Extensão Psicollogia
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JUAZEIRO DO NORTE – CE
2024
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INTRODUÇÃO
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a forma como as pessoas enxergam culturas e se relacionam com o mundo. O contexto escolar,
como um todo, tem um papel crucial na temática de estereótipos de gênero e diversidade sexual.
Segundo Lima e Cunha (2016, p. 213):
A arte, por sua vez, possui um potencial transformador, desafiando os estigmas sociais
que rodeiam as relações de gênero e a formação da identidade como um todo. Nesse sentido,
planejamos realizar uma intervenção que ocorrerá em escolas de ensino médio, já que os
adolescentes estão na fase de construção de seus preceitos, estão suscetíveis a compreenderem
diferentes pontos de vista sobre essa temática, podendo absorvê-los de maneira benéfica ou
prejudicial, portanto, metodologias educativas acerca das concepções estereotipadas de gênero
são essenciais para que os jovens percebam a dimensão e importância da diversidade.
Um grande exemplo da importância da arte para transformações sociais é a forma como
ela foi usada na época da ditadura militar no Brasil, quando as pessoas não podiam se expressar
livremente, a arte passou a ser um instrumento de contestação política ao regime militar, apesar
da censura, a classe artística, especialmente a musical, foi capaz de burlar o sistema e denunciar
a repressão.
Durante esse período, a arte possibilitou a criação de jogos de identificação, como os
poetas concretos, ou de percepção, como os neoconcretos, fornecendo ao olho uma imagem tão
básica que o cérebro teve que renunciar à sua constante tentativa de converter tudo em
informação, para dar início a um exercício de percepção, de experiência sensível.
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2.OBJETIVO
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos:
Elaborar um teor histórico, trazendo a tona um contexto que mostre e enfatize a luta
desde os primórdios, em prol da quebra de estereótipos relacionados a gênero
Gerar uma ação de produção artística, estimulando a expressão por meio da arte,
das mais variadas formas.
Fomentar Reflexão e Identificação, trazer a tona uma reflexão ao fim das ação,
onde os alunos possam sentir-se acolhidos e possam se identificar com o que foi
falado.
3. METODOLOGIA DA AÇÃO
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consequências.
Técnicas: Uso de recursos visuais e narrativos para capturar a atenção e provocar
reflexão. Questionamentos dirigidos serão usados para estimular o pensamento crítico dos
estudantes.
Ferramentas: Projetor para slides e vídeos.
Momento 2: Espaço de Fala para os Estudantes
Procedimentos: Facilitação de uma discussão em grupo onde os estudantes poderão
compartilhar suas experiências e percepções relacionadas ao tema. Será encorajado um
ambiente de respeito e escuta ativa.
Técnicas: Roda de conversa, com a utilização de técnicas de facilitação que assegurem
que cada estudante tenha voz, incluindo aqueles que são normalmente mais reservados.
Ferramentas: Microfone (se necessário), notas adesivas para que os estudantes possam
escrever pensamentos que desejam compartilhar de forma anônima.
Momento 3: Sarau Artístico
Procedimentos: Os estudantes serão convidados a criar obras de arte que representem
suas reflexões sobre os estereótipos de gênero. Será disponibilizado um espaço com materiais
de arte para que eles possam expressar criativamente o que aprenderam e sentiram durante os
momentos anteriores.
Técnicas: Oficinas práticas de arte onde os estudantes poderão escolher entre diversas
modalidades (desenho, pintura, colagem) para expressar suas visões.
Ferramentas: Tintas, pincéis, papel, tesouras, revistas para recorte, e outros materiais
de arte.
Público-Alvo
O público-alvo deste projeto são os adolescentes do Ensino Médio, uma demografia
crucial e influente dentro do contexto escolar. Essa fase da vida é marcada por uma busca de
identidade e pelo desenvolvimento de uma consciência social. Além disso, os alunos nesta faixa
etária estão frequentemente começando a formar suas visões de mundo e a questionar as normas
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e valores impostos pela sociedade. Portanto, introduzir discussões sobre gênero por meio da
expressão artística pode ser uma forma eficaz de desafiar as concepções tradicionais e promover
um pensamento mais crítico e inclusivo.
Essa abordagem holística não apenas educa e envolve os alunos, mas também
transforma o ambiente escolar, tornando-o um espaço de aprendizado inclusivo e reflexivo
sobre questões de gênero, que são frequentemente negligenciadas ou mal interpretadas nas
configurações educacionais tradicionais. Através deste projeto, esperamos cultivar uma
comunidade escolar que valoriza a diversidade e promove a igualdade de gênero ativamente.
A ação de extensão proposta pela equipe visa explorar a intersecção entre arte, gênero e
autoconhecimento, com a expectativa de alcançar um impacto significativo no cenário local e
no público-alvo. Focando na "expressão artística como suporte para a quebra de concepções
estereotipadas de gênero", a equipe espera iniciar um diálogo transformador que possa
reverberar através das comunidades e inspirar mudanças profundas nas percepções sociais e
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individuais.
Com essas ações, espera-se que a iniciativa tenha um impacto duradouro, aumentando
a conscientização sobre questões de gênero e empoderando indivíduos a se expressarem
artisticamente. Isso contribuirá para uma comunidade mais informada e coesa, capacitando os
participantes a promoverem mudanças em suas comunidades.
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REFERÊNCIAS
Isto não é uma obra: Arte e ditadura By Julia Buenaventura Year: 2014 Volume: 28
Issue: 80 Page: 115-128 DOI: 10.1590/s0103-40142014000100011