sistema de
Concessão de Diárias e Passagens (SCDP); o Portal Comprasnet, que possibilita o
uso massivo do pregão eletrônico na contratação de bens e serviços no Governo
Federal; dentre outros.
Na esfera estadual, cita-se o exemplo do Estado de Goiás, que publicou
legislação sobre a informatização e a digitalização dos processos e atos da
Administração Pública Estadual e regulamentou o processo administrativo.
Em uma visão internacional sobre ações relacionadas as políticas
governamentais para uma administração sem papel, cita-se a iniciativa de Portugal,
que por meio do programa Simplex [16] promove uma política pública nacional
integrada de ações para simplificação legislativa e administrativa, por intermédio de
uma série de mecanismos, dentre eles a desmaterialização de procedimentos. O
Plano Avanza 2 do governo espanhol externaliza o objetivo de promover processos
de inovação em TIC nos órgãos da administração pública, para colocá-los a serviço
dos cidadãos e das empresas, e a meta de se alcançar uma administração sem
papel em 2015 [15].
7
4 METODOLOGIA
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
17. Projeto CYBERSUDOE. Rede de difusão das TIC nas PME no Sudoeste da
Europa. Disponível em: http://www.cybersudoe.eu e
http://www.cybersudoe.eu/pt/uploads/guides_pt/Guia_Cybersudoe_TIC_e_Desmateri
alizacao_de_documentos_pt.pdf. Acesso em: 27/07/2012.
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