Apostila - Cinesioterapia e Reeducação Funcional

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Moraes

Physio Habilitare
Apostila de Cinesioterapia e
Reeducação Funcional
Sumário
CINESIOTERAPIA E REEDUCAÇÃO FUNCIONAL...............................................................3
O QUE É A CINESIOTERAPIA...............................................................................................3
INTRODUÇÃO AO EXERCÍCIO TERAPÊUTICO...................................................................3
AMPLITUDE DO TRABALHO MUSCULAR............................................................................4
EXERCÍCIO PASSIVO.............................................................................................................5
EXERCÍCIO ATIVO..................................................................................................................5
EXERCÍCIO RESISTIDO.........................................................................................................5
MOBILIZAÇÃO ARTICULAR...................................................................................................6
EXERCÍCIOS NA AMPLITUDE DE MOVIMENTO OU MÉTODOS DE MOBILIZAÇÃO........6
INDICAÇÕES E METAS PARA A AMPLITUDE DE MOVIMENTO........................................6
PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE AMPLITUDE ARTICULAR......7
MOBILIZAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES PERIFÉRICAS..........................................................7
CONCEITOS DE MOVIMENTO ARTICULAR.........................................................................8
MIA – MOBILIZAÇÃO INTRA-ARTICULAR..........................................................................10
MOBILIZAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES PERIFÉRICAS........................................................10
ALONGAMENTO...................................................................................................................11
FLEXIBILDIADE.....................................................................................................................12
EXERCÍCIOS AERÓBICOS..................................................................................................15
EXERCÍCIOS RESISTIDOS..................................................................................................15
EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS...............................................................................................17
EXERCÍCIO COM RESISTÊNCIA MANUAL.........................................................................17
PROPRIOCEPÇÃO E EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS........................................................18
PLIOMETRIA.........................................................................................................................21
EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS.............................................................................................21
EXERCÍCIO DE WILLIAMS...................................................................................................21
PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE WILLIAMS...........................................................................22
EXERCÍCIO AERÓBICO.......................................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................28
CINESIOTERAPIA E REEDUCAÇÃO FUNCIONAL

O QUE É A CINESIOTERAPIA

A Cinesioterapia é descrita pelo uso do movimento ou do exercício como forma de terapia e


também tratamento do movimento. É um treinamento planejado e sistemático de movimentos
corporais, posturas ou atividades físicas que buscam proporcionar melhor qualidade de vida,
tratar ou prevenir comprometimentos articulares, restaurar ou potencializar a função física entre
outros. Também pode ser descrita como exercícios terapêuticos.

INTRODUÇÃO AO EXERCÍCIO TERAPÊUTICO

O Exercício Terapêutico pode ser definido como o recurso básico e fundamental dentro da
cinesioterapia, constituído por um meio para desenvolver e / ou potencializar a capacidade física,
acelerar a recuperação do paciente, das lesões e enfermidades, melhorar a qualidade as
atividades de vida diária (AVD’s), assim como reabilitar o indivíduo para um novo meio ou função.
FINALIDADES: 1- Estimular a atividade onde e sempre seja possível, diminuir os efeitos de
inatividade;
2- Corrigir a ineficácia dos músculos ou grupos musculares específicos e desenvolver a
ADM normal para corrigir e conseguir o movimento fundamental e eficiente;
3- Estimular o paciente para o uso de sua capacidade desenvolvida com a prática de suas
atividades funcionais, desta forma realizando a sua reabilitação.

ABORDAGEM PARA AVALIAÇÃO DO PACIENTE E DESENVOLVIMENTO DO


PROGRAMA

 A- ANALISAR AS NECESSIDADES: Medidas do resultado (mensurável); comprometimento


(psicológico, fisiológico ou anatômico); limitação funcional (da função normal); incapacidade
(AVD); deficiência.
 1- Informação subjetivas
 2- Dados objetivos
 3- Inspeção
Procedimentos da tensão seletiva, ADM passiva e ativa.
Dados objetivos do paciente é trabalhado através da inspeção realizada no paciente.
- teste de integridade articular.
- testes resistidos.
Outras análises dos músculos.

PALPAÇÃO: testes neurológicos, adicionais e especiais. Dentro da palpação, analisar


temperatura, textura óssea, textura muscular, (tensão ou fratura). Os testes neurológicos podem
ser feitos com o músculo lesado. O uso do martelo para reflexo na patela com compressão
neurológica não há manifestação de reflexo, também a sensibilidade ao longo da extensão do
músculo comprometido se torna algo quase que ausente.
ANÁLISE: identificação do diagnóstico e comprometimento; identificação de limitações
funcionais ou incapacidades, identificação de deficiências, encaminhamento.
 B- DESENVOLVIMENTO DO PLANO
 C- IMPLEMENTAR O PLANO
 D- AVALIAR O PLANO

Procedimento de analgesia para eliminar a dor, a fim de melhor executar o tratamento e


diminuir os edemas e tentar introduzir alguma terapia que possa aos poucos diminuir atrofias
quando esta se encontra presente no paciente.
Uma fraqueza muscular menor que 3, não completa o arco de flexão de movimento.
O plano é estabelecido e executado conforme a necessidade de cada paciente.
METAS DO EXERCÍCIO TERAPÊUTICO
1- Força
2- Resistência a fadiga e preparo cardiovascular
3- Mobilidade e flexibilidade
4- Estabilidade
5- Relaxamento
6- Coordenação, equilíbrio e habilidades funcionais.

AMPLITUDE DO TRABALHO MUSCULAR

CONCEITOS: flexibilidade, elasticidade ou extensibilidade.


CONTRAÇÃO MUSCULAR: isolada ou em grupo.
MOVIMENTO FUNCIONAL EFICIENTE: agonista, antagonista, sinergista, fixador.
PADRÕES DE MOVIMENTO: sistema nervoso mais sistema motor, padrão isolado,
combinado, de facilitação.
TIPOS DE MOVIMENTOS: passivo (relaxado, forçado, manipulação), ativo assistido, ativo
livre, ativo resistido.

Cinesioterapia é lidar com o exercício de forma terapêutica para melhorar alguma


disfunção.

Flexibilidade: é a amplitude de movimento de uma ou mais articulações que pode ser


avaliada ou medida em centímetros ou grau.
Elasticidade: é a capacidade de um músculo de se alongar até o limite e voltar ao normal.
A tensão máxima que rompe um tendão chega a 800N (Newton).
Contração muscular: a grande maioria das contrações ocorrem em grupo, raramente
pode ocorrer de forma isolada.
Agonista: grupo de músculos que realizam o movimento desejado.
Antagonista: grupo de músculos que realizam movimentos contrários aos agonistas.
Sinergista: músculos que trabalham em conjunto com os músculos antagonistas.
Fixador: um ou mais músculos que fixam a extremidade do ponto de origem para a
realização do movimento.
Padrões de movimento: integridade do sistema nervoso mais sistema motor em um
padrão de movimento isolado. Pode-se usar um padrão combinado de músculos que funcionam
em uma cadeira para o movimento.
 Movimento isolado: flexão do punho, palmar longo. Músculos agonistas: extensores
do punho, radial do carpo são os antagonistas. Flexão do punho com fixação do
cotovelo, bíceps braquial que está tenso, sinergismo de flexores dos dedos.

 Exemplo para tratar uma fratura 1/3 médio do úmero e fortalecer extensores do punho.
Objetivo do tratamento: 1- manutenção ou ganho de ADM,
2- aumento ou ganho da resistência e força muscular dos extensores do punho,
3- aumento da sensibilidade,
4- desenvolver propriocepção,
5- recuperação funcional.

Conduta de tratamento:
1- Mobilização ou exercício passivo.
2.1- mobilização + exercício isométrico.
2.2- exercício ativo assistido.
2.3- exercício ativo.
2.4- exercício ativo resistido.
3- estímulos táteis diversos.
4- exercícios proprioceptivos.
EXERCÍCIO PASSIVO

A utilização do exercício passivo se faz quando o paciente apresenta fraqueza muscular,


paralisia muscular ou força muscular com grau igual a zero. É realizado por uma força externa
que pode ser o próprio paciente, o fisioterapeuta ou com auxílio de aparelhos. Quando o paciente
não apresenta complicações musculares ou neurológicas no membro a ser tratado pois
apresenta o movimento ativo sem complicações, a execução com o exercício passivo tende a ser
um pouco mais difícil pois o paciente tende a auxiliar ou até mesmo resistir ao exercício passivo,
contraindo a musculatura, implicando e insucesso na execução do exercício.
Para que seja realizada uma mobilização passiva eficaz é importante levar em
consideração a posição do paciente e do terapeuta, respeitar sempre o limiar de dor do paciente,
a aquisição de confiança do paciente na execução do exercício e qual a melhor forma de
mobilizar o membro a ser tratado.
Dessa forma podemos alcançar os seguintes objetivos:
 Manter a integridade de articulações e tecidos moles.
 Evitar a formação de contraturas.
 Manter e estimular a elasticidade muscular.
 Ativar e melhorar a circulação sanguínea, evitando a formação de trombos.
 Melhorar o movimento sinovial, auxilia a produção de líquido sinovial que irá garantir
melhor nutrição as cartilagens articulares.
 Diminuição ou inibição de quadros álgicos.
 Auxiliar no processo de cicatrização após procedimentos cirúrgicos evitando que
ocorra aderência capsular ou formação de tecido fibroso em torno do local.
 Ganhar e / ou manter a ADM da articulação.
 Manter os padrões cinestésicos do movimento.

Não realizar o exercício imediatamente após rupturas agudas, fraturas e cirurgias; suspeita
de lesão neurológica por trauma presença de traumas adicionais.

EXERCÍCIO ATIVO

O exercício ativo é aquele em que um movimento é realizado pelo paciente por contração
muscular efetiva, ou seja, sem auxílio do terapeuta ou de aparelhos. A prática do exercício ativo
pode ser realizada com movimentos contra a gravidade ou em uma posição com ação da
gravidade minimizada, dependendo da força do indivíduo bem como dos objetivos da fisioterapia.
Os objetivos a serem alcançados com os exercícios ativos incluem aqueles associados ao
movimento passivo mais os benefícios da contração muscular que evita o trofismo muscular por
desuso.

EXERCÍCIO RESISTIDO

A prática do exercício resistido se dá pela realização de exercícios em que haja contrações


musculares contra resistências graduáveis e progressivas. As formas de resistências mais comum
utilizadas para esses exercícios são: pesos, resistência manual do terapeuta, hidráulica, molas,
elásticos, entre outros.
De qualquer modo, a carga de resistência ao exercício pode ser aplicada de maneira
manual ou mecânica. Os exercícios onde a resistência aplicada é a manual, são realizados pelo
terapeuta junto com o paciente, onde o terapeuta irá graduar a força a ser aplicada sem que para
isso haja a necessidade de equipamento, usando para isso as referências que o paciente relata
durante a atividade, se está com mais ou menos dificuldade em realizar devido a carga imposta
ao membro a ser tratado. Outro benefício do uso da resistência manual, está no fato do
fisioterapeuta ter mais controle sobre a amplitude articular do membro a ser exercitado.
Os exercícios que fazem uso da resistência mecânica, utilizam de equipamentos ou
aparelhos mecânicos e que se torna muito útil quando é preciso aplicar uma resistência mais
gradual e superior do que a oferecida pela resistência manual do fisioterapeuta. A resistência
mecânica por equipamento ou aparelhos permite também que seja possível mensurar a força de
forma quantitativa e progressiva ao longo do tempo de execução do exercício.

MOBILIZAÇÃO ARTICULAR

Importância da avaliação clínica dos movimentos articulares.


Diferenciar mobilização intra-articular de articular.
A compreensão dos movimentos normais e anormais das articulações. Anatomia funcional,
fundamento para a prescrição do exercício terapêutico, fundamento para modificar ou terminar um
tratamento; recurso motivador sobre os pacientes, antropometria estática e dinâmica.
O instrumento para medir a amplitude de movimentos articulares, expressão numérica,
valores normais, métodos de registro e técnicas, é o goniômetro.

EXERCÍCIOS NA AMPLITUDE DE MOVIMENTO OU MÉTODOS DE MOBILIZAÇÃO

 PASSIVO: movimento que ocorre dentro de uma amplitude articular de movimento livre para
um segmento, produzido por uma força externa (gravidade, um aparelho, outra pessoa ou
outra parte do corpo da própria pessoa), não ocorrendo contração voluntária.
 ATIVO ASSISTIDO: caracteriza-se como um tipo de amplitude articular de movimento ativo
sendo a resistência realizada por uma força externa, manual ou mecânica porque os
músculos que iniciarão o movimento, precisam de assistência para completá-lo.
 ATIVO: é o movimento que ocorre dentro da amplitude articular de movimento livre para um
segmento que é produzido por uma contração ativa dos músculos que cruzam aquela
articulação.

INDICAÇÕES E METAS PARA A AMPLITUDE DE MOVIMENTO

 AMPLITUDE ARTICULAR DE MOVIMENTO PASSIVO


1- Em pacientes dependentes: manter a integridade da articulação ou tecido mole,
minimizar efeitos da formação de contraturas, manter a elasticidade mecânica dos músculos,
assistir a circulação e a dinâmica vascular, melhorar o movimento sinovial para nutrir as
cartilagens e difusão de substâncias dentro da articulação, diminuir ou inibir a dor, auxiliar no
processo de cicatrização após uma lesão ou cirurgia, ajudar a manter a consciência de
movimentos do paciente.
2- Para determinar limitações de movimentos, para determinar a estabilidade
articular e elasticidade do músculo e outros tecidos moles.
3- Para demonstrar o movimento desejado.
4- Pode ser usada como recurso antes da aplicação de técnicas de alongamento.

 AMPLITUDE ARTICULAR DE MOVIMENTO ATIVO E ATIVO ASSISTIDO


1- Quando o paciente está apto para contrair ativamente seus músculos e mover um
segmento com ou sem assistência, a amplitude articular do movimento é usada para: atingir
os objetivos da passiva com as vantagens de resultar em contrações musculares, manter a
elasticidade e a contractilidade fisiológica dos músculos participantes, prover estímulos para a
integridade óssea, aumentar a circulação e prevenir formação de trombos, desenvolver
coordenação e habilidades motoras para atividades funcionais.
2- Quando, no teste muscular, identificar-se graus 1 e 2, podemos utilizar a amplitude
articular de movimentos ativo assistido.

Em caso de mobilização ativo assistido ou ativo: primeiramente demonstre o movimento


desejado usando a ADM passiva, posteriormente peça para executar o movimento ativamente.
Procure posicionar as mãos para assistir ou guiar o segmento mobilizado caso necessário.
A assistência é dada preferencialmente no início e no final do movimento.
As técnicas de movimentos podem ser realizadas em:
- planos anatômicos da ADM
- amplitude muscular de alongamento (antagonista a linha de tração do músculo)
- padrões combinados (movimentos combinados incorporando vários planos de movimento)
- padrões funcionais (movimentação usada nas AVD)

Verificação das condições gerais do paciente:


1- alteração dos sinais vitais
2- modificação da temperatura e cor dos segmentos
3- modificação na ADM
4- dor

Procure anotar as reações observáveis e mesuráveis do tratamento. Modifique ou progrida


o tratamento se necessário, de acordo com a evolução e resposta do paciente.

PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE AMPLITUDE ARTICULAR

Embasadas na avaliação e no nível funcional do paciente, determinar os objetivos e qual


método de mobilização atingirá as metas desejadas.
Posicionar o paciente em posição confortável, permitindo que se possa mover o segmento
na ADM possível.
A região a ser mobilizada deve estar livre de roupas restritas, curativos ou órteses.
Usar de mecânica corporal adequada ao movimento que se quer realizar.
Para controlar o movimento, procurar segurar o membro ao redor das articulações evitando
a dor.
Procurar apoiar as áreas fragilizadas como: articulações hipermóveis, locais de fraturas
recentes ou onde houver alguma paralisia.
Mover o segmento em toda a sua ADM, livre de dor, caso contrário será considerada uma
técnica de alongamento.
Os movimentos devem ser realizados de maneira homogênea e rítmica, entre 5 a 10
repetições.
Quando o recurso de mobilização é passiva: nenhuma resistência ou assistência é feito
pelos músculos que cruzam a articulação pois, isso é um exercício ativo; o movimento realizado
dentro da ADM existente sem movimento forção ou dor.

LIMITAÇÕES DAS AMPLITUDES DE MOVIMENTO


A movimentação passiva não previne atrofia muscular, aumento de força e assistência a
circulação na mesma proporção que a contração muscular ativa. A movimentação ativa não
desenvolve destreza ou coordenação exceto nos padrões de movimentos usados.

Precauções e contraindicações para a aplicação das amplitudes articulares de


movimento:
PASSIVA: em processo de cicatrização, após rupturas agudas, fraturas e cirurgias (pós
mastectomia, pós capsulotomia). Quanto a amplitude, velocidade e tolerância do paciente,
principalmente durante o estágio agudo da recuperação. Presença de dor ou sinais inflamatórios
após a imobilização.
ATIVA: quando há comprometimento na condição cardiovascular, contra indique (pós
infarto), realizar movimentos somente nas extremidades, evitando edemas e trombo.

MOBILIZAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES PERIFÉRICAS

Técnica que utiliza dos conhecimentos da anatomia e cinesiologia. Os movimentos


produzidos nas articulações quanto ao tipo e grau de movimento dependem: da estrutura
anatômica precisa da articulação (ex: articulações semimóveis e móveis ou sinoviais); posição
dos músculos que acionam ou cruzam determinada articulação.
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: cartilagem articular hialina; os ligamentos do tecido
fibroso; cápsula articular e membrana sinovial; os ligamentos intra e extracapsulares; tendões,
bolsas e bursas.
OBS: os estímulos sensitivos da articulação registram a dor, a pressão e o sentido da
posição do corpo no espaço e são transmitidos pelos nervos que enervam os músculos que
atuam sobre a articulação.

 AMPLITUDE DE MOVIMENTO: durante a amplitude de movimento, todas as estruturas da


região são afetadas. Termos utilizados para descrever a amplitude articular: excursão
funcional ou amplitude muscular. Exemplo: mono e biauricular.

Insuficiência ativa e passiva: restrição dos ligamentos ou perda de força muscular,


insuficiência muscular, trabalha com exercício ativo, resistido; se for capsular, trabalhar exercícios
passivos para melhorar a flexibilidade.

 Fatores limitantes da amplitude articular de movimento


- espessamento da pele, fáscia ou tecido cicatricial
- debilidade ou insuficiência muscular
- espasmos ou espasticidade
- encurtamentos musculares
- formação de aderência (joelho, cotovelo, ombro)
- desprendimento de fibrocartilagem intracapsular
- destruição cartilaginosa ou óssea (osteoartrose, anquilose óssea)

 Prevenção da rigidez articular


O fisioterapeuta, sempre que possível, deve impedir que se produza uma rigidez articular;
devendo procurar eliminar a dor, aumento de volume e a possibilidade de uma incapacidade
permanente. Desta forma pode reduzir-se o período de reabilitação e a volta o mais breve
possível às atividades.

A mobilização articular por definição é a mobilização do movimento passivo, oscilatório ou


de alongamento, realizado pelo terapeuta com velocidade baixa, de modo a diminuir a dor ou
aumentar a mobilidade articular de um segmento ou articulação.

fisiológicos
movimentos
integrantes
acessórios
Intra-articular

MOVIMENTO ACESSÓRIO: movimento que ocorre dentro da articulação, permitindo, por


associação de movimentos de outros seguimentos, o rolamento, deslizamento e giro.
MANIPULAÇÃO: movimento passivo usando de movimentos fisiológicos ou acessórios.
São movimentos bruscos seguido de tranco ou thrust que podem ser feito com o paciente sob
anestesia ou não de acordo com a necessidade ou comprometimento da área a ser manipulada.

CONCEITOS DE MOVIMENTO ARTICULAR

 ROLAMENTO: vários pontos de uma superfície articular que estão associados, passam na
superfície articular oposta. O rolamento é sempre na mesma direção que o movimento ósseo,
ou seja, o osso em movimento côncavo ou convexo; tanto faz a superfície desde que o
rolamento seja sempre na mesma direção.
 DESLIZAMENTO: relativamente se encontra em superfícies planas. Não existe dois ossos
completamente planos, mas sim, semiplanos e tendo um fixo e o outro pode deslizar sobre o
mesmo, ou seja, um ponto de superfície passando sobre vários pontos da superfície plana
oposta. Pode ocorrer em associação com o rolamento nas articulações esferóides e / ou
selares.
Podemos afirmar que neste movimento, um ponto de uma superfície articular passa por
vários pontos da superfície oposta.

ROLAMENTO/DESLIZAMENTO: 1- quando a superfície do osso que se move é convexa,


o deslizamento ocorre no sentido oposto do rolamento; 2- quando a superfície do osso que se
move é côncava, o deslizamento ocorre no mesmo sentido do rolamento.
GIRO: ocorre uma rotação de um segmento sobre o eixo mecânico estacionário. Um ponto
de uma superfície girando em seu próprio eixo mecânico.

INDICAÇÕES: dor, defesa muscular, espasmo, hipomobilidade articular reversível,


limitação progressiva, mobilidade funcional.
CONTRAINDICAÇÕES: hipermobilidade, efusão articular, inflamação, câncer, osteoporose,
pseudoartrose, dor excessiva, artroplastias totais.
Superfícies articulares.
MIA – MOBILIZAÇÃO INTRA-ARTICULAR

A mobilização intra articular (MIA) é a aplicação de técnicas de translação oscilatórias


graduadas que podem estar seguidas ou não de tração.
 1- TÉCNICA OSCILATÓRIA GRADUADA: gradua a amplitude articular para recuperar o
movimento fisiológico. É dividida em 4 graus:
1º grau: movimento oscilatório, é só para o início do movimento. São movimentos oscilatórios
lentos, de pequena amplitude no início do movimento. Promove a redução da dor.
2º grau: técnica oscilatória com movimentos lentos de grande amplitude no “meio” da amplitude
total de movimento. Ameniza a dor, sendo um dos objetivos mais o aumento, ganho de ADM.
3º grau: técnica oscilatória com movimentos lentos em grande amplitude do “meio” até o final do
movimento, ganhando ADM.
4º grau: técnica oscilatória com movimentos lentos em pequena amplitude no final do
movimento, ganhando ADM.

 2- TÉCNICA INTRA-ARTICULAR COM TRANSLAÇÃO MANTIDA (TRAÇÃO):


Grau 1: movimento de tração leve com pequena separação entre as superfícies articulares, onde
a dor é diminuída.
Grau 2: tração com separação entre as superfícies articulares até o limite fisiológico, ou seja, até
se sentir a resistência dos tecidos, onde a dor já é diminuída e começa a se ganhar ADM.
Grau 3: é quando se ultrapassa o limite de resistência tecidual, provocando o alongamento de
todas as estruturas, onde há o ganho de ADM.
Iniciar o tratamento em tração II, e se no dia seguinte paciente relatar dor, regredir para
tração em grau I e aos poucos graduar, conforme evolução do paciente.
Segunda ocasião: iniciou o tratamento com tração em grau II e paciente no dia seguinte
ainda relata dor, ou apresenta inflamação no local manipulado, deve-se regredir para tração em
grau I e acrescentar movimentos oscilatórios em grau I ou apenas movimentos oscilatórios e o
paciente começando a apresentar melhora do quadro, evolui as graduações tanto dos
movimentos oscilatórios como das trações.
Usa-se no primeiro dia de tratamento a tração em grau II para provocar reatividade a fim de
melhorar ou diminuir a dor. Pode ainda junto da tração, associar movimentos de deslizamento
articular.

MOBILIZAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES PERIFÉRICAS

 1- TÉCNICA DE TRANSLAÇÃO MANTIDA

GRAU I
GRAU II
GRAU III
alongamento

INÍCIO FINAL

Grau I: leve tensão na cápsula


Grau II: tensão perceptível na separação da articulação
Grau III: tensão máxima da articulação na separação das superfícies articulares

Tração exercida o mais perpendicular possível da articulação. Quanto mais perpendicular


melhor, coloca a cápsula em tensão, tracionando-a como um todo. Quando se ultrapassa o limite
fisiológico do músculo, entra-se em processo de alongamento.
 2- DESLIZAMENTO
Técnica de tração específica para o deslizamento de uma superfície do osso móvel,
tocando vários pontos da superfície do osso fixo. O deslizamento pode ocorrer em várias direções
em função de ganho de movimento desejado.

ALONGAMENTO

Alongamento: distância entre a


origem e inserção de um músculo.

O alongamento é um método muito executando com a finalidade de aumentar a amplitude


de movimento (flexibilidade) de determinadas articulações. Praticar o alongamento antes e após
atividades físicas, além de ser, em um primeiro momento, um meio de aquecimento onde se
“acorda” a musculatura para o exercício a fim de evitar microtraumas, também auxilia, após a
atividade, a diminuição do risco de lesões e minimização de dores musculares tardia,
proporcionando bem-estar e habilidades funcionais diárias. É um processo adaptativo onde ocorre
mudanças na forma do tecido, aumento de tamanho e volume. São técnicas empregadas com o
objetivo de aumentar a elasticidade de um ou mais músculos, resultando em aumento na
flexibilidade.
Objetivos: discutir os mecanismos de controle dos processos adaptativos das mudanças
estruturais dos músculos e dos tecidos conjuntivos, em especial os tendões, frente aos diferentes
níveis de solicitação funcionais, tendo como enfoque principal as repercussões sobre a
flexibilidade.
Objetivos específicos: vincular as interpretações referente aos aspectos da plasticidade
dos tecidos musculoesqueléticos e conjuntivos no que se refere as modificações bioquímicas
estruturais, biomecânica e funcionais que ocorrem pelo aumento, diminuição ou ausência de
estímulo funcional, tendo como enfoque principal as modificações ocasionadas nesses tecidos
frente a um trabalho de flexibilidade induzida por programas de exercícios de alongamento.

 Alongamento em cadeia: atuação de vários grupos musculares. Uma cadeia de músculos


interligados entre si se desenvolvendo sinergicamente.
FLEXIBILDIADE

Definida como mobilização, liberdade para mover ou, tecnicamente, uma qualidade física
expressa pela amplitude de movimento. Pode ser avaliada em um grupo de articulações ou
isoladamente pela usa especificidade, devendo ser mesurada em qualquer unidade linear ou
angular. Entende-se também por flexibilidade a capacidade de mover uma única articulação ou
uma série de articulações, de modo suave e com facilidade, ao longo de uma ADM sem restrições
e indolor. Ela está relacionada com a extensibilidade das unidades musculotendínea que
atravessam uma articulação, com base em sua habilidade de relaxar ou deformar e ceder a uma
força de alongamento. A artrocinemática da articulação em movimento (a capacidade das
superfícies articulares de rolarem e deslizarem), assim como a capacidade dos tecidos
conjuntivos periarticulares de se deformarem, também afetam a ADM articular e a flexibilidade
geral da pessoa.

FLEXIBILIDADE DINÂMICA E PASSIVA

 Flexibilidade dinâmica: essa forma de flexibilidade, também conhecida como mobilidade ativa
ou ADM ativa, é o grau até o qual uma contração muscular ativa move um segmento do corpo
a ADM disponível em uma articulação, sendo dependente do grau até o qual a articulação
pode ser movida por uma contração muscular e da quantidade de resistência tecidual
encontrada durante o movimento ativo.

 Flexibilidade passiva: esse aspecto da flexibilidade, também conhecido como mobilidade


passiva ou ADM passiva, é o grau até o qual uma articulação pode ser movida passivamente
na ADM disponível, sendo dependente da extensibilidade dos músculos e tecidos conjuntivos
que cruzam e cercam uma articulação. A flexibilidade passiva é pré-requisito para a
flexibilidade dinâmica, mas não a garante.

Benefícios de um programa de flexibilidade: combater o estresse, reduzir a tensão


muscular, diminuir as algias da coluna cervical aumentando sua eficiência e função, reduzir ou
eliminar as dores musculares após a prática de exercícios físicos, diminuir a incidência e
intensidade de lesões articulares e músculos tendinosos e interferir sobre o alinhamento da
coluna vertebral.

PROPRIEDADES DO TENDÃO
Arranjo tridimensional da molécula
Resistência de colágeno.
a tração Arranjo intermolecular entre fibrilas
Relativa instabilidade 10% e fibras.

ADAPTAÇÃO FUNCIONAL DO COLÁGENO

Solicitação mecânica.

Potenciais eletroquímicos.

Alterações no metabolismo celular, nível organizacional dos elementos da matriz


extracelular.

A adaptação ocorre para mais ou para menos.

RESISTÊNCIA DA TRAÇÃO DOS TENDÕES: é quatro vezes a tensão isométrica máxima


do músculo e o dobro quando o estirado é contraído. É superior em animais treinados e/ ou
maduros, maior em músculos de prolongada atividade postural. Mostra relação com a duração e
frequência.
SOLICITAÇÃO FUNCIONAL DO COLÁGENO: aumento da síntese de colágeno, aumento
do número de núcleos de fibroblastos, aumento no diâmetro nos feixes de colágenos, aumento na
área seccional transversa dos tendões, aumento do nível de trofismo dos tendões.

PRIVAÇÃO DA ATIVIDADE FUNCIONAL EM TENDÕES: (imobilização e denervação):


perda do ácido glicosaminoglicano (GAGS), perda de água, distanciamento entre fibras de
colágeno, aumento da rigidez tecidual – redução da resistência a tensão, diminuição da
flexibilidade.
Quanto maior a perda de água e GAGS, aumenta o distanciamento dos sarcômeros e
demais substâncias dentro do ventre muscular se afastando, perdendo poder de agregação, se
tornando rígido e pouco resistente a tração. Se tornam menos resistentes, tendo diminuição da
flexibilidade. Quanto mais encurtado, menos se consegue distanciar origem e inserção.

ALTERAÇÕES NA PROPRIEDADE DOS TENDÕES COMO CONSEQUÊNCIA DO


ENVELHECIMENTO: aumento do condroentinsulfato B, keratosulfatose, diminuição de água,
substituição das fibras musculares por tecido gorduroso e fibroso, maior concentração de minerais
no tecido – aumento da cristalinidade dos feixes de colágeno – aumento no número de ligações
cruzadas = aumenta rigidez elástica = diminui a elasticidade = tecido mais sujeito a fragmentação.

Propriedades e comportamento do tecido muscular esquelético frente a demanda funcional


e condições especiais.
Propriedades:
40% peso corporal Irritabilidade
MÚSCULOS Contractilidade
Dissensibilidade
Elasticidade

Estresse mecânico

Capacidade de
adaptação

Propriedades
Tamanho das fibras contrártei do Propriedades fisiológicas
músuclo

Arranjo das fibras Número de sarcômeros

Limitação funcional Vantagem mecânica


OBS: quanto maior o número de sarcômeros de um músculo, maior será a elasticidade.

ARRANJO DAS FIBRAS

Os músculos com disposição penada são mais resistentes a tração – necessitam de maior
tensão ou mais tempo de exposição ao alongamento.
PROPRIEDADE DOS MÚSCULOS

A área de intersecção das fibras musculares e tendinosa (junção miotendínea) é a área de


maior risco de distensões por apresentar menor quantidade de sarcômeros e é local onde eles
são menos extensíveis.

Aumento da demanda funcional sobre o musculoesquelético: mudanças morfológicas,


bioquímicas, fisiológicas funcionais, estágio do desenvolvimento motor normal, estimulação
elétrica e / ou mecânica, sobrecarga muscular.

MÚSCULOS

Sarcômero pode estender-se em até 120% do seu comprimento normal. Filamentos de


actina e miosina permanecem com comprimento constante. Mudanças no comprimento dos
músculos devem ocorrer pelo deslizamento entres os miofilamentos, a elasticidade é limitada
pelos componentes elásticos (sarcolemas). Quando o alongamento ultrapassa em duas vezes o
comprimento do músculo, podem ocorrer rupturas. Devem ser considerados: a intensidade,
frequência e duração do estímulo.

Privação da atividade física sobre o musculoesquelético:

Hipogravidade, imobilização, Hipocinesia


Denervação, envelhecimento, Hipodinâmica
Condições patológicas

 Aumento da demanda funcional sobre o musculoesquelético : aumento da tensão muscular,


síntese de proteína, número de sarcômeros séricos na extremidade periférica das células,
aumento no comprimento e diâmetro das fibras, área seccional transversa, comprimento do
músculo, extensibilidade, flexibilidade, tecido mais elástico – baixa a possibilidade de lesão.

 Modificações musculares induzidas pelo envelhecimento : a maioria das alterações ocorrem


após os 70 anos de idade, a tensão de contração máxima é maior em relação ao músculo
jovem, redução no tamanho e número de fibras musculares, perda de neurônios motores
periféricos, redução de unidades motoras funcionais, alterações na junção neuromuscular,
denervação seletiva da fibra tipo II.

 Fatores intrínsecos determinantes da flexibilidade: máximo de 15 anos de idade, queda


acentuada após os 50 anos, mulheres são mais flexíveis, acentuando-se após a puberdade.
Tecido conjuntivo
Cápsula articular 47%
Fáscia muscular 42%
Tendão 10%
Pele 2%

Músculo com disposição peniforme das fibras e os tendões mais espessos, necessitam de
mais tempo de exposição ao alongamento.

 Fatores extrínsecos: intensidade – limite entre o incomodo e a dor, frequência (diária, 3


repetições), duração de 15 a 30 segundos, temperatura de 38,9°C a 43°C, horário da manhã
e final da tarde.
EXERCÍCIOS AERÓBICOS

PREPARO FÍSICO: habilidade de realizar trabalho físico, requer condicionamento


cardiorrespiratório, força e resistência muscular, flexibilidade musculoesquelética, composição
corporal ideal.

CONSUMO MÁXIMO DE O2 (VO2 MAX): medida da capacidade do corpo para usar


oxigênio em exercício de grandes grupos musculares, quantidade máxima de oxigênio consumido
por minuto ao atingir o esforço máximo, unidade ml/kg/min.
Depende do transporte de oxigênio, capacidade do sangue x oxigênio, função cardíaca,
capacidade de extração do oxigênio, potencial oscilatório muscular.
VO2= débito cardíaco x diferença O2 arteriovenosa
VO2= Q x a – VO2 débito cardíaco, QFC, volume sistólico.
Diferença O2 arteriovenosa (a- VO2), oxigenação arterial, oxigênio venoso.
Frequência cardíaca de repouso FC repouso + 60 – 70%

FCMAX – FC REPOUSO
FC repouso + 60 – 70% (FCMAX – FC repouso)

Doença cardiorrespiratória, programa de exercício 40-60% FCMAX.


Exercício com maior intensidade e melhor duração melhor o volume de oxigênio, mas
aumenta o risco de lesões musculares. Maior intensidade e maior duração, ocorre rápido efeito do
treinamento.

EXERCÍCIOS RESISTIDOS

Forma de exercício ativo no qual uma contração muscular dinâmica ou estática é resistida
por uma força externa que pode ser aplicada momentaneamente ou mecanicamente.
 Exercício com resistência manual: exercício ativo-resistido, no qual a resistência é
realizada pelo fisioterapeuta, sendo muito útil nos estágios iniciais de um programa
de exercícios quando o músculo se encontra fraco e pode vencer inicialmente,
apenas uma barreira de mínima a moderada.
 Exercício com resistência mecânica: é um componente integral de reabilitação e dos
programas de condicionamento para as pessoas de todas as idades. O uso da
resistência mecânica em um programa de exercícios apresenta tanto vantagens
como desvantagens.
VANTAGENS:
Medida de base quantitativa do desempenho basal;
Poder ser aplicadas cargas maiores;
Mais fáceis para documentar acréscimos na carga;
Possibilitam variedades e são mais práticos;
O treinamento é mais seguro.

DESVANTAGENS:
Inapropriados para músculos muito fracos;
Resistências externas podem colocar carga máxima no músculo em apenas uma ADM;
Maior gasto com aquisição dos equipamentos.

O uso do exercício resistido é indicado para ganho e aumento de força muscular.


 RESISTÊNCIA MUSCULAR: capacidade ou ganho de repetir o mesmo ato motor contra uma
dada resistência recrutando gradativamente o maio número possível de fibras musculares.
 FORÇA: ação executada por um determinado grupo muscular.
Aumentar a resistência muscular à fadiga.
Resistência: pouca carga com várias repetições.
Aumento de força, trabalho que visa aumentar a área seccional transversa (diâmetro) das
fibras de um músculo, repercutindo, causando aumento da massa (hipertrofia). Para o ganho da
força muscular, são utilizados exercícios com poucas repetições e cargas elevadas.

Aumentar a potência.

A potência é uma qualidade o músculo que se obtém pela associação de exercícios com
cargas elevadas e velocidade nos movimentos.
PREOCAUÇÕES: para conseguir hipertrofia, trabalha-se com poucas repetições e cargas
elevadas e para ganho da resistência, maior número de repetições com menos carga.

 PRECAUÇÕES CARDIOVASCULARES
Manobra de valsalva (isométrico ou resistência pesada);
Inspiração profunda;
Fechamento da glote
Contração dos músculos abdominais = diminui retorno venoso
Baixa débito cardíaco = diminui PA e aumenta FC
Expiração aumenta a PA = 120mmHg – rápido fluxo sanguíneo venoso para o coração –
contração forçada do coração.
Evitar a manobra de valsava em pacientes cardiovasculares (AVC, infarto, HÁ), pacientes
geriátricos, pacientes pós cirurgia abdominal, hérnia abdominal ou discal.

 FAGIDA: - fadiga muscular local: diminuição da capacidade de produzir força pelo sistema
nervoso muscular + redução da amplitude de potenciais na unidade motora, oxigênio
insuficiente + acúmulo de ácido láctico, influencia inibitória do SNC, redução na condução de
impulsos na junção mioneural.
Sinal de fadiga – dor e fibrilação, individualizado de pessoa para pessoa, ocorre por
número excessivo de repetições ou por elevação de uma carga elevada mesmo que o número de
repetições seja baixo. Fadiga decorrente da falta de O 2 e acúmulo de ácido láctico.
- fadiga muscular geral: resposta a uma atividade física prolongada. Causas relacionadas
a exercícios de baixa intensidade, hipoglicemia, redução no glicogênio no músculo e fígado.
Quando promove programas de exercícios generalizados, trabalhando com cargas progressivas
de resistência, decorrente de atividade física prolongada relacionada a exercícios contra
resistidos. Pessoa que não possuem o hábito de se alimentar de forma adequada pela manhã
antes da prática de exercício, causam pico de hipoglicemia, perda intensa de potássio que leva a
fadiga generalizada. Primeira de energia da glicose; se não há reserva, busca-se no músculo e
fígado.

FADIGA ASSOCIADA A DOENÇA CLÍNICA ESPECÍFICA: esclerose múltipla (período da


manhã aumenta, a tarde diminui e a noite aumenta novamente), doenças cardíacas, disfunções
vasculares periféricas, doenças pulmonares que comprometam o transporte de oxigênio (fadiga
mais precoce, necessitando de mais tempo de repouso). Período da manhã e à noite, há maior
propensão de o indivíduo sofrer fadiga precoce durante o exercício. Pacientes com mal de
Parkinson tende a ter uma perda de potássio com grande facilidade durante um quando de
exercícios.

Recuperação do exercício: para cada programa é necessário um tempo para a


recuperação da fadiga. A recuperação do exercício agudo retorna em 90-95% da capacidade, pré-
exercício em 3 a 4 minutos, sendo a recuperação mais rápida no primeiro minuto. Repetição de
carga elevada, repouso de 2 a 3 minutos para a recuperação.
Exaustão: fenômeno que causa deteriorização passageira permanente da força muscular
tanto em indivíduos normais como em doenças neuromusculares; podem causar desde um
simples desconforto e fadiga até a perda das forças. Exercício de contra resistência, todas as
reservas de glicose foram utilizadas, buscando outras fontes de gordura e no próprio músculo,
tornando-se uma musculatura magra. Pode associar sobrecarga cardiovascular, lesões de
músculos.
Quando se fadiga o músculo, pode ocorrer desestabilização articular, realiza movimentos
desordenados, chegando a ter movimentos rotacionais, diminui a capacidade de percepção.
Movimentos substitutivos: um grupo de músculo é substituído por outro grupo durante o
exercício. Substitui o grupo muscular desejado por exemplo, glúteo médio por flexor do quadril,
flexores cervicais por abdominais, ocorre quando se entra em fadiga.

CONTRAINDICAÇÃO
Inflamação, a resistência pode aumentar o edema, lesiona ainda mais o músculo e a
articulação, dor.

EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS

O exercício isométrico, também chamado de exercício estático, é uma modalidade de


exercício em que o um músculo é contraído, produzindo força sem que haja mudança apreciável
em seu comprimento e sem movimento articular visível. As fontes para sustentação desse tipo de
exercício incluem: sustentar-se contra uma força aplicada manualmente, segurar um peso em
uma posição específica, manter uma posição contra uma posição específica, manter uma posição
contra a resistência do peso corporal, ou empurrar ou puxar um objeto imóvel.
Embora não seja feito trabalho mecânico (força x distância), uma quantidade mensurável
de tensão e força é produzida pelo músculo.
ADAPTAÇÕES: para desenvolver força e resistência a fadiga são necessárias contrações
isométricas resistidas por no máximo 6 segundos, o que favorece o pico de tensão muscular e
mudanças a nível metabólico.

FORMAS DE EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS


 CONTRAÇÕES INTERMITENTES: contrações de baixa intensidade, com pouca ou
nenhuma resistência. Utilizada para promover o relaxamento muscular- aumentar a
circulação – reduzir a mialgia e/ou espasmos musculares, após lesões de tecidos
moles durante a fase aguda de cicatrização – retardar atrofia muscular em estágios
iniciais da reabilitação.
 EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS RESISTIDOS: realização contra resistida manual ou
mecanicamente que favorece o desenvolvimento de força muscular, mas é
desaconselhável quando a ADM é dolorosa ou logo após lesão. Utilizar de 60 a 80%
da capacidade de desenvolvimento de força. Comprimento muscular x ADM x
tensão.

EXERCÍCIO COM RESISTÊNCIA MANUAL

O exercício com resistência manual é um tipo de exercício ativo resistido no qual a


resistência é feita pelo fisioterapeuta ou outro profissional da saúde. O paciente pode aprender
como aplicar a autorresistência em grupos musculares selecionados. Embora a quantidade de
resistência não possa ser medida quantitativamente, essa técnica é útil nos estágios iniciais de
um programa de exercícios quando o músculo a ser fortalecido está fraco e pode vencer apenas
uma resistência mínima a moderada.
Também é útil quando a amplitude de movimento articular precisa ser cuidadosamente
controlada. A quantidade de resistência aplicada é limitada apenas pela força do fisioterapeuta.
Esse exercício pode ser executado nos planos anatômicos ou nos padrões diagonais de
facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), ou padrões de movimentos combinados que
simulem atividades funcionais.
Princípio para a aplicação: avaliar a ADM e força muscular (FM), explicar ao paciente o
plano de exercícios e procedimentos. Posicionamento confortável para o paciente, sem vestes
restritivas e mecânica apropriada do terapeuta.
Demonstrar passivamente o movimento desejado, pedir que o movimento seja executado
com esforço máximo, sem dor. Evitar bloqueio respiratório e consequentemente manobra de
valsalva.

Durante o exercício: a resistência deve ser mantida, maior torque – menor esforço pelo
terapeuta. A resistência deve ser aplicada na direção do movimento, inicialmente submáxima.
Evitar movimentos substitutivos, estabilizando o segmento. Comandos verbais apropriados.
Número de contrações – em geral de 8 a 10 contrações, mas é meio relativo e vai muito da
disposição do paciente.
Essa prática de exercício é contraindicada nos casos de o paciente apresentar processo
inflamatório em fase aguda.

PROPRIOCEPÇÃO E EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS

Existem proprioceptores especializados, situados nos musculoesqueléticos, tendões,


estruturas articulares e periarticulares. Eles têm por função detectar alterações na tensão e
posição das estruturas em que estão localizados, tais como estímulos vibratórios, táteis e de
pressão sobre a pele. Os receptores incluem os fusos musculares, órgãos tendinosos de Golgi
(OTG), corpúsculos de Pacini e outros, localizados nas estruturas citadas anteriormente. Esses
proprioceptores trazem informações essenciais para a conscientização da posição dos membros
e seus movimentos, o que ser o sentido cinestésico.

 PROPRIOCEPÇÃO: a propriocepção (ou cinestesia), é descrita como sendo qualquer


informação postural e posicional, encaminhada ao sistema nervoso central (SNC), pelos
receptores presentes em órgãos, músculos, tendões, ligamentos, articulações ou pele é a
consciência dos movimentos produzidos pelos nossos membros. Descreve a percepção do
próprio corpo o que inclui a consciência da postura, do movimento, das partes do corpo e das
mudanças no equilíbrio, além de englobar as sensações de movimento e de posição articular.
A propriocepção envia respostas, sinais do corpo sobre: contração muscular, retração
capsular, movimentos articulares que ocorrem com as deformações dos fusos musculares. Nos
movimentos, eles se deformam, indicando a posição, estiramento, contração; informa o sistema
central que faz com que tenhamos uma reeducação postural pra proteger as articulações e
cartilagens, prevenindo traumas ou deformidades articulares. Todo processo de reabilitação
depende de um bom desempenho proprioceptivo, evitando futuras lesões.

Receptores articulares e periarticulares

Articulação verdadeira há presença de cartilagem, cápsula articular, ligamentos, havendo


deslizamento entre duas superfícies. Há movimentação na articulação falsa, mas as verdadeiras é
que são importantes para um bom trabalho proprioceptivo. Na articulação falsa há propriocepção,
mas, há carga das musculaturas e tendões. Mecanorreceptores detectam estiramentos,
mudanças durante um movimento ou durante uma tensão ou contração. Os mecanorreceptores
são estimulados através de deformação mecânica, os fusos musculares são estimulados através
de contração muscular e os órgãos tendinosos de Golgi são estimulados através do estiramento.

MECANORRECEPTORES: tem por função detectar a compressão mecânica ou


estiramento do receptor ou dos tecidos adjacentes ao receptor por meios de sinais elétricos para
acionar o potencial de ação de um nervo.
Receptores de Ruffini: localizados nas camadas mais profundas da pele e também nos
tecidos internos mais profundos estão muitas terminações de Ruffini que são terminações
encapsuladas multirramificadas. Essas terminações se adaptam muito lentamente e, portanto, são
importantes para a sinalização dos estados contínuos de deformação dos tecidos, como os sinais
de tato e de pressão intensos e prolongados. Elas também são encontradas nas cápsulas
articulares e ajudam a sinalizar o grau de rotação articular.
Esses receptores possuem baixo limiar mecânico, são ativados por mobilização passiva em
torno de 15 a 30°, estando a articulação em repouso.

Receptores ou corpúsculo de Pacini: o corpúsculo de Pacini contém uma fibra nervosa


que se estende por toda a sua região central. Circundando essa fibra nervosa central existem
múltiplas camadas capsulares concêntricas, de modo que qualquer pressão exercida, em
qualquer região externa do corpúsculo vai alongar, comprimir ou deformar de alguma maneira a
fibra central. São encontrados nas camadas profundas das articulações, sendo ativados em
movimentos articulares rápidos, são numerosos nas articulações distais e em repouso são
inativos.
Corpúsculo de Golgi Mazzoni: são mecanorreceptores dinâmicos, assinalando
principalmente posição e direção dos movimentos em graus externos.

Receptores de dor: são encontrados nos compartimentos dos mentos, periósteo, coxins
adiposos e vasos articulares fazendo parte das terminações nervosas livres. Possuem adaptação
lenta e exposição frequente as deformações mecânicas.

Receptores musculares: os receptores musculares são de suma importância para a


realização terapêutica, encontramos componentes como os OTG, que são estruturas
encapsuladas, situadas em série cm fibras grandes colagenosas ao longo das fáscias que
recobrem os músculos e nas proximidades entre a junção músculo-tendão.
Durante uma contração muscular, ocorre um estiramento na parte contrátil do músculo, que
resulta no alongamento da região não contrátil onde estão situados os órgãos tendinosos de
Golgi. Rigidez ativa, proteção da articulação com a finalidade de criar o que chamamos de
vigilância.

Aferências exteroceptivas: se encontram na região plantar que informa sobre as


variações do polígono de sustentação para que possamos preparar as reações posturais e
dinâmicas.

Aferências vestibulares: o aparelho vestibular é indissociável ao dispositivo sensitivo do


programa neuromotor, em particular ao nível da coluna vertebral. O nervo possui fibras aferentes
proprioceptivas.

Aferências cervicais: o posicionamento e os movimentos da coluna cervical exercem


influência sobre a atividade postural e cinética ao nível de todo aparelho locomotor, mas, se torna
difícil clinicamente diferenciá-los das aferências cervicais e receptores labirínticos.

Aferências visuais: a visão certamente intervém antes de tudo no programa neuromotor


dos membros superiores e, principalmente, na organização dos gestos de preensão, mas também
participa na programação das atividades posturais cinéticas do eixo raquidiano e dos membros
inferiores.

Aferências auditivas: emissão de ruídos secos despertam os sentidos de vigilância e age


sobre o tônus muscular e sobre a facilitação do movimento.

Aferências psicoemocionais: os esforços de concentração mental auxiliam a formação


dos potenciais de ação do ventre muscular.

Lesão traumática

Perda quantitativa
sensorial

Comprometimento funcional da
proteção articular

MÉTODO DE REEDUCAÇÃO
Exercícios com estímulos especiais, progressividade dos exercícios, habilidade e
dificuldade nos exercícios como fatores de condução do método.
Força muscular

?
Treino proprioceptivo

PLIOMETRIA

uma forma de exercício que busca a máxima utilização dos músculos em movimentos
rápidos e de explosão. Seu conceito baseia-se na exploração do músculo em sequências de
contrações excêntricas e concêntricas buscando a otimização do mesmo. Segurar e arremessar
uma bola e saltar são exemplos de exercício pliométrico, pois trabalha a contração e o
alongamento do músculo de forma sequenciada, buscando a força máxima em um menor período
de tempo.

EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS

Treinamento pliométrico, também chamado de exercícios de alongamento encurtamento,


são designados para melhorar a potência e desenvolver respostas neuromusculares rápidas.
Essa forma de treinamento é apropriada durante a fase avançada de reabilitação para pacientes
selecionados que pretendem retornar a atividades funcionais ou recreativas de alta demanda.
O treinamento envolve movimentos com alta velocidade e mudanças rápidas de direção.
Exemplos de treinamento pliométrico de membro inferior incluem deslocamentos para a frente e
para trás, deslocamentos laterais, o uso de um equipamento ProFitter - e pular para cima e para
baixo de superfícies com alturas variadas, aterrissando com unia mecânica apropriada para
reduzir o risco de lesão.

EXERCÍCIO DE WILLIAMS

Conceito: exercícios destinados ao fortalecimento dos músculos abdominais e glúteos e


ao alongamento dos extensores da coluna e flexores do quadril. Tem sido propostos fundamentos
na teoria de que a dor lombar é resultado de um estreitamento posterior do disco intervertebral
existente entre L5-S1.
Finalidade: equilíbrio entre a musculatura extensora da coluna e flexores do quadril,
visando aumentar o espeço intervertebral posterior da coluna.
Indicações e objetivos: hérnia discal, lombalgia, anomalias posturais, tensão da
musculatura flexora do quadril.
 FORTALECIMENTO: músculos abdominais (reto abdominal, obliquo interno e
externo e transverso do abdome), glúteo (máximo, médio e mínimo).
 ALONGAMENTO: extensores da coluna (paravertebrais), flexores do quadril (psoas,
ilíaco, sartório, reto anterior, tensor da fáscia lata).

Hérnia discal – causa: traumatismo agudo ou lesões degenerativas por esforços


excessivos em atitudes anormais. A ruptura do anel fibroso produz a síndrome, sintomas
causados pela compressão sobre as raízes nervosas.
- sintomatologia: dor radicular tipo ciática, com ou sem dor lombar.
- tratamento conservador: baseado no fato de que a hérnia aumenta ao estender a coluna
vertebral e diminui ao fletí-la.
Alongamento e relaxamento dos músculos sacro lombares, a pelve se posiciona em
retroversão – diminuindo-se a angulação lombo sacra, cedendo-se a lordose lombar.
Normalização do espaço intervertebral e reintegração do núcleo pulposo (anterioriza-se).
Lombalgia: expressão utilizada para referir-se a um conjunto de manifestações dolorosas
localizadas no dorso. A lombalgia também está associada a um comprometimento
neuromusculoesquelético, ou seja, apresenta tantos disfunções de origem neurológicas como
biomecânicas e ainda pode star associada também com fatores psicológicos, o que leva a
pensar que as algias lombares tenham associação a situações de origem multifatoriais e não só
envolvida a um único estímulo que desencadeie o quadro doloroso em região lombar.
Fatores: diversos, e estes são caudas de 90% das lombalgias já que nem sempre a ela
decorre apenas de um único fator, mas vários.
Tratamento: o mesmo direcionado a hérnia discal.
Conservador: prevenção para que não ocorram futuras hérnias discais.

ANOMALIAS POSTURAIS

Posturas viciosas podem levar a defeitos ou anomalias posturais. Acentuação da lordose


lombar: anteroversão pélvica, hiperextensão dos joelhos.
Exercícios corretivos: ação combinada dos músculos abdominais e glúteos, relaxamento
dos músculos paravertebrais e alongamento dos músculos sacro lombares.

Tensão da musculatura flexora do quadril: produzida pelo uso inadequado destas


musculaturas em pacientes com vícios posturais, levando a alterações tróficas, encurtamentos
musculares. Aumento da tensão na musculatura produzida pela dor, dificuldades para se relaxar.
Exemplo: hiperlordose – contração constante da musculatura posterior da coluna, perda da
elasticidade.
Contraindicação: nas patologias que comprometem o corpo vertebral como: fraturas,
processos infecciosos. O movimento de flexão da coluna faz com que haja aproximação das
bordas anteriores das vértebras e maior compressão sobre os corpos vertebrais. Não usar na fase
aguda e subaguda.

PRINCIPAIS EXERCÍCIOS DE WILLIAMS

1. Em decúbito dorsal, com joelhos fletidos, contrair músculos abdominais 1 e glúteos2.


Objetivo: retificação da lordose3, alongar paravertebrais e fortalecer abdominais.
1

3 2

A flexão do joelho diminui a curvatura lordótica, contrai mm. abdominais e glúteo


simultaneamente; contração isométrica de mm. abdominais e glúteo. Inicia o trabalho de ganho de
força, não ocorrendo nenhum movimento na coluna vertebral.

2. Em decúbito dorsal, com joelhos fletidos 1, achatar a coluna lombar 2, e fletir uma perna3
junto ao peito.
3

Promove alongamento dos paravertebrais quando ocorre a flexão de uma das pernas
próxima ao peito, ocorre retroversão pélvica unilateralmente.
3. Em decúbito dorsal com os joelhos fletidos, membros superiores ao lado do corpo 1.
Trazer os joelhos até a direção do tórax, entrelaçando as mãos ao redor das pernas, conservando
os joelhos juntos2, puxar as pernas fortemente para o tórax.3
Objetivo: alongar paravertebrais.
2

1
3
Tracionar as duas pernas e volta, quando traciona as pernas na altura do peito, puxa e
mantém por 2 minutos.
Não se deve usar em caso de presença de hérnia de disco, devido a tração do joelho que
exercerá tensão maior sobre a hérnia. Pode-se adaptar o exercício diminuindo a ação do ílio
psoas colocando-se um suporte, mantendo a 90° e a partir daí, realizar a tração do joelho.
Objetivo final está em alongar paravertebrais e conforme o ângulo, trabalha com ganho de força
para abdominais.

4. Em decúbito dorsal, com joelhos fletidos 1, mãos cruzadas sobre o peito 2, levantar a
cabeça e então os ombros a cerca de 15-20cm do solo, rolando para cima até o tórax se erguer
do solo3, voltar lentamente do mesmo modo, rolando para baixo 4.

2
1

4
Prioriza músculo reto abdominal superior e inferior.
- Pode-se usar por quem sofre com hérnia de disco? Sim, pois o nível de contração é
pequeno e para diminuir a tensão, fletir e cruzar os pés, mantendo-os suspensos, sim apoio e
levantar o ombro. Ele se torna mais fácil de se realizá-lo com os braços abertos e esticados para
frente.

5. Em decúbito dorsal1, fazer movimentos com as pernas, simulando o movimento de


pedalar bicicleta2. Nesta posição, a movimentação deverá ser feita com o quadril fletido e os
movimentos realizados acima da altura do tórax3.
3 2

1
Pode adaptar colocando a mão debaixo dos glúteos, dando assim maior apoio e
estabilização da pelve. Paciente parte de 90°, coxa e tronco faz o movimento de pedalar levando
a perna o mais próximo do peito e depois mais distante.

6. Em decúbito dorsal, joelhos fletidos, sentar. O terapeuta pode auxiliar no início e depois
retorna.
3

2 1

Terapeuta apoia as mãos nos pés do paciente, paciente realiza o movimento onde os
flexores do quadril encontram apoio, trabalha-se mm. reto abdominal. Não trabalha esse exercício
caso o paciente tenha hérnia de disco. Quando não se apoia os pés do paciente, a realização do
exercício torna-se mais difícil, a pelve fica instável, sem apoio.

7. Em decúbito dorsal, joelhos fletidos 1 e acolhidos pelas mãos2, fazer movimentos de mata
borrão, movimento de balanceio3-4.
2
4
1
3

Retificação da lordose com a flexão dos joelhos e alongamento dos paravertebrais.

8. Sentado, membros superiores ao lado do corpo 1, elevar os braços para o alto2 e fletir o
tronco colocando as mãos entre os membros inferiores procurando o chão 4.
3

2 3

4
1
Parte da posição sentada, pés afastados e pernas fletidas, promove alongamento dos
extensores do tronco, mãos para frente, passa entre as pernas e as mãos deslizam até o solo.

9. Em pé, calcanhares a 10-15cm da parede, tronco afastado 1, inclinar para trás e achatar
toda a coluna contra a parede mantendo os segmentos cervical e lombar tão retos quanto
possível2. Dobras os joelhos e deslizar o tronco para baixo, achatando a coluna ainda mais,
descer alguns centímetros3-4, voltar a posição inicial com joelhos em extensão, em seguida inclinar
para frente5.

1 2

Na parede, devem estar apoiados lombar e cervical e são então descer o tronco e flexionar
os joelhos. Objetivo do exercício, grupo muscular utilizado e contração, alinhamento da coluna
vertebral, retificação da lordose. Contração de glúteo, reto abdominal, contração isométrica na
posição inicial. Glúteo máximo trabalhando mais eficazmente, quando se levanta, na subida, o
movimento realiza contração isotônica concêntrica e na descida, ocorre contração isotônica
excêntrica.

10. Posição de quatro apoios, olhando para frente 1, deixar o tronco cair ligeiramente 2, rodar
a pelve posteriormente por contração dos músculos abdominais e glúteo 3, arqueando as costas a
medida que se realiza o movimento de abaixar 4.

2
4
3
1

Trabalha-se a lordose e contração de músculos abdominais.

11. Decúbito dorsal1, trazer um joelho até o peito, segurando firmemente 2, estender o
membro inferior oposto3, manter ombros e parte superior da coluna apoiados.

3
1
Membros inferiores estendidos, flete uma perna, a outra tentará fletir, mas deve manter o
joelho contra a maca para trabalhar flexores do quadril.

12. Decúbito dorsal, joelhos fletidos 1, eleva um membro inferior 2, manter os ombros e parte
superior da coluna apoiada, realizar dorsiflexão e flexão plantar 3, alternar os membros inferiores.
2

3 1

Fortalecimento de glúteos e abdominais, alongamento de flexores do quadril.

EXERCÍCIO AERÓBICO

É uma forma de treinamento que se utiliza em grande escala.

DEFINIÇÃO: atividade física onde o indivíduo utiliza como fonte de energia somente aquela
transformada pelo processo aeróbico (presença de O²).
O exercício aeróbico é toda atividade física que utiliza a energia produzida na presença de
oxigênio adequado a necessidade do paciente. É um exercício pausado para que haja absorção
de oxigênio pelas células. Oxidação de carboidratos, gorduras e proteínas, com produção de H2O
E CO2 e liberação de energia para o exercício.

PREPARO FÍSICO: habilidade de realizar trabalho físico, requer condicionamento


cardiorrespiratório, força e resistência muscular, flexibilidade musculoesquelética, composição
corporal ideal.

ANAERÓBICO

1. alático: ATP = ADP + fostato + 73kcal


CP + ADP = ATP + cretatina
Gasto imediato, alta intensidade, pouca duração.
2. lático: glicogênio (glicose) – ATP + ácido láctico.
Gasto imediato, alta intensidade, pouca duração, acúmulo de ácido é toxico, pode ocorrer
febre e intoxicação, causa irritação muscular.

CONTROLE DO SISTEMA ENERGÉTICO


Microcirculação entre o sistema arterial e o venoso (temperatura local, pH intersticial,
eletrólitos locais).
Coração (bomba eletromecânica) DC = 6L/min com regulação neuro hormonal, ligadas
através do sangue, a musculatura e medidos pelo SNA que, através da liberação de adrenalina
(medula suprarrenal) FCMAX – intensidade do exercício.

CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO (VO²)


- VO² consumo máximo de O²: maior quantidade de oxigênio que o sistema cardiovascular
é capaz de entregar aos tecidos durante um esforço máximo (medido em 1 minuto).
- VO² MÁXIMO: momento em que mesmo com aumento da intensidade do exercício, não
há mais aumento de consumo de oxigênio.

VO²MAX = quantidade, 02 insp – quantidade 02 exp.


VO²MAX = 3,5 L/min/kg

Depende débito cardíaco pressão arterial), frequência cardíaca, volume sistólico –


aumentar de 40-60% no VO²MAX

Cálculo da frequência cardíaca ideal: auxilia na delimitação da intensidade do exercício


imposto e com isto consegue-se manter dentro de valores ideais o consumo energético do
paciente e ou cliente par aa faixa aeróbica.

[FCMAX = 210 – idade x 0,65/oms]

TREINAMENTO AERÓBICO PARA INDIVÍDUOS NORMAIS E ATLETAS

 AVALIAÇÃO OBJETIVA
1- Parâmetros seguros para prescrição do exercício.
FC de treinamento
Percepção de esforço (escala de Borg)
Pressão arterial
Intensidade do exercício VO², FC ideal, etc.
MET’S é um múltiplo do consumo de O² no repouso.
Exemplo: 2 MET’S = 2 x VO²

2- Prescrição do exercício aeróbico: continuidade do esforço físico em padrões


submáximos (stead – state), não ultrapassar o limiar anaeróbio.
Metodologia empregada e o tipo de exercício pedido.

a) trabalho contínuo, melhora VO², melhora aptidão física.


b) trabalho intervalado ou em circuito: metabolizar ácido láctico, paciente cardíaco, DPOC.

TREINAMENTO BÁSICO PARA INDIVÍDUOS NORMAIS ACSM

1- frequência do tratamento 3 a5 dias / semana

2- intensidade do exercício:
55-65% a 90% da FCMÁX
40-50% a 85% do VO²MAX

3- duração do exercício: 20-60min de trabalho contínuo.

4- tipo de atividades: atividades que utilizem grandes grupos musculares, que possam ser
mantidas pelo tempo de duração do exercício (nadar, dança aeróbica, caminhar).

 Contraindicação para cardiopatas: 1- angina instável, 2- pressão sistólica de repouso


superior a 200mmHg ou pressão diastólica de repouso maior que 120mmHg, 3- queda
significativa da pressão sistólica de repouso, 4- estenose aórtica moderada ou grave, 5-
doença sistêmica aguda ou febre, 6- arritmias atriais ou vestibulares, 7- taquicardia não
controlada, 8- insuficiência cardíaca congestiva sintomática, 9- bloqueio cardíaco de terceiro
grau, 10- pericardite e miocardite aguda, 11- embolia recente, 12- tromboflebite, 13- desvio de
ST em repouso maior que 3mm, 14- diabetes descompensada, 15- problemas ortopédicos
que impeçam a realização do exercício.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 6ed.
Barurei, SP: Manole, 2016.

MAYOWORM, S.H. Cinesioterapia. 1 ed. Rio de Janeiro: Seses, 2016.

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