9º Ano

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Colégio Estadual José Marcelino

Disciplina; Estudo Orientado de Língua Portuguesa


Turma: 9º ano
Estudante: ____________________________
Data: ____/_____/2024

Objeto de conhecimento: Sentidos construídos a partir das [...] Há no mundo uma raça de homens com instintos sagrados
condições sociais de produção do enunciado e luminosos, com divinas bondades do coração, com uma

Habilidade: (GO-EF09LP39) Compreender que o sentido se


inteligência serena e lúcida, com dedicações profundas, cheias
constitui na relação entre interlocutores no uso da língua, frente
às condições sociais de produção do enunciado. de amor pelo trabalho e de adoração pelo bem, que sofrem, e
se lamentam em vão. Estes homens são o Povo. Estes homens,
Competência: 1 Compreender a língua como fenômeno sob o peso do calor e do sol, transidos pelas chuvas, e pelo frio,
cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos descalços, malnutridos, lavram a terra, revolvem-na, gastam a
contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de sua vida, a sua força, para criar o pão, o alimento de todos. Estes
identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem. homens são o Povo, e são o que nos alimentam. Estes homens
vivem nas fábricas, pálidos, doentes, sem família, sem doces
Descritores: noites, sem um olhar amigo que os console, sem ter o repouso
D1 localizar informações explicitas em um texto do corpo e a expansão da alma, e fabricam o linho, o pano, a
D2 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando
seda, os estofos. Estes homens são o Povo, e são os que nos
repetições ou substituições que contribuem para a continuidade
vestem.
de um texto.
D3 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
2. No trecho: “... revolvem-na, gastam a sua vida...” o
Leia o texto. termo grifado se refere à
FURTO DE FLOR a) vida.
b) força.
Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava c) chuva.
e eu furtei a flor. Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com d) terra.
água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se Leia o texto.
beber, e flor não é para ser bebida. Passei-a para o vaso, e notei CIDADANIA, DIREITO DE TER DIREITOS
que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada
composição. Quantas novidades há numa flor, se a Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É
contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a poder votar em quem quiser sem constrangimento. [...] Há
obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de
empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar
jardim. Nem apelar para o médico das flores. Eu a furtara, eu a papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse
via morrer. Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei- comportamento está o respeito à coisa pública. [...] Foi uma
a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O conquista dura. Muita gente lutou e morreu para que
porteiro estava atento e repreendeu-me: – Que ideia a sua, vir tivéssemos o direito de votar.
jogar lixo de sua casa neste jardim!
DIMENSTEIN, Gilberto.
Carlos Drummond de Andrade 3. O trecho “Foi uma conquista dura.”. Refere-se
1. A que ou a quem se refere o pronome destacado no
trecho: “... a obrigação de conservá-la.”? a) a respeitar o sinal vermelho no trânsito.
a) A flor. b) ao respeito à coisa pública.
b) A bebida. c) a não jogar papel na rua.
c) A água. d) a cidadania.
d) A cor.

Leia o texto.
O POVO
(Prova Brasil). Leia o texto abaixo: Leia o texto para responder a questão abaixo:
Prezado Senhor,
Rua do Sol
Somos alunos do Colégio Tomé de Souza e temos interesse
[...]
em assuntos relacionados a aspectos históricos de nosso país,
principalmente os relacionados ao cotidiano de nossa História, Mais um grande acontecimento sacudia a cidade. E toda
como era o dia a dia das pessoas, como eram as escolas, a a Rua do Sol participava da mesma estranha agitação. Os pais
relação entre pais e filhos etc. Vínhamos acompanhando confabulavam. Os vizinhos confraternizavam. Havia que olhar as
regularmente os suplementos publicados por esse importante
crianças, vigiá-las, evitar que ficassem na rua. A morte poderia
jornal. Mas agora não encontramos mais os artigos tão
surgir inesperadamente, arrastando-as. O primeiro automóvel
interessantes. Por isso, resolvemos escrever-lhe e solicitar mais
matérias a respeito. circulava. Era uma coisa inesperada, que andava por si, como se
fosse um trem, mas sem locomotiva. Nada lembrava dos
bondinhos a burro que rolavam barulhentos pelas ruas.[...]
4. O tema de interesse dos alunos é:
LESSA, Orígenes. Seleta.2 ed.Rio de Janeiro, José Olympio, 1976.
(A) cotidiano. 6. O acontecimento que deixou os moradores da Rua do Sol
(B) escola. agitados foi
(C) História do Brasil.
(D) relação entre pais e filhos. (A) a circulação do primeiro automóvel nas ruas da cidade.

Leia o texto para responder a questão abaixo: (B) a confraternização dos pais e das crianças nas ruas barulhentas.

Nomear (C) a atitude das crianças frente aos trens barulhentos.

Francisco. Escolha de minha avó. Meu pai nasceu (D) a lembrança do barulho dos carros nos trilhos.
Francisco, nome frequente na família. Tio-avô, tios, primos,
(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.
compadres e afilhados. Admiração da família por São Francisco
de Assis. Nenhum dos Franciscos da família nascidos em 4 de
Doce bem salgado
outubro. Nenhum. Nascessem qualquer data: Francisco.
Também os que ainda vão nascer: netos, bisnetos... Franciscos.
Em restaurantes finos, sobremesas comuns têm preço de prato
Espera-se. Gregório é sobrenome familiar. Descendência
principal. Foram-se os tempos em que quem pagava a conta no
holandesa. Espalhados, a partir de Recife, pelas cidades do restaurante se preocupava apenas com o preço do prato
Nordeste, os holandeses chegaram ao Vale do Açu, Rio Grande principal e da bebida. Agora, em
do Norte, e por lá constituíram família em parcerias com os casas elegantes do Rio de Janeiro e de São Paulo, os doces
“nativos” (caboclos, índios, negros). podem ser a parte mais salgada da notinha. não se está falando,
necessariamente, de sobremesas sofisticadas ou criações
Francisco Gregório, meu pai. Minha avó, muito atenta e
originais dos chefs. Uma torta de morango do Massimo, em São
participativa, observou que em sua cidade muitos dos principais
Paulo, abocanha 17 reais do cliente. Só para fazer uma
cidadãos assinavam seus nomes em suas casas comerciais:
comparação que os donos de restaurante detestam: com esse
Açougue Preço Bom de Sebastião da Silva; Farmácia Saudade de
dinheiro é possível comprar onze caixas da fruta, com 33
Jacinto da Silva; Armazém tem tudo de Josué da Silva;
moranguinhos. Ou um filé com fritas num restaurante médio.
Consultório Médico do Dr. Manoel da Silva; Escritório do
No Le Champs Elisées, no Rio, uma torta maçã sai por 15 reais,
Advogado Tenório da Silva etc. Muitos eram os compadres e mesmo preço da torta de figo do Le Saint Honoré. “Nossos doces
comadres da Silva. Pois bem, decidido pela minha avó: Francisco são elaborados
Gregório da Silva, inaugurando na família o sobrenome e não estão na geladeira há dois dias, como os de outros
comunitário: Silva. lugares”, justifica o chef Alain Raymond, do
Champs Elisées.
Francisco Gregório Filho. Lembranças amorosas. SP: GLOBAL
Editora 2000.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/150999/p_106a.html>.
Acesso em: 25 mar. 2010.
5. Ao batizar Francisco Gregório da Silva, a avó
7. No trecho “... os doces podem ser a parte mais salgada da
(A) resgatou a origem holandesa da família. notinha.” (ℓ. 7-8), a expressão em destaque foi utilizada no
intuito de
(B) homenageou São Francisco, santo de sua devoção.
A) comparar os restaurantes.
(C) constituiu família junto aos nativos caboclos.
B) contradizer os chefs.
(D) lançou na família o sobrenome Silva. C) dar clareza ao texto.
D) enfatizar a ideia anterior.
E) ironizar o preço dos doces.

SAEPE). Leia o texto abaixo.


Deus sabe o que faz!
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Texto A ilustre dama, ao fim de dois meses, achou-se a mais
Soneca sem culpa desgraçada das mulheres; caiu em profunda melancolia, ficou
Juliana Tiraboschi amarela, magra, comia pouco e suspirava a cada canto. Não
ousava fazer-lhe nenhuma queixa ou reprove, porque
Todos sabem que dormir bem ajuda a manter a saúde. respeitava nele o seu marido e senhor, mas padecia calada, e
Mas o sono ainda é cercado de desconhecimentos e definhava a olhos vistos. Um dia, ao jantar, como lhe
mitos, como o de que precisamos dormir 8 horas por dia. “Isso perguntasse o marido o que é que tinha, respondeu tristemente
que nada; depois atreveu-se um pouco, e foi ao ponto de dizer
é mentira”, diz Marco Túlio de Mello, chefe da disciplina de
que se considerava tão viúva como dantes.
Medicina e Biologia do sono do Departamento de Psicologia da
E acrescentou:
Unifesp. “Acontece que a média da população precisa de set
– Quem diria nunca que meia dúzia de lunáticos...
horas e 40 minutos de sono para sentir-se bem, mas há os curtos
Não acabou a frase; ou antes, acabou-a levantando os
dormidores, que necessitam de menos de seis horas e meia, e olhos ao teto – os olhos, que eram a sua feição mais insinuante
os longos, que requerem mais de 8 horas.” – negros, grandes, lavados de uma luz úmida, como os da
A siesta é outro tema que desperta opiniões aurora. Quanto ao gesto, era o mesmo que empregara no dia
controversas. em que Simão Bacamarte a pediu em casamento. [...]
Enquanto uns acham que cochilar depois do almoço é – Consinto que vás dar um passeio ao Rio de Janeiro.
um merecido descanso, outros veem a prática com pouca D. Evarista sentiu faltar-lhe o chão debaixo dos pés. [...]
tolerância. Mas cada vez mais estudos vêm demonstrando que Ver o Rio de Janeiro, para ela, equivalia ao sonho do hebreu
a soneca traz benefícios físicos como a recuperação do corpo, e cativo. [...]
mentais, como o aumento da concentração. – Oh! Mas o dinheiro que será preciso gastar! Suspirou D.
“Ela é ótima para quem vai trabalhar à tarde”, diz Evarista sem convicção.
Mello. [...] – Que importa? Temos ganho muito, disse o marido.
E se alguém falar pra você que cochilo é coisa de Ainda ontem o escriturário prestou-me contas. Queres ver?
preguiçoso, diga que um estudo da Universidade de Harvard E levou-a aos livros. D. Evarista ficou deslumbrada. Era
mostrou que sonecas diárias de 45 minutos são suficientes para um via-láctea de algarismos.
turbinar a memória e o aprendizado. Não é um ótimo E depois levou-a às arcas, onde estava o dinheiro. Deus!
argumento? Eram montes de ouro, eram mil cruzados sobre mil cruzados,
dobrões sobre dobrões; era a opulência. Enquanto ela comia o
GALILEU. São Paulo: Abril. set. 2008. n. 206. p. 26. Adapatado: ouro com os seus olhos negros, o alienista* fi tava-a, e dizia-lhe
Reforma Ortográfica ao ouvido com a mais pérfi da das alusões:
8. No Texto, no trecho “Isso é mentira”, a palavra destacada – Quem diria que meia dúzia de lunáticos...
refere-se ao trecho * médico especialista em doenças mentais.
ASSIS, Machado. Papéis avulsos. São Paulo: Escala educacional, 2008.
A) “precisamos dormir 8 horas por dia”. Fragmento.

B) “a siesta é outro tema controverso”.


C) “a soneca traz benefícios físicos”. 9. A expressão “comia o ouro com os seus olhos negros...” ( .
D) “cochilo é coisa de preguiçoso”. 22) pode ser compreendida como um olhar
E) “mas a maioria se beneficiaria”. A) ambicioso.
B) desconfiado.
C) desconfortável.
D) interessado.
E) melancólico.

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