Estratégia e Competitividade Resumo
Estratégia e Competitividade Resumo
Estratégia e Competitividade Resumo
ÍNDICE
1. GESTAO ESTRATÉGICA E COMPETITIVIDADE............................................................ 4
1.1. Definições ......................................................................................................... 4
1.2. Cenário Competitivo ......................................................................................... 5
1.3. Flexibilidade Estratégica ................................................................................... 5
1.4. Modelo I/O de Resultados Acima da Média..................................................... 6
1.5. Modelo de Resultados Acima da Média baseado nos Recursos ...................... 7
1.6. Stakeholders ..................................................................................................... 9
2. O Ambiente Externo ............................................................................................... 10
2.1. Definições ....................................................................................................... 10
2.2. O Contexto Externo ........................................................................................ 10
2.3. Análise do Ambiente Externo ......................................................................... 11
2.3.1. Contexto Geral............................................................................................ 12
2.3.2. Contexto Industrial ..................................................................................... 13
2.4. Grupos estratégicos ........................................................................................ 16
2.5. Análise concorrencial...................................................................................... 16
3. O Ambiente Interno ................................................................................................ 17
3.1. Definições ....................................................................................................... 18
3.2. Os desafios da análise interna ........................................................................ 18
3.3. Os 3 factores condicionantes da gestão dos recursos, aptidões e
competências nucleares ............................................................................................. 18
3.4. Recursos, Aptidões, Competências e Competências Nucleares .................... 18
3.4.1. Recursos...................................................................................................... 18
3.4.2. Aptidões ...................................................................................................... 19
3.4.3. Competências ............................................................................................. 19
3.4.4. Competências nucleares............................................................................. 19
3.4.4.1. Os 4 Critérios de Vantagem Competitiva ................................................... 19
3.5. Análise da cadeia de valor .............................................................................. 20
3.6. Outsourcing .................................................................................................... 20
3.6.1. Razões para o Outsourcing ......................................................................... 20
3.6.2. Características do Outsourcing................................................................... 21
3.7. Competências nucleares................................................................................. 21
3.7.1. Precauções e Recomendações ................................................................... 21
4. Estratégia de Negócio ............................................................................................. 22
4.1. Definições ....................................................................................................... 22
4.2. Estratégia e Competências Nucleares ............................................................ 22
4.2.1. A Fórmula Competitiva ............................................................................... 22
4.3. O Papel Central dos Clientes .......................................................................... 22
4.4. Gerir as Relações com os Clientes .................................................................. 23
4.5. Segmentação de Mercado .............................................................................. 23
4.6. Que necessidades satisfazer ........................................................................... 24
4.7. Como serão as necessidades satisfeitas ......................................................... 24
4.8. O Objectivo de uma Estratégia de Negócio.................................................... 24
4.9. Tipos de potenciais Vantagens competitivas ................................................. 24
4.10. Tipos de Estratégia de Negócio ...................................................................... 25
4.11. 5 Forças de Porter........................................................................................... 25
5. Rivalidade e Dinâmica Competitiva ........................................................................ 30
5.1. Definições ....................................................................................................... 30
5.2. Da Concorrência à Dinâmica Competitiva ...................................................... 30
5.3. Efeitos da Rivalidade Concorrencial na estratégia da empresa ..................... 30
5.4. Rivalidade Competitiva ................................................................................... 31
5.4.1. Um Modelo de Rivalidade Competitiva ..................................................... 31
5.5. Análise da Concorrência ................................................................................. 31
5.5.1. Sobreposição de Mercado .......................................................................... 32
5.5.2. Similaridade de Recursos............................................................................ 32
5.5.2.1. Uma estrutura da Análise d Concorrência ................................................. 32
5.6. Motivadores da Acções e Respostas Competitivas ........................................ 33
5.7. Rivalidade Competitiva ................................................................................... 33
5.7.1. Acções estratégicas e tácticas .................................................................... 33
5.8. Probabilidade de ataque ................................................................................ 34
5.8.1. Incentivo do pioneirismo ............................................................................ 34
5.8.2. Dimensão .................................................................................................... 34
5.8.3. Qualidade.................................................................................................... 34
5.9. Probabilidade de Resposta ............................................................................. 34
5.9.1. Factores que influenciam a probabilidade de resposta ............................. 35
5.10. Dinâmica vs Rivalidade Competitiva .............................................................. 35
5.10.1. A Orientação Estratégica é Dinâmica ......................................................... 35
5.11. Dinâmica Competitiva: Mercados .................................................................. 36
5.11.1. Mercados de Ciclo Lento ............................................................................ 36
5.11.2. Mercados de Ciclo Rápido .......................................................................... 36
5.11.3. Mercados de Ciclo Padrão .......................................................................... 36
6. Estratégia Corporativa/Global ................................................................................ 36
6.1. Definições ....................................................................................................... 36
6.2. O papel da diversificação................................................................................ 36
6.3. Níveis de estratégia e Níveis estratégicos ...................................................... 37
6.4. Questões chave da estratégia corporativa/global ......................................... 37
6.5. Graus e tipos de Diversificação ...................................................................... 37
6.6. Razões para a diversificação ........................................................................... 38
6.7. Estratégias de Diversificação criadoras de valor: aptidão operacional e da
casa-mãe ..................................................................................................................... 38
6.8. Diversificação e geração de valor ................................................................... 39
6.9. Estratégias de diversificação alternativas ...................................................... 39
6.10. Incentivos à Diversificação ............................................................................. 40
6.11. Recursos e Diversificação ............................................................................... 40
6.12. Motivação dos gestores para a Diversificação ............................................... 40
6.13. Relação entre Diversificação e Desempenho ................................................. 41
7. Estratégias de Aquisição e Reestruturação ............................................................ 42
7.1. Definições ....................................................................................................... 42
7.2. Razões para fazer Aquisições ......................................................................... 42
7.3. Problemas com as aquisições ......................................................................... 44
7.4. Atributos das aquisições bem sucedidas ........................................................ 45
7.5. Reestruturação ............................................................................................... 45
7.5.1. Reestruturações e seus efeitos .................................................................. 46
8. Estratégia Internacional.......................................................................................... 47
8.1. Oportunidades e Resultados da Estratégia Internacional .............................. 47
8.2. Estratégia Internacional.................................................................................. 47
8.2.1. Ciclo de vida da estratégia internacional ................................................... 47
8.2.2. Motivações para a expansão Internacional ............................................... 48
8.3. Estratégia Internacional Corporate ................................................................ 48
8.3.1. Determinantes de Vantagem Nacional ...................................................... 48
8.3.2. Tipos de Estratégia Internacional Corporate.............................................. 48
8.4. Tendências Ambientais................................................................................... 49
8.5. Entrada no Mercado Global: escolha do modo de entrada ........................... 50
8.6. Resultado da Competição Internacional ........................................................ 50
8.7. Complexidade em gerir empresas multinacionais ......................................... 50
8.8. Riscos de um Ambiente Internacional ............................................................ 50
8.8.1. Limites à expansão internacional ............................................................... 51
9. Estratégias Cooperativas ........................................................................................ 52
9.1. Aliança Estratégica.......................................................................................... 52
9.2. Tipos de alianças estratégicas / estratégias cooperativas ............................. 52
9.3. Motivos para se desenvolver alianças estratégias ......................................... 53
9.4. Estratégias Cooperativas ao nível do Negócio ............................................... 53
9.5. Estratégias de Cooperação a nível de Grupo ................................................. 54
9.6. Estratégias de Cooperação Internacional....................................................... 55
9.7. Estratégias de Cooperação em Rede .............................................................. 55
9.8. Riscos das Estratégias Cooperativas ............................................................... 55
9.9. Abordagens à forma de gerir Estratégias Cooperativas ................................. 55
1. GESTAO ESTRATÉGICA E COMPETITIVIDADE
1.1. Definições
Competitividade Estratégica: quando uma empresa consegue formular e implementar com sucesso uma
estratégia de criação de valor.
Vantagem competitiva: existe quando uma empresa implementa uma estratégia que os concorrentes
não conseguem copiar ou acham custosa demais para imitar. A empresa só tem certeza de que a sua
estratégia resultou quando os esforços dos concorrentes para copiá-la pararam ou fracassaram.
Retornos acima da média: são retornos maiores do que o investigador espera ganhar com outros
investimentos de risco semelhante.
Risco: é a incerteza quanto às perdas ou aos ganhos financeiros que resultarão de um determinado
investimento.
Retornos médios: são retornos iguais aos que os investidores esperam ganhar em outros investimentos
com riscos semelhantes.
Gestão estratégica: é o conjunto de compromissos, decisões e acções necessários para que a empresa
obtenha vantagem competitiva e retornos acima da média. O primeiro passo de uma empresa no
processo é analisar seus ambientes externo e interno para determinar os seus recursos, suas
capacitações e competências essenciais – as suas fontes de informações estratégicas (“inputs”).
Economia globalizada: é aquela na qual bens, serviços, pessoas, habilidades e ideias cruzam livremente
as fronteiras geográficas. Relativamente liberada das restrições artificiais, tais como tarifas, a economia
globalizada amplia e complica significativamente o ambiente competitivo da uma empresa.
Recursos: são inputs do processo produtivo de uma empresa, tais como equipamentos importantes, as
habilidades de cada funcionário, patentes, finanças e gestores talentosos, normalmente, os recursos de
uma empresa são divididos em tês categorias: físicos, humanos e capital organizacional. Podem ser
tangíveis ou intangíveis.
Competências essenciais: são recursos e capacidades que servem de fonte de vantagem competitiva
para uma empresa em relação aos seus concorrentes.
Visão: é o retrato do que a empresa pretende ser e, em termos amplos, do que pretende realizar.
Missão: visão é a base da missão. A missão especifica o negócio no qual a empresa pretende competir e
os clientes aos quais pretende atender.
Líderes estratégicos: são pessoas situadas em vários sectores da empresa, que utilizam o seu processo
de administração estratégica para a ajudar a atingir a sua visão e missão.
1.2. Cenário Competitivo
II. Emergência da
economia global
III. Rápida
mudança
tecnológica
I. Ambientes
hipercompetitivos
Conjunto de capacidades utilizado para responder a várias procuras e oportunidades que existem num
ambiente competitivo dinâmico e incerto. Assim, a flexibilidade estratégica envolve lidar com incerteza
e os riscos que a acompanham.
1.4. Modelo I/O de Resultados Acima da Média
O modelo de organização industrial (I/O) de retornos acima da média explica a influência predominante
do ambiente externo nas acções estratégicas de uma empresa. Este modelo diz que a indústria na qual a
empresa decide competir tem uma influência maior no desempenho do que as escolhem que os
gerentes fazem nas suas organizações. A empresa desenvolve as competências exigidas pelo contexto
externo (o que pode a empresa fazer face às oportunidades?). Acredita-se que o desempenho da
empresa seja determinado principalmente por uma gama de propriedades industriais, incluindo
economias de escala, barreiras a entrada no mercado, diversificação, diferenciação de produtos e o grau
de concentração de empresas na indústria.
O modelo de I/O desafia as empresas a localizarem a indústria mais atractiva para competirem. Como se
pressupõe que a maioria das empresas tenha recursos valiosos semelhantes que circulam entre elas, o
seu desempenho normalmente só pode ser melhorado quando elas actuarem na indústria com maior
potencial de lucro e aprenderem como utilizar seus recursos para implantar a estratégia exigida pelas
características estruturais na indústria.
O modelo I/O afirma que as empresas conseguem obter retornos acima da média quando implantam a
estratégia determinada pelas características da indústria/sector geral e pelos ambientes competitivos.
As empresas que desenvolvem ou adquirem as habilidades internas necessárias para implementar as
estratégias exigidas pelo ambiente externo provavelmente serão bem sucedidas, enquanto aquelas que
não o fizerem provavelmente fracassarão. Consequentemente, esse modelo consta que os retornos são
determinados basicamente por características externas, e não pelos recursos e capacidades internos
exclusivos de uma empresa.
Como se pode ver, o modelo I/O considera a estratégia da empresa como um conjunto de
compromissos, acções e decisões que se formam em resposta às características da indústria/sector da
qual a empresa decidiu competir. O modelo com base em recursos, apresenta uma visão diferente das
principais influências na formulação e implementação de estratégias.
Pressupostos do Modelo:
II. A maioria das empresas que actua num segmento de mercado é capaz de aceder a recursos
estratégicos idênticos e de perseguir estratégias idênticas face a iguais recursos;
IV. Os decisores são racionais e empenhados em actuar no melhor interesse da organização, o que
é demonstrável pela sua atitude de procura da maximização do lucro
1. Estudar o ambiente externo, O Ambiente Externo
principalmente na indústria (sector). O ambiente geral;
O ambiente do sector;
O ambiente dos concorrentes.
Retornos Superiores
Obtenção dos retornos acima da média.
Este modelo pressupõe que toda a organização seja um conjunto único de recursos e competências. A
singularidade dos seus recursos e capacidades é a base para a estratégia da empresa e sua
capacidade de obter retornos acima da média.
Segundo o modelo baseado em recursos, as diferenças nos desempenhos das empresas ao longo do
tempo devem-se principalmente aos seus recursos e competências exclusivos, e não às características
estruturais do sector. Este modelo pressupõe também que as empresas adquirem recursos diferentes e
desenvolvem competências exclusivas com base na maneira como os combinam e os utilizam; que os
recursos e certamente as competências não circulam muito pelas empresas, e que as diferenças nos
recursos e competências são a base da vantagem competitiva.
O modelo baseado em recursos indica que a estratégia escolhida pela empresa deve permitir utilizar as
suas vantagens competitivas numa indústria atractiva - utiliza-se o modelo I/O para identificar uma
indústria atractiva.
Retornos Superiores
Obtenção dos retornos acima da média.
Difíceis de imitar – quando a concorrência não os pode obter ou obtém-nos a um custo superior;
Toda a organização é um sistema de grupos básicos de stakeholders com os quais ela estabelece e
administra relações. Stakeholders são pessoas e/ou grupos que podem afectar e são afectados pelos
resultados estratégicos obtidos e que têm reivindicações aplicáveis no que toca ao desempenho da
empresa, as quais são colocadas em prática pela capacidade dos stakeholders de deterem participação
essencial para a sobrevivência, competitividade e lucratividade da organização.
Financiadores: os accionistas e investidores esperam que a empresa preserve e aumente a riqueza que
confiaram a ela. Os retornos que esperam são proporcionais ao grau de risco aceite com esses
investimentos.
Grupos externos: algumas pessoas podem pensar que os stakeholders do mercado de produtos tenham
alguns interesses em comum. No entanto, todos esses quatro grupos podem ser beneficiados quando a
empresa se envolve em batalhas competitivas. A concorrência do mercado pode resultar na oferta de
produtos com preços mais baixos aos clientes e no pagamento de preços mais altos aos seus
fornecedores.
Grupos internos: os empregados esperam que a empresa ofereça um ambiente de trabalho dinâmico,
estimulante e gratificante. Como empregados, geralmente satisfazemo-nos em trabalhar para uma
empresa que esteja a crescer e a desenvolver activamente as nossas aptidões, principalmente aquelas
necessárias para que sejamos membros efectivos duma equipa e para atender ou exercer os padrões
globais de trabalho.
Cada grupo de stakeholders espera que aqueles que tomam decisões estratégicas numa empresa
exerçam a liderança por meio da qual os seus objectivos serão atingidos.
2. O Ambiente Externo
Pesquisas revelam que o ambiente externo afecta o crescimento e a lucratividade das empresas.
Independentemente da indústria/sector, o ambiente externo é fundamental para a sobrevivência e o
êxito das empresas e influencia as suas opções estratégicas bem como as decisões tomadas. O
entendimento da empresa sobre o ambiente externo soma-se ao conhecimento do seu ambiente
interno para formar a sua visão, criar a sua missão e tomar medidas que resultem em competitividade
estratégica e retornos acima da média.
As empresas entendem o ambiente externo obtendo informações sobre os seus concorrentes, clientes e
outros stakeholders para criar a sua própria base de conhecimento e competências. Com base nestas
novas informações, as empresas tomam medidas para criar novas competências e proteger-se contra os
efeitos externos ou criar relações com os stakeholders no seu ambiente. Para tomar medidas bem
sucedidas, elas têm que analisar eficazmente o seu ambiente externo.
2.1. Definições
Ambiente geral: é composto por dimensões na sociedade geral que influenciam a indústria e as
empresas que o compõem.
Ambiente da indústria: é um conjunto de factores que influencia directamente uma empresa e as suas
medidas e reacções competitivas: a ameaça de novos concorrentes, o poder dos fornecedores, a
ameaça de produtos substitutos e a intensidade da rivalidade entre os concorrentes.
Oportunidade: é uma condição no ambiente geral que, se explorada, ajuda uma empresa a obter
competitividade estratégica.
Ameaça: é uma condição do ambiente geral que pode impedir os esforços de uma empresa em obter
competitividade estratégica.
Grupo estratégico: conjunto de empresas que enfatiza dimensões estratégicas semelhantes para utilizar
uma estratégia similar.
Demográfico Sociocultural
Ambiente da Indústria
Ameaça de novas entradas
Poder dos fornecedores
Poder dos compradores
Produtos substitutos
Intensidade da Rivalidade
Ambiente da Concorrência
Político/Jurídico Global
Tecnológico
A análise do ambiente geral concentra-se no futuro, a análise do ambiente da indústria concentra-se nos
factores e nas condições que influenciam a lucratividade de uma empresa no âmbito da indústria e
análise concorrencial direcciona-se à previsão da dinâmica das acções, reacções e intenções dos
concorrentes. Combinados, os resultados dessas três análises que a empresa utiliza para entender a
influência do seu ambiente externo influenciam a sua visão, missão e suas acções estratégicas.
Muitas empresas deparam-se com ambientes externos extremamente turbulentos, complexos e globais,
condições que tornam a sua interpretação cada vez mais difícil. Para lidar com dados ambientais muitas
vezes ambíguos e incompletos e entender melhor o ambiente geral, as empresas envolvem-se num
processo denominado análise do ambiente externo. Este processo envolver quatro actividades:
Inteligência competitiva: conjunto de dados e informação relevante que a empresa recolhe sobre o
mercado e os objectivos, estratégias, pressupostos e competências da concorrência.
O ambiente geral é composto por segmentos que são externos à empresa. Embora o grau de impacto
varie, esses segmentos ambientais afectam cada uma das indústrias e suas empresas. O desafio para a
empresa é fazer o scanning, monitorizar, prever o avaliar esses elementos em cada um dos segmentos,
que são da maior importância. Esses esforços devem resultar no reconhecimento de mudanças,
tendências, oportunidades e ameaças ambientais.
Aspectos demográficos:
Dimensão da população;
Estrutura etária;
Distribuição geográfica;
Diversidade étnica;
Distribuição de rendimentos.
Aspectos sócioculturais:
Mão-de-obra feminina;
Diversidade da mão-de-obra;
Preocupações ambientais;
Aspectos económicos:
Taxa de inflação;
Taxa de juro;
Orçamento de estado;
Taxa de poupança;
Balança comercial;
PIB.
Aspectos político-legais:
Regulação e regulamentação;
Fiscalidade;
Legislação laboral;
Aspectos tecnológicos:
Aplicação de conhecimentos;
Aspectos globais;
Acontecimentos políticos;
Mercados críticos;
Uma indústria é um grupo de empresas que fabrica produtos que são substitutos próximos. Com o
decorrer da concorrência, essas empresas influenciam-se umas às outras. Normalmente, as indústrias
incluem uma rica mistura de estratégias competitivas que as empresas utilizam em busca de
competitividade estratégica e retornos acima da média. Essas estratégias são, em parte, escolhidas
devido à influência das características de uma indústria.
Barreiras à Entrada:
Economias de escala – é aquela que organiza o processo produtivo de maneira que se alcance a máxima
utilização dos factores produtivos envolvidos no processo, procurando como resultado baixos custos de
produção e o incremento de bens e serviços. Derivam das graduais melhorias na eficiência por meio de
experiência à medida que a empresa vai crescendo;
Diferenciação do produto;
Necessidades de capital – competir numa nova indústria requer que uma empresa tenha recursos para
investir;
Custos de mudança – são aqueles nos quais os clientes incorrem uma única vez quando compram de
outro fornecedor;
Acesso a canais de distribuição – com o decorrer do tempo, aqueles que fazem parte da indústria
geralmente criam meios eficazes de distribuir produtos;
Ameaças de Retaliação
As empresas que tentam entrar numa indústria também prevêem as reacções das empresas que fazem
parte dela. Uma expectativa de reacções competitivas rápidas e intensas reduz a probabilidade de
entrada de uma empresa.
É denominado por uma pequeno grupo de grandes empresas e é mais concentrado do que a
indústria para a qual vende;
Os produtos dos actuais fornecedores são críticos para a nossa cadeia de valor;
São bens ou serviços externos a uma denominada indústria que executam funções iguais ou
semelhantes às de um produto que uma indústria produz. Os produtos substitutos são uma ameaça
sempre que:
Grau de rivalidade
Barreiras de saída
Por vezes as empresas continuam a competir numa indústria mesmo que os retornos sobre o capital
que investiram sejam baixos ou negativos e, nesse caso, elas irão provavelmente enfrentar altas
barreiras à saída, que incluem factores económicos, estratégicos e emocionais. As barreiras de saída
mais comuns são:
Activos especializados;
Custos laborais;
Inter-relacções estratégicas;
Barreiras emocionais;
A concorrência entre as empresas num grupo estratégico é maior do que a concorrência entre um
membro de um grupo estratégico e as empresas fora deste. Outra maneira de dizer isso é que a
concorrência intra-grupo estratégica é mais intensa do que a concorrência inter-grupo estratégica. Na
verdade há mais heterogeneidade no desempenho entre empresa num grupo estratégico do que entre
os grupos. Os líderes de desempenho dos grupos conseguem seguir estratégias similares às das outras
empresas do grupo e, ainda assim, manter a diferenciação estratégica apara obter e sustentar vantagem
competitiva.
O conceito de grupos estratégicos pode ser útil para analisar a estrutura competitiva de uma indústria.
Essas análises podem ajudar a diagnosticar a concorrência, o posicionamento e a lucratividade das
empresas numa indústria. Altas barreiras à mobilidade, alta rivalidade e poucos recursos entre as
empresas de uma indústria limitam a formação de grupos estratégicos. No entanto, pesquisas indicam
que após a formação destes grupos, os seus membros continuam relativamente estáveis ao longo do
tempo, o que torna a análise mais fácil e útil.
Utilizar grupos estratégicos para entender a estrutura competitiva de uma indústria requer que a
empresa coloque acções e reacções competitivas das em empresas em termos de decisões de fixação de
preços, qualidade do produto, canais de distribuição, etc. Fazer isso mostra à empresa como
determinadas companhias estão competindo similarmente no que diz respeito ao modo como elas
usam dimensões estratégicas similares.
A análise dos concorrentes concentra-se em cada organização com a qual outra organização concorre
directamente. Na análise concorrencial, a empresa tenta entender:
Objectivos futuros
Como as nossas metas se comparam com as dos concorrentes?
O que será enfatizado no futuro?
Qual a atitude em relação aos riscos?
Estratégia actual
Como estamos a concorrer actualmente?
Que mudança na estrutura competitiva comporta a estratégia? Reacção
O que os nossos concorrentes vão fazer no futuro?
Onde temos vantagens sobre os nossos concorrentes?
Como isso vai mudar o nosso relacionamento?
Pressupostos
Qual o grau de volatilidade do futuro?
Estaremos a funcionar em regime de manutenção?
Que pressupostos utiliza a concorrência sobre si e o mercado?
Competências
Quais os nossos pontos fortes e fracos?
Qual a nossa classificação em relação aos nossos concorrentes?
3. O Ambiente Interno
Cada vez mais pessoas que analisam o ambiente interno de uma empresa devem utilizar uma
mentalidade global. As pessoas com mentalidade globalizada reconhecem que as suas empresas têm
que ter recursos e competências que permitam o entendimento e as reacções adequados a situações
competitivas que são influenciadas por factores específicos de um determinado país e culturas sociais
exclusivas.
A análise do ambiente interno de uma empresa requer pessoas que avaliem o portfólio de recursos da
mesma e os agrupamentos de recursos e competências heterogéneos criados pelos gerentes. Essa
perspectiva sugere que as empresas isoladas possuem pelo menos alguns recursos e competências que
outras empresas não – pelo mesmo não na mesma combinação. Os recursos são a fonte de
competências, algumas das quais levam à criação de competências essenciais de uma empresa ou de
suas vantagens competitivas. Entender como incrementar/aprimorar o grupo exclusivo de recursos e as
competências de uma empresa é o ponto-chave que os que tomam as decisões procuram quando
analisam o ambiente interno.
Mentalidade globalizada: capacidade de estudar uma ambiente interno de maneira que não dependa
das premissas de um único país, cultura ou contexto.
As decisões que os gerentes de decisões estratégicas tomam em termos de recursos, das competências
e das competências essenciais da empresa não são rotineiras, têm implicações éticas e influenciam
consideravelmente a capacidade da empresa de obter ganhos acima da média.
3.4.1. Recursos
As aptidões tornam-se importantes quando trabalhadas em combinações únicas que permitam a criação
de competências nucleares geradoras de valor e de vantagem competitiva.
3.4.3. Competências
As competências representam o que a empresa faz e a sua capacidade ou aptidão para integrar recursos
de forma a atingir os objectivos desejados.
São recursos e aptidões que funcionam como fonte de vantagem competitiva sobre os concorrentes. As
competências nucleares distinguem a postura competitiva da empresa.
McKinsey recomenda o uso de três a quatro competências nucleares na definição da matriz estratégica
da empresa.
A análise da cadeia de valor permite que a empresa entenda as partes de suas operações que criam
valor e as que não criam. Entender essas questões é importante porque a empresa só obtém retornos
acima da média se o valor que ela cria for maior do que os custos incorridos para criar tal valor.
A cadeia de valor é um modelo que as empresas utilizam para entender a sua posição de custo e
identificar os vários meios que poderiam ser utilizados para facilitar a implementação de uma estratégia
no nível de negócios escolhido.
È segmentada em actividades primárias e actividades de apoio. As actividades primárias estão ligadas à
criação física de um produto, à sua venda e distribuição para os compradores e à sua assistência técnica
após a venda. As actividades de suporte dão a assistência necessária para que as actividades primárias
sejam executadas.
3.5. Outsourcing
Mais valor: deve somente ser assegurada por empresas que possuam uma competência distintiva na
fase relevante do processo produtivo;
Avaliação de recursos e competências: não se devem terciarizar as actividades onde a própria empresa
está em condições de criar e capturar valor;
Ameaças do contexto externo: não se devem terciarizar as actividades que sirvam para neutralizar as
ameaças da concorrência;
Funções estratégicas: não se devem terciarizar as funções relacionadas com os factores críticos de
sucesso;
Base de conhecimento empresarial: não se devem terciarizar as actividades que estimulem o
desenvolvimento por terceiros de novas competências.
Quando concluem a análise interna, as empresas têm de identificar os seus pontos fortes e os seus
pontos fracos no que diz respeito aos recursos, aptidões e competências nucleares. Consequentemente,
as empresas necessitam de ter os recursos e aptidões adequados para desenvolver a estratégia
desejada e criar valor para os clientes e para os stakeholders. Ter muitos recursos não leva
necessariamente ao sucesso, pois é preciso ter os recursos certos e aptidões requeridas para produzir
valor superior para os clientes.
Nunca se dê como adquirido que as competências nucleares continuarão a ser fonte de vantagem
competitiva;
Todas as competências nucleares se podem transformar em factores nucleares de rigidez;
Os factores estruturais de rigidez já foram, no passado, competências nucleares e, hoje, geram
inércia e inibem a inovação.
4. Estratégia de Negócio
4.1. Definições
Estratégia de Negócio: conjunto de propósitos e acções que visam a obtenção de vantagem competitiva
a partir das competências nucleares da empresa.
O relacionamento da empresa com os seus clientes é fortalecido quando ela lhes oferece valor superior.
Relacionamentos interactivos e sólidos com os clientes geralmente formam a base dos esforços da
empresa de atender Às necessidades exclusivas dos clientes com lucro.
Dão possibilidade aos clientes de desenvolverem novas vantagens competitivas
Reforçam o valor das actuais vantagens competitivas
Decidir quem é o cliente-alvo que a empresa pretende atender com a sua estratégia no nível de negócio
é importante. As empresas dividem os clientes em grupos com base nas diferenças das suas
necessidades para tomar essa decisão, utilizando um processo chamado de Segmentação de Mercado,
que é um processo que agrupa as pessoas com necessidades semelhantes em grupos individuais e
identificáveis.
Mercados de Consumidores
Factores demográficos;
Factores sócio-económicos;
Factores geográficos;
Factores psicológicos;
Factores de consumo;
Factores perceptivos.
Mercados Industriais:
Segmentos de uso final;
Segmentos de produtos;
Segmentos geográficos;
Segmentos por factores comuns de compra;
Segmentos por tamanho de cliente.
4.6. Que necessidades satisfazer
Depois de decidir a quem vai atender, a empresa tem de identificar as necessidades do grupo de
clientes-alvo que os seus bens ou serviços podem atender. As empresas bem sucedidas aprendem como
dar aos clientes o que eles querem e quando querem.
As necessidades dos clientes estão relacionadas com os benefícios e características de um produto;
As necessidades dos clientes não são nem certas nem erradas, nem boas nem más;
As necessidades dos clientes representam desejos em termos de características e capacidades de
performance.
As empresas utilizam competências nucleares para implementar estratégias criadoras de valor que
satisfaçam as necessidades dos clientes.
Apenas empresas com capacidade para continuamente melhorar, inovar e actualizar as suas
competências podem esperar ir de encontro e/ou superar as expectativas dos clientes ao longo do
tempo.
O objectivo de uma estratégia no nível de negócios é criar diferenças entre a posição de uma empresa e
dos seus rivais. Para se posicionar de maneira diferente dos seus concorrentes, a empresa tem de
decidir se pretende executar actividades de maneira diferente ou executar actividades diferentes,
decisão esta que é a essência da estratégia no nível de negócios que, consequentemente, é uma escolha
deliberada no que toca ao modo como ela irá executar as actividades primárias e de suporte da cadeia
de valor da maneira a criar um valor exclusivo. Na verdade, no complexo cenário competitivo do século
XXI, só se consegue a utilização bem sucedida de uma estratégia no nível de negócios quando a empresa
aprende como integrar as actividades que executa de forma a criar vantagens competitivas que podem
ser utilizadas para criar valores aos clientes.
Estratégia de Diferenciação
Conjunto de acções destinado a produzir ou distribuir produtos/serviços, a um custo aceitável, que os
clientes percebam serem diferentes dos da concorrência, e que essas diferenças lhes sejam
importantes.
Valor proporcionado por características e atributos únicos;
Gerir os prémios de preço;
Elevada qualidade de serviço ao cliente;
Qualidade superior;
Prestígio ou exclusividade;
Inovação rápida.
Acções necessárias:
Desenvolver novos sistemas e processos;
Formatar percepções através da publicidade;
Enfoque na qualidade;
Competência em ID;
Optimização dos inputs humanos através de baixa rotação de pessoal de elevada motivação.
Estratégias focalizadas
Toda a estratégia focalizada deve distinguir-se da norma concorrencial através de critérios estreitos de
segmentação da clientela alvo, designadamente:
Isolando um grupo específico de clientes;
Isolando um segmento único de produto;
Concentrando-se numa área geográfica;
Encontrando um nicho específico.
Tipos de estratégias focalizadas:
Estratégia de focalização pelo custo
Estratégia de diferenciação focalizada
Para implementar uma estratégia de diferenciação, as empresas devem ser capazes de:
Completar várias actividades primárias e de suporte de um modo competitivamente superior, de
modo a desenvolver e manter uma vantagem competitiva e obter resultados acima da média.
Estratégias Integradas
A empresa que tiver sucesso numa estratégia que integre a liderança pelo custo e a diferenciação
ficará bem colocada para:
o Se adaptar rapidamente novas competências e tecnologias;
o Alavancar as suas competências nucleares no combate concorrencial;
As empresas bem sucedidas que seguem esta estratégia obtêm resultados acima da média;
As empresas oferecem dois tipos de valor aos clientes:
o Algumas características diferenciadoras;
o Um preço relativamente baixo.
Principais riscos das Estratégias Integradas:
Implicam frequentemente compromissos difíceis (nem o mais baixo custo nem a lógica mais
diferenciadora);
A empresa pode ficar indecisa sobre a aposta futura a seguir: custo ou diferenciação?
Para a implementação de uma estratégia integrada é necessário um compromisso com a
flexibilidade estratégica.
o Flexible Manufacturing Systems – processos controlados por computador usados para
produzir uma variedade de produtos em quantidades moderadas e flexíveis com o mínimo
de intervenção manual;
o Redes de Informação – ligam, por via electrónica, empresas com os seus fornecedores,
distribuidores e clientes.
o Sistemas de “Total Quality Management” – enfatizam o comprometimento total com o
cliente através de uma melhoria contínua.
5.1. Definições
Concorrentes: são empresas que actuam no mesmo mercado, que oferecem produtos semelhantes e
visam atrair clientes semelhantes.
Rivalidade Competitiva: é o conjunto de acções e reacções competitivas em andamento que ocorrem
entre concorrentes quando eles procuram obter uma posição de mercado vantajosa.
Comportamento Competitivo: é o conjunto de acções e respostas competitivas que as empresas tomam
para criar ou defender as suas vantagens competitivas e melhorar a sua posição no mercado.
Competição Multimercado: ocorre quando empresas competem umas com as outras em vários
mercados geográficos.
Dinâmica Competitiva: refere-se a todos os comportamentos competitivos, isto é, o conjunto total de
acções e respostas competitivas por todas as empresas que competem num mercado.
Rivalidade Competitiva:
Afecta todas as estratégias empresariais;
A sua maior influência é ao nível do negócio e das respectivas estratégias.
Com o decorrer do tempo, as empresas realizam várias acções e respostas competitivas. A rivalidade
competitiva surge desse padrão de acções e respostas competitivas, já que as acções competitivas de
uma empresa têm efeitos visíveis sobre os seus concorrentes, exigindo respostas competitivas deles.
Esse padrão mostra que as empresas são interdependentes, percebem as acções e respostas umas das
outras, e que o êxito no mercado é resultado das estratégias individuais e das consequências do seu
uso.
Uma análise da concorrência é a primeira medida que a empresa toma par para prever a extensão e
natureza da sua rivalidade com cada um dos concorrentes.
É uma técnica usada para a empresa conhecer o seu contexto concorrencial. Este contexto, junto com
os contextos geral e de negócio, constituem o meio envolvente.
A empresa estuda os objectivos futuros, as estratégias correntes, os pressupostos e as capacidades dos
concorrentes.
Permite à empresa prever o melhor comportamento dos seus concorrentes quando forma as suas
acções e respostas competitivas.
5.5.1. Sobreposição de Mercado
A similaridade de recursos é o ponto até o qual os recursos tangíveis e intangíveis de uma empresa são
comparáveis em termos de tipo e de quantidade.
Empresas com o mesmo tipo e quantidade de recursos possivelmente têm pontos fortes e fracos
similares e implementam estratégias similares.
A avaliação da similaridade de recursos estratégicos torna-se mais difícil no caso desses recursos serem
intangíveis.
Sobreposição de Mercados: a empresa tem maior probabilidade de atacar os concorrentes com os quais
tem fraca sobreposição de mercado, do que aqueles com quem compete em múltiplos mercado. Em
face do nível de competitividade relacionado com a sobreposição de mercado, existe uma grande
probabilidade de a empresa atacada responder aos seus concorrentes com o intuito de proteger a sua
posição num ou mais mercados onde opera.
Similaridade de Recursos: quanto maior for a vantagem ou desfasamento de recursos duma empresa
face aos seus actuais ou potenciais concorrentes, maior será o tempo de resposta destes. Quando uma
empresa se confronta com um concorrente com maiores recursos ou uma melhor posição no mercado,
deverá eventualmente reagir, independentemente do desafio em causa.
Acção Competitiva: uma acção táctica ou estratégica com o intuito de criar ou defender uma vantagem
competitiva ou melhorar a sua posição no mercado.
Resposta Competitiva: uma acção táctica ou estratégica para combater ou neutralizar os efeitos duma
acção competitiva de um concorrente.
Estratégicas: mudança relacionada com o mercado, na qual a empresa envolve recursos significativos; é
difícil de implementar e de voltar atrás.
Tácticas: mudança relacionada com o mercado na qual a empresa ajusta a estratégia; este envolvimento
requer menos recursos, é mais fácil de implementar e de voltar atrás.
5.8. Probabilidade de ataque
5.8.2. Dimensão
As pequenas empresas têm maior probabilidade de lançar acções competitivas e de serem mais rápidas
nestas acções. São vistas como concorrentes ágeis e flexíveis, apostando na rapidez e antecipação para
defenderem as suas vantagens competitivas e desenvolver as novas vantagens enquanto competem. As
pequenas empresas têm normalmente maior flexibilidade para lançar uma maior variedade de acções
competitivas.
As grandes empresas tomam normalmente mais iniciativas concorrenciais e acções estratégicas durante
determinado período. Possuem normalmente folgas e recursos necessários para o lançamento de um
grande número de acções competitivas.
5.8.3. Qualidade
As empresas analisam três factores para antecipar a forma como os concorrentes vão responder às
acções competitivas:
Tipo de reacção competitiva: acções estratégicas têm reacções estratégicas; as respostas tácticas
são tomadas na sequência de acções tácticas.
Reputação do concorrente: um actor é uma empresa que efectua uma acção ou uma resposta; a
reputação é um atributo positivo ou negativo por um rival a outro em função do comportamento
concorrencial passado na empresa; a empresa analisa as respostas dadas pelos concorrentes
quando estes foram atacados previamente, para avaliar as suas eventuais respostas.
Dependência do mercado: a dependência do mercado é medida pelo nível de proveitos ou de lucros
que provêm de um determinado mercado; em termos genéricos, as empresas prevêem que os
concorrentes com grande dependência do mercado têm maior probabilidade de responder mais
fortemente quando sofrem ataques à sua posição.
As acções e respostas de uma empresa definem a sua posição competitiva no negócio. As acções
competitivas tomadas por uma empresa terão forçosamente respostas dos seus concorrentes. As
respostas competitivas irão originar contra-respostas por parte das empresas que originalmente
tomaram as iniciativas.
5.11. Dinâmica Competitiva: Mercados
As vantagens competitivas das empresas nestes mercados estão protegidas de imitação por um
largo período de tempo;
A imitação é cara;
As vantagens competitivas são sustentáveis em mercados de ciclo lento;
As empresas concentram-se em acções e respostas competitivas para proteger, manter e extender
as vantagens competitivas da propriedade (ex: patente).
As vantagens competitivas das empresas nestes mercados não estão protegidas de imitação;
A imitação e rápida e de certa forma pouco dispendiosa;
As vantagens competitivas não são sustentáveis – os concorrentes adoptam a “reverse
engeneering” para uma rápida imitação ou melhoria dos produtos da empresa;
A tecnologia não protegida tem uma difusão bastante rápida.
6. Estratégia Corporativa/Global
6.1. Definições
Estratégia no nível corporativo: especifica as acções que uma empresa toma para obter vantagem
competitiva seleccionando e administrando um grupo de vários negócios que competem em vários
mercados de produtos.
As empresas diversificadas variam de acordo com o seu grau de diversificação e as ligações entre os seus
negócios. As estratégias diversificadas desempenham um papel fundamental no comportamento das
grandes empresas. Uma empresa é relacionada por meio da diversificação quando existem vários elos
entre os negócios, por exemplo, os negócios podem compartilhar produtos, tecnologias ou canais de
distribuição. Quanto mais elos houver entre os negócios, mais estreito será o “vínculo” entre os
negócios diversificados.
A diversificação do produto diz respeito:
À extensão das indústrias e mercados em que a empresa compete;
Ao modo como os gestores comparam, criam e vendem diferentes negócios de modo a ligarem as
forças e capacidades a oportunidades que se lhe deparem.
Níveis de estratégia:
Estratégia de Negócio (estratégia competitiva):
Como criar vantagem competitiva em cada um dos negócios da empresa?
o Baixo custo, diferenciação, baixo custo focalizado, diferenciação focalizada,
integração baixo custo/diferenciação.
Estratégia Global (corporate strategy):
Como criar valor para toda a empresa/grupo?
Níveis estratégicos:
Estratégia de negócio:
Cada unidade de negócios numa empresa diversificada escolhe a sua estratégia de negócio
para competir num mercado específico.
Estratégia Corporativa:
Especifica as acções tomadas pela empresa para ganhar vantagem competitiva através da
selecção e gestão de um grupo de diferentes negócios competindo em várias indústrias e
mercados de produtos.
1. Em que grau os negócios do portfólio são mais valiosos sob a gestão da empresa do que seriam
sob outra propriedade?
2. Em que negócios se deve estar presente?
3. Como deve a casa-mãe gerir a gama de unidades de negócio?
Regulação anti-concentracionista
Legislação fiscal
Performance fraca
Genéricos Cash flows futuros incertos
Redução do risco de negócio
Recursos tangíveis
Recursos intangíveis
Recursos tangíveis
financeiros
Recursos têm efeitos variáveis físicos
na criação de valor e na Recursos intangíveis
competitividade conhecimento táctico
relação com clientes
imagem e reputação
Externos:
Abrandamento da legislação anti-concentracionista permite um maior número de aquisições
relacionadas que no passado.
Antes de 1986, a forte carga fiscal sobre os dividendos favorecia as aquisições de empresas através
de meios financeiros próprios.
Depois de 1986, as empresas mudara de política, preferindo o recurso ao crédito uma vez que os
juros passaram a dedutíveis dos resultados.
Internos:
Um mau desempenho pode levar as empresas à diversificação na procura de uma melhoria
resultados globais.
As empresas podem diversificar-se para contrabalançar a incerteza dos cash flows futuros.
As empresas podem diversificar-se para conseguir sinergias e para reduzir o risco global das
operações.
Além de incentivos fortes, as empresas diversificam-se mais facilmente na medida em que possuírem
recursos para o fazer. A criação de valor depende mais do uso adequado dos recursos disponíveis do
que dos incentivos (externos e internos).
1. A diversificação aumenta a dimensão dos negócios; a dimensão está associada à remuneração dos
gestores.
2. A diversificação reduz o risco de desemprego.
3. A existência de mecanismos de governance pode minimizar as motivações individuais dos gestores.
6.13. Relação entre Diversificação e Desempenho
7. Estratégias de Aquisição e Reestruturação
7.1. Definições
Fusão: é uma estratégia através da qual duas empresas concordam em integrar as suas operações numa
base de quase igualdade. Há poucas fusões de verdade, porque uma parte é geralmente dominante no
que diz respeito à participação de mercado ou ao porte da empresa.
Aquisição: é uma estratégia através da qual uma empresa compra uma participação de controlo, numa
outra empresa, com a intenção de tornar a empresa adquirida numa sua subsidiária dentro da sua
carteira de negócios. Nesse caso, a administração da empresa adquirida responde à administração da
empresa adquirente. Enquanto a maioria das fusões são transacções amigáveis, as aquisições podem ser
amigáveis ou não.
Takeover: é um tipo especial de estratégia de aquisição em que a empresa alvo não foi
ouvida/concordou com a proposta de compra da empresa adquirente.
Pode ser mais fácil desenvolver e introduzir novos produtos nos actuais mercados da empresa
Pode ser mais difícil desenvolver novos produtos para mercados que a empresa não conhece bem
o É menos vulgar uma empresa desenvolver internamente novos produtos para diversificar a
sua linha de produtos
o A aquisição é a forma mais rápida e fácil que uma empresa tem de diversificar e modificar
a sua carteira de negócios
7.5. Reestruturação
Uma estratégia através da qual uma empresa muda o seu conjunto de negócios ou estrutura financeira
O falhanço de uma estratégia de aquisição muitas vezes procede a uma estratégia de
reestruturação
A reestruturação poderá ocorrer devido a mudanças nos ambientes externo ou interno
Estratégias de Reestruturação:
Downsizing
Downscoping
Leverage buyouts
Estratégia através da qual a empresa vende os seus produtos ou serviços fora dos seus mercados
domésticos.
Factores de Produção: dizem respeito aos inputs necessários para competir em qualquer indústria.
Condições da procura: caracterizada pela natureza e dimensão das necessidades que os compradores
têm dos bens/serviços da indústria no mercado interno.
Indústrias relacionadas e de suporte: serviços de suporte, instalações, fornecedores, etc.
Estratégia, estrutura e rivalidade empresarial: dimensão da estratégia, estrutura e rivalidade entre
empresas variam de país para pais, consoante a formação técnica, as metodologias de melhoria e os
sistemas competitivos e cooperativos.
Estratégia Global:
Os produtos são padronizados nos vários mercados nacionais
As decisões ao nível das estratégias de negócio são centralizadas na casa-mãe
As unidades estratégicas de negócio são assumidamente inter-dependentes
Enfatiza as economias de escala
Faltam por vezes respostas às necessidades dos mercados locais
Exige uma partilha de recursos e a coordenação entre os vários países
Estratégia Transaccional:
Procura obter tanto uma eficiência global como uma resposta ao mercado local
É difícil de atingir devido à simultaneidade das exigências de forte controlo e coordenação centrais
e de descentralização para conseguir responder ao mercado local
Deve procurar a aprendizagem organizacional para conseguir obter vantagem competitiva
Responsabilidade do estrangeirismo:
o Preocupações legítimas
o Estratégias globais não tão prevalecentes
o Dificuldade de implementação
Regionalização
o Foco numa região particular
o Melhor conhecimento das culturas e normas legais e sociais
8.5. Entrada no Mercado Global: escolha do modo de entrada
Riscos Políticos:
Instabilidade nos governos locais
Guerra civil ou internacional
Terrorismo
Possível nacionalização de empresas
Riscos Económicos:
Diferenças e flutuações no valor das diferentes moedas
Diferença nos custos de mão-de-obra
Dificuldade em fazer valer os direitos de propriedade
Desemprego
Problemas de Gestão:
Custos de coordenação resultantes da dispersão geográfica das subsidiárias
Barreiras culturais e institucionais
Percepção do desígnio estratégico dos concorrentes
A complexidade competitiva geral
Relação entre governo e a multinacional
9. Estratégias Cooperativas
Estratégias Cooperativas são estratégias em que as empresas trabalham em conjunto para atingir um
objectivo comum.
Cooperar com outras firmas é uma estratégia que cria valor para o cliente, permite obter vantagens de
custos e estabelece uma posição relativa favorável face à concorrência.
A aliança estratégica é uma estratégia cooperativa na qual as empresas combinam alguns dos seus
recursos e competências com o objectivo de criar uma vantagem competitiva.
A aliança estratégica envolve a troca e partilha de recursos e competências, para o desenvolvimento ou
distribuição de bens/serviços, em conjunto.
Joint-venture: duas ou mais empresas criam uma empresa independente, combinando recursos e
competências, cada uma com a sua parte, de modo a desenvolverem vantagens competitivas.
Aliança Estratégica em sociedade: sócios com percentagens iguais e/ou diferentes numa nova parceria.
Aliança Estratégica não societária: acordos contratuais entre empresas sem haver sociedade, para
fornecerem, produzirem e distribuir bens ou serviços.
9.3. Motivos para se desenvolver alianças estratégias
Alianças Complementares:
Tiram partido de oportunidades de mercado, combinando recursos e competências de forma
complementar para criar novas fórmulas de valor
Incluem alianças a montante ou a jusante relativas a distribuição, fornecimento ou outsourcing,
das quais as firmas dependem para conseguir vantagem competitiva
Alianças para a resposta competitiva
Surgem quando as empresas juntam forças para responder a uma acção estratégica de outro
concorrente
Visto serem estratégias de difícil recuo e de implementação dispendiosa, as AERC são formadas
mais para dar resposta a acções estratégicas do que a acções tácticas
Alianças para redução de risco de incerteza
São usadas para minimizar os efeitos do risco e da incerteza
São mais comuns em mercados de ciclo rápido
Podem ser formados para reduzir a incerteza face ao desenvolvimento de novos produtos ou
de outros standards tecnológicos
Alianças para reduzir a concorrência
Podem ser criadas para evitar competição excessiva ou destrutiva
“Concluio explícito” acontece quando empresas acordam directamente outputs de produção e
políticas de preços de forma a reduzir a concorrência
“Concluio táctico ” ocorre quando várias empresas da indústria coordenam indirectamente a
sua produção e preços pela observação das acções e respostas competitivas das restantes
“Conluio anti-guerra” é uma forma de tacit collusion em que as empresas rivais evitam ataques
competitivos mútuos nos múltiplos mercados em que operam
As ARC podem necessitar que os governos encontrem formas de permitir a colaboração entre
rivais sem infringir as leis anti-trust
São indicadas para facilitar a diversificação de produtos e/ou mercados. Permitem às empresas crescer e
diversificar operações se recurso a fusões e aquisições.
Alianças de diversificação
As empresas partilham recursos e competências para diversificar para novos produtos ou
mercados
permitem reduzir a diversificação de empresa sobre-diversificadas, refocando-se no seu core-
businesses
Alianças de Sinergia
Proporcionam através da partilha de recursos e competências, a criação de economias de gama
entre duas ou mais empresas
Criam sinergias entre múltiplas funções, actividades ou negócios exercidos pelas empresas
parceiras
Franchising
Distribui os riscos e usa recursos, aptidões e competências sem fusão e/ou aquisição de/por
outra empresa
Relação contratual entre duas partes legalmente independentes, em que o franchisor garante
ao franchisee o direito de vender os seus produtos ou de realizar o seu negócio, utilizando a
sua marca num certo local, durante um determinado período de tempo
Alternativa de crescimento relativamente às fusões e aquisições
As empresas com sedes em países diferentes combinam alguns dos seus recursos e
capacidades para criar uma vantagem competitiva
Multinacionais normalmente têm melhor performance
Oportunidades de crescimento interno limitadas
Parceiro local conhece mercado e costumes
Podem ser difíceis de gerir
Deve ser controlada a intenção estratégica dos parceiros
Minimização do custo
Maximização da oportunidade