História Da Unidade de Terapia Intensiva 2018

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Os Serviços de Urgência e

Emergência
O departamento, serviço ou setor de
emergência ou urgência:
é a zona em um hospital ou unidade de
cuidados primários que presta o tratamento
inicial de um largo espectro de doenças,
algumas das quais podem ser ameaçadoras
à vida, requerendo intervenção imediata.
Os Serviços de Urgência e
Emergência

 A partir dos anos 50 os serviços de emergência ganham uma


relevância cada vez maior, no atendimento às necessidades
de saúde da população.

 Vivencia-se um considerável aumento das vítimas de “causas


externas” em conseqüência, sobretudo, dos acidentes de
trânsito.

 Desenvolvimento de conhecimentos de reanimação cardio-


respiratória e a utilização de uma padronização de rotinas para
a intervenção em situações de risco de vida.
 Em 1968 é fundado nos Estados Unidos o American College of
Emergency Physicians, legitimando a área de medicina de
emergência, servindo como órgão orientador quanto às normativas
e diretrizes para assistência, promovendo o debate científico e
formando profissionais para atuar nesta área.
 Nos fins da década de 70, acontece na cidade francesa de
Toulouse, um importante encontro promovido pela OMS, onde se
estabelecem recomendações para o planejamento e organização
dos sistemas de emergência.
 Em 1990 é criado o European Resuscitation Council, instituição
composta por profissionais de diversas áreas e que pretende
uniformizar os procedimentos técnicos de manobras médicas para
todos os sistemas de emergência dos países europeus.
 No Brasil, o sistema de regulação do atendimento às urgências e
emergências só é implementado nos anos 90, onde são estabelecidas
as recomendações para o planejamento e organização dos sistemas
de emergência médica.

 Atualmente, as urgências e emergências brasileiras enfrentam alguns


problemas, entre os quais se destacam:
 estrutura física e tecnológica inadequada,
 insuficiência de equipamentos, os recursos humanos limitados e com
capacitação insuficiente para trabalhar em emergências,
 a insuficiente retaguarda para transferência de doentes.
 Assim, os grandes desafios à qualificação da assistência de urgência
e emergência são a melhoria da resolubilidade, o acolhimento com
classificação de risco e a humanização do atendimento, com a
consequente satisfação da população.
Sala de Atendimento de Emergência

 A sala de atendimento de emergência é composta por:

 Carrinho de emergência;
 Desfibrilador cardíaco;
 Oxímetro;
 Ambú;
 Eletrocardiógrafo;
 Cama de UTI;
 Material para intubação;
 Medicações.
A Associação Americana de Enfermagem (ANA)
estabeleceu os "Padrões da Prática de Enfermagem em
Emergência" em 1983, tendo como referência padrões
definidos classificando os enfermeiros de emergência em
três níveis de competência.

 A equipe de enfermagem do setor de emergência do


Hospital é composta por:

 Enfermeiros clínico-cirúrgicos emergencistas;


 Enfermeiros de protocolo (acolhimento – pré-
atendimento);
 Enfermeiros coordenadores;
 Técnicos de enfermagem e Auxiliares de Enfermagem.
Em relação às atividades
assistenciais exercidas pelo
enfermeiro, salientamos
abaixo as principais:
 elabora, com a equipe médica e multidisciplinar, o Protocolo de Atenção em
Emergências (PAE) nas bases do acolhimento, pré-atendimento, regulação dos
fluxos e humanização do cuidado;
 prepara e ministra medicamentos;
 viabiliza a execução de exames complementares necessários ao diagnóstico;
 preparam instrumentos para intubação, aspiração, monitoramento cardíaco e
desfibrilação, auxiliando a equipe médica na execução dos procedimentos
diversos
 executa a consulta de enfermagem, diagnóstico, plano de cuidados,
terapêutica em enfermagem e evolução dos pacientes registrando no
prontuário;
 administra, coordena, qualifica e supervisionam todo o cuidado ao paciente, o
serviço de enfermagem em emergência e a equipe de enfermagem sob sua
gerência.
História da Unidade de
Terapia Intensiva (UTI)
O termo Unidade de Terapia Intensiva (UTI) refere-
se à “área crítica destinada à internação de
pacientes graves, que necessitam de cuidado
multiprofissional especializado de forma contínua,
sendo necessários materiais específicos e
tecnologia para o diagnóstico médico, bem
como a monitorização e terapia”. (BRASIL, 2010).
Florence Nightingale

 Foi a idealizadora da UTI.


 Em 1854 ela foi convidada a organizar um hospital na
Guerra da Criméia, que possuía uma taxa de
mortalidade de cerca de 40%; após 3 meses de intensa
dedicação, a taxa de mortalidade caiu para 2%.
 Florence passou a classificar os pacientes de acordo
com sua gravidade e quadro clínico, instituindo
cuidados intensivos para os que mais necessitavam.
Incorporou rotinas de limpeza, higiene e cuidados
nutricionais a todos os pacientes.
 Em 1926 foi criada a primeira UTI, na cidade de Boston,
Estados Unidos, pelo médico neurocirurgião, Dr. Walter
Edward Dandy (MEDICINA INTENSIVA, 2015).
 O Dr. Peter Safar é considerado o primeiro médico
intensivista: era anestesiologista e, na década de 50,
instituiu o atendimento de urgência e emergência; criou
a ventilação artificial boca a boca e a massagem
cardíaca.
 Criou a primeira UTI cirúrgica, na cidade de Baltimore,
Estados Unidos. Foi cofundador da Sociedade de
Medicina do Cuidado Crítico (SCCM), nos Estados Unidos
(MEDICINA INTENSIVA, 2015).
Estrutura física e organização de uma
UTI
 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é uma
autarquia reguladora independente vinculada ao
Ministério da Saúde. Sua atuação ocorre através de
Resoluções de Diretoria Colegiada (RDC), publicadas
online e no Diário Oficial da União.
 Em relação à estrutura física e organizacional das UTIs,
existem atualmente as RDCs n. 07, de 24 de fevereiro de
2010, que estabelece os padrões mínimos para o
funcionamento de uma UTI, e a RDC n. 189, de 18 de julho
de 2003, que regulamenta os procedimentos de análise,
avaliação e aprovação dos projetos físicos dos serviços de
saúde.
Estrutura física e organização de uma
UTI
Segundo a RDC n. 50, de 21 de fevereiro de 2002,
todos os hospitais de nível terciário, os hospitais
de nível secundário com número de leitos maior
que 100, e os hospitais especializados que
prestam atendimento a pacientes graves são
obrigados a possuírem uma UTI; os serviços de
saúde que atendem gravidez e/ou partos de alto
risco, devem possuir uma UTI adulto e neonatal
(BRASIL, 2002).
Estrutura física e organização de uma
UTI
Em relação à estrutura hospitalar em que a
UTI está inserida, a RDC n.07 estabelece
que o serviço de saúde deve possuir centro
cirúrgico, centro radiológico e serviço de
ecodopplercardiografia próprios (BRASIL,
2010).
A RDC n.50 define também os seguintes
parâmetros relacionados ao
dimensionamento físico da UTI:
 1 Posto de enfermagem para cada área coletiva ou conjunto de
quartos, independente do número de leitos. Quando houver mais
de um posto de enfermagem, ao menos um deles deve ter 6 m2
de tamanho;
A RDC n.50 define também os seguintes
parâmetros relacionados ao
dimensionamento físico da UTI:
 a UTI deve possuir, no mínimo, 5 leitos (em formato de quartos ou
áreas coletivas), conforme critério do serviço de saúde. O número
de leitos da UTI deve corresponder, no mínimo, a 6% do número
total de leitos do estabelecimento de saúde. O quarto deve ter o
tamanho mínimo de 10 m2;
A RDC n.50 define também os seguintes
parâmetros relacionados ao
dimensionamento físico da UTI:

 a distância entre paredes e leito deve ser de, pelo menos, 1 m;


A RDC n.50 define também os seguintes
parâmetros relacionados ao
dimensionamento físico da UTI:
 leitos de isolamento: 1 quarto de isolamento para cada 10 leitos de
UTI. O quarto de isolamento deve ter a dimensão mínima de 9 m2.
A RDC n.50 define também os seguintes
parâmetros relacionados ao
dimensionamento físico da UTI:
 quando o leito da UTI tiver a conformação de box, este deve
possuir, no mínimo, 3 m de largura. Os leitos devem possuir, entre si,
uma distância mínima de 2 m, com uma separação entre eles.
A RDC n.50 define também os seguintes
parâmetros relacionados ao
dimensionamento físico da UTI:
 lavatórios: 1 a cada 5 leitos não isolamento. As torneiras devem possuir
comando que dispense o uso das mãos para seu fechamento, além da
presença de sabão líquido degermante, papeleira para secagem das
mãos e um antisséptico próximo as pias;
A RDC n.50 define também os seguintes
parâmetros relacionados ao
dimensionamento físico da UTI:
 o quarto deve possuir uma iluminação geral que não incomode o
paciente, quando este estiver deitado; além disso, devem constar uma
lâmpada junto à parede (arandela), na cabeceira da cama e iluminação
de vigília, a 50 cm do piso, nas paredes e banheiros;
A RDC n.50 define também os seguintes
parâmetros relacionados ao
dimensionamento físico da UTI:
 tomadas: a RDC n.50 preconiza o mínimo de 8 tomadas por leito
(lembrando que é importante a presença de tomadas com voltagem de
110 v e 220 v); - em relação aos gases medicinais: por leito, a RDC n.50
estabelece 2 saídas de oxigênio, 1 saída de vácuo e 2 saídas de ar
comprimido (BRASIL, 2002).
Principais equipamentos em UTI

A RDC n.7 estabelece que todos os materiais e


equipamentos inerentes à assistência de alta
complexidade devem estar íntegros, limpos e
disponíveis para uso na UTI; além disso, devem ser
mantidas, na unidade, cópias das manutenções
preventivas realizadas pelo setor de Engenharia
Clínica do Hospital, de todos os equipamentos da
UTI (BRASIL, 2010).
Os materiais mínimos que devem
existir, para cada leito de UTI:
 Camas hospitalares: devem permitir ajustes na posição do paciente, além
de possuírem grades laterais e rodízios,
 Material para reanimação cardiopulmonar: 1 dispositivo bolsa-válvula-
máscara por leito, com reserva operacional de 1 dispositivo para cada leito,
 Estetoscópio,
 Conjunto para nebulização;
 4 equipamentos para infusão contínua (“bomba de infusão”) por leito, com
reserva operacional de 1 equipamento para cada 3 leitos,
 Fita métrica,
 equipamentos de monitorização contínua de frequência cardíaca,
oximetria de pulso, temperatura e pressão arterial não invasiva;
Monitor de UTI beira leito mostrando FC (em verde), PA invasiva (em vermelho) e
saturação de oxigênio (em azul escuro).
A UTI deve possuir, no mínimo, os seguintes
materiais para uso, quando necessário:
 materiais para punção lombar;
 oftalmoscópio;
 otoscópio;
 máscara facial que permita diferentes concentrações de oxigênio:
 materiais para aspiração traqueal em sistema aberto e fechado;
 aspirador a vácuo portátil;
A UTI deve possuir, no mínimo, os seguintes
materiais para uso, quando necessário:
 1 capnógrafo para cada 10 leitos; -
 1 ventilador pulmonar mecânico para cada 2 leitos, com 1 aparelho de
reserva operacional para cada 5 leitos; -
 1 equipamento para ventilação pulmonar mecânica não invasiva para
cada 10 leitos;
 materiais para drenagem torácica em sistema fechado; -
A UTI deve possuir, no mínimo, os seguintes
materiais para uso, quando necessário:
 materiais para realização de traqueostomia; - foco cirúrgico portátil;
 materiais para acesso venoso profundo;
 materiais para flebotomia; - materiais para monitorização de pressão
venosa central;
 1 equipamento (como os respectivos materiais) para monitorização de
pressão arterial invasiva para cada 5 leitos, com reserva operacional de 1
equipamento para cada 10 leitos;
 1 eletrocardiógrafo portátil para cada 10 leitos;
A UTI deve possuir, no mínimo, os seguintes
materiais para uso, quando necessário:

 “carrinho” para atendimento às emergências, contendo materiais e


medicamentos: 1 para cada 5 leitos;
 1 desfibrilador e cardioversor com bateria para cada 5 leitos;
 1 aparelho para dosagem da glicemia capilar para cada 5 leitos;
 materiais para curativos;
 materiais para cateterismo vesical de alívio e de demora; -
 dispositivo para elevar, transpor e pesar o paciente;
 1 Poltrona com revestimento impermeável, destinada ao
uso dos pacientes, para cada 5 leitos;
A UTI deve possuir, no mínimo, os seguintes
materiais para uso, quando necessário:
 1 maca para transporte, com grades laterais, suporte para soluções
parenterais e suporte para cilindro de oxigênio, para cada 10 leitos;
 1 ventilador mecânico para transporte, com bateria, para cada 10 leitos;
 1 maleta de transporte, contendo materiais e medicamentos para uso em
atendimentos de emergência, para cada 10 leitos; -
 1 cilindro de oxigênio para transporte de pacientes;
 refrigerador, com temperatura entre 2 a 8o C, para guarda de
medicamentos, com a monitorização e registro diários da temperatura
(BRASIL, 2010).
Recursos humanos

A assistência de Enfermagem a pacientes críticos


demanda atividades complexas, que requerem dos
profissionais envolvidos no cuidado uma alta
competência técnico-científica. Assim, é extremamente
importante que a equipe de Enfermagem seja
adequadamente qualificada e dimensionada para este
cuidado, para que possa desenvolver as atividades
assistenciais com segurança e qualidade (INOUE;
MATSUDA, 2010).
Recursos humanos

Entende-se por dimensionamento da equipe de


Enfermagem como o processo inicial que visa garantir o
provimento quantitativo e qualitativo dos profissionais de
Enfermagem, de forma que a assistência possa ser
prestada de acordo com as especificidades da clientela
e dos estabelecimentos de saúde, garantindo que as
ações de Enfermagem sejam seguras para os profissionais
e para os pacientes (FUGULIN, F.M.T., GAIDZINSKI, R.R.,
CASTILHO, V., 2010).
Recursos humanos

Estudos têm demonstrado que os aspectos quantitativo e


qualitativo dos profissionais de Enfermagem têm relação
direta com os indicadores de qualidade da assistência;
assim, equipes com quadro de pessoal de Enfermagem
subestimado proporcionam aumento das taxas de
mortalidade, pneumonias, quedas, infecções, aumento do
tempo de estadia na UTI e de extubação acidental.
(VERSA, G.L.G.S. et al., 2011).
Recursos humanos

 Atualmente, a legislação sobre o dimensionamento dos


profissionais de Enfermagem está amparada na Resolução da
ANVISA n.07, de 24 de fevereiro de 2010, e na Resolução do COFEN
n. 293, de 21 de setembro de 2004.
 Segundo a RDC/ANVISA n.7, que dispõe sobre os requisitos mínimos
para o funcionamento de Unidades de Terapia Intensivas e
estabelece quais são as atribuições de todos os profissionais
envolvidos no cuidado ao paciente internado na UTI, toda UTI deve
contar com um Responsável Técnico Médico, um Enfermeiro
Coordenador da equipe de enfermagem e um Fisioterapeuta
coordenador da equipe de fisioterapia.
Recursos humanos

 O Enfermeiro Coordenador deve ter o título de especialista


em Terapia Intensiva ou em outra área relacionada ao
cuidado de paciente crítico e pode ficar responsável por até
2 UTIs. Cada enfermeiro assistencial pode cuidar de até 8
pacientes e os técnicos de enfermagem podem prestar
assistência para até 2 clientes, por turno (BRASIL, 2010).
 Todos os profissionais da saúde devem estar imunizados
contra tétano, difteria, hepatite B, conforme preconiza a
Norma Regulamentadora (NR) 32, que trata da Segurança e
Saúde no Trabalho em serviços de saúde (BRASIL, 2010).

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