Bioetica SONIA 2

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ESCOLA PRIMARIA DO DONDO

DISCILPLINA: Filosofia, 11a Classe.

Turma BO2

Tema do Trabalho: Bioética

Discente:

Dionílzia José Manuel Gomes.

Professor:

João Chitato Morcene

Dondo, Maio de 2023


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ÍNDICE

1. Introdução..................................................................................................................3
2. Bioetica......................................................................................................................4
2.1. Conceito de Bioetica...............................................................................................4
2.2. Objectivo da bioetica..............................................................................................4
2.3. Funcao da bioetica..................................................................................................5
2.4. Antecedentes da bioetica....................................................................................5
2.5. Tematica da bioetica...............................................................................................6
3. Aborto........................................................................................................................7
3.1. Conceito de aborto..................................................................................................7
3.2. Tipos de aborto.......................................................................................................7
3.3. Consequencias do aborto........................................................................................9
3.3.1. Imediatas.............................................................................................................9
3.3.2. Tardias................................................................................................................9
4. Eutanasia.................................................................................................................9
4.1. Conceito de eutanasia.............................................................................................9
4.2. Tipos de eutanasia.............................................................................................10
4.2.1. A ortotanásia ou eutanásia passiva...................................................................10
4.2.2. Eutanásia Voluntária.........................................................................................10
4.2.3. Eutanásia Não-Voluntária.................................................................................11
4.2.4. Eutanásia Involuntária......................................................................................11
4.2.5. Eutanásia Eugenica...........................................................................................11
5. Drogas e consumo de alcool....................................................................................11
5.1. Causas do uso de drocas e consumo de alcool.....................................................12
5.2. Consequencias......................................................................................................12
5.3. Vendas de orgaos humanos..............................................................................12
6. Conclusão.................................................................................................................14
7. Referencias Bibliográficas.......................................................................................15
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1. Introdução

O presente trabalho de filosofia que tem como tema a Bioética, ela não é apenas
emergente mas pode facilmente ser enquadra do numa vasta tradição cultural filosófica.
Por exemplo, podemos relacionar a bioética com a filosofia da natureza do mundo
antigo e moderno ou com a história da deontologia médica, que vai de Hipócrates a
nossos dias. Do mesmo modo, é possível ligar a bioética à actual filosofia dos direitos
humanos ou às teorias éticas do meio ambiente.

A Bioética tem como objectivo facilitar o enfrentamento de questões éticas/bioéticas


que surgirão na vida profissional. Sem esses conceitos básicos, dificilmente alguém
consegue enfrentar um dilema, um conflito, e se posicionar diante dele de maneira ética.
Assim, esses conceitos (e teorias) devem ficar bem claros para todos nós. Não se
pretende impor regras de comportamento (para isso, temos as leis), e sim dar subsídios
para que as pessoas possam reflectir e saber como se comportar em relação às diversas
situações da vida profissional em que surgem os conflitos éticos.

Acerca da Eutanásia, é com efeito da verdadeira compaixão vendo a dor de outro,


elimina a pessoa cujo sofrimento não pode suportarem sentido amplo implica uma
morte suave e indolor, morrer de uma forma pouco dolorosa é significado de morte
digna. O Estado tem como objectivo a preservação da vida dos seus cidadãos, enquanto
os doentes que estão a sofrer devido ao seu estado de saúde, desejam pôr fim à sua vida,
e simultaneamente, ao seu sofrimento.
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2. Bioetica

A bioética se enquadra facilmente em várias áreas da tradição filosófica. Podemos por


exemplo estabelecer uma relação entre bioética e a filosofia da natureza do mundo
antigo, moderno e contemporâneo ou com a história da deontologia médica de
Hipócrates até hoje ou finalmente ligar a bioética com a filosofia dos direitos do homem
e teorias do meio ambiente. Nosso ponto de vista é situar a bioética no horizonte da
fenomenologia evitando o perigo da redução deste importantíssimo tema a casuística
simplista.

2.1. Conceito de Bioetica

A bioética, do grego bios (vida) + ethos (ética), é a ética da vida ou ética prática, isto é,
um campo de estudo inter, multi e transdisciplinar que engloba a biologia, a medicina, a
filosofia, o direito, as ciências exatas, as ciências políticas e o meio ambiente. Com
foco em discutir questões, a área tenta encontrar a melhor forma de resolver casos e
dilemas que surgiram com o avanço da biotecnologia, da genética e dos próprios valores
e direitos humanos, prezando sempre a conduta humana e levando em consideração toda
a diversidade moral que há e todas as áreas do conhecimento que, de alguma forma, têm
implicações em nosso dia a dia.

2.2. Objectivo da bioetica

A Bioética tem como objectivo facilitar o enfrentamento de questões éticas/bioéticas


que surgirão na vida profissional. Sem esses conceitos básicos, dificilmente alguém
consegue enfrentar um dilema, um conflito, e se posicionar diante dele de maneira ética.
Assim, esses conceitos (e teorias) devem ficar bem claros para todos nós. Não se
pretende impor regras de comportamento (para isso, temos as leis), e sim dar subsídios
para que as pessoas possam reflectir e saber como se comportar em relação às diversas
situações da vida profissional em que surgem os conflitos éticos.

Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a ciência “que tem
como objectivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a
vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos
das possíveis aplicações. Para isso, a Bioética, como área de pesquisa, necessita ser
estudada por meio de uma metodologia interdisciplinar.
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Isso significa que profissionais de diversas áreas (profissionais da educação, do direito,


da sociologia, da economia, da teologia, da psicologia, da medicina etc.) devem
participar das discussões sobre os temas que envolvem o impacto da tecnologia sobre a
vida.

2.3. Funcao da bioetica

A bioética tem a função de assegurar o bem-estar das pessoas, garantindo e evitando


possíveis danos que possam ocorrer aos seus interesses. O dever da bioética é
proporcionar ao profissional e aos que são atendidos por ele, o direito ao respeito e a
vontade, respeitado suas crenças e os valores de cada indivíduo. A Bioética e o Direito
devem estar lado a lado, cada um cumprindo o seu papel, a Bioética no campo da
obrigação moral e o direito elaborando leis legítimas que regulem as atitudes humanas
visando à proteção da VIDA.

Assim, o Bio direito torna-se um dos pilares da Bioética. Os exemplos de casos que
envolvem bioética são as polémicas em torno do aborto, do transplante de órgãos, dos
transgénicos, do uso de animais e humanos em experimentos, do uso de células-tronco,
da eutanásia, do suicídio, da fertilização in vitro, entre outras.

2.4. Antecedentes da bioetica

O nascimento da Bioética tem suas raízes ideológicas nas ruínas da 2ª Guerra Mundial
quando se estimulou a consciência dos homens a uma profunda reflexão, com o intuito
de se estabelecer uma fronteira entre a ética e o comportamento. A partir desse marco,
estimulou-se a exigência de uma ética no campo biomédico, fundamentada na razão e
nos valores objectivos da vida e da pessoa. Van Rensselaer Potter formulou sua
definição que trazia o sentido de ética da terra: “Nós temos uma grande necessidade de
uma ética da terra, uma ética para a vida selvagem, uma ética de populações, uma ética
do consumo, uma ética urbana, uma ética internacional, uma ética geriátrica e assim por
diante .

Todas elas envolvem a bioética. Potter depois traria a visão original do compromisso
global frente ao equilíbrio e preservação da relação dos seres humanos com o
ecossistema, e a própria vida do planeta com uma nova definição: “Eu proponho o
termo Bioética como forma de enfatizar os dois componentes mais importantes para se
atingir uma nova sabedoria, que é tão desesperadamente necessária.
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A corrente principialista iniciou-se com o Relatório Belmont (1979), com princípios


básicos na solução dos problemas éticos surgidos na pesquisa com seres humanos. No
mesmo ano, Beauchamp & Childress apresentaram a bioética sob o mesmo prisma.
Baseada nos quatro princípios prima facie (não absolutos):

 princípio do respeito da autonomia ;


 princípio da não –maleficência;
 princípio da beneficência ;
 princípio da justiça;

De frisar que a palavra ‘bioética’ designa um conjunto de pesquisas, de discursos e


práticas, via de regra pluridisciplinares, que têm por objecto esclarecer e resolver
questões éticas suscitadas pelos avanços e a aplicação das tecnociências biomédicas. A
rigor, a bioética não é nem uma disciplina, nem uma ciência, nem uma nova ética, pois
sua prática e seu discurso se situam na interseção entre várias tecnociências (em
particular, a medicina e a biologia, com suas múltiplas especializações); ciências
humanas (sociologia, psicologia, politologia, psicanálise.) e disciplinas que não são
propriamente ciências: a ética, para começar; o direito e, de maneira geral, a filosofia e a
teologia.

2.5. Tematica da bioetica.

Os temas de discussão na bioética são, basicamente, oito principais temas: aborto,


clonagem, células tronco, eutanásia, ética médica, transplante de órgãos, consentimento
informado e experimentos em seres humanos.

A Bioética na Cancerologia discute, dentre alguns temas polémicos: eutanásia,


distanásia, autonomia, como dar más notícias, alocação de recursos, ordens de não
ressuscitação, suspensão ou não instalação de alimentação e /ou hidratação artificial,
sedação paliativa (sedação controlada) e finitude da vida.

Um conflitos frequentes em Cuidados Paliativos é o de decidir, junto com o paciente e


família ou seu responsável, que condutas ou estratégias de cuidados devam ser tomadas
frente ao óbito iminente ou quando medidas clínicas não controlam os sintomas. Sendo
assim a bioética aborda também acerca da distanásia (morte lenta e com muito
sofrimento).
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3. Aborto

O aborto é uma prática bastante comum, e realizada no mundo em todo, entre as


mulheres que possuem uma gravidez indesejada e que não pretendem dá continuidade à
gestação. Tal prática nem sempre foi objecto de reprovação, sendo o aborto uma prática
estimulada nas civilizações da antiguidade, funcionando como um método de controle
de natalidade.

3.1. Conceito de aborto

A palavra aborto vem do latim ab-ortus que significa privação do nascimento,


interrupção voluntária da gravidez com a expulsão do feto do interior do corpo materno,
resultando na morte do produto da concepção (Pierangeli, 2005, p.109). Segundo o
penalista Fernando Capez: O aborto consiste, no entanto, na interrupção da gravidez
com a consequente expulsão do produto da concepção. Outra denominação interessante
para o aborto é a de que este é a eliminação da vida intrauterina.

Filósofo australiano, Peter Singer é um dos principais estudiosos de bioética da


atualidade. Em seu livro Ética prática, Singer defende o aborto como uma prática que,
se feita até a 12ª semana de gestação, não provoca sofrimento ao feto e evita o
sofrimento futuro da mãe de uma gestação indesejada e da criança que crescerá sem
condições materiais de existência.

3.2. Tipos de aborto

O aborto pode ser;

 O aborto pode ser natural;


 Aborto acidental;
 Aborto criminoso e legal.

O aborto natural, assim como o acidental, não é crime e ocorre quando há uma
interrupção espontânea da gravidez, podendo ter sido ocasionado por diversas causas. Já
o aborto criminoso é aquele realizado intencionalmente e a pedido da gestante, é
considerado crime, sendo vedado pelo ordenamento jurídico Moçambicano .

O legal ou permitido se subdivide em: aborto terapêutico e eugénico.


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 O aborto terapêutico ou necessário ocorre quando há risco de vida para a mãe ou


nos casos em que a indicação é de carácter psiquiátrico (graves psicoses e
debilidade mental).
 O aborto eugénico é aquele feito para interromper a gravidez em caso de vida
extra-uterina inviável, como por exemplo, os casos de fetos com anencefalia.
 Há também o aborto sentimental, que é aquele realizado por mulheres grávidas
vítimas de violência sexual.

Este se enquadra na classificação de aborto legal, pois é hipótese permitida pelo nosso
ordenamento jurídico pátrio, e ainda, esta dentro da categoria de aborto terapêutico, uma
vez que, como decorrência de forte abalo psíquico produzido pelo estupro, a gestante
tem sua saúde mental abalada. Enquadrando-se também na categoria de aborto
eugênico porque não se conhece a saúde do estuprador, o que o possibilita de ser
portador de factores hereditários patógenos ou doenças adquiridas, que podem ser
transmitidas à criança.

Por fim, conforme aponta Martins (2005) tem-se o aborto miserável ou económico, que
é aquele praticado por motivos de dificuldades financeiras, prole numerosa. E também,
o aborto honoris causa, que é feito para salvaguardar a honra no caso de uma gravidez
adulterina ou por outros motivos morais.

O aborto e um ato proposital na morte do nascituro (vida inter ventrum). Tendo, porém
vários tipos de aborto como: aborto espontâneo, aborto introduzido e o aborto legal. O
aborto espontâneo: surge quando a gravidez é interrompida involuntariamente por
vontade da mulher, que pode ser por vários factores biológicos (gestão precoce). Sendo
que o aborto espontâneo acontece quando uma gravidez termina antes que o feto tenha
atingido uma idade gestacional viável. O aborto espontâneo e mais comum na
complicação de uma gravidez. A organização mundial de saúde (OMS) define que
ocorre a expulsão do embrião ou feto com 500grs ou menos, aproximadamente a uma
idade gestacional de 20 a 22 semanas ou menos Salienta-se, entretanto, que estes dois
últimos tipos de aborto não são hipóteses legais permitidas pelo ordenamento jurídico
Moçambicano.
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3.3. Consequencias do aborto

O aborto provocado vem se destacando amplamente nos dias atuais. Trazendo grandes
consequências para a saúde pública envolvendo valores sociais, religiosos, económicos
e jurídicos. E vem sendo embasado uma crítica, para que este costume seja
descriminalizado.

As possíveis consequências do aborto podem dividir-se em imediatas e tardias. As


primeiras ocorrem no período imediato ao procedimento, sendo as mais relevantes as
complicações hemorrágicas, infecciosas, e a morte materna. As consequências tardias
do AI são aquelas que ocorrem meses ou anos após o procedimento ou numa gravidez
subsequente e englobam o aumento do risco de abortamento espontâneo, de anomalias
da placentação, parto pré-termo e a morbilidade psiquiátrica.

3.3.1. Imediatas
 As consequências imediatas do aborto englobam as que acontecem logo após a
interrupção da gravidez..
 A hemorragia uterina, com repercussão hemodinânima, consequente ao aborto
tem uma incidência inferior a 5%, sendo a necessidade de transfusão
extremamente rara.
 Complicação infecciosa;
 Perfuração uterina;
 Ruptura uterina;
3.3.2. Tardias

As principais consequências apontadas do aborto em gestações subsequentes são o


abortamento espontâneo, anomalias da placentação, parto pré-termo e distúrbios do
humor. . Mas também temos as seguintes;

 Abortamento Espontâneo;
 Anomalias da placentação em gestações subsequentes;
 Parto pré-termo (PPT) em gestações subsequentes;
 Morbilidade psiquiátrica;
4. Eutanasia
4.1. Conceito de eutanasia
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O termo Eutanásia vem do grego, podendo ser traduzido como "boa morte" ou
"morte apropriada". O termo foi proposto por Francis Bacon, em 1623, em sua obra
"Historia vitae et mortis", como sendo o "tratamento adequado as doenças
incuráveis". De maneira geral, entende-se por eutanásia quando uma pessoa causa
deliberadamente a morte de outra que está mais fraca, debilitada ou em sofrimento.
Neste último caso, a eutanásia seria utilizada para evitar a distanásia.

4.2. Tipos de eutanasia

A eutanásia possui dois elementos configurativos, que são a intenção e o efeito da


acção, configurando a “eutanásia ativa”, ou uma omissão, a não realização de uma ação
terapêutica, denominando a “eutanásia passiva”. Alguns autores, como Maria de Fátima
Freire de Sá (2005, p.39) entendem que a eutanásia passiva e ortotanásia são sinônimas.

4.2.1. A ortotanásia ou eutanásia passiva

A ortotanásia ou eutanásia passiva significa morte correta - orto: certo, thanatos: morte.
Significa o não prolongamento artificial do processo de morte, sendo, portanto, o
processo natural do morrer. Ocorre quando se deixa morrer, deliberadamente, o
paciente, por omissão de cuidados ou tratamentos que são necessários ou razoáveis.
Portanto deve ser praticada pelo médico, que permite que o processo da morte
desenvolva-se naturalmente. O médico não é obrigado a prolongar o processo de morte
do paciente, artificialmente, sem que o paciente tenha manifestado sua vontade neste
sentido, da mesma forma que não é obrigado a prolongar a vida do paciente contra a
vontade deste.

4.2.2. Eutanásia Voluntária

É quando a morte é provocada atendendo a uma vontade do paciente, ou seja, quando


uma pessoa ajuda outra a acabar com a sua vida. Asseveram que a legalização da
eutanásia, permitindo aos pacientes a possibilidade de deliberarem se a sua situação é ou
não suportável estaria muito mais em concordância com o respeito pela liberdade
individual e pela autonomia.
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4.2.3. Eutanásia Não-Voluntária

A eutanásia não-voluntaria é aquela em que a vida do paciente é terminada sem que o


mesmo tenha consentimento, ou tenha expressado qualquer desejo nesse sentido, seria
causar a morte de um ser humano incapaz de tomar decisões entre a vida e a morte.
Seriam os bebês deficientes ou que sofram de doenças ditas e incuráveis e as pessoas
que já perderam a capacidade de compreender o problema em questão, por motivo do
acidente, doença ou velhice ou em casos que a pessoa se encontra em coma.

4.2.4. Eutanásia Involuntária

É aquela ocorrida sem o consentimento do indivíduo por que: ele optou pela vida e
mesmo assim mataram ou pelo motivo de não lhe terem feito esse questionamento
embora fosse capaz de respondê-lo, torna – se evidente a sua procedência. Mesmo
apenas sendo considerada eutanásia os casos em que o motivo da morte é o desejo de
impedir o sofrimento.

4.2.5. Eutanásia Eugenica

A finalidade perseguida é o aperfeiçoamento racial. Consistem na eliminação de pessoas


portadoras de deficiências, doenças graves ou idosas em fase terminal. Também é
conhecida como medida de higiene ou profilaxia social.

5. Drogas e consumo de alcool

Álcool e outras drogas são substâncias que causam mudanças na percepção e na forma
de agir de uma pessoa. Essas variações dependem do tipo de substância consumida, da
quantidade utilizada, das características pessoais de quem as ingere e até mesmo das
expectativas que se têm sobre os seus efeitos.

O uso de drogas vem desde a Antiguidade e até hoje é bastante comum entre nós. Em
algum momento, diferentes povos ou grupos passaram a ingerir drogas em rituais, festas
ou no convívio social. Por exemplo, o hábito de ingerir bebidas alcoólicas tem mais de 8
mil anos. O problema é quando esse hábito vira vício e a pessoa passa a se orientar
somente pelo uso da substância, colocando-se em situações de risco. Sabemos que
quando bebemos exageradamente nossos sentidos e reflexos ficam comprometidos.
Porém, muitas vezes insistimos em dirigir alcoolizados(as), o que pode ocasionar
acidentes.
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5.1. Causas do uso de drocas e consumo de alcool

De acordo com pesquisas, a droga mais consumida por adolescentes e jovens é o álcool.
Os problemas de saúde que mais acometem os homens jovens decorrem do uso de
álcool e outras drogas. Muitas vezes o contexto de vida de quem usa álcool e outras
drogas está associado a situações de violência e ao definir estratégias de ação nesse
campo é essencial considerar que a violência ocorre em cada localidade de forma
específica e pode estar relacionada com questões de gênero.

No caso dos homens jovens, as situações de risco e violência são às vezes consideradas
sinônimos do que é ser homem. Enfim, é importante considerar as concepções e atitudes
que orientam o uso (quem, quando, em que condições ) e os sentimentos dos(as)
educadores(as) que buscam o enfrentamento das situações, em que também se sentem
inseguros(as), seja pela sensação de se sentirem obrigados(as) a eliminar “o problema
da droga “ ou incapazes de inserir a temática no contexto de trabalho de forma
transversal.

5.2. Consequencias

Segundo a Organização Mundial de Saúde, essa organização afirma que toda droga
(inclusive o álcool e o cigarro) provoca dependência, seja psicológica e/ou física. A
dependência física diz respeito a certas drogas às quais o organismo se adapta de tal
forma que faz com que, quando uma pessoa para subitamente de usá-la, fique com um
mal-estar físico muito grande.

A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases distintas:
uma estimulante e outra depressora. Nos primeiros momentos, após a ingestão de
álcool, podem aparecer os efeitos estimulantes, como euforia, desinibição e maior
facilidade para falar. Os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo com as
características pessoais. Por exemplo, uma pessoa acostumada a consumir bebidas
alcoólicas sentirá os efeitos do álcool com menor intensidade, quando comparada com
outra que não está acostumada a beber.

5.3. Vendas de orgaos humanos

Actualmente, a medicina enquanto ciência da saúde, tem a seu favor o advento de


inovadoras, modernas e seguras técnicas cirúrgicas que possibilitam transplantes com
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menos riscos. Pesa contra esse processo o desequilíbrio entre a oferta e demanda: oferta
de órgãos é menor que a demanda necessária para suprir o número de receptores.

Surge, portanto, nesse desequilíbrio do processo as quadrilhas que atuam nesse


comércio clandestino, agindo em várias frentes: compra e venda consentida pelo
doador, desrespeito à fila única, em se tratando.

Segundo Martins, (2005), enumera três factores distintos sobre o que se desenvolveu o
debate ético-filosófico sobre a doação de órgãos no Pais. O primeiro é o início dos
procedimentos de transplantes de órgãos; o segundo trata da definição mais precisa de
morte, por meio de novos exames e critérios clínicos, evoluindo do conceito de morte a
partir da parada cardiorrespiratória para o de morte cerebral; a última fase diz respeito a
ciclosporina, pois essa medicação evitava a rejeição de órgãos transplantados pelos
novos organismos.

Vale ressaltar nesse processo que pacientes com maior risco de morte têm a preferência,
uma vez que a gravidade do estado de saúde é mais preponderante que o tempo de
espera. E cada órgão possui seu próprio protocolo para mensuração dos pacientes mais
necessitados.

Para Junqueira (2007), revelam que o desequilíbrio entre doadores e receptores gera
uma estrutura de comercialização, contrabando, tráfico ou comércio clandestino em
função dessa dificuldade. Todavia, há autores que dão como causa ao desequilíbrio
entre doadores e receptores a própria legislação, pois a consideram demasiadamente
rígida.
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6. Conclusão

Como observado ao longo desde trabalho, a bioética se enquadra facilmente em várias


áreas da tradição filosófica. Podemos por exemplo estabelecer uma relação entre
bioética e a filosofia da natureza do mundo antigo, moderno e contemporâneo ou com a
história da deontologia médica de Hipócrates até hoje ou finalmente ligar a bioética com
a filosofia dos direitos do homem e teorias do meio ambiente.

A eutanásia, modalidade pretendida quando o paciente acometido de doença grave não


possui condições de uma boa vida, não possui previsão legal para a sua prática. É certo
que, mesmo não tendo sido contemplado pelo ordenamento jurídico pátrio, já existem
tentativas para a sua legalização. Esta modalidade vem sendo realizada, através da
concessão de permissões mundo afora. Ressaltando a respeito dos direitos
fundamentais, encontrou-se, no princípio da dignidade da pessoa humana, um
fundamento assegurar para uma morte digna, sem sofrimento. Observando-se os
princípios bioéticos da autonomia, beneficência e justiça, bem como os fundamentais
direitos á vida e á dignidade da pessoa humana, têm-se condições de formular uma
opinião acerca da eutanásia.

O aborto provocado vem se destacando amplamente nos dias atuais. Trazendo grandes
consequências para a saúde pública envolvendo valores sociais, religiosos, econômicos
e jurídicos. E vem sendo embasado uma crítica, para que este costume seja
descriminalizado. E realça-se a importância em averiguar as causas que levam a mulher
a optar pela interrupção voluntária da gravidez, assim como em obter dados precisos das
consequências a curto e longo prazo, de modo a melhor a prestação na assistência à
saúde.
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7. Referencias Bibliográficas

Araújo, Teo W.; Calazans, Gabriela. Prevenção das DST/aids em adolescentes e jovens:
brochuras de referência para os profissionais de saúde. São Paulo: Secretaria da
Saúde/Coordenação Estadual de DST/Aids, 2007. Disponível em: . Acesso em: 18 jul.
2008.08.

Junqueira, C. R. “Bioética: conceito, contexto cultural, fundamento e princípios”. In:


Ramos, D.L.P. Bioética e ética profissional. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 2007, p.
22-34.

Martins, Ives Gandra da Silva. Direito fundamental à vida. São Paulo: QuartierLatin,
Centro de Extensão Universitária, 2005.

Ministério da saúde. secretaria de vigilância em saúde. Saúde e Prevenção nas Escolas:


guia para a formação de profissionais de saúde e educação. Brasília: Ministério da
Saúde, 2006

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