HGT Matundo

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No programa mundial de ´´Saúde para todos´´, o banco mundial pretende financiar a OMS e

em parceria com a Misau com a construção de um Hospital no Bairro Matundo como forma
de alargar a rede sanitária e aliviar a demanda de atendimento do Hospital Provincial de Tete.
Contudo para a implementação deste programa é necessário a submissão de um projeto
devidamente fundamentado com o respetivo orçamento. (caso em estudo apenas)

Para resolver o caso em estudo irá usar-se como ferramenta para dar seguimento ao projeto o
Diploma Ministerial nº127/2002 de 31 de julho, que esclarece o que é necessário para
funcionamento das unidades sanitárias.

Portanto, quanto ao nível de unidade sanitária será um hospital de nível secundário, visto que
é para aliviar o hospital provincial. De acordo com o Diploma Ministerial nº127/2002 de 31
de julho, Art.18, nº 1, Hospitais de Nível Secundário têm como função dispensar Cuidados de
Saúde Secundários e constituem o primeiro nível de referência para os doentes que não
encontram solução para os seus problemas de saúde nos Centros de Saúde (Nível Primário de
Atenção de Saúde).

Quanto a localização, no art.19, nº 1, os hospitais de Nível Secundário, sendo unidades de


referência para os doentes que não encontram solução para os seus problemas de saúde nos
Centros de Saúde, e não se destinando ao primeiro contacto do cidadão com o Sistema
Nacional de Saúde, não se localizam só em função da importância dos aglomerados
populacionais, mas também, em função das vias de comunicação e dos fluxos de transporte.

Quanto ao tipo será um hospital geral, de acordo com o art.23, nº 1, os Hospitais Gerais são
muito idênticos aos Hospitais Rurais, mas distinguem-se deles por se situarem sempre em
zona urbana e por servirem de primeiro nível de referência essencialmente a populações
provenientes de Áreas de Saúde situadas em zonas urbanas.

De acordo com o art.22:

5. Os Hospitais Rurais localizam-se em sedes de distritos localizadas estrategicamente


em relação às vias de comunicação e aos fluxos de transporte de zonas populosas.
6. O Hospital Rural dispensará Cuidados de Saúde Secundários, para o que realizará as
seguintes actividades:
6.1. Acolhimento e admissão de doentes enviados dos diversos centros de Saúde
e/ou dos hospitais distritais da sua zona de captação;
6.2. Prevenção e controle das principais doenças endémicas, com respeito pelas
respectivas estratégias de luta;
6.3. Diagnóstico clínico, por médico de clínica geral com os seguintes apoios:
6.3.1. De laboratório, correspondendo à descrição de tarefas do Técnico de Laboratório;
6.3.2. De Radiologia, e correspondendo à descrição de tarefas do Técnico de Radiologia;
6.3.3. De outros exames complementares simples, ao alcance de um Médico de clínica
geral.
7. Prestação de cuidados de urgência, em regime de 24 horas por dia a:
7.1. Fracturas e outros traumatismos, mesmo que impliquem grande cirurgia, por
cirurgião geral ou técnico de medicina especializado em cirurgia; outras situações
agudas do foro cirúrgu,
7.2. Situações agudas do foro obstétrico ou ginecológico, mesmo que impliquem
grande cirurgia, por ginecologista, cirurgião geral, ou técnico de medicina
especializado em cirurgia;
7.3 Situações agudas do foro pediátrico;
7.4 Situações agudas do foro médico;
7.5 Prestação de cuidados clínicos em regime ambulatório a doentes referidos a partir dos
Centros de Saúde e/ou dos Hospitais Distritais e que necessitem de observação clínica
por médico de clínica geral ou por médico especialista de uma das 4 especialidades
básicas;
7.6 Tratamento das principais afecções prevalecentes na zona;
7.7 Prestação de cuidados clínicos em regime de internamento, num dos serviços
previstos (Medicina Interna, Pediatria, Cirurgia e Obstetrícia/Ginecologia) aos
doentes que não precisam de cuidados de outras especialidades ou por especialistas
mais experientes;
7.8 Distribuição por prescrição médica, de uma gama alargada de medicamentos em
instalações próprias - Farmácia do Hospital;
7.9 Transfusões sanguinárias, quando isso for absolutamente necessário;
7.10 Recolha e tratamento de dados estatísticos, epidemiológicos, clínicos, de
actividade, de qualidade dos serviços prestados, de recursos e de custos.
8. Para além destas actividades acima mencionadas, cabem ainda aos Hospitais Rurais as
seguintes tarefas:
8.1. Supervisão e apoio logístico e técnico às acções de Saúde realizadas, noutros
Centros de Saúde e nos Hospitais Distritais da sua Zona de captação;
8.2. Envio para o Hospital Provincial de referência, ou mesmo eventualmente,
directamente para o Hospital Central dos doentes com problemas de saúde que não
possam ser resolvidos ao seu nível por carecerem de cuidados clínicos especializados;
8.3 Servir de locais de estágio, tanto para a formação de base corno para a formação pós-
graduação, de uma variada gama de profissionais de Saúde;
8.4 Gestão dos recursos que lhe forem atribuídos e Planificação dos que lhe serão
necessários em função dos níveis de actividades previstos,
8.5 Elaboração de relat6iíos periodicos
9. Para a realização das suas tarefas o Hospital Rural será dotado de equipa mínima
seguinte
a) Médicos(as) 3 a 5
b) Técnicos(as) de Medicina 2 ou 3
c) Técmcos(as) de Medicina especializados(as) em Anestesia 1 ou 2
d) Técnicos de Medicina especialuados(as) em cirurgia 1 ou 2
e) Técnicos(as) de Medicina ou enfermeiros(as) instrumentistas 1 ou 2
f) Técnicos(as) de odonto-estomatologia 2 ou 3
g) Enfermeiras(os) 15 a 25
h) Enfermeiros (as) de SMI dc nível médio ou básico 5 a 8
i) Técnicos(as) de Laboratório 1 ou 2
j) Agentes de Laboratório 1 ou 2
k) Técnicos(as) de Radiologia 1 ou 2
l) Agentes de Radiologia 1 a 3
m) Técmcos(us) dc Farmácia 1 ou 2
n) Agentes de Farmácia 1 ou 3
o) Técnicos(as) ou Agentes de Fisioterapia 1
p) Tccnico(a) de Administração de Unidades Sanitárias 2 a 4
q) Escriturários(as)-Dactilógrafos (as) 2 a 4
r) Serventes 30

Total 61 a 102

9. Enquanto não houver médicos(as) especialistas em quantidade suficiente, o(a) médico(a)


cirurgião(a) poderá ser substituído(a) por um(a) ou dois(uas) Técnicos(as) de Medicina
especializados(as) em Cirurgia. Os (As) médicos(as) internista e pediatra poderão ser
substituídos(as) por clínicos(as) gerais experientes e com interesse nestas especialidades e o
médico(a) obstetra/ginecologista por um(a) clínico(a) geral experiente e com interesse nesta
especialidade, com capacidade para fazer cesarianas e partos com extracção com auxílio de
ventosa. De qualquer modo, um Hospital Rural deverá ter, pelo menos, 3 médicos(as) e, pelo
menos, um(a) deles(as) deve ser especialista.

10. O Hospital Rural terá as seguintes características físicas infra-estruturais:


10.1. Zona de Atendimento externo, constituída por:
• Gabinetes de Consultas de Medicina Interna, Pediatria Cirurgia e
Obstetrícia/Ginecologia, (com espaço para registos e arquivos médicos);
• 2 a 3 Gabinetes de Odontoestomatologia com, pelo menos, 3 cadeiras;
• Zona para urgências (Banco de socorros) com salas para exame dos doentes recém-
chegados, sala para realizar actos de pequena cirurgia (suturas, drenagens de abcessos
etc.) e sala para redução de fracturas fechadas, sala com 3 ou 4 camas para manter
doentes em observação por algumas horas, salas para tratamentos (injecções, pensos,
etc);
• Laboratório;
• Radiologia;
• Banco de Sangue;
• Fisioterapia;
• Farmácia,
• Depósito de medicamentos,
• Zona de espera com balcão de maicações,
• Arquivo clínico;
• Estatísticas e pagamentos e com instalações sanitárias para público.
10.2. Bloco operatório para grande cirurgia com:
• Duas salas de operações;
• Quarto para preparação do doente e indução da anestesia;
• Sala para recuperação pós-operatória;
• Gabinete médico para que o cirurgião e o anestesista possam escrever os seus
relatórios;
• Vestiários para ambos os sexos e respectivas instalações sanitárias, tudo
comcondições para troca de vestuário em condições de garantir a assépsia do bloco,
em conformidade com as regras da especialidade;
• Zona para que o cirurgião possa proceder a lavagem e asseptização das mãos;
• Local apropriado e equipado para a esterilização das roupas, gaze e instrumentos
cirúrgicos, Condições de armazenagem e circulação do material asséptico e do
material conspurcado.
10.3. Bloco de internamento com entre 60 a 200 camas, consistindo de 4 serviços
distintos'
• Medicina Interna, Pediatria, Cirurgia e Obstetrícia/ /Ginecologia,
• Nos Serviços de Medicina Interna e de cirurgia haverá enfermarias de homens e de
mulheres,
• Cada Serviço possuirá:
 Gabinete médico,
 Postos de enfermagem; - Sala de tratamentos;
 Sala para exame de doentes;
 Sala de realização de pequenas manipulações e tratamentos especiais,
• Farmácia para o internamento;
• Quartos com algumas camas de cuidados especiais;
• Gabinete de enfermagem;
• Copas;
• Zonas de arrumos e de expurgo e instalações sanitárias para o pessoal e os utentes de
ambos os sexos.
10.4. O Serviço de Obstétrica/Ginecologia possuirá:
• Sala para Admissão;
• Sala de Observação,
• Sala de Dilatação;
• Sala de Partos;
• Posto de enfermagem e sala de tratamentos;
• Gabinetes médico e de enfermagem,
• Enfermaria de Puérperas com um máximo de 20 a 30 camas, com respectivas
instalações sanitárias para o pessoal e os utentes;
• Berçário, copa, zona de arrumos e de expurgo
10.5. Espaço para as actividades de Direcção, estatística e gestão, de preferência
fàcilmente acessíveis à zona de espera e constituído por gabinete do Director,
gabinete do técnico de administração, sala(s) para a secretaria e tesouraria, e ainda
instalações complementares como economato, cozinha, lavandaria manual ou
mecânica, armazéns etc.
10.6. Eventualmente, alguns Hospitais Rurais destinados a albergar actividades de
formação, possuirão ainda um anexo destinado ao apoio a essas actividades,
constituído por uma sala de aulas plana com capacidade para 20 pessoas, uma
pequena biblioteca, um gabinete para os(as) formadores(as) e capacidade de
hospedagem para entre 8 e 12 formandos.
10.7. Por outro lado, terá ainda as seguintes instalações periféricas: Vestiários e
Instalações sanitárias para o pessoal de ambos os sexos, Casa Mortuária Rede de
abastecimento e de distribuição de água, Rede de distribuição de energia eléctrica,
vedação e passagens cobertas entre os diversos edifícios, alpendres ou garagens para
viaturas eventualmente pequena oficina mecânica e instalações equipadas pára a
destruição e/ou tratamento dos lixos

Como consequência do indicado no número anterior, o art.23, nº2, os Hospitais Gerais


prestarão, cuidados cirúrgicos de Cirurgia Geral em regime de Urgência (24 horas por dia)
realizando também intervenções de grande cirurgia electiva

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