3 - Serviços Aveiro

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Serviços de SST

Lei 3/2014
de 28 de Janeiro

Capítulo IX – Serviços de SST


Serviços Internos

3 modalidades Serviços Externos

Serviços Comuns
Que estipula a legislação?
Art.º 78

Salvo nos casos em que obtiver dispensa nos termos do artigo 80.º, o empregador deve instituir
serviço interno que abranja:
a) O estabelecimento que tenha pelo menos 400 trabalhadores;
b) O conjunto de estabelecimentos distanciados até 50 km daquele que ocupa maior número de
trabalhadores e que, com este, tenham pelo menos 400 trabalhadores;
c) O estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos que desenvolvam actividades de risco
elevado, nos termos do disposto no artigo seguinte, a que estejam expostos pelo menos 30
trabalhadores.
4 - Para efeitos do número anterior, considera-se serviço interno o serviço prestado por uma
empresa a outras empresas do grupo desde que aquela e estas pertençam a sociedades que se
encontrem em relação de domínio ou de grupo.
Actividades de risco elevado – Quais São?
Art.º 79

Para efeitos da presente lei, são considerados de risco elevado:


a) Trabalhos em obras de construção, escavação, movimentação de terras, de túneis, com riscos de quedas de altura ou de soterramento,
demolições e intervenção em ferrovias e rodovias sem interrupção de tráfego;
b) Atividades de indústrias extrativas;
c) Trabalho hiperbárico;
d) Atividades que envolvam a utilização ou armazenagem de produtos químicos perigosos suscetíveis de provocar acidentes graves;
e) Fabrico, transporte e utilização de explosivos e pirotecnia;
f) Atividades de indústria siderúrgica e construção naval;
g) Atividades que envolvam contacto com correntes elétricas de média e alta tensões;
h) Produção e transporte de gases comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos ou a utilização significativa dos mesmos;
i) Atividades que impliquem a exposição a radiações ionizantes;
j) Atividades que impliquem a exposição a agentes cancerígenos, mutagénicos ou tóxicos para a reprodução;
l) Atividades que impliquem a exposição a agentes biológicos do grupo 3 ou 4;
m) Trabalhos que envolvam exposição a sílica.
Que estipula a legislação?
Art.º 80

Dispensa de serviços internos:

1 - O empregador pode, mediante autorização do organismo competente do ministério


responsável pela área laboral ou do organismo competente do ministério responsável pela
área da saúde, consoante a dispensa se refira ao domínio da segurança ou da saúde, obter
dispensa de serviço interno em relação a estabelecimento abrangido pela alínea a) ou b) do
n.º 3 do artigo 78.º em que:
a) Não exerça actividades de risco elevado;
b) Apresente taxas de incidência e de gravidade de acidentes de trabalho, nos dois últimos
anos, não superiores à média do respectivo sector;
c) Não existam registos de doenças profissionais contraídas ao serviço da empresa ou para as
quais tenham contribuído directa e decisivamente as condições de trabalho da empresa;
d) O empregador não tenha sido punido por infracções muito graves respeitantes à violação da
legislação de segurança e saúde no trabalho praticadas no mesmo estabelecimento nos
últimos dois anos;
e) Se verifique, pela análise dos relatórios de avaliação de risco apresentados pelo requerente
ou através de vistoria, quando necessário, que são respeitados os valores limite de exposição a
substâncias ou factores de risco.
Que estipula a legislação?
Art.º 80
Revogação da dispensa de serviços internos

4 - A autorização referida no n.º 1 deve ser revogada sempre que se verifique alguma das
seguintes circunstâncias:
a) Tiver ocorrido um acidente de trabalho mortal por violação de regras de segurança e de
saúde no trabalho imputado ao empregador;
b) O empregador apresentar taxas de incidência e de gravidade de acidentes de trabalho
nos dois últimos anos superiores à média do respectivo sector, sempre que existam dados
disponíveis;
c) Se verifiquem doenças profissionais contraídas ao serviço da empresa ou para as quais
tenham contribuído directa e decisivamente as condições de trabalho da empresa;
d) O empregador tiver sido condenado, nos dois últimos anos, pela prática de contra-
ordenação muito grave ou em reincidência pela prática de contra-ordenação grave em
matéria de segurança e de saúde no trabalho.

Art.º 81
Actividades exercidas pelo empregador ou por trabalhador designado

Não se aplica à área da saúde ocupacional


Que estipula a legislação?
Art.º 82
Serviço Comum
1 - O serviço comum é instituído por acordo entre várias empresas ou estabelecimentos pertencentes
a sociedades que não se encontrem em relação de grupo nem sejam abrangidas pelo disposto no n.º 3
do artigo 78.º, contemplando exclusivamente os trabalhadores por cuja segurança e saúde aqueles são
responsáveis.

Art.º 83
Serviço Externo
1 - Considera-se serviço externo aquele que é desenvolvido por entidade que, mediante contrato com o
empregador, realiza actividades de segurança ou de saúde no trabalho, desde que não seja serviço comum.
2 - O serviço externo pode compreender os seguintes tipos:
a) Associativos - prestados por associações com personalidade jurídica sem fins lucrativos, cujo fim estatutário
compreenda a actividade de prestação de serviços de segurança e saúde no trabalho;
b) Cooperativos - prestados por cooperativas cujo objecto estatutário compreenda a actividade de prestação de
serviços de segurança e saúde no trabalho;
c) Privados - prestados por sociedades cujo objecto social compreenda a actividade de prestação de serviços de
segurança e de saúde no trabalho ou por pessoa singular que detenha as qualificações legalmente exigidas para
o exercício da actividade;
d) Convencionados - prestados por qualquer entidade da administração pública central, regional ou local,
instituto público ou instituição integrada no Serviço Nacional de Saúde.
Que estipula a legislação?
SECÇÃO VII
Serviço de saúde no trabalho
Art.º 103
Médico do trabalho
1 - Para efeitos da presente lei, considera-se médico do trabalho o licenciado em Medicina com especialidade
de medicina do trabalho reconhecida pela Ordem dos Médicos.
2 - Considera-se, ainda, médico do trabalho aquele a quem seja reconhecida idoneidade técnica para o exercício
das respectivas funções, nos termos da lei.
3 - No caso de insuficiência comprovada de médicos do trabalho qualificados nos termos referidos nos números
anteriores, o organismo competente do ministério responsável pela área da saúde pode autorizar outros
licenciados em Medicina a exercer as respectivas funções, os quais, no prazo de quatro anos a contar da
respectiva autorização, devem apresentar prova da obtenção de especialidade em medicina do trabalho, sob
pena de lhes ser vedada a continuação do exercício das referidas funções

Artº 104
Enfermeiro do trabalho
1 - Em empresa com mais de 250 trabalhadores, o médico do trabalho deve ser coadjuvado por um enfermeiro
com experiência adequada.
2 - As actividades a desenvolver pelo enfermeiro do trabalho são objecto de legislação especial.

DGS: Orientação nº 001/2019 de 02/04/2019


https://www.dgs.pt/saude-ocupacional/referenciais-tecnicos-e-normativos/orientacoes/orientacao-n-0012019-
de-02042019-pdf.aspx
Que estipula a legislação?
Art.º 105
Garantia mínima de funcionamento do serviço de saúde no trabalho
1 - O médico do trabalho deve prestar actividade durante o número de horas necessário à realização dos actos
médicos, de rotina ou de emergência e outros trabalhos que deva coordenar.
2 - O médico do trabalho deve conhecer os componentes materiais do trabalho com influência sobre a saúde
dos trabalhadores, desenvolvendo para este efeito a actividade no estabelecimento nos seguintes termos:
a) Em estabelecimento industrial ou estabelecimento de outra natureza com risco elevado, pelo menos uma
hora por mês por cada grupo de 10 trabalhadores ou fracção;
b) Nos restantes estabelecimentos, pelo menos uma hora por mês por cada grupo de 20 trabalhadores ou
fracção.
3 - Ao médico do trabalho é proibido assegurar a vigilância da saúde de um número de trabalhadores a que
correspondam mais de 150 horas de actividade por mês.

Artº 107
Vigilância da saúde
A responsabilidade técnica da vigilância da saúde cabe ao médico do trabalho.
SERVIÇOS DE SST – QUE OBJECTIVOS?
LEI 3/2014

Artigo 73.º-A
Objetivos
A atividade do serviço de segurança e de saúde no trabalho visa:
a) Assegurar as condições de trabalho que salvaguardem a segurança e a saúde física e mental dos
trabalhadores;
b) Desenvolver as condições técnicas que assegurem a aplicação das medidas de prevenção definidas no
artigo 15.º;
c) Informar e formar os trabalhadores no domínio da segurança e saúde no trabalho;
d) Informar e consultar os representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho ou, na
sua falta, os próprios trabalhadores.
SERVIÇOS DE SST – QUE ACTIVIDADES PRINCIPAIS?
LEI 3/2014

Artigo 73.º-B

Atividades principais do serviço de segurança e de saúde no trabalho


1 - O serviço de segurança e de saúde no trabalho deve tomar as medidas necessárias para prevenir os
riscos profissionais e promover a segurança e a saúde dos trabalhadores, nomeadamente:
a) Planear a prevenção, integrando, a todos os níveis e para o conjunto das atividades da empresa, a
avaliação dos riscos e as respetivas medidas de prevenção;
b) Proceder à avaliação dos riscos, elaborando os respetivos relatórios;
c) Elaborar o plano de prevenção de riscos profissionais, bem como planos detalhados de prevenção e
proteção exigidos por legislação específica;
d) Participar na elaboração do plano de emergência interno, incluindo os planos específicos de combate a
incêndios, evacuação de instalações e primeiros socorros;
e) Colaborar na conceção de locais, métodos e organização do trabalho, bem como na escolha e na
manutenção de equipamentos de trabalho;
f) Supervisionar o aprovisionamento, a validade e a conservação dos equipamentos de proteção individual,
bem como a instalação e a manutenção da sinalização de segurança;
SERVIÇOS DE SST – QUE ACTIVIDADES PRINCIPAIS?
LEI 3/2014
Artigo 73.º-B (cont.)
g) Realizar exames de vigilância da saúde, elaborando os relatórios e as fichas, bem como organizar e manter
atualizados os registos clínicos e outros elementos informativos relativos ao trabalhador;
h) Desenvolver atividades de promoção da saúde;
i) Coordenar as medidas a adotar em caso de perigo grave e iminente;
j) Vigiar as condições de trabalho de trabalhadores em situações mais vulneráveis;
l) Conceber e desenvolver o programa de informação para a promoção da segurança e saúde no trabalho,
promovendo a integração das medidas de prevenção nos sistemas de informação e comunicação da empresa;
m) Conceber e desenvolver o programa de formação para a promoção da segurança e saúde no trabalho;
n) Apoiar as atividades de informação e consulta dos representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no
trabalho ou, na sua falta, dos próprios trabalhadores;
o) Assegurar ou acompanhar a execução das medidas de prevenção, promovendo a sua eficiência e operacionalidade;
p) Organizar os elementos necessários às notificações obrigatórias;
q) Elaborar as participações obrigatórias em caso de acidente de trabalho ou doença profissional;
r) Coordenar ou acompanhar auditorias e inspeções internas;
s) Analisar as causas de acidentes de trabalho ou da ocorrência de doenças profissionais, elaborando os respetivos
relatórios;
t) Recolher e organizar elementos estatísticos relativos à segurança e à saúde no trabalho.
SERVIÇOS DE SST – QUE ACTIVIDADES PRINCIPAIS?
LEI 3/2014
Artigo 73.º-B (cont.)

2 - O serviço de segurança e de saúde no trabalho deve manter atualizados, para efeitos de consulta, os seguintes
elementos:
a) Resultados das avaliações de riscos profissionais;
b) Lista de acidentes de trabalho que tenham ocasionado ausência por incapacidade para o trabalho, bem como
acidentes ou incidentes que assumam particular gravidade na perspetiva da segurança no trabalho;
c) Relatórios sobre acidentes de trabalho que originem ausência por incapacidade para o trabalho ou que revelem
indícios de particular gravidade na perspetiva da segurança no trabalho;
d) Lista das situações de baixa por doença e do número de dias de ausência ao trabalho, a ser remetida pelo serviço
de pessoal e, no caso de doenças profissionais, a relação das doenças participadas;
e) Lista das medidas, propostas ou recomendações formuladas pelo serviço de segurança e de saúde no trabalho.
SERVIÇOS DE SST – QUE MODALIDADE PRIVILEGIAR?
LEI 3/2014
Artigo 74.º
2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 78.º, a organização do serviço de segurança e saúde no trabalho
deve adoptar a modalidade de serviço interno, sendo admitido o recurso a serviço comum ou externo, nos termos,
respectivamente, da secção iii e da secção iv do presente capítulo, que assegure no todo ou em parte o
desenvolvimento daquelas actividades e, ainda, a técnicos qualificados em número suficiente para assegurar o
desenvolvimento daquelas actividades apenas nos casos em que na empresa ou no estabelecimento não houver
meios suficientes para desenvolver as actividades integradas no funcionamento do serviço de segurança e de
saúde no trabalho por parte do serviço interno ou estando em causa o regime definido no artigo 81.º
3 - O empregador pode adoptar diferentes modalidades de organização em cada estabelecimento.
4 - As actividades de segurança podem ser organizadas separadamente das da saúde, observando-se,
relativamente a cada uma delas, o disposto no número anterior.
5 - Os serviços organizados em qualquer das modalidades referidas no n.º 1 devem ter os meios suficientes que
lhes permitam exercer as actividades principais de segurança e de saúde no trabalho.
SERVIÇOS EXTERNOS DE SST – O QUE SÃO?
LEI 3/2014
Artigo 83.º
1 - Considera-se serviço externo aquele que é desenvolvido por entidade que, mediante contrato com o
empregador, realiza atividades de segurança ou de saúde no trabalho, desde que não seja serviço comum.
2 - O serviço externo pode compreender os seguintes tipos:
a) Associativos - prestados por associações com personalidade jurídica sem fins lucrativos, cujo fim estatutário
compreenda a atividade de prestação de serviços de segurança e saúde no trabalho;
b) Cooperativos - prestados por cooperativas cujo objeto estatutário compreenda a atividade de prestação de
serviços de segurança e saúde no trabalho;
c) Privados - prestados por sociedades cujo objeto social compreenda a atividade de prestação de serviços de
segurança e de saúde no trabalho ou por pessoa singular que detenha as qualificações legalmente exigidas para o
exercício da atividade;
d) Convencionados - prestados por qualquer entidade da administração pública central, regional ou local, instituto
público ou instituição integrada no Serviço Nacional de Saúde.
SERVIÇOS EXTERNOS DE SST – QUE REQUISITOS?
LEI 3/2014
Artigo 85.º

1 - A autorização de serviço externo depende da verificação dos seguintes requisitos:


a) Disponibilidade permanente de, no mínimo, um técnico superior e um técnico de segurança no trabalho e
disponibilidade de um médico do trabalho, que exerçam as respectivas actividades de segurança ou de saúde;
b) Instalações adequadas e equipadas para o exercício da actividade;
c) Equipamentos e utensílios de avaliação das condições de segurança e saúde no trabalho e equipamentos de
protecção individual a utilizar pelo pessoal técnico do requerente;
d) Qualidade técnica dos procedimentos, nomeadamente para avaliação das condições de segurança e de saúde e
planeamento das actividades;
e) Capacidade para o exercício das actividades previstas no n.º 1 do artigo 98.º, sem prejuízo do recurso a
subcontratação apenas para a execução de outras tarefas de elevada complexidade ou pouco frequentes;
f) Garantias suficientes em relação às medidas de segurança técnica e de organização dos tratamentos de dados
pessoais a efectuar.
SERVIÇOS EXTERNOS DE SST – QUE REQUISITOS?
LEI 3/2014
Artigo 85.º

3 - Constituem elementos de apreciação do requerimento de autorização:


a) O número de técnicos com as qualificações legalmente exigidas, tendo em conta as actividades dos domínios de
segurança e de saúde para que se pede autorização;
b) A natureza dos vínculos, assim como dos períodos normais de trabalho do pessoal técnico superior e técnico de
segurança do trabalho e dos tempos mensais de afectação ao médico do trabalho e enfermeiro;
c) A conformidade das instalações e dos equipamentos com as prescrições mínimas de segurança e de saúde no
trabalho para a actividade de escritório e serviços;
d) Caso respeite à área da saúde, os requisitos mínimos previstos para as unidades privadas de saúde;
e) A adequação dos equipamentos de trabalho às tarefas a desenvolver e ao número máximo de trabalhadores do
requerente que, em simultâneo, deles possam necessitar;
f) As características dos equipamentos e utensílios a utilizar na avaliação das condições de segurança e de saúde no
trabalho;
g) Os procedimentos no domínio da metrologia relativos aos equipamentos e utensílios referidos na alínea anterior.
4 - O manual de procedimentos é tomado em consideração na apreciação da qualidade técnica dos mesmos.
5 - São tidos por cumpridos os requisitos equivalentes ou que visem essencialmente a mesma finalidade a que o
requerente já tenha sido submetido, designadamente noutro Estado membro do Espaço Económico Europeu.
SERVIÇOS EXTERNOS DE SST – VERIFICAÇÃO (vistorias)
LEI 3/2014
Artigo 88.º
Vistorias
1 - Ao organismo com competência para a promoção da segurança e saúde no trabalho do ministério responsável
pela área laboral cabe verificar:
a) As condições de trabalho dos trabalhadores da entidade requerente;
b) As instalações tendo em conta as condições de funcionamento no âmbito da segurança;
c) As situações de subcontratação, nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 85.º;
d) O funcionamento dos serviços a prestar na área da segurança no trabalho, nomeadamente quanto aos
equipamentos de trabalho a utilizar, aos utensílios e equipamentos de avaliação de riscos e de proteção individual;
e) O manual de procedimentos no âmbito da gestão dos serviços a prestar, incluindo o planeamento das atividades a
desenvolver, a articulação entre as áreas da segurança e da saúde, os referenciais a utilizar no âmbito dos
procedimentos técnicos, entre os quais guias de procedimentos, nomeadamente de organismos internacionais
reconhecidos, códigos de boas práticas e listas de verificação, com a respetiva referência aos diplomas e normas
técnicas aplicáveis.
SERVIÇOS EXTERNOS DE SST – VERIFICAÇÃO (vistorias)
LEI 3/2014
Artigo 88.º
Vistorias (cont.)

2 - Ao organismo competente do ministério responsável pela área da saúde cabe verificar:


a) As instalações, incluindo as unidades móveis, tendo em conta as condições de funcionamento no âmbito da
saúde;
b) As condições de funcionamento do serviço na área da saúde no trabalho, nomeadamente quanto aos
equipamentos de trabalho e equipamentos para avaliar as condições de saúde no trabalho;
c) O manual de procedimentos, em particular, a articulação entre as áreas da segurança e da saúde, gestão da
informação clínica, transferência de informação em caso de cessação de contrato, política de qualidade,
subcontratação e programas de promoção e vigilância da saúde.
SERVIÇOS DE ST – ACTIVIDADES TÉCNICAS
LEI 3/2014

Artigo 100.º

1 - As atividades técnicas de segurança no trabalho


são exercidas por técnicos superiores ou técnicos de
segurança no trabalho, certificados pelo organismo
competente para a promoção da segurança e da
saúde no trabalho do ministério competente para a
área laboral, nos termos de legislação especial.
2 - Os profissionais referidos no número anterior
exercem as respetivas atividades com autonomia
técnica.
SERVIÇOS DE ST – GARANTIA MÍNIMA
LEI 3/2014

Artigo 101.º

Garantia mínima de funcionamento do serviço de segurança no trabalho


1 - A actividade dos serviços de segurança deve ser assegurada regularmente no próprio estabelecimento durante o tempo
necessário.
2 - A afectação dos técnicos superiores ou técnicos às actividades de segurança no trabalho, por empresa, é estabelecida
nos seguintes termos:
a) Em estabelecimento industrial - até 50 trabalhadores, um técnico, e, acima de 50, dois técnicos, por cada 1500
trabalhadores abrangidos ou fracção, sendo pelo menos um deles técnico superior;
b) Nos restantes estabelecimentos - até 50 trabalhadores, um técnico, e, acima de 50 trabalhadores, dois técnicos, por cada
3000 trabalhadores abrangidos ou fracção, sendo pelo menos um deles técnico superior.
3 - O organismo competente para a promoção da segurança e saúde no trabalho do ministério responsável pela área laboral
pode determinar uma duração mais alargada da actividade dos serviços de segurança em estabelecimento em que,
independentemente do número de trabalhadores, a natureza ou a gravidade dos riscos profissionais, bem como os
indicadores de sinistralidade, se justifique uma acção mais eficaz.
SERVIÇOS DE SAUDE T – QUEM É QUEM?
LEI 3/2014
Artigo 103.º
Médico do trabalho
1 - Para efeitos da presente lei, considera-se médico do trabalho o licenciado em Medicina com especialidade de
medicina do trabalho reconhecida pela Ordem dos Médicos.
2 - Considera-se, ainda, médico do trabalho aquele a quem seja reconhecida idoneidade técnica para o exercício
das respectivas funções, nos termos da lei.
3 - No caso de insuficiência comprovada de médicos do trabalho qualificados nos termos referidos nos números
anteriores, o organismo competente do ministério responsável pela área da saúde pode autorizar outros
licenciados em Medicina a exercer as respectivas funções, os quais, no prazo de quatro anos a contar da
respectiva autorização, devem apresentar prova da obtenção de especialidade em medicina do trabalho, sob pena
de lhes ser vedada a continuação do exercício das referidas funções
Artº 104
Enfermeiro do trabalho

1 - Em empresa com mais de 250 trabalhadores, o médico do trabalho deve ser coadjuvado por um enfermeiro
com experiência adequada.
2 - As actividades a desenvolver pelo enfermeiro do trabalho são objecto de legislação especial.
SERVIÇOS DE SAUDE T – GARANTIA MÍNIMA
LEI 3/2014
Artigo 105.º

Garantia mínima de funcionamento do serviço de saúde no trabalho


1 - O médico do trabalho deve prestar actividade durante o número de horas necessário à realização dos actos
médicos, de rotina ou de emergência e outros trabalhos que deva coordenar.
2 - O médico do trabalho deve conhecer os componentes materiais do trabalho com influência sobre a saúde dos
trabalhadores, desenvolvendo para este efeito a actividade no estabelecimento nos seguintes termos:
a) Em estabelecimento industrial ou estabelecimento de outra natureza com risco elevado, pelo menos uma hora por
mês por cada grupo de 10 trabalhadores ou fracção;
b) Nos restantes estabelecimentos, pelo menos uma hora por mês por cada grupo de 20 trabalhadores ou fracção.
3 - Ao médico do trabalho é proibido assegurar a vigilância da saúde de um número de trabalhadores a que
correspondam mais de 150 horas de actividade por mês.
SERVIÇOS DE SST – FISCALIZAÇÃO
LEI 3/2014
Artigo 4.º
Conceitos

j) «Auditoria» a atividade ou o conjunto de atividades desenvolvidas pelos organismos competentes para a


promoção da segurança e saúde no trabalho dos ministérios responsáveis pelas áreas laboral e da saúde, com o
objetivo de verificar o cumprimento dos pressupostos que deram origem à autorização para a prestação dos
serviços de segurança e saúde no trabalho, bem como a qualidade do serviço prestado.

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