Suporte Básico de Vida

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Escola Secundária de Santa Maria

Suporte Básico de Vida

10ºD
Inês Verissimo, nº 9;
Laura Pedro, nº 11;
Madalena Lopes, nº 12;
Maria Azenha, nº 15;
Mariana Barbosa, nº 17;
Leonor Romana, nº 28

Disciplina de Educação Física


Sintra, 21 de dezembro de 2022

2
Índice:

Introdução...................................................................................................................... 3
Desenvolvimento...........................................................................................................4
Suporte Básico de Vida................................................................................................4
Cadeia de Sobrevivência...........................................................................................4
Como realizar o Suporte Básico de Vida...................................................................5
Posição Lateral de Segurança (PLS)..........................................................................9
Cuidados especiais na realização do SBV................................................................11
Obstrução da Via Aérea..........................................................................................12
Questionário..............................................................................................................13
Conclusão..................................................................................................................... 21
Bibliografia................................................................................................................... 21
Anexos...........................................................................................................................22

3
Introdução:
O tema escolhido para abordar neste trabalho foi o Suporte Básico de Vida (SBV).
Consideramos que este seja um tópico muito importante e de enorme relevância para
toda a sociedade e por isso deveria ser conhecido e dominado por todos os cidadãos
maiores de 14 anos. Sendo que alguns dos conteúdos que serão abordados neste
trabalho já foram lecionados de forma algo superficial pelos alunos em anos
anteriores, iremos agora aprofundar os conteúdos já conhecidos de uma forma mais
pormenorizada.

Aqui, serão abordados temas como:


- Os elos da Cadeia de Sobrevivência;
- Suporte Básico de Vida (SBV);
- Posição Lateral de Segurança;
- Obstrução da Via Aérea.
Entre outros.

A metodologia utilizada para a fundamentação do trabalho foi a pesquisa bibliográfica


em livros sobre o suporte básico de vida, pesquisas na internet em fontes confiáveis e
ainda a aplicação de um questionário a pessoas de diversas idades para serem
avaliados os conhecimentos da população à cerca deste assunto.

4
Desenvolvimento:

Suporte Básico de Vida

O SBV é um conjunto de procedimentos que tem como objetivo a recuperação da vida


de uma vítima de paragem cardiorrespiratória (PCR), até à chegada de ajuda
especializada (112) e pode ser utilizado para evitar a morte se o SBV for iniciado
imediatamente.
Consiste em duas ações principais: compressões torácicas (para fazer o sangue
circular) e ventilações (para fornecer oxigénio aos pulmões).

Fig. 1 – Compressões torácicas. Fig. 2 – Ventilações com ar


expirado.

Cadeia de Sobrevivência:
Para realizar o processo de SBV corretamente é vital ter em atenção todos os elos da
cadeia de sobrevivência.
Mas o que é a cadeia de sobrevivência?
A cadeia de sobrevivência é um conjunto de procedimentos indispensáveis à
recuperação de uma vítima de PCR. Integrando 4 elos de extrema e igual importância,
sendo estes:
– Reconhecimento Precoce: ligar 112;
– Reanimação: Suporte Básico de Vida (SBV);
– Desfibrilhação Precoce: choque elétrico administrado como tratamento para a
fibrilhação ventricular (FV), perturbação do ritmo cardíaco responsável pela PCR;

5
– Estabilização: Suporte Avançado de Vida (SAV) Precoce e Cuidados Pós-reanimação.

Fig. 3 – Cadeia de sobrevivência. Como realizar o Suporte


Básico de Vida:
Para socorrer uma vítima de PCR é importante seguir 8 passos fundamentais:
1. Avaliar as Condições de Segurança tanto para a vítima como para o
reanimador e terceiros: antes de ser efetuado procedimento algum de socorro,
o reanimador deve certificar-se que não há perigo de aproximação (perigos
ambientais, toxicológicos, infeciosos, etc.);

Fig. 4 – Avaliar as condições de


segurança.

2. Avaliar o Estado de Consciência da Vítima: para tal o reanimador deve colocar-


se lateralmente em relação à vítima e agitar-lhe os ombros ao de leve
enquanto pergunta “está bem?” ou “consegue ouvir?”. Caso a vítima se
encontre reativa deve-se garantir mais uma vez a inexistência de perigo para a
vítima, mantê-la na posição encontrada (caso esta sofra de algum traumatismo
ou lesão), identificar o que poderá ter levado ao estado da vítima, ligar 112 e
reavaliar a situação com regularidade. Caso a vítima se encontre não reativa
deve-se-lhe permeabilizar a via aérea (AV);

6
Fig. 5 – Avaliação do estado de consciência
da vítima.

3. Permeabilizar a Via Aérea: caso a vítima se encontre inconsciente, o


enrolamento dos tecidos moles da boca pode levar ao bloqueio da VA, pelo que
esta deve ser permeabilizada. Para tal deve colocar-se a vítima em decúbito
dorsal (deitada de costas com a cabeça e os ombros ligeiramente levantados),
colocar-lhe uma mão na testa e inclinar-lhe a cabeça para trás e elevar-lhe o
queixo recorrendo ao auxílio de dois dedos da outra mão posicionados de baixo
do mesmo.
A permeabilização da VA e o restabelecimento da ventilação visam evitar
lesões por insuficiência de oxigenação dos órgãos nobres, principalmente do
cérebro;

Fig. 6 – Permeabilizar a via aérea.

7
4. Avaliar a Respiração: mantendo a VA permeabilizada o passo a seguir será
verificar se a vítima respira normalmente através da técnica VOS, que consiste
em Ver os movimentos torácicos, Ouvir os sons respiratórios saídos da boca ou
do nariz e Sentir o ar expirado na cara do reanimador.

Fig. 7 – Verificar se a vítima respira.

Se a respiração da vítima for normal, colocá-la em posição lateral de segurança


(PLS);

Fig. 8 – Posição lateral de segurança.

5. Ligar 112: em caso de a vítima não responder o primeiro passo é ligar de


imediato para o 112;

6. Realizar Compressões Torácicas: caso formado em SBV o socorrista deve


efetuar 30 compressões torácicas posicionando-se verticalmente sobre o tórax
da vítima com as mãos entrelaçadas, os braços e os cotovelos eretos e os
ombros alinhados com as mãos, fazendo pressão no tórax da vítima e
comprimir o esterno entre 5 e 6 cm a um ritmo constante de pelo menos 100
por minuto, nunca ultrapassando as 120 compressões por minuto (as
compressões podem ser efetuadas ao ritmo da música Stayin’Alive dos Bee
Gees), ao fim de cada compressão o reanimador deve certificar a

8
descompressão total do tórax sem tirar as mãos, e nunca interromper as
compressões por mais de 10 segundos;

Figs. 9 e 10 – Realização de compressões torácicas.

7. Realizar Insuflações: depois de efetuadas as 30 compressões devem-se efetuar


2 insuflações com 1 segundo de duração que, se bem efetuadas, elevarão o
tórax, estas não devem ser rápidas ou forçadas e se a cabeça da vítima estiver
colocada incorretamente posicionada a insuflação é impedida por obstrução da
VA.
Já não devem ser realizadas Insuflações “boca-a-boca” devido ao risco de
transmissão de vírus ou infeções, nem mesmo com um lenço (este pode
mesmo aumentar o risco de transmissão de doenças) deve sempre priorizar-se
a realização de Insuflações com recurso a uma máscara de bolso onde o
reanimador se deve posicionar ao lado da vítima, permeabilizar-lhe a VA,
aplicar 2 inflações mantendo a VA permeabilizada, colocar a máscara de bolso
sobre o nariz da vítima, colocar o polegar e o dedo indicador na parte mais
estreita da máscara, colocar o polegar da outra mão na parte mais larga da
máscara e usar os outros dedos para elevar o queixo da vítima criando uma
selagem hermética, soprar suavemente pela válvula unidirecional (válvula
integrante da máscara que desvia do reanimador o ar expirado da vítima)
durante cerca de 1 segundo fazendo com que o tórax da vítima se eleve, e
retirar a boca da válvula da máscara após insuflar.
No final das duas Insuflações, deve-se voltar rapidamente às 30 compressões
torácicas. Caso o reanimador não se sinta apto ou tiver relutância em realizar
as Insuflações, deve apenas realizar compressões torácicas, sendo as mesmas
contínuas e rítmicas (100 a 120 por minuto) e sem a existência de pausas entre
cada 30 compressões.

Fig. 11 – Insuflações boca-máscara.


9
8. Manter o SBV: o reanimador deve manter as manobras de reanimação até à
chegada de ajuda especializada, ficar exausto, ou a vítima retomar a
consciência.

Posição Lateral de Segurança (PLS)


A vítima deve ser colocada na PLS caso se encontre inconsciente, mas com a respiração
normal ou se tiverem sido restaurados os sinais de vida após as manobras de SBV, em
qualquer um dos casos a manutenção da permeabilização da via aérea deverá ser
obrigatória.
A PLS garante isto mesmo. Esta manobra:
– diminui o risco de aspiração de vómito;
– previne que o enrolamento da língua obstrua a VA;
– permite a drenagem de fluidos pela boca;
– permite a observação do tórax;
– não demonstra riscos associados à sua utilização.

Para colocar uma vítima inconsciente, mas que respire normalmente, na PLS o
socorrista deve ajoelhar-se ao lado da mesma e:
– remover objetos estranhos do corpo da vítima que possam causar lesões ao
posicioná-la;
– assegurar-se que a vítima tem as pernas estendidas;

Fig. 12 – Estender as pernas da vítima.

10
– colocar o braço que se encontra mais perto do socorrista em ângulo reto, com o
cotovelo dobrado e a palma da mão para cima;

Fig. 13 – Colocar o braço da vítima em ângulo reto.

– segurar o outro braço cruzando o tórax com o mesmo e fixando o dorso da mão na
face do lado do socorrista;

Fig. 14 – Colocar o dorso da mão da vítima na


respetiva hemiface, mais próxima do reanimador.

– com a outra mão, levantar a perna do lado oposto acima do joelho, dobrando-a e
deixando a planta do pé em contacto com o chão;

11

Fig. 15 – Levantar a perna da vítima, rodando-a.


– rolar a vítima: enquanto uma mão apoia a cabeça a outra deve puxar a perna do
lado oposto rolando a vítima, deve-se estabilizar a perna de forma a que a anca e o
joelho formem ângulos retos, inclinando a cabeça da vítima para trás permeabilizando
a VA, ajustar a mão debaixo do queixo mantendo a extensão da cabeça, e reavaliar
regularmente a respiração da vítima.

Fig. 16 – Vítima em PLS.

Em caso de trauma ou suspeita de trauma, a PLS jamais deve ser realizada, sendo a
proteção da coluna da vítima fundamental nestas situações (é importante garantir o
melhor alinhamento possível).

Cuidados especiais na realização do SBV:


O Suporte Básico de Vida pode ser utilizado com segurança tanto em adultos como em
crianças, no entanto é necessário adaptar as compressões conforme o corpo e a idade
das mesmas:
– em bebés até 1 ano de idade devem ser utilizados apenas dois dedos;
– em crianças dos 2 aos 8 anos deve ser utilizada apenas uma mão.
Tal como nos adultos, devem ser feitas duas inflações a cada 30 compressões.

Fig. 17 – Insuflações em crianças.

Para realizar as manobras de SBV em grávidas é necessário ter alguns cuidados:


– se a mulher estiver no final da gravidez não devem ser aplicadas compressões
abdominais, substituindo por compressões torácicas para desobstrução da VA.
– colocar algo fofo (como uma almofada) na anca direita da vítima para que o útero se
desloque para a esquerda.
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Obstrução da Via Aérea
A obstrução da via aérea por um agente exterior constitui uma causa de PCR acidental
potencialmente reversível. Estes casos são normalmente presenciados e associados a
comida. Inicialmente, a vítima encontra-se consciente e reativa, podendo as
oportunidades de intervenção precoce prováveis de reverter a situação por si só.
O risco de OVA é mais elevado em indivíduos que apresentem redução do nível de
consciência, intoxicação por álcool e/ou drogas, alterações neurológicas e mentais,
demência, dentição inexistente e idosos.
Para a via aérea ser desobstruída deve seguir-se um algoritmo tanto a adultos como
crianças com mais de um ano que parte de:
– pancadas interescapulares (aplicação de 5 pancadas na parte superior das costas);

Fig. 18 – Pancadas interescapulares.

– manobra de Heimlich ou compressões abdominais (se as pancadas interescapulares


não forem eficazes deve aplicar-se uma compressão rápida na zona do abdómen da
vítima posicionando-se atrás da mesma).

Fig. 19 – Manobra de Heimlich.

13
Se a vítima ficar inconsciente é necessário iniciar as compressões torácicas e
abdominias assim que possível, sendo esta uma forma de aumentar a pressão da via
aérea promovendo a desobstrução da mesma.

Mesmo que as manobras tenham tido surtido efeito, a vítima deve ser submetida a
observação médica uma vez que as compressões aplicadas podem causar lesões
internas e o corpo estranho (responsável pela obstrução) pode causar complicações se
permanecer nas vias aéreas causando tosse e dificuldade em engolir.

Questionário:
Para avaliar os conhecimentos pré-adquiridos sobre assuntos gerais relacionados com
o SBV, 150 pessoas de idades diferentes responderam a um questionário com 13
perguntas.
O inquérito incluiu a identificação anónima da população, a aferição de conhecimentos
básicos relacionados com o tema e perguntas para verificação de resposta correta à
cerca dos assuntos.
A maioria dos inquiridos tinha idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos (53),
seguidos pelas pessoas com idades entre 30 e 65 (50), entre 19 e 30 anos 34 pessoas
responderam. Obtivemos apenas 5 respostas de pessoas acima dos 65 anos e até 12
anos obtivemos 8 respostas.

Idade
60

50

40

30

20

10

0
Até 12 anos Entre 13 e 18 Entre 19 e 30 Entre 30 e 65 Maiores de 65

14
Das 150 pessoas que responderam, 86 eram mulheres, 59 homens e 5 preferiram não
dizer o seu género.

A maioria das mulheres que responderam encontrava-se entre os 30 e os 65 anos.

Qual é o seu género?


35
30
25
20
15
10
5
0
Até 12 anos Entre 13 e 18 Entre 19 e 30 Entre 30 e 65 Maiores de 65

Feminino Masculino Prefiro não dizer

Quase três quartos dos inquiridos sabe o que é o SBV. Sendo que a maioria são
pessoas cujas idades estão compreendidas entre os 13 e os 18 e entre os 30 e os 65
anos.

15
Sabe o que é o Suporte Básico de Vida?
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Até 12 anos Entre 13 e 18 Entre 19 e 30 Entre 30 e 65 Maiores de 65

Sim Não Mais ou menos

Muitas pessoas sabem o que fazer se se depararem com uma vítima de paragem
cardiorrespiratória.

As pessoas entre os 13 e os 30 anos parecem ser quem tem mais conhecimento sobre
este assunto.

Sabe o que fazer se alguém perto de si entrar em paragem


cardiorrespiratória?
30
25
20
15
10
5
0
Até 12 anos Entre 13 e 18 Entre 19 e 30 Entre 30 e 65 Maiores de 65

Sim Não Mais ou menos

16
Muitos dos inquiridos sabem o que é a cadeia de sobrevivência.

Foi pedido para se ordenarem os passos a seguir se se verificasse que alguém estava
a sofrer de uma paragem cardiorrespiratória. A ordenação correta é:
1º - Avaliar o perímetro;
2º - Reconhecer e ligar ao 112;
3º - Reanimação (suporte básico de vida precoce);
4º - Desfibrilhação precoce;
5º - Suporte avançado de vida e cuidados pós-reanimação.
A maioria das pessoas que acertou completamente à questão estava compreendida
entre os 13 e os 18 anos.

Ordenação correta

Até 12 anos Entre 13 e 18 Entre 19 e 30 Entre 30 e 65 Maiores de 65

17
A maioria dos inquiridos sabe fazer as manobras do SBV.

Pode verificar-se que os inquiridos com mais de 65 anos e alunos até 12 anos não têm
muito conhecimento sobre o assunto e não sabem realizar as manobras.

Sabe como fazer as manobras do SBV?


40

35

30

25

20

15

10

0
Até 12 anos Entre 13 e 18 Entre 19 e 30 Entre 30 e 65 Maiores de 65

Sim Não

18
Apenas algumas pessoas sabem como realizar as manobras em crianças até 8 anos,
sendo que a maioria a acertar tinha entre 30 e 65 anos.

Deve ser utilizada apenas uma mão para fazer as


compressões.

Até 12 anos Entre 13 e 18 Entre 19 e 30 Entre 30 e 65 Maiores de 65

Muitos dos inquiridos pensaram que se deviam realizar entre 30 e 40 compressões por
minuto. A maioria das pessoas que errou tinha entre 13 e 18 anos.

19
Outras respostas que não 100 a 120 compressões por
minuto.

Até 12 anos Entre 13 e 18 Entre 19 e 30 Entre 30 e 65 Maiores de 65

A maioria das pessoas de todas as idades sabe o que é a PLS e para que esta serve
(diminui o risco do engulo de vómito e da obstrução da via aérea pelo enrolamento da
língua).

Se a vítima se encontrar inconsciente sem quaisquer sinais de


trauma, esta deve ser colocada na posição lateral de segurança.
Esta:
60

50

40

30

20

10

0
Até 12 anos Entre 13 e 18 Entre 19 e 30 Entre 30 e 65

coloca a vítima numa posição confortável.


diminui o risco do engulo de vómito e da obstrução da via aérea pelo enrolamento da língua.
serve para verificar se a vítima respira.

20
A maioria dos inquiridos conhece os procedimentos a serem tomados em caso de
alguém ter a VA obstruída e o primeiro passo a realizar, sendo que os inquiridos com
mais de 65 anos são os que não sabem o que fazer em primeiro lugar (pancadas
interescapulares).

Sabe quais são os procedimentos a tomar no caso de


verificar que alguém tem a via aérea obstruída com comida
por exemplo?
30

25

20

15

10

0
Até 12 anos Entre 13 e 18 Entre 19 e 30 Entre 30 e 65 Maiores de 65

Sim Não Mais ou menos

Se verificar que alguém tem a via aérea obstruida os


primeiros procedimentos a tomar são:
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Até 12 anos Entre 13 e 18 Entre 19 e 30 Entre 30 e 65 Maiores de 65

compressões abdominais
pancadas interescapulares (na parte superior das costas)
Não sei

21
Conclusão:
É fundamental ter uma noção das manobras de SBV e saber executá-las de forma
interrupta e com qualidade; ter presente que todos os elos da cadeia de sobrevivência
são importantes e conhecê-los, para que seja possível salvar vidas em risco
eficazmente. Se forem encontradas vítimas inconscientes que não apresentem
suspeita de trauma devem ser colocadas na posição lateral de segurança mantendo
assim a permeabilidade da via aérea, prevenindo situações de engasgue.
Devem ser conhecidas as formas de procedimento se se verificar que alguém tem a via
aérea obstruída, uma vez que esta pode levar à morte da vítima em poucos minutos se
estes não forem realizados eficazmente.
Sempre que se verificar que alguém precisa de ajuda é necessário reconhecer a
situação e agir o mais rápido possível, aplicando as medidas adequadas, evitando
assim a paragem cardiorrespiratória e salvando uma vida.
Através da análise dos resultados obtidos no questionário concluímos que as pessoas
cujas idades estão compreendidas entre os 13 e os 65 anos são os que têm mais
presentes os conceitos relacionados com o SBV. No entanto, é possível verificar que
pessoas com menos de 12 anos e maiores de 65 anos são os que se mostram mais
ignorantes sobre o assunto.
Concluímos que é necessário fazer formações sobre o SBV em escolas desde mais cedo
para que estes temas sejam abordados e assim todos saibam o que fazer em caso de
emergência.

Bibliografia:
Livro: CAMPOS, Rui; FÉLIX, Miguel; GOMES, Ernestina; PEREIRA, Adelina; PEREIRA,
Nelson; PINA, Pedro (2011) – Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação Automática
Externa. Porto: Conselho Português de Ressuscitação.

Documentos digitais:
- INEM; DFEM (2017) – Manual de Suporte Básico de Vida – Adulto, acedido em
22/12/2022;
Disponível em: https://www.inem.pt/wp-content/uploads/2017/09/Suporte-B
%C3%A1sico-de-Vida-Adulto.pdf
- SNS (2022) – Paragem cardiorrespiratória – Suporte básico de via, acedido em
22/12/2022;
Disponível em: https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-do-coracao/paragem-
cardiorrespiratoria/suporte-basico-de-vida/

22
- Prociv Azores (2017) – Manual de Suporte Básico de Vida Adulto, acedido em
02/01/2023;
Disponível em: https://www.prociv.azores.gov.pt/fotos/documentos/1466436687.pdf

Anexos:

Questionário sobre o Suporte Básico de Vida:


(As respostas corretas estão assinaladas a vermelho)

Suporte Básico de Vida


Identificação:
1. Qual é a sua idade?
 Até 12 anos
 Entre 13 e 18
 Entre 19 e 30
 Entre 30 e 65
 Maiores de 65

2. Qual é o seu género?


 Feminino
 Masculino
 Prefiro não dizer
 Outro: _______

Suporte Básico de Vida:


3. Sabe o que é o Suporte Básico de Vida?
 Sim
 Não
 Mais ou menos

4. Sabe o que fazer se alguém perto de si entrar em paragem cardiorrespiratória?


 Sim
 Não
 Mais ou menos
5. O que é a cadeia de sobrevivência?

23
 Não sei
 A cadeia de sobrevivência envolve uma sequência de atitudes vitais para
recuperar uma vítima de paragem cardiorrespiratória.
 A cadeia de sobrevivência envolve colocar o indivíduo na Posição Lateral
de Segurança para impedir que este se engasgue ou que lhe falte o ar.

6. Ordene os passos a seguir se verificar que alguém está a sofrer de uma


paragem cardiorrespiratória. (deslize para o lado para visualizar todas as
colunas)

1º passo 2º passo 3º passo 4º passo 5º passo


Reanimação
(suporte X
básico de vida
precoce)
Reconhecer e X
ligar ao 112
Desfibrilhação X
precoce
Avaliar o X
perímetro
Suporte
avançado de
vida e X
cuidados pós-
reanimação

7. Sabe como fazer as manobras do Suporte Básico de Vida?


 Sim
 Não

8. São necessários cuidados ao realizar as manobras do suporte básico de vida em


crianças. Numa criança até 8 anos:
 Devem ser utilizados dois dedos para fazer as compressões.
 Devem ser utilizadas as duas mãos para fazer as compressões.
 Deve ser utilizada apenas uma mão para fazer as compressões.

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9. Ao realizar as compressões devem ser feitas 30 compressões seguidas de 2
insuflações ao ritmo de:
 100 a 120 compressões por minuto.
 30 a 40 compressões por minuto.
 50 a 100 compressões por minuto.
 1 a 3 compressões por minuto.

10. Sabe o que é a posição lateral de segurança?


 Sim
 Não
 Mais ou menos

11. Se a vítima se encontrar inconsciente sem quais quer sinais de trauma, esta
deve ser colocada na posição lateral de segurança. Esta:
 coloca a vítima numa posição confortável.
 serve para verificar se a vítima respira.
 diminui o risco do engulo de vómito e da obstrução da via aérea pelo
enrolamento da língua.

12. Sabe quais são os procedimentos a tomar no caso de verificar que alguém tem
a via aérea obstruída com comida por exemplo?
 Sim
 Não
 Mais ou menos

13. Se verificar que alguém tem a via aérea obstruída os primeiros procedimentos a
tomar são:
 Não sei
 pancadas interescapulares (na parte superior das costas).
 compressões abdominais.

25

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