Estudo de Caso

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ALEX A. BARBOSA DE LUCENA

ESTUDO DE CASO

RABDOMIÓLISE

Boa Vista
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ALEX A. BARBOSA DE LUCENA

ESTUDO DE CASO

RABDOMIÓLISE

Estudo de caso apresentado como parte dos


requisitos para conclusão do Estágio
Supervisionado IV do Curso de Graduação em
Farmácia da Faculdade Cathedral.

Professor: Claudia Winch Ceolin


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Sumário

1.0 - Introdução .............................................................................................. 3


2.0 - Descrição do Caso ................................................................................ 4
2.1 - Diagnóstico Clinico .............................................................................. 5
2.2 - Resultados de exames laboratóriais / imagens...............................6/7
2.3 - Fisiopatologia da doença .................................................................... 8
2.4 - Terapêutica adotada.............................................................................. 9
3.0 - Considerações Finais.........................................................................10
4.0 - Referências..........................................................................................11
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1.0 - Introdução

A Rabdomiólise é uma síndrome clínica que envolve a ruptura do tecido muscular


esquelético. Os sinais e sintomas incluem fraqueza muscular, mialgias e urina
marrom-avermelhada, embora essa tríade ocorra em menos de 10% dos
pacientes. O diagnóstico da Rabdomiólise é pela anamnese e confirmação
laboratorial da creatinoquinase (CK) elevada, geralmente superior a 5 vezes o
limite superior de normalidade. O tratamento é de suporte com líquidos IV bem
como o tratamento da causa iniciante e de quaisquer complicações resultantes.
(https://www.msdmanuals.com/)
A Rabdomiólise é uma importante causa de insuficiência renal aguda (IRA),
sendo responsável por cerca de 5 a 7% dos casos de IRA não traumática, e 25%
de todos os casos de necrose tubular aguda. Por outro lado, a incidência de IRA
em pacientes com rabdomiólise está entre 16,5 a 33%.
(http://medicinanet.com.br/m/conteudos/revisoes/6180/rabdomiolise).

O trabalho irá apresentar o caso do paciente que teve o diagnóstico positivo para
a rabdomiólise através de exame laboratórial e consulta médico realizados no
PMGu/BVA (Posto Médico Guarnição).
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2.0 - Descrição do Caso

Paciente C.B.D.S, 23 anos de idade, militar, sexo masculino, morador da capital


de Boa Vista do estado de Roraima. Após alguns dias de treinamento militar, o
paciente chegou ao PMGu/BVA (Posto Médico Guarnição) e relatou que estava
com dores musculares, fraqueza, sudorese intensa e boca seca, além de pouco
consumo de líquido, principalmente água. O médico ao ouvir todas as
informações e observar a visível desidratação, solicitou exame laboratórial para
verificar os níveis de CK e a Creatinina.
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2.1 - Diagnóstico Clinico

O paciente chegou ao PMGU com sintomas: descontrole de musculatura, pupilas


dilatadas, febre, boca seca, sudorese intensa. O médico solicitou com urgência
exames laboratórial.
Com resultados em mãos, testificou-se que os resultados da creatinina estava
dentro do padrão de referência, entretanto, o CK (creatina fosfoquinase total) se
encontrava fora do valores de referência com resultados elevado,além de ser
identificado uma infecção. Com os exames e sintomas mencionados confirmou-
se que o paciente estava com rabdomiólise e também infecção urinária.
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2.2 - Resultados de exames laboratóriais / imagens

FOTO 1: Resultado da Creatinina e o CK CK (Creatina Fosfoquinase Total).


(Foto: Alex Lucena)

FOTO 2: Resultado dos Elementos Anormais e Sedimentoscopia – EAS


(Foto: Alex Lucena)
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Os resultados do exame mostrou valores alterados no CK (Creatina


Fosfoquinase Total), na análise da urina houve alterações: Leucócitos, Cilindro
com resultado leucocitário e presenca de proteínas, levando a confirmação de
lesão muscular e infecção. Já a creatinina estava dentro dos valores de
referência.
O CK é uma proteína (enzima) que pode ser encontrada em diversos tipos
de células, tecidos musculares esqueléticos e cardíaco, também cérebro. Tem
como tarefa amplificar a velocidade da reação química entre o fosfato liberado
pela molécula Adenosina Trifosfato (ATP), e a creatina por sua vez, modifica
esses dois em Fosfocreatina (PCR) para conseguir manter os níveis de
intensidade energética. A prática de exercícios físicos intensos faz com que as
moléculas de ATP que estão estocadas nos músculos transformando em ADP
(Adenosina Difosfato) e a enzima CK ajuda na recuperação de energia.
A Creatinina, substância produzidas pela musculatura, sendo responsável por
fabricar energia para que aconteça a contração muscular. O acúmulo no sangue
causa sérios problemas de saúde, e quando elevadas significa que existe um
funcionamento dos rins de forma inadequada, seu aumento acontece por uso de
anti-inflamatório, infecções graves e desidratação.
Proteína, a presença na urina pode acontecer quando ocorre algum dano aos
glomérulos ou aos túbulos renais. Em casos de inflamação ou cicatrizes nos
glomérulos, pode fazer a proteína e até mesmo hemácias e leucócitos na nossa
urina. (https://www.hemolabrr.com.br/post/presenca-de-proteina-na-urina-o-
que-pode-ser). Podendo aparecer mesmo não tendo nenhuma lesão nos rins,
sendo associada com uma infecção.
Leucócitos, a presença de leucócitos altos na urina é chamada de
leucocitúria. Geralmente, quando ocorre, pode significar a presença de
bactérias, como a que provoca a infecção urinária, principalmente se
acompanhado de sintomas como ardência, dificuldade ou dor ao
urinar. (https://nav.dasa.com.br/blog/leucocitos-alto)
Cilindro Leucocitário é formado principalmente por leucócitos e a sua presença
é normalmente indicativa de infecção ou inflamação do néfron, sendo geralmente
associado à pielonefrite e à nefrite intersticial aguda, que é uma inflamação não-
bacteriana do néfron.
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Apesar do cilindro leucocitário ser indicativo de pielonefrite, a presença dessa


estrutura não deve ser considerado critério único de diagnóstico, sendo
importante avaliar outros parâmetros do exame.
(https://www.tuasaude.com/cilindros-na-urina/)
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2.3 - Fisiopatologia da doença

Os músculos esqueléticos são fibras em quantidade contráteis sendo


organizadas no padrão regular, e quando visualizadas em um microscópio,
aparecem em forma de listras. A musculatura esquelética, pode variar na
velocidade de contração, além de ser responsável pela postura e movimentos
ligados aos ossos e grupos opostos em torno das articulações. Todo controle
da musculatura é comandada pelo cérebro, entretanto, também são
considerados músculos com movimento voluntário, isso porque o ação é de
controle consciente da pessoa. No decorrer dos anos, tanto o tamanho quanto
a força da musculatura esquelética são aumentadas devido a prática regular
de exercícios físicos, hormônio do crescimento e testosterona, ambos ajudam
no crescimento na infância e mantém seu tamanho na fase adulta.
A rabdomiólise tem como característica a destruição das fibras musculares, é o
encadeamento de liberação das substâncias encontradas no interior das células
dos músculos na corrente sanguínea. Dentre as substâncias, tem a mioglobina
que é uma proteína que transporta e armazena oxigênio no miócito, e a cretina
quinase e eletrólitos.
A via final da rabdomiólise é a lise dos miócitos estriados conseguinte à lesão
direta ou indireta com o deslocamento de seus componentes intracelulares para
o líquido extracelular e/ou corrente sanguínea.
(https://www.sanarmed.com/resumo-rabdomiolise-ligas)
A partir do momento que a célula sofre algum estresse mecânico ou químico,
tanto nos canais Ca2+ e Na+ que estão presentes no sarcolema, abrem e
causam influxo de íons. Com uma concentração elevada no meio intramuscular
causa a contração de miofibras, depleção do ATP, ativação de moléculas
vasoativas e morte celular.
Com o envolvimento de componentes intracelular junto com o extracelular, o
organismo inicia resposta inflamatória resultando em reação miolítica
inflamatória autossustentada, de maneira oposta da necrose simples.
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2.4 - Terapêutica adotada

Após a confirmação da rabdomiólise, iniciou-se o tratamento do paciente com


a internação e o cuidado focado principalmente para evitar o desenvolvimento
da insuficiência renal, com o uso da hidratação intravenosa para eliminar
eletrólito e mioglobina dos rins além de repor fluídos que foram perdidos
através da sudorese, vômitos e diarréia, para tratar a infecção, fez o uso de
antibióticos. Além do acompanhamento com a realização de exames como
forma de verificar os níveis de CK (Creatina Fosfoquinase Total) e da infecção.
O tratamento é conforme a evolução do quadro clínico do paciente até tudo se
normalizar.
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3.0 - Considerações Finais

Em suma, a rabdomiólise é uma doença que tem característica principal a


destruição das fibras musculares, causada por alto consumo de álcool e
exercícios físicos ao extremo. Os sintomas são variáveis de paciente para
paciente, porém, os mais comuns são: franqueza, sudorese intensa, dores
musculares, desidratação e nos casos mais graves desenvolve insuficiência
renal aguda. Para chegar ao diagnóstico é por meio do exame laboratórial, no
qual, o CK (Creatina Fosfoquinase Total) e a CREATININA se apresentam
alterados. Após a confirmação, é necessário a internação e hidratação
intravenosa, além do acompanhamento médico em todos o graus da doença.

No caso relatado, o paciente informou os sintomas e logo realizou os exames


no PMGu/BVA(Posto Médico Guarnição), confirmando assim a rabdomiólise, foi
internado de imediato dando início ao tratamento necessário de recuperação
além de evitar a evolução da doença até em níveis elevados.
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4.0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/-articulares-e-
musculares/biologia-do-sistema-musculoesquel acesso em 23 de agosto
de 2023 // 15h44min.
• https://summitsaude.estadao.com.br/novos-medicos/rabdomiolise-saiba-
o-que-e-conheca-causas-e-tratamentos/ acesso em 24 de agosto de 2023
// 14h49min.
• "Creatinoquinase alta: Veja a importância do exame CK total"
https://blog.ramosmedicinadiagnostica.com.br/creatinoquinase-alta/
acesso em 28 de agosto de 2023 // 15h39min.
• https://www.hemolabrr.com.br/post/presenca-de-proteina-na-urina-o-
que-pode-ser acesso em 04 de setembro de 2023 // 16h28min.
• https://nav.dasa.com.br/blog/leucocitos-alto acesso em 04 de
setembro de 2023 // 17h00min.
• https://www.tuasaude.com/cilindros-na-urina/ acesso em 04 de
setembro de 2023 // 17h27min.

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