Estudo de Caso Final Dieto

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Universidade de Brasília

Departamento de Nutrição
as
Prof : Dra. Kênia Baiocchi e Dra. Nathalia Pizato
Disciplina: Nutrição Clínica e Dietoterapia 1

ESTUDO DE CASO CLÍNICO


Câncer de intestino cólon e sigmóide

Bruna Lemos 160114594


Danielle Abreu Souza 160117127
Larissa de O. Alencar 170038602
Maria Clara Lins Gibson 160136164
Natasha Queiroz dos Santos 160139791
Tatiane de Fátima de Oliveira 160145619

Brasília -DF, 08 de julho de 2019


SUMÁRIO
1. Introdução ao estudo de
caso………………...………………………………...…….3

Parte 1 - Dados clínicos……………………………………………………………………3

1.1 Identificação do paciente………..…………………………………………………3

1.2. Dados do prontuário identificados na história clínica…………………..………...3

1.3.Estudo teórico das


doenças………....……………………………………………...9

1.4.Análise dos dados clínicos do paciente....……..…..…………………...………...11

Parte 2 - Dados nutricionais ………………………………...…………………………13

2.1.Cuidado nutricional………..……………………………………………………..13

2.2Avaliação nutricional ……………………………...………………………………13

2.3.Interação entre drogas, nutrientes e estado nutricional……………………..…….17

2.4.Objetivos e metas da dietoterapia...………………………………………………17

2.5.Prescrição dietética ……………………………………………………………….18

2.6.Análise do cuidado nutricional e evolução…………...…………………………..18

2.7.Cálculo da dieta: exemplos de cardápio ………………………………………….18

2.8. Orientações nutricionais gerais………….……………………………………….22

3. Conclusão………………………………………………...…………………………….....21

4. Referências bibliográficas.………………….....………………………...……………….23

Anexos………………………………………………………………………………………..2
4

1
GLOSSÁRIO
1. Eupneico: respiração normal;
2. Sedestação: posição sentada;
3. LOTE: lúcido e orientado em tempo e espaço;
4. PA: pressão arterial;
5. FC:frequência cardíaca
6. FR: frequência respiratória
7. SpO2: saturação de oxigênio;
8. EVA: escala visual analógica;
9. MV + s/RA: Murmúrio Vesicular presente sem ruído adventício
10. TVP: trombose venosa periférica.

1. Introdução ao estudo de caso

O objetivo deste trabalho é analisar um paciente enfermo oferecendo uma conduta


nutricional adequada para seu estado nutricional e patologias específicas. A paciente foi
escolhida entre os indivíduos presentes no momento da visita e o critério utilizado para a

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escolha do caso era utilizar patologias estudadas durante a disciplina de Nutrição e
Dietoterapia, para que assim os alunos pudessem adquirir conhecimento prático.

A paciente estudada estava localizada na área clínica cirúrgica do Hospital


Universitário de Brasília, em período pré operatório, na enfermaria 309 leito 02, desde o dia
02 de Junho de 2019 e permanecerá sobre acompanhamento médico até a realização da
cirurgia que não tem uma data prevista. O número de visitas realizada pelas estudantes de
Nutrição foi de apenas uma, sendo esta suficiente para avaliação e coleta de todos os dados
necessários para o estudo de caso.

Parte 1- Dados clínicos

1.1.Identificação do paciente

Iniciais: E.O.C. Residência: Própria

Sexo: Feminino Estado civil: Viúva

Idade: 71 Profissão: Aposentada

Nacionalidade: brasileira Ocupação: Do lar

Naturalidade: Pompeu, MG Grau de instrução: Estudou até a 4a série

Procedência: Unaí, MG

1.2.Dados do prontuário identificados na história clínica

Data de internação: 02 de junho de 2019, para realizar procedimento cirúrgico.

Queixa principal (QP): Paciente relatou sentir dores em baixo do ventre, apresentando
sangramento nos últimos meses.

História da doença atual (HDA): A paciente foi diagnosticada com câncer de cólon,em
2016, em Unaí-MG. Relatou sentir dores há meses e que utilizava remédios para as dores. E
também apresenta sangramento nas fezes, nos últimos meses. Já foi internada no hospital
geral de Unaí, e nessa internação atual foi eletiva para realizar a colectomia.

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História patológica pregressa (HPP): A paciente relatou ter feito cirurgia de perineoplastia,
possui altos níveis de colesterol (tratada com sinvastatina 20mg), possuindo também
hipertensão (tratada com losartana potássica 50mg e digoxina 0,25mg, caverdilol 3,125mg),
osteoporose, osteopenia, e diabetes (tratada com insulina NHP humana e com insulina regular
humana). A paciente ainda possui prescrição de nove remédios, sendo eles: Losartana
Potássica 50mg, Digoxina 0,25mg comprimido, insulina NPH humana para tratamento de
diabetes tipo 1, Sinvastatina 20mg comprimido, Clonozepam 2mg, dipirona sodica
500mg/ml, Omeprazol 40mg frasco-ampola + diluente 10ml 40mg, Ondansetrona 2mg/ml
4ml (8mg) ampola 2mg/ml e tramadol 50mg/ml 2ml ampola 50mg/ml.

História familiar: Mãe e pai falecidos, a primeira por doença de chagas e o último por
câncer de cólon. A irmã mais nova da paciente também possui neoplasia maligna de cólon.

História social e ambiental: A paciente relatou não ser etilista e tabagista. Possui renda de 3
salários mínimos/habitação, possui quatro filhos e casa própria.

Exame físico: Os dados foram retirados do prontuário, referente a fisioterapia.

● No dia da admissão: Paciente consciente, orientado, eupneico em ar ambiente; nega


queixas; eliminações fisiológicas presentes; segue aos cuidados da equipe,
aguardando procedimento cirúrgico.
● No dia da visita: Paciente em sedestação, LOTE, com queixa de dor embaixo da
barriga. Sinais vitais iniciais: PA: 130 x 70 mmHg, FC 104 bpm, FR 23 ipm, SpO2:
92, EVA 10/10 (quadrante inferior do abdômen); Abdômen Distendido e com
flatulência; Ausculta pulmonar: MV + s/RA; Sem sinais de edema, sem sinais de
TVP. Após realizar exercícios da fisioterapia, os quais foram: Em sedestação, a
paciente realizou inspiração profunda (3 x 10 repetições), senta e levanta (2 x 10
respirações), flexão plantar em ortostatismo (2 x 10 repetições), abdução de ombros
com resistência elástica associada à respiração (2 x 10 repetições, flexão de ombros
com carga de 1kg associado a respiração, flexão e extensão de joelhos com carga de 1
kg (2 x 10 repetições) - os seus sinais vitais encontrados foram: PA 130 x 60 mmHg,
FC 98 bpm, FR 24 ipm, Spo2 93%, EVA 08/10 (quadrante inferior do abdômen).

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Exames complementares e específicos do estado nutricional da paciente:

Quadro 1: Exames bioquímicos complementares


Exame Data Resultado Referência

Ureia 03/06 27 mg/dL 16 a 40 mg/dL

Creatinina 03/06 0,8 mg/dL 0,6 a 1,2 mg/dL

Sódio * 03/06 129 mEq/L 135 a 145 mmol/L

Potássio 03/06 4,21 mEq/L 3,5 a 5,5 mmol/L

Cálcio sérico 03/06 8,6 8,5 a 10,2 mg/dL

Glicose 03/06 71 60 a 110 mg/dL

TGO 03/06 17 5 a 40 u/L

TGP 03/06 10 7 a 56 u/L

Bilirrubina total 03/06 0,25 0,20 a 1,00 mg/dL

*Na tabela acima, apenas o sódio encontra-se abaixo do recomendado. Isso é explicado
devido ao desequilíbrio eletrolítico na paciente e doenças crônicas como insuficiência
cardíaca.

Quadro 2. Exames bioquímicos específicos do estado nutricional.


Exame Resultado Referência

HCM 27 picog 27 a 32 picog

CHCM 32g/dL 32 a 36 g/dL

RDW 15,2 12,5 a 15,8

Albumina * 2,8 g/dL 3,5 a 4,7 g/dL

5
Hemoglobina * 11,3 g/dL 12.0 a 16.0 g/dL

Hematócrito * 34,7% 35 a 47%

Hemácias 4,2 milhões/mm3 3.9 a 5.4 milhões/ µL

VCM 82fL 80 a 90

*Na tabela acima, os exames de albumina, hemoglobina e hematócritos deram abaixo do


limite de referência. Sendo desnutrição e anemia secundária ao tratamento as respectivas
causas.
O exame de albumina não é um parâmetro indicador apenas de desnutrição, podendo ser
também infecções. Porém, depois de todos os dados da paciente que foram analisados,
chega-se à conclusão que o único motivo para o valor baixo de albumina foi a desnutrição.

Hipótese diagnóstica: Tumor de intestino cólon e sigmóide.

Terapêutica medicamentosa

Quadro 3: Medicamentos utilizados pela paciente


Medicamento Indicação Posologia Interação
droga X
nutriente

Losartana Potássica Indicada para 1 cmp, VO, de ---


50mg hipertensão e diabetes 12/12 horas
tipo 2

Digoxina 0,25mg Indicada no tratamento 1 cmp, VO, 1x ao Alimentos


cmp da insuficiência dia ricos em fibras
cardíaca segunda a sexta diminuem a
absorção do
cmp

6
Insulina NPH humana indicado para tratar 10 UI de 12/12 ---
100Ui/ML diabetes mellitus horas
frasco-ampola manha e noite

Sinvastatina 20mg cmp Indicado para reduzir os 1 cmp, VO, noite Suco de
níveis de colesterol toranja
interfere no
metabolismo
deste
medicamento

Clonozepam 2mg Indicado para transtorno 2mg, VO, noite Suco de


de ansiedade e de toranja
humor interfere no
metabolismo
deste
medicamento

Dipirona sódica Indicado para dores e 1000mg, IV, 6/6 ---


500mg/ml febre horas se houver dor
ampola 500mg/mL

Omeprazol 40mg Indicado para tratar 40mg, IV, 1x ao dia ---


frasco-ampola + esofagite de refluxo,
diluente 10ml 40mg gastrite, úlcera gástrica
e úlcera duodenal. Ele
também funciona como
um protetor gástrico
para quem vai usar
medicamentos que
“machucam” o

7
estômago

Ondansetrona 2mg/ml Indicado para o controle 8mg, IV, de 8/8 ---


4ml (8mg) ampola de náuseas e vômitos horas se houver
2mg/ml náuseas ou vômitos

Tramadol 50mg/ml 2ml Indicado para dor 100mg, IV, de 8/8 ---
ampola 50mg/ml intensa e severa horas se houver dor
forte

A paciente apresenta a necessidade de fazer uso de outros medicamentos que não


estão associados diretamente ao diagnóstico, mas sim, a outras anormalidades presentes na
paciente, como dislipidemia, insuficiência cardíaca e outras. Dentre eles, pode-se destacar o
uso de tramadol, que é indicado para o alívio de dores moderadas a graves, o que
possivelmente deve ser causada pelo volume da neoplasia, além disso, a paciente utiliza
medicamentos como clonazepam e omeprazol, uma vez que o primeiro é indicado para tratar
ansiedade e humor, pois essa fase da doença é caracterizada por drásticas mudanças na vida
do paciente, além disso, o uso de omeprazol é indicado, pois, com o uso de uma quantidade
grande de medicamentos, é possível que os mesmos agridam o estômago.

Além dos pontos destacados, é necessário enfatizar também que de acordo com os
exames complementares os níveis de sódio deram abaixo do que o valor de referência, o que
pode ser explicado por um desequilíbrio eletrolítico que pode estar presente na paciente.

Terapêutica dietética

No período entre os dias 02/06/2019 a 06/06/2019, a paciente recebeu dieta por via
oral de consistência branda com carnes pastosas. Hipossódica, com VET de 1500 Kcal/dia
(30,9 kcal/KgP) e oferta proteica de 72 g/dia (1,5g/KgP). Específica para DM, e fracionada
em 6 refeições diárias, no padrão hospitalar. Sendo essa associada à Terapia Nutricional VO
de caráter hipercalórica e hiperproteica duas vezes ao dia (NutriDrink).

Evolução clínica

8
A paciente estava em pré operatório, não sendo possível analisar possíveis
modificações no quadro em que ela se encontrava até a intervenção do problema, que neste
caso será uma cirurgia de retirada do câncer.

1.3 Estudo teórico da doença

O câncer colorretal engloba tumores malignos do intestino grosso. Esta doença é


tratável e geralmente curável, exceto quando é expandida para outros órgãos (BRASIL,2014).
No Brasil a incidência dessa patologia se diferencia entre as regiões do país, sendo maior nas
regiões sul e sudeste (19-21 casos/100.000 indivíduos) e menor nas regiões norte, nordeste e
centro-oeste (INCA,2010). Em 2006 estimava-se o tumor de cólon sendo o quinto tumor
maligno mais comum em homens e o quarto em mulheres no Brasil (INCA,2006). Isso se
deve ao fato de ser uma patologia com forte componente genético e por seu diagnóstico
geralmente ser tardio (SILVA,2007).

Segundo o Instituto Nacional de Câncer os fatores que aumentam o risco de câncer no


intestino são: idade acima de 40 anos, alimentação pobre em fibras, sobrepeso/obesidade, alto
consumo de carnes vermelhas e processadas, história familiar de câncer no intestino, se já
teve câncer antes, tabagismo, etilismo, doenças inflamatórias no intestino, exposição
ocupacional à radiação ionizante e algumas doenças hereditárias (polipose adenomatosa
familiar e câncer colorretal hereditário sem polipose) (INCA, 2018).

A maior parte dos cânceres de cólon resultam da formação de pólipos (neoplasias do


trato gastrointestinal), que inicialmente são benignos mas com o passar do tempo se tornam
malignas. O tipo histológico mais habitual é o adenocarcinoma, este pode ser classificado em:
bem diferenciado (grau I), moderadamente diferenciado (grau II) e mal diferenciado (grau
III). Essa classificação se baseia na arquitetura glandular, no pleomorfismo celular e no
padrão da secreção de muco (BRASIL, 2014).

O diagnóstico pode ser feito pela colonoscopia ou pelo exame de peça cirúrgica.
Porém a colonoscopia é melhor pois ela abrange todo o intestino grosso além de a remoção
ou biópsia de pólipos que possam estar localizados fora da área de ressecção da lesão
principal (BRASIL,2014). É importante que se tenha um diagnóstico mais precoce, para isso

9
é necessário que se defina bem os grupo de risco, para que os grupos de risco médio e alto
consigam fazer a colonoscopia (ASSIS, 2011).

Os principais sintomas são: sangue nas fezes, diarréia e prisão de ventre alternados,
dor ou desconforto abdominal, fraqueza, anemia, perda de peso sem causa aparente, fezes
finas e compridas e massa abdominal. O que dificulta o diagnóstico é porque esses sinais
geralmente não estão associados com o câncer, mas sim com doenças mais comuns
(hemorroidas, verminose, úlcera gástrica, etc.) e então não se investiga a fundo, por isso é
necessário que se vá a um médico quando aparecer um desses sintomas e principalmente se
estes persistirem (INCA,2018).

Para esse tipo de doença a cirurgia é primeiro tratamento, onde irá retirar a parte do
intestino afetada e os gânglios linfáticos, posteriormente realiza-se a radioterapia associada
ou não a quimioterapia para reduzir as chances de um retorno desse tumor. O resultado do
tratamento depende principalmente do tamanho do tumor e se ele se espalhou para outros
órgãos ou não, quanto maior e mais espalhado menor a chance de cura. Por ter um caráter
recidivo é necessário que mantenha acompanhamento com o médico sempre, para prevenir
uma volta ou tumor em outro órgão (INCA,2018).

O tratamento dietético é importante, pois pacientes oncológicos idosos têm uma maior
predisposição a desenvolverem desnutrição, o que prejudica ainda mais o quadro clínico. Por
isso pacientes que são submetidos a tratamento nutricional obtém uma melhor resposta ao
tratamento médico (BRASIL,2016).

A terapia nutricional visa adequar o estado nutricional, evitar caquexia, prevenir perda
de massa magra, ajudar no manejo dos sintomas, melhorar balanço nitrogenado, melhorar a
resposta imune e redução do tempo de internação hospitalar (BRASIL,2016).

Para escolha da terapia nutricional é importante levar em conta as características de


cada paciente: onde o tumor está localizado, se o tratamento é curativo ou paliativo, os
sintomas e o estado nutricional. Deve-se tentar reverter o caso de desnutrição para uma
melhor resposta ou para um preparo cirúrgico, desta forma quando a alimentação com alta
densidade calórica é insuficiente recomenda-se associa-la ao uso de suplementos alimentares,
para alcançar o aporte calórico ideal (BRASIL,2016).

10
Para escolha da via deve-se analisar se o trato gastrointestinal está funcionando.
Quando escolhido a via oral, é importante ter associação da alimentação com os
complementos e se a ingestão alimentar é menor que 75% das recomendações em até 5 dias.
A terapia nutricional enteral é utilizada quando a via oral não pode ser utilizada e a ingestão
alimentar é menor do que 60% das recomendações em até 5 dias. Por fim, a terapia
nutricional parenteral é usada quando o trato gastrointestinal não está funcionando e nessa
precisa-se de uma atenção maior com o paciente (BRASIL,2016).

1.4 Análise dos dados clínicos da paciente

Conforme já mencionado, a paciente antes do diagnóstico da doença sentia dores na


região abaixo do ventre, porém, a mesma não sabia qual o motivo de tal dor, o que a
impulsionava a buscar tratamento de tal sintoma por meio de medicamentos que controlassem
a dor, porém, com o diagnóstico de câncer, a mesma foi encaminhada para o Hospital
Universitário de Brasília, o qual possui estrutura adequada para a realização de tal cirurgia.

A falta de estrutura necessária no hospital para cirurgia na cidade onde reside a


paciente pode ser um fator determinante para a evolução da doença, uma vez que a mesma já
apresentava-se presente na paciente desde 2016, sendo, o câncer, tratado de forma tardia. A
falta de estrutura adequada para a realização de determinadas cirurgias pode ser um fator
negativo para a cura, uma vez que leva-se mais tempo para que o paciente possa ter acesso a
um tratamento adequado de sua patologia.

A paciente relatou sentir inicialmente dores na região abaixo do ventre (abdominal),


sintoma presente em 62,5% dos caso e sangramento nas fezes nos últimos meses (NETO,
2006). Na paciente em questão, os sintomas, conforme já citado, foram muitas vezes
negligenciados, uma vez que a paciente imaginava ser apenas uma dor de uma possível
inflamação. Uma das causas para que não se dê o real valor para tais sintomas é um possível
preconceito por parte do paciente com relação a forma de realização dos exames para
detecção da doença, sendo um ponto negativo no diagnóstico precoce da mesma (BRASIL,
2003).

Outros sintomas referidos na literatura para o câncer de cólon é a mudança de hábitos


alimentares, constipação ou diarreia, perda de sangue e/ou muco nas fezes. A paciente aqui

11
analisada apresentou tais aspectos clínicos, sendo referido mudança nos hábitos alimentares,
como a diminuição em quantidade e variedade de consumo, e além disso constipação, que
possivelmente ocorreu devido ao crescimento do adenocarcinoma e em um momento inicial e
perda de sangue nas fezes também foram referidos pela paciente.

Vários são os fatores de risco associados a essa patologia, como a idade, sendo mais
suscetíveis indivíduos acima de 60 anos, com dieta caracterizada por baixo consumo de frutas
e hortaliças, consumo elevado de gordura animal e presença de vínculo familiar de primeiro
grau com diagnóstico da doença (BRASIL, 2003). Esse fatores estão associados a paciente,
uma vez que a mesma relatou consumir quantidades inferiores de frutas e hortaliças
habitualmente, de fazer uso de gordura suína para o preparo dos alimentos e de possuir pai e
irmã com a mesma patologia, além de apresentar idade superior a 60 anos.

Parte 2 - Dados nutricionais

2.1 Cuidado nutricional

2.2 Avaliação nutricional

Anamnese alimentar

Em casa (antes da manifestação da doença): A paciente relata dieta de consistência


normal, com baixo consumo geral nesse período, sendo necessário destacar o baixo consumo
de frutas e hortaliças, doces e refrigerantes e não utilização de temperos industrializados. A
paciente relata ingestão média mensal de 300 ml de gordura suína utilizada para cozinhar,
200g de sal e 2kg de açúcar, sendo necessário destacar consumo diário de laticínios e cereais,
consumo de aves, hortaliças e frutas, carne bovina e ovos em cerca de 2 a 5 vezes por
semana. A paciente relatou ingestão de 500ml/dia de água. É possível perceber, analisando
seu padrão alimentar, a não realização de pequenas refeições entre as grandes refeições.
Nesse período a frequência de evacuação é de uma vez ao dia.

Em casa (depois da manifestação da doença): A consistência normal foi mantida, porém,


foi relatado consumo reduzido em quantidade e diminuição da variação do padrão alimentar
da paciente, sendo observado na ingestão da preparação leite com café no desjejum e no
jantar. Houve relato de diminuição do consumo de carne bovina, leguminosas, aves,

12
hortaliças e frutas, interrompendo o consumo de doces e refrigerantes, mantendo a quantidade
de consumo de sal, gordura suína e açúcar e aumentando a ingestão hídrica para 2L/dia.
Nesse período a paciente relatou evacuações mais frequentes, sendo de quatro vezes por dia,
com consistência endurecida e em pequena quantidade.

No hospital: A paciente, no hospital apresenta prescrição de sistema dietético Via Oral,


porém, a aceitação dessa dieta é baixa, sendo de apenas 50%, equivalente a aproximadamente
900 kcal/dia, uma vez que relata consumir cerca de metade do que é ofertado em todas as
preparações. Porém, deve ser destacado, que, segundo relato, na preparação do almoço a
aceitação da carne moída foi alta juntamente com o arroz. Apesar de a aceitação da dieta estar
abaixo do que esperado, a aceitação da TNVO (Nutridrink) está em cerca de 100%.

Quadro 4. Recordatório de 24h

Refeição/Horário Alimento Quantidade (g/ml)

Desjejum Pão integral 23


06:00

Suco de abacaxi 125

Colação Nutridrink 150


09:00
Salada de fruta 45

Almoço Arroz 30
12:00
Carne moída 25

Colação Nutridrink 150


15:00
Pão careca 20

Geleia (não soube 10


especificar)

Jantar Ovo cozido 60


19:00
Arroz 25

Sopa 40

Ceia Chá (não soube especificar o 50


sabor)

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Tabela 1. Análise do Valor Energético Total do recordatório de 24h

Macronutrientes Gramatura (g) %

Proteínas 44 19,4

Lipídios 26,8 26,6

Carboidratos 122,3 53,9

VET (kcal) 906

Tabela 2. Análise de micronutrientes do recordatório de interesse na doença

Micronutrientes Quantidade

Fibras 7,27g

Cálcio 635,85 mg

Ácido fólico 190,2mcg

Selênio 64,6mcg

Vitamina A 638,8mcg

Vitamina D 7,79mcg

Vitamina C 69,36mg

Vitamina E 7mg

Conforme já mencionado anteriormente, a dieta proposta pelo nutricionista no


hospital possuía VET de 1500 kcal, porém, a paciente possuia aceitação de aproximadamente
50% da dieta, tendo um consumo de 900 kcal da dieta proposta, incluindo a TNVO, que por
sua vez possuía aceitação de 100%.
Com relação ao macronutrientes, a paciente de fato consumia 2,5g/kgP de
carboidratos, e 0,89g/kgP de carboidratos, possuindo um consumo de 18,5 kcal/kgP. Tais
valores podem ser preocupantes, uma vez que a paciente se encontra com uma doença
catabólica e além disso apresenta outras doenças, sendo necessário que a mesma possua uma
alimentação adequada para que possa suprir as necessidades desse período crítico.
No quadro acima é possível observar o consumo de alguns micronutrientes, sendo
eles o ácido fólico, selênio, cálcio, vitaminas D, A, C, E, tais micronutrientes estão

14
associados a inibição ou prevenção de câncer de intestino (BRASIL, 2003; FRIEDRICH,
2008).
Tabela 3. Antropometria

Índice Valor Diagnóstico

Peso atual 49,2 -

Altura 1,43 -

IMC 24 Eutrofia

Peso usual 56 -

%Peso usual 87,8 -

Peso ideal 50 -

%Peso ideal 98,4 Eutrofia

Estimativa de peso seco - -

%PPR 12 Perda grave

C. Cintura - -

CB 26 -

%CB 85,8 Desnutrição leve

PCT 13 -

%PCT 54 Desnutrição grave

CMB 21,9 Eutrofia

Avaliação metabólica:

TMB= 655+(9,6 x P) + (1,7 x E) - (4,7 x I)

TMB= 655 + (9,6 x 49,2) + (1,7 x 143) - (4,7 x 71)

TMB= 655 + 472,32 + 243,1 - 333,7

TMB= 1030 kcal

GET= TMB x FA x FI x FT

15
GET= 1030 x 1,25 x 1,4 x 1
GET= 1800 kcal

O fator atividade utilizado foi 1,25 pois a paciente estava acamada + móvel, o fator injúria
usado foi 1,4 pois a paciente está com câncer e o fator temperatura usado foi 1, pois a
paciente estava sem febre.

Diagnóstico Nutricional
Figura 1 - Classificação do estado nutricional pela ASPEN.

Devido aos resultados da prega cutânea tricipital e da circunferência do braço


verificados no quadro x, dos níveis de albumina apresentados no quadro x e da classificação
junto a ASPEN exposta na figura 1, a paciente tem diagnóstico de desnutrição grave no
contexto de doenças crônicas.

2.3 Interação entre drogas, nutrientes e estado nutricional

A paciente utilizava o total de nove medicamentos, sendo eles para controle da


diabetes, hipertensão e dores. Dos nove medicamentos, apenas três apresentam interações
com nutrientes. Sendo eles, o comprimido de Digoxina 25mg, no qual o consumo elevado de
fibras altera a absorção do medicamento, e os comprimidos de Sinvastatina e Clonozepam, no
qual o suco de toranja não é indicado por alterar o metabolismo do medicamento. Porém, a
paciente não tem contato com essa fruta.

16
2.4 Objetivos e metas da dietoterapia

Quadro 5 - Objetivos e metas da dietoterapia

Objetivos Metas

Melhorar o estado nutricional a fim de Ganho ponderal de 300 g/semana até atingir
reduzir os riscos cirúrgicos peso ideal de 50kg, em 3 semanas.

Aumentar a aceitação da dieta ≥ 70%

2.5 Prescrição dietética

Dieta via oral de consistência branda, hipercalórica, hiperproteica, hipossódica, com 35


kcal/KgP (1750 kcal) e 1,4 gPtn/KgP fracionada em 6x/dia e associada à Terapia Nutricional
por Via Oral (TNVO) 2x ao dia.

Distribuição de macronutrientes: 16% de proteínas, 54% de carboidratos e 30% de lipídeos.

Água: 2L/dia.

Micronutrientes e fibras: Correspondentes com, no mínimo, 70% da RDA para mulheres


entre 31 e anos e abaixo da UL.

Justificativa: Por possuir mastigação, deglutição e trato gastrointestinal íntegros, optou-se


por dieta via oral. A estratégia dietética hipercalórica e hiperproteica está sendo utilizada
como suporte para fazer frente à desnutrição da paciente que lida com uma doença altamente
catabólica. Além disso, por sua inapetência alimentar verificada na anamnese, a dieta
proposta traz, além da consistência branda, um padrão de alto fracionamento e baixo volume
por refeição associados a uma alta densidade calórica mantendo o uso da TNVO a fim de
aumentar a aceitação da dieta por parte da paciente. Por ser portadora de Hipertensão Arterial
Sistêmica, optou-se por uma dieta hipossódica.

2.6 Análise do cuidado nutricional e evolução

As intervenções dietéticas feitas até o momento têm visado a melhora do estado


nutricional da paciente a fim de minimizar os riscos cirúrgicos e promover um melhor

17
prognóstico, no entanto, caso a inapetência da mesma continue e não haja aceitação da dieta,
a equipe buscará aumentar o fracionamento da dieta para 8x/dia e utilizar maior concentração
da TNVO na dieta, a fim de suprir as necessidades energético-proteicas da paciente.

2.7 Cálculo da dieta: exemplo de cardápio de 3 dias.

Abaixo, no quadro 6, estão apresentadas 3 propostas de cardápio para a paciente em questão.

Quadro 6 - Propostas de cardápio.

Refeição Cardápio 1 Cardápio 2 Cardápio 3

Desjejum Pão francês Pão de queijo Pão de forma


Geléia de morango Café com leite Queijo Muçarela
Suco de laranja Banana prata Café

Colação Vitamina de abacate Mingau de aveia Vitamina de mamão


com Nutridrink com Nutridrink com Nutridrink

Almoço Arroz branco cozido Arroz branco cozido Arroz branco cozido
Peito de frango Carne bovina Frango assado
cozido, temperado cozida, temperada (sobrecoxa),
com azeite de oliva com azeite de oliva temperada com
Batata inglesa Abóbora japonesa azeite de oliva
cozida cozida Cenoura cozida
Beterraba cozida Refresco de caju Refresco de limão
Suco de acerola

Lanche Vitamina de banana Vitamina de goiaba Bolo branco simples


com Nutridrink com Nutridrink Nutridrink

Jantar Arroz branco cozido Arroz branco cozido Arroz branco cozido
Carne moída Peito de frango Almôndegas de
refogada, temperada desfiado, temperado carne bovina,
com azeite de oliva com azeite de oliva temperadas com
Cenoura cozida Chuchu cozido azeite de oliva

18
Sopa de legumes Sopa de ervilha Abobrinha cozida
Suco de abacaxi Refresco de Sopa de cebola
maracujá Refresco de manga

Ceia Leite de vaca Chá de camomila Café com leite


integral

2.7.1 Análise de macronutrientes

Abaixo, na tabela 3 , estão apresentados os dados referentes a média de macronutrientes dos 3


cardápios propostos comparados à prescrição e às recomendações da AMDR.

Tabela 3 - Média de macronutrientes dos cardápios propostos e comparação à prescrição e às


recomendações da AMDR.

Calculado Prescrito AMDR

Calorias 1750 1750 -

Carboidratos 236g (54%) 54% 45-65%

Proteínas 72g (16%) 16% 10-25%

Lipídeos 61g (31%) 30% 15-35%

Conforme exposto na tabela 3, todos os macronutrientes dos cardápios propostos estão de


acordo com a prescrição e adequados às recomendações da AMDR. A característica
hipercalórica e hiperproteica da dieta será de grande importância para a recuperação do
estado nutricional da paciente.

2.7.2 Análise de micronutrientes

Abaixo, na tabela 4, estão apresentados os dados referentes a média de micronutrientes e


fibras dos cardápios propostos comparados à UL e adequação em relação a RDA destes.

Tabela 4 - Média de micronutrientes e fibras dos cardápios comparados à UL e adequação


em relação a RDA.

Calculado UL % RDA

Cálcio 1142 mg 2000 mg 95%

19
Ferro 14 mg 45 mg 170%
Fibras 10 g - 47%
Fósforo 1049 mg 3000 mg 150%
Magnésio 233 mg 350 mg 73%
Manganês 3 mg 11 mg 181%
Potássio 2366 mg - 50%
Selênio 72 mcg 400 mcg 130%
Sódio 1826 mg 2300 mg 152%
Zinco 12 mg 40 mg 152%
Vitamina A 971 mcg 3000 mcg 139%
Vitamina B1 1 mg ND 125%
Vitamina B2 2 mg ND 182%
Vitamina B3 15 mg 35 mg 107%
Vitamina B6 2 mg 100 mg 110%
Vitamina B9 241 mcg 1000 mcg 60%
Vitamina B12 4 mcg ND 164%
Vitamina C 966 mg 2000 mcg 1287%
Vitamina D 11 mcg 100 mcg 53%
Vitamina E 12 mg 1000 mg 83%

Conforme apresentado na tabela 4, todos os micronutrientes, exceto fibras, potássio,


ácido fólico e vitamina D, estão presentes em quantidade igual ao superior a 70% do
estabelecido na RDA.

Devido a prescrição da dieta branda e consequente inviabilização de hortaliças cruas,


bem como a inapetência alimentar da paciente que induz a dieta a priorizar refeições
pequenas e de fácil ingestão, como líquidos, tornam difícil o aporte adequado de fibras. Além
disso, nesse momento se faz mais importante o aporte calórico para a paciente do que uma
regulação do trânsito intestinal a partir do consumo de fibras.

20
Da mesma maneira, o aporte de potássio e ácido fólico não são prioridades no
momento para a paciente e sua presença está ≥ 50% da RDA, de forma que não apresenta
grande inadequação. A vitamina D, por possuir produção endógena, tem por característica ser
mais ativa através da exposição solar do que ingerida na forma alimentar.

A alta concentração de ferro presente nos cardápios propostos serão importantes


frente a anemia que a paciente apresenta. Além disso, a adequação de cálcio é importante
devido ao seu quadro de osteoporose já diagnosticado anteriormente. O sódio, apesar de
adequado, está em pequena quantidade e isso será importante para manter o controle da
pressão arterial da paciente, visto o quadro de hipertensão arterial sistêmica.

Por fim, o aporte de todos esses micronutrientes será de suma importância na melhora
do estado nutricional da paciente em questão.

2.8 Orientações nutricionais gerais

- Tente não pular as refeições, mesmo que não tenha tanto apetite. Nessas situações, dê
preferência para alimentos fáceis de mastigar, como mingau, sopas e vitaminas;
- No momento de se alimentar, esteja preferencialmente sentada;
- Coma em companhia;
- Dê preferência a doces e açúcares na versão diet;
- Opte por temperar seus alimentos com temperos naturais, como ervas, limão, alho,
orégano, cebola;
- Não deixe de consumir leite e seus derivados;
- Não deixe de beber água.

3. Conclusão

Sabe-se que a alimentação está diretamente relacionada tanto com a prevenção quanto
ao tratamento do câncer. Visto que existem grupos de alimentos que são fatores de risco para
o desenvolvimento do mesmo.
Pacientes com câncer possuem o estado nutricional debilitado, portanto vão ter uma
pior resposta ao tratamento. Dessa forma, é importante ver a nutrição como um fator
importante não para prevenir necessariamente um tumor que a depender do indivíduo já pode
estar presente no seu código genético, mas para postergar o aparecimento do mesmo em

21
alguns casos.
A paciente tem caso de câncer de cólon na família, mas vale ressaltar que esse tipo de
câncer no intestino tem uma evolução lenta, isso explica o fato de que a paciente é idosa, e só
houve o surgimento do tumor há três anos, mas não necessariamente quer dizer que ela tinha
predisposição genética a esse câncer.
Portanto, o mais importante para a paciente nesse momento é melhorar o estado
nutricional para ela fazer frente à cirurgia, visto que ela possui um prognóstico reservado ao
observar a idade, a desnutrição e a doença grave que ela possui.
Dessa forma, é importante trabalhar com a densidade calórica, ou seja, diminuir o
volume e dar um bom aporte protéico-calórico. Sendo que o principal intuito é melhorar a
aceitação da paciente, para conseguir lidar com a inapetência, e conseguir responder melhor
ao tratamento.

4. Referências bibliográficas

22
ASSIS, R.V.B.F. Rastreamento e Vigilância do Câncer Colorretal: Guidelines Mundiais.
GED gastroenterol. endosc.dig, 2011. Disponível em:
http://files.bvs.br/upload/S/0101-7772/2011/v30n2/a2916.pdf. Acesso em: 1 de julho de
2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. Falando sobre câncer do


intestino. Brasília, DF, 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. Consenso Nacional de


Nutrição Oncológica. INCA, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em:
http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/Consenso_Nutricao_vol_II_2_ed_2016.pdf. Acesso
em: 4 de julho de 2019.

BRITO, S. et al.; Terapia Nutricional, Conduta do Nutricionista. Disponível em:


https://www.hc.unicamp.br/servicos/emtn/manual_nutricionista_2004-11-02.pdf. Acesso em:
2 de Julho de 2019.

FRIEDRICH, R. R. 2008. A influência da alimentação no câncer colorretal. Disponível


em:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/15416/000678056.pdf?sequence=1&local
e-attribute=en. Acesso em: 02 de julho de 2019.

Guia de nutrição para pacientes e cuidadores: orientações aos pacientes/ Instituto Nacional de
Câncer José Alencar Gomes da Silva - 3ª ed. - Rio de Janeiro: Inca, 2015.

Ministério da saúde. Portaria n°958, de 26 de setembro de 2014. Aprova as Diretrizes


Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Cólon e Reto. Disponível em:
http://conitec.gov.br/images/Artigos_Publicacoes/ddt_Colorretal__26092014.pdf. Acesso em:
01 de julho de 2019.

INCA: Instituto Nacional do Câncer. Disponível em: www.inca.org.br. Acesso em: 01 de


julho de 2019.

NETO, J. D. C., et al. 2006. Câncer Colorretal: Características Clínicas e


Anatomopatológicas em Pacientes com Idade Inferior a 40 Anos. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbc/v26n4/09.pdf>. Acesso em: 02 de junho de 2019.

23
SILVA, E.J.; FREIRE, D.; SOUZA, Y.; ALMEIDA, E.Câncer de Cólon: Como
Diagnosticá-lo? Trabalho Prospectivo. Rev bras Coloproct, 2007. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rbc/v27n1/a03v27n1.pdf. Acesso em: 03 de julho de 2019.

Anexos

Anexo A

Cálculo de dieta - dia 1

Refeição/Horário Alimento Quantidade (g/ml)

Desjejum Pão francês 50g


06:00
Geléia de morango 26g

Suco de laranja 150g

Colação Vitamina de Abacate:


09:00
Leite de vaca integral 100ml

Abacate 45g

Açúcar cristal 18g

Nutridrink 52,5g

Almoço Arroz branco cozido 30g


12:00
Peito de frango cozido 30g

24
Azeite de Oliva 8g

Batata inglesa cozida 75g

Beterraba cozida 20g

Suco de acerola 150ml

Lanche da tarde Vitamina de banana:


15:00
Leite de vaca integral 100ml

Banana prata 32g

Nutridrink 52,5g

Jantar Arroz branco cozido 30g


19:00
Carne moída refogada 30g

Azeite de Oliva 8g

Cenoura cozida 25g

Sopa de legumes 325g

Suco de abacaxi 150ml

Ceia Leite de vaca integral 240ml

Calorias Carboidratos Proteínas Lipídeos

1760 kcal 235,4g (53%) 70g (16%) 61,8g (31%)

Micronutriente Quantidade Micronutriente Quantidade

Cálcio 1211,2 mg Vitamina A 1194,7 mcg

Ferro 14,22 mg Vitamina B1 1,5 mg

Fibras 10,66 g Vitamina B2 2,15 mg

Fósforo 1037 mg Vitamina B3 18 mg

Magnésio 255,3 mg Vitamina B6 1,98 mg

Manganês 3,13 mg Ácido Fólico 267 mcg

Potássio 2664 mg Vitamina B12 4,39 mcg

25
Selênio 79 mcg Vitamina C 2537 mg

Sódio 2334 mg Vitamina D 11,43 mcg

Zinco 11,34 mg Vitamina E 12 mg

Anexo B

Cálculo de dieta - dia 2

Refeição/Horário Alimento Quantidade (g/ml)

Desjejum Pão de queijo 40g


06:00
Café 50ml

Leite integral 100ml

Banana prata 75g

Colação Mingau de aveia


09:00
Leite de vaca integral 150ml

Aveia em flocos 30g

Açúcar cristal 24g

Nutridrink 52,5g

Almoço Arroz branco 30g


12:00
Carne bovina cozida 30g

Azeite de Oliva 7g

Abóbora cozida 60g

Refresco de caju 150ml

Lanche da tarde Vitamina de goiaba


15:00
Leite de vaca integral 100ml

Goiaba 40g

Açúcar cristal 24g

Nutridrink 52,5g

26
Jantar Arroz branco cozido 30g
19:00
Peito de frango desfiado 30g

Azeite de oliva 7g

Chuchu cozido 20g

Sopa de ervilha 250g

Refresco de maracujá 150ml

Ceia Chá de camomila 150ml

Calorias Carboidratos Proteínas Lipídeos

1770 kcal 240g (53%) 77g (17%) 59g (29%)

Micronutriente Quantidade Micronutriente Quantidade

Cálcio 1136 mg Vitamina A 598 mcg

Ferro 13,5 mg Vitamina B1 1,35 mg

Fibras 10,9 g Vitamina B2 1,98 mg

Fósforo 1157 mg Vitamina B3 13,5 mg

Magnésio 257 mg Vitamina B6 1,78 mg

Manganês 3,85 mg Ácido Fólico 234,5 mcg

Potássio 2565 mg Vitamina B12 3,95 mcg

Selênio 67 mg Vitamina C 230 mg

Sódio 1330 mg Vitamina D 10,5 mcg

Zinco 14 mg Vitamina E 13,7 mg

Anexo C

Cálculo de dieta - dia 3

Refeição/Horário Alimento Quantidade (g/ml)

27
Desjejum Pão de forma 42g
06:00
Muçarela 20g

Café 150g

Colação Vitamina de mamão


09:00
Leite de vaca integral 150ml

Mamão formosa 40g

Aveia em flocos 15g

Açúcar cristal 24g

Nutridrink 52,5g

Almoço Arroz branco cozido 30g


12:00
Azeite de Oliva 7g

Sobrecoxa de frango assada 30g

Cenoura cozida 20g

Refresco de limão 150g

Lanche da tarde Bolo branco simples 60g


15:00
Nutridrink 52,5g

Jantar Arroz branco cozido 30g


19:00
Azeite de oliva 7g

Almôndega de carne bovina 50g

Abobrinha cozida 20g

Sopa de cebola 250ml

Refresco de manga 150ml

Ceia Café com leite 150ml

Calorias Carboidratos Proteínas Lipídeos

1731 231,18 (53%) 68,07 (16%) 61,4 (32%)

28
Micronutriente Quantidade Micronutriente Quantidade

Cálcio 1077,4 mg Vitamina A 1120 mcg

Ferro 13,06 mg Vitamina B1 1,29 mg

Fibras 8,31 g Vitamina B2 1,87 mg

Fósforo 952,3 mg Vitamina B3 13,5 mg

Magnésio 187,4 mg Vitamina B6 1,21 mg

Manganês 2,81 mg Ácido Fólico 221 mcg

Potássio 1870 mg Vitamina B12 3,5 mcg

Selênio 68,7 mg Vitamina C 129,8 mg

Sódio 1813,5 mg Vitamina D 9,8 mcg

Zinco 11,2 mg Vitamina E 11,7 mg

29

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