Princípios Da Cinesioterapia Ativa
Princípios Da Cinesioterapia Ativa
Princípios Da Cinesioterapia Ativa
Marco Antonio Ferreira Alves, André Luiz Gabriel, Marcelo Reina Siliano, Sissy
Veloso Fontes
Introdução:
A recuperação funcional é sempre uma meta a ser alcançada durante o processo de
recuperação dos pacientes. Entre as várias intervenções necessárias para essa
recuperação funcional, os exercícios ativos são fundamentais para recuperar, manter ou
aprimorar a motricidade, tanto do ponto de vista metabólico, neuromuscular, cognitivo e
psicológico. Atualmente o conceito de cinesioterapia ativa, portanto baseada nos
exercícios ativos, deve englobar todas as intervenções que buscam a recuperação da
motricidade humana e/ou funções que facilitem essa motricidade, como por exemplo, a
recuperação da função ventilatória para facilitar a melhora da capacidade
cardiorrespiratória. Os exercícios ativos podem ser a base da intervenção ou podem ser
um componente da intervenção, mas são absolutamente necessários para recuperação da
força e resistência muscular, da capacidade cardiovascular e cardiorrespiratória, e controle
neuromuscular para equilíbrio, velocidade, coordenação motora, agilidade, etc. É
importante estabelecer, a partir da avaliação funcional do paciente, qual ou quais as
capacidades motoras precisam ser trabalhadas e quais as intervenções específicas para
cada fim, conforme o quadro clínico apresentado pelo paciente. No passado,
classicamente os exercícios ativos focavam a função muscular de forma localizada, mas
hoje, os exercícios ativos devem, além desse enfoque, buscar a integração dos aspectos
metabólicos, neuromusculares e sensóriomotores. Assim, o objetivo desse capítulo é
discutir princípios da cinesioterapia ativa para o desenvolvimento das capacidades
motoras necessárias à recuperação funcional dos pacientes.
Capacidades motoras:
O desenvolvimento de qualquer atividade funcional, seja para vida diária, vida prática ou
vida esportiva, depende das capacidades motoras. Para realizar tarefas que necessitem
de esforço intenso por curto período, ou esforço leve, mas por período prolongado, ou
ainda caminhar por alguma distância, dependemos dessas capacidades motoras.
Sabemos que pacientes comprometidos por doenças, lesões ou distúrbios que, direta ou
indiretamente afetam sistemas orgânicos, tem a sua capacidade funcional comprometida,
de tal forma que uma simples mudança de decúbito pode caracterizar esforço muito
intenso, o deslocamento em domicílio pode estar impossibilitado pelo comprometimento
do equilíbrio, pelo descondicionamento cardiorrespiratório, pela insegurança, etc, Nesse
contexto, há comprometimento da qualidade de vida desses pacientes e maior exigência
na atenção e esforço dos cuidadores. As capacidades motoras são divididas em
capacidades motoras condicionantes e capacidades motoras coordenativas e dependem
basicamente dos exercícios ativos para o seu desenvolvimento.
Força muscular:
A força muscular, enquanto capacidade motora, pode ser definida como a capacidade do
músculo ou grupo muscular de gerar força contra alguma resistência externa, dentro de
um padrão específico de movimento em uma determinada velocidade. Os exercícios de
força muscular incluem, classicamente, os exercícios resistidos e são baseados em altas
intensidades (superiores a 60% da contração muscular voluntária máxima) e baixo volume
(entre 5 a 15 repetições). O ganho de força muscular geralmente faz parte dos principais
objetivos da recuperação funcional. No entanto, como frequentemente se pensa, numa
fase inicial os exercícios para força não fazem parte das intervenções fisioterapêuticas,
porque o ganho de força muscular é associado aos exercícios resistidos e a utilização de
resistência numa fase inicial pode não ser segura e eficaz, pelo quadro clínico do paciente,
ou seja, pode não haver integridade estrutural, controle neuromuscular adequado, pode
haver dor, insegurança, déficit proprioceptivo, etc, fatores esses que dificultam ou
inviabilizam essa intervenção. Assim, devemos entender e diferenciar o ganho de força
muscular das estratégias utilizadas para esse desfecho. Mais adiante comentaremos
sobre o conceito de ganho de força por fatores neurais, baseados na eficiência
neuromuscular, e que, não necessariamente dependem de exercícios resistidos.
Em função da alta intensidade, os exercícios resistidos para força muscular não devem ser
realizados diariamente para um mesmo músculo ou grupo muscular, a fim de prover um
intervalo adequado ao repouso e recuperação desse músculo ou grupo muscular. Em
casos onde a força é treinada ao longo da semana, as sessões de exercícios são
divididas, de tal forma que os exercícios por grupos musculares sejam distribuídos ao
longo dessa semana. Em geral, nos exercícios resistidos com alta intensidade, preconiza-
se pelo menos 48 horas de intervalo entre as sessões de um mesmo músculo ou grupo
muscular. A força pode ser dividida em diferentes tipos, conforme o enfoque da
observação. Sob o aspecto da quantidade dos músculos envolvidos podemos diferenciar
força geral e força local; sob o aspecto do tipo de trabalho muscular, força dinâmica e
força estática; sob o aspecto das principais formas de exigência motora, força máxima,
força rápida e resistência de força; e sob o aspecto da relação com o peso corporal, força
absoluta e força relativa.
Força geral:
Refere-se como força geral o nível de força desenvolvida por vários grupos musculares de
forma integrada e simultânea, como por exemplo, grupos musculares do tronco e dos
membros. Uma estratégia frequentemente utilizada para trabalhar a força geral, são os
exercícios em cadeia ou exercícios funcionais que explorem um determinado padrão de
comportamento neuromuscular multiarticular.
Força local:
Refere-se ao nível de força desenvolvida por músculos ou grupos musculares de forma
isolada. Os exercícios localizados por músculo ou por grupo muscular são os mais
indicados para trabalhar a força local.
Força estática:
É a força que um determinado músculo ou grupo muscular pode desenvolver numa
determinada posição ou postura. Está relacionada com a contração isométrica para
manter posturas e estabilizar segmentos corporais. Sabemos que muitas intervenções
atualmente se baseiam nesse princípio da estabilização segmentar, com ênfase na
manutenção de uma determinada postura do corpo como um todo, ou ainda de um
determinado segmento corporal enquanto outros são mobilizados.
Força dinâmica:
É a força que um músculo ou grupo muscular pode desenvolver dentro de uma sequência
de movimentos. Está relacionada com contrações concêntricas e excêntricas, em baixa
velocidade.
Resistência de força:
Representa a capacidade de resistência à fadiga da musculatura em atividades que
envolvam força por maior tempo.
Força absoluta:
É a força produzida por um músculo ou grupo muscular, sem estar relacionada à massa
corporal. Basicamente é a “quantidade” de carga que pode ser mobilizada ou sustentada
por um músculo ou grupo muscular. Quando a força absoluta aumenta, desde que a
pessoa não tenha aumento significativo da sua massa corporal, a força relativa tende a
aumentar.
Força relativa:
É a força produzida em relação à massa corporal. É importante ressaltar que em muitas
situações clínicas, o sobrepeso ou a obesidade do paciente é um fator intrínseco que
complica uma série de questões relacionadas às atividades de vida diária (AVDs) ou vida
prática (AVPs), bem como pode agravar a doença de base, como ocorre nos quadros de
osteoartrite das articulações do membro inferior, discopatias na coluna vertebral,
artroplastias em membro inferior, etc, onde, frequentemente, é colocado ao paciente que
ele precisa reduzir a massa corporal para minimizar as complicações desse quadro. Caso
o paciente consiga esse objetivo, há diminuição da sobrecarga à articulação, mas mesmo
assim é importante aumentar a força muscular. No entanto, nem sempre o paciente
consegue reduzir a massa corporal nos níveis esperados. Assim, uma estratégia é
aumentar a força muscular para que a mesma massa corporal não represente uma
sobrecarga maior à articulação. Essa melhora da força muscular absoluta também
caracteriza melhora da força relativa o que tem grande importância clínica. É importante
ressaltar que o ganho de força pode preceder a perda de massa corporal, ou seja,
podemos melhorar a força muscular num tempo menor do que a perda de massa corporal.
Resistência muscular:
É a capacidade de executar contrações musculares repetidas contra uma determinada
resistência, por um período prolongado. De forma geral, os exercícios para essa
capacidade motora devem ter maior número de repetições (entre 15 a 30) e intensidade
baixa a moderada (no máximo 50 a 60% da contração voluntária máxima; em geral menor
que 25%). Como a intensidade dos exercícios de resistência tende a ser baixa, não há
necessidade de um grande intervalo entre as sessões, podendo ser realizados
diariamente quando for necessário. Da mesma forma que a força muscular, a resistência
muscular pode ser dividida em diferentes tipos, de acordo com a forma de observação. Do
ponto de vista da musculatura envolvida, podemos ter a resistência geral e local. Sob o
aspecto da obtenção de energia, podemos ter a resistência aeróbia e anaeróbia.
Resistência aeróbia:
São exercícios ou atividades que desenvolvem tensão muscular até 15% da contração
muscular voluntária máxima e utilizam como fonte de energia o oxigênio. Podemos dizer
que os exercícios ou atividades aeróbias gastam “pouca“ energia por unidade de tempo.
Resistência anaeróbia:
São exercícios ou atividades que desenvolvem tensão muscular superior a 50-70% da
contração muscular voluntária máxima e utilizam fontes diferentes do oxigênio como, por
exemplo, o sistema ATP-PC ou a glicólise anaeróbia. Podemos dizer que os exercícios ou
atividades anaeróbias gastam “muita” energia por unidade de tempo.
Velocidade:
A velocidade pode ser definida como a capacidade de realizar movimentos, sob
determinadas condições, no menor tempo. Pode ser dividida em velocidade de reação,
velocidade acíclica ou velocidade cíclica.
Velocidade de reação:
Possibilita reação neuromuscular a estímulos externos no menor tempo, como ocorre, por
exemplo, durante a elevação dos membros superiores na reação ao desequilíbrio do corpo
à frente (reação de “extensão protetora”) ou no reflexo de extensão cruzada nos membros
inferiores.
Velocidade acíclica:
Caracteriza ações motoras únicas, como por exemplo, movimento de arremesso,
movimentos de alcance, levantar de uma cadeira, etc.
Velocidade cíclica:
Consiste na repetição de ações motoras sequenciais e com determinado ritmo. A
velocidade de deslocamento progressivo como ocorre na marcha, por exemplo, representa
uma forma de velocidade cíclica, e a freqüência de movimentos depende da velocidade de
cada movimento único.
Coordenação motora:
A coordenação motora pode ser definida como a capacidade de realizar movimentos
precisos, uniformes e controlados no tempo e no espaço. Essa capacidade motora
coordenativa é imprescindível para tarefas de motricidade fina como escrever, manipular
pequenos objetos e para vestir-se, e também para tarefas mais grosseiras como andar, e
correr por exemplo. A coordenação motora envolve determinada sequência de
movimentos com a necessidade de sincronização adequada entre músculos de vários
segmentos corporais que atuam sinergicamente para garantir estabilidade proximal e
postura adequada enquanto ocorrem os movimentos propriamente ditos de segmentos
mais distais. Esse conhecimento é importante para estabelecermos o padrão de
comportamento neuromuscular necessário ao desempenho funcional do paciente
referente à coordenação motora. Por exemplo, para recuperação funcional da marcha, o
paciente depende, não só da coordenação motora entre os movimentos que envolvem
membros superior e inferior, mas também das ações musculares necessárias à
estabilização dos cíngulos. Essa coordenação deve ser estabelecida numa hierarquia que
se inicia com baixa complexidade e evolui até os níveis necessários e compatíveis com o
quadro clínico e as possibilidades do paciente.
Equilíbrio:
Consiste na adoção e manutenção de uma determinada posição ou movimento do corpo
no espaço com estabilidade. Pode ser estático ou dinâmico.
Fatores de mecânicos que interferem no equilíbrio do nosso corpo:
Massa do corpo: definida como a quantidade de matéria do corpo. Quanto maior a
massa, maior o equilíbrio. A massa do corpo está relacionada com a sua inércia. Assim,
podemos aumentar a inércia do paciente fixando extremidades, adicionando carga na
extremidade, entre outras formas. É importante lembrar que para melhora funcional do
paciente, há a necessidade de controle neuromuscular suficiente para que o corpo “saia”
desse estado de repouso.
Base de sustentação: é definida com a área sobre a qual o corpo está apoiado. Quanto
maior a base de sustentação, maior o equilíbrio. É importante estabelecer a base de
sustentação conforme as características do paciente e o objetivo do exercício. Assim, se o
exercício é para força ou resistência muscular, ou ainda para tornar o exercício mais
seguro, a estabilidade do corpo deve ser priorizada com bases mais alargadas e mais
fixas. Por outro lado, se o exercício tem como objetivo o desenvolvimento de reações
neuromusculares para aperfeiçoar o equilíbrio, gradativamente a base de sustentação
deve ser diminuída, sempre de acordo com as possibilidades do paciente.
Linha de gravidade: é definida como uma linha imaginária, perpendicular ao solo, que
passa pelo centro de gravidade. Quanto mais centralizada na base de sustentação, maior
o equilíbrio do corpo. A posição da linha de gravidade na base de sustentação define o
tipo de equilíbrio. Quando há movimento de segmentos corporais como os membros
superiores, o tronco ou 1 membro inferior, o centro de gravidade do corpo muda e com ele
muda a linha de gravidade. Se a linha de gravidade oscilar na base, mas não sair dessa
base, temos o equilíbrio estático. Se a linha de gravidade oscilar e sair da base temos o
equilíbrio dinâmico. Assim, quando avaliamos ou trabalhamos equilíbrio é importante
entender essa diferença, uma vez que o controle neuromuscular em cada um tem papel
diferente.
Características do equilíbrio:
1- em condição estática, a projeção do centro de gravidade parece ser o valor de
referência no controle do equilíbrio. Dessa forma, podemos enfatizar determinada cadeia
muscular para manutenção do equilíbrio na medida em que posicionamos o centro de
gravidade e combinamos as posições entre os segmentos corporais. Como exemplo, se o
paciente está em pé com apoio bipodal, ao inclinar o corpo à frente, mantendo tronco,
quadris e joelhos estendidos, haverá dorso flexão do tornozelo e os músculos flexores
plantares passam a ter papel fundamental no controle do equilíbrio. No mesmo exemplo,
se ocorrer flexão dos quadris e/ou do tronco os músculos extensores do quadril e
paravertebrais passam a ter papel mais importante nesse controle. Dessa forma, não
basta trabalhar o equilíbrio, mas entender como deve ser trabalhado para focar as ações
musculares mais relevantes desse equilíbrio;
2- a projeção do centro de gravidade é controlada por níveis do sistema nervoso central a
partir de informações de origem labiríntica, visuais, proprioceptivas e cutâneas que atuam
identificando as alterações e promovendo as respostas adequadas. Portanto, a integridade
dos receptores, das vias periféricas e centrais, de núcleos encefálicos e das áreas
corticais é imprescindível para um controle adequado do equilíbrio. Durante os exercícios
de equilíbrio, podemos reduzir as aferências para perturbar mais o corpo no espaço e
exigir maior controle neuromuscular para manter o equilíbrio adequado. O exemplo
clássico é trabalhar equilíbrio com ou sem uso da visão, adicionar outras tarefas como
pegar e jogar uma bola enquanto está se equilibrando, movimentar a cabeça em várias
direções enquanto está em ortostatismo, etc.;
3- a organização das respostas motoras com o objetivo de manter o equilíbrio é mais
eficiente com uma noção mais adequada do esquema corporal. Nesse sentido é
importante que o paciente seja trabalhado para ter melhor percepção das partes do seu
corpo e do corpo como um todo e, durante os exercícios de equilíbrio, vivencie as
mudanças de posição dos segmentos corporais e as modificações nas respostas a essas
mudanças. Como exemplo, se o paciente está em pé, peço que incline o tronco à frente e
modifico a posição dos membros superiores para que o paciente perceba, a partir das
variações, as correções necessárias à manutenção do equilíbrio;
4- a manutenção do equilíbrio depende das reações de equilíbrio a partir das aferências
em vários níveis, que podem ser contínuas em mudanças lentas da posição do corpo ou
descontínuas em mudanças rápidas da posição do corpo. Num primeiro momento dos
exercícios de equilíbrio, é importante que o paciente tenha previsibilidade das mudanças
da posição do corpo no espaço e possa antecipar respostas motoras como acontece no
desequilíbrio autoprovocado onde o próprio paciente oscila o seu corpo. Na medida em
que o controle neuromuscular melhora, o equilíbrio pode ser trabalhado de tal forma que a
posição do corpo no espaço seja mudada sem padrão de previsibilidade, o que dificulta ao
paciente “saber” para onde o corpo será deslocado. Podemos estabelecer algumas
relações hierárquicas conforme o grau de dificuldade dos exercícios de equilíbrio: da
superfície estável evoluindo para superfície instável; do apoio bipodal para o apoio
unipodal; da base larga para base estreita; do centro de gravidade baixo para alto; do
autodesequilíbrio para o desequilíbrio provocado; da utilização das aferências
relacionadas ao equilíbrio para redução dessas aferências e, obviamente, a combinação
de todas essas variáveis.
Ativa livre: quando os exercícios são realizados sem resistência externa ou, no máximo,
tendo a ação da gravidade como resistência. Os exercícios ativos livres são utilizados
quando o paciente apresenta grau regular de força muscular, permitindo movimento na
amplitude normal da articulação trabalhada ou ainda em pacientes com grau precário de
força muscular em que desejamos que o movimento seja ativo dentro da amplitude
possível para o paciente.
Ativa assistida: quando há força externa que auxilia o movimento. Os exercícios ativos
assistidos são importantes quando o músculo não apresenta força suficiente para produzir
um movimento numa amplitude adequada, e o próprio fisioterapeuta ou algum dispositivo
mecânico auxilia o paciente na execução do exercício. Também pode ser o próprio
paciente que auxilia o movimento com o outro membro, o que é chamado de exercício
ativo autoassistido. Os exercícios ativos assistidos são indicados em quadros de fraqueza
muscular como, por exemplo, grau precário ou mesmo grau traço, e a força externa irá
auxiliar no momento em que não houver condições do paciente manter ou progredir o
movimento. Em algumas situações podemos assistir exercícios resistidos, quando, apesar
da força muscular existente ser adequada, em função da maior resistência utilizada no
exercício, em determinada amplitude o paciente não consegue realizá-lo sem ajuda
externa. Essa condição ocorre em exercícios de força muscular com alta intensidade,
principalmente em ambiente de academia.
Ativa resistida: Os exercícios ativos resistidos são realizados contra uma determinada
resistência. Podemos ter a resistência dinâmica invariada (ou constante) e variada. A
resistência dinâmica constante é representada por pesos, cabos e polias, aparelhos de
mecanoterapia, tornozeleiras, faixas rígidas, massa do segmento corporal ou do corpo
como um todo. O que caracteriza esse tipo de resistência é o fato de que a tensão do
músculo durante a execução do exercício está condicionada à resistência propriamente
dita, ou seja, essa resistência é que ajusta o grau de tensão muscular necessária ao
exercício e não necessariamente há a intenção do paciente em desenvolver esse grau de
tensão, o paciente simplesmente cumpre ou tenta cumprir a tarefa de vencer essa
resistência. Assim, a resistência ao longo do movimento não muda, mas a tensão que o
músculo desenvolve muda em função dos aspectos biomecânicos como o braço de peso
da alavanca e o comprimento do músculo. Outro aspecto da resistência dinâmica
constante é que, para ajustar a resistência às condições de dois pacientes, na maioria das
vezes temos que utilizar magnitudes de resistência diferentes para o mesmo objetivo.
Como exemplo, ao trabalharmos o músculo bíceps braquial, para realizar 15 repetições,
um paciente pode precisar de 3 Kg e outro de 2 Kg. Com um mesmo elástico podemos
contemplar os dois pacientes de tal forma que, quem tem maior grau de força muscular irá
tensionar mais o elástico e quem tem menor grau de força tensionará menos. Esse
elástico é um exemplo de resistência dinâmica variada que tem como característica o fato
de que a tensão muscular desenvolvida no exercício pode variar em função da velocidade
do movimento, do controle neuromuscular do paciente para desenvolver a tensão
muscular, das características do material, etc. Como exemplo de resistência dinâmica
variada podemos citar ainda a água, que oferece menor resistência em baixa velocidade
e, na medida em que a velocidade é aumentada, a água oferece maior resistência ao
movimento. Outro exemplo são as molas, que oferecem maior ou menor resistência
conforme o seu diâmetro ou consistência e ainda em função do grau em que são
tensionadas ou comprimidas. Também temos como exemplo as bolas e rolos que
oferecem graus variados de resistência na medida em que são mais ou menos
comprimidos. É importante salientar que os exercícios com resistência dinâmica variada
exigem controle neuromuscular mais apurado e facilitam também a melhor percepção do
esforço para realizar o exercício. Outro aspecto também importante, ainda sem evidências
científicas conclusivas, mas observado na prática clínica, é que os exercícios com
resistência dinâmica variada, principalmente com elásticos e bolas, pelo fato da tendência
a produzirem tensão crescente na medida em que a bola é comprimida ou o elástico é
distendido, reduzem o estresse nos componentes viscoelásticos do músculo, sendo esse
um dos aspectos que supostamente diminui a dor muscular de início tardio, quando a
intensidade do exercício é alta ou quando o músculo está em processo de adaptação aos
exercícios resistidos. Também é importante ressaltar que, em muitas situações, a
resistência pode ser considerada intrínseca, em função da restrição de estruturas do
corpo, como ocorre, por exemplo, nos quadros de rigidez do tórax em enfisematosos, que
exige maior esforço dos músculos ventilatórios, em músculos espásticos, que oferecem
resistência passiva quando o seu antagonista se contrai para produzir movimento ou a
própria tensão passiva aumentada quando determinados músculos são colocados em
posição de alongamento e restringem a amplitude articular, por mais força que o seu
antagonista produza (insuficiência passiva), fato observado durante a flexão do quadril
com o joelho estendido, principalmente em pacientes com encurtamento dos músculos
isquiotibiais.
Unidade motora:
Unidade motora pode ser definida como o conjunto de fibras musculares inervadas por um
único neurônio motor. O número de fibras musculares por unidade motora pode variar de 5
a mais de 1000. Em geral, o número de fibras musculares por unidade motora está
relacionado com as características funcionais do músculo. Dessa forma, músculos que
necessitam produzir ações musculares de precisão possuem poucas fibras musculares
por unidade motora, como acontece nos músculos intrínsecos da mão, músculos da
fonação, músculos dos olhos, etc. Por outro lado, músculos que produzem ações
musculares mais grosseiras, como os músculos do tronco, da coxa, do braço, possuem
muitas fibras musculares por unidade motora. Outro aspecto a ser comentado é que as
fibras musculares que compõem uma unidade motora são do mesmo tipo, ou seja, não
temos na mesma unidade motora fibras do tipo I e fibras o tipo II. Assim, o comportamento
das unidades motoras segue o comportamento das fibras musculares, de tal forma que as
unidades motoras com fibras do tipo I costumam ser classificadas como unidades motoras
tônicas, com maior tolerância à fadiga, baixa tensão na contração, baixas velocidades de
contração e resposta a potenciais de ação de pequena freqüência. Ao contrário, as
unidades motoras com fibras do tipo II são classificadas como fásicas e são recrutadas
quando há necessidade de altas tensões para geração de força ou velocidade, e
respondem aos potenciais de ação de maior freqüência, mas apresentam menor grau de
tolerância à fadiga.
Sistema musculoesquelético:
As células das estruturas do sistema musculoesquelético são consideradas mecanócitos e
têm a capacidade de responder a estímulos mecânicos, com mecanismos locais para
crescimento, remodelamento e reparação celular. Os estímulos mecânicos gerados pelas
ações musculares são essenciais também para estruturas como o osso, os tendões, os
ligamentos, a cartilagem articular, etc. Em inúmeras situações, embora os exercícios
ativos obviamente dependam da ação muscular, o foco principal pode não ser
necessariamente o músculo, mas o ligamento, o osso, a função pulmonar ou cardíaca, a
cognição, etc.
Músculo: podemos considerar que, para um músculo desempenhar suas funções de
forma integral, é necessária força, resistência, viscoelasticidade (flexibilidade) e
capacidade de pronta resposta aos estímulos que exijam a sua contração (reações e
reflexos). Essas capacidades, obviamente, devem se manifestar conforme as
possibilidades do paciente e as suas necessidades funcionais para o desempenho das
suas AVDs, AVPs, prática de esportes, etc. Pacientes restritos no leito, com imobilização
articular e com outras condições que impossibilitam ou restrinjam a sua mobilidade,
podem apresentar quadro de hipotrofia muscular. Essa hipotrofia pode ser considerada de
repouso, de origem neurológica, de origem miogênica ou por condições nutricionais.
Portanto, é importante entender as causas do comprometimento muscular que o paciente
apresenta, para que as intervenções sejam direcionadas e o prognóstico estabelecido de
uma forma mais adequada e realista. Quando o comprometimento muscular ocorre em
função da restrição no leito por doenças de base, os exercícios devem contemplar o maior
número de segmentos corporais e funções como mudanças de decúbito, facilitação em
atividades de higiene e alimentação, preparação para uso de aditamentos, etc. Quando o
comprometimento muscular é mais localizado, os exercícios são mais seletivos com
ênfase nesse segmento ou membro, mas mesmo assim, não podemos esquecer o
comportamento neuromuscular como um todo e, portanto, a integração dos exercícios.
Nesse contexto, um dos principais objetivos da cinesioterapia no músculo é recuperar,
manter e, sempre que possível, melhorar o trofismo muscular e a sua capacidade de
desenvolver força e velocidade de contração. Uma complicação, freqüentemente
observada em pacientes com restrição da mobilidade articular, é a retração e
encurtamento muscular, que predispõe à contratura muscular e/ou articular. Nesse caso,
há diminuição da viscoelasticidade e do comprimento do músculo. Existem inúmeras
intervenções para prevenção desse quadro e, seguramente, os exercícios ativos na maior
amplitude possível é uma das mais importantes. Quando não é possível mobilizar a
articulação, os exercícios isométricos também têm importância porque, mesmo que não
possibilite o aumento do comprimento do músculo, atua na redução da proliferação de
tecido conjuntivo, principalmente no perimísio, reduzindo a “rigidez” muscular.
Articulações: a função normal das articulações depende da integridade das estruturas
que a compõe, como ossos, ligamentos, cápsula articular, fibrocartilagem, músculos, etc.,
além das estruturas proprioceptivas e neurais. O comprometimento, direto ou indireto
dessas estruturas, pode resultar em alteração na mobilidade e estabilidade articular, que
são componentes essenciais para a função articular. A estabilidade estática está
relacionada com as estruturas ou componentes passivos, principalmente ligamentos,
cápsula articular e fibrocartilagem. A estabilidade dinâmica depende das ações
musculares de tal forma que, força, resistência e, principalmente reflexos, são
absolutamente imprescindíveis para essa função. Dessa forma, quando um ou mais
componentes estáticos estão comprometidos por lesões, doenças, distúrbios ou desuso,
os componentes dinâmicos devem ser enfatizados para minimizar, manter ou recuperar a
mobilidade e estabilidade articular. A estabilidade também pode estar comprometida por
uma condição primária do músculo, como fraqueza, dor e déficit proprioceptivo. Portanto,
é importante entender o papel de cada estrutura na função articular para direcionar os
exercícios ativos necessários à melhora da mobilidade e da estabilidade articular, bem
como para produção de forças de tensão e/ou de compressão, que facilitem a
remodelação das estruturas articulares comprometidas e restaurem as suas propriedades
biomecânicas. Em função da baixa atividade metabólica, o período para recuperação das
estruturas articulares pode ser maior que o período de imobilização. Por exemplo, uma
imobilização por mais de 4 semanas traz conseqüências importantes para a cartilagem
articular hialina e aderências do tecido conjuntivo. Essas alterações podem ser
minimizadas ou não progredir, por meio de intervenções como exercícios ativos de
mobilidade, estabilidade e distribuição adequada das cargas sobre as articulações. Por
exemplo, uma paciente com osteoartrite dos joelhos pode estar internada por doença
pulmonar, e a restrição no leito pode piorar esse quadro de artrite. Dessa forma, a
cinesioterapia deve considerar não só a patologia pulmonar, mas também essa outra
condição que pode piorar pela restrição no leito. Ao longo do processo de recuperação, os
exercícios ativos devem ser conduzidos de tal forma a não produzirem forças que
ultrapassem a capacidade biomecânica dessas estruturas. Numa fase inicial, como na
fase inflamatória, a tensão ou compressão gerada nessas estruturas deve ser mínima para
não comprometer a cicatrização. Na fase de cicatrização, as forças têm que gerar algum
estresse para facilitar a remodelação (lei de Wolff) e recuperar as propriedades
biomecânicas da estrutura comprometida. Em relação à estabilidade, melhorar a força
muscular, não pressupõe, necessariamente, melhora da estabilidade articular, sendo
fundamental otimizar as reações neuromusculares, por meio de exercícios ativos livres,
num primeiro momento com controle voluntário sobre a velocidade a amplitude e a
percepção do movimento ou postura, evoluindo para exercícios que enfatizem ações
musculares controladas, essencialmente, por estruturas infratentoriais, como cerebelo e
medula, otimizando reações de equilíbrio e reflexos miotáticos, por exemplo.
Tendões: sabemos que os tendões são estruturas que transmitem forças do músculo para
o osso, mas também têm a capacidade de absorver energia. Essa função faz com que os
tendões sejam submetidos a forças de tensão durante as ações musculares, e também
quando o músculo é alongado de forma passiva. As propriedades biomecânicas e
estruturais dos tendões podem estar alteradas por lesões ou traumas diretos, bem como
pela imobilidade articular. Os estudos mostram que os exercícios de mobilidade articular
reduzem aderências em tendões submetidos a reparos. O mecanismo proposto para essa
melhor cicatrização é uma resposta celular no tendão e no epitendão em função do
estresse mecânico, que melhora a síntese de colágeno e facilita a remodelação e
recuperação estrutural e biomecânica dos tendões. No caso de reparos, tendinopatias ou
entesopatias, na fase inicial, os exercícios ativos devem produzir baixa tensão no tendão.
Se a articulação está livre para mobilização, os exercícios ativos livres ou assistidos, em
baixa velocidade e na maior amplitude possível estão indicados. No caso da articulação
estar imobilizada ou a mobilidade articular estar contra-indicada, os exercícios isométricos
são importantes, de preferência com início e término da contração de forma gradual. Na
fase de cicatrização da lesão ou reparo, a tensão sobre o tendão deve ser aumentada
gradativamente e os exercícios ativos podem evoluir para resistidos. Uma característica
importante nessa fase e, principalmente na fase de remodelação, é que os exercícios
produzam “tensão contínua”, por meio de um maior tempo de contração concêntrica,
excêntrica ou isométrica.
Ossos: os períodos longos de imobilização em leito, doenças ou traumas que
comprometem direta ou indiretamente os ossos, produzem alterações estruturais que
podem resultar em diminuição da densidade do osso e nas suas propriedades
biomecânicas. A perda da densidade mineral pode chegar a 8% ao mês durante os
períodos de repouso prolongado em leito. As reduções ocorrem principalmente nas
primeiras 6 semanas, sendo o osso trabecular mais sensível a essas mudanças em
função da sua maior capacidade de remodelação. No osso cortical a densidade óssea é
reduzida de forma mais lenta. Como o metabolismo do osso depende dos estímulos
mecânicos para gerar atividade piezoelétrica, as contrações musculares e a sustentação
da massa corporal assumem papel absolutamente essencial para essa função. A tração
exercida no osso pelas ações musculares estimula a atividade osteoblástica. Outro
aspecto importante, é que a contração muscular desempenha papel importante na
absorção de forças e cargas, controlando os estresses impostos ao osso. Assim, quando
iniciamos exercícios de “descarga de peso” em pacientes com comprometimento do osso,
como fraturas por exemplo, a contração muscular prévia é importante para controlar as
forças externas que incidem no osso. Esse aspecto é de extrema importância porque,
principalmente em pacientes com fraturas em ossos do membro inferior, não devemos
considerar apenas a “descarga de peso” como importante para recuperar as propriedades
do osso, mas devemos entender que os exercícios ativos para melhora da força,
resistência, controle neuromuscular, etc., mesmo em decúbito horizontal e com carga
ponderal, melhoram a capacidade do músculo em absorver as forças externas e tornam a
“descarga de peso” mais segura para o osso e, obviamente para o paciente. Os estresses
da contração muscular são mais seguros quando aplicados de forma simétrica. Nesse
sentido, durante os exercícios ativos, principalmente em pacientes com fraturas, uma
estratégia para que os exercícios ativos gerem forças simétricas é a utilização da co-
contração entre agonista-antagonista. Os exercícios ativos têm a capacidade de produzir
atividade piezoelétrica nos ossos, melhorar as suas propriedades estruturais e
biomecânicas e também absorver e controlar as forças externas que incidem sobre os
ossos.
Considerações finais
A cinesioterapia ativa é intervenção essencial para a recuperação funcional do paciente,
independentemente da lesão, doença ou distúrbio que compromete, direta ou
indiretamente os sistemas orgânicos, principalmente os sistemas nervoso,
musculoesquelético e cardiorrespiratório. Uma condição essencial para entender como
esse processo de recuperação funcional deve ser conduzido de forma eficiente e segura,
é, obviamente, avaliar quais as capacidades motoras estão comprometidas, para que os
exercícios ativos propostos, sejam adequados para cada capacidade motora
condicionante ou coordenativa, e trabalhados na intensidade e volume necessários para
produzir efeito de treinamento e melhorar o condicionamento físico de cada uma das
capacidades necessárias à recuperação funcional. Além desses aspectos, é importante
selecionar as ações musculares mais relevantes, a amplitude, velocidade e, no caso da
cinesioterapia resistida, o tipo de resistência mais adequada, o tipo de cadeia cinética ou
cinemática, etc. Também é importante compreender que a cinesioterapia ativa deve
integrar sistemas orgânicos e buscar uma relação mais próxima do ambiente no qual o
paciente está inserido, seja hospitalar, ambulatorial, domiciliar ou comunitário.
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