Civilização Arabe 2023

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 19

Civilização Islâmica

O Mundo Islâmico

É denominado de mundo
islâmico, ou muçulmano, o
conjunto de países que tem como
principal religião o islamismo.
Atualmente, sabe-se que um
quinto da população mundial, é
seguidora dos princípios
islâmicos.
Grande parte do mundo
islâmico localiza-se no Oriente
Médio e na África; mas mesmo
em países da Europa, do Oriente
e, até mesmo das Américas,
encontram-se seguidores dessa
religião e cultura.
Origens do Islamismo

O Islamismo surgiu na Península Arábica, no séc. VII,


sendo o seu criador Mohamed, Maomé.

• A Península Arábica possui 5/6 da sua área total


desértica, com clima seco e quente, ponteada por
pequenos oásis.
•Os árabes são de origem semita.
• Primitivamente, viviam em tribos patriarcais, sem uma
unidade política; ao todo eram 300 tribos divididas
entre beduínos, nômades e citadinos urbanos e
sedentários.
Tribos beduínas: Tribos urbanas:
Nômades ou seminômades,
habitavam em tendas, vagando pelo Eram sedentárias e viviam do
deserto à procura de alimentos e comércio e da agricultura. As
agua para seus animais. Viviam em duas principais cidades
constantes conflitos uns com os árabes eram Meca e Iatrebe,
outros. Além do pastoreio, também ou Medina.
realizavam ataques e saques a
outras tribos e caravanas.

Períodos da história islâmica

A história árabe pode ser dividida em dois períodos:


pré-islâmico: período anterior ao islamismo.
Islâmico: período posterior ao islamismo.
Período pré-islâmico
Na cidade de Meca, estava localizada [3]
a Caaba, templo em formato de
cubo, onde estavam imagens de 365
deuses cultuados pelos povos
árabes.

Na Caaba, estava a pedra negra,


símbolo máximo da fé islâmica, que,
segundo a tradição, foi trazida à terra
pelo arcanjo Gabriel.
Período islâmico

• Um dos membros da tribo dos coraixitas, Maomé, entra em


contato com judeus e cristãos. Versão histórica.
•Em 610 Maomé tem a REVELAÇÃO do Anjo Gabriel: “Só há um
Deus que é Alá, e Maomé é seu profeta. Versão religiosa
• Maomé começa a pregar a crença monoteísta, o que fez com
que ele fosse expulso de Meca;.
• Em 622 Ele passa a morar em Iatreb, apos fugir de Meca. Em
Iatreb é bem recebido e seus ensinamentos são aceitos.
• Em 630, Maomé lidera um exército e conquista Meca,
convertendo a Caaba em centro religioso de adoração a Alá.
Após o retorno de Maomé para
Meca em 630 houve a:
•Unificação política e religiosa da Arábia.
•Destruição de divindades politeístas, porém
preservou a Caaba e a Pedra Negra.
Segundo a tradição esta pedra era branca,
ficou escurecida pelos pecados e beijos dos
milhões de peregrinos.
•Maomé anistiou a antigos opositores e a
Península Arábica foi completamente
convertida ao islamismo.
A religião fundada por Maomé (570-632) é
conhecida como islâmica, muçulmana ou
maometana. É uma religião monoteísta que
prega a submissão total do homem à
vontade de Alá, o Deus único.
A fé islâmica

A palavra “islã” quer dizer ‘’submissão a Alá’’, e o


muçulmano é o seu fiel. Essa doutrina religiosa tem
alguns pontos essenciais:
• o livro sagrado é o Corão, ou “Al Corão”, e o profeta do
islamismo é Maomé, ou Mohamed;
• só existe um deus, Alá, e o seu profeta é Maomé;
• o fiel deve fazer cinco orações diárias;
• ser misericordioso e generoso com os pobres, os órfãos e as
viúvas; dar esmolas é um dever do fiel;
• jejuar durante o mês do Ramadã;
• o fiel deve peregrinar, pelo menos uma vez na vida, para Meca.
As revelações feitas por Alá a Maomé foram reunidas no livro
sagrado Alcorão (a leitura). Além de orientações religiosas, o
Alcorão contém instruções sociais, para a preservação da ordem
e dos interesses dos grandes comerciantes (XARIA). Entre essas
instruções, destacam-se a proibição de ingestão de bebidas
alcoólicas, a severa punição ao roubo, a proibição de comer carne
de porco, a proibição da prática de jogos de azar e permissão
da poligamia e da escravidão. O Alcorão prega que no dia do Juízo
Final, Alá premiará aqueles que seguiram sua doutrina e castigará os
desobedientes.
Os muçulmanos também aceitam livros como o Torá (formado pelos
primeiros livros da Bíblia), os Salmos e os Evangelhos, bem como
certos princípios do mazdeísmo. Porém o Corão é a única e
indiscutível revelação divina (não possibilitando o livre arbítrio).
É conhecida por zoroastrismo ou mazdeísmo a religião monoteísta
surgida no Irã, baseada nos ensinamentos do profeta Zaratustra.
Divergências do Islamismo com:
Os Judeus: São criticados por se considerarem povo “eleito de
Deus” e por não admitirem que o Corão siga a tradição do
Torá.
Os Cristãos: O Corão nega os três principais principais
dogmas: O da Santíssima Trindade, o da Encarnação e da
Redenção.
Povos das Escrituras:
Os principais inimigos do Corão são os ateus e os politeístas.
Estes devem ser combatidos sem trégua. Os judeus e os
cristãos, qualificados como “Povos das Escrituras” merecem
tratamento diferenciado, que porém manipularam e
utilizaram os desígnios dos profetas com finalidades próprios:
A divisão do Islamismo

Após a morte de Maomé, em 632, a religião sofreu


divisões. As mais destacadas são:
sunitas: para eles, o sucessor de Maomé deveria ser o califa,
exemplo em virtudes morais, com honra, respeito, trabalho,
mas que deveria ser muito humilde ao reconhecer suas falhas em
ações. Devem ser fiéis ao Corão e também ao Suna. Os sunitas
representam a facção “liberal” do islã.
xiitas: para eles, o chefe do estado islâmico deveria ser
descendente legítimo de Maomé, o imã. O imã (ou imame) é
inspirado diretamente por Alá, sua palavra é inquestionável.
Aceitam apenas o Corão. São encontrados principalmente no Irã
e Iêmen.
O sentimento de uma invencível força
Já vimos que, antes de Maomé, os árabes não possuíam
um Estado. As diversas tribos árabes uniam-se através dos
laços de parentesco e de elementos culturais comuns.
Maomé criou para os árabes uma nova forma de
organização política e social, cujos laços de união
baseavam-se na identidade religiosa e não nos laços de
sangue (parentesco). Com isso, lançou as bases de um
Estado muçulmano, de governo teocrático, que se
estruturou com as conquistas. O Estado muçulmano era
governado por califas (que significa sucessor), detentores
dos poderes religioso, político e militar. Entre os
principais fatores que podem ser apontados para explicar
a rápida expansão muçulmana, podemos destacar
Fatores internos: Crescimento demográfico da população,
que pressionava o povo a procurar terras favoráveis à
agricultura; e estímulo à guerra, coordenado pelos califas,
em nome da expansão da fé islâmica. Era a chamada
Guerra Santa (djihad), que tinha por base as seguintes
palavras de Maomé: “espada é a chave do céu e do
inferno. Quem a desembainhar pela causa da fé islâmica
será recompensado por Alá.
Fatores externos: O Império bizantino e o Império persa
guerrearam durante séculos, enfraquecendo-se
mutuamente. Isso facilitou a penetração árabe pela Ásia.
Já no Ocidente, a expansão árabe soube aproveitar as
fraquezas dos Estados bárbaros descentralizados, que
sucederam o Império romano
Expansão do Islamismo

O estado muçulmano era teocrático, ou seja, um estado


religioso. Graças às jihads (guerras religiosas), o islamismo se
expandiu por várias regiões do planeta.
Os califas sucederam Maomé, passando a ocupar seu posto no
controle religioso, político e militar do mundo árabe.
O califa passou a ter poderes religiosos, deixando a administração
para o vizir.
Os califas promoveram também um avanço significativo pela
Europa e sul da Península Itálica. Córdoba (Espanha) e Cairo (Egito)
se tornam estados independentes.
A rivalidade entre os califados e a resistência dos povos
dominados freou a expansão islâmica.
O DOMÍNIO DA PENÍNSULA IBÉRICA
Por meio das guerras santas, os muçulmanos promoveram a
expansão de seus territórios. Entraram na península Ibérica no século
VIII, em 711, derrotaram os visigodos e só seriam barrados pelo
Franco Carlos Martel em 732 na Batalha de Poitiers, nos Pirineus.
Em 750 inicia-se a decadência do Império Islâmico devido a intensas
disputas políticas e religiosas, somada a pressão dos cristãos
europeus para reconquistar os territórios perdidos. É nesse contexto
que se inserem a Guerra da Reconquista e as Cruzadas.

Carlos Martel

Batalha de
Poitiers
Economia

• O Comércio era uma das principais atividades exercidas


pelos muçulmanos, principalmente nas cidades.
• Foram eles que criaram meios jurídicos relacionados ao
comércio como os cheques, letras de câmbio, recibos e
bancos.
• Dominavam o comércio com várias partes do mundo,
dominando as rotas marítimas e terrestres.
Caravanas atravessavam o deserto continuamente.
Obras de irrigação, fertilização e uma variada produção
agrícola garantiram o desenvolvimento de mercadorias e
produtos como: trigo, algodão, arroz, cana-de-açúcar, entre
outros.
Desenvolveram a pecuária na criação de cavalos, bois,
carneiros e camelos.
Ciências

A busca pelo conhecimento é uma


premissa da religião islâmica; daí, terem
desenvolvido várias e importantes invenções e
descobertas nas mais diversas áreas do
conhecimento:
QUÍMICA: álcool, açúcar, produção de vidro e
esmaltes cerâmicos. Medicina: cirurgias e as
causas de algumas moléstias como o sarampo.
Matemática: a utilização do zero e dos
algarismos arábicos, a álgebra, etc. Filosofia: a
tradução das obras de Aristóteles e Platão.
Física: a ótica, e o desenvolvimento de lentes.
Astronomia: o astrolábio e outros instrumentos
de medição e orientação espacial.
Cultura

O mundo Ocidental recebeu forte


influência da cultura muçulmana:
• A literatura árabe possui clássicos
como “As mil e uma noites”.
•Perfumes, cosméticos e outros
elementos culturais também foram
fortemente influenciados pela
cultura islâmica.
•A Arquitetura árabe tem alguns
traços e características bem
marcantes, como as cúpulas, as
colunas, as janelas e os arcos.
Obrigada pela
atenção.

Você também pode gostar