Deficiência Nutricional Na Cultura Da Soja

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 115

CATÁLOGO DE

SOJA
2ª | EDIÇÃO
ÍNDICE

1. Introdução 05

2. Grupo Vittia 06

2.1. Histórico 06

2.2. Política de qualidade 08

2.3. Unidades industriais 09

3. Nutrição da cultura da soja 10


3.1. Introdução 10
3.2. Necessidades nutricionais da soja 11
3.3. Leis da fertilidade do solo 12
3.3.1. Lei do Mínimo ou Lei de Liebig 12
3.3.2. Lei da Restituição 12
3.3.3. Lei do Máximo 13
3.3.4. Lei dos Incrementes Decrescentes ou Lei de Mitscherling 13
3.3.5. Lei das Interações 13
3.4. Fatores que afetam a disponibilidade dos nutrientes às plantas 14
3.4.1. Fatores do solo 14
3.4.2. Fatores da planta 18
3.5. Nutrientes no solo e na soja 19
3.5.1. Nitrogênio (N) 19
3.5.2. Fósforo (P) 20
3.5.3. Potássio (K) 21
3.5.4. Cálcio (Ca) 22
3.5.5. Magnésio (Mg) 23
3.5.6. Enxofre (S) 24
3.5.7. Boro (B) 25
3.5.8. Cobalto (Co) 26
3.5.9. Cobre (Cu) 27
3.5.10. Ferro (Fe) 28
3.5.11. Manganês (Mn) 29
3.5.12. Molibdênio (Mo) 30
3.5.13. Níquel (Ni) 31
3.5.14. Zinco (Zn) 32

4. Avaliação da disponibilidade dos nutrientes no solo 33

4.1. Introdução 33

4.2. Amostragem dos solos em sistema de plantio direto (SPD) 33

4.3. Interpretação da análise de solo 34


ÍNDICE

5. Avaliação do estado nutricional da soja 35


5.1. Introdução 35
5.2. Amostragem das folhas da soja 35
5.3. Interpretação dos teores dos nutrientes nas folhas da soja 35

6. Produtos Biosoja para soja 36


6.1. Dessecação das plantas daninhas 36
6.2. Adubação de solo 39
6.3. Inoculação e fertilização das sementes 47
6.4. Adubação no sulco de plantio 54
6.5. Adubação foliar 57
6.6. Produtos e garantias 74
6.6.1. Fertilizantes de solo e foliares 74
6.6.2. Inoculantes 75

7. Programa nutricional Biosoja para a cultura da soja 76

8. ANEXO 77
8.1 Fases Fenológicas da Soja 77
8.2. Calagem 78
8.3. Gessagem 81
8.4. Adubação 82
8.4.1. Adubação nitrogenada 82
8.4.2. Adubação fosfatada 85
8.4.3. Adubação potássica 89
8.4.4. Adubação com enxofre 91
8.4.5. Adubação com micronutrientes 92
8.5. Fatores de conversão e unidades equivalentes 95
8.5.1. Fatores de conversão para cálculo de
fertilizantes, corretivos e para interpretação da análise de solo 95
8.5.2. Unidades equivalentes 97
8.6. Fertilizantes fornecedores de N, P, K, Ca, Mg e micronutrientes 98
8.7 Compatibilidade entre os fertilizantes minerais simples, orgânicos e corretivos 103

9. GLOSSÁRIO 104

10. LITERATURA CONSULTADA 110


1. INTRODUÇÃO

O cultivo da soja ocupa posição de destaque no O estado do Pará é a nova fronteira agrícola brasileira.
agronegócio brasileiro. Atualmente, a soja é a principal Áreas antes ocupadas por pastagens estão sendo
cultura do Brasil, representando cerca de 60% da rapidamente substituídas pela soja. Clima adequado,
produção brasileira de grãos. O sistema de produção terras com preços atraentes e boa logística para o
da soja é caracterizado por elevado nível tecnológico. escoamento da produção agrícola são atrativos para
o estabelecimento de produtores rurais procedentes
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, de outras regiões brasileiras. A produtividade da soja
sendo responsável por cerca de 31% da produção no Pará é similar a das regiões tradicionais de cultivo.
total, e o maior exportador mundial deste produto
agrícola. Na safra 2015/2016, as exportações do A 6º estimativa da Conab para a safra 2016/2017
complexo soja - o qual inclui grãos, farelo e óleo - aponta um aumento de 1,9% na área cultivada com
atingiram a cifra de US$ 25 bilhões, sendo um dos soja em relação à safra anterior, atingindo 33,88
principais responsáveis pelo saldo positivo na balança milhões de ha. A produção da soja teve um crescimen-
comercial e pela estabilidade econômica do Brasil. to de 7,7%, passando de 95,4 para 107,6 milhões t de
grãos. A produtividade da soja atingiu 3.176 kg ha-1,
A soja é a cultura responsável pela incorporação de ficando acima na média das últimas safras. O aumen-
enormes áreas da região central do país, conhecidas to na área cultivada com a soja foi impulsionado pelos
como Cerrado, ao processo produtivo agrícola. As preços da soja no mercado internacional e a demanda
características do relevo, solo e clima dessa região, crescente da China. O maior produtor nacional é o
aliadas ao espírito empreendedor dos agricultores estado do Mato Grosso, seguido pelo Paraná, Rio
brasileiros e a utilização dos insumos agrícolas, Grande do Sul e Goiás.
respaldada pela pesquisa agrícola, permitiram que a
soja fosse a propulsora do desenvolvimento econômi- Desde meados dos anos 2000, com a estagnação do
co dessa imensa região brasileira. aumento na produtividade da soja, o incremento na
produção da soja ocorreu praticamente devido à
Atualmente, a soja é a base econômica da maioria dos expansão da área cultivada, principalmente na frontei-
municípios da Região Sul e Central do Brasil, incluindo ra agrícola (Mapito, Norte do Mato Grosso e Pará).
o Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Para reverter esse processo, é necessário que os
Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Oeste da Bahia, produtores rurais e profissionais envolvidos com a
Mapito (Maranhão, Piauí e Tocantins), Roraima, Mato cultura da soja identifiquem os fatores que estão
Grosso e Mato Grosso do Sul. Estas regiões brasilei- limitando o aumento da produtividade e melhorem as
ras são caracterizadas por um grande dinamismo e práticas de manejo da cultura.
apresentam crescimento econômico acima da média
nacional.

05
2. GRUPO VITTIA
2.1. HISTÓRICO

O Grupo Vittia é caracterizado por um grande inoculante destinado à cultura do milho. Atualmente, o
dinamismo, e desde a sua fundação, no início da Grupo Vittia está pesquisando a eficiência
década de 70, vem aprimorando constantemente os agronômica deste inoculante nas demais gramíneas,
seus produtos e processos industriais. com destaque para o trigo, arroz, sorgo,
cana-de-açúcar e braquiárias. Além desse produto, o
A história do Grupo Vittia se confunde com a própria Grupo Vittia vem pesquisando produtos
história da cultura da soja na Alta Mogiana, região do microbiológicos para as demais culturas.
interior paulista localizada entre Ribeirão Preto e o
Triângulo Mineiro, e a sua posterior expansão pelo Com a expansão da agricultura nos solos sob Cerrado
Cerrado Brasileiro. surgiram novos desafios e necessidades, dentre os
quais produtos destinados ao fornecimento dos
No final da década de 60, a soja, no seu processo micronutrientes às culturas.
contínuo de expansão a partir do Rio Grande do Sul,
chegou à região da Alta Mogiana. Em poucos anos, ela Em fins da década de 1990, mais precisamente em
mudou o perfil agrícola dessa região, tornando-se uma 1998, foi inaugurada a segunda empresa do Grupo
das principais culturas e substituindo parcialmente as Vittia em São Joaquim da Barra – a Bio Soja
áreas cultivadas com o algodão, milho e café. Fertilizantes, especializada na produção de
fertilizantes. A partir desse momento, o Nodulus® pó
A partir deste período, surgiu a necessidade da foi aperfeiçoado, desenvolvendo-se a sua formulação
utilização de um insumo fundamental para a cultura líquida – o Nodulus® Premium. Posteriormente, esta
da soja – o inoculante –, e em 1971 é fundada a unidade industrial foi ampliada e teve início a
Indústria Bio Soja de Inoculantes, em São Joaquim da produção de sulfatos, MAP purificado, cloretos,
Barra/SP. óxidos e monóxidos metálicos, principalmente de
manganês e zinco.
No final da década de 70, a cultura da soja atravessou
o Rio Grande e conquistou uma região até então Além da expansão da linha de produtos, o Grupo Vittia
pouco utilizada para fins agrícolas – o Cerrado iniciou a diversificação de mercados – químico,
brasileiro. Nesse processo de expansão, o Grupo Vittia industrial, nutrição animal e atuando nas mais
foi acompanhando a soja e, em poucos anos, a diversas culturas brasileiras.
empresa comercializava os seus produtos nas mais
diversas regiões do Brasil Central, alcançando os Em Serrana, município paulista próximo a Ribeirão
cerrados goianos e matogrossenses e atingindo Preto/SP, o Grupo Vittia possui uma unidade industrial
também os cerrados baianos e maranhenses. especializada na produção de condicionador de solos
– Fertium® – e de fertilizantes organominerais –
A partir da década de 1990, o Grupo Vittia iniciou a Fertium® Phós.
produção do fertilizante Nodulus® pó, fonte de cobalto
e molibdênio para a cultura da soja e demais Em Ituverava/SP, a Granorte, empresa do Grupo Vittia
leguminosas. inaugurada em 2003, é especializada na produção de
macronutrientes secundários e micronutrientes de
Em 1994, a empresa iniciou a comercialização do solo.
Biomax® Premium, primeiro inoculante turfoso
brasileiro, composto de turfa esterilizada isenta de Em 2014, o Grupo Vittia adquiriu uma das empresas
microrganismos antagônicos às bactérias fixadoras mais tradicionais no mercado de insumos agrícolas –
de nitrogênio. a Samaritá, situada no município de Artur
Nogueira/SP, que há 25 anos atua nos segmentos de
Em 2008, nessa unidade industrial, o Grupo Vittia nutrição e proteção vegetal e de produtos químicos.
iniciou a produção e a comercialização do primeiro
inoculante mundial para a produção de mudas de Em março de 2017, o Grupo Vittia, adquiriu o controle
eucalipto a partir de estacas e miniestacas – acionário da Biovalens, empresa situada em
Rizolyptus®. Uberaba/MG, especializada na produção de soluções
biológicas para pragas e doenças.
Em 2011, foi lançado o Biomax® Premium Milho,

06
2.1. HISTÓRICO

Atualmente, o Grupo Vittia possui seis unidades administrativos, comerciais e industriais. Os produtos
industriais sendo cinco localizadas na região de das unidades industriais são submetidos a um rígido
Ribeirão Preto, interior paulista e uma unidade em controle de qualidade, desde as matérias-primas até
Uberaba/MG, facilitando a distribuição dos seus os produtos acabados.
produtos em todas as unidades da federação e a
exportação para os países do Mercosul e demais Ao longo dessa longa trajetória, o Grupo Vittia acom-
países latino-americanos. panhou a abertura da maior fronteira agrícola do
mundo, o Cerrado brasileiro, e a consolidação do
As unidades industriais estão em constante ampli- Brasil como um dos maiores produtores agrícolas
ação e modernização, procurando agregar as tecnolo- mundiais.
gias mais modernas para a otimização de todos os
processos industriais, minimizando ao máximo a O Grupo Vittia sempre esteve ao lado do produtor
emissão de poluentes e a produção de resíduos indus- rural, buscando alternativas para atender às suas
triais. necessidades e colaborando para maximizar o poten-
cial produtivo das suas culturas e dos seus rebanhos.
O Grupo Vittia possui o certificado ISO 9001:2000,
demonstrando toda a qualidade nos seus processos

São Joaquim
da Barra

07
2.2. POLÍTICA DE QUALIDADE

“Satisfazer nossos clientes,


através do processo de melhoria
contínua com a participação de
nossos colaboradores.”

08
2.3. UNIDADES INDUSTRIAIS

Escritório Central
São Joaquim da Barra - SP

UNIDADE I UNIDADE IV

Indústrias Químicas e Biológicas Granorte Fertilizantes


São Joaquim da Barra - SP Ituverava - SP

UNIDADE II UNIDADE V

Biosoja Fertilizantes Samaritá


São Joaquim da Barra - SP Artur Nogueira - SP

UNIDADE III UNIDADE VI

Biosoja Fertilizantes Biovalens


Serrana - SP Uberaba – MG

09
3. NUTRIÇÃO NA CULTURA DA SOJA
3.1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, houve um aumento expressivo Entretanto, a partir do início do século XXI, houve uma
na produção da soja (Figura 1). Além do aumento na estagnação na produtividade da soja próxima de
área cultivada, ocorreu também um aumento 3.000 kg ha-1. Uma provável explicação para esse fato
expressivo na produtividade da cultura. No início da pode estar relacionada ao monocultivo da soja,
década de 1970, a produtividade da soja era de 1.438 ocasionando o agravamento da severidade das
kg ha-1 e no início do século XXI, atingiu 2.815 kg ha-1. pragas e doenças e a seleção de plantas daninhas
resistentes aos herbicidas. Além disso, o manejo
inadequado dos solos pode resultar em compactação,
causando uma série de problemas agravados com a
180 60 ocorrência dos frequentes veranicos.
Produtividade (sc ha-1)
160 Produção (milhões de t)
Área cultivada (milhões de ha) 50 A produtividade da cultura da soja ainda está muito
140 abaixo do potencial de produção atingido pela
120 117,0 40 pesquisa e por alguns produtores. Segundo
pesquisadores brasileiros, o potencial de
100
86,1 30 produtividade da cultura da soja situa-se entre 250 e
81,5
80 300 sc ha-1, bem acima da média nacional
60 20
(VENTIMIGLIA et al., 1999; PIRES et al., 2000;
52,0 MAEHLER et al., 2003; SARAIVA, 2004).
40
23,0 10
20 14,5 Com a constante elevação nos custos de produção, é
7,9
0 4,9 8,4 10,7 18,5 27,7 30,1 40,4 0
necessário que os produtores rurais adotem o manejo
1972 / 73 1982 / 83 1992 / 93 2002 / 03 2012 / 13 2014 / 15 2023 / 24 nutricional mais adequado às necessidades da
cultura, a fim de maximizar o potencial produtivo das
Figura 1. Área cultivada, produção e produtividade da soja a partir do
novas cultivares.
início da década de 70 (EMBRAPA, CONAB). Fonte: ABAG (2016).

Desde a safra 2008/2009, o Comitê Estratégico da


Soja Brasileira (CESB) vem realizando campeonatos
de produtividade da soja com o intuito de desenvolver
Vários fatores contribuíram para esse aumento na estratégicas para elevar os patamares de
produtividade da soja, dentre os quais o lançamento produtividade acima de 90 sc ha-1 com
de materiais genéticos cada vez adaptados às sustentabilidade econômica, social e ambiental. Na
diferentes regiões de cultivos no Brasil. Além da safra 2015/2016, as produtividades dos três primeiros
contribuição da genética, a melhoria das práticas colocados foram de 120,07, 114,85 e 110,32 sc ha-1,
culturais teve forte impacto no aumento da respectivamente, demonstrando o enorme potencial
produtividade da cultura. produtivo das atuais cultivares de soja.

10
3.2. NECESSIDADES NUTRICIONAIS DA SOJA

A absorção dos nutrientes pela soja é influenciada por O potássio, o enxofre e o fósforo são,
diversos fatores, dentre os quais as condições respectivamente, o segundo, o terceiro e o quarto
climáticas (precipitações pluviométricas e nutriente mais absorvidos pela cultura da soja. Cerca
temperatura), as diferenças genéticas entre as de 53% do K absorvido pela soja é exportado nos
cultivares, os tratos culturais e a disponibilidade dos grãos, havendo a necessidade da reposição desse
nutrientes no solo. nutriente para a manutenção do potencial produtivo
dos solos.
Na Tabela 1 encontram-se as quantidades dos
nutrientes extraídas e exportadas pela cultura da soja A necessidade de P pela soja é similar ao do S. Entre-
para a produção de 1 t de grãos. São informações tanto, a quantidade de P(P2O5) nas adubações é muito
fundamentais para a recomendação de adubação da superior devido a fixação do nutriente que ocorre com
cultura, pois quantificam as quantidades dos grande intensidade nos solos tropicais que são
nutrientes que devem ser adicionadas ao solo a cada altamente intemperizados contendo altos teores de
cultivo para a manutenção ou aumento da fertilidade sesquióxidos.
do solo e garantia do potencial produtivo da cultura.
Os micronutrientes são absorvidos em pequenas
O nitrogênio é o nutriente exigido em maior quantidades pela soja na ordem de g ha-1. Constituem
quantidade pela soja e é fornecido na sua maior parte cerca de 0,5% da massa seca das plantas. Entretanto,
pela fixação biológica do nitrogênio. Para a produção são tão importantes quanto os macronutrientes. Em
de 1 t de grãos de soja são necessários cerca de 83 kg relação aos micronutrientes, o cloro é o mais absorvi-
ha-1 de N. Cerca de 61% do N absorvido pela soja é do pela soja seguido pelo ferro, manganês, boro e
exportado nos grãos. Entretanto, o N residual que zinco.
permanece na palhada da soja é fundamental para o
fornecimento desse nutriente ao cultivo posterior.

Tabela 1. Quantidade extraída e exportada de nutrientes pela cultura da soja para uma produção de 1 t de grãos. Fonte: Sfredo (2008).

Partes da N P2O 5 K2 O Ca Mg S B Cl Cu Fe Mn Mo Zn
planta - - - - - - - - - - - - - - - - - - kg - - - - - - - - - - - - - - - - - ---------------------g----------------------
Grãos 51 10 20 3,0 2,0 5,4 20 237 10 70 30 5 40

Restos culturais 32 5,4 18 9,2 4,7 10,0 57 278 16 390 100 2 21

Total 83 15,4 38 12,2 6,7 15,4 77 515 26 460 130 7 61

% exportada 61 65 53 25 30 35 26 46 38 15 23 71 66

11
3.3. LEIS DA FERTILIDADE DO SOLO

Diversas leis ou princípios têm sido propostos para o das adubações são provenientes de três leis
estabelecimento de modelos matemáticos que fundamentais: Lei do Mínimo, Lei da Restituição e Lei
correlacionam o crescimento das plantas com os do Máximo e, duas derivações da Lei do Mínimo: Lei
nutrientes fornecidos nas adubações. Os princípios dos Incrementos Decrescentes e a Lei das Interações.

3.3.1. LEI DO MÍNIMO OU LEI DE LIEBIG

A Lei do Mínimo proposta em 1840 pelo químico


alemão Justus von Liebig, ilustra muito bem, a
importância da nutrição equilibrada e balanceada nas
culturas (Figura 2). Cada tábua do barril representa o
teor disponível de um determinado nutriente no solo.

“A produtividade de uma cultura é limitada pelo


nutriente que estiver em menor disponibilidade no
solo, mesmo que todos os demais estejam
disponíveis em quantidades adequadas.”

Nos sistemas de exploração agrícola com foco em


elevadas produtividades das culturas, o conceito do
equilíbrio dos nutrientes no solo é vital no manejo da
fertilidade do solo. Portanto, o produtor precisa utilizar
a análise de solo para a avaliação da disponibilidade
dos nutrientes do solo e a análise foliar para o
monitoramento do estado nutricional da soja.

Figura 2. Representação gráfica da Lei do Mínimo.

3.3.2. LEI DA RESTITUIÇÃO

Baseia-se na necessidade de restituir ao solo, os sucessivos, como uma das prováveis explicações
nutrientes absorvidos e exportados pelas culturas, ou para a redução na produtividade das culturas.
seja, repor as quantidades dos nutrientes que não
foram reciclados, e aqueles que também foram Uma das limitações para a aplicação dessa lei nas
perdidos do solo por lixiviação, desnitrificação, regiões tropicais é a baixa fertilidade natural e a acidez
volatilização, erosão e fixação. excessiva de muitos solos. Portanto, num primeiro
momento, é necessário a correção das limitações
Essa lei leva em consideração o esgotamento dos nutricionais desses solos.
nutrientes dos solos em decorrência de cultivos

12
3.3.3. LEI DO MÁXIMO

Segundo Voisin, o excesso de um nutriente no solo,


reduz a eficiência dos demais e pode reduzir a
produtividade das culturas.

3.3.4. LEI DOS INCREMENTOS DECRESCENTES OU LEI DE MITSCHERLING

A Lei dos Incrementes Decrescentes foi desenvolvida


por Mitscherling na primeira década do século XX. É
uma expressão matemática do crescimento das 400 22

plantas, que se aplica muito bem a muitos casos de 31

resultados experimentais de curva de resposta. 47


Aumento de produção (kg/ha) 300
67
Mitscherling observou que, ao adicionar doses
sucessivas de nutriente deficiente no solo, o maior
200
incremento na produção era obtido com a primeira 98

dose aplicada. Com aplicações sucessivas das doses


do nutriente, os incrementos na produção são cada 100
vez menores até atingir o máximo, e a partir desse 144
ponto, quando (Figura 3).

0 10 20 30 40 50 60
Os fundamentos dessa lei são básicos para a análise
econômica de experimentos de adubação, ou seja, Nitrogênio aplicado (kg/ha)
cálculo da dose econômica. A produtividade máxima
econômica é aquela que proporciona maior lucro. Figura 3. Curva de resposta do algodão a doses crescentes de N
Normalmente, a dose econômica do nutriente situa-se (média de 15 ensaios). Fonte: Adaptada de Raij (2011).
entre 80 e 90% da produção máxima.

3.3.5. LEI DAS INTERAÇÕES

É uma derivação da Lei do Mínimo. Cada fator de culturas, pois ocorre uma interação entre eles. As
produção é tanto mais eficiente quando os outros interações entre os nutrientes podem ser
estão mais próximo do seu ponto ótimo. Esta lei classificadas em três grupos: antagonismo, inibição e
salienta que os fatores de produção devem ser sinergismo. Maiores informações, consulte o item 3.4.
considerados como parte do processo produtivo das

13
3.4. FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES ÀS PLANTAS

O solo é um sistema bastante complexo onde b. Matéria orgânica


ocorrem fenômenos de natureza física, química e
biológica que afetam a disponibilidade dos nutrientes Segundo Hayes (2005), o termo matéria orgânica do
às plantas (RAIJ, 2011). solo abrange todos os componentes orgânicos do
solo e em vários estágios de decomposição,
ocorrendo em íntima associação com os
A solução do solo representa a fase onde os
constituintes minerais. Pode ser dividida em três
nutrientes estão prontamente disponíveis às plantas,
grupos: substâncias não húmicas, substâncias
ou seja, é o local onde ocorre a absorção dos húmicas e a biomassa do solo.
nutrientes pelas raízes. Posteriormente, os nutrientes
são repostos pela fase sólida do solo representada As substâncias não húmicas são constituídas por
pelos componentes minerais ou inorgânicos e compostos orgânicos que ainda mantêm as
orgânicos (FURTINI NETO et al., 2010). características químicas originais. O segundo grupo é
constituído pelas substâncias húmicas e são
A disponibilidade dos nutrientes às plantas é afetada provenientes da degradação química e biológica dos
por diversos fatores, dentre os quais os fatores de resíduos orgânicos do solo. O terceiro grupo é
solo e os fatores da planta. constituído pela biomassa viva do solo formado pelo
material orgânico do protoplasma dos organismos do
solo (SCHNITZER, 1989; STEVENSON, 1982).
3.4.1. Fatores do solo
A mineralização da matéria orgânica do solo é uma
Os fatores de solo que influenciam a disponibilidade importante fonte de nutrientes às plantas,
dos nutrientes às plantas são o pH, teor de matéria principalmente de nitrogênio, fósforo, enxofre e boro,
orgânica, densidade, textura, umidade e interações sendo esse processo mediado por microrganismos.
entre os nutrientes.
Certos radicais orgânicos desempenham papel
a. pH do solo crucial no aumento da solubilidade e no transporte
dos micronutrientes catiônicos até às raízes das
O pH do solo é um dos principais fatores do solo que plantas. A quelação ou complexação dos
afetam a disponibilidade dos nutrientes às plantas. A micronutrientes catiônicos com substâncias
maior disponibilidade dos nutrientes ocorre na faixa orgânicas exsudadas pelas raízes aumenta a sua
concentração na rizosfera das plantas, bem como o
de pH entre 6,0 e 6,5 (Figura 4). Entretanto, o aumento
transporte dos mesmos até a superfície das raízes.
no pH do solo reduz a disponibilidade dos
micronutrientes catiônicos, principalmente o Entretanto, em solos com alto teor de matéria
manganês. O aumento de 1 unidade de pH reduz em orgânica ocorre uma forte adsorção dos
até 100 vezes a disponibilidade do Mn às plantas micronutrientes catiônicos, principalmente com o
(FURTINI NETO et al., 2010). cobre, induzindo a sua deficiência nas plantas.
Faixa de pH
c. Densidade do solo
Disponibilidade crescente dos nutrientes e alumínio

adequada
para a
maioria
das culturas A densidade do solo ou densidade aparente pode ser
definida como sendo a relação existente entre a
massa de uma amostra do solo seca a 110ºC e o
volume ocupado pelas partículas e espaços poros
(KIEHL, 1979).
Ferro, cobalto, cobre,
manganês, níquel e zinco
Alumínio A densidade do solo está intimamente relacionada
Molibdênio e cloro
com a estrutura e com a textura, e as alterações na
Fósforo
Nitrogênio, enxofre e boro densidade afetam acentuadamente a estruturação do
Potássio, cálcio e magnésio solo. De maneira geral, quanto maior a densidade,
5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 8,0
para solos com texturas semelhantes, mais compacto
pH em água
é o solo, menos definida é a sua estrutura e muito
Figura 4. Efeito do pH do solo na disponibilidade dos nutrientes e
menor o volume do espaço poroso (MEURER, 2007).
do alumínio trocável às plantas. Fonte: Adaptado de Instituto da
Potassa & Fosfato (1998).

14
3.4. FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES ÀS PLANTAS

As menores respostas das culturas à adubação, com aerados é causada por elevados níveis de etileno
os anos de cultivo, seriam, em boa parte, resultantes produzido pelas raízes (MARSCHNER, 1995 apud
da degradação das propriedades físicas dos solos, MEURER, 2007).
levando ao aumento de suas densidades e, como
consequência, à retenção com maior energia dos O comprimento das raízes de cinco espécies de
nutrientes pelo solo (NOVAIS; MELLO, 2007). plantas é reduzido pela compactação do solo (Tabela
2). Ocorre uma alteração na estrutura dos solos, com
O aumento da densidade do solo reduz a taxa de aumento na resistência à penetração das raízes,
difusão de O2 nos poros do solo e, consequentemente redução na porosidade total, na macroporosidade e
a respiração das raízes. Em muitas situações, a na infiltração de água.
inibição do crescimento das raízes em solos mal

Tabela 2. Comprimento das raízes de cinco espécies de plantas cultivadas em Latossolo, em vasos, submetidas a quatro níveis de compactação.

Níveis de Comprimento das raízes na camada compactada1/


compactação
Cevada Colza Tremoço Trigo Soja

kg cm-2 -----------------------------------m-----------------------------------

0 308,7 a 439,4 a 78,2 a 228,0 a 84,6 a

6 215,4 b 332,8 b 56,5 b 218,6 b 73,7 b

11 134,0 c 136,5 c 45,4 b 91,8 c 41,6 c

18 50,7 d 75,9 d 25,0 c 43,6 d 8,8 d


1/
Médias para compactação dentro de cada espécie vegetais, seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste Tukey a 5%.
Fonte: Cintra (1980).

A compactação do solo, ocasiona aumento na sua d. Textura


densidade, reduzindo o transporte dos nutrientes no
solo, notadamente aqueles que são dependentes do Nos solos argilosos ocorre maior fixação do P,
fluxo difusivo, por exemplo P, Cu, Mn e Zn (Figura 5). reduzindo a sua disponibilidade às plantas (FURTINI et
Em muitas situações, a análise do solo indica altos al., 2005). De forma similar ao P, em solos argilosos,
teores disponíveis de P, enquanto que a planta possui ocorre também redução na disponibilidade do Zn às
teores nas folhas abaixo da faixa adequada. plantas. Sendo assim, é comum encontrar lavouras de
soja com baixos teores foliares desse nutriente sendo
cultivadas em solos argilosos que apresentam teores
de Zn acima do nível crítico (BRANDÃO, comunicação
pessoal).
Figura 5. Efeito da
compactação de um Nos solos arenosos ocorre maior lixiviação dos
Latossolo Vermelho-Es- nutrientes aniônicos (nitrato, sulfato, molibdato e
curo, com 610 g kg-1 de
boro) e do potássio, reduzindo a sua disponibilidade
argila, com uma dose
de 450 mg dm-3 de P, às plantas.
sobre o crescimento da
soja. Fonte: Ribeiro et
al. (1985).

15
3.4. FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES ÀS PLANTAS

e. Umidade do solo pode evitar a toxicidade de outro nutriente. Por


exemplo, o Ca2+ reduz a absorção do Cu2+ e o excesso
A disponibilidade dos nutrientes às plantas é afetada de P (íon fosfato) reduz a disponibilidade do Zn2+ às
pelo teor de umidade no solo. plantas.

A mineralização da matéria orgânica do solo é Inibição: Um nutriente diminui a absorção de outro


realizada por microrganismos e é influenciada pelas nutriente. Pode ser dividida em inibição competitiva e
condições climáticas do ambiente. A falta de umidade inibição não competitiva.
retarda a mineralização, reduzindo a disponibilidade
de nitrogênio, fósforo, enxofre e boro às plantas. Na inibição competitiva, dois nutrientes competem
pelo mesmo sítio de absorção do transportador,
Além disso, a água é o veiculo natural para o diminuindo a absorção do nutriente que estiver em
movimento dos nutrientes no solo por fluxo de massa menor concentração na solução do solo. Ocorre entre
e difusão. A podridão apical ou fundo preto é um íons com propriedades físico-químicas semelhantes
distúrbio fisiológico nos frutos das solanáceas (valência e raio iônico), sendo que o transportador não
(tomateiro, pimentão e berinjela) causado pela consegue distingui-los. Por exemplo, ocorre inibição
deficiência de cálcio. Esta anomalia pode ocorrer nos competitiva entre o Zn2+ e Ca2+. Esse fenômeno pode
frutos das solanáceas cultivadas em solos com baixo ser corrigido aumentando-se a concentração do
teor de umidade, mesmo com teores adequados nutriente deficiente na solução do solo.
desse nutriente.
A inibição não competitiva acontece quando os íons
f. Interações entre os nutrientes não competem pelo mesmo sítio do transportador.
Um exemplo desta interação é a que ocorre entre os
As interações que ocorrem entre os nutrientes no solo cátions básicos (Ca2+, Mg2+ e K+). O excesso de um
são de natureza muito complexa e seus efeitos desses nutrientes no solo reduz a absorção dos
refletem na composição mineral das plantas. demais cátions e, em situações extremas, pode
causar deficiências nutricionais.
Embora o processo de absorção dos nutrientes seja
específico e seletivo, pode ocorrer competição entre Sinergismo: Ocorre quando um nutriente aumenta a
eles, devido à semelhança química (raio iônico e absorção de outro nutriente. Por exemplo, o Ca em
valência), pois ambos os nutrientes provavelmente concentrações não muito elevadas, aumenta a
compartilham o mesmo transportador, seja pela absorção dos demais nutrientes devido ao seu papel
ATPase específica, seja por um sistema acoplado de na manutenção da integridade da plasmalema. Esse
transporte ou co-transporte (PRADO, 2008). efeito tem consequência na prática da adubação,
considerando-se que, com a calagem, além da
As interações entre os nutrientes podem ser correção do pH do solo para a faixa mais adequada às
classificadas em três grupos: antagonismo, inibição e culturas, também há aumento da concentração de Ca
sinergismo. no solo (SILVA; TREVISAM, 2015).

Antagonismo: Ocorre quando um determinado


nutriente diminui a absorção de outro, independente
da concentração do nutriente na solução do solo. A
diminuição da absorção de um determinado nutriente

16
3.4. FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES ÀS PLANTAS

Interações entre os nutrientes mais comuns nos solos

Nitrogênio x enxofre hidratação, comparado aos íons Ca2+ e Mg2+ que são
divalentes (PRADO, 2008).
O N e o S são nutrientes fundamentais para a síntese
de aminoácidos e proteínas, e o suprimento A produtividade das culturas é maximizada pela
inadequado de um desses nutrientes ocasiona aplicação do Mg em solos com baixos teores desse
desequilíbrio nutricional, resultando na redução da nutriente e teores de K na faixa alta ou adequada
qualidade dos produtos agrícolas e da produtividade (MALAVOLTA, 1980).
das culturas. Portanto, o S é importante para o
incremento na produção de matéria seca e no teor de É amplamente conhecido o antagonismo entre Ca e
N proteico (PRADO, 2008). Mg na solução do solo, ou seja, o excesso de um
nutriente prejudica a absorção do outro (MOORE;
Nitrogênio x potássio OVERSTREET; JACOBSON, 1961).

O processo de fixação biológica do nitrogênio, Fósforo x nitrogênio


realizado pelas bactérias em simbiose com a soja,
pode fornecer a quase totalidade do nitrogênio de que O suprimento limitado de P tem impacto negativo na
a planta necessita. A elevação na produtividade da fixação biológica de nitrogênio, pois tanto a redução
soja pode ser limitada pelos baixos teores de K nos do N2 atmosférico, que ocorre nos bacteroides, quanto
solos. a assimilação do amônio (N-NH4+) em aminoácidos e
ureideos nas plantas são processos consumidores de
Além do aumento na produtividade da soja, a relação energia. Portanto, a falta de P reduz a atividade
adequada entre o N e K, pode proporcionar outros específica da nitrogenase e também a concentração
benefícios: de ATP nos nódulos (ISRAEL, 1991).

• Redução no acamamento das plantas. O K As plantas dependentes da fixação biológica do N2


promove o acúmulo de maior quantidade de atmosférico têm maior necessidade de P para um
carboidratos nos colmos, beneficiando a produção crescimento ótimo do que aquelas supridas com
de compostos orgânicos estruturais. nitrato (ISRAEL, 1987).

• Aumento na qualidade dos grãos, proporcionando Fósforo x zinco


maior teor de proteínas. O K está envolvido no
transporte do N para a síntese proteica. Altas concentrações de P nos solos causam
deficiência de Zn na cultura da soja. Em
Potássio x cálcio x magnésio Morrinhos/GO, na safra 2014/2015, constatou-se
baixos teores de Zn nas folhas de soja em soja em
É uma das interações entre nutrientes mais solos com teores muito altos de P (Presina > 40 mg
conhecidas. O aumento no teor de K na solução do dm-3). Os teores de Zn no solo estavam acima do nível
solo acarreta diminuição dos teores de Ca e Mg nas crítico (Zn DTPA > 1,2 mg dm-3).
plantas. Em situações extremas, pode causar
redução na produtividade das culturas (PRADO, 2008). Isso pode ocorrer porque o P insolubiliza o Zn na
superfície das raízes ou o precipita como fosfato de
Altos teores de Mg no solo não reduzem zinco nos vasos condutores, impedindo sua absorção
significativamente os teores de K nas folhas das e transporte para a parte aérea das plantas. A
plantas (FONSECA; MEURER, 1997). A absorção do K+ deficiência do Zn pode ser devida também à
pelas plantas ocorre de forma preferencial pelo fato desordem metabólica causada pelo desequilíbrio
de ser um íon monovalente, com menor grau de entre os dois nutrientes (PRADO, 2008).

17
3.4. FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES ÀS PLANTAS

Fósforo x magnésio 3.4.2 Fatores da planta

Ocorre sinergismo entre P e Mg, ou seja, a absorção Existe uma grande variabilidade genética entre
do P é máxima em solos com teores adequados de plantas quanto à eficiência na absorção dos
Mg. O Mg é um carregador de P, como resultado da nutrientes do solo. As plantas exercem influência na
participação do Mg na ativação das ATPases da disponibilidade dos nutrientes. As raízes de genótipos
membrana responsáveis pela absorção iônica ou espécies eficientes na absorção de determinado
(MALAVOLTA, 2006). nutriente alteram a rizosfera de forma a aumentar a
disponibilidade dos nutrientes. Por exemplo, os
Cálcio x boro genótipos mais eficientes na absorção dos
micronutrientes catiônicos podem alteram a rizosfera
Uma elevada concentração de Ca na solução do solo por meio dos seguintes mecanismos:
diminui a absorção de B, sendo esta uma das
principais razões para a redução da disponibilidade a. Abaixamento do pH da rizosfera (excreção de
deste micronutrientes em solos com pH acima de 7,0. íons H+);

Enxofre x molibdênio b. Excreção de compostos orgânicos redutores. Por


exemplo, os íons Fe3+ e Mn3+ são reduzidos para as
As adubações com doses elevadas de sulfato formas Fe2+ e Mn2+; que são disponíveis às plantas
(S-SO42-) podem ocasionar maior lixiviação do
molibdênio (MoO42-), induzindo deficiência deste c. Excreção de ácidos orgânicos capazes de
nutriente na cultura da soja. Além disso, o sulfato e o aumentar a solubilidade dos micronutrientes
molibdato são ânions com propriedades catiônicos ou seu transporte até as raízes das
físico-químicas semelhantes como, por exemplo as plantas.
suas valências, ocorrendo grande possibilidade
desses íons competirem pelo mesmo sítio de No caso específico dos micronutrientes, há variação
absorção. entre as espécies vegetais quanto à sensibilidade à
baixa disponibilidade desses nutrientes no solo
O sulfato possui maior afinidade pelos (Tabela 3). A lista é parcial, e uma dada espécie
transportadores da membrana, inibindo a absorção do vegetal pode mudar de categoria em função de
molibdato principalmente em solos com altos teores variações no tipo de solo, condições de crescimento e
de sulfato. resposta diferencial de genótipos dentro de uma
mesma espécie.
Em sistemas de manejo com aporte insuficiente de
Mo pode ocorrer redução na fixação biológica do
nitrogênio, comprometendo a produtividade da soja.

Tabela 3. Sensibilidade relativa de culturas a deficiências de micronutrientes.

Sensibilidade das culturas à deficiência de micronutrientes 1/


Cultura
B Cu Fe Mn Mo Zn
Alfafa A A M M M B
Aveia B A M A B B
Batata B B - A B M
Feijão B B A A M A
Milho B M M M B A
Soja B B A A M M
Sorgo B M A A B A
Trigo B A B A B B
1/
A: Alta; M: Média; B: Baixa. Fonte: Adaptada de Martens; Westermann (1991).

18
3.5. NUTRIENTES NO SOLO E NA SOJA
3.5.1. NITROGÊNIO (N)

a. Nitrogênio no solo de absorção do N do solo.

O N destaca-se pelo acentuado dinamismo na Nos solos com acidez elevada há menor atividade dos
natureza, apresentando grande mobilidade no solo. microrganismos do solo, proporcionando menor
As reações químicas do N nos solos são mediadas mineralização do N orgânico.
por microrganismos. Portanto, é muito difícil mantê-lo
no solo em quantidades suficientes para atender as c. Funções do nitrogênio
necessidades das plantas.
O N é o nutriente responsável pelo desenvolvimento
O N do solo está predominantemente na forma vegetativo da soja.
orgânica, representando mais de 95% do N total.
Algumas formas ou frações do N tem meia vida de Atua na síntese de compostos nitrogenados
poucos dias, enquanto outras permanecem no solo (aminoácidos, proteínas, aminas, amidas,
por séculos (ácidos húmicos e humina). aminoaçúcares, purinas, pirimidinas e alcaloides).

A mineralização biológica do nitrogênio orgânico Atua na produção da clorofila e está envolvido


constitui o primeiro passo para a sua disponibilização diretamente na fotossíntese. Estimula a formação e o
às plantas. Geralmente, esse processo é definido desenvolvimento das gemas floríferas. É componente
como a conversão do nitrogênio orgânico (N org) em de ácidos nucleicos, enzimas, coenzimas e vitaminas.
amônio (N-NH4+), com posterior conversão em nitrato
(N-NO3-) pelos microrganismos nitrificantes. O nitrato d. Sintomas de deficiência do nitrogênio
é a principal fonte de nitrogênio assimilado pelas
plantas. O N é um nutriente com alta mobilidade no floema das
plantas. Portanto, os sintomas de deficiência de N
Há grande amplitude da fração mineralizável do N ocorrem inicialmente nas folhas velhas (Figura 6). Em
orgânico nos diferentes resíduos, variando de acordo situações críticas, os sintomas podem atingem
com a fonte e principalmente com o manejo ao qual também as folhas mais novas.
são submetidos.
As folhas velhas da soja vão perdendo a cor
O fluxo de massa é o principal mecanismo de verde-escuro e adquirem coloração verde-pálido.
transporte de N às raízes da soja. As plantas Posteriormente, ocorre clorose generalizada
absorvem o N do solo na forma de nitrato, amônio e (amarelecimento) das folhas velhas causada pela
aminoácidos. menor síntese de clorofila. Com o agravamento da
deficiência de N, a clorose progride para necrose.
b. Fatores que afetam a disponibilidade do nitrogênio
Com a redução na síntese dos fotoassimilados, ocorre
A disponibilidade do N está diretamente relacionada crescimento mais lento das plantas e os grãos de soja
aos fatores que afetam a atividade dos tornam-se menores.
microrganismos e a dinâmica deste nutriente nos
solos.

Os solos com baixo teor de matéria orgânica


possuem menor reserva de N orgânico e têm menor
disponibilidade de N às plantas.

As regiões com alta precipitação pluviométrica


aumentam a probabilidade de perdas de N por
lixiviação, reduzindo a sua disponibilidade às plantas.

As estiagens prolongadas reduzem a mineralização e


a disponibilidade do N orgânico, além de reduzir o Figura 6. Deficiência de nitrogênio da soja.
crescimento das raízes, diminuindo sua capacidade Crédito da foto: Noble R. Usberwood (PPI).

19
3.5.2. FÓSFORO (P)

a. Fósforo no solo com excesso de umidade ocorre redução no


crescimento das raízes devido à deficiência de
O teor de P total dos solos tropicais situa-se entre 200 aeração, ocasionando menor absorção de P pelas
e 3.000 mg kg-1 de P, equivalente a 400 e 6.000 kg ha-1 plantas.
de P2O5. O P encontra-se na solução e na fase sólida
do solo. O teor de P da solução do solo é muito baixo c. Funções do fósforo
e está em equilíbrio com o P da fase sólida.
O P é imprescindível ao crescimento e à reprodução
A maior parte do P do solo encontra-se na fase sólida da soja, a qual não alcança o seu máximo potencial
e é dividida em P-lábil e P-não lábil. O P-lábil é aquele produtivo sem um adequado suprimento deste
que está adsorvido aos coloides minerais e orgânicos nutriente.
do solo, mas em equilíbrio com o P da solução do solo,
podendo ser considerado como disponível às plantas. A principal função do P na soja está relacionada ao
O P-não lábil é o P precipitado em compostos armazenamento e à transferência de energia. É
insolúveis com o Ca, Fe e Al ou adsorvido em sítios de componente dos nucleotídeos utilizados no
elevada energia e, deste modo, o seu aproveitamento metabolismo energético das plantas e está presente
pelas plantas é incerto. nas moléculas dos açúcares intermediários da
respiração e fotossíntese.
A difusão é o principal mecanismo de transporte do P
às raízes da soja, sendo absorvido na forma de íon Acelera o enraizamento da soja e atua na divisão
fosfato (H2PO4-). celular. Aumenta o teor de carboidratos, óleos,
gorduras e proteínas na soja. Favorece o vigor e a
b. Fatores que afetam à disponibilidade de fósforo frutificação da soja. Proporciona maior uniformidade
na maturação dos grãos e reduz a incidência de grãos
A disponibilidade do P para a soja é reduzida pela defeituosos.
retenção do P nos solos e é conhecida como
“fixação”. d. Sintomas de deficiência de fósforo

Várias propriedades do solo afetam a fixação de P, O P é um nutriente móvel no floema da soja. Portanto,
sendo as mais importantes: pH, textura, tipo e os sintomas de deficiência do P na soja ocorrem
quantidade de coloides (minerais de argilas e húmus) inicialmente nas folhas velhas.
e a quantidade de outros ânions que podem competir
com o íon fosfato pelos sítios de adsorção, como, por As folhas velhas da soja adquirem uma coloração
exemplo, sulfato e silicato. verde-escuro sem brilho. Ocorre redução no
crescimento, e as plantas se tornam raquíticas, com
A fixação do P é afetada pelo pH do solo (Figura 4). A folhas pequenas (Figura 7). Baixa inserção das vagens
maior disponibilidade de P ocorre na faixa de pH entre da soja.
6,0 a 6,5. Em solos ácidos, o P é precipitado pelos íons
Fe e Al e é adsorvido nos oxidróxidos de Fe e de Al A deficiência de P reduz o número e a eficiência dos
formando fosfatos pouco solúveis. Em solos nódulos na fixação simbiótica do nitrogênio.
alcalinos, a reação do P ocorre com o Ca formando o
fosfato tricálcio, com baixa solubilidade em água.

A fixação do P também é influenciada pelo teor de


argila do solo. Quanto maior o teor de argila do solo,
maior é a fixação do fósforo.

Em solos compactados ocorre menor difusão do P,


reduzindo a absorção pela soja. Os solos com menor
teor de umidade, a quantidade de P absorvida pelas
plantas é reduzida drasticamente devido a menor Figura 7. Deficiência do fósforo em soja.
difusão e menor crescimento das raízes. Em solos Crédito da foto: Luiz Antonio Zanão Júnior (IAPAR).

20
3.5.3. POTÁSSIO (K)

a. Potássio no solo adequado de N.

As plantas absorvem o K da solução do solo, o qual, d. Sintomas de deficiência de potássio na soja


por sua vez, é reposto pelo K trocável (K adsorvido aos
coloides minerais e orgânicos) e pelo K não-trocável. O K é um nutriente móvel no floema da soja. Portanto,
Nos solos tropicais, altamente intemperizados, a os sintomas de deficiência do K na soja ocorrem
contribuição do K não-trocável e o K dos minerais inicialmente nas folhas velhas.
primários para a reposição do K na solução do solo é
muito pequena. Inicialmente, ocorre clorose nas bordas das folhas
velhas da soja (Figura 8). Com o agravamento da
A difusão é o principal mecanismo de transporte do K deficiência, a clorose progride para necrose das
às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de bordas e pontas das folhas da soja (Figura 9).
K+. Posteriormente, a necrose atinge a base das folhas
até a necrose total.
b. Fatores que afetam à disponibilidade de potássio
Ocorre redução no tamanho e no peso das sementes
A disponibilidade de K à soja é afetada pelo pH do solo da soja. Os grãos tornam-se enrugados e deformados,
(Figura 4). Quanto maior o pH do solo, maior a reduzindo o vigor e o poder germinativo. Pode ocorrer
disponibilidade de K às culturas. haste verde ou retenção foliar. Nesse caso, as folhas
da soja permanecem verdes e os grãos maduros.
Solos com desequilíbrio nos teores de cátions básicos
(altos teores de Ca e/ou Mg e baixos teores de K)
apresentam menor disponibilidade de K às plantas.

Em solos arenosos, com baixa CTC, localizados em


regiões com alta precipitação, podem ocorrer perdas
de K por lixiviação para as camadas mais profundas,
reduzindo a sua disponibilidade à cultura da soja.

c. Funções do potássio nas plantas

Cerca de 70% do K nas plantas permanece na forma


iônica, livre nas células.

O K é o nutriente que tem a maior influência na


Figura 8. Sintomas iniciais de deficiência de potássio em soja.
qualidade da cultura. Estimula o enchimento dos Fonte: Sfredo (2008).
grãos da soja, diminuindo o chochamento, e aumenta
o teor de carboidratos, óleos, gorduras e proteínas.

O K é ativador enzimático. Ativa cerca de 60 enzimas,


dentre as quais as relacionadas à síntese dos amidos
e proteínas e as envolvidas com o desdobramento
dos açúcares.

Melhora a eficiência da soja na utilização da água,


regulando a abertura e o fechamento dos estômatos
das células-guarda e a turgidez do tecido.

A nutrição adequada com K reduz a incidência de


pragas e doenças. Aumenta a resistência da soja ao
acamamento, acelerando a lignificação das células do Figura 9. Sintomas intermediários da deficiência de potássio em
esclerênquima, principalmente com o suprimento soja. Fonte: Sfredo (2008).

21
3.5.4. CÁLCIO (Ca)

a. Cálcio no solo O Ca é indispensável para o pegamento da florada,


atuando na germinação do grão de pólen e no
O Ca do solo é proveniente de rochas contendo crescimento do tubo polínico.
minerais, como dolomita, calcita, apatita e feldspatos
cálcicos. Estimula o crescimento das raízes e dos demais
órgãos das plantas. A taxa de crescimento das raízes
Em solos tropicais e subtropicais, esses minerais são é imediatamente reduzida pela interrupção do
intemperizados e o cálcio, em parte, é perdido por fornecimento deste nutriente e, após alguns dias, as
lixiviação. Portanto, os solos localizados nessas extremidades das raízes tornam-se marrons e
regiões são ácidos e possuem baixos teores de Ca. gradualmente morrem.
Em solos com pH na faixa alcalina, o Ca pode
precipitar como carbonatos, fosfatos ou sulfatos, com Em solos ácidos ou salinos, o Ca tem grande
baixa solubilidade em água. importância na manutenção da absorção iônica,
mantendo a estrutura e o funcionamento das
O Ca disponível às plantas está na forma iônica de membranas celulares.
Ca2+ e encontra-se na solução do solo e adsorvido aos
coloides minerais e orgânicos. No complexo de troca Aumenta a resistência das plantas às pragas e
dos solos, o cátion básico dominante é o Ca2+, seguido doenças e aos estresses por calor, frio e vento.
pelo Mg2+ e pelo K+. Na solução do solo, a
concentração do Ca é muito baixa, sobretudo nos d. Sintomas de deficiência de cálcio
solos ácidos das regiões tropicais.
O Ca é um nutriente com baixa mobilidade no floema
Em solos com manejo adequado do calcário, o Ca não da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do Ca na
constitui fator limitante às culturas. soja ocorrem inicialmente nos tecidos mais novos das
plantas.
O fluxo de massa é o principal mecanismo de
transporte do Ca às raízes da soja, sendo absorvido na Os pontos de crescimento das plantas são afetados
forma iônica de Ca2+. pela deficiência de Ca. O sistema radicular fica
atrofiado, ocorrendo a morte da gema apical.
b. Fatores que afetam à disponibilidade de cálcio
Há atraso na emergência das folhas e estas, quando
A disponibilidade do Ca às plantas é afetada pelo pH emergem, tornam-se deformadas, adquirindo a forma
do solo (Figura 4). A maior disponibilidade do Ca de taça, denominada de encarquilhamento (Figura
ocorre em pH entre 6,0 a 6,5. 10). Pode ocorrer quebra do pedúnculo à
desintegração da parede celulósica.
Nos solos com desequilíbrio entre os cátions básicos
(altos teores de Mg2+ e/ou K+ e baixos teores de Ca2+) Nas leguminosas, ocorre redução na nodulação,
ocorre redução na disponibilidade de Ca à cultura da podendo induzir deficiência de N na soja.
soja.

c. Funções do cálcio

A principal função do Ca nas plantas é a estrutural. É


essencial para a formação e manutenção da
integridade e funcionalidade das membranas e
paredes celulares das plantas.

O pectato de cálcio da lamela média atua como


cimento entre as células. Em plantas com deficiência
de Ca, as membranas tornam-se porosas, podendo
perder os íons anteriormente absorvidos. Figura 10. Deficiência de cálcio em soja.
Crédito da foto: T. Scott Murrell (IPNI).

22
3.5.5. MAGNÉSIO (Mg)

a. Magnésio no solo c. Funções do magnésio

O Mg do solo é proveniente de rochas contendo É constituinte da clorofila (2,7% do seu peso


minerais primários, como piroxênios, anfibólios, molecular), pigmento presente no cloroplasto onde
olivina e turmalina, e minerais secundários, tais como ocorre a fotossíntese das plantas. Cerca de 50% do
clorita, ilita e vermiculita. Os carbonatos e sulfatos Mg nas folhas da soja estão nos cloroplastos.
com Mg também são fontes deste nutriente nos
solos. O Mg é ativador das enzimas nas plantas. É nutriente
que ativa o maior número de enzimas, dentre as quais
Em solos tropicais e subtropicais, esses minerais são as relacionadas à síntese de carboidratos e outras
intemperizados, e uma fração do Mg pode ser perdida envolvidas na síntese de ácidos nucleicos.
por lixiviação. Portanto, os solos localizados nessas
regiões são ácidos e possuem baixos teores de Mg. O Mg está envolvido com o metabolismo do fosfato
na soja e é o carreador do P nas plantas.
No complexo de troca dos solos subtropicais e
tropicais, o Mg é o terceiro cátion mais abundante, Melhora a absorção do P dos solos, aumentando a
superado apenas pelo Ca2+ e pelo H+. Na solução do eficiência agronômica dos fertilizantes fosfatados.
solo, a concentração de Mg é muito baixa, sobretudo
nos solos ácidos das regiões tropicais. Atua na síntese de proteínas. O Mg é necessário para
a transferência de energia aos aminoácidos, por meio
O fluxo de massa é o principal mecanismo de de enzimas fosforilativas, e manutenção da
transporte do Mg às raízes da soja, sendo absorvido estabilidade das unidades ou partículas dos
na forma iônica de Mg2+. ribossomos.

b. Fatores que afetam à disponibilidade de magnésio d. Sintomas de deficiência de magnésio

A disponibilidade do Mg às plantas é afetada pelo pH O Mg é um nutriente móvel no floema da soja.


do solo (Figura 4). A deficiência do Mg ocorre em Portanto, os sintomas de deficiência do Mg ocorrem
solos com pH em água menor que 5,4. inicialmente nas folhas velhas da soja.

Solos com desequilíbrio entre os cátions básicos As folhas mais velhas mostram clorose internerval
(altos teores de Ca2+ e/ou K+ e baixos teores de Mg2+) (amarelo-claro) e as nervuras permanecem com
apresentam redução na disponibilidade do Mg à coloração verde-pálido (Figura 11).
cultura da soja.
A deficiência de Mg reduz a fotossíntese da soja
A saturação por magnésio mais adequada à cultura causando diminuição da síntese dos fotoassimilados
da soja em solos com CTC menor que 80 mmolc dm-3 e comprometendo a produtividade da cultura.
situa-se na faixa de 13 a 18%. Nos solos com CTC
maior que 80 mmolc dm-3, a saturação por magnésio Ocorre redução no desenvolvimento do sistema
mais adequada é de 13 a 20%. radicular.

As relações do Mg com o Ca e o K nos solos mais


adequada à cultura da soja variam de acordo com a
CTC. Em solos com CTC menor que 80 mmolc dm-3, a
relação Ca/Mg e Mg/K mais adequada à cultura da
soja é de 1 a 2 e de 5 a 10, respectivamente. Em solos
com CTC maior que 80 mmolc dm-3, a relação Ca/Mg e
Mg/K mais adequada é de 1,5 a 3,5 e de 3 a 6,
respectivamente.

Figura 11. Deficiência de magnésio em soja.


Crédito da foto: Eros A. B. Francisco (IPNI).

23
3.5.6. ENXOFRE (S)

a. Enxofre nos solos c. Funções do enxofre

De forma similar ao nitrogênio, a maior parte do S nos O S atua no desenvolvimento vegetativo e na


solos está na forma orgânica (60 a 90% do S total). frutificação da soja.
Portanto, o reservatório do S nos solos é a matéria
orgânica. Exerce papel na síntese de aminoácidos (cistina,
cisteína e metionina) e proteínas, perfazendo cerca de
É necessário que o S orgânico dos solos seja 90% do S nas plantas.
convertido em sulfato (SO42-), forma prontamente
disponível às plantas, por meio do processo É um dos responsáveis pela síntese dos reguladores
denominado mineralização. de crescimento na soja (tiamina, biotina e glutamina).

Além disso, o sulfato é lixiviado de forma similar ao N, Está envolvido na síntese de óleos e gordura.
acumulando-se nas camadas mais profundas do solo
e reduzindo a sua disponibilidade à cultura da soja. Participa na fixação biológica do nitrogênio por meio
da ativação da nitrogenase.
Nas últimas décadas, houve aumento na incidência da
deficiência de S na soja devido à utilização de d. Sintomas de deficiência de enxofre
fertilizantes com alta concentração de N, P e K e
baixos teores de S. O S é um nutriente com baixa mobilidade no floema da
soja. Portanto, os sintomas de deficiência do S
O fluxo de massa é o principal mecanismo de ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja.
transporte de S às raízes da soja, sendo absorvido na
forma iônica de sulfato (SO42-). As plantas também Ocorre clorose geral das folhas novas, incluindo as
absorvem o S na forma gasosa (SO2) e na forma de nervuras, que de verde-pálido passam a amarelo,
aminoácidos contendo S (cistina, cisteína e similar ao sintoma de deficiência de N (Figura 12).
metionina).
Há redução no porte e no florescimento da soja.
b. Fatores que afetam à disponibilidade de enxofre
O caule torna-se delgado e fraco e as plantas ficam
A principal fonte natural de S é a matéria orgânica, e os muito susceptíveis ao acamamento.
fatores que afetam a sua dinâmica nos solos
influenciam na disponibilidade deste nutriente à
cultura da soja.

Os solos com baixo teor de matéria orgânica têm


menor reserva de S orgânico e menor disponibilidade
de S às plantas.

Regiões com alta precipitação pluviométrica


apresentam maior probabilidade de perdas de S por
lixiviação, reduzindo a sua disponibilidade às plantas.

As estiagens prolongadas reduzem a mineralização


do S orgânico, diminuindo a disponibilidade do
nutriente às plantas. Ocorre também redução no
crescimento das raízes das plantas, limitando a
capacidade de absorção do S do solo.

Os solos com acidez elevada apresentam menor


atividade dos microrganismos, resultando em menor Figura 12. Deficiência do enxofre em soja.
mineralização do S orgânico. Crédito da foto: Valter Casarin (IPNI).

24
3.5.7. BORO (B)

a. Boro no solo O B está envolvido na translocação de açúcares,


atuando no seu transporte das folhas para os demais
O teor total de B nos solos é bastante variável, órgãos da planta.
ocorrendo na faixa de 1 e 270 mg kg-1 de solo. Os
maiores teores de B são encontrados nas regiões Exerce papel na divisão, maturação e na diferenciação
semi-áridas e áridas, e os menores, nos solos celular. Participa na síntese de celulose e lignina,
arenosos das regiões úmidas. conferindo maior tolerância da soja às pragas e
doenças.
O B é um elemento químico solúvel em água e os
minerais contendo B possuem baixa dureza. São O B está diretamente envolvido com o metabolismo
encontrados em depósitos evaporíticos situados em do Ca, atuando na formação da parede celular.
regiões desérticas, anteriormente ocupadas por
lagoas ou praias. Na América do Sul, os minerais de B d. Sintomas de deficiência de boro
são encontrados nas regiões desérticas no Norte da
Argentina, no deserto do Atacama, no Chile, e no O B possui baixa mobilidade no floema da soja.
Altiplano Boliviano. Portanto, os sintomas de deficiência do B ocorrem
inicialmente nas folhas mais novas da soja.
O teor de B total e de B solúvel estão correlacionados
diretamente com o teor de matéria orgânica do solo. A deficiência de B provoca a desorganização dos
Quanto maior o teor de matéria orgânica, maior o teor vasos condutores da soja.
de B total e de B disponível às plantas.
Com o agravamento da deficiência de B, pode ocorre a
O fluxo de massa é o principal mecanismo de morte da gema apical, causando superbrotamento
transporte do B às raízes da soja, sendo absorvido na (Figura 13).
forma de ácido bórico (H3BO3).

b. Fatores que afetam a disponibilidade de boro

A disponibilidade do B no solo à soja é afetada pelo pH


do solo (Figura 4). A maior disponibilidade do B às
plantas ocorre na faixa de pH entre 5 e 7.

Altas precipitações pluviométricas provocam


Figura 13. Deficiência de boro em soja.
lixiviação do B para as camadas subsuperficiais do Fonte: Sfredo (2008).
solo, reduzindo a sua disponibilidade às plantas,
principalmente em solos de textura arenosa. e. Sintomas de fitotoxicidade de boro

As secas prolongadas reduzem a disponibilidade do B Ocorre amarelecimento das pontas e margens das
e podem induzir deficiência nas culturas. Ocorre folhas, seguido de necrose progressiva. As folhas têm
menor decomposição da matéria orgânica, principal queda precoce e ocorre morte das raízes das plantas
fonte natural de B nos solos tropicais. Além disso, há (Figura 14).
também redução no crescimento das raízes das
plantas, limitando a sua capacidade de absorção de B
do solo.

c. Funções do boro

O B difere dos demais micronutrientes, pois é o único


Figura 14. Sintomas de
que não foi identificado em compostos vitais da fitotoxicidade de boro
planta. Além disso, não se identificou qualquer reação em soja. Crédito da
crucial para o metabolismo das plantas com a foto: Biosoja.
participação do B.

25
3.5.8. COBALTO (Co)

a. Cobalto no solo

O teor total de Co nos solos é influenciado pelo


material de origem e pelo processo de formação dos
solos.

Solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo


Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem
maiores teores totais de Co, enquanto solos derivados
de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem
os menores teores do nutriente.

A difusão é o principal mecanismo de transporte do


Co às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica
de Co2+.

b. Fatores que afetam a disponibilidade de cobalto

A disponibilidade de Co às plantas é afetada pelo pH


do solo (Figura 4). Quanto maior o pH do solo, menor
é a disponibilidade do Co às plantas.

Solos com alto teor de matéria orgânica possuem


menor disponibilidade de Co, podendo induzir
deficiência nas culturas. Ocorre formação de
Figura 15. Deficiência de cobalto em soja.
complexos muito estáveis do Co com as substâncias Crédito da foto: Gilberto Barbante Kerbauy (USP).
húmicas, notadamente os ácidos húmicos.

c. Funções do cobalto e. Sintomas de toxicidade de cobalto

O Co é um elemento químico benéfico à cultura da O Co, quando aplicado em altas doses das sementes
soja. É essencial para a fixação biológica do de soja (acima de 3 g ha-1), inibe a absorção de Fe.
nitrogênio. Participa da síntese da cobalamida e da
vitamina B12, necessária a síntese da O sintoma de clorose generalizada é característico da
leghemoglobina, que determina a atividade dos deficiência de Fe, induzida pelo excesso de Co. A
nódulos localizados nas raízes da soja. recuperação da soja é rápida e não ocorre redução na
produtividade da cultura (Figura 16).
d. Sintomas de deficiência de cobalto

O Co é um micronutriente com baixa mobilidade no


floema das plantas. Portanto, os sintomas de
deficiência do Co ocorrem inicialmente nas folhas
mais novas da soja.

Os sintomas da deficiência do Co são similares aos da


deficiência de N devido a menor fixação biológica de
nitrogênio. A deficiência de Co causa inicialmente
clorose nas folhas mais velhas da soja, que progride
para necrose (Figura 15). Deficiência de Fe,
induzida por aplicaçao de Co

Figura 16. Toxicidade de cobalto em soja.


Fonte: Sfredo (2008).

26
3.5.9. COBRE (Cu)

a. Cobre no solo d. Sintomas de deficiência de cobre

O teor total de Cu nos solos é influenciado pelo O Cu é um micronutriente com baixa mobilidade no
material de origem e pelo processo de formação dos floema das plantas. Portanto, os sintomas de
solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas deficiência do Cu na soja ocorrem inicialmente nas
(Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) folhas mais novas.
possuem os maiores teores totais de Cu, enquanto os
solos derivados de arenitos e demais sedimentos A deficiência de Cu na soja causa redução no
arenosos possuem os menores teores do nutriente. crescimento das plantas. As folhas mais novas
adquirem coloração verde-acinzentada ou
A difusão é o principal mecanismo de transporte do verde-azulada (Figura 17). Ocorre redução no
Cu às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica crescimento das plantas pelo encurtamento dos
de Cu2+. internódios.

b. Fatores que afetam a disponibilidade de cobre

A disponibilidade do Cu às plantas é afetada pelo pH


do solo (Figura 4). Quanto maior o pH do solo, menor
é a disponibilidade do Cu às plantas e, dependendo do
teor do micronutriente no solo, pode causar
deficiências nas culturas.

Os solos com alto teor de matéria orgânica possuem


menor disponibilidade de Cu, podendo induzir a
deficiência deste nutriente na cultura da soja. Isso
ocorre devido à formação de complexos muito
estáveis de Cu com as substâncias húmicas, Figura 17. Deficiência de cobre em soja.
notadamente os ácidos húmicos. Crédito da foto: Godofredo César Vitti (ESALQ/USP).

Altos teores dos demais micronutrientes catiônicos


(Fe, Mn e Zn) no solo reduzem a disponibilidade de Cu e. Sintomas de fitotoxicidade de cobre
às plantas (inibição competitiva).
Ocorre o aparecimento de pontos necróticos nas
c. Funções do cobre bordas dos folíolos das folhas mais velhas que
progride para as folhas mais novas (Figura 18).
É ativador ou constituinte de várias enzimas. Atua em
diversos processos metabólicos, dentre os quais a
fotossíntese, respiração, regulação hormonal e
mecanismos de resistência às doenças.

A deficiência de Cu provoca o acúmulo de compostos


fenólicos e redução da síntese de lignina, substância
que atua na defesa das plantas contra as doenças. O
Cu tem efeito tônico nas folhas, inibindo a síntese de
etileno que, por sua vez, está envolvido no processo de
senescência, deixando as folhas ativas por mais
tempo.

Figura 18. Sintomas de fitotoxicidade de cobre em soja.


Fonte: Sfredo (2008).

27
3.5.10. FERRO (Fe)

a. Ferro no solo d. Sintomas de deficiência de ferro

O Fe é um dos elementos químicos mais abundantes na O Fe é um micronutriente com baixa mobilidade no


crosta terrestre, superado apenas pelo oxigênio, silício e floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do
alumínio. O teor médio de Fe nos solos é de 3,5%. Fe ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja.

O teor de Fe disponível nos solos é controlado pelas As folhas novas apresentam variados graus de
reações redox. Os ambientes redutores (alto teor de clorose internerval, a qual caminha da ponta para a
umidade) possuem teores elevados do íon Fe2+ na base das folhas da soja. Não ocorre murchamento
solução do solo, forma disponível às plantas. das folhas.

Em ambientes oxidantes (baixo teor de umidade), o íon Com o agravamento da deficiência do Fe, as plantas
Fe2+ é oxidado ao íon Fe3+, diminuindo sua tornam-se cloróticas ou esbranquiçadas (Figura 19).
disponibilidade às plantas.
Em casos graves de deficiência de Fe, ocorre necrose
A difusão é o principal mecanismo de transporte do Fe e queda das folhas, podendo chegar ao
às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de desfolhamento total.
Fe2+.

b. Fatores que afetam a disponibilidade de ferro

A disponibilidade do Fe às plantas é afetada pelo pH do


solo (Figura 4). Os solos com pH na faixa ácida
apresentam maior disponibilidade de Fe às plantas.

Os solos com alto teor de matéria orgânica apresentam


menor disponibilidade de Fe, podendo induzir deficiência
nas culturas. Ocorre a formação de complexos muito
estáveis do Fe com as substâncias húmicas,
notadamente os ácidos húmicos. Entretanto, nas
condições brasileiras, é rara a deficiência de Fe induzida
por substâncias húmicas. Figura 19. Deficiência do ferro em soja.
Fonte: Sfredo (2008).
Altos teores de Cu e Mn no solo reduzem a
disponibilidade de Fe à cultura da soja (inibição
competitiva).

Os solos com alto teor de fósforo podem induzir e. Sintomas de toxicidade de ferro
deficiência de Fe na soja.
Devido à rápida conversão de Fe solúvel (Fe2+) em Fe
c. Funções do ferro insolúvel (Fe3+), é raro toxicidade de Fe nas plantas.

O Fe é constituinte da clorofila, pigmento presente no


cloroplasto onde ocorre a atividade fotossintética nas
plantas.

28
3.5.11. MANGANÊS (Mn)

a. Manganês no solo
Atua nos processos de oxirredução no transporte de
O teor total de Mn nos solos é influenciado pelo mate- elétrons na fotossíntese.
rial de origem e pelo processo de formação dos solos.
Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latos- Participa da reação da fotólise da água no fotossiste-
solo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os ma II, na formação da clorofila e na formação, multipli-
maiores teores totais de Mn, enquanto os solos cação e funcionamento dos cloroplastos. Desem-
derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos penha papel fundamental na respiração das plantas,
possuem os menores teores de Mn. bem como em diversas reações no ciclo de Krebs.

A difusão é o principal mecanismo de transporte do d. Sintomas de deficiência de manganês


Mn às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica
de Mn2+. O Mn é um micronutriente com baixa mobilidade no
floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência
b. Fatores que afetam a disponibilidade do manganês na soja ocorrem inicialmente nas folhas mais novas.

A disponibilidade do Mn às plantas é afetada pelo pH As folhas novas deficientes em Mn apresentam


do solo (Figura 4). O aumento de uma unidade de pH clorose internerval com tonalidade amarelo-esverdea-
no solo diminui em 100 vezes a atividade do Mn na dos. As nervuras permanecem com coloração
solução do solo. verde-escuro (Figura 20).

Os solos com alto teor de matéria orgânica têm menor


disponibilidade de Mn às plantas devido à formação
de complexos muito estáveis com este micronutri-
ente, principalmente quando ocorre predomínio da
fração húmica.

O teor de umidade também afeta a disponibilidade do


Mn às plantas. Os solos com maior teor de umidade
(ambiente redutor) apresentam maior disponibilidade
do Mn.

As estiagens prolongadas reduzem a disponibilidade


do Mn do solo às plantas. Ocorre oxidação do Mn2+
para formas não disponíveis às plantas (Mn3+ e Mn4+).

Os solos com alto teor de Fe apresentam menor


disponibilidade de Mn às plantas (inibição competiti-
va).

c. Funções de manganês

É ativador de várias enzimas, tais como descarboxi- Figura 20. Deficiência do manganês em soja.
Crédito da foto: Biosoja (2016).
lases, hidrolases, fosfoquinases e fosfotransferase.
Muitas dessas enzimas estão envolvidas no metabo-
lismo do carbono e nitrogênio.

O Mn é ativador de enzimas que atuam na síntese de


importantes metabólitos secundários, responsáveis
pela produção de compostos que atuam na defesa
das plantas contra pragas e doenças, como lignina e
compostos fenológicos.

29
3.5.12. MOLIBDÊNIO (Mo)

a. Molibdênio no solo componente da enzima redutase do nitrato,


responsável pela conversão do nitrato (N-NO3-) em
Os teores de Mo disponíveis nos solos brasileiros são nitrito (N-NO2), que posteriormente é convertido em
muito baixos, situando-se na faixa de 0,01 a 0,16 mg aminoácidos e demais compostos orgânicos
kg-1. nitrogenados.

O teor total de Mo nos solos é influenciado pelo d. Sintomas de deficiência de molibdênio


material de origem e pelo processo de formação dos
solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas O Mo é um micronutriente móvel no floema da soja.
(Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) Portanto, os sintomas de deficiência na soja ocorrem
possuem os maiores teores totais de Mo, enquanto os inicialmente nas folhas mais velhas da soja.
solos derivados de arenitos e demais sedimentos
arenosos possuem os menores teores do nutriente. A deficiência de Mo é caracterizada por pequenas
estrias cloróticas longitudinais, começando no terço
O fluxo de massa é o principal mecanismo de apical da folha (Figura 21). As folhas mais velhas
transporte do Mo às raízes da soja, sendo absorvido secam prematuramente do meio para as pontas.
na forma iônica de molibdato (MoO42-).
As plantas com deficiência de Mo têm relativamente
b. Fatores que afetam a disponibilidade de maior acúmulo de nitrato e menor de compostos
molibdênio aminossolúveis. Portanto, os sinais visuais de
deficiência entre os dois nutrientes são semelhantes.
A disponibilidade do Mo às plantas é afetada por
diversos fatores, dentre os quais material de origem,
textura e pH do solo.

A disponibilidade do Mo às plantas é afetada pelo pH


do solo (Figura 4). A deficiência de Mo ocorre com
maior frequência em solos ácidos. A calagem corrige
a deficiência de Mo nas culturas, caso o teor deste
micronutriente esteja adequado no solo.

A aplicação de doses elevadas de fertilizantes


contendo sulfato pode induzir deficiência de Mo na
soja. Ocorre lixiviação do Mo para as camadas
subsuperficiais do solo.

Figura 21. Deficiência do molibdênio em soja.


As adubações fosfatadas aumentam a Fonte: Sfredo (2008).
disponibilidade de Mo às plantas.

c. Funções do molibdênio

O metabolismo do nitrogênio pode ser seriamente


afetado na soja, caso haja deficiência de Mo devido a
sua participação como componente das enzimas
nitrogenase e redutase do nitrato.

A deficiência de Mo acarreta diminuição na produção


da enzima nitrogenase, que se reflete na redução da
quantidade de nitrogênio fixado biologicamente.

O Mo é essencial às plantas que utilizam o nitrato


(N-NO3-) como uma das fontes de nitrogênio. É

30
3.5.13. NÍQUEL (Ni)

a. Níquel no solo vegetal, sintetizado a partir da metionina


(aminoácido). A síntese do etileno pelas plantas é
O teor total de Ni nos solos varia de 5 a 500 mg kg-1, estimulada por fatores estressantes. Os efeitos do
com um valor médio de 40 mg dm-3. O teor total de Ni etileno nas plantas são variados, destacando-se o
nos solos é influenciado pelo material de origem e amadurecimento de frutos, a senescência de folhas e
pelo processo de formação dos solos. Os solos flores e a abscisão de folhas e frutos. Em mangueira,
derivados de rochas ultramáficas e ígneas básicas a aplicação foliar do Ni antes da diferenciação das
(Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) gemas inibiu a produção de etileno e diminuiu o
possuem os maiores teores totais de Ni, enquanto os número de flores malformadas.
solos derivados de arenitos e demais sedimentos
arenosos possuem os menores teores do nutriente. A Atua na germinação das sementes. As sementes de
difusão é o principal mecanismo de transporte do Ni ervilha, feijões, trigo, mamona, tremoço, soja e arroz
às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de pré-tratadas com Ni apresentaram maior
Ni2+. porcentagem de germinação. Aumenta a tolerância
das plantas às doenças. O Ni tem efeito direto e
b. Fatores que afetam a disponibilidade do níquel indireto nos microrganismos causadores de doenças
em plantas, incluindo vírus, bactérias e fungos. Em
Os fatores que afetam a disponibilidade dos soja, o Ni tem sido utilizado em pulverizações foliares
micronutrientes catiônicos às plantas afetam com o intuito de aumentar a tolerância à ferrugem
também a disponibilidade do Ni. A disponibilidade do asiática.
Ni é afetada pelo pH do solo (Figura 4). Quanto maior
o pH do solo, menor é a disponibilidade do Ni às O efeito do Ni no controle das doenças nas plantas
plantas. Dependendo do teor do micronutriente no pode estar relacionado com o estimulo na atividade
solo, pode ocorrer deficiência nas culturas. Os ácidos de polifenoloxidase, síntese de fenóis precursores da
húmicos formam complexos muito estáveis com o Ni, lignina, aumento na produção de isoflavonóides,
reduzindo a sua disponibilidade às plantas. Entretanto, fitoalexinas e pisatina e produção de compostos
os ácidos fúlvicos aumentam a disponibilidade do Ni fungistáticos. O Ni reduz os efeitos colaterais do
às culturas. glifosato nas plantas.

Altos teores de Ca, Mg, Cu, Fe, Mn e Zn nos solos d. Sintomas de deficiência do níquel
inibem a absorção de Ni pela soja. Altas doses de
fertilizantes fosfatados ou altos teores de P nos solos Há poucas informações sobre a redistribuição do Ni
reduzem a disponibilidade do Ni às plantas. Doses nas plantas. Há pesquisadores que consideram o Ni
excessivas de N reduzem a disponibilidade de Ni às pouco móvel no floema, enquanto outros, atribuem
plantas. O glifosato complexa o Ni nos solos, uma mobilidade intermediária.
reduzindo a sua disponibilidade às plantas.
Os sintomas de deficiência de Ni caracterizam-se pelo
c. Funções do níquel acúmulo de teores tóxicos de ureia nos tecidos
vegetais, provocando necrose na extremidade das
O Ni atua na fixação biológica do nitrogênio. É folhas e folíolos em virtude da baixa atividade da
constituinte da enzima hidrogenase, presente em urease. Os sintomas de deficiência de Ni são mais
bacterióides nos nódulos de Rhizobium e nítidos em plantas dependentes da fixação biológica
Bradyrhizobium. Essa enzima exerce um papel do nitrogênio (Figura 22).
importante, reprocessassando o hidrogênio (H2) em
energia que será utilizada na nitrogenase,
favorecendo a fixação biológica do nitrogênio.

Atua no metabolismo do N. O Ni é constituinte da


metaloenzima urease (contém dois átomos de Ni por
molécula), enzima responsável pela hidrólise
enzimática da ureia [CO(NH2)2], transformando-a em
amônia (NH3) e gás carbônico (CO2). O Ni aumenta a
atividade da urease foliar, impedindo o acúmulo de
teores tóxicos de ureia.
Figura 22. Sintomas de deficiência de níquel em trifólios de soja
(Glycine max L.) cultivada sob condições controladas.
Inibe a síntese de etileno. O etileno é um hormônio Crédito da foto: Eskew et al.(1983).

31
3.5.14. ZINCO (Zn)

a. Zinco no solo d. Sintomas de deficiência de zinco

O teor total de Zn nos solos é influenciado pelo O Zn é um micronutriente com baixa mobilidade no
material de origem e pelo processo de formação dos floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência
solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas do Zn ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da
(Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) soja.
possuem os teores mais elevados de Zn, enquanto os
solos derivados de sedimentos arenosos apresentam As folhas novas são pequenas, estreitas e alongadas,
os menores teores. com áreas cloróticas entre as nervuras, que
permanecem verdes (Figura 23).
A difusão é o principal mecanismo de transporte do
Zn às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica Ocorre encurtamento dos internódios da soja.
de Zn2+.

b. Fatores que afetam a disponibilidade do zinco

A disponibilidade do Zn às plantas é afetada pelo pH


do solo (Figura 4). Quanto maior o pH do solo, menor
é a disponibilidade do Zn às plantas e, dependendo do
teor do micronutriente no solo pode causar deficiência
nas culturas.

Os ácidos húmicos formam complexos muito


estáveis com o Zn, reduzindo a sua disponibilidade às
plantas. Entretanto, os ácidos fúlvicos aumentam a
disponibilidade do Zn às plantas. Figura 23. Deficiência do zinco em soja.
Crédito da foto: Valter Casarin (IPNI).

Os solos com alto teor de P disponível ou adubações


com elevadas doses de P (íon fosfato) reduzem a
absorção do Zn e podem induzir deficiência deste
micronutriente na soja.

Baixas temperaturas associadas ao excesso de


umidade no solo podem induzir deficiência de Zn.

c. Funções do zinco

O Zn atua diretamente no crescimento da soja. É


essencial para a síntese do triptofano, que é precursor
do ácido indolacético (AIA), que irá formar as enzimas
responsáveis pelo alongamento e crescimento
celular.

32
4. AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES NO SOLO
4.1. INTRODUÇÃO

O manejo nutricional sustentável da cultura da soja lavouras de soja e realizar os ajustes necessários no
deve levar em consideração os teores dos nutrientes manejo nutricional da cultura.
nos solos, avaliados por meio da análise de solo. A
determinação dos teores dos nutrientes nos solos é a O histórico do manejo nutricional também deve ser
etapa inicial para a tomada de decisão quanto à levado em consideração na interpretação das
utilização de corretivos, condicionadores e análises de solo e foliares.
fertilizantes.
De maneira geral, as maiores probabilidades de
A amostragem do solo deve representar, com a maior respostas dos nutrientes ocorrem em solos com baixa
fidelidade possível, um determinado talhão ou gleba. fertilidade natural (solos sob vegetação de cerrado) e
Normalmente, os solos são heterogêneos, tanto no em áreas degradadas. Além disso, os solos
sentido vertical como horizontal, devido aos fatores inicialmente com boa fertilidade natural, mas que não
de formação dos solos (material de origem, clima, receberam a reposição adequada dos nutrientes
topografia, organismos, vegetação e tempo) e à exportados em sucessivos cultivos, tendem a
aplicação de corretivos agrícolas e fertilizantes. responder à aplicação dos fertilizantes.

Além disso, o produtor deve realizar a análise foliar


para o monitoramento do estado nutricional das

4.2. AMOSTRAGEM DOS SOLOS EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO (SPD)

No sistema de plantio convencional, as arações e as a.2. Fase estabelecida: É a fase posterior à


gradagens formam uma camada superficial mais ou implantação do SPD e corresponde ao término do 6°
menos uniforme, que corresponde, em geral, à cultivo. A amostragem do solo deve ser realizada nas
profundidade de trabalho dos implementos agrícolas, camadas de O a 10 cm e de 10 a 20 cm.
15 a 20 cm, sendo essa a profundidade a ser
amostrada para fins de avaliação da fertilidade do Os equipamentos recomendados para a amostragem
solo. dos solos são a pá-de-corte, retirando uma camada de
5 cm de espessura e 10 cm de largura, ou caiadores
No sistema de plantio direto (SPD), a aplicação de de 5 a 6 cm de diâmetro. Os trados de rosca ou
calcário e corretivos agrícolas na superfície, de holandês não são instrumentos apropriados, devido à
fertilizantes a lanço ou em linha e a manutenção da facilidade de perda da camada superficial do solo
palhada na superfície dos solos ampliam a (primeiros centímetros) e também pelo usual pequeno
variabilidade espacial, tanto no sentido horizontal diâmetro do trado de rosca.
como vertical, originando acentuados gradientes
verticais nos teores de nutrientes no solo, b. Áreas sob SPD com adubação em linha
principalmente de P e K.
b.1. Fase de implantação: Utilizar o mesmo
As recomendações para a amostragem dos solos em procedimento empregado no sistema convencional,
SPD estão especificadas na Tabela 4 e a seguir: ou seja, coletar 15 subamostras por gleba uniforme
nas camadas de O a 20 cm e de 20 a 40 cm durante a
a. Áreas sob SPD com adubação a lanço fase de implantação e na próxima amostragem, que
deve ocorrer ao término do 3° cultivo adubado.
a.1. Fase de implantação: Utilizar o mesmo proce-
dimento empregado no sistema convencional, ou seja, b.2. Fase estabelecida: É a fase posterior à
coletar 15 subamostras por gleba uniforme nas implantação do sistema de plantio direto e
camadas de O a 20 cm e de 20 a 40 cm, durante a fase corresponde ao término do 6° cultivo. A amostragem
de implantação da cultura. do solo deve ser realizada com pá-de-corte, na
camada de 0 a 10 cm, perpendicular ao sentido da

33
4.2. AMOSTRAGEM DOS SOLOS EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO (SPD)

linha, no espaço de entrelinha a entrelinha da última em desconsiderar o fertilizante remanescente da


cultura, particularmente em lavouras com teores de P última adubação, a coleta também pode ser realizada
e K no solo abaixo do nível de suficiência, conforme somente na entrelinha de cultivo, utilizando um trado
indicado na Figura 24. Coletar 15 amostras locais por caiador ou pá-de-corte.
gleba uniforme para a formação de uma amostra
composta. Para solos com teores de P e K acima do nível de
suficiência, realizar a amostragem do solo nas
A pá-de-corte pode ser substituída pela coleta com profundidades de O a 10 cm e de 10 a 20 cm. Em solos
trado caiador numa linha transversal às linhas de com gradiente de acidez, realizar a amostragem nas
semeadura, coletando um ponto no centro da linha e camadas abaixo de 20 cm.
um de cada lado, se for cereal de inverno, um no
centro e três de cada lado, se for soja, ou um no centro A amostra composta deverá conter de 0,30 a 0,50 kg
e seis de cada lado, se for milho. Havendo interesse de solo.

Tabela 4. Recomendações para a análise de solo em sistema de plantio direto.


Profundidade
Fase Procedimentos
de amostragem
Utilizar pá reta, retirando porção de solo de 5 cm de
espessura e 10 cm de largura, ou caladores de 5 cm de
Na fase de adoção do SPD 0 a 20 cm e 20 a 40 cm
diâmetro. Fazer 15 amostras simples para resultar em
1 amostra composta da gleba homogênea.
SPD com adubação a lanço Procedimentos idênticos ao anterior, preferencialmente
0 a 20 cm e 20 a 40 cm
Na fase de implantação (ate o 5º ou 6º ano) com pá reta.
Na fase de consolidação (após o 6º ou 7º
0 a 10 cm e 10 a 20 cm Procedimentos idênticos ao anterior.
ano, dependendo do histórico)
Utilizar pá reta, retirando porção de solo de 5 cm de es
SPD com adubação em linha pessura e largura igual ao espaçamento das entrelinhas
0 a 20 cm e 20 a 40 cm
Na fase da implantação do SPD da cultura anterior. Retirar 15 amostras simples para
compor 1 amostra composta da gleba homogênea.
Na fase de consolidação do SPD 0 a 10 cm Procedimentos idênticos ao anterior.

Fonte: Adaptada de CFS-RS/SC (1995), Anghinoni e Salet (1998).

LINHAS DE
ADUBO

Figura 24. Coleta de amostras de


solo no sistema plantio direto em
áreas adubadas em linha. Fonte:
Adaptada de CFS-RS/SC (1995).
O
SOL
IA DE
FAT

BALDE DE SACO DE
20 LITROS PLÁSTICO

4.3. INTERPRETAÇÃO DA ANÁLISE DE SOLO

As tabelas para interpretação dos resultados da análise de solo nas principais regiões agrícolas produtoras de
soja no Brasil encontram-se no anexo.

34
5. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DA SOJA
5.1. INTRODUÇÃO

Além da análise de solo para o monitoramento da Basicamente, a diagnose foliar consiste na análise
fertilidade dos solos e recomendações dos corretivos química de determinadas folhas da soja, amostradas
agrícolas, condicionadores e fertilizantes de solo e em fases fenológicas pré-estabelecidas e
foliares, o produtor precisa realizar o monitoramento interpretadas conforme parâmetros pré-determinados
do estado nutricional da soja por meio da diagnose ou pela pesquisa agrícola.
análise foliar.

5.2. AMOSTRAGEM DAS FOLHAS DA SOJA

Indicação Descrição Tipo de folha amostrada

Época de amostragem Pleno florescimento da soja (R2) 1/


3º trifólio totalmente formado com o pecíolo,
Tipo de folha a partir do ápice, retirada no terço
médio das plantas
40 trifólios por talhão uniforme,
Número de folhas
um trifólio por planta
Coletar folhas sadias, sem manchas ou
Cuidados na amostragem
ataque de pragas e doenças
Intervalo entre a adubação de
solo e a foliar e a amostragem Mínimo de 15 dias
das folhas
1/
Nas variedades de soja com ciclo precose, realizar a amostragem das folhas entre o R3 e R4.
Fonte: Adaptada de Kurihara et al. (2008).

5.3. INTERPRETAÇÃO DOS TEORES DOS NUTRIENTES NAS FOLHAS DA SOJA

Níveis dos nutrientes nas folhas da soja


Nutrientes
Baixo Adequado Excessivo

Macronutrientes --------------------------- g kg-1 -------------------------


Nitrogênio (N) < 36,8 36,8 a 46,9 > 46,9

Fósforo (P) < 2,3 2,3 a 3,4 > 3,4

Potássio (K) < 17,3 17,3 a 25,7 > 25,7

Cálcio (Ca) < 6,8 6,8 a 11,8 > 11,8

Magnésio (Mg) < 2,9 2,9 a 4,7 > 4,7

Enxofre (S) < 2,0 2,0 a 3,0 > 3,0

Micronutrientes -------------------------- mg kg-1 ------------------------


Boro (B) < 33 33 a 50 > 50

Cobre (Cu) <6 6 a 11 > 11

Ferro (Fe) < 59 59 a 120 > 120

Manganês (Mn) < 28 28 a 75 > 75

Zinco (Zn) < 31 31 a 58 > 58


Fonte: Kurihara et al. (2008).

35
6. PRODUTOS BIOSOJA PARA SOJA
6.1. DESSECAÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS

6.1.1. FERTILIS® NITROFLEX

Fertilizante foliar fluido, fornecedor de nitrogênio à Embalagens


cultura da soja. Cada litro do Fertilis® Nitroflex possui • Fardos com 12 unidades de 1 L
241,5 g de N. • Fardos com 4 unidades de 5 L
• Baldes de 20 L
Garantias (p/p) - %
• Nitrogênio (N): 21% (241,50 g L-1) Benefícios
• Densidade: 1,15 g mL-1 • O nitrogênio rompe algumas ligações éster, éter e
diéter da cutina das plantas daninhas, contribuindo
pH do produto: para a maior absorção dos nutrientes presentes na
• 5,5 a 7,0 calda de pulverização.

Natureza física
• Fluido

Recomendação de uso
Época da aplicação Dose por aplicação
Dessecação das plantas daninhas 0,5 L 100 L-1 de água

O volume da calda de pulverização varia de 100 a 200 L ha-1.


O Fertilis® Nitroflex deve ser o último produto a ser adicionado na calda de pulverização.

Ensaio de campo com o Fertilis® Nitroflex

Objetivo Avaliação
Verificar a eficiência agronômica do Fertilis® Nitroflex A avaliação do ensaio de campo foi realizada 16 dias
na dessecação das plantas daninhas. após a dessecação das plantas daninhas (Figura 25).

Local Conclusão
Unaí, MG O Fertilis® Nitroflex melhorou o controle das plantas
daninhas.
Tratamento
• Tratamento 1. Padrão da propriedade
• Tratamento 2. Programa Biosoja (0,5 L ha-1 do
Fertilis® Nitroflex ou 0,33% da calda de pulverização)

Padrão da Programa
propriedade Biosoja

Figura 25. Efeito do Fertilis® Nitroflex na dessecação das plantas daninhas. Crédito da foto: Ricardo Froes e Eder de Paula Guirau (2009).

36
6.1.2. POLIFLEX®

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio e fósforo à Benefícios


cultura da soja. Cada litro do Poliflex® possui 35,1 g de
N e 210,6 de P2O5. • O fósforo promove o enraizamento das plantas e é
responsável pelo metabolismo energético nas plantas
Garantias (p/p) - % (armazenamento e transferência de energia);
• Nitrogênio (N): 3% (35,1 g L-1)
• Fósforo (P2O5): 18% (210,6 g L-1) • Acidifica a calda de pulverização (Figuras 26A e
• Densidade: 1,17 g mL-1 26B). O pH do Poliflex® situa-se na faixa muito ácida;

pH do produto: • Sequestrante de cátions (Figura 27). Reduz a


• 0,40 a 0,65 atividade dos cátions nas caldas de pulverização,
melhorando a eficiência dos glifosatos na
Natureza física dessecação das plantas daninhas (Figura 28) e em
• Fluido pós-emergência (soja transgênica RR).

Embalagens
• Fardos com 12 unidades de 1 L
• Fardos com 4 unidades de 5 L
pH da calda de pulverização

pH 8,0

Dose do Poliflex® (mL/100 L de água)

Figura 26B. Efeito do Poliflex® na redução do pH da calda de


pulverização. Crédito: Biosoja (2014).

pH 4,6

Cátion Cátion

Figura 26A. Efeito do Poliflex® na redução do pH da calda de Figura 27. Esquema da complexação dos cátions da água pelo
pulverização. Crédito: Biosoja (2014). Poliflex®.

37
6.1.2. POLIFLEX®

Figura 28. Efeito do Poliflex® na calda de


pulverização da dessecação das plantas daninhas.
Crédito: Biosoja (2014).

• A avaliação foi realizada 15 dias após a


aplicação dos produtos.

Testemunha Poliflex®
(50 mL 100 L-1 de água)

Recomendação de uso
Época da aplicação Dose por aplicação 1/ 2/

Dessecação das plantas daninhas e aplicações foliares 50 mL 100 L-1 de água


1/
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 200 L ha-1.
2/
Em volumes de caldas de pulverizações menores que 100 L ha-1, a dose mínima do Poliflex® é 50 mL ha-1.

Observação
O Poliflex® também pode ser utilizado em águas com pH na faixa alcalina. Ajustar a dose do produto para reduzir o
pH da calda de pulverização para a faixa mais adequada aos produtos da Biosoja.

38
6.2. ADUBAÇÃO DE SOLO
6.2.1. FERTIUM®

Condicionador de solos com altos teores de carbono • Aumenta a capacidade de retenção de água (CRA)
orgânico total (COT) proveniente da humificação dos dos solos, tornando as plantas mais tolerantes aos
materiais orgânicos ao longo de milhares de anos. veranicos;

Garantias (p/p) - % • Neutraliza as substâncias tóxicas nos solos, tais


• Nitrogênio (N total): 1% como alumínio e metais pesados (cádmio, chumbo,
• Carbono orgânico total (COT): 17% cromo e selênio), pela formação de complexos or-
• Capacidade de troca catiônica (CTC): 900 mmolc kg-1 gânicos com alta estabilidade química;
• Capacidade de retenção de água (CRA): 60%
• Umidade máxima: 25% • Reduz a salinidade dos solos provocada pelo acú-
• Cor: escura 1/ mulo de sódio proveniente de determinados fertili-
• Odor: inodor 1/ zantes minerais e/ou em solos naturalmente salinos
1/ Informações adicionais que não constam no registro do produto no MAPA.
(Semi-Árido Nordestino);

Natureza física • Aumenta a disponibilidade do P às plantas com a


• Sólido (farelado) redução da fixação deste nutriente por meio da
complexação dos óxidos de ferro e alumínio dos solos
Embalagens e liberação de parte do fósforo anteriormente
• Sacaria lisa de 40 kg adsorvido pela fração mineral;
• Big bag (1t)
• Estimula a atividade dos microrganismos benéficos
Benefícios às plantas fornecendo substâncias húmicas, ácidos
orgânicos e outros compostos que servem de fonte
As substâncias húmicas do Fertium® proporcionam de energia e de nutrientes.
uma série de benefícios às plantas e aos solos. A
princípio, os benefícios do Fertium® são mais
evidentes nas plantas. Recomendação de uso

a. Benefícios nas plantas • Época de aplicação: Pré-plantio

• Aumenta a capacidade germinativa das sementes de • Modo de aplicação: A lanço, em área total
soja;
• Dose: 500 a 1.000 kg ha-1
• Estimula o desenvolvimento radicular da soja, pro-
porcionando maior absorção de água e nutrientes;
Observações
• Aumenta o teor de clorofila na soja;
O Fertium® é compatível com a grande maioria dos
• Maior resistência da soja aos estresses ambientais, fertilizantes minerais.
tais como estresse hídrico e variações bruscas na
temperatura, e os causados pelos defensivos Entretanto, deve-se evitar a mistura do Fertium® com
agrícolas; fertilizantes que possuem grande capacidade de
absorção de umidade do ar, tais como os fertilizantes
• Maior desenvolvimento vegetativo da soja; minerais nitrogenados (nitrato de amônio, nitrato de
cálcio e ureia) e os formulados nitrogenados
• Maior produtividade da soja. contendo esses fertilizantes.

b. Benefícios nos solos

• Aumenta a capacidade de troca catiônica (CTC) dos Conversão do COT em matéria orgânica:
solos reduzindo as perdas dos nutrientes catiônicos COT x 1,724
por lixiviação, tais como potássio, cálcio e magnésio;

39
6.2.2. FERTIUM® PHÓS

Fertilizante organomineral com altos teores de Recomendação de uso


carbono orgânico total (COT) e enriquecido com
fósforo solúvel em citrato neutro de amônio mais • Época de aplicação: Pré-plantio
água.
• Modo de aplicação: A lanço, em área total (Figura 29)
Garantias (p/p) - %
• Nitrogênio (N total): 3% • Dose: 300 a 500 kg ha-1
• Fósforo (P2O5 sol. CNA+água): 15%
• Carbono orgânico total (COT): 11%
• Capacidade de troca catiônica (CTC): 500 mmolc kg-1 Observações
• Umidade máxima: 20%
• Cor: escura 1/ Em solos com teor adequado a alto de fósforo, o
• Odor: inodor 1/ Fertium® Phós pode ser aplicado a lanço, em
pré-plantio (adubação de manutenção). Para cada
1/ Informações adicionais que não constam no registro do produto no MAPA.
tonelada de grãos de soja a ser produzida, aplicar 100
kg ha-1 do Fertium® Phós. Eventualmente, a dose do
Natureza física Fertium® Phós pode ser reduzida por uma safra em
• Sólido (farelado) função das condições de preços desfavoráveis da
soja.
Embalagens
• Sacaria lisa de 40 kg
• Big bag (1t) Em solos com teor muito baixo e baixo de fósforo,
realizar a fosfatagem corretiva com o Fertium® Phós
Benefícios na dose de 600 a 1.800 kg ha-1. Posteriormente, aplicar
As substâncias húmicas do Fertium® Phós um fertilizante fosfatado solúvel em citrato neutro de
proporcionam uma série de benefícios às plantas e amônio e água no sulco de plantio da soja (20 kg de
aos solos. Além dos benefícios proporcionados pelo P2O5 para uma expectativa de produção de 1 t de
Fertium®, o Fertium® Phós fornece também o grãos de soja).
nitrogênio e o fósforo necessários ao
desenvolvimento da soja.

Figura 29. Aplicação do Fertium® Phós em área total, a lanço, com esparramadora de calcário. Crédito da foto: Biosoja.

40
Boro 10

6.2.3. GRAN BORO 10


GRAN

Fertilizante de solo ideal para o fornecimento de boro


à cultura da soja. A liberação do boro é gradativa, Recomendação de uso
reduzindo as perdas do nutriente por lixiviação.
• Época de aplicação: Pré-plantio
Garantias (p/p) - %
• Boro (B): 10% • Modo de aplicação: A lanço, em área total
• Cálcio (Ca): 10%
• Enxofre (S): 3,26% • Dose: 10 a 20 kg ha-1

Natureza física
• Sólido (farelado e granulado) Observações
O Gran Boro 10 pode ser aplicado no sulco de plantio
Embalagens da soja. Em solos com baixos teores de B, a dose
• Sacaria lisa de 25 kg máxima de Gran Boro 10 em solos arenosos e
• Big bag (1t) argilosos é de 5 e 7 kg ha-1, respectivamente.

Benefícios A aplicação de doses elevadas de B no sulco de


• Fornecimento de B à cultura da soja. A maior parte plantio pode ocasionar fitotoxicidade à cultura da
dos solos cultivados com soja possui baixos teores de soja. Ocorre morte da raízes e amarelecimento das
B, limitando a obtenção de altas produtividades; pontas e margens das folhas, seguidos por necrose
progressiva (Figura 31).
• Possui uma fração do B solúvel em água e outra
fração com baixa solubilidade em água;

• Boro solúvel em água. Disponibilidade imediata do


nutriente à cultura da soja. Atende às necessidades
imediatas da soja;

• Boro com baixa solubilidade em água. Liberação


gradativa do B ao longo do ciclo da cultura da soja,
reduzindo as perdas por lixiviação.

• Aumenta a produtividade da soja (Figura 30).

+5,9 (10,5%)
64

60
sc ha-1

62,2
56

56,3
52

Testemunha GRAN BORO 10

Figura 30 Efeito da aplicação de 10 kg ha-1 de Gran Boro 10 no


sulco de plantio, em solos argilosos (média de 10 ensaios de Figura 31. Fitotoxicidade de boro em soja cultivada em solos de
campo). Crédito: Biosoja (2010). textura média a arenosa. Crédito da foto: Biosoja (2010).

41
Boro Mag

6.2.4. GRAN BORO MAG


GRAN

Fertilizante de solo ideal para o fornecimento de Recomendação de uso


magnésio e boro à cultura da soja. A liberação do
magnésio e boro é gradativa, reduzindo as perdas dos • Época de aplicação: Pré-plantio
nutrientes por lixiviação.
• Modo de aplicação: A lanço, em área total
Garantias (p/p) - %
• Magnésio (Mg): 30% • Dose: 50 a 100 kg ha-1
• Boro (B): 2%
• Enxofre (S): 3,2%
Observações
Natureza física O Gran Boro Mag pode ser aplicado no sulco de
• Sólido (farelado e granulado) plantio da soja. Em solos com baixos teores de B, a
dose máxima de Gran Boro Mag em solos arenosos e
Embalagens argilosos é de 25 e 35 kg ha-1, respectivamente.
• Sacaria lisa de 25 kg
• Big bag (1 t) A deficiência de Mg em soja ocorre com mais
frequência em solos com baixo teor de Mg (Mg < 8
Benefícios mmolc dm-3) e/ou baixa saturação por magnésio
• Fornecimento de B à cultura da soja. A maior parte (Mg/CTC < 13%) e relação Mg/K menor que 3,0.
dos solos cultivados com soja possui baixos teores de
B, limitando a obtenção de altas produtividades;

• Possui uma fração do B solúvel em água e outra


fração com baixa solubilidade em água;

• Boro solúvel em água. Disponibilidade imediata do


nutriente à cultura da soja. Atende às necessidades
imediatas da soja;

• Boro com baixa solubilidade em água. Liberação


gradativa do B ao longo do ciclo da cultura da soja,
reduzindo as perdas por lixiviação;

• Fornecimento de Mg à cultura da soja. Calagens


sucessivas com calcário calcítico ou calcário
dolomítico com baixo teor de Mg podem provocar
desequilíbrios entre Mg e os demais cátions (Ca e K)
no solo, predispondo a soja à deficiência de Mg;

• A fonte de Mg é o oxisulfato. Possui magnésio


solúvel em água e uma fração com liberação
gradativa do nutriente para a cultura da soja,
reduzindo as perdas do nutriente por lixiviação.

42
Cobre Super

6.2.5. NHT COBRE SUPER


®

Fertilizante mineral misto, fluido, em suspensão, com • Fonte de Cu com menor solubilidade em água.
alta concentração de cobre, para uso no solo. Cada Menor reação química com os demais fertilizantes
litro do NHT® Cobre Super contém 400 g de Cu. O utilizados nas caldas de pulverização;
NHT® Cobre Super é produzido a partir de carbonato
de cobre. • Liberação gradativa de Cu à cultura da soja. A acidez
das plantas ataca, de forma lenta e gradual, o
Produto ideal para a correção ou prevenção da carbonato de cobre, liberando o nutriente
deficiência de Cu na cultura da soja cultivada em solos gradativamente à cultura da soja.
com baixo teor do nutriente ou induzida em solos com
alto pH e altos teores de matéria orgânica.
Observações
Garantias (p/p) - % Em lavouras de soja cultivadas em solos contendo
• Nitrogênio (N total): 1% (16 g L-1) baixo teor de Cu, saturação por bases acima da faixa
• Cobre (Cu total): 25% (400 g L-1) adequada e alto teor de matéria orgânica, realizar
• Cobre (Cu solúvel em CNA+água): 15% (240 g L-1) pelos menos três aplicações de NHT® Cobre Super.
• Densidade: 1,60 g mL-1
Dentre os micronutrientes catiônicos, o Cu é àquele
pH do produto tem a maior afinidade química com as substâncias
• 8 a 11 húmicas provenientes da humificação da matéria
orgânica.
Natureza física
• Fluido A aplicação do NHT® Cobre Super entre o final da
florada (R3) e início da formação das vagens (R4) não
Embalagens substitui as aplicações da fase vegetativa da soja (V3
• Fardos com 12 unidades de 1 L a V5 e V6 a V8).
• Fardos com 4 unidades de 5 L
Evitar a aplicação do NHT® Cobre Super com
Benefícios fertilizantes de reação ácida.
• Produto ideal para o fornecimento de Cu à cultura da
soja;

• Baixo índice salino (IS). Baixa probabilidade de


fitotoxicidade na cultura da soja e pouco dano
(corrosão) nos equipamentos de aplicação;

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar três aplicações, sendo a primeira aplicação na fase


vegetativa (V3 a V5), a segunda antes do florescimento da 25 a 50 mL ha-1
soja (V6 a V8) e a terceira entre o final da florada (R3) e início
da formação das vagens (R4)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

43
Manganês +

6.2.6. NHT® MANGANÊS +

Fertilizante mineral misto, fluido, em suspensão, com • Baixo índice salino (IS). Baixa probabilidade de
alta concentração de manganês, para uso no solo. fitotoxicidade na cultura da soja e pouco dano
Cada litro do NHT® Manganês + contém 437,5 g de (corrosão) nos equipamentos de aplicação;
Mn. O NHT® Manganês + é produzido a partir de
carbonato de manganês. • Fonte de Mn com menor solubilidade em água.
Menor reação química com os demais fertilizantes
Produto ideal para a correção ou prevenção da utilizados nas caldas de pulverização;
deficiência de Mn na cultura da soja cultivada em
solos com baixo teor do nutriente ou induzida em • Liberação gradativa de Mn à cultura da soja. A acidez
solos com alto pH e altos teores de matéria orgânica. das plantas ataca, de forma lenta e gradual, o
carbonato de manganês, liberando o nutriente
Garantias (p/p) - % gradativamente à cultura da soja.
• Nitrogênio (N total): 1% (17,5 g L-1)
• Manganês (Mn total): 25% (437,5 g L-1)
• Manganês (Mn solúvel em CNA+água): 15% (262,5 g Observações
L-1) Em lavouras de soja cultivadas em solos contendo
• Densidade: 1,75 g mL-1 baixo teor de Mn, saturação por bases acima da faixa
adequada e alto teor de matéria orgânica, realizar
pH do produto pelos menos três aplicações de NHT® Manganês +.
• 8 a 11
A aplicação do NHT® Manganês + entre o final da
Natureza física florada (R3) e início da formação das vagens (R4) não
• Fluido substitui as aplicações da fase vegetativa da soja (V3
a V5 e V6 a V8).
Embalagens
• Fardos com 12 unidades de 1 L Evitar a aplicação do NHT® Manganês + com fertili-
• Fardos com 4 unidades de 5 L zantes de reação ácida.

Benefícios
• Produto ideal para o fornecimento de Mn à cultura da
soja;

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar três aplicações, sendo a primeira aplicação na fase


vegetativa (V3 a V5), a segunda antes do florescimento da soja 0,20 a 0,35 L ha-1
(V6 a V8) e a terceira entre o final da florada (R3) e início da
formação das vagens (R4)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

44
Super S

6.2.7. NHT SUPER S ®

Fertilizante fluido, em suspensão, com alta Benefícios


concentração de enxofre. Cada litro do NHT® Super S • Fertilizante fluido. Permite distribuição uniforme do S
contém 800 g de S. O NHT® Super S é produzido com nas pulverizações em área total, em pré-plantio, ou em
enxofre elementar microparticulado. jato dirigido no sulco de plantio da soja;

Produto ideal para a correção ou prevenção da • Partículas extremamente pequenas. Permite a


deficiência de S na cultura da soja. oxidação gradual do S elementar à sulfato (S-SO42-)
por bactérias, garantindo um suprimento adequado do
Garantias (p/p) - % nutriente às plantas. As demais fontes de S possuem
• Enxofre (S total): 55% (800,25 g L-1) partículas grosseiras, com menor área de contato, o
• Densidade: 1,455 g mL-1 que torna a oxidação muito mais lenta;

pH do produto • Apresenta sinergia com os fertilizantes que


• 7 a 11 fornecem micronutrientes catiônicos (Cu2+, Mn2+ e
Zn2+) da família NHT®. A oxidação do S à sulfato reduz
Natureza física o pH do solo, aumentando a disponibilidade e a
• Fluido absorção dos micronutrientes pela soja.

Embalagem • Aumenta a produtividade da soja (Figura 32).


• Caixa de papelão com 4 bags de 5 L
Recomendação de uso
Forma de aplicação Dose por aplicação
60
Aplicação a lanço,
+9,3 (22%) em pré-plantio ou 15 a 30 L ha-1
na linha de semeadura
50
sc ha-1

51,6
40

42,3
30

Testemunha NHT® SUPER S


(30 kg de S ha-1)

Figura 32. Efeito do NHT® Super S aplicado via solo, em pré-plantio,


na produtividade da cultura da soja. Crédito da foto: Biosoja (2016).

45
Zinco

6.2.8. NHT ZINCO ®

Fertilizante mineral misto, fluido, em suspensão, com • Fonte de Zn com menor solubilidade em água.
alta concentração de zinco, para uso no solo. Cada Menor reação química com os demais fertilizantes
litro do NHT® Zinco contém 1.015 g de Zn. O NHT® utilizados nas caldas de pulverização;
Zinco é produzido a partir de óxido de zinco.
• Liberação gradativa de Zn à cultura da soja. A acidez
Produto ideal para a correção ou prevenção da das plantas ataca, de forma lenta e gradual, o óxido de
deficiência de Zn na cultura da soja cultivada em solos zinco, liberando o nutriente gradativamente à cultura
com baixo teor do nutriente ou induzida em solos com da soja.
alto pH.

Garantias (p/p) - % Observações


• Nitrogênio (N total): 1% (20,30 g L-1)
• Zinco (Zn total): 50% (1.015 g L-1) A cultura da soja é responsiva a aplicação de Zn em
• Zinco (Zn solúvel em ácido cítrico a 2%): 30% (609 g L-1) solos argilosos com teores adequados do nutriente.
• Densidade: 2,03 g mL-1
Em lavouras de soja cultivadas em solos contendo
pH do produto baixo teor de Zn e com saturação por bases acima da
• 8 a 11 faixa adequada, realizar pelos menos três aplicações
de NHT® Zinco.
Natureza física
• Fluido A aplicação do NHT® Zinco entre o final da florada
(R3) e início da formação das vagens (R4) não
Embalagens substitui as aplicações da fase vegetativa da soja (V3
• Fardos com 12 unidades de 1 L a V5 e V6 a V8).
• Fardos com 4 unidades de 5 L
Evitar a aplicação do NHT® Zinco com fertilizantes de
Benefícios reação ácida.
• Produto ideal para o fornecimento de Zn à cultura da
soja;

• Baixo índice salino (IS). Baixa probabilidade de


fitotoxicidade na cultura da soja e pouco dano
(corrosão) nos equipamentos de aplicação;

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar três aplicações, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa (V3


a V5), a segunda antes do florescimento da soja (V6 a V8) e a terceira entre 0,10 a 0,20 L ha-1
o final da florada (R3) e início da formação das vagens (R4)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

46
6.3. INOCULAÇÃO E FERTILIZAÇÃO DAS SEMENTES
6.3.1. BIOENERGY®

Fertilizante fluido organomineral Classe A, contendo Benefícios


extratos de algas marrons (Ascophillum nodosum) e
aditivos. • Promove maior enraizamento da soja. Aumenta o
volume de solo explorado pelas raízes da soja (Figura
Garantias (p/p) - % 33);
• Potássio (K2O): 5% (56,5 g L-1)
• Carbono orgânico total (COT): 6% (67,8 g L-1) • Maior eficiência das plantas na absorção de água e
• Densidade: 1,13 g mL-1 nutrientes. As plantas tornam-se mais tolerantes aos
veranicos;
pH do produto
• 7,0 a 8,0 • Aumenta a produção de citocinina, fitohormônio
responsável pelo maior desenvolvimento vegetativo
Natureza física da soja;
• Fluido
• Estimula a fixação biológica do nitrogênio. Fornece
Embalagens carbono orgânico às bactérias fixadoras de nitrogênio,
• Fardos com 12 unidades de 1 L aumentando a sua população e a quantidade de N
• Fardos com 4 unidades de 5 L fixado biologicamente.

• Maior produtividade da cultura da soja (Figura 34).

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação


Fertilização das sementes 2 mL kg-1 de semente

+4,57 (7%)
70

69,86
65
sc ha-1

60
65,29

55

Testemunha BIOENERGY®
(2 mL kg-1 de semente)

Figura 33. Efeito do Bioenergy® no enraizamento e


desenvolvimento vegetativo da soja aos 14 e 21 dias após a Figura 34. Efeito do Bioenergy® na produtividade da cultura da
emergência. Crédito da foto: Biosoja (2006). soja. Crédito: Biosoja (2015).

47
10 MAX
6.3.2. BIOMAX 10 e MAX PROTECTION
®

BIOMAX PROTECTION

BIOMAX® 10 MAX PROTECTION

É o mais novo inoculante da Biosoja. Possui em sua É um aditivo utilizado na inoculação das sementes de
formulação, soluções estabilizantes que garantem soja.
uma altíssima concentração de bactérias fixadoras de
nitrogênio (Bradyrhizobium spp) à cultura da soja. Garante maior proteção e aderência das bactérias às
sementes de soja, promovendo maior eficiência da
Uma dose do Biomax® 10 fornece 2.000.000 unidades fixação biológica do nitrogênio.
formadoras de colônias (UFC) por semente de soja
(250.000 sementes de soja ha-1). Possui compostos orgânicos que são fontes de
energia às bactérias, garantindo altas concentrações
Garantias (p/p) - % de bactérias fixadoras de nitrogênio e potencializando
• 1 x 1010 UFC mL-1 a fixação biológica do nitrogênio.

Estirpes Embalagem
• Semia 5079 e Semia 5080 Caixa de papelão com 120 doses (4 bags de 1,8 L)

Natureza física Recomendação de uso


• Fluido • Inoculação das sementes: 1 dose (60 mL) para 50 kg
de semente de soja. Utilizar com o Biomax® 10 ou
Embalagem Biomax® Premium Líquido Soja.
• Caixa de papelão com 120 doses (4 bags de 1,5 L)

Benefícios
• Possibilita um número elevado de células
bacterianas nas sementes, garantindo nodulação
completa e eficiente.

Recomendações de uso

• Inoculação das sementes: 1 dose (50 mL) para 50 kg


de semente de soja

• Sulco de plantio: 6 a 10 doses ha-1 (0,30 a 0,50 L ha-1)

48
Premium
Soja
6.3.3. BIOMAX PREMIUM SOJA
®

BIOMAX

Inoculantes com alta concentração de unidades formadoras de colônias (UFC) de bactérias fixadoras de nitrogênio
destinados à cultura da soja. São produzidos nas formulações líquida e turfosa.

BIOMAX® PREMIUM LÍQUIDO SOJA BIOMAX® PREMIUM TURFA SOJA

Inoculante líquido com alta concentração de unidades Inoculante turfoso com alta concentração de
formadoras de colônias (UFC) de bactérias fixadoras unidades formadoras de colônias (UFC) de bactérias
de nitrogênio à cultura da soja. fixadoras de nitrogênio à cultura da soja.

Garantias Garantias
• 6 x 109 UFC mL-1 • 7,2 x 109 UFC g-1

Estirpes Estirpes
• Semia 5079 e Semia 5080 • Semia 5079 e Semia 5080

Natureza física Natureza física


• FIuido • Pó

Embalagem Embalagem
• Caixa de papelão com 120 doses (5 bags de 1,8 L) • Caixa de papelão com 120 doses (24 pacotes de 300 g)

Benefícios Benefícios
• Formulado com soluções estabilizantes, eficiente • Produzido com turfa importada do Canadá, isenta de
em manter viáveis e efetivas as estirpes das bactérias materiais abrasivos.
fixadoras de nitrogênio, proporcionando alta
aderência do produto nas sementes da soja. • Permite utilização segura sem causar desgastes e
incrustações nos discos das plantadeiras ou outros
Recomendações de uso equipamentos destinados à aplicação de inoculantes.

Inoculação das sementes: 1 dose (60 mL) para 50 kg Recomendações de uso


de semente de soja
Inoculação das sementes: 1 dose (60 g) para 50 kg de
Sulco de plantio: 6 a 10 doses ha (0,36 a 0,72 L ha )
-1 -1
semente de soja

Observações
Evitar o uso exclusivo do Biomax® Premium Soja Líquido em solos recém-cultivados com soja. Nesta condição de
cultivo, utilizar na inoculação das semestes de soja, pelo menos 2 doses do Biomax® Premium Turfa Soja (0,12 kg)
e 1 dose do Biomax® 10 (50 mL).

49
BioCoMo

6.3.4. NHT BioCoMo ®

Fertilizante fluido, suspensão concentrada, fonte de Benefícios


cobalto e molibdênio à cultura da soja. Cada litro do
NHT® BioCoMo possui 210 g de Mo e 21 g de Co. • Produto ideal para o fornecimento de Co e Mo à
cultura da soja;
Produto ideal para o fornecimento de Co e Mo na
fertilização das sementes de soja. Menor mortandade • Pequeno volume de produto na fertilização das
das bactérias fixadoras de nitrogênio. sementes de soja;

Garantias • Menor mortandade de bactérias fixadoras de


• Cobalto (Co teor total): 1,5% (21,00 g L-1) nitrogênio;
• Cobalto (Co solúvel em ácido cítrico a 2%): 0,9%
(12,60 g L-1) • Maior produtividade da cultura da soja (Figura 35).
• Molibdênio (Mo teor total): 15% (210,00 g L-1)
• Molibdênio (Mo solúvel em ácido cítrico a 2%): 9,0%
(126,00 g L-1)
• Índice salino (IS): 28,55%
• Condutividade elétrica: 60,59 mS cm-1
Densidade: 1,40 g mL-1
+5,6 (8,4%)
pH do produto 76
• 1,0 a 2,0

Natureza física 72
• Fluido
sc ha-1

Embalagens 72,1
68
• Fardos com 12 unidades de 1 L
• Fardos com 4 unidades de 5 L 66,5
64

Testemunha NHT® CoMo


+ BIOENERGY®

Figura 35. Efeito do NHT® CoMo + Bioenergy® na produtividade de


grãos de soja, em três locais do Rio Grande do Sul, na safra
2015/2016. Crédito: Biosoja (2016).

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação


60 a 120 mL para a quantidade de sementes
Fertilização das sementes
de soja recomendada para o plantio de 1 ha

Observação
O NHT® BioCoMo pode ser também aplicado em pulverizações foliares na cultura da soja.

Época de aplicação Dose por aplicação

Adubação foliar entre o 25º e 30º dia após 0,12 a 0,24 L ha-1
a emergência da soja (V3 a V5)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1

50
CoMo

6.3.5. NHT CoMo ®

Fertilizante fluido, suspensão concentrada, fonte de Natureza física


cobalto e molibdênio à cultura da soja. Cada litro do • Fluido
NHT® CoMo possui 501 g de Mo e 50,1 g de Co.
Embalagens
Produto ideal para o fornecimento de Co e Mo na • Fardos com 12 unidades de 1 L
fertilização das sementes de soja. Menor mortandade • Fardos com 4 unidades de 5 L
das bactérias fixadoras de nitrogênio.
Benefícios
Garantias
• Cobalto (Co teor total): 3,0% (50,10 g L-1) • Produto ideal para o fornecimento de Co e Mo à
• Cobalto (Co solúvel em ácido cítrico a 2%): 1,8% cultura da soja;
(30,06 g L-1)
• Molibdênio (Mo teor total): 30% (501 g L-1) • Menor volume de produto na fertilização das
• Molibdênio (Mo solúvel em ácido cítrico a 2%): 18% sementes de soja;
(300,60 g L-1)
• Índice salino (IS): 3,31% • Menor mortandade de bactérias fixadoras de nitrogê-
• Condutividade elétrica: 2,54 mS cm-1 nio (Figuras 36 e 37). Possui baixo índice salino e
• Densidade: 1,67 g mL-1 baixa condutividade elétrica;

pH do produto • Maior produtividade da cultura da soja.


• 1,5 a 3,0

1.200.000 12
UFC sementes de soja-1

800.000 9
10,9
nº nódulos soja-1

966.667
8,8
400.000 6
513.333
5,4
8.667
0 3
Inoculante Inoculante
Inoculante + CoMo convencional Inoculante + CoMo convencional
Inoculante + NHT® CoMo Inoculante + NHT® CoMo

Figura 36. Efeito do NHT CoMo e um fertilizante convencional a


®
Figura 37. Efeito do NHT® CoMo e um fertilizante convencional a
base de CoMo na sobrevivência das bactérias Bradyrhizobium base de CoMo no número de nódulos do Bradyrhizobium japonicum
japonicum (UFC). Crédito: Biosoja (2016). nas raízes da soja. Crédito: Biosoja (2016).

Recomendação de uso
Época de aplicação Dose por aplicação
25 a 50 mL para a quantidade de sementes
Fertilização das sementes de soja recomendada para o plantio de 1 ha

Observação
O NHT® CoMo pode ser também aplicado em pulverizações foliares na cultura da soja.
Época de aplicação Dose por aplicação
Adubação foliar entre o 25º e 30º dia após
50 a 100 mL ha-1
a emergência da soja (V3 a V5)
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1

51
Gold

6.3.6. NODULUS GOLD ®

NODULUS

Fertilizante fluido, fonte de cobalto e molibdênio à Benefícios


cultura da soja. Cada litro do Nodulus® Gold possui
142 g de Mo e 14,2 g de Co. • O Mo atua na fixação biológica do nitrogênio (FBN).
É constituinte da enzima nitrogenase, responsável
Garantias (p/p) - % pela conversão do nitrogênio atmosférico (N2) em
• Cobalto (Co teor total): 1% (14,20 g L-1) amônia (N-NH3), que posteriormente é incorporada
• Cobalto (Co solúvel em ácido cítrico a 2%): 1% (14,20 em compostos orgânicos nitrogenados;
g L-1)
• Molibdênio (Mo teor total): 10% (142,00 g L-1) • Melhora o metabolismo do nitrogênio. O Mo é consti-
• Molibdênio (Mo solúvel em ácido cítrico a 2%): 10% tuinte da enzima redutase do nitrato, res ponsável pela
(142,00 g L-1) conversão do nitrato (N-NO3-) à nitrito (N-NO2-), que
• Índice salino (IS): 27,54% posteriormente é incorporado em compostos orgânic-
• Condutividade elétrica: 60,12 mS cm-1 os nitrogenados, dentre os quais os aminoácidos;
• Densidade: 1,42 g mL-1
• Maior enraizamento e desenvolvimento vegetativo
pH do produto da soja (Figura 38);
• 5,5 a 7,0
• Menor mortalidade das bactérias fixadoras de
Natureza física nitrogênio;
• Fluido
• Maior produtividade da cultura da soja (Figura 39).
Embalagens
• Fardos com 12 unidades de 1 L
• Fardos com 4 unidades de 5 L 74

70
sc ha-1

72,9
66
69,5 70,8
67,4
62
Testemunha
Nodulus® Gold (via sementes) - 1 mL kg de semente-1
Nodulus® Gold (via foliar) - 0,20 L ha-1
Nodulus® Gold Nodulus® Premium 125 Nodulus® Gold (via foliar) - 0,30 L ha-1

Figura 38. Efeito do Nodulus® Gold no enraizamento da soja (safra Figura 39. Efeito do Nodulus® Gold aplicado via sementes e foliar no
2011/2012). Crédito da foto: Waldech CaetanoTelles Júnior (2012). estádio V3 na produtividade da cultura da soja. Crédito: Biosoja (2016).

Recomendação de uso
Época de aplicação Dose por aplicação
0,10 a 0,20 L para a quantidade de sementes
Fertilização das sementes de soja recomendada para o plantio de 1 ha

Observação
O Nodulus Gold® pode ser também aplicado em pulverizações foliares na cultura da soja.
Época de aplicação Dose por aplicação
Adubação foliar entre o 25º e 30º dia após
0,17 a 0,35 L ha-1
a emergência da soja (V3 a V5)
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1

52
Premium

6.3.7. NODULUS PREMIUM ®

NODULUS

Fertilizantes fluidos, fonte de cobalto e molibdênio à cultura da soja. Podem ser aplicados na fertilização das
sementes e/ou em pulverizações foliares na fase vegetativa da soja.

Produtos e garantias
Garantias
EC IS
Produto Co Mo Co Mo d pH
- - - - - % (p/p) - - - - - - - - - - - g L -1 - - - - - - g mL-1 mS cm-1 %
Nodulus Premium 135
®
1/1 10 / 10 13,5 / 13,5 135 / 135 1,35 5,5 a 7,0 45,55 22,76

Nodulus Premium 210


®
1,5 / 1,5 15 / 15 21 / 21 210 / 210 1,40 5,5 a 7,0 60,34 26,29
Primeira garantia é o teor total do nutriente e a segunda garantia é o teor mínimo em solução de ácido cítrico a 2%.

Natureza física amônia (N-NH3), que poste- riormente é incorporada


• Fluido em compostos orgânicos nitrogenados;

Embalagens • Melhora o metabolismo do nitrogênio. O Mo é


• Fardos com 12 unidades de 1 L constituinte da enzima redutase do nitrato,
• Fardos com 4 unidades de 5 L responsável pela conversão do nitrato (N-NO3-) à
• Bombonas de 25 L nitrito (N-NO2-), que posteriormente é convertido em
compostos orgânicos nitrogenados, dentre os quais
Benefícios os aminoácidos;
• O Mo atua na fixação biológica do nitrogênio (FBN).
É constituinte da enzima nitrogenase, responsável • Aumenta a produtividade da soja (Tabela 5)
pela conversão do nitrogênio atmosférico (N2) em

Tabela 5. Efeito do Co e Mo no número de nódulos e a produtividade da soja.


Tratamento nº de nódulos planta-1 Produtividade (sc ha-1)
Testemunha 18 45,37 (100)
Inoculante no plantio (IP) 19 41,50 (91)

IP + Mo via sementes 20 62,12 (137)


IP + CoMo via sementes 17 66,00 (145)

O número entre parênteses representa o aumento percentual do tratamento em relação à testemunha.


1/

Crédito: Adaptada de Hungria et al. (2001).

Recomendação de uso
Produto Época de aplicação 1/ Dose por aplicação

Nodulus® Premium 135 Fertilização das sementes 0,10 a 0,20 L ha-1

Nodulus® Premium 210 Fertilização das sementes 0,06 a 0,12 L ha-1


1/
Misturar o Nodulus® Premium na quantidade de sementes de soja recomendada para o plantio de 1 ha.

Observação
O Nodulus® Premium pode ser também aplicado em pulverizações foliares na cultura da soja.

Produto Época de aplicação 1/


Dose por aplicação

Adubação foliar entre o 25º e o 30º dia 0,20 a 0,40 L ha-1


Nodulus® Premium 135 após a emergência da soja (V3 a V5)

Nodulus® Premium 210 Adubação foliar entre o 25º e o 30º dia 0,12 a 0,24 L ha-1
após a emergência da soja (V3 a V5)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

53
6.4. ADUBAÇÃO NO SULCO DE PLANTIO
6.4.1. FERTIUM® LÍQUIDO PREMIUM Fertilizante Organomineral

Fertilizante organomineral fluido, Classe A, com altos temperatura, e os causados pelos defensivos agríco-
teores de carbono orgânico total. Cada litro de las;
Fertium® Líquido Premium contém 18,60 g de nitrogê-
nio, 55,80 g de potássio e 210,80 g de carbono orgâni- • Maior desenvolvimento vegetativo da soja;
co total.
• Maior produtividade da soja.
O Fertium® Líquido Premium é produzido com leonar-
dita de origem norte-americana. b. Benefícios nos solos

Produto ideal para o fornecimento de substâncias • Aumenta a capacidade de troca catiônica (CTC) dos
húmicas no sulco de plantio da soja. solos, reduzindo as perdas dos nutrientes catiônicos
por lixiviação, tais como potássio, cálcio e magnésio;
Garantias (p/p) - %
• Nitrogênio (N): 1,5% (18,60 g L-1) • Aumenta a capacidade de retenção de água (CRA)
• Potássio (K2O): 4,5% (55,80 g L-1) dos solos, tornando as plantas mais tolerantes aos
• Carbono orgânico total (COT): 17% (210,80 g L-1) veranicos;
• Densidade: 1,24 g mL-1
• Índice salino (IS): 22,2% • Neutraliza as substâncias tóxicas nos solos, tais
• Condutividade elétrica (CE): 37 mS cm-1 como alumínio e metais pesados (cádmio, chumbo,
cromo e selênio) pela formação de complexos orgâni-
pH do produto cos, com alta estabilidade química;
• 6,0 a 8,0
• Reduz a salinidade dos solos provocada pelo acúmu-
Natureza física lo de sódio proveniente de determinados fertilizantes
• Fluido minerais e/ou em solos naturalmente salinos
(Semi-Árido Nordestino);
Embalagens
• Fardos com 12 unidades de 1 L • Aumenta a disponibilidade do P às plantas com a
• Fardos com 4 unidades de 5 L redução da fixação deste nutriente por meio da
• Bombonas de 25 L complexação dos óxidos de ferro e alumínio dos solos
e liberação de parte do fósforo anteriormente adsorvi-
Benefícios do pela fração mineral;

As substâncias húmicas do Fertium® Líquido Premi- • Estimula a atividade dos microrganismos benéficos
um proporcionam uma série de benefícios às plantas às plantas fornecendo substâncias húmicas, ácidos
e aos solos. A princípio, os benefícios do Fertium® orgânicos e outros compostos que servem de fonte
Líquido Premium são mais evidentes nas plantas. de energia e de nutrientes.

a. Benefícios nas plantas Recomendação de uso

• Aumenta a capacidade germinativa das sementes da


soja; Época de aplicação Dose por aplicação

• Estimula o desenvolvimento radicular da soja, Pré-plantio 1/ 10 a 20 L ha-1


proporcionando maior absorção de água e nu-
trientes; Sulco de plantio 2/ 1 a 2 L ha-1

• Aumenta o teor de clorofila na soja; 1/


O volume da calda de pulverização varia de 100 a 200 L ha-1.
2/
O volume da calda de pulverização varia de 40 a 80 L ha-1.

• Maior resistência da soja aos estresses ambientais,


tais como estresse hídrico e variações bruscas na

54
Cálcio Max

6.4.2. NHT CÁLCIO MAX


®

Fertilizante mineral misto, fluido, em suspensão, com Benefícios


alta concentração de cálcio, para uso no solo. Cada
litro do NHT® Cálcio Max contém 417,5 g de Ca. O • Promove maior enraizamento da soja;
NHT® Cálcio Max é produzido a partir de carbonato de
cálcio. • Maior eficiência das plantas na absorção de água e
nutrientes. As plantas tornam-se mais tolerantes aos
Garantias (p/p) - % veranicos;
• Nitrogênio (N): 1% (16,70 g L-1)
• Cálcio (Ca total): 25% (417,50 g L-1) • Aumenta a produção de citocinina no sistema radicu-
• Densidade: 1,67 g mL-1 lar, fitohormônio responsável pelo maior desenvolvi-
mento vegetativo da soja;
pH do produto
• 8 a 11 • Aumenta a produtividade da soja (Figuras 40 e 41).

Natureza física
• Fluido Época de aplicação Dose por aplicação

Embalagens Sulco de plantio 1/ 1 a 2 L ha-1


• Fardos com 12 unidades de 1 L
1/
O volume da calda de pulverização varia de 40 a 80 L ha-1.
• Fardos com 4 unidades de 5 L
Utilizar a maior dose do NHT® Cálcio Max em solos com baixa
saturação por bases (V < 50%) e a menor dose em solos com
saturação por bases na faixa adequada à cultura da soja.

Ensaios de campo com o NHT® Cálcio Max

Ensaio de campo I Ensaio de campo II

Objetivo: Determinar o efeito do NHT® Cálcio Max na Objetivo: Efeito do NHT® Cálcio Max na produtividade
produti- vidade da soja, quando aplicado no sulco de da soja, quando aplicado no sulco de plantio.
plantio.
Tratamentos
Tratamentos • Tratamento 1. Testemunha
• Tratamento 1. Testemunha • Tratamento 2. NHT® Cálcio Max (2 L ha-1)
• Tratamento 2. NHT® Cálcio Max (1 L ha-1)
Local: Bela Vista de Goiás/GO
Local: São João da Aliança/GO (área recém-aberta para o cultivo de soja)
(solo com saturação por bases corrigida)

+13,1 (26,7%) +8,5 (18,2%)


75 60
sc ha-1

sc ha-1

50 45

49,0
62,1 46,8
55,3
25 30

Testemunha NHT CÁLCIO MAX (1 L ha )


® -1
Testemunha NHT® CÁLCIO MAX (2 L ha-1)

Figura 40. Efeito do NHT® Cálcio Max na produtividade da soja. Figura 41. Efeito do NHT® Cálcio Max na produtividade da soja.
Fertilizante aplicado no sulco de plantio, em área corrigida. Fertilizante aplicado no sulco de plantio, em área de abertura.
Crédito: Biosoja (2013). Crédito: Biosoja (2013).

55
Magnésio

6.4.3. NHT MAGNÉSIO


®

Fertilizante mineral misto, fluido, em suspensão, com Benefícios


alta concentração de magnésio, para uso no solo.
Cada litro do NHT® Magnésio contém 304,5 g de Mg. • Promove maior enraizamento da soja;
O NHT® Magnésio é produzido a partir de hidróxido de
magnésio. • Maior eficiência das plantas na absorção de água e
nutrientes. As plantas tornam-se mais tolerantes aos
Garantias (p/p) - % veranicos;
• Magnésio (Mg total): 21% (304,5 g L-1)
• Densidade: 1,45 g mL-1 • Aumenta a produção de citocinina no sistema radicu-
lar, fitohormônio responsável pelo maior desenvolvi-
pH do produto mento vegetativo da soja;
• 8 a 12
• Aumenta a produtividade da soja.
Natureza física
• Fluido
Recomendação de uso
Embalagens
• Fardos com 12 unidades de 1 L
• Fardos com 4 unidades de 5 L Época de aplicação Dose por aplicação

Sulco de plantio 1/ 0,35 a 0,70 L ha-1


1/
O volume da calda de pulverização varia de 40 a 80 L ha-1.

A deficiência de Mg em soja ocorre com mais frequência em solos


com baixo teor de Mg (Mg < 8 mmolc dm-3) e/ou baixa saturação por
magnésio (Mg/CTC < 13%) e relação Mg/K menor que 3,0.

56
6.5. ADUBAÇÃO FOLIAR
Extra

6.5.1. BIOAMINO EXTRA ®

Fertilizante foliar fluido orgânico composto, Classe A, Benefícios


com alta concentração de materiais orgânicos,
obtidos por meio de processos controlados de biofer- • Melhora o metabolismo da soja, maximizando o seu
mentação. potencial produtivo;
• Maior desenvolvimento radicular por meio da
Garantias (p/p) - % emissão de nova raízes;
• Nitrogênio (N): 4% (50,00 g L-1)
• Carbono orgânico total (COT): 23% (287,50 g L-1) • Melhora a absorção dos nutrientes aplicados nas
• Densidade: 1,25 g mL-1 folhas da soja;
• Melhora a brotação e o desenvolvimento vegetativo
pH do produto da soja;
• 5,5 a 7,0
• Retarda a senescência das folhas, prolongando o
seu ciclo produtivo;
Natureza física
• Fluido • Maior resistência da soja às condições climáticas
adversas, tais como veranicos e variações bruscas de
Embalagens temperatura;
• Fardos com 12 unidades de 1 L • Recuperação mais rápida da soja após estresse
• Fardos com 4 unidades de 5 L climáticos e fitotoxicidade causada por defensivos
• Bombonas de 25 L agrícolas;
• Maior produtividade da soja (Figuras 42 e 43).

Ensaios de campo com o Bioamino® Extra

+8,5 (13,4%) +7,4 (15,4%)


76 60

70
sc ha-1

sc ha-1

50
64
69,4 72,0 55,3
63,5 47,9
58 40
Testemunha Mega K Full BIOAMINO® EXTRA Testemunha BIOAMINO® EXTRA
+ Mega K Full (0,5 L ha-1)

Figura 42. Efeito do Bioamino Extra e associado com o Mega® K Full Figura 43. Efeito do Bioamino® Extra na produtividade da cultura do
aplicado via foliar no estádio R5.1 na produtividade da cultura da feijoeiro. Fertilizante foliar aplicado na fase reprodutiva (R7 - início da
soja. Crédito: Biosoja (2013). formação das vagens) em Paracatu/MG. Crédito: Biosoja (2013).

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar duas aplicações foliares, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa


0,50 a 0,75 L ha-1
(V3 a V5) e a segunda no início da formação das vagens (R4)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observações
• Não aplicar o Bioamino® Extra com os produtos que causam fitotoxicidade na cultura da soja.
• Evitar a aplicação do Bioamino® Extra no final da fase vegetativa e início do florescimento da soja. Aplicar nesta
fase da soja somente em lavouras com pequeno desenvolvimento vegetativo.

57
Premium

6.5.2. BIOAMINO PREMIUM ®

Fertilizante foliar fluido, organomineral, Classe A, com pH do produto


alta concentração de materiais orgânicos, obtidos por • 0,3 a 2,0
meio de processos controlados de biofermentação.
Natureza física
Garantias (p/p) - % • Fluido
• Nitrogênio (N): 5% (67,50 g L-1)
• Fósforo (P2O5): 8% (108 g L-1) Embalagens
• Potássio (K2O): 5% (67,50 g L-1) • Fardos com 12 unidades de 1 L
• Magnésio (Mg): 0,60% (8,10 g L-1) • Fardos com 4 unidades de 5 L
• Boro (B): 0,40% (5,40 g L-1) • Bombonas de 25 L
• Cobre (Cu): 0,20% (2,70 g L-1)
• Manganês (Mn): 0,50% (6,75 g L-1) Benefícios
• Zinco (Zn): 1% (13,50 g L-1)
• Carbono orgânico total (COT): 6% (81 g L-1) • Os benefícios proporcionados pelo Bioamino®
• Densidade: 1,35 g mL-1 Premium são semelhantes aos oferecidos pelo
Bioamino® Extra (item 6.5.1.). Além disso, fornece
nutrientes à cultura da soja.

Ensaio de campo com o Bioamino® Premium


68
67,4
66,5
66 65,7 66,1
64,8 64,8
sc ha-1

64 63,5

62 61,8
61,2

60

58

Testemunha absoluta Concorrente 1 Concorrente 2


Concorrente 3 Bioamino® Premium Concorrente 4
Concorrente 5 MAP Purificado Concorrente 6

Figura 44. Efeito de fertilizantes fornecedores de carbono orgânico total (COT) na produtividade da cultura da soja. Crédito: Biosoja (2016).

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar duas aplicações foliares, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa


1,0 a 1,5 L ha-1
(V3 a V5) e a segunda no início da formação das vagens (R4)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observações
• Não aplicar o Bioamino® Premium com os produtos que causam fitotoxicidade na cultura da soja.
• Evitar a aplicação do Bioamino® Premium no final da fase vegetativa e início do florescimento da soja. Aplicar
nesta fase da soja somente em lavouras com pequeno desenvolvimento vegetativo.
• Não aplicar o Bioamino® Premium com o Mega K, Fertilis® Boro e demais fertilizantes com reação alcalina.

58
6.5.3. BIOENERGY®

Fertilizante fluido organomineral, Classe A, contendo Benefícios


extratos de algas marrons (Ascophillum nodosum) e
aditivos. • Tem ação sistêmica nas plantas. Aplicações nas
folhas em baixas concentrações, proporcionam
Garantias (p/p) - % resultados em toda a planta, inclusive no sistema
• Potássio (K2O): 5% (56,5 g L-1) radicular;
• Carbono orgânico total (COT): 6% (67,8 g L-1)
• Densidade: 1,13 g mL-1 • Maior vigor das plantas;

pH do produto • Maior desenvolvimento vegetativo da soja;


• 7,0 a 8,0
• Maior retenção de flores e por consequência, maior
Natureza física número de vagens;
• Fluido
• Menores perdas de produtividade em condições de
Embalagens estresses bióticos e abióticos, com destaque aos
• Fardos com 12 unidades de 1 L veranicos;
• Fardos com 4 unidades de 5 L
• Otimiza aporte de nutrientes em soja;

• Maior produtividade da cultura da soja.

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação Benefícios


Desenvolvimento vegetativo. Vigor do
2ª ao 3ª terceiro trifólio
0,25 a 0,50 L ha -1 sistema radicular. Tolerância aos estresses
(V2 a V3)
abióticos e bióticos.

Inicio do florescimento Redução do abortamento de flores e vagens.


(R1) 0,40 a 0,50 L ha-1
Tolerância aos estresses abióticos e bióticos

Enchimento dos grãos Maior peso dos grãos. Tolerância aos


(R4 a R5) 0,40 a 0,5 L ha-1 estresses abióticos e bióticos.

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observação
• Os melhores resultados com o Bioenergy® são obtidos com a aplicação do produto em mais de um estádio
fenológico da soja. Portanto, o uso do Bioenergy® deve ser feito em pelo menos duas fases fenológicas da soja
conforme descrito acima.

59
Express

6.5.4. COMPLET EXPRESS

Fertilizante foliar fluido, fonte de micronutrientes Embalagens


solúveis em água (boro, cobre, manganês e zinco) à • Fardos com 4 unidades de 5 L
cultura da soja. Possui alto teor de manganês, • Bombonas de 25 L
nutriente mais frequentemente limitante ao
desenvolvimento da soja nos solos sob cerrado. Benefícios

Garantias (p/p) - % Formulação líquida


• Nitrogênio (N): 1% (13,40 g L-1) • Facilita o manuseio e a aplicação do produto,
• Enxofre (S): 4% (53,60 g L-1) otimizando a mão-de-obra;
• Sulfato (SO4): 11,98% (160,53 g L-1)
• Boro (B): 0,30% (4,02 g L-1) Micronutrientes ligados ao íon sulfato
• Cobre (Cu): 0,30% (4,02 g L-1) • Menor probabilidade de ocorrer fitotoxicidade dos
• Manganês (Mn): 5% (67 g L-1) micronutrientes na soja;
• Zinco (Zn): 3% (40,20 g L-1)
• Densidade: 1,34 g mL-1 Acidifica a calda de pulverização
• Aumenta a eficiência agronômica dos fertilizantes
pH do produto foliares solúveis em água;
• 1,0 a 1,5
Matérias-primas de alta qualidade, isentas de
Natureza física impurezas e solúveis em água
• Fluido • Não entopem os filtros e os bicos dos
pulverizadores, facilitando as pulverizações.

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar três aplicações foliares, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa


(V3 a V5), a segunda antes do florescimento (V6 a V8) e a terceira entre o final da 1 a 2 L ha-1
florada (R3) e o início da formação das vagens da soja (R4)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observações
• Em lavouras de soja cultivadas em solos contendo baixos teores de Mn, saturação por bases acima da faixa
adequada e altos teores de matéria orgânica, realizar pelo menos três aplicações foliares do Complet Express.
• A aplicação de Complet Express entre o final da florada (R3) e o início da formação das vagens da soja (R4), não
substitui as aplicações nas fases vegetativas da soja (V3 a V5 e V6 a V8).
• Em volumes de caldas menores que 100 L ha-1, a dose máxima do Complet Express por aplicação é 1,5 L ha-1.
• Não aplicar o Complet Express com o Mega K, Fertilis® Boro e demais fertilizantes com reação alcalina.

60
6.5.5. EXPRESS

Fertilizante foliar fluido, fonte de manganês solúvel em Benefícios


água à cultura da soja. Possui alto teor de manganês,
nutriente mais frequentemente limitante ao Formulação líquida
desenvolvimento da soja nos solos sob cerrado. • Facilita o manuseio e a aplicação do produto,
otimizando a mão-de-obra;
Garantias (p/p) - %
• Enxofre (S): 4% (52,40 g L-1) Manganês ligados ao íon sulfato
• Sulfato (SO4): 11,98% (156,94 g L-1) • Menor probabilidade de ocorrer fitotoxicidade dos
• Manganês (Mn): 7% (91,70 g L-1) micronutrientes na soja;
• Densidade: 1,31 g mL-1
Acidifica a calda de pulverização
pH do produto • Aumenta a eficiência agronômica dos fertilizantes
• 0,1 a 1,5 foliares solúveis em água;

Natureza física Matérias-primas de alta qualidade, isentas de


• Fluido impurezas e solúveis em água
• Não entopem os filtros e os bicos dos
Embalagens pulverizadores, facilitando as pulverizações
• Fardos com 4 unidades de 5 L
• Bombonas de 25 L

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar três aplicações foliares, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa


(V3 a V5), a segunda antes do florescimento (V6 a V8) e a terceira entre o final 1 a 2 L ha-1
da florada (R3) e o início da formação das vagens da soja (R4)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observações
• Em lavouras de soja cultivadas em solos contendo baixos teores de Mn, saturação por bases acima da faixa
adequada e altos teores de matéria orgânica, realizar pelo menos três aplicações foliares do Express.
• A aplicação do Express entre o final da florada (R3) e o início da formação das vagens da soja (R4), não substitui
as aplicações nas fases vegetativas da soja (V3 a V5 e V6 a V8).
• Em volumes de caldas menores que 100 L ha-1, a dose máxima do Express por aplicação é 1,5 L ha-1.
• Não aplicar o Express com o Mega K, Fertilis® Boro e demais fertilizantes com reação alcalina.

61
MOL

6.5.6. FERTILIS MOL ®

Fertilizante foliar fluido, fonte de molibdênio à cultura Benefícios


da soja. Cada litro do Fertilis® Mol possui 210 g de Mo.
• O Mo atua na fixação biológica do nitrogênio (FBN).
Garantias (p/p) - % É constituinte da enzima nitrogenase, responsável
• Molibdênio (Mo): 15% (210 g L-1) pela conversão do nitrogênio atmosférico (N2) em
• Densidade: 1,40 g mL-1 amônia (N-NH3), que posteriormente é incorporado
em compostos orgânicos nitrogenados;
pH do produto
• 6,0 a 7,5 • Melhora o metabolismo do nitrogênio. O Mo é
constituinte da enzima redutase do nitrato,
Natureza física responsável pela conversão do nitrato (N-NO3-) em
• Fluido nitrito (N-NO2-), que posteriormente é convertido em
compostos orgânicos nitrogenados, dentre os quais
Embalagens os aminoácidos e proteínas;
• Fardos com 12 unidades de 1 L
• Fardos com 4 unidades de 5 L • Maior desenvolvimento vegetativo da soja;
• Bombonas de 25 L
• Maior produtividade da cultura da soja.

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar uma aplicação foliar na fase vegetativa da soja (V3 a V5) 0,12 a 0,24 L ha-1

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observação
• O Fertilis® Mol pode ser utilizado na fertilização das sementes na dose de 60 a 120 mL para a quantidade de
sementes de soja recomendada para o plantio de 1 ha.

62
Nitro Magnésio

6.5.7. FERTILIS NITRO MAGNÉSIO


®

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio e Benefícios


magnésio à cultura da soja. O Fertilis® Nitro Magnésio
é produzido com nitrato de magnésio, destacando-se Formulação líquida
pela sua eficiência agronômica no fornecimento • Facilita o manuseio e a aplicação do produto,
desses nutrientes à cultura da soja. otimizando a mão-de-obra;

Garantias (p/p) - % Magnésio ligado ao íon nitrato


• Nitrogênio (N): 7% (94,50 g L-1) • Maior velocidade na absorção do magnésio pelas
• Magnésio (Mg): 6% (81,00 g L-1) folhas da soja;
• Densidade: 1,35 g mL-1 • Aumenta o teor de clorofila, incrementando a
fotossíntese das plantas;
pH do produto • Melhora a qualidade dos grãos. Maior translocação
• 0,8 a 2,0 dos fotoassimilados das folhas para os grãos;

Natureza física Acidifica a calda de pulverização


• Fluido • Aumenta a eficiência agronômica dos fertilizantes
foliares solúveis em água;
Embalagens
• Fardos com 4 unidades de 5 L Matérias-primas de alta qualidade, isentas de
• Bombonas de 25 L impurezas e solúveis em água
• Não entopem os filtros e os bicos dos
pulverizadores, facilitando as pulverizações;

Aumenta a produtividade da soja (Figura 45).


+2,5 (6,6%)
41

Figura 45. Efeito do Fertilis® Nitro Magnésio aplicado via foliar na


dose de 6 L ha-1 parcelado em duas aplicações, nos estádios R1
sc ha-1

39 e R4 na produtividade da cultura da soja. Crédito: Biosoja (2015).


40,3 Observação: A baixa produtividade da soja nesse experimento
37,8 se deve ao forte veranico ocorrido durante o ciclo da cultura.
37
Testemunha Fertilis Nitro® Magnésio
(6 L ha-1)

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar duas aplicações foliares, sendo a primeira no início do florescimento 4 a 8 L ha-1


(R1) e a segunda no início da formação das vagens da soja (R4)
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observações
• Em lavouras de soja cultivadas em solos contendo baixos teores de Mg, saturação por magnésio e relação Mg/K
no solo abaixo da faixa adequada, realizar as duas pulverizações foliares com a maior dose do Fertilis® Nitro Magné-
sio.
• A aplicação do Fertilis® Nitro Magnésio não substitui o fornecimento de Mg no solo (calcário dolomítico e/ou Gran
Magnésio 30).
• Não aplicar o Fertilis® Nitro Magnésio com o Mega K, Fertilis® Boro e demais fertilizantes com reação alcalina.

63
Phitopress

6.5.8. FERTILIS® PHITOPRESS

Linha de fertilizantes foliares fornecedores de fósforo, potássio, cobre e manganês à cultura da soja. Contém
ácido fosforoso que em meio aquoso, produz os íons fosfitos.

Produtos e garantias

Garantias (p/p) - %
Produtos d (g mL-1) pH
P2O5 K2O Cu Mn

Phitopress® Cobre 1/ 2 - 3,5 - 1,30 6,0 a 7,0

Phitopress® K20 1/ - 20 - - 1,40 3,0 a 5,0

Phitopress® K26 1/ - 26 - - 1,50 6,0 a 7,5

Phitopress® Manganês 1/ 2 - - 9 1,40 0,5 a 2,0


1/
Contém ácido fosforoso

Natureza física Benefícios


• Fluido • Maior desempenho no fornecimento do P, K, Cu e
Mn à soja;
Embalagens • Aumenta o florescimento e o pegamento da florada
• Fardos com 12 unidades de 1 L (somente o Phitopress ®
Cobre) da soja;
• Fardos com 4 unidades de 5 L • Melhora a qualidade dos grãos da soja;
• Bombonas de 25 L • Aumenta a produtividade da soja.

Recomendação de uso

a. Phitopress Cobre

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar três aplicações foliares, sendo a primeira entre o V3 a V4, a segunda antes
0,5 a 1,0 L ha-1
do florescimento (V6 a V8) e a terceira no início da formação das vagens (R4)
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

b. Phitopress K20 e Phitopress K26

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar três aplicações foliares, sendo a primeira entre o V3 a V4, a segunda antes
0,5 a 1,0 L ha-1
do florescimento (V6 a V8) e a terceira no início da formação das vagens (R4)
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

c. Phitopress Manganês

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar três aplicações foliares, sendo a primeira entre o V3 a V4, a segunda antes
0,5 a 1,0 L ha-1
do florescimento (V6 a V8) e a terceira no início da formação das vagens (R4)
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observação:
Em misturas com óleos ou produtos oleosos, utilizar a menor dose do Phitopress Cobre e Phitopress Manganês.

64
L Forte
6.5.9. L FORTE®

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio à cultura Embalagens


da soja. Cada litro do L Forte® contém 105 g de N. • Fardos com 12 unidades de 1 L
• Fardos com 4 unidades de 5 L
Garantias (p/p) - %
• Nitrogênio (N): 10% (105 g L-1) Benefícios
• Densidade: 1,05 g mL-1
• Formulação líquida, facilitando o manuseio e
pH do produto aplicação do produto;
• 11 a 13
• Fornece nitrogênio prontamente disponível à cultura
Natureza física da soja;
• Fluido
• O nitrogênio rompe as ligações químicas da cutina
das plantas, aumentando a absorção dos nutrientes
da calda de pulverização.

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Aplicações foliares 0,10 a 0,20 L ha-1

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observação
• Sempre utilize o L Forte® no término das pulverizações foliares.

65
Mega K

6.5.10. MEGA K
MACRO

Fertilizante foliar fluido, fonte de potássio à cultura da Embalagens


soja, com uma formulação diferenciada. O Mega K é • Fardos com 12 unidades de 1 L
produzido com carbonato de potássio, destacando-se • Fardos com 4 unidades de 5 L
pela sua eficiência agronômica no fornecimento • Bombonas de 25 L
desse nutriente à cultura da soja.
Benefícios
Produto ideal para o fornecimento de potássio via
foliar à cultura da soja. O potássio é rapidamente • Formulação líquida, facilitando o manuseio e a
absorvido pelas folhas da soja mesmo sob condições aplicação do produto;
adversas, como baixa umidade relativa do ar.
• Fornece potássio prontamente disponível às plantas,
Garantias (p/p) - % notadamente na fase de maior demanda desse
• Nitrogênio (N): 1% (15 g L-1) nutriente (frutificação);
• Potássio (K2O): 32% (480 g L-1)
• Densidade: 1,50 g mL-1 • Maior velocidade na absorção de K pelas folhas da
soja. Possui o menor ponto de deliquescência (POD)
pH do produto entre os fertilizantes potássicos (Tabela 6);
• 11 a 13
• Possui baixo índice salino (44%). Menor
Natureza física fitotoxicidade nas folhas da soja;
• Fluido
• Aumenta a produtividade da soja (Figura 46).

Tabela 6. Ponto de deliquescência (POD) dos fertilizantes potássi-


cos (Schonherr, 2002).
+10,9 (22,8%)
60
Fertilizantes potássicos POD 1/ 2/
sc ha-1

Carbonato de potássio (KCO3) 44%


50 58,7
Cloreto de potássio (KCl) 86%
47,8
40
Nitrato de potássio (KNO3) 95%
Testemunha MEGA K (1 L ha-1)
(3 kg ha-1 de nitrato Fosfito mono potássico (KH2PO4) 95%
de potássio)

Sulfato de potássio (K2SO4) 98%

Figura 46. Efeito de fertilizantes foliares potássicos aplicados via 1/


Temperatura de 20°C.
foliar na produtividade da soja. 2/
Ponto de deliquescência (POD): É o teor de umidade relativa do ar
Crédito: Ricardo Froes e Denílson Lima (2013). a partir do qual o sal se torna um soluto, originando uma solução na
superfície das folhas das plantas.

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar duas aplicações foliares, sendo a primeira aplicação no final da florada


(R3) e a segunda entre o início da formação das vagens (R4) e início da 1,0 a 1,5 L ha-1
formação das sementes (R5)
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

66
Mega K
Full
6.5.11. MEGA K FULL
MACRO

Fertilizante foliar fluido, fonte de potássio à cultura da Natureza física


soja, com uma formulação diferenciada. O Mega K • Fluido
Full é produzido com carbonato de potássio,
destacando-se pela sua eficiência agronômica no Embalagens
fornecimento desse nutriente à cultura da soja. • Fardos com 12 unidades de 1 L
• Fardos com 4 unidades de 5 L
Produto ideal para o fornecimento de potássio via • Bombonas de 25 L
foliar à cultura da soja. O potássio é rapidamente
absorvido pelas folhas da soja mesmo sob condições Benefícios
adversas, como baixa umidade relativa do ar.
• Formulação líquida, facilitando o manuseio e a
O diferencial do Mega K Full em relação ao Mega K é a aplicação do produto;
sua capacidade de tamponar o pH da calda de
pulverização na faixa ligeiramente ácida. • Fornece potássio prontamente disponível às
plantas, notadamente na fase de maior demanda
Garantias (p/p) - % desse nutriente (frutificação);
• Potássio (K2O): 35% (553 g L-1)
• Densidade: 1,58 g mL-1 • Maior velocidade na absorção de K pelas folhas da
soja. Possui o menor ponto de deliquescência (POD)
pH do produto entre os fertilizantes potássicos (Tabela 5);
• 6,0 a 8,0
• Efeito tamponante, mantendo o pH das caldas de
pulverização na faixa ligeiramente ácida (Figura 43);

• Possui baixo índice salino. Menor fitotoxicidade nas


folhas da soja;

• Aumenta a produtividade da soja (Figura 47).


pH da calda de pulverização

Dose do Mega K Full (L 100 L-1 de água)

Figura 47. Efeito do Mega K Full no pH de duas águas.


Crédito: Biosoja (2015).

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar duas aplicações foliares, sendo a primeira aplicação no final da florada


(R3) e a segunda entre o início da formação das vagens (R4) e início da 1,0 a 1,5 L ha-1
formação das sementes (R5)
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

67
Naft

6.5.12. NAFT ®

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio à cultura Embalagens


da soja. Cada litro do Naft® contém 105 g de N. • Fardos com 12 unidades de 1 L
• Fardos com 4 unidades de 5 L
Garantias (p/p) - %
• Nitrogênio (N): 10% (105 g L-1) Benefícios
• Densidade: 1,05 g mL-1
• Formulação líquida, facilitando o manuseio e
pH do produto aplicação do produto;
• 5,0 a 7,0
• Fornece nitrogênio prontamente disponível à cultura
Natureza física da soja;
• Fluido
• O nitrogênio rompe as ligações químicas da cutina
das plantas, aumentando a absorção dos nutrientes
da calda de pulverização.

Ensaio de campo com o Naft®

Avaliação do Naft® na deposição das gotas nas folhas da soja

Água Concorrente - 50 mL ha-1 Naft® - 50 mL ha-1

Tratamento Cobertura foliar (%) Densidade (gotas cm-2) PRD nº total de gotas

Água 2,8 98,3 63,3 5.213

Concorrente 3,4 105,7 57,7 5.271

Naft® 4,2 134,6 59,9 6.983

PRD: Potencial relativo de deriva.


Volume da calda de pulverização: 30 L ha-1.
Os valores acima são referentes a média de três repetições.

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Aplicações foliares 50 a 100 mL 100 L-1 de água

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.


Em volumes de caldas de pulverização menores que 100 L ha-1, principalmente em pulverizações aéreas, a dose mínima do Naft® é de 0,1 L ha-1.

68
P-Boro-P

6.5.13. NHT P-BORO-P ®

Fertilizante foliar fluido, fonte de boro à cultura da soja, Benefícios


com uma formulação diferenciada.
• Formulação líquida, facilitando o manuseio e a
O boro é complexado com polióis, garantindo maior aplicação do produto;
translocação do nutriente no floema da soja e
proporcionando um melhor aproveitamento desse • Os polióis proporcionam maior translocação do B no
micronutriente. Cada litro do NHT® P-Boro-P possui floema da soja. Maior eficiência da nutrição foliar com
105,4 g de B. B;

Garantias (p/p) - % • Maior resistência da soja às pragas e doenças. Maior


• Nitrogênio (N): 1% (12,40 g L-1) síntese de celulose e lignina;
• Boro (B): 8,5% (105,40 g L-1)
• Densidade: 1,24 g mL-1 • Maior pegamento da florada. Maior vigor do grão de
• pH do produto: 5,5 a 7,5 pólen;

pH do produto • Melhora a granação da soja (grãos mais pesados).


• 5,5 a 7,5 Maior translocação dos fotoassimilados das folhas
para os grãos em desenvolvimento;
Natureza física
• Fluido • Aumenta a produtividade da soja (Figura 48).

Embalagens
• Fardos com 12 unidades de 1 L +6,6 (8,4%)
• Fardos com 4 unidades de 5 L 85
• Bombonas de 25 L

84,7
sc ha-1

80

78,1
75
Testemunha NHT® P-BORO-P
(0,6 L ha-1)

Figura 48. Efeito do NHT® P-Boro-P, aplicado via foliar, na


produtividade da soja. Crédito da foto: Biosoja (2015).

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar duas a três aplicações foliares, sendo a primeira aplicação na fase


vegetativa (V3 a V5), a segunda antes do florescimento (V6 a V8) e a terceira no 0,5 a 1,0 L ha-1
início da formação das vagens (R4)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observação
• Em solos com baixo teor de B e em lavouras que não receberam B nas adubações de solo, aplicar a maior dose do
NHT® P-Boro-P. Se for possível, nestas condições, realizar três adubações foliares com o NHT® P-Boro-P. A concen-
tração máxima de NHT® P-Boro-P em pulverizações terrestres é de 1% (1 L 100 L-1 de água).

69
6.5.14. PETRUM®
PETRUM

Fertilizante foliar fluido, fonte de fósforo à cultura da Benefícios


soja, com uma formulação diferenciada. Cada litro do
Petrum® contém 620 g de P2O5. • Formulação líquida, facilitando o manuseio e a
aplicação do produto;
Garantias (p/p) - %
• Fósforo (P2O5): 40% (620 g L-1) • Fornece fósforo prontamente disponível nas fases
• Densidade: 1,55 g mL-1 de maior exigência da cultura da soja (fase
vegetativa);
pH do produto
• 0,1 a 1,0 • Atua no desenvolvimento vegetativo e na frutificação
da soja;
Natureza física
• Fluido • Participa do metabolismo energético das plantas
(armazenamento e transferência de energia)
Embalagens
• Fardos com 12 unidades de 1 L • Aumenta a produtividade da soja.
• Fardos com 4 unidades de 5 L
• Bombonas de 25 L

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar uma ou duas aplicações na fase vegetativa, sendo a primeira aplicação


1 L ha-1
entre o V3 e o V5 e a segunda, se houver necessidade, 15 dias após

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observação
• Os melhores resultados do Petrum® na cultura da soja são obtidos em solos com baixo teor de P.

70
Silkon

6.5.15. SILKON ®

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio e fósforo à Benefícios


cultura da soja. Cada litro do Silkon® contém 111 g de
N e 55,5 g de P2O5. • Formulação líquida, facilitando o manuseio e a
aplicação do produto;
Garantias (p/p) - %
• Nitrogênio (N): 10% (111 g L-1) • Fornece nitrogênio e fósforo prontamente disponível
• Fósforo (P2O5): 5% (55,5 g L-1) à cultura da soja;
• Densidade: 1,11 g mL-1
• O nitrogênio rompe as ligações químicas da cutina
pH do produto das plantas, aumentando a absorção dos nutrientes
• 5,0 a 6,0 na calda de pulverização;

Natureza física • O fósforo promove o enraizamento das plantas e é


• Fluido responsável pelo metabolismo energético das plantas
(armazenamento e transferência de energia);
Embalagens
• Fardos com 12 unidades de 1 L • Aumenta a produtividade da cultura da soja.
• Fardos com 4 unidades de 5 L

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Aplicações foliares 50 mL 100 L-1 de água

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.


Em volumes de caldas de pulverizações menores que 100 L ha-1, a dose mínima do Silkon® é de 50 mL ha-1.

71
Tardus N

6.5.16. TARDUS N ®
MACRO

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio à cultura Benefícios


da soja, com uma formulação diferenciada. Cada litro
de Tardus® N contém 326,7 g de N. • Formulação líquida, facilitando o manuseio e a
aplicação do produto;
Garantias (p/p) - %
• Nitrogênio (N): 27% (326,70 g L-1) • Não causa fitotoxicidade na cultura da soja. O
• Densidade: 1,21 g mL-1 nitrogênio está presente em duas formas químicas:
uma fração prontamente disponível e outra fração
pH do produto com liberação gradativa do nutriente às plantas;
• 9,0 a 11,0
• Promove um aporte de nitrogênio na fase
Natureza física reprodutiva da soja, quando ocorre uma diminuição na
• Fluido fixação biológica do nitrogênio. Maior enchimento dos
grãos da soja;
Embalagens
• Fardos com 4 unidades de 5 L • Retarda a senescência das folhas da soja no final do
• Bombonas de 25 L ciclo, aumentando a taxa fotossintética;

• Não provoca danos (corrosão) nos equipamentos de


aplicação (Figura 49);

• Aumenta a produtividade da cultura da soja (Figura


50).

+3 (4,5%)
70
69
68
70
sc ha-1

67
66
67
65
Testemunha TARDUS® N
(5 L ha-1)

Figura 49. Efeito do Tardus® N e da solução nitrogenada na oxidação Figura 50. Efeito do Tardus® N na produtividade da soja, quando
da palha de aço. Crédito: Biosoja (2015). aplicado no início do florescimento. Crédito: Biosoja (2015).

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar uma aplicação no início do florescimento da soja (R1) 5 a 10 L ha-1

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

72
Thiomax

6.5.17. THIOMAX ®
MACRO

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio e enxofre à Benefícios


cultura da soja, com uma formulação diferenciada.
• Formulação líquida, facilitando o manuseio e a
Garantias (p/p) - % aplicação do produto;
• Nitrogênio (N): 11% (144,10 g L-1)
• Enxofre (S): 25% (327,50 g L-1) • Fornece enxofre prontamente disponível nas fases
• Sulfato (SO4): 74,90 (981,19 g L-1) de maior exigência da soja;
• Densidade: 1,31 g mL-1
• Atua no desenvolvimento vegetativo e na
pH do produto frutificação da cultura da soja;
• 7,0 a 9,0
• Atua no metabolismo do nitrogênio sendo um dos
Natureza física responsáveis pela síntese dos aminoácidos (cistina,
• Fluido cisteína e metionina) e proteínas;

Embalagens • Participa na fixação biológica do nitrogênio;


• Fardos com 4 unidades de 5 L
• Bombonas de 25 L • O S é um dos responsáveis pela produção dos
reguladores de crescimento das plantas (tiamina,
biotina e glutamina).
+5,2 (10,7%)
54
• Síntese de óleos e gorduras;
52
sc ha-1

50 53,8 • Participa do metabolismo dos carboidratos e


48 lipídeos;
48,6
46
Testemunha Thiomax® - 2 L ha-1 • Aumenta a produtividade da soja (Figura 51).

Figura 51. Efeito do Thiomax® aplicado via foliar na produtividade da


cultura da soja. Crédito: Biosoja (2016).

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Realizar duas aplicações foliares, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa


2 a 3 L ha-1
(V3 a V5) e a segunda no início da formação das vagens (R4)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

73
6.6. PRODUTOS E GARANTIAS
6.6.1. FERTILIZANTES DE SOLO E FOLIARES

PRODUTOS N P2O5 K2O Ca Mg S B Co Cu Mn Mo Ni Zn COT d(g mL-1)

Bioamino® Extra 1/ 4 - - - - - - - - - - - - 23 1.25


Bioamino Premium ® 1/
5 8 5 - 0.6 - 0.4 - 0.2 0.5 - - 1 6 1.35
Bioenergy® 1/ - - 5 - - - - - - - - - - 6 1.13
Complet Express 1/ 1 - - - - 4 0.3 - 0.3 5 - - 3 - 1.34
Express 1/ - - - - - 4 - - - 7 - - - - 1.31
Fertilis® Mol 1/ - - - - - - - - - - 15 - - - 1.40
Fertilis Nitroflex
® 1/
21 - - - - - - - - - - - - - 1.15
Fertilis® Nitro Magnésio 1/ 7 - - - 6 - - - - - - - - - 1.35
Fertilis® Phitopress Cobre 1/ - 2 - - - - - - 3.5 - - - - - 1.30
Fertilis® Phitopress K20 1/ - - 20 - - - - - - - - - - - 1.40
Fertilis® Phitopress K26 1/ - - 26 - - - - - - - - - - - 1.50
Fertilis Phitopress Manganês
® 1/
- 2 - - - - - - - 9 - - - - 1.40
Fertium® 2/ 1 - - - - - - - - - - - - 17 -
Fertium® Líquido Premium 1/ 1,5 - 4,5 - - - - - - - - - - 17 1.24
Fertium® Phós 3/
3 15 - - - - - - - - - - - 11 -
Gran Boro 10 - - - 10 - 3.26 10 - - - - - - - -
Gran Boro Mag - - - - 30 3.20 2 - - - - - - - -
L Forte® 1/ 10 - - - - - - - - - - - - - 1.05
Mega K 1/ 1 - 32 - - - - - - - - - - - 1.50
Mega K Full 1/ - - 35 - - - - - - - - - - - 1.45
Naft® 1/ 10 - - - - - - - - - - - - - 1.05
NHT BioCoMo
® 4/
- - - - - - - 1,5/0,9 - - 15/9 - - - 1.40
NHT® Cálcio Max 4/ 1 - - 25 - - - - - - - - - - 1.67
NHT® Cobre Super 4/ 1 - - - - - - - 25/15 - - - - - 1.60
NHT® CoMo 4/ - - - - - - - 3/1,8 - - 30/18 - - - 1.67
NHT® Magnésio 4/ - - - - 21 - - - - - - - - - 1.45
NHT Manganês +
® 4/
1 - - - - - - - - 25/15 - - - - 1.75
NHT® P-Boro-P 1/ 1 - - - - - 8.5 - - - - - - - 1.24
NHT® Super S - - - - - 55 - - - - - - - - 1.455
NHT® Zinco 4/ 1 - - - - - - - - - - - 50/30 - 2.03
Nodulus® Gold 5/ - - - - - - - 1/1 - - 10/10 - - - 1.42
Nodulus Premium 135
® 5/
- - - - - - - 1/1 - - 10/10 - - - 1.35
Nodulus® Premium 210 5/ - - - - - - - 1,5/1,5 - - 15/15 - - - 1.40
Petrum® 1/ - 40 - - - - - - - - - - - - 1.55
Poliflex® 1/ 3 18 - - - - - - - - - - - - 1.17
Silkon® 1/ 10 5 - - - - - - - - - - - - 1.11
Tardus N ® 1/
27 - - - - - - - - - - - - - 1.21
Thiomax® 1/ 11 - - - - 25 - - - - - - - - 1.31
1/
Os teores dos nutrientes são solúveis em água.
2/
Possui 900 mmolc kg-1 de capacidade de troca catiônica (CTC), 60% de capacidade de retenção de água e 25% de umidade máxima.
3/
Possui 500 mmolc kg-1 de capacidade de troca catiônica (CTC) e 20% de umidade máxima.
4/
Os teores dos nutrientes da família NHT® exceto o NHT® P-Boro são totais. Além da garantia do teor total, os micronutrientes da família NHT®
possuem também garantias em outros extratores, como especificados abaixo:
Cu e Mn: solúvel em CNA (citrato neutro de amônio) + água
Co, Mo, Ni e Zn: solúvel em ácido cítrico a 2%
Portanto, o primeiro número é o teor total do nutriente e o segundo número é o teor do nutriente solúvel no extrator mencionado acima.
5/
Primeira garantia é o teor total do nutriente e a segunda garantia é o teor mínimo em solução de ácido cítrico a 2%.

74
6.6.2. INOCULANTES

Biomax® 10 Biomax® Premium Turfa Soja


• Garantia: 1 x 1010 UFC mL-1 • Garantia: 7,2 x 109 UFC g-1
• Bradyrhizobium spp • Bradyrhizobium spp
• Estirpes: Semia 5079 e Semia 5080 • Estirpes: Semia 5079 e Semia 5080

Biomax® Premium Líquido Soja


• Garantia: 6 x 109 UFC mL-1
• Bradyrhizobium spp
• Estirpes: Semia 5079 e Semia 5080

75
7. PROGRAMA NUTRICIONAL BIOSOJA PARA A CULTURA DA SOJA

A cultura da soja tem ampla distribuição geográfica no 7.5.2. Adubação potássica: Em solos com teores de K
Brasil, sendo cultivada nas mais diversas condições abaixo do nível crítico, realizar a adubação potássica
de solo e clima. Atualmente, a soja é cultivada desde a corretiva. Em solos com teores adequados a altos de
fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e K, realizar a adubação de manutenção (20 kg de K2O
Argentina até os campos de Roraima. para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos
de soja).
Dentro desse contexto, o programa nutricional
adotado para a soja cultivada no Rio Grande do Sul, 7.5.3. Adubação com enxofre: Em solos com teores
não é necessariamente o mesmo para a soja cultivada de S abaixo do nível crítico, deve-se fazer a adubação
no Oeste da Bahia ou no Norte do Paraná. Em uma corretiva com S. Já em solos com teores adequados e
mesma região podem ocorrer diferenças acentuadas altos de S, realizar a adubação de manutenção (10 kg
nas características dos solos, tais como as de S para uma expectativa de produtividade de 1 t de
observadas no Norte e no Noroeste do Paraná. grãos de soja).

Tendo em vista esses fatos, o profissional da área 7.5.4. Adubação com boro: O Gran Boro 10 pode ser
agronômica pode utilizar as informações do Catálogo aplicado a lanço, em pré-plantio, na dose de 10 a 20 kg
de Soja e, associadas aos resultados das análises de ha-1. Para aplicação no sulco de plantio, a dose
solo e foliares de sua cultura, realizar um programa máxima é de 5 a 7 kg ha-1 em solos arenosos e
nutricional mais adequado às condições de solo e argilosos, respectivamente.
clima da sua região.
7.5.5. Adubação com cobre e zinco: Em solos com
7.1. Calagem baixos teores desses micronutrientes, realizar a
Elevar a saturação por bases para 60 a 70%, adubação corretiva. Recomenda-se também, uma
dependendo das propriedades químicas dos solos. adubação complementar com Cu e Zn em
pulverizações foliares.
7.2. Gessagem
A gessagem deve ser realizada em solos com baixos 7.5.6. Adubação com manganês: A forma mais
teores de cálcio e altos teores de alumínio trocável eficiente para o fornecimento de Mn à cultura da soja
nas camadas subsuperficiais (abaixo de 20 cm). A é a pulverização foliar. Recomenda-se efetuar de 3 a 4
dose de gesso varia de acordo com o teor de argila ou pulverizações foliares com Mn, iniciando-se na fase
a CTC efetiva das camadas subsuperficiais do solo. vegetativa da soja (V3 a V5).

7.3. Dessecação das plantas daninhas 7.6. Adubação no sulco de plantio


Para a dessecação das plantas daninhas, utilizar os Aplicar no sulco de plantio da soja, os produtos abaixo
seguintes produtos da Biosoja: da Biosoja.

• Poliflex®: 50 mL 100 L-1 de água • Fertium® Líquido Humic: 1 a 2 L ha-1


• Fertilis® Nitroflex: 0,5 L 100 L-1 de água • NHT® Cálcio Max: 1 a 2 L ha-1
• NHT® Magnésio: 0,35 a 0,70 L ha-1
7.4. Inoculação e fertilização das sementes
• Biomax® Premium Soja ou Biomax® 10: Utilizar 1 a 4 7.7. Adubações foliares
doses na quantidade de sementes de soja Considerando a abrangência da cultura da soja no
recomendada para o plantio de 1 ha. país, o profissional da área agronômica deve ajustar o
programa nutricional foliar de acordo com as
• NHT® CoMo: 25 a 50 mL ha-1 e Bioenergy®: 2 mL kg-1 necessidades da soja da sua região de atuação,
de semente ou NHT® Bio CoMo: 60 a 120 mL ha-1 ou levando em consideração o manejo realizado na
Nodulus® Gold: 100 a 200 mL ha-1. cultura.

7.5. Adubação de solo

7.5.1. Adubação fosfatada: Em solos com teores de P


abaixo do nível crítico, realizar a adubação fosfatada
corretiva. Em solos com teores adequados a altos de
P, realizar a adubação de manutenção (20 kg de P2O5
para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos
de soja).

76
8. ANEXO
8.1. FASES FENOLÓGICAS DA SOJA

Descrição
Estádio
Fase vegetativa
VE Emergência; cotilédones acima da superfície do solo
Cotilédones expandidos, com as folhas unifolioladas, abertas de tal modo que os bordos destas
VC
folhas não estejam se tocando
Primeiro nó; folhas unifoliadas expandidas, com a primeira folha trifoliolada aberta de tal modo que
V1
os bordos de cada folíolo não estejam se tocando
Segundo nó; primeiro trifólio expandido e a segunda folha trifoliolada aberta, de tal modo que os
V2
bordos de cada folíolo não estejam se tocando
Terceiro nó; segundo trifólio expandido e terceira folha trifoliolada aberta, de tal modo que os
V3
bordos de cada folíolo não estejam se tocando
Vn Enésimo (último) nó com trifólio aberto, antes da floração

Fase reprodutiva
R1 Início da floração: até 50% das plantas com uma flor

R2 Floração plena: maioria dos rácemos com flores abertas

R3 Final da floração: vagens com até 1,5 cm

R4 Maioria das vagens do terço superior com 2 a 4 cm

R5 Início da formação das sementes

R5.1 Grãos perceptíveis ao tato com 10% de granação

R5.2 Maioria das vagens com 11 a 25% de granação

R5.3 Maioria das vagens com 26% a 50% de granação

R5.4 Maioria das vagens com 51% a 75% de granação

R5.5 Maioria das vagens com 76% a 100% de granação

R6 Vagens com 100% de granação e folhas verdes

R7.1 Início a 50% de amarelecimento de folhas e vagens

R7.2 Entre 51 e 75% de folhas e vagens amarelas

R7.3 Mais de 76% de folhas e vagens amarelas

R8.1 Início a 50% de desfolha

R8.2 Mais de 51% de desfolha à pré-colheita

R9 Ponto de maturação de colheita

Fonte: Suzuki et al. (2006).

77
8.2. CALAGEM

a. Introdução
Inicialmente, muitos pesquisadores consideravam
A maior parte dos solos brasileiros possui baixa que o Al trocável seria o único fator desfavorável
fertilidade natural e são classificados de ácidos a relacionado à acidez do solo, propondo fórmulas
muito ácidos. A acidez do solo e as suas implicações visando sua neutralização pela elevação do pH até 5,5
agronômicas (baixos teores de cálcio e altos teores de a 5,7. Para solos com CTC a pH 7,0 maior que 4,0
alumínio trocável) são os principais fatores limitantes cmolc dm-3, teor de argila maior que 15% e teor de Ca
ao desenvolvimento das culturas. + Mg maior que 2,0 cmolc dm-3, esse raciocínio parece
satisfatório, sendo sugerida a utilização da seguinte
Portanto, o primeiro passo para a prática da fórmula para a necessidade de calagem (NC):
agricultura sustentável e economicamente viável é a
correção da acidez do solo com o uso adequado de NC (t ha-1) = 2 x Al
corretivos agrícolas.
Em solos altamente intemperizados do Cerrado, a
b. Benefícios produtividade das culturas pode ser limitada não
apenas pela acidez trocável, mas também pela
A calagem propícia uma série de benefícios à cultura deficiência generalizada de Ca e Mg. Por isso, à
da soja, dentre os quais: proposta anterior, agregou-se um componente
visando garantir um teor mínimo de Ca e Mg no solo
• Aumenta a disponibilidade dos nutrientes, exceto os de 2,0 cmolc dm-3.
micronutrientes catiônicos (Cu2+, Fe2+, Mn2+, Ni2+ e
Zn2+) e Co2+; Portanto, em solos com CTC a pH 7 maior que 4,0
cmolc dm-3, teor de argila maior que 15% e teor de Ca +
• Fornece cálcio e magnésio; Mg menor que 2,0 cmolc dm-3, é sugerida a utilização
da seguinte fórmula:
• Reduz a toxicidade dos elementos químicos
indesejáveis à soja (alumínio trocável e metais NC (t ha-1) = (2 x Al) + 2 – (Ca + Mg)
pesados);
Para solos com CTC a pH 7,0 menor que 4,0 cmolc
• Melhora a fixação biológica do nitrogênio (FBN); dm-3 e teor de argila menor que 15%, como os
Neossolos Quartzarênicos, a NC será dada pelo maior
• Aumenta o número e a atividade dos valor encontrado de uma destas duas fórmulas:
microrganismos benefícios nos solos, acelerando a
ciclagem dos resíduos vegetais e dos nutrientes nos NC (t ha-1) = 2 x Al ou
solos. NC (t ha-1) = 2 – (Ca + Mg)

c. Recomendação de corretivos agrícolas c.2. Método do tampão SMP

Atualmente, no Brasil, há três métodos para estimar a O método do tampão SMP é utilizado nos estados do
quantidade de corretivo que deverá ser aplicada ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Baseia-se na
solo: método da neutralização do Al e da elevação dos elevação do pH do solo para um determinado valor, a
teores de Ca e Mg, método do tampão SMP e método partir da mistura do solo com uma solução tampão.
da saturação por bases.
c.3. Método da saturação por bases do solo
c.1. Método da neutralização do Al e da elevação dos
teores de Ca e Mg Atualmente, é o método mais utilizado para a
correção da acidez dos solos no Brasil. Este método
Nesse método, a recomendação dos corretivos preconiza a elevação da saturação por bases do solo
agrícolas é baseada nas propriedades químicas do a valores pré-estabelecidos levando-se em
solo e nas características das plantas, ou seja, na consideração a cultura e o solo.
neutralização do Al trocável dos solos e na elevação
do Ca e Mg para teores adequados à cultura da soja.

78
8.2. CALAGEM

A quantidade de calcário é calculada pela equação


abaixo.

NC = CTC x (V2 - V1) x p


10 x PRNT

onde:
NC = necessidade de calagem, t ha-1
CTC ou T = capacidade de troca catiônica, mmolc dm-3
V2 = saturação por bases desejada da soja, %
V1 = saturação por bases atual determinada pela
análise de solo, %
PRNT = poder relativo de neutralização do calcário, %
p = profundidade de incorporação do calcário: 1,0 para
incorporação do calcário a 20 cm; 1,5 para a
Saturação por bases (V%)
incorporação a 30 cm e 2,0 para a incorporação a 40
cm Figura 52. Produção relativa de grãos de soja em função da
saturação por bases no solo, no estado do Paraná e nos Cerrados.
CTC ou T = SB + (H + Al) Fonte: Sfredo (2008).

SB = Ca + Mg + K + Na
V = (SB/CTC) x 100
Em solos de textura arenosa ou média, com CTC a pH
Se a capacidade de troca catiônica do solo (CTC) for 7,0 menor que 40 mmolc dm-3, a elevação da saturação
expressa em cmolc dm-3, excluir o fator 10 do por bases a 50% pode não ser suficiente para manter
denominador da equação do cálculo da calagem. os teores de Ca e Mg adequados à cultura da soja.
Com os teores de Ca e Mg menores que os aceitáveis,
A vantagem deste método, em relação aos demais, 15 mmolc dm-3 e 5 mmolc dm-3, respectivamente, é
está na flexibilidade de recomendação da NC para necessário, nestes casos, trabalhar com uma
diferentes culturas, de acordo com a exigência de saturação por bases na faixa de 70 a 80%. Entretanto,
cada uma e com base na relação existente entre o pH são necessários cuidados especiais no manejo dos
com a saturação por bases. micronutrientes, realizando adubações no solo e via
foliar (Sousa et al., 2016).
O valor adequado da saturação por bases à cultura da
soja varia de acordo com a região, em função das d. Calagem em sistema de plantio direto (SPD)
propriedades químicas dos solos predominantes
(Figura 52). d.1. Antes da implantação do sistema de plantio
direto
No estado do Paraná, a saturação por bases
recomendada para a cultura da soja é de 70%, e para Antes de iniciar o sistema de plantio direto em áreas
os estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul o sob cultivo convencional, recomenda-se a correção da
valor é de 60%. Na região do Arenito Caiuá, no acidez do solo. O calcário deve ser aplicado e
noroeste do Paraná, e nos demais estados da Região incorporado na camada arável do solo, ou seja, no
Central, com predomínio de solos sob vegetação de mínimo a 20 cm de profundidade. A calagem deve ser
Cerrado e em solos com menos de 40% de argila, o feita com antecedência de 3 a 6 meses, antes da
valor adequado da saturação por bases é de 50%. semeadura da soja.

Essa diferenciação está diretamente relacionada à Um aspecto importante a se considerar é a escolha do


CTC dos solos e à limitação da produtividade da soja calcário. Nessa fase, é fundamental a escolha de um
ocasionada pela deficiência de micronutrientes calcário com maior efeito residual. A princípio, o solo
catiônicos, principalmente Mn, induzida pela elevação sob SPD não será revolvido, ou o tempo para o
do pH do solo, notadamente em solos sob vegetação revolvimento será relativamente longo. Entre calcários
de cerrado (Sousa e Lobato, 1986). com o mesmo PRNT (poder relativo de neutralização

79
8.2. CALAGEM

total), o produtor deverá dar preferência àquele com e. Calagem em sistema plantio direto (SPD) no
menor reatividade (RE). Cerrado (Sousa; Lobato, 2002).

d.2. Sistema de plantio direto estabelecido Realizar a amostragem do solo na profundidade de 0


a 20 cm. Se a saturação por base for menor que 40%,
Após a implantação do sistema de plantio direto efetuar a calagem elevando a saturação por bases
ocorrem processos de acidificação no solo, sendo para 50%, distribuindo uniformemente o calcário na
necessária, após determinado período, a reaplicação superfície do solo.
do calcário. Entretanto, o processo de acidificação do
solo no SPD é menos intenso que no sistema de f. Calagem em sistema plantio direto (SPD) no
plantio convencional (SPC). Ocorre de forma Paraná (Caires, 2013).
localizada, ou seja, nos primeiros 5 cm do solo, devido,
principalmente, à mineralização e nitrificação do A calagem na superfície do solo, em sistema de
nitrogênio dos restos culturais na superfície do solo e plantio direto, deve ser realizada somente em solos
ao uso de fertilizantes nitrogenados. No SPC, o com pH em CaCl2 menor que 5,6 ou saturação por
processo de acidificação do solo é mais intenso até bases inferior a 65%, na camada de 0 a 5 cm.
20 cm de profundidade, em consequência do traba-
lho de preparo do solo realizado com arado de disco e O calcário deve ser aplicado em quantidade
grade. necessária para elevar a saturação por bases a 70%,
para amostras de solo coletadas na profundidade de 0
Diversas pesquisas realizadas no Brasil em solos a 20 cm. A dose de calcário pode ser distribuída sobre
ácidos têm demonstrado a eficiência do calcário a superfície do solo em uma única aplicação ou de
aplicado na superfície do solo para a produção de forma parcelada em até três anos. Desta forma,
grãos no sistema de plantio direto (Caires, 2013). evita-se a supercalagem.

A aplicação de calcário na superfície do solo sem O monitoramento da acidez na camada superficial do


incorporação cria uma frente de correção da acidez solo (0 a 5 cm) auxilia na avaliação da frequência da
do solo em profundidade, proporcional à dose e ao aplicação de calcário, uma vez que o tempo de
tempo (Caires et al., 2005). Ao longo do tempo, após a duração do efeito residual do calcário é muito
aplicação superficial do calcário em plantio direto, vai diferente entre os solos e os sistemas de cultivo.
ocorrendo melhoria no gradiente de acidez da
superfície em direção ao subsolo (Caires et al., 2014).

A reaplicação superficial do calcário em solo já


corrigido com calagem na superfície pode facilitar a
movimentação do calcário em direção ao subsolo e
proporcionar amenização ainda mais acentuada na
acidez do perfil do solo. Segundo Caires et al. (2008),
os menores teores de Al trocável (≤ 2 mmolc dm-3) e de
saturação por Al (m ≤ 5%) em todo o perfil do solo (0 a
60 cm) foram encontrados em parcelas com a
reaplicação do calcário (3 t ha-1) sobre parcelas
anteriormente com calagem (6 t ha-1).

A época mais adequada para a aplicação do calcário é


no final do período das chuvas, após a colheita das
culturas de verão e antes do plantio da safra de
inverno.

80
8.3. GESSAGEM

1. Introdução solo: 20 a 40 cm):

Além da acidez da camada superficial, as camadas • Teor de cálcio menor que 5 mmolc dm-3 ou 0,5 cmolc
subsuperficiais de muitos solos brasileiros possuem baixos dm-3 e/ou
teores de cálcio, associados ou não à toxidez de alumínio,
inibindo o crescimento das raízes da soja. A deficiência de • Teor de alumínio trocável maior que 5 mmolc dm-3 ou 0,5
boro nessas camadas de solo também inibe o cmolc dm-3 e/ou
desenvolvimento das raízes da soja em profundidade.
• Saturação por alumínio maior que 20%.
A calagem promove a correção da acidez da cama- da
arável. Entretanto, as camadas subsuperficiais A quantidade de gesso agrícola é calculada pela equação
permanecem ácidas, dificultando a penetração das raízes abaixo.
de soja devido à formação de uma “barreira química” no
subsolo. As plantas com sistemas radiculares pouco NG = 50 x teor de argila (%)
desenvolvidos em profundidade tornam-se mais
susceptíveis aos veranicos devido à redução da eficiência onde:
na absorção de água e de nutrientes com maior mobilidade NG = necessidade de gesso agrícola em kg ha-1
no solo, dentre os quais, nitrato (N-NO3-), potássio (K+),
sulfato (S-SO42-), boro (H3BO3) e molibdato (MoO42-). Segundo Djalma Martinhão de Sousa (Embrapa Cerrados), a
dose recomendada de gesso por este método possui efeito
O gesso agrícola pode ser utilizado como condicionador das residual de 5 anos. A reaplicação do gesso estará
camadas subsuperficiais do solo. Por ser muito mais condicionada aos critérios mencionados anteriormente
solúvel que o calcário, penetra no sub- solo com as águas de
percolação aumentando o teor de cálcio e reduzindo a Sousa et al. (1995) verificaram aumentos expressivos nos
atividade do alumínio trocável. É um subproduto da teores de Ca e sulfato nas camadas subsuperficiais de um
fabricação do ácido fosfórico proveniente da reação Latossolo Vermelho Argiloso com 2 t ha-1 de gesso, após 39
química da rocha fosfática com o ácido sulfúrico. Possui 15 meses de sua aplicação.
a 16% de S e 28 a 30% de Ca.
Djalma Martinhão de Sousa (dados não publicados)
Portanto, o gesso agrícola é um insumo agrícola que deve observou aumento na produtividade das culturas com a
ser utilizado dentro de critérios técnicos para viabilizar o aplicação de 3 t ha-1 de gesso em um Latossolo Vermelho
cultivo da soja nos solos tropicais com as características argiloso de Cerrado (Tabela 7).
mencionadas acima.
Tabela 7. Efeito do gesso agrícola na produtividade de culturas em
um Latossolo Vermelho argiloso de Cerrado.
2. Benefícios
Gesso Algodão Soja Milho Feijão Trigo
Os benefícios da gessagem estão especificados abaixo: - - - - - - - - - - - - - - - t ha-1 - - - - - - - - - - - - - - -
0 3,0 3,2 9,5 2,4 2,4
• Fornecimento de cálcio e enxofre (sulfato) à soja;
3 5,9 4,6 13,5 3,3 5,6
• Correção da fertilidade do solo nas camadas
subsuperficiais (camada abaixo de 20 cm), melhorando o Caires (comunicação pessoal) adota como critério para a
ambiente radicular. Aumento no teor de cálcio e redução recomendação de gesso agrícola a porcentagem de Ca na
na toxidez do alumínio trocável. CTC efetiva na camada de 20 a 40 cm menor que 50%. A
quantidade de gesso agrícola é calculada pela equação
• Maior aprofundamento do sistema radicular da soja, abaixo:
levando a maior tolerância aos veranicos (maior
disponibilidade de água) e maior absorção dos nutrientes NG = (0,6 x CTC efetiva – teor de Ca em cmolc dm-3) x 6,4
lixiviados para as camadas subsuperficiais do solo.
onde:
3. Recomendação de gesso agrícola NG = necessidade de gesso agrícola em t ha-1
CTC efetiva do solo = cmolc dm-3
Para a identificação da necessidade de gessagem, deve-se
amostrar o solo na profundidade de 20 a 40 cm. O gesso agrícola, deve ser aplicado na superfície do solo e
não há necessidade de sua incorporação, devido a sua
Critérios para a aplicação do gesso agrícola (camada do maior solubilidade em relação aos calcários.

81
8.3. GESSAGEM

Apesar dos benefícios do gesso agrícola como Em solos com baixo teor de magnésio, realizar a calagem
condicionador das camadas subsuperficiais, existem com calcário dolomítico, elevando o teor mínimo de Mg do
evidências da lixiviação de bases do solo, principalmente de solo para 8 mmolc dm-3 (0,8 cmolc dm-3) e a saturação por
Mg e K, para as camadas mais profundas do perfil, quando Mg para a faixa de 13 a 18%.
da utilização de doses excessivas de gesso. Caires
(comunicação pessoal) verificou que 1 t ha-1 de gesso A aplicação de 1 t ha-1 de gesso agrícola pode elevar o teor
reduziu em até 5% o teor de Mg trocável na camada de Ca em até 5 mmolc dm-3 (0,5 cmolc dm-3). Limitar a dose
superficial do solo (0 a 20 cm). do gesso agrícola ao máximo de 20% da CTC a pH 7,0
ocupada pelo cálcio proveniente do gesso.
Para minimizar os prováveis efeitos negativos do gesso
agrícola, deve-se adotar os seguintes procedimentos: O gesso agrícola, além de condicionador das camadas
subsuperficiais dos solos, também é fonte de S à cultura da
Em solos com acidez na camada superficial, realizar soja.
calagem com antecedência mínima de 60 a 90 dias antes da
aplicação do gesso agrícola.

8.4. ADUBAÇÃO

8.4.1. Adubação nitrogenada Biomax® 10 diretamente na caixa específica para o


inoculante líquido, previamente regulada para a
a. Introdução cultura da soja.

O nitrogênio é o nutriente requerido em maior Quando do tratamento das sementes da soja com
quantidade pela cultura da soja. Para uma expectativa outros produtos líquidos, certifique-se que o volume
de produtividade de 1 t de grãos são necessários, em total do Biomax® Premium Líquido Soja e demais
média, 83 kg de nitrogênio. Cerca de 61% do produtos líquidos não ultrapasse 0,3 L para 50 kg de
nitrogênio absorvido pela soja são exportados pelos semente de soja.
grãos (Tabela 1).
O Biomax® Premium Líquido Soja e o Biomax® 10
A maior parte do N exigido pela soja (65 a 85%) é devem ser os últimos produtos a recobrirem as
fornecida pela fixação biológica do nitrogênio, sementes de soja.
realizada por bactérias do gênero Bradyrhizobium. O
restante do nitrogênio é fornecido pelo solo, Deixe as sementes tratadas com o inoculante líquido
predominantemente na forma de nitrato (N-NO3-), da Biosoja secarem à sombra por alguns minutos e
amônio (N-NH4+) e pequenas quantidades de plante logo após.
aminoácidos.
c. Instruções de uso para a inoculação via semente
A fixação biológica do nitrogênio é um dos pilares da com o Biomax® Premium Turfa Soja
sustentabilidade do sistema de produção em soja.
c.1. Inoculação utilizando tambor giratório ou
b. Instruções de uso para a inoculação via semente betoneira
com o Biomax® Premium Líquido Soja e Biomax® 10
Inicialmente, coloque as sementes da soja no tambor
b.1. Inoculação com máquinas para o tratamento de giratório ou na betoneira.
sementes
Em seguida, se houver necessidade, aplique os
Coloque o Biomax Premium Líquido Soja ou o
®
produtos líquidos nas doses recomendadas pelo

82
8.4. ADUBAÇÃO

fabricante e gire algumas vezes a manivela para que Tabela 8. Efeito da inoculação no sulco de semeadura no nº de
nódulos por planta e na produtividade da soja em área de primeiro
haja uma perfeita distribuição dos produtos líquidos ano de cultivo 1/.
na superfície das sementes.
nº de Produtividade
Tratamentos nódulos
Por último, adicione o Biomax® Premium Turfa Soja na planta-1 sc ha-1
dose recomendada para a cultura da soja e gire
T1. Não inoculada 0,2 c 59,33 bc
novamente o tambor até a distribuição uniforme do
produto sobre as sementes. T2. 200 kg ha de N
-1
0,1 c 54,93 c
T3. Inoculante:
14,1 b 66,42 ab
Se não for tratar as sementes com produtos líquidos, 1 x 106 UFC semente-1
adicione 0,3 L de água açucarada a 10% para 50 kg de T4. T3 + fungicida 0,2 c 64,50 ab
semente de soja e gire algumas vezes a manivela até
T5. Sulco de plantio:
o recobrimento homogêneo das sementes. 6 x 106 UFC semente -1
26,0 a 70,73 a

T6. T5 + fungicida 19,2 b 67,27 ab


Deixe as sementes tratadas com o Biomax® Premium
Turfa Soja secarem à sombra por alguns minutos e 1/
Soja em pastagem degradada. Taciba/SP – área de primeiro ano
plante logo após. com soja. Sulco de plantio: 50 L ha-1 de solução com
Bradyrhizobium spp. Fonte: Campo et al. (2010).

c.2. Inoculação na máquina de tratar as sementes de


soja Esse procedimento pode ser adotado desde que a
dose do Biomax® Premium Líquido Soja ou Biomax®
Regule a máquina para que a dose recomendada de 10 seja, no mínimo, seis vezes superior à dose
produtos líquidos e do Biomax® Premium Turfa Soja indicada para a inoculação de sementes de soja (0,36
caiam das respectivas caixas. Caso a inoculação com L e 0,30 L, respectivamente). O volume mínimo de
o Biomax® Premium Turfa Soja e o tratamento das líquido (inoculante mais água) aplicado no sulco de
sementes com produtos líquidos forem realizados em plantio deve ser de 50 L ha-1. Utilize, preferencialmente,
uma única operação, não será necessário adicionar bicos de filetes contínuos.
outro líquido para umedecimento das sementes.
Inicialmente, adicione água limpa no tanque de
Neste caso, coloque o Biomax® Premium Turfa Soja pulverização e logo após, o Biomax® Premium Líquido
na caixa apropriada, preenchendo no máximo 2/3 do Soja na dose recomendada para a cultura da soja.
seu volume. Inicie o tratamento e, cerca de 15 minutos
após o início da operação, desligue a máquina e solte Evitar a utilizar de produtos antagônicos às bactérias
o produto que acumulou na roda impelidora. Misture fixadoras de nitrogênio (produtos de reação ácida e
com o que restou na caixa, adicione mais Biomax® fornecedores de micronutrientes catiônicos).
Premium Turfa Soja e reiniciei a inoculação.
Este método tem a vantagem de reduzir os efeitos
Repita esse processo a cada quinze minutos, ou tóxicos dos fungicidas e dos micronutrientes
quando julgar necessário, conforme o desempenho utilizados no tratamento das sementes de soja sobre
de sua máquina. Se for tratar as sementes com outros as bactérias fixadoras de nitrogênio.
produtos líquidos, coloque a água açucarada a 10% na
caixa para os líquidos em volume suficiente para e. Inoculação em lavouras de soja com baixa
umedecer as sementes a serem inoculadas. nodulação

d. Inoculação no sulco de semeadura Em determinadas condições edafoclimáticas, tais


como em solos arenosos com baixo teor de matéria
O método tradicional de inoculação via semente pode orgânica, localizados em regiões com alta
ser substituído pela aplicação do inoculante por temperatura, pode ocorrer baixa nodulação da soja
aspersão no sulco, por ocasião da semeadura, em quando o solo é recém-cultivado com esta cultura. Os
solos com ou sem população estabelecida de veranicos, após o plantio da soja, podem prejudicar
bactérias do gênero Bradyrhizobium (Tabela 8). ainda mais a nodulação.

Neste caso, realizar uma pulverização foliar com o


Biomax® Premium Líquido Soja ou Biomax® 10 na

83
8.4. ADUBAÇÃO

dose de 0,36 a 0,60 L ha-1 e 0,30 a 0,50 L-1 ha, • Promove maior enraizamento da soja. Aumenta
respectivamente, na fase inicial de desenvolvimento o volume do solo explorado pelas raízes da soja;
da soja (V2 a V4).
• Maior eficiência das plantas na absorção de
Entretanto, há alguns cuidados que devem ser água. As plantas tornam-se mais tolerantes aos
adotados antes da pulverização dos inoculantes estresses abióticos (por exemplo, veranicos);
líquidos da Biosoja, visando maximizar os resultados:
• Maior eficiência das plantas na absorção dos
• Utilizar água de boa qualidade e com o pH na nutrientes Maior vigor das plantas propiciado
faixa ligeiramente ácida a ligeiramente alcalina; pelo equilíbrio nutricional. Melhor
aproveitamento dos nutrientes do solo e dos
• O tanque de pulverização não pode conter fertilizantes;
outros produtos (por exemplo, fertilizantes
foliares e fungicidas); • Maior enraizamento da soja, estimulando a
nodulação e consequentemente a fixação
• O volume da calda de pulverização deve ser biológica do nitrogênio.
suficiente para que atinja o alvo (solo). O volume
mínimo é de 200 L ha-1; • Maior teor de clorofila e aumento na taxa
fotossintética;
• Condição ideal para a pulverização: solo úmido,
temperatura amena, tempo nublado e chuva logo • Indução de resistência sistêmica às doenças;
após a aplicação dos inoculantes líquidos da
Biosoja. • Maior produtividade da cultura da soja. Estudos
da Embrapa verificaram que a reinoculação anual
f. Inoculação em solos de primeiro ano com o plantio da soja proporcionou aumento médio de 8,4% na
de soja produtividade da soja em relação ás áreas que
não são inoculadas anualmente. A coinoculação
Em solos de primeiro ano com o plantio de soja, proporcionou um aumento médio de 16,1% na
utilizar via inoculação das sementes de soja pelo produtividade da soja em relação as áreas não
menos 2 doses do Biomax® Premium Turfa Soja e 1 coinoculadas. É uma tecnologia altamente
dose de Biomax® 10 para 50 kg de semente. vantajosa aos agricultores.

g. Coinoculação h. Informações adicionais

A coinoculação ou inoculação mista consiste na h.1. Cuidados prévios e no plantio da soja


utilização de dois ou mais microrganismos nas
culturas, aos quais produzem um efeito sinérgico, em Corrija a saturação por bases (V) para a faixa
que se superam os resultados obtidos com os adequada ao desenvolvimento da soja com
mesmos, quando utilizados de forma isolada. antecedência mínima de 90 dias do plantio.

Combina uma prática utilizada amplamente pelos Realize a adubação no solo, fornecendo os nutrientes
sojicultores, a inoculação das sementes de soja com nas doses indicadas para maximizar o potencial
bactérias do gênero Bradyrhizobium com o produtivo da soja.
Azospirillum brasilense, uma bactéria até então
conhecida por sua ação promotora de crescimento Se for possível, mantenha a cobertura vegetal no solo
das gramíneas. (cultivo mínimo ou plantio direto) para minimizar os
efeitos das altas temperaturas e dos baixos teores de
A coinoculação na cultura da soja proporciona uma umidade e garantir a sobrevivência das bactérias
série de benefícios, dentre as quais: fixadoras de nitrogênio, maximizando a fixação
biológica do nitrogênio.
• Síntese de fitohormônios promotores de
crescimento (auxinas, citocininas, giberelinas, Realize o plantio da soja em solos com teores
ácido abscíssico e etileno); adequados de umidade para viabilizar uma boa
nodulação. A condição ideal para o estabelecimento

84
8.4. ADUBAÇÃO

da fixação biológica do nitrogênio é a não-ocorrência nas sementes e à cobertura desuniforme das


de veranicos nas primeiras semanas após a sementes.
semeadura das sementes de soja inoculadas.
Em solos de primeiro ano com o plantio de soja e com
h.2. Cuidados com o inoculante a utilização de fungicidas no tratamento das
sementes, aplicar os fertilizantes fornecedores de
Verifique se o inoculante está devidamente registrado CoMo da Biosoja em pulverizações na fase vegetativa
no Ministério da Agricultura, Pecuária e da cultura (V3 a V5).
Abastecimento (MAPA). O número do registro deverá
está impresso na embalagem. 8.4.2. Adubação fosfatada

Não utilize inoculante com data de validade vencida e, A quantidade de P exigida pela soja para a produção
no caso do inoculante líquido, com o lacre violado. de 1 t de grãos é inferior às quantidades de nitrogênio
e potássio. Para a produção de 1 t de grãos de soja
Verifique se o inoculante está armazenado em são necessários cerca de 15,4 kg de P2O5. Cerca de
condições adequadas de temperatura e ao abrigo do 65% do fósforo absorvido pela soja são exportados
sol. Os inoculantes da Biosoja, quando armazenados pelos grãos (Tabela 1).
em temperatura ambiente igual ou inferior a 26°C e
devidamente lacrado, mantêm a concentração de Entretanto, a quantidade de fósforo aplicada em solos
unidades formadoras de colônias (UFC) no mínimo com baixo teor do nutriente é muito superior às
por até 10 meses para o Biomax® Premium Líquido necessidades da soja. Nos primeiros anos de cultivo,
Soja e Biomax® 10, e por 9 meses para o Biomax® a eficiência das adubações fosfatadas é muito baixa,
Premium Turfa Soja. situando-se entre 15 e 20%, devido a fixação do
fósforo nos solos.
h.3. Cuidados com a inoculação
A adubação fosfatada nos solos pode ser realizada de
Realize todas as operações com o Biomax® Premium dois modos: adubação fosfatada corretiva e
Soja e Biomax® 10 à sombra e mantenha a semente adubação de manutenção.
de soja inoculada protegida do sol e do calor
excessivo. a. Adubação fosfatada corretiva

Se for tratar as sementes da soja com inseticidas, A adubação fosfatada corretiva pode ser total ou
fungicidas e micronutrientes, não misture o inoculante
gradual e é realizada em solos com teores muito
com esses produtos. Sempre utilize os inoculantes da
baixos ou baixos de fósforo (Tabela 9). Os parâmetros
Biosoja por último. Evitar o “sopão”.
para a interpretação do teor de P nos solos do Mato
Grosso podem ser extrapolados para os demais solos
Realize a semeadura imediatamente após a
sob vegetação de cerrado.
inoculação, principalmente quando as sementes de
soja forem tratadas com fungicidas e micronutrientes.

Para melhor aderência do Biomax® Premium Turfa


Soja nas sementes de soja, recomenda-se
umedecê-las com produtos líquidos utilizados no
tratamento das sementes ou 0,3 L de água açucarada
a 10% para 50 kg de semente de soja.

Para uma nodulação uniforme e adequada ao pleno


desenvolvimento da soja, realize a distribuição
uniforme do Biomax® Premium Soja e Biomax® 10 em
todas as sementes.

Não realize a inoculação diretamente na caixa


semeadora devido à baixa eficiência proporcionada
pela pequena aderência dos inoculantes da Biosoja

85
8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 9. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada no estado do Mato Grosso (P extraído pelo método
Melhich-1).

Teor de P no solo (mg dm-3)


Teor de argila
Muito baixo Baixo Médio1/ Bom

% - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg ha-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

61 a 80 <2,0 2,0 a 3,9 4,0 a 5,9 >6

41 a 60 <5,0 5,0 a 7,9 8,0 a 11,9 >12

21 a 40 <6,0 6,0 a 11,9 12 a 17,9 >18

<20 <8,0 8,0 a 14,9 15 a 19,9 >20


1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo. Fonte: Zancanaro et al. (2002).

A adubação fosfatada corretiva total é realizada com P2O5 para cada 1% de argila. Em Sapezal, MT, a
a aplicação de uma dose relativamente alta de P a Fundação MT, realizou um ensaio de campo
lanço, em uma única vez, e incorporado ao solo com conduzido por 3 anos, com o cultivo de soja em solos
uma gradagem leve (Tabela 10). Posteriormente, são com 60% de argila. Verificou-se que a fosfatagem
realizadas as adubações de manutenção para repor corretiva total, na dose de 4 kg de P2O5 para 1% de
as quantidades de P exportadas pela soja. argila, e as aplicações anuais, na dose de 80 kg ha-1 de
P2O5 no sulco de plantio, proporcionaram altas
Para os solos sob cerrado, as recomendações de produtividades na cultura da soja (média de 60 sc
fosfatagem corretiva total situam-se entre 3 a 5 kg de ha-1).

Tabela 10. Recomendação de adubação fosfatada corretiva 1/, de acordo com o teor de argila e a classe do teor de P do solo.

Teor de P no solo (mg dm-3)


Teor de argila
Muito baixo Baixo
% - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg ha ) - - - - - - - - - - - - - - - - -
-1

61 a 80 300 200
41 a 60 250 175
21 a 40 200 135
<20 150 100
1/
A dose de P2O5 na adubação corretiva a lanço para a soja deve ser avaliada em função do teor de argila, da cotação da soja e do retorno
esperado com as maiores produtividades que podem ser alcançadas nos primeiros 4 cultivos. Fonte: Zancanaro et al. (2002).

Em 2002, Sousa e Lobato estabeleceram um novo mensura a capacidade de retenção de P pelo solo
critério para o cálculo da dose de P na adubação (quanto maior a capacidade de retenção, menor o
fosfatada corretiva total para os solos sob cerrado valor de P-rem), que se correlaciona com o teor de
(Tabela 11). O P remanescente é um índice que argila do solo e com a sua mineralogia.

86
8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 11. Recomendação de adubação fosfatada corretiva total de acordo com o teor de P no solo, calculada com base no teor de argila ou
de P remanescente do solo, em culturas anuais, em sistemas agrícolas de sequeiro e irrigado.

Teor de P no solo 1/
Sistema agrícola Variável
Muito baixo Baixo Médio

- - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg ha-1) 2/ - - - - - - - - - - - - - - - -


Sequeiro 4 x argila 2 x argila 1 x argila
Teor de argila 3/
Irrigado 6 x argila 3 x argila 1,5 x argila

Sequeiro 260-(4 x P-rem) 130-(2 x P-rem) 65-(1 x P-rem)


P-rem 4/
Irrigado 390-(6 x P-rem) 195-(3 x P-rem) 98-(1,5 x P-rem)

1/
Classe do teor de P nos solos. Vide tabela 6.
2/
P2O5 solúvel em citrato de amônio neutro mais água para os fertilizantes fosfatados acidulados, P2O5 solúvel em ácido cítrico a 2% (relação
1:100) para os termofosfatos, escórias e P2O5 total para os fosfatos naturais reativos.
3/
Teor de argila expresso em porcentagem.
4/
P remanescente (determinado nas análises de rotina nos laboratórios ligados ao PROFERT-MG), expresso em mg L-1.
Fonte: Adaptada de Sousa e Lobato (2002).

A adubação fosfatada corretiva também pode ser A fosfatagem corretiva gradual no sulco de plantio
realizada de forma gradual, por meio da aplicação também proporciona altas produtividades na cultura
anual de doses de P2O5 superiores àquelas da soja. Pesquisas conduzidas pela Fundação MT
recomendadas para a adubação de manutenção verificaram que é possível atingir boa produtividade
(Tabela 12). Neste tipo de manejo, a elevação do teor em soja (56 sc ha-1) nos primeiros três anos de cultivo
de P nos solos para a faixa adequada à cultura da soja utilizando apenas adubação fosfatada corretiva no
ocorre de forma gradual, sendo necessários cerca de sulco de plantio, na dose de 115 kg ha-1 de P2O5,
4 ou 5 cultivos. Após atingir o teor adequado de P no mesmo em solos argilosos (60% de argila), com baixo
solo, realizar apenas a adubação fosfatada de teor de P (0,6 mg P dm-3).
manutenção.

Tabela 12. Recomendação de adubação fosfatada no sulco de plantio da soja de acordo com a disponibilidade do P, em solo sob vegetação
de cerrado para o estado do Mato Grosso.

Teor de P no solo (mg dm-3)


Teor de argila
Muito baixo Baixo Médio 1/ Bom

% - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg ha-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

61 a 80 >120 2/ 110 80 60 3/

41 a 60 >120 2/ 100 80 60 3/

21 a 40 120 2/ 100 80 60 3/

<20 120 2/ 90 80 60 3/
1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.
2/
Em solos com teores de P muito baixo têm sido encontradas respostas lineares a fósforo aplicado na linha de semeadura até 150 kg ha-1 de
P2O5. Portanto, se o teor de P no solo estiver classificado como muito baixo e baixo, e se houver disponibilidade de recursos financeiros para
maiores investimentos em fósforo e/ou os preços da soja forem promissores, podem ser utilizadas quantidades maiores de P2O5 do que as
sugeridas na tabela.
3/
As quantidades recomendadas de P2O5 equivalem à reposição da extração de P esperada para uma produtividade de 3 t ha-1 de soja. A dose
de P pode ser reduzida por uma safra em função das condições desfavoráveis de preços da soja.
Fonte: Zancanaro et al. (2002).

87
8.4. ADUBAÇÃO

No estado de São Paulo, o extrator utilizado para a avaliação da disponibilidade de P nos solos às plantas é a resina
troca iônica. Na Tabela 13 apresenta a correspondência dos limites de classes de teores de P no solo com os
respectivos limites de produção relativa de soja.

Tabela 13. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada no estado de São Paulo (P extraído pelo método da
resina de troca iônica).

Produção relativa de soja (%)

70 71 a 90 91 a 100 > 100 > 100

Teor de P no solo (mg dm-3)

Muito baixo Baixo Médio 1/ Alto Muito alto

6 7 a 15 16 a 40 41 a 80 > 80
1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.
Fonte: Adaptada de Raij et al. (1997).

Nas Tabelas 14 e 15 tem-se a interpretação do teor de P nos solos do estado do Paraná e dos estados do Rio
Grande do Sul e Santa Catarina, respectivamente.

Tabela 14. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada no estado do Paraná (P extraído pelo método
Mehlich-1).

Teor de P no solo (mg dm-3)


Teor de argila Muito baixo Baixo Médio1/ Adequado
(%)
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg ha-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

> 40 - 3,0 3,0 a 6,0 > 6,0

21 a 40 5,0 5,1 a 10 10,1 a 14 > 14

20 6,0 6,1 a 12 12,1 a 18 > 18

1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.
Fonte: Embrapa Soja (2011).

Tabela 15. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (P
extraído pelo método Mehlich-1).

Teor de Teor de P no solo (mg dm-3)


argila (%) Muito baixo Baixo Médio 1/ Alto Muito alto

60 ≤ 2,0 2,1 a 4,0 4,1 a 6,0 6,1 a 12 > 12

36 a 60 ≤ 3,0 3,1 a 6,0 6,1 a 9,0 9,1 a 18 > 18

16 a 35 ≤ 4,0 4,1 a 8,0 8,1 a 12 12,1 a 24 > 24

15 ≤ 7,0 7,1 a 14 14,1 a 21 21,1 a 42 > 42

P resina ≤ 5,0 5,1 a 10 10,1 a 20 20,1 a 40 > 40

1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.
Fonte: Adaptada de Tedesco et al. (2004).

88
8.4. ADUBAÇÃO

Em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Em sistemas de cultivo em plantio direto, com a
Catarina e demais regiões produtoras de soja, pode-se aplicação do calcário na superfície do solo,
realizar a adubação fosfatada corretiva com as recomenda-se evitar a aplicação do P a lanço,
mesmas doses de P2O5 recomendadas para os solos principalmente com fontes fosfatadas de baixa
sob vegetação de cerrado, respeitando a classificação solubilidade em água, como os fosfatos naturais
do teor de P nos solos. reativos.

b. Adubação fosfatada de manutenção 8.4.3. Adubação potássica

A adubação fosfatada de manutenção é realizada em O potássio é o segundo nutriente mais absorvido pela
solos com teores adequados (solos sob cerrado e cultura da soja. Para a produção de 1 t de grãos de
Paraná) e altos de P (São Paulo, Rio Grande do Sul e soja são necessários, em média, 38 kg de K2O. Cerca
Santa Catarina). Para cada tonelada de grãos de soja de 53% do potássio absorvido pela soja são
a ser produzida, aplicar 20 kg de P2O5. exportados pela soja (Tabela 1).
Eventualmente, a dose de P2O5 pode ser reduzida por
uma safra em função das condições desfavoráveis de De forma similar ao fósforo, a adubação potássica
preços da soja. pode ser realizada de dois modos: adubação
potássica corretiva e adubação de manutenção.
A adubação fosfatada de manutenção poderá ser
realizada a lanço, em solos com teor de fósforo a. Adubação potássica corretiva
classificado como adequado – solos sob cerrado e do
Paraná –, e alto – demais regiões produtoras de soja A adubação potássica corretiva pode ser total ou
–, nos últimos três anos de cultivo e com a gradual, e é realizada em solos com teores muito
produtividade de soja acima de 55 sc ha-1. baixos ou baixos de potássio (Tabelas 16 a 19).

Tabela 16. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação potássica nos solos sob cerrado (K extraído pelo método
Melhich-1).

Teor do K no solo
CTC do solo a pH 7,0
Unidade Baixo Médio1/ Adequado Alto

mg dm-3 15 16 a 30 31 a 40 >40
< 4,0 cmolc dm -3
cmolc dm-3 0,04 0,04 a 0,08 0,08 a 0,10 >0,10

g dm-3 25 26 a 50 51 a 80 >80
4,0 cmolc dm -3

cmolc dm-3 0,06 0,06 a 0,13 0,13 a 0,20 >0,20


1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico do K no solo.
Fonte: Adaptado de Sousa e Lobato (2002).

Tabela 17. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação potássica no estado de São Paulo (K extraído pelo método da
resina).

Produção relativa de soja (%)

70 71 a 90 91 a 100 > 100 > 100

Teor de K no solo (mmolc dm-3)

Muito baixo Baixo Médio1/ Alto Muito alto

0,7 0,8 a 1,5 1,6 a 3,0 3,0 a 6,0 > 6,0


1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico do K no solo.
Fonte: Adaptada de Raij et al. (1997).

89
8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 18. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação potássica no estado do Paraná (K extraído pelo método
Melhich-1).

Teor de K no solo
Unidade
Muito baixo Baixo Médio1/ Alto

mg dm-3 < 40 40 a 60 80 a 120 > 120

cmolc dm-3 < 0,10 0,10 a 0,20 0,20 a 0,30 > 0,30
1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico do K no solo.
Fonte: Embrapa Soja (2011).

Tabela 19. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação potássica nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (K
extraído pelo método Melhich-1).

Teor de K no solo (cmolc dm-3)


CTC a pH 7,0
Muito baixo Baixo Médio1/ Alto Muito alto

5,0 ≤ 15 16 a 30 31 a 45 46 a 90 > 90

5,1 a 15 ≤ 20 21 a 40 41 a 60 61 a120 > 120


>15 ≤ 30 31 a 60 61 a 90 91 a 180 > 180
O limite superior desta classe indica o nível crítico do K no solo.
1/

Fonte: Adaptada de Tedesco et al. (2004).

A adubação potássica corretiva total é realizada Neste sistema de manejo, a elevação do teor de K nos
aplicando-se altas doses de K a lanço, e visa a solos para a faixa adequada ou alta para a cultura da
correção imediata dos baixos teores deste nutriente soja ocorre de forma gradual, e são necessários cerca
nos solos. Posteriormente, são realizadas aplicações de 4 ou 5 cultivos. Após atingir o teor adequado de K
anuais para repor a quantidade exportação de K pela no solo, realizar apenas a adubação potássica de
soja. manutenção.

Nos solos sob Cerrado, uma das formas para a b. Adubação potássica de manutenção
determinação da dose de K2O a ser aplicada na
adubação potássica corretiva total é a elevação do A adubação potássica de manutenção é realizada em
teor K no solo para atingir 3 a 5% da CTC a pH 7,0. Nos solos com teores adequados e altos de K,
solos das demais regiões do Brasil, com CTC mais dependendo da região produtora de soja. Nestas
elevada do que a dos solos sob cerrado, deve-se condições de cultivo, para cada tonelada de grãos de
elevar a saturação por potássio a 2 a 3% da CTC a pH soja a ser produzida aplicar 20 kg de K2O.
7,0.
Em solos com alto teor de K – solos sob cerrado – e
Para o cálculo da adubação potássica corretiva total, a muito alto – demais regiões produtoras de soja –,
elevação do teor de K no solo em 0,01 cmolc K dm-3 ou aplicar 10 kg de K2O para uma expectativa de
0,10 mmolc K dm-3 exige a aplicação de 9,4 kg ha-1 de produtividade de 1 t de grãos de soja. Utilizar a análise
K2O ou 15,7 kg ha-1 de KCl, considerando a camada de de folhas para ajustes na adubação potássica. A faixa
incorporação de 0 a 20 cm. adequada de K nas folhas da soja varia de 17,3 a 25,7
g kg-1.
De forma similar ao fósforo, a adubação potássica
corretiva pode também ser realizada de forma De maneira geral, as doses de K recomendadas para a
gradual, por meio da aplicação anual de doses de K2O cultura da soja estão especificadas na Tabela 20.
superiores àquelas recomendadas para a adubação
de manutenção.

90
8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 20. Adubação potássica para soja considerando uma produtividade de 3 t ha-1 de grãos.

Teor do K no solo 1/

Baixo Médio Adequado 2/ Alto 3/

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - K2O (kg ha-1 ) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

120 80 60 30
1/
Utilizar os critérios para interpretação do teor de K do solo mostrados nas Tabelas 9 a 12, conforme a região produtora de soja.
2/
Realizar adubação de manutenção: 20 kg de K2O para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos de soja.
3/
Para solos com teores de K dentro desta classe, recomenda-se 50% da adubação de manutenção.
Fonte: Adaptada de Ribeiro et al. (1999).

Em solos com teor de K adequado (solos sob cerrado) menor emissão de S como poluente para a atmosfera.
ou alto a muito alto (demais regiões produtoras de
soja) e com baixa capacidade de troca catiônica Além disso, o teor de enxofre na camada superficial
(textura arenosa a média), evitar a aplicação do do solo é menor que nas demais camadas do solo. As
nutriente no sulco de plantio da soja. Realizar a adubações fosfatadas tendem a reduzir a adsorção
adubação potássica em pré-plantio, a lanço ou em do sulfato na camada superficial, acentuando a
cobertura até o 15º ao 20º dia após a emergência da lixiviação deste nutriente para as camadas
soja. subsuperficiais do solo.

Em solos com baixo teor de K, recomenda-se o Para a determinação da necessidade de enxofre


parcelamento da adubação potássica. Aplicar no deve-se realizar a análise de solo em duas
máximo 30 kg ha-1 de K2O no sulco de plantio e o profundidades, 0 a 20 cm e 20 a 40 cm, devido à
restante da dose em pré-plantio ou em cobertura até o mobilidade do nutriente no solo e o seu acúmulo nas
15º ao 20º dia após a emergência da soja. Em solos camadas subsuperficiais.
argilosos, a dose máxima de K2O no sulco de plantio é
de 50 kg ha-1. Utilizar a análise de folhas de soja para ajustes na
adubação com enxofre. A faixa adequada de S nas
Altas concentrações de potássio aplicadas em folhas de soja varia de 2,0 a 3,0 g kg-1.
pequeno volume de solo, no sulco de semeadura,
favorecem as perdas do nutriente por lixiviação. Além Na Tabela 21 tem-se as doses de enxofre para a
disso, há o risco de salinização, prejudicando a cultura da soja de acordo com a textura do solo e o
germinação e o desenvolvimento do sistema radicular teor de enxofre nas profundidades de 0 a 20 cm e 20 a
da soja. 40 cm.

8.4.4. Adubação com enxofre Os níveis críticos do S nos solos argilosos (> 40% de
argila) são 10 mg dm-3 e 35 mg dm-3 nas
Para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm,
por hectare são necessários, em média, 15 kg de respectivamente. Em solos arenosos (≤ 40% de argila),
enxofre. Cerca de 35% do enxofre absorvido pela soja os níveis críticos do S são 3 mg dm-3 e 9 mg dm-3 nas
são exportados pelos grãos (Tabela 1). profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm,
respectivamente.
Nas últimas safras, observou-se um agravamento da
deficiência de enxofre na cultura da soja devido ao Em solos com teor adequado de S, realizar a
aumento na produtividade da cultura, aumento na adubação de manutenção com S, aplicando 10 kg do
utilização de formulações ou fertilizantes com maior nutriente para uma expectativa de produtividade de 1 t
concentração em NPK e menores teores de enxofre e de grãos de soja.

91
8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 21. Recomendação de adubação corretiva e de manutenção com enxofre para a cultura da soja.

Teor de S no solo 1/

Faixas de interpretação Solo argiloso Solo arenoso Quantidade


>40% de argila 40% de argila de S, kg/ha

Profundidade, cm

0 a 20 20 a 40 0 a 20 20 a 40 0 a 20 20 a 40

Baixo Baixo <5 <20 <2 <6 80 + M

Baixo Médio <5 20 a 35 <2 6a9 60 + M

Baixo Alto <5 >35 <2 >9 40 + M

Médio Baixo 5 a 10 <20 2a3 <6 60 + M

Médio Médio 5 a 10 20 a 35 2a3 6a9 40 + M

Médio Alto 5 a 10 >35 2a3 >9 M

Alto Baixo >10 <20 >3 <6 40 + M

Alto Médio >10 20 a 35 >3 6a9 M

Alto Alto >10 >35 >3 >9 M

Método de extração: Ca(H2PO4)2 0,01 M.L-1. Determinação por turbidimetria.


1/

M = Manutenção: 10 kg de S para cada 1 t de produção de grãos de soja esperada.


Fonte: Sfredo et al. (2003).

8.4.5. Adubação com micronutrientes proporciona efeito residual de 3 a 5 anos.

A interpretação dos teores dos micronutrientes nas A aplicação do ferro e de manganês a lanço no solo,
análises de solo para as principais regiões produtoras mesmo em altas doses, não apresenta efeito residual
de soja estão nas Tabelas 22 a 25. significativo, não sendo, assim, adequados nas
adubações corretivas. A forma química disponível do
a. Adubação com cobalto e molibdênio manganês à soja (Mn2+) é gradualmente oxidada às
formas não disponíveis (Mn3+ e Mn4+), reduzindo a sua
Utilizar de 2 a 3 g ha-1 de Co e de 12 a 25 g ha-1 de Mo disponibilidade à cultura da soja. De forma similar ao
na fertilização das sementes de soja. A aplicação Mn, o Fe também é oxidado a uma forma química não
destes micronutrientes também pode ser realizada disponível à cultura da soja (Fe3+).
em pulverização foliar entre os estágios de
desenvolvimento V3 e V5, na dose de 30 a 50 g ha-1 de A forma mais eficiente para o fornecimento do ferro e
Mo. manganês à cultura da soja são as pulverizações
foliares. Em solos com baixo teor de manganês e
b. Adubação com boro, cobre, manganês e zinco saturação por bases acima da faixa adequada à
cultura da soja, realizar de 3 a 5 aplicações foliares de
De forma similar ao manejo realizado com fósforo e manganês, iniciando as pulverizações foliares na fase
potássio, a construção da fertilidade do solo também vegetativa da soja.
pode ser realizada para o cobre e zinco. Em solos da
região do Cerrado, a aplicação destes micronutrientes Eventualmente, o Mn pode ser aplicado no sulco de
a lanço, com incorporação na camada superficial, plantio, região do solo com maior teor de umidade e

92
8.4. ADUBAÇÃO

com maior potencial de redução. Nestas condições, O boro é muito susceptível à lixiviação nos solos
há uma tendência do Mn permanecer por mais tempo tropicais, notadamente naqueles com menores teores
na forma de Mn2+, prontamente disponível às culturas. de argila. Portanto, o boro deve ser aplicado
Mesmo assim, em solos com baixos teores de Mn são anualmente em pré-plantio ou no sulco de plantio.
necessárias pulverizações foliares com este nutriente Realizar adubações foliares com B nas fases de maior
para a manutenção dos teores foliares na faixa demanda pelo nutriente (antes do florescimento e
adequada à cultura da soja. início da formação das sementes de soja).

Tabela 22. Interpretação dos teores de micronutrientes no solo, extraídos por dois métodos de análises para a soja nos solos do Cerrado.

Água quente Mehlich-1 DTPA

Faixas B Cu Mn Zn Cu Mn Zn Fe

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - mg dm-3 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Baixo <0,3 <0,5 <5 <1,1 <0,3 <1,0 <0,6 <5

Médio 1/ 0,3 - 0,5 0,5 - 0,8 5 - 10 1,1 - 1,6 0,3 - 0,8 1,0 - 2,0 0,6 - 1,2 5 - 12

Alto 0,5 - 2,0 0,8 - 10 10 - 30 1,6 - 10 0,8 - 7,0 2,0 - 10 1,2 - 10 12 - 30

Muito Alto >2,0 >10 >30 >10 >7,0 >10 >10 >30
1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico dos micronutrientes no solo. Fonte: Sfredo (2008).

Tabela 23. Interpretação da análise de solo para recomendação de micronutrientes nos solos do estado de São Paulo.

Teor no solo (mg dm-3)


Micronutrientes
Baixo Médio1/ Alto

Boro (B) 0,20 0,21 a 0,60 > 0,60

Cobre (Cu) 0,20 0,30 a 0,80 > 0,80

Ferro (Fe) 4 5 a 12 > 12

Manganês (Mn) 1,2 1,3 a 5,0 > 5,0

Zinco (Zn) 0,5 0,6 a 1,2 > 1,2


1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico dos micronutrientes no solo. Extratores: B = Água quente; Cu, Fe, Mn e Zn = DTPA.
Fonte: Adaptada de Raij et al. (1997).

Tabela 24. Interpretação dos teores de micronutrientes no solo, extraídos por dois métodos de análises para a soja nos solos do Paraná.

Água quente Mehlich-1 DTPA

Faixas B Cu Mn Zn Cu Mn Zn Fe

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - mg dm-3 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Baixo <0,3 <0,8 <15 <0,8 <0,5 <1,2 <0,5 <5

Médio 1/ 0,3 - 0,5 0,8 - 1,7 15 - 30 0,8 - 1,5 0,5 - 1,1 1,2 - 5,0 0,5 - 1,1 5 - 12

Alto 0,5 - 2,0 1,7 - 10 31 - 100 1,5 - 10 1,1 - 7,0 5,0 - 20 1,1 - 10 12 - 30

Muito Alto >2,0 >10 >100 >10 >7,0 >20 >10 >30
1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico dos micronutrientes no solo. Fonte: Sfredo (2008).

93
8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 25. Interpretação da análise de solo para recomendação de micronutrientes nos solos dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Teor no solo (mg dm-3)


Micronutrientes
Baixo Médio 1/ Alto

Boro (B) < 0,1 0,1 a 0,3 > 0,3


Cobre (Cu) < 0,2 0,2 a 0,4 > 0,4
Manganês (Mn) < 2,5 2,5 a 5,0 > 5,0
Zinco (Zn) < 0,2 0,2 a 0,5 > 0,5
1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico dos micronutrientes no solo.
Extratores: B = Água quente; Cu e Zn = HCl 0,1 mol L e Mn = Mehlich-1.
Fonte: Adaptada de Tedesco et al. (2004).

A adubação corretiva com micronutrientes no solo nutricional da soja por meio da diagnose foliar. Os
pode ser realizada em pré-plantio, a lanço (Tabela 26). micronutrientes também podem ser aplicados no
O efeito residual da adubação com micronutrientes, sulco de plantio da soja. Neste caso, aplicar 1/3 da
exceto o B e Mn nas doses recomendadas, é para um dose indicada a lanço por um período de três anos
período de cinco anos. Para a reaplicação dos consecutivos.
micronutrientes, realizar a avaliação do estado

Tabela 26. Interpretação da análise de solo para recomendação de micronutrientes nos solos dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

B Cu Mn Zn
Teor no solo
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - kg ha-1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Baixo 1,5 2,5 6,0 6,0

Médio 1,0 1,5 4,0 5,0

Alto 0,5 0,5 2,0 4,0

Muito alto 0,0 0,0 0,0 0,0

Fonte: Sfredo (2008).

94
8.5. FATORES DE CONVERSÃO E UNIDADES EQUIVALENTES

8.5.1. Fatores de conversão para cálculo de fertilizantes, corretivos e para interpretação da análise de solo
(Fonte: Adaptado de Raij et al., 1997 e adaptado de Francelli, 2010)

a. Fatores de conversão para fertilizantes e corretivos

MO = C x 1,724
Carbono (C) e matéria orgânica (MO)
C = MO x 0,580

P2O5 x 0,436 = P
Fósforo (P)
P x 2,291 = P2O5

K2O x 0,830 = K
Potássio (K)
K x 1,205 = K2O

Ca x 1,400 = CaO

Ca x 2,497 = CaCO3
CaO x 0,715 = Ca

CaO x 1,785 CaCO3

CaCO3 x 0,560 = CaO


Cálcio (Ca)
CaSO4 x 0,519 = CaO

CaSO4 x 0,371 = Ca

CaSO4 x 0,889 = Ca

CaO x 1,713 = CaSO4

Ca x 2,696 = CaSO4

Mg x 1,658 = MgO

Mg x 3,469 = MgCO3

Mg x 4,956 = MgSO4

MgO x 0,603 = Mg
Magnésio (Mg) MgO x 2,092 = MgCO3

MgO x 2,987 = MgSO4

MgSO4 x 0,335 = MgO

MgSO4 x 0,202 = Mg

MgCO3 x 0,335 = MgO

S x 2,996 = SO4

Enxofre (S) SO4 x 0,337 = S

SO4 x 1,417 = CaSO4

95
8.5. FATORES DE CONVERSÃO E UNIDADES EQUIVALENTES

b. Fatores de conversão para interpretações da análise de solo

= 1 µg de P = 121,5 ppm de Mg

Fósforo = 1 mg kg-1 de P = 1 meq Mg 100 cm-3


1 ppm P
(P) = 2 kg ha-1 de P = 10 mmolc Mg dm-3
Magnésio 1 cmolc
(Mg) Mg dm-3 = 243 kg ha-1 de Mg
= 4,6 kg ha-1 de P2O5 1/
= 403 kg ha-1 de MgO

= 391 ppm de K = 843 kg ha-1 de MgCO3

= 1 meq K 100 cm-3


Potássio 1 cmolc = 1 µg g-1 de
= 10 mmolc K dm-3
(K) K dm-3 micronutrientes
= 782 kg ha-1 de K B, Co, Cu,
= 1 mg kg-1 de
= 942 kg ha-1 de K2O Fe, Mn 1 ppm
micronutrientes
e Zn
= 2 kg ha-1 de
micronutrientes
= 200 ppm de Ca
= 1 meq Ca 100 cm-3

= 10 mmolc Ca dm-3
Cálcio 1 cmolc
(Ca) Ca dm-3 = 400 kg ha-1 de Ca

= 560 kg ha-1 de CaO


= 1.000 kg ha-1 de CaCO3

c. Conversão das unidades antigas para as unidades do sistema internacional (SI)

Unidades antigas (A) Fator de conversão (F) Unidades do SI (SI = A x F)

Solos e soluções

% 10 g dm-3, g kg-1 e g L-1

ppm ou g cm-3 1 mg dm-3, mg kg-1 e mg L-1

1 cmolc dm-3 e cmolc kg-1


meq 100 cm-3 ou meq 100 g-1
10 mmolc dm-3 e mmolc kg-1

mmho cm-1 1 ds m-1

Plantas

% 10 g kg-1

ppm ou g cm-3 1 mg kg-1

ppb 1 µg kg-1

96
8.5. FATORES DE CONVERSÃO E UNIDADES EQUIVALENTES

8.5.2. Unidades equivalentes

1 acre = 0,1672 alqueires 1 hectare = 2,4711 acres


paulista
1 libra = 453,59237 g
1 acre = 0,4469 ha
1 libra = 16 onças
1 acre = 4.046,856 m2
1 libra/acre = 1,1208 kg/ha
1 alqueire goiano
e mineiro = 11,960 acres
1 metro = 100 cm
1 alqueire goiano
e mineiro = 4,84 ha 1 metro = 3,28084 pés

1 alqueire paulista = 5,980 acres 1 metro 39,3701 polegadas

1 alqueire paulista = 2,42 ha 1 nanômetro = 0,0000000001 metro

1 arroba (@) = 15 kg (14,688 kg) 1 nanômetro = 0,0001 micra

1 bushel (milho e sorgo) = 25,401 kg 1 onça = 28,350 gramas

1 bushel (milho e sorgo) = 56 libras peso 1 palmo = 22 cm

1 bushel (soja e trigo) = 27,2154 kg 1 pé = 0,34801 metros

1 bushel (soja e trigo) = 60 libras peso 1 pé = 12 polegadas

1 bushel/acre (milho) = 62,77 kg 1 polegada = 0,02540 metros

1 bushel/acre (soja e trigo) = 67,25 kg 1 polegada = 0,08333 pés

x 39,37 para 1 milha terrestre = 1.609,34 metros


1 dolar/bushel (milho)
dólar/tonelada
1 onça = 28,349 metros
1 dolar/bushel x 36,74 para
(soja e trigo) dólar/tonelada 1 quilôgrama = 2,204623 libras

1 dolar/bushel (milho) 2,3621 dolar/saca 1 quilôgrama = 1 dm3

1 dolar/bushel 2,20046 dolar/saca 1 quilômetro = 1.000 metros


(soja e milho)
1 quilômetro = 3.280,83 pés
1 fardo = 217,72 kg
1 quilômetro quadrado = 100 ha
1 fardo = 480 libras
1 saco de cereais = 60 kg
1 galão (EUA) = 3,7854 L
1 tonelada inglesa = 1.016 kg
1 galão (Reino Unido) = 4,543 L
1 tonelada curto = 907,18 kg
1 grama = 0,002205 libras
1 tonelada longa = 1.016 kg
1 hectare = 10.000 m2

97
8.6. FERTILIZANTES FORNECEDORES DE N, P, K, Ca, Mg E MICRONUTRIENTES

8.6.1. Teores dos nutrientes e características dos principais fertilizantes nitrogenados

Teores dos nutrientes (%) Eq.


Fertilizantes IS 2/
N Ca Mg S-SO 4
2-
CaCO3 1/

Amônia anidra 82 - - - -1.480 47

Nitrato de amônio 33 - - - -590 105

Nitrato de cálcio 15 18 a 19 - - +200 65

Nitrato de sódio (salitre do Chile) 16 - - - +290 100

Nitrocálcio 27 3,5 2,0 - -280 61

Sulfato de amônio 20 a 21 - - 23 a 24 -1.100 69

Uran 32 - - - - -

Uréia 45 - - - -840 75
1/
Equivalente CaCO3: sinal (-) kg de carbonato necessário para neutralizar a acidez provocada por 1 t do fertilizante. Sinal (+): alcalinidade
equivalente.
2/
IS = índice salino: tendência para aumentar a pressão osmótica da solução do solo em números relativos ao nitrato de sódio (100).
Fonte: Adaptado de Malavolta (1987).

8.6.2. Teores dos nutrientes e características dos principais fertilizantes fosfatados

Teores dos nutrientes (%)

P2O5
Fertilizantes IS 1/
Solução CNA + N Ca Mg S-SO42-
Total de ácido Água
cítrico 2% Água

Fosfato diamônico (DAP) 45 - 44 40 17 - - - 34

Fosfato monoamônico
52 - 52 50 10 - - - 30
(MAP)

Fosfato natural de Araxá 36 5 2 - - 30 - - -

Fosfato natural de Patos


23 4 1,5 - - 20 - - -
de Minas

Fosfato reativo de Arad 33 10,5 - - - 37 0,12 - -

Fosfato reativo de Daoui 32 9 - - - 37 0,3 - -

Fosfato reativo de Gafsa 28 a 29 10 - - - 32 0,5 3,2 -

Superfosfato simples 20 - 18 16 - 20 - 12 8

Superfosfato triplo 45 - 44 38 - 14 - 1 10

Termofosfato magnesiano 18 16,5 - - - 18 7 - -


IS (índice salino): tendência para aumentar a pressão osmótica da solução do solo em números relativos ao nitrato de sódio (100).
1/

Equivalente CaCO3: Fosfato diamônico (DAP) = - 650, fosfato monoamônico (MAP) = - 625 a - 775 e termofosfato magnesiano = + 500.
2/

Fonte: Adaptado de Malavolta (1987).

98
8.6. FERTILIZANTES FORNECEDORES DE N, P, K, CA, MG E MICRONUTRIENTES

8.6.3. Teores dos nutrientes e características dos principais fertilizantes potássicos


Teores dos nutrientes (%)
Fertilizantes IS 1/
K2O N Mg S-SO 4
2-
Cl

Cloreto de potássio 60 a 62 - - 0,1 48 116

Nitrato de potássio 43 a 44 13 a 14 - 0,1 0,1 a 0,4 73,6

Sulfato de potássio 50 - - 18 1,5 46

Sulfato de potássio e magnésio 22 a 25 - 7 a 11 22 0,8 a 2,5 43,2


IS (índice salino): tendência para aumentar a pressão osmótica da solução do solo em números relativos ao nitrato de sódio (100).
1/

Fonte: Adaptado de Malavolta (1987).

8.6.4. Teores dos nutrientes e características dos principais fertilizantes fornecedores de cálcio

Teores dos nutrientes (%)

P2O5
Fertilizante Eq.CaCO3 1/ IS 1/
Ca N Ácido CNA Mg S-SO 2-
Total 4
cítrico + Água
2% Água

Farinha de ossos 25 - 30 - - - - - - -

Fosfato natural de
30 - 36 5 2 - - - - -
Araxá

Fosfato natural de
32 - 28 a 29 10 - - 0,5 3,2 - -
Gafsa

Gesso agrícola
28 a 30 - - - - - - 15 a 16 - -
(sulfato de cálcio)

Nitrato de cálcio 18 a 19 15 - - - - - - +200 65

Superfosfato
20 - 20 - 18 16 - 12 - 8
simples

Superfosfato triplo 14 - 45 - 44 38 - 1 - 10

Termofosfato
18 - 18 16,5 - - 7 - +500 -
magnesiano
1/
Equivalente CaCO3: sinal (-) kg de carbonato necessário para neutralizar a acidez provocada por 1 t do fertilizante. Sinal (+): alcalinidade
equivalente.
2/
IS (índice salino): tendência para aumentar a pressão osmótica da solução do solo em números relativos ao nitrato de sódio (100).
Fonte: Adaptado de Malavolta (1987).

99
8.6. FERTILIZANTES FORNECEDORES DE N, P, K, Ca, Mg E MICRONUTRIENTES

8.6.5. Teores dos nutrientes e características dos principais fertilizantes fornecedores de magnésio

Teores dos nutrientes (%) Eq.


Fertilizante IS 3/
Mg P2O5 1/
K2O S-SO 2- CaCO3 1/
4

Gran Magnésio 30 30 - - 3,2 - -


Sulfato de magnésio hepta 9 - - 11 - -
Sulfato de magnésio mono 16 - - 20 - -
Sulfato de potássio e magnésio 7 a 11 - 22 a 25 22 - 43,2
Termofosfato magnesiano 7 18 - - +500 -
1/
P2O5 solúvel em solução de ácido cítrico a 2%
2/
Equivalente CaCO3: sinal (-) kg de carbonato necessário para neutralizar a acidez provocada por 1 t do fertilizante . Sinal (+) : alcalinidade
equivalente.
3/
IS (índice salino): tendência para aumentar a pressão osmótica da solução do solo em números relativos ao nitrato de sódio (100).
Fonte: Adaptado de Malavolta (1987).

8.6.6. Teores dos nutrientes e características dos principais fertilizantes fornecedores de enxofre

Teores dos nutrientes (%)

Fertilizante P2O5 IS 2/
S 1/ N (CNA+ K2O Ca Mg
H2O)

Enxofre elementar 98 a 99 - - - - - -
Gesso agrícola 15 a 16 - - - 28 a 30 - -
Sulfato de amônio 23 a 24 20 a 21 - - - - 69
Sulfato de magnésio
heptahidratato - - - - -
20 9

Sulfato de magnésio
13 a 14 - - - - 16 -
monohidratado

Sulfato de potássio 18 - - 50 - - 46

Sulfato de potássio e magnésio 22 - - 22 a 25 - 7 a 11 43,2

Superfosfato simples 12 - 18 - 20 - 8
O enxofre dos fertilizantes está na forma de sulfato (S-SO ) , exceto o enxofre elementar (S).
1/
4
2-

IS (índice salino): tendência para aumentar a pressão osmótica da solução do solo em números relativos ao nitrato de sódio (100).
2/

Fonte: Adaptado de Malavolta (1987).

100
8.6. FERTILIZANTES FORNECEDORES DE N, P, K, Ca, Mg E MICRONUTRIENTES

8.6.7. Teores dos nutrientes nos principais fertilizantes fornecedores de micronutrientes.

Garantia Solubilidade em
Fertilizante Fórmula química
mínima água (g L-1)

Ácido bórico 17% B H3BO3 47 (20ºC)

Bórax 11% B Borato de sódio (Na2B4O7. 10H2O) ou (Na2B4O7. 5H2O) 47 (20ºC)

Colemanita 10 % B Borato de cálcio (Ca2B6O11. 5H2O) Baixa solubilidade

Complexos orgânicos 8 a 10% B Ésteres e amidas Solúvel


BORO

Octaborato de sódio 20% B Na2B8O13. 3H2O 53 (20ºC)

Pentaborato de sódio
20% B Borato de sódio (Na2B4O7. 5H2O) ou Na2B10O16. 10H2O -
(solubor)

Silicatos (fritas) 2 a 6% B - Baixa solubilidade

Ulexita 8 a 15% B Borato de sódio (NaCaB5O9. 8H2O) Baixa solubilidade

Carbonato de cobalto 42% Co CoCO3 Baixa solubilidade

Cloreto de cobalto 34% Co CoCl2 . 6H2O 555 (25ºC)


COBALTO

Nitrato de cobalto 17% Co Co(NO3)2. 6H2O 1.338 (0ºC)

Co ligado a EDTA, ácido cítrico, DTPA, EDDHA, HEDTA,


Quelato de cobalto 2% Co
poliflavonóides, lignosulfonatos e gluconatos
Solúvel

Óxido de cobalto 75% Co CoO Baixa solubilidade

Sulfato de cobalto 20% Co CoSO4. 7H2O 600 (20ºC)

Carbonato de cobre - CuCO3. Cu(OH)2 Baixa solubilidade

Cloreto cúprico - CuCl2 -

Cobre metálico 100% Cu Cu Insolúvel

Fritas Variável Silicatos Baixa solubilidade

Nitrato de cobre 22% Cu Cu(NO3)2. 3H2O 1.150 (20ºC)

Oxicloreto de cobre 52% Cu CuCl2.CuO.4H2O Baixa solubilidade


COBRE

Óxido cúprico 75% Cu CuO Baixa solubilidade

Óxido cuproso 89% Cu Cu2O Baixa solubilidade

Quelato de cobre 13% Cu Na2Cu.EDTA Solúvel


com EDTA
Quelato de cobre 9% Cu NaCu.HEDTA Solúvel
com HEDTA
Sulfato de cobre 24% Cu CuSO4.5H2O 316
heptahidratado
Sulfato de cobre 35% Cu CuSO4.H2O -
monohidratado

101
Garantia Solubilidade em
Fertilizante Fórmula química
mínima água (g L-1)

Carbonato ferroso 41% Fe FeCO3 -

Cloreto férrico 16% Fe FeCl3. 6H2O -

Cloreto ferroso 41% Fe FeCl2. 4H2O Variável

Fritas Variável Silicatos Baixa solubilidade

Nitrato férrico 11% Fe e 8% N Fe(NO3)3. 6H2O Solúvel


FERRO

Quelato de ferro com EDDHA 6% Fe NaFeEDDHA Solúvel

Quelato de ferro com EDTA 5 a 14% Fe NaFeEDTA -

Sulfato de ferro 30% Fe FeSO4.H2O 250


monohidratado
Sulfato de ferro 19% Fe FeSO4.7H2O 667
heptahidratado

Carbonato de manganês 40% Mn MnCO3 Baixa solubilidade

Cloreto de manganês 35% Mn MnCl2 1.980 (20ºC)

Fritas Variável Silicatos Baixa solubilidade

Nitrato de manganês 16% Mn e 8% N Mn(NO3)2. 6H2O Solúvel

Óxido de manganês ou
MANGANÊS

41% Mn MnO Insolúvel


manganoso
Oxisulfatos Variável (25 a 70%) MnO e MnSO4 Variável

Quelados de manganês 5 a 12% Mn Na2MnEDTA Solúvel


com EDTA
Quelados de manganês 5 a 7% Mn Mn-poliflavonóides Solúvel
com poliflavonóide
Sulfato de manganês mono 31% Mn MnSO4.H2O 762 (20ºC)
ou sulfato manganoso

Fritas Variável Silicatos Baixa solubilidade


MOLIBDÊNIO

Molibdato de amônio 54% Mo (NH4)6Mo7O24.4H2O 430

Molibdato de sódio 39% Mo Na2MoO4.2H2O 562

Trióxido de molibdênio 66% Mo MoO3 Insolúvel

Cloreto de zinco 40% Zn ZnCl2 -

Fritas Variável Silicatos Baixa solubilidade

Nitrato de zinco 18% Zn Zn(NO3)2. 6H2O -


ZINCO

Óxido de zinco 50 a 78% Zn ZnO Insolúvel

Oxisulfatos Variável ZnO.ZnSO4 Variável

Sulfato de zinco heptahidratado 20% Zn ZnSO4.7H2O 965

Sulfato de zinco monohidratado 35% Zn ZnSO4.H2O 250

102
8.7. COMPATIBILIDADE ENTRE OS FERTILIZANTES MINERAIS SIMPLES,
ORGÂNICOS E CORRETIVOS
ni s
s
gâ o
co
or dub

e
o d
A

di to
só ra

ss de
i t
N

C COMPATÍVEIS: podem ser misturados


tá to

C
io
po itra

o
N

C C
ci
ál

COMPATIBILIDADE LIMITADA: devem ser


io de
oc

CL
itr

C C C
ôn to

misturados poucos antes da aplicação


N

am ra

io de
i t
N

ô n to

C C C C
am ulfa

I INCOMPATÍVEIS: não podem ser misturados


S

C C C C C
e
s d
a

so ha
éi

C C C I I C
Ur

os arin

ra s
tu ato
F

C C C C C C C

o
at
is
na osf

es f
pl os
F

C C C C C C C C

to
m rf

fa
si pe

o os
Su

C C C C C C CL C C

pl rf
tri pe
C C C C C C CL C Su
C C

AP
C C C C C C C C C C C
M

P
C C C C C C C C C CL CL C

DA

s
ria

to
fa

I C CL I I I I I I I I I I

os
Es

of

io e
ss d
m
I C CL

tá to
I I I I I I I I I I C

io
r
Te

ss
po ore

io e

o tá
ss d
Cl

si po
C C C C C C

os
C C C C C C C CL CL

tá to
po lfa

ad
né e

ca id.
ag d
Su

in
C C C C C C C C C C C C C CL CL C

m to

io , h
lc
e lfa

ár m
lc ge
Su

s
C C C C C C C C C C C C C I I C C

ca ir
e lv
Ca
I C CL I I I I I I I I I I C C CL CL I

s
io
ár
lc
I C CL I I I I I I I I I I C C CL CL C C

Ca
Observação: Dependendo de certas características da uréia, do nitrato de amônio e do teor de cloreto de sódio
no cloreto de potássio, as misturas desses produtos podem apresentar certo grau de incompatibilidade.

Fonte: Ribeiro et al. (1999).

103
9. GLOSSÁRIO

Ácido fosfórico (H3PO4): Ácido que em meio aquoso Adubação em sulcos: Aplicação do fertilizante em
dissocia-se originando o íon fosfato (PO43-). uma zona concentrada seja na superfície do solo ou
H3PO4 = 3H+ + PO43- abaixo dela.

Ácido fosforoso (H3PO3): Ácido que em meio aquoso Adubação foliar: É a aplicação dos nutrientes na parte
dissocia-se originando o íon fosfito (PO33-). aérea das plantas. Normalmente, as pulverizações
H3PO3 = 3H+ + PO33- foliares são direcionadas às folhas das plantas.

Ácidos fúlvicos: Fração das substâncias húmicas Adubação parcelada: Fertilizante aplicado em duas ou
solúvel em meio alcalino e em meio ácido. Possui o mais vezes durante o crescimento da cultura. Melhora
menor peso molecular entre as frações que compõem a eficiência das adubações através da redução nas
as substâncias húmicas. Coloração clara, variando do perdas dos nutrientes mais susceptíveis à lixiviação,
amarelo-claro ao amarelo-castanho. por exemplo, nitrato (N-NO3--).

Ácidos húmicos: Fração das substâncias húmicas Aminoácidos: Produto final da decomposição das
solúvel em meio alcalino e insolúvel em meio ácido. proteínas e peptídios dos resíduos vegetais e animais
Peso molecular entre os ácidos fúlvicos e a humina. A pelos microrganismos. São moléculas orgânicas ou
coloração varia desde marrom-escuro ao biomoléculas que contêm um carbono assimétrico
cinza-escuro. denominado de carbono-alfa ao qual se ligam
covalentemente, um grupo carboxílico (-COOH), um
Adubação: Consiste no fornecimento dos nutrientes grupo amino (-NH2) e um átomo de hidrogênio (H).
ao solo, de modo a recuperar ou manter a sua Neste carbono ainda se liga um grupo químico
fertilidade, suprindo as necessidades nutricionais das denominado de radical ou cadeia lateral (R) que define
plantas e provocando o mínimo de perturbação no especificamente cada um dos 20 aminoácidos.
ambiente. Eventualmente, o fornecimento dos
nutrientes pode ser realizado diretamente nas plantas Análise foliar: Avaliação do estado nutricional das
através da adubação foliar. plantas por meio da análise química das folhas.

Adubação a lanço: Aplicação dos fertilizantes sólidos Arenito: Rocha sedimentar resultante da
ou fluidos, na superfície do solo, com ou sem compactação e litificação de areias aglutinadas por
incorporação subsequente por práticas de preparo do um cimento natural, por exemplo, argila, carbonato de
solo. Os nutrientes podem ser aplicados antes ou cálcio ou carbonato de cálcio e magnésio. O arenito é
após o plantio da cultura. constituído por quartzo mas pode ter também
quantidades apreciáveis de feldspatos, micas e outras
Adubação de arranque: Aplicação do fertilizante no impurezas.
plantio, próximo às sementes ou ao lado e abaixo das
sementes. Argissolos: Solos com B textural (aumento
substancial de argila do horizonte superficial para o
Adubação em cobertura: Aplicação dos fertilizantes horizonte B). É constituído por argila de atividade
no solo após o estabelecimento das culturas. baixa ou alta conjugada com saturação por bases
baixa ou caráter alítico.
Adubação em faixas: É a forma de adubação que
envolve a aplicação dos fertilizantes sólidos ou fluidos Basalto: Rocha vulcânica ou ígnea, eruptiva ou
em faixas de largura variável. extrusiva, ou seja, formada na superfície do solo
através das lavas vulcânicas. Apresenta textura fina,
Adubação em faixas laterais: Aplicação do fertilizante coloração escura (óxido de ferro e de titânio) e alta
em faixa de um lado ou em ambos os lados da cultura. dureza. A maioria dos solos de Ribeirão Preto, Vale do
É usual em culturas perenes. Paranapanema e Norte e Sudoeste do Paraná são
provenientes do basalto.
Adubação em pré-plantio: Fertilizante aplicado no
solo antes do plantio das culturas. Normalmente, os Calcário: Produto obtido pela moagem da rocha
fertilizantes não são incorporados aos solos. calcária. É constituída de carbonato de cálcio (CaCO3)

104
9. GLOSSÁRIO

e carbonato de magnésio (MgCO3). É utilizado para a Celulose: Carboidrato mais abundante nas plantas.
redução da acidez do solo convertendo os íons H+ em
água e para o fornecimento de cálcio e magnésio às Clorofila: Pigmento verde que retém a luz para a
plantas. fotossíntese nas plantas, algas e algumas bactérias.

Capacidade de troca de cátions (CTC a pH 7): É a Clorose: Perda de clorofila das folhas resultando em
capacidade que o solo tem em reter cátions trocáveis. coloração verde-clara a amarela. Normalmente está
A CTC do solo é expressa em mmolc dm-3 ou cmolc associada à deficiência de alguns nutrientes.
dm-3 e corresponde à soma dos teores dos cátions
básicos (Ca+2, Mg+2, K+ e Na+) mais hidrogênio (H+) e Coinoculação: Consiste na utilização de dois ou mais
alumínio trocável (Al+3). microrganismos nas culturas, aos quais produzem um
efeito sinérgico, em que se superam os resultados
Capacidade de troca efetiva (t): É a capacidade que o obtidos com os mesmos, quando utilizados de forma
solo tem em reter os cátions em seu pH natural. A t do isolada.
solo é expressa em mmolc dm-3 ou cmolc dm-3 e
corresponde à soma das bases do solo (Ca+2, Mg+2, K+ Coloide: Partícula orgânica ou inorgânica (mineral)
e Na+) mais alumínio trocável (Al+3). menor que 0,001 mm de diâmetro. O coloide
apresenta uma grande superfície de contato,
Caráter ácrico: Refere-se a soma de bases trocáveis geralmente com alta reatividade. É o local onde ocorre
(Ca2+, Mg2+, K+ e Na+) mais alumínio extraível por KCl 1 a retenção dos nutrientes no solo.
mol L em quantidade igual ou inferior a 15 mmolc kg-1
de argila e que preenche pelo menos uma das Condicionador de solos: Produto que promove a
seguintes condições: melhoria das propriedades físicas, físico-químicas ou
atividades biológicas dos solos, podendo recupere
pH KCl 1 mol L-1 igual ou superior a 5,0 ou solos degradados ou desequilibrados
∆pH positivo ou nulo (∆pH = pH KCl – pH H2O) nutricionalmente.

Caráter alítico: Solo que apresenta teor de alumínio Condutividade elétrica (EC): É um indicativo da
extraível ≥ 40 mmolc kg-1 de solo, associada à concentração de sais ionizados numa solução.
atividade de argila ≥ 200 mmolc kg-1 de argila e
saturação por alumínio ≥ 50% e/ou saturação por Corretivos do solo: Substâncias adicionadas ao solo
bases < 50%. para melhorar o seu pH ou suas propriedades físicas.
Os principais corretivos agrícolas são o calcário, o
Carboidratos: São as biomoléculas mais abundantes calcário calcinado, o gesso e a turfa.
na natureza. São compostos orgânicos constituídos
por carbono, hidrogênio e oxigênio e geralmente Cultivo: Operação de preparo do solo para semear ou
seguem a fórmula genérica [(CH2O)]n, sendo o n≥3, transplantar uma muda, ou para o controle das
tais como, açúcares e polissacarídeos. Os plantas daninhas ou para tornar a camada superficial
carboidratos são sintetizados pelas plantas a partir do do solo mais propícia ao plantio.
gás carbônico (CO2) e água (H2O), nos cloroplastos, no
processo denominado de fotossíntese. É fonte e Cultivo conservacionista: Qualquer sistema de
reserva de energia e matéria-prima para a biossíntese preparo do solo que reduz as perdas de solo e/ou
de outras biomoléculas. água, em comparação com o preparo convencional
(aração e gradagem), na qual todos os resíduos são
Carbonato: Sedimento formado pela precipitação incorporados ao solo.
orgânica ou inorgânica de uma solução aquosa de
carbonatos de cálcio, magnésio ou ferro denominado Cultivo mínimo: Sistema de preparo do solo que reduz
de calcário ou dolomita. o número de operações mecanizadas a um mínimo
necessário para criar a condição adequada para o
Cátions básicos: São os elementos químicos cálcio plantio e germinação das sementes.
(Ca+2), magnésio (Mg+2) e potássio (K+) e sódio (Na+).
Desordem nutricional: É o estado nutricional da planta

105
9. GLOSSÁRIO

que pode corresponder a uma deficiência ou toxidez, Fertilizante fluido em suspensão: Fertilizante líquido
ou seja, quando o nutriente está em nível muito baixo que se apresenta na forma de suspensão, isto é, uma
ou muito alto na planta, respectivamente. fase sólida dispersa num meio líquido.

Diagnose foliar: Consiste na avaliação do estado Fertilizante orgânico: São os fertilizantes constituídos
nutricional da planta por meio da análise química das de compostos orgânicos de origem natural, vegetal ou
folhas e comparação com o seu padrão animal. Normalmente, tem baixa concentração de
preestabelecido (lavouras com altas produtividades). nutrientes.

Difusão: Movimento do nutriente (elemento químico) Fertilizante organomineral: Produto resultante da


a curta distância dentro de uma solução aquosa mistura física ou de combinações de fertilizantes
(solução do solo) estacionária, a favor de um minerais e orgânicos. Segundo a Instrução Normativa
gradiente de concentração, isto é, o nutriente vai de nº 25 do MAPA, os fertilizantes organominerais
uma região de maior concentração (solução do solo) sólidos deverão apresentar as seguintes garantias
para outra de menor concentração (superfície das mínimas: 8% de carbono orgânico total, 10% de
raízes). A difusão é o principal mecanismo de macronutrientes primários isolados (N, P e K) ou em
absorção do P, K, Zn, Mn e Cu pelas plantas. misturas (NP, NK e PK), 5% de macronutrientes
secundários, 8 cmolc kg-1 de CTC e 30% de teor
Disponibilidade: Proporção de um nutriente que pode máximo de umidade.
ser absorvido e utilizado pelas plantas para satisfazer
as exigências nutricionais. Fertirrigação: Aplicação de fertilizante por meio da
água de irrigação.
DRIS (Sistema integrado de diagnose e
recomendação): É um método de avaliação do estado Fitoalexinas: São substâncias sintetizadas pelas
nutricional da planta, no qual a relação entre os plantas e que atuam na defesa natural contra
nutrientes é o aspecto mais importante para explicar a doenças. Apresentam grande diversidade e,
produtividade da cultura. A comparação é realizada atualmente, mais de 300 tipos já foram caracterizados
com índices calculados por meio das relações entre quimicamente, dentre as quais as cumarinas, os
os nutrientes da amostra e uma população de diterpenos e os flavonóides. Já foram identificadas
referência (talhões com alta produtividade). em mais de 20 famílias vegetais. Ocorre acúmulo
temporário de fitoalexinas nos locais e nos arredores
Exigência nutricional: Representa a quantidade de das infecções nas plantas. Entretanto, não
nutrientes que uma determinada cultura extrai do solo apresentam especificidade e não imunizam as
ou outro meio de crescimento, por exemplo, solução plantas contra doenças.
hidropônica, para atender o seu desenvolvimento
vegetativo e reprodutivo. Fixação biológica do nitrogênio (FBN): Conversão do
nitrogênio atmosférico elementar (N2) em amônia
Extrato húmico: Frações húmicas solúveis em meio (N-NH3) realizada por microrganismos procariotos
alcalino (ácidos fúlvicos e ácidos húmicos). (bactérias – proteobactéria-alfa, actinomicetos e
cianobacterias).
Fertilizante: Produto mineral ou orgânico, natural ou
sintético fornecedor de um ou mais nutrientes às Fixação do fósforo: Fenômeno de retenção do P no
plantas. solo, reduzindo a sua disponibilidade às plantas.
Ocorre tanto pela precipitação do P em solução com
Fertilizante fluido: Refere-se aos fertilizantes no as formas iônicas de Fe, Al e Ca, como,
estado líquido. São constituídos por duas classes: principalmente, de maneira mais significativa, pela
soluções e suspensões. sua adsorção pelos oxidróxidos de Fe e Al.

Fertilizante fluido em solução: Fertilizante líquido que Floema: Vaso condutor das plantas responsável pelo
se apresenta na forma de soluções verdadeiras, isto é, transporte da seiva elaborada das folhas para os
isentas de material sólido. demais órgãos da planta. A seiva elaborada é
sintetizada nas folhas pela fotossíntese. O floema

106
9. GLOSSÁRIO

também é conhecido por líber. Índice salino (IS): Capacidade que o fertilizante tem
em aumentar a pressão osmótica da solução do solo.
Fluxo de massa: Consiste no movimento, com a Ocorre aumento na condutividade elétrica do solo. Os
mesma velocidade, do nutriente (elemento químico) fertilizantes com maior índice salino são os
em uma fase aquosa móvel (solução do solo), de uma potássicos e os nitrogenados.
região mais úmida, distante da raiz, para outra mais
seca, próxima da superfície radicular. O fluxo de Interceptação radicular: Mecanismo de absorção
massa é o principal mecanismo de absorção do N, Ca, radicular na qual a raiz, ao se desenvolver num
Mg, SO42-, H3BO3 e MoO42- pelas plantas. São os determinado volume de solo, entra em contato com o
nutrientes mais propensos a perdas por lixiviação nutriente na solução do solo.

Fosfato (PO43-): Íon proveniente da dissociação do Latossolos: Solos em avançado estágio de


ácido fosfórico (H3PO4) em meio aquoso. É a forma intemperização. Possuem horizonte B latossólico
química do P utilizada no metabolismo das plantas. (elevados teores de sesquióxidos). O incremento de
argila do horizonte A para B é pouco expressivo ou
Fosfito (PO33-): Íon proveniente da dissociação do inexistente. São solos profundos e ocorrem em
ácido fosforoso em meio aquoso. Indutor de relevos planos a suave ondulados.
resistência das plantas às doenças através do
estímulo à produção de fitoalexinas. Lei do mínimo: Foi formulada pelo químico alemão
Liebig em 1840 e enfatiza a importância da nutrição
Fotoassimilados: Compostos orgânicos sintetizados balanceada nas culturas. A produtividade das culturas
durante a fotossíntese nas folhas das plantas. é limitada pelo nutriente que estiver em menor
disponibilidade no solo, mesmo que os demais
Fotossíntese: Conversão da energia luminosa em estejam com teores adequados. Pode ser ampliada
energia química nas plantas a partir do dióxido de para os demais fatores de produção, dentre os quais
carbono (CO2) e água (H2O) na presença da clorofila. luminosidade, umidade do solo, pragas, doenças e
Ocorre a produção de compostos orgânicos com uma plantas daninhas.
fórmula genérica [(CH2O)]n e liberação de oxigênio
(O2). Litificação: Conjunto de processos que convertem os
sedimentos em rocha sedimentar consolidada. A
Gesso agrícola: É o sulfato de cálcio dihidratado litificação pode envolver vários processos como a
(CaSO4.2H2O). É utilizado como condicionador do solo desidratação, compactação, cimentação e
e corretivo de sodicidade (produto que promove a laterização.
redução da saturação por sódio no solo). No Brasil, a
maior parte do gesso utilizado na agricultura é um Lixiviação: Perda dos nutrientes da camada
subproduto da produção de ácido fosfórico. superficial para as camadas subsuperficiais pela
Entretanto, é encontrado também na natureza em passagem da água através do solo. Os nutrientes
depósitos sedimentares, na forma monohidratada mais susceptíveis às perdas por lixiviação são os
(CaSO4.H2O), e é denominado de gipsita. aniônicos [nitrato (N-NO3-), sulfato (SO4-2), molibdato,
(MoO4-2)], aqueles sem carga elétrica (ureia e ácido
Humina: Fração insolúvel das substâncias húmicas bórico) e o potássio (K+).
em meio ácido e em meio alcalino. Maior peso
molecular entre as frações das substâncias húmicas. Macronutrientes: São os nutrientes absorvidos em
É a fração mais escura. grandes quantidades pelas plantas na ordem de kg
ha-1. Os macronutrientes são: nitrogênio (N), fósforo
Imobilização: Conversão dos nutrientes de uma (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre
forma química disponíveis às plantas (inorgânica ou (S). Constituem cerca de 99,5% da massa seca das
mineral) para uma forma não disponível (orgânica) plantas.
por sua incorporação nos microrganismos do solo.
Ocorre diminuição na disponibilidade dos nutrientes Matéria orgânica: São os componentes orgânicos do
às plantas. solo nos seus diversos estágios de decomposição
ocorrendo em íntima associação com os

107
9. GLOSSÁRIO

constituintes minerais do solo. É constituída por dois


grupos: as substancias húmicas, que representam de • Critério 3. O elemento químico deve participar
85 a 90% da matéria orgânica total do solo, e as diretamente no metabolismo da planta.
substancias não húmicas, que representam uma
pequena fração da matéria orgânica do solo (10 a De acordo com a quantidade absorvida pelas plantas,
15%). os nutrientes são divididos em dois grupos:
macronutrientes e micronutrientes.
Micronutrientes: São os nutrientes absorvidos em
pequenas quantidades pelas plantas na ordem de g Nutrientes benéficos: São elementos químicos
ha-1. Atualmente, são conhecidos oito importantes para o crescimento e desenvolvimento
micronutrientes: boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro normal das plantas, mas sua falta não é considerada
(Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), níquel (Ni) e fator limitante. Cobalto (Co), selênio (Se), silício (Si) e o
zinco (Zn). Constituem cerca de 0,5% da massa seca sódio (Na) são considerados como nutrientes
das plantas. benéficos às plantas. Por exemplo, o Co é essencial e
necessário à fixação biológica do N2 pelas bactérias
Micronutrientes catiônicos: Micronutrientes com nos nódulos das raízes das leguminosas, bem como
carga positiva (Cu2+, Fe2+, Mn2+, Ni2+ e Zn2+). A calagem para bactérias de vida livre que fixam N2.
reduz a disponibilidade dos micronutrientes
catiônicos às plantas. Os ácidos fúlvicos aumentam a Oxidação: Mudança química em ambientes com
disponibilidade dos micronutrientes às plantas, oxigênio na qual um determinado íon, átomo ou
enquanto os ácidos húmicos formam complexos com molécula perde um ou mais elétrons, ocorrendo
alta estabilidade e podem reduzir a sua aumento nas cargas positivas. Por exemplo, o Fe2+ é
disponibilidade às plantas notadamente o cobre. oxidado a Fe3+ ou o Mn2+ é oxidado a Mn3+ e
posteriormente, a Mn4+.
Mineralização: Conversão dos nutrientes de uma
forma química não disponível às plantas (orgânica) pH: Abreviação de potencial hidrogeniônico. É uma
para uma forma disponível (inorgânica ou mineral). escala usada para medir a acidez ou a alcalinidade
Ocorre aumento na disponibilidade dos nutrientes às dos solos e soluções. O pH abaixo de 7 é ácido e
plantas. São processos mediados por acima de 7 é alcalino. O pH igual a 7 é considerado
microrganismos do solo. neutro.

Nitrogenase: Complexo enzimático redox-ativo que Polióis: São poliácoois, ou seja, são álcoois com duas
hidrolisa ATPs para efetuar a redução do N molecular ou mais hidroxilas (OH-). O sorbitol, manitol e glicol
(N2) à NH3. É constituído por Mo, Fe e S. são exemplos de polióis. As espécies vegetais da
família das rosáceas (macieira, pereira e ameixeira)
Necrose: Tecido foliar morto ou em vias de morrer, sintetizam estes compostos orgânicos que, por sua
indicado pelo seu secamento. vez, complexam o boro, tornando-o móvel no floema.

Nível crítico: É o teor do nutriente no solo ou nas Proteínas: São as macromoléculas mais abundantes
folhas das plantas a partir do qual não ocorre resposta nas células. São formadas por uma sucessão de
a sua aplicação. moléculas menores denominadas de aminoácidos.
Estão relacionadas com o metabolismo da
Nutrientes: São os elementos químicos essenciais à construção celular. São componentes da membrana
vida das plantas. Para serem considerados como plasmática, citoesqueleto dos cromossomos, dentre
nutrientes, os elementos químicos devem atender a outros.
três critérios da essencialidade:
Redução: É o processo inverso da oxidação. Um
• Critério 1. A deficiência do nutriente impede que a determinado íon, átomo ou molécula ganha um ou
planta complete o seu ciclo vital. mais elétrons, ocorrendo diminuição no número de
oxidação. Por exemplo, o Fe3+ é oxidado a Fe2+ ou o
• Critério 2. O elemento químico não pode ser Mn3+ é reduzido a Mn2+.
substituído por outro com propriedades similares.

108
9. GLOSSÁRIO

Redutase do nitrato: Enzima responsável pela Substâncias húmicas: Estágio final da decomposição
redução do nitrato (N-NO3-) à nitrito (N-NO2-). Etapa ou humificação dos resíduos orgânicos do solo e
inicial da conversão do nitrato à compostos orgânicos representam a fração mais ativa da matéria orgânica.
nitrogenados. São os principais responsáveis pelos inúmeros
processos físicos e físico-químicos que ocorrem nos
Saturação por alumínio (m): É a porcentagem da solos. São constituídas por três frações: ácidos
capacidade de troca efetiva do solo (t) ocupada pelo fúlvicos, ácidos húmicos e huminas.
alumínio trocável.
Textura do solo: Proporção relativa das partículas que
m (%) = Al/t x 100 constituem o solo. As partículas são denominadas de
frações granulométricas e são constituídas pela areia,
Saturação por bases (V): É a porcentagem da CTC a silte e argila.
pH 7,0 do solo ocupada por cátions básicos (Ca, Mg, K
e Na). Transporte ou translocação: É o transporte do
nutriente do local de absorção para outro local na
V (%) = SB/CTC x 100 planta. Os nutrientes são móveis no xilema e a
mobilidade no floema das plantas é variável. Há
Senescência: Estádio de desenvolvimento das folhas nutrientes muito móveis (N e K), móveis (P, Mg e Cl),
mais velhas no qual elas secam e desprendem-se dos pouco móveis (S, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn) e imóveis
caules e colmos. (Ca e B).

Solução do solo: É a fase líquida do solo onde estão Xilema: Vaso condutor das plantas responsável pelo
dissolvidos os nutrientes. As plantas absorvem os transporte da seiva bruta (água e minerais) das raízes
nutrientes da solução do solo, sendo repostos pela até o ápice das plantas. É constituído por células
fase sólida. mortas impregnadas por lignina e reforçadas com
celulose. O xilema também é conhecido por lenho.
Soma de bases (SB): É a soma dos teores dos cátions
básicos do solo (Ca2+, Mg2+, K+ e Na+). É expressa em
mmolc dm-3 ou cmolc dm-3.

109
10. LITERATURA CONSULTADA

ABAG- Associação Brasileira do Agronegócio. Disponível em:


<http://www.abag.com.br/media/images/0-futuro-da-soja-nacional---ieag---abag.pdf> Acesso em: 10/01/2016.

BATAGLIA, O.C. Micronutrientes: disponibilidade e interações. In: BORKERT, C.M.; LANTMANN, A.F. Eds. Enxofre e
micronutrientes na agricultura brasileira. Londrina. Anais. p.121-132. 1988.

BARBER, S.A. Soil nutrient bioavailability: a mechanistic approach. 2. ed. New York, John Wiley & Sons, 1995. 414p.

BRASIL SOBRINHO, M.C.O. Levantamento do teor de boro em alguns solos do Estado de São Paulo. Piracicaba,
Escola Superior de Agricultura de Luis Queiroz/USP, 1965. 135p. (Tese de Livre Docência).

BERGERSEN, F.J. Development of root-nodule symbiosis. Formation and function of bacteroids. In: QUISPEL, A. Ed.
The Biology of Nitrogen Fixation. Amsterdan, 1974. p.473-498.

BORKERT, C.M.; YORINORI, J.T.; FERREIRA, B.S.C.; ALMEIDA, A.M.R.; FERREIRA L.P.; SFREDO, G.J. Seja doutor da
sua soja. Arquivo do Agrônomo n° 5. Informações Agronômicas nº 66, p.13. 1994.

CAIRES, E.F. Correção da acidez do solo em sistema plantio direto. Informações Agronômicas. Piracicaba. março
2013.

CAMARGO, O.A. Micronutrientes no solo. In: BORKERT, C.M.; LANTMANN, A.F. Eds. Enxofre e micronutrientes na
agricultura brasileira. Londrina. Anais. p.103-120. 1988.

Caminhos da Soja - Conquistas da Soja no Brasil, Disponível em 10 de junho de 2014 no site:


http://www.valor.com.br/sites/default/files/francisco_turra_06_20131_0.pdf

CINTRA, F.L.D. Caracterização de impedimentos mecânico em Latossolos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1980. 89p. (Tese de mestrado).

COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO - RS/SC. Recomendações de adubação e de calagem para os Estados do Rio
Grande do Sul e Santa Catarina. 3ª ed. Passo Fundo: SBCS-Núcleo Regional Sul, 1995. 223p.

DECHEN, A.R.; NACHTIGALL, G.R. Elementos essenciais e benéficos às plantas superiores. In: FERNANDES, M.S.
Ed. Nutrição mineral de plantas. Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2006. p.1-5.

DECHEN, A.R.; NACHTIGALL, G.R. Micronutrientes. In: FERNANDES, M.S. Ed. Nutrição mineral de plantas. Viçosa,
MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2006. p. 328-354.

Dr. DON M. HUBER. What About Glyphosate-Induced Manganese Deficiency? Disponível em 10 de junho de 2014 no
site: http://www.agweb.com/assets/import/files/58P20-22.pdf

GALRAO, E.Z. Métodos de aplicação de cobre e avaliação da disponibilidade para a soja num Latossolo
Vermelho-Amarelo franco-argilo-arenoso, fase cerrado. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.23, n.2,
p.265-272, 1999.

GALRAO, E.Z. Micronutrientes. In: SOUZA, D.M.G de; LOBATO, E. Eds. Cerrado correção do solo e adubação.
Planaltina, DF. Embrapa Cerrados, 2002. p.185-226.

GOEDERT, W.J.; SOUSA, D.M.G.; LOBATO, E. Fósforo. In: GOEDERT, W.J. Ed. Solos de cerrado. Brasília,
Embrapa-CPAC/Nobel, 1986. p.129-166.

HARMSEN, K.; VLEK, P.L.G. The chemistry of micronutrients in soil. Fertilizer Research, Dordrecht, 7:1-42, 1985.
INSTITUTO DA POTASSA & FOSTATO. Manual internacional de fertilidade do solo, 2ª ed. Piracicaba, Potafos 1998.
177p.

JACKSON, M.L. Análisis químico de suelos. Barcelona, Ediciones Omega, 1976. 662p.

110
10. LITERATURA CONSULTADA

KIEHL, E.J. Manual de edafologia: relações solo-planta. São Paulo. Editora Agronômica Ceres, 1979. 262 p.

KORNDORFER, G.H. Elementos benéficos. In: FERNANDES, M.S. Ed. Nutrição mineral de plantas. Viçosa, MG:
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2006. p. 355-374.

KURIHARA, C.H.; STAUT, L.A.; MAEDA, S. Faixas de suficiência de nutrientes em folhas de soja em Mato Grosso do
Sul e Mato Grosso definidas pelo uso do método do DRIS de diagnose do estado nutricional. In: REUNIÃO DE
PESQUISA DE SOJA DA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL, 30, 2008, Londrina. Resumos... Londrina: Embrapa Soja,
2008 (Embrapa Soja, Documentos , 304).

LINDSAY, W.L. Chemical equilibria in soils. New York, John Wiley, 1979. 449p.

LIU, L.; GE, W.; BESTEL, S.; JONES, D.; SHI, J.; SONG, Y.; CHEN, X. Plant exploitation of the last foragers at Shizitan in
the Middle Yellow River Valley China: Evidence from grinding stones. Journal Archaeol Science. 38:3524-3532, 2011.

LOPES, A.S. Manual de fertilidade de solo. Tradução e adaptação Alfredo Scheid Lopes. São Paulo,
ANDA/POTAFOS, 1989. 153p.

LOPES, A.S. Micronutrientes: Filosofias de aplicação e eficiência agronômica. São Paulo:ANDA, 1999. 72p. Boletim
Técnica, 8).

LOPES, A.S. Solos sob “cerrado”: características, propriedades e manejo. Piracicaba: POTAFOS, 162p.1983.

LOPES, A.S.; CARVALHO, J.G. Micronutrientes: critérios de diagnose para solo e planta. Correção de deficiências e
excessos. In: BORKERT, C.M.; LANTMANN, A.F. Eds. Enxofre e micronutrientes na agricultura brasileira. Londrina.
Anais. p.133-178. 1988.

LOPES, A.S.; GUILHERME, L.R.G.; Solos sob cerrado: manejo da fertilidade para a produção agropecuária. São Paulo:
ANDA, 1994. 62p. (Boletim Técnico, 5)

LOPES, A.S.; WIETHOLTER; GUILHERME, L.R.G.; SILVA, C.A. Sistema plantio direto: bases para o manejo da
fertilidade do solo. São Paulo:ANDA, 2004. 110p.

MAEHLER, A.R.; COSTA, J.A.; PIRES, J.L.F.; RAMBO, L. Qualidade de grãos de duas cultivares de soja em função da
disponibilidade de águas no solo e arranjo de plantas. Ciência Rural, Santa Maria, v.33, n. 2, p. 213-218, 2003.

MALAVOLTA, E. Elementos de nutrição mineral de plantas. São Paulo. Editora Ceres, 1987. 496p.

MALAVOLTA, E. Manual de calagem e adubação das principais culturas. São Paulo. Editora Agronômica Ceres,
2006. 638p.

MALAVOLTA, E. Manual de nutrição mineral de plantas. São Paulo. Editora Agronômica Ceres, 2006. 638p.

MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C.; OLIVEIRA, S.A. Avaliação do estado nutricional das plantas: princípios e aplicações. 2
ed. Piracicaba, POTAFOS, 1997. 319p.

MARTENS, D.C.; WESTERMANN, D.T. Fertilizer applications for correcting micronutrient deficiencies. In:
MORTVEDT, J.J.; COX, F.R.; SCHUMAN, L.M.; WELCH, R.M. Eds. Micronutrients in agriculture. 2 ed. Madison, Soil
Science Society of America, 1991. p. 549-592.

MEUER, E.J. Fatores que influenciam o crescimento e o desenvolvimento das plantas. In: NOVAIS, R.F.; V. ALVAREZ,
V.H.; BARROS, N.F. de; FONTES, R.L.F.; CANTARUTTI, R.B.; NEVES, J.C. L. Fertilidade do solo. Viçosa, MG.: Sociedade
Brasileira de Ciência do Solo, 2007. p. 65-90.

MOREIRA, F.M.S.; SIQUEIRA, J.O. Matéria orgânica. In MOREIRA, F.M.S.; SIQUEIRA, J.O. (Eds.). Microbiologia e
bioquímica do solo. Lavras. Editora UFLA. 2 ed. p.203-261.

111
10. LITERATURA CONSULTADA

NEPTUNE, A.M.L. O Mg como nutriente para as culturas. In; SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVA NA AGRICULTURA,
São Paulo,1984. Anais. São Paulo, MANAH S/A, 1986. 144p.

NOVAIS, R.F.; SMYTH, T.J. Fósforo em solo e planta em condições tropicais. Viçosa. UFV, 1999. 399p.

NOVAIS, R.F.; SMYTH, T,J.; NUNES, F.N. Fósforo. In: NOVAIS, R.F.; ALVAREZ V.; BARROS, N.F de; CANTARUTTI, R.B.;
NEVES, J.C.L. Fertilidade do solo. Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. 2007. p. 472-550.

PAVINATO, P. S.; ROSOLEM, C. A. Disponibilidade de nutrientes no solo - decomposição e liberação de compostos


orgânicos de resíduos vegetais. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.32, p.911-920, 2008.

PIRES, J.L.; COSTA, J.A.; THOMAS, A. L.; MAEHLER, A.R. Efeito de populações e espaçamentos sobre o potencial de
rendimento da soja durante o ontogenia. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 35, n. 8, p. 1541-1547, 2000.

PRADO, R. M. Nutrição de plantas. São Paulo, Editora Unesp. 2008. 407p.

RAIJ, B. van. Fertilidade do solo e adubação. Piracicaba, Agronômica Ceres, Potafós, 1991. 343p.

RAIJ, B. van; CANTARELLA. H.; QUAGGIO, J.A; FURLAN, A,M.G. Eds. Recomendações de adubação e calagem para
o Estado de São Paulo, 2 ed. Campinas: Instituto Agronômico & Fundação IAC, 1997. 285p. (Boletim Técnico nº
100).

RIBEIRO, A.C.; GUIMARAES, P.T.G.; ALVARES V., V.H. Eds. Recomendação para o uso de corretivos e fertilizantes em
Minas Gerais. Viçosa:Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais. 1999. 359p. 5ª aproximação.

RIBEIRO, M.A.V.; FABRES, A.S.; NOVAIS, R.F.; COSTA, L.M. Efeito da compactação do solo e de níveis de fósforo
sobre o crescimento da soja em casa de vegetação. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 20. Belém,
1985. Resumo. Belém. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1985.

RODAK, B. W. Níquel em solos e na cultura da soja. 2014. 101 p. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do
Paraná, Curitiba, 2014.

ROVERS, H.; CAMARGO, O. A.; VALADARES, J. A. S. Níquel total e solúvel e DTPA em solos do Estado de São Paulo.
Revista Brasileira de Ciência do Solo. Campinas. 7: 217-220, 1983.

SARAIVA, L. A. T. Aumento do rendimento de grãos da soja com o manejo de plantas daninhas e espaçamento entre
fileiras. 2004. 78p. Dissertação (Mestrado – Planta de Lavoura). Programa de Pós-graduação em Fitotecnia,
Faculdade de Agronomia, UFRGS, Porto Alegre, 2004.

SFREDO, G.J. Soja no Brasil: calagem adubação e nutrição mineral. Londrina, Embrapa Soja, 2008. 148p.
(Documento 305).

SFREDO, G.J.; KLEPKER, D.; ORTIZ, F.R.; OLIVEIRA NETO, W. de. Enxofre: níveis críticos para a soja, nos solos do
Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 29. 2003. Ribeirão Preto. Solo: alicerce dos sistemas de
produção. Botucatu. UNESP; SBCS, 2003. 1 CD-ROM.

SIQUEIRA, O.J.F.; SCHERER, E.E.; TASSINARI, G.; ANGHINONI, I.; PATELLA, J.F.; TEDESCO, M.J.; MILAN, P.A.;
ERNANI, P.R. Recomendações de adubação e calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Passo Fundo EMBRAPA-CNPT, 1987. 100p.

SOUSA, D.K.G. de; LOBATO, E. (Eds.) Cerrado: correção do solo e adubação. Planaltina: Embrapa Cerrados, 2002.
416p.

SOUSA, D.K.G. de; LOBATO, E.; REIN, T.A. Uso do gesso agrícola nos solos dos Cerrados.
Planaltina:EMBRAPA-CPAC, 1995. 20p. (EMBRAPA-CPAC. Circular Técnica, 32).

112
10. LITERATURA CONSULTADA

SOUSA, D.K.G. de; LOBATO, E. Correção do solo e adubação da cultura da soja. Planaltina:EMBRAPA-CPAC, 1996.
30p. (EMBRAPA-CPAC. Circular Técnica, 33).

SOUSA, D.M.G. de; REIN, T.A.; LOBATO, E.; RITCHEY, D. Sugestões para diagnose e recomendações de gesso em
solos de cerrado. In: SEMINÁRIO SOBRE O USO DE GESSO NA AGRICULTURA, 2., 1992, Uberaba, MG. Anais... São
Paulo: IBRAFOS. 1992. p.138-158.

STEVENSON, F.J. Cycles of soil. New York, John Wiley, 1986. 380p.

STEVENSON, F.J. Humics chemistry. Genesis., composition, reactions. New York, John Wiley, 1982. 443p.

STEVENSON, F.J.; ARDAKANI, M.S. Organic-matter reactions involving micronutrients in soils. In: MORTVEDT, J. J.
GIORDANO, P. M. & LINDSAY, W. L. Micronutrients in agriculture. Madison, Soil Science Society of America. 1972.
p.79-114.

SUZUKI, S.; YUYAMA, M.M.; CAMACHO, S.A. Boletim de Pesquisa de Soja 2006. Fundação de Apoio à Pesquisa
Agropecuária de Mato Grosso - Fundação MT, 2006. 264p.

TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 3ª ed. Porto Alegre. Artmed, 2004. 709p.

TEDESCO, M.J.; GIANELLO, C.; ANGHINONI, J.I.; BISSANI, C.A.; CAMARGO, F.A.O.; WIETHOLTER, ES . Eds. Manual de
adubação e calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 10 ed. Porto Alegre, Sociedade
Brasileira de Ciência do Solo. Comissão de Química e Fertilidade do Solo, 2004. 400p.

VALADÃO, F. C. A.; WEBER, O. L. S.; VALADÃO JUNIOR, D. D.; SCAPINELLI, A.; DEINA, F. R.; BIANCHINI, A. Adubação
fosfatada e compactação do solo: sistema radicular da soja e do milho e atributos físicos do solo. Revista Brasileira
de Ciência do Solo, v.39, p.243-255, 2015.

VENTIMIGLIA, L.A.; COSTA, J.A.; THOMAS, A. L. Potencial de rendimento da soja em razão da disponibilidade de
fósforo no solo e dos espaçamentos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 34, n. 2, p. 195-199, 1999.

VIDOR, C.; PERES, J.R.R. Nutrição das plantas com molibdênio e cobalto. In: In: BORKERT, C.M.; LANTMANN, A.F.
Eds. Enxofre e micronutrientes na agricultura brasileira. Londrina. Anais. 1988. p.179-203.

VITTI, G.C.; LIMA, E.; CICARONE, F. Cálcio, magnésio e enxofre. In: FERNANDES, M.S. Ed. Nutrição mineral de
plantas. Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2006. p. 299-325.

ZANARDO, A.; MARQUES JÚNIOR, J. Conceitos básicos em mineralogia. In: MELO, V. de F.; ALLEONI, L.R.F. Química
e mineralogia do solo – parte I. Conceitos básicos. 1ª ed. Viçosa, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. 2009.
p.73-150.

ZANCANARO, L.; TESSARO, L.C.; HILLESHEIM. J. Adubação fosfatada e potássica da soja no cerrado. Piracicaba,
POTAFOS, Informações Agronômicas, nº 98. p. 1-5, junho 2002.

113
COORDENAÇÃO DO PROJETO

Eder de Paula Guirau


Gerente Técnico Regional

Hizidoro Guilherme Lara


Gerente Técnico Regional

Lucas Boaventura Silva


Gerente Técnico Regional

Luis Fernando Stadler Baizan Fernandes


Gerente Técnico Regional

Maickon Fernando Ribeiro Balator


Gerente de Tecnologia de Aplicação

Marcos Silva
Gerente Técnico Regional

Raphael Bianco Roxo Lima Rodrigues


Assistente Externo de Vendas

Renato Passos Brandão


Gerente Agronômico

Rômulo Fredson Duarte


Gerente Técnico Regional

PROJETO GRÁFICO
Y2&CO
www.y2n.co

114

Você também pode gostar