SAM 7 Serie
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Autorização: Portaria de Criação n° 7.989, publicado no DO – 07 e 08/06/1986.
A Semana de Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, de 11 a 18 de fevereiro, teve
como principal propósito renovar, transformar o contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas
artes plásticas, na arquitetura e na música. Mudar, subverter uma produção artística, criar uma arte essencialmente
brasileira, embora em sintonia com as novas tendências européias, essa era basicamente a intenção dos
modernistas.
Durante a Semana de Arte Moderna a cidade de São Paulo entrou em plena ebulição cultural, sob a inspiração de
novas linguagens, de experiências artísticas, de uma liberdade criadora sem igual, com o conseqüente rompimento
com o passado. Novos conceitos foram difundidos e despontaram talentos como os de Mário e Oswald de Andrade
na literatura, Víctor Brecheret na escultura e Anita Malfatti na pintura.
O movimento modernista eclodiu em um contexto repleto de agitações políticas, sociais, econômicas e culturais. Em
meio a este redemoinho histórico surgiram as vanguardas artísticas e linguagens liberadas de regras e de
disciplinas. A Semana, como toda inovação, não foi bem acolhida pelos tradicionais paulistas, e a crítica não poupou
esforços para destruir suas idéias, em plena vigência da República Velha, encabeçada por oligarcas do café e da
política conservadora que então dominava o cenário brasileiro. A elite, habituada aos modelos estéticos europeus
mais arcaicos, sentiu-se violentada em sua sensibilidade e afrontada em suas preferências artísticas.
A nova geração intelectual brasileira sentiu a necessidade de transformar os antigos conceitos do século XIX.
Embora o principal centro de insatisfação estética seja, nesta época, a literatura, particularmente a poesia,
movimentos como o Futurismo, o Cubismo e o Expressionismo começavam a influenciar os artistas brasileiros.
Anita Malfatti trazia da Europa, em sua bagagem, experiências vanguardistas que marcaram intensamente o trabalho
desta jovem, que em 1917 realizou a que ficou conhecida como a primeira exposição do Modernismo brasileiro. Este
evento foi alvo de escândalo e de críticas ferozes de Monteiro Lobato, provocando assim o nascimento da Semana
de Arte Moderna.
O catálogo da Semana apresenta nomes como os de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Yan de Almeida Prado, John Graz,
Oswaldo Goeldi, entre outros, na Pintura e no Desenho; Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wilhelm
Haarberg, na Escultura; Antonio Garcia Moya e Georg Przyrembel, na Arquitetura. Entre os escritores
encontravam-se Mário e Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, e outros mais. A
música estava representada por autores consagrados, como Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernani Braga e Frutuoso
Viana.
Em 1913, sementes do Modernismo já estavam sendo cultivadas. O pintor Lasar Segall, vindo recentemente da
Alemanha, realizara exposições em São Paulo e em Campinas, recepcionadas com uma certa indiferença. Segall
retornou então à Alemanha e só voltou ao Brasil dez anos depois, em um momento bem mais propício. A mostra de
Anita Malfatti, que desencadeou a Semana, apesar da violenta crítica recebida, reunir ao seu redor artistas dispostos
a empreender uma luta pela renovação artística brasileira. A exposição de artes plásticas da Semana de Arte
Moderna foi organizada por Di Cavalcanti e Rubens Borba de Morais e contou também com a colaboração de Ronald
de Carvalho, do Rio de Janeiro. Após a realização da Semana, alguns dos artistas mais importantes retornaram para
a Europa, enfraquecendo o movimento, mas produtores artísticos como Tarsila do Amaral, grande pintora
modernista, faziam o caminho inverso, enriquecendo as artes plásticas brasileiras.
A Semana de 22 não foi tão importante no seu contexto temporal, mas o tempo a presenteou com um valor histórico
e cultural talvez inimaginável naquela época. Não havia entre seus participantes uma coletânea de idéias comum a
todos, por isso ela se dividiu em diversas tendências diferentes, todas pleiteando a mesma herança, entre elas o
Movimento Pau-Brasil, que defendia a criação de uma poesia primitivista, construída com base na revisão crítica de
nosso passado histórico e cultural e na aceitação e valorização das riquezas e contrastes da realidade e da cultura
brasileira. A Antropofagia, a exemplo dos rituais antropofágicos dos índios brasileiros, nos quais eles devoram seus
inimigos para lhes extrair força, Oswald propõe a devoração simbólica da cultura do colonizador europeu, sem com
isso perder nossa identidade cultural.
Em oposição a essas tendências, os movimentos Verde-Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista,
com evidente inclinação para o nazifascismo. Os principais meios de divulgação destes novos ideais eram a Revista
Klaxon e a Revista de Antropofagia.
O principal legado da Semana de Arte Moderna foi libertar a arte brasileira da reprodução nada criativa de padrões
europeus, e dar início à construção de uma cultura essencialmente nacional.
1)A Semana da Arte Moderna de 1922 tinha como uma das grandes aspirações renovar o ambiente artístico e
cultural do país, produzindo uma arte brasileira afinada com as tendências vanguardistas europeias, sem,
contudo, perder o caráter nacional; para isso contou com a participação de escritores, artistas plásticos,
músicos, entre outros. Analise as proposições em relação à Semana da Arte Moderna, assinale (V) para as
verdadeiras e (F) para as falsas.
( )O principal legado da Semana de Arte Moderna foi libertar a arte brasileira da cultura portuguesa.
( )A Semana de Arte Moderna, como toda inovação, foi bem acolhida pelos tradicionais paulistas.
( )A preferência pelas manifestações artísticas já cristalizadas nas linhas do academicismo.
( )O escritor Graça Aranha foi quem abriu o evento com a sua conferência inaugural “A emoção estética da Arte”.
3) Um grande marco na história da arte brasileira foi a Semana de Arte Moderna de 22. Podemos considerar
Correto que:
( ) Os principais artistas que participaram da Semana de Arte Moderna foram Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita,
Pedro Américo, Leonardo Da Vinci, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti.
( ) Di Cavalcanti participou do evento com a obra “Aba Puru”, uma exaltação à mulata e à vida popular carioca.
( ) A Semana de Arte Moderna,teve como principal propósito renovar, transformar o contexto artístico e cultural
urbano, tanto na literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na música.
( ) Antônio Francisco Lisboa é um grande representante da Semana de Arte Moderna por suas esculturas em
madeira e pedra-sabão.
b)Cite alguns movimentos que começaram a influenciar os artistas brasileiros da Semana de Arte Moderna.
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d)Quais foram os organizadores da exposição de artes plásticas da Semana de Arte Moderna? _________________
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e) Os principais meios de divulgação destes novos ideais eram através de revistas. As principais foram:
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