Ginecologia
Ginecologia
Ginecologia
2024
ABORDAGEM SINDRÔMICA
@casalmedresumos
GINECOLOGIA
SÍNDROMES DE TRANMISSÃO
5
SEXUAL
13 NEOPLASIAS GINECOLÓGICAS
SANGRAMENTOS GINECOLÓGICOS
42
BENIGNOS, DISMENORREIA,
ANTICONCEPÇÃO E CLIMATÉRIO
Diagnóstico:
CRITÉRIOS DE AMSEL (3 dos 4)
(1) Corrimento branco-acinzentado, fino, homogêneo
(2) pH vaginal > 4,5
(3) Teste das aminas (Whiff) positivo
(4) Microscopia direta: clue-cells
Imagem: researchgate.com
Imagem: MSD Manuals
Tratamento:
- MICONAZOL CREME 2% LOCAL 7 NOITES OU
- NISTATINA CREME 100.000UI LOCAL POR 14 NOITES OU
DETALHE: orientar abstinência sexual durante o tratamento para
aumentar a eficácia da medicação.
E NA GRAVIDEZ E PUERPÉRIO?
- TEM QUE TRATAR!
Segundo o MS, o metronidazol pode ser usado!
Ilustrando...
ABAIXO DO ORIFÍCIO EXTERNO: CERVICITE
ACIMA DO ORIFÍCIO INTERNO: DIP
Agentes:
- GONOCOCO E CLAMÍDIA
Fatores de Risco:
- Transmissão sexual (DST clássica)
- Coitarca precoce
Candidíase Tricomoníase Vaginose - IST/DIP prévias
- Parceiro com IST
Clínica/Diagnóstico:
Imagem: sanarmed.com - CORRIMENTO CERVICAL PURULENTO, COLO HIPEREMIADO,
FRIÁVEL, SINUSORRAGIA E DISPAREUNIA.
Tratamento:
- CEFTRIAXONE 500MG IM DU +
- AZITRO 500MG, 2CP VO DU OU
- DOXICICLINA 100MG VO, 2X/DIA, 7 DIAS
Complicação:
- DIP
- Gestantes
- Imunocomprometidos SEMPRE HOSPITALAR!
- Sem melhora após 72h
Esquemas:
Tratamento Ambulatorial:
Imagem: souenfermagem.com.br
- CEFTRIAXONE 500MG IM DU +
4. Doença Inflamatória Pélvica (DIP) - METRONIDAZOL 400-500MG 12/12H VO 14 DIAS +
Qualquer espectro clínico que se manifeste acima do orifício interno, é - DOXICICLINA 100MG VO 12/12H 14 DIAS
considerado como DIP! Ex: endometrite, salpingite...
Tratamento Hospitalar:
- CEFTRIAXONE 1G IV 14 DIAS +
- METRONIDAZOL 400MG IV 12/12H 14 DIAS +
- DOXICICLINA 100MG 12/12H VO 14 DIAS OU
(1) Critérios Menores “sinal de infecção clínica ou laboratorial” - Usuárias de DIU: NÃO HÁ NECESSIDADE DE REMOÇÃO IMEDIATA.
- Febre, leucocitose, VHS/PCR↑, cervicite... Se ausência de melhora com o tratamento, retira, caso há tenham sido
- Comprovação de gonococo, clamídia ou micoplasma feitas 2 doses de ATB (para evitar translocação bacteriana na retirada).
Síndrome de Fitz Hugh Curtis Terciária: GOMAS, TABES DORSALIS, ANEURISMA AÓRTICO,
ARTROPATIA DE CHARCOT
Considerações Finais:
Interpretando a Sorologia:
Múltiplas?
Ñ TREPONÊMICO TREPONÊMICO INTERPRETAÇÃO
- Sim: herpes, cancro mole, donovanose
NEGATIVO NEGATIVO Não é sífilis ou é janela
- Não: sífilis, linfogranuloma imunológica
NEGATIVO POSITIVO Precoce ou curada
Dolorosas?
POSITIVO NEGATIVO Falso-positivo
- Sim: herpes (base limpa), cancro mole (base suja)
POSITIVO POSITIVO Não tratada ou tratada
- Não: sífilis, linfogranuloma, donovanose recentemente
ATENÇÃO!
Adenopatia com fistulização?
NÃO TREPONÊMICO (EX: VDRL)
- Sim: cancro mole (único orifício), linfogranuloma (múltiplos orifícios)
Rastreio e seguimento
- Não: herpes, sífilis, donovanose*
TREPONÊMICO (EX: FTA-ABS)
(*) Não configura adenopatia, na verdade. São os corpúsculos de Donovan. “Tem ou teve sífilis”
Clínica/Diagnóstico:
- PÁPULA/ÚLCERA INDOLOR, ADENOPATIA DOLOROSA QUE
FISTULIZA (MÚLTIPLOS ORIFÍCIOS/“BICO DE REGADOR”)
Tricomoniase METRONIDAZOL
2g VO DU
Resumindo... “ABCM”
A = azitromicina;
B = benzetacil;
Métodos Diagnósticos Possíveis:
C = ceftriaxone
- Esfregaço com coloração de Wright, Giemsa ou Leishman ou
M = metronidazol
Histopatológico: corpúsculos de Donovan (corpos intracelulares com
largas células mononucleares) - PROFILAXIA IST VIRAIS
HIV
Tratamento: ESQUEMA COMBINADO
- AZITROMICINA 500mg 2P VO 1X/SEMAMA 21 DIAS OU ATÉ (até 72 horas) Tenofovir + Lamivudina +
CICATRIZAÇÃO Dolutegravir por 28 dias
- Segunda opção: DOXICICLINA 100MG VO 12/12H 21 DIAS OU ATÉ
CICATRIZAÇÃO Hepatite B VACINAÇÃO: 0, 1 e 6 meses
(deltoide)
(início até 24-48h,
RESUMO PARA A PROVA... IMUNOGLOBULINA 0,06ml/kg:
máximo 14 dias)
Sífilis sem dor sem fistulização some (glúteo)
Cancro mole com dor na úlcera com fistulização no linfonodo
VACINAÇÃO: se 9-45 anos
Linfogranuloma linfonodo fistuliza (bico de regador) HPV para não vacinados
Herpes úlcera dói, mas é limpa; tem vesícula Se 9-14 anos: 2 doses
Donovanose úlcera crônica e indolor Se 14-45 anos: 3 doses
6. Verrugas Genitais (*) Transplante de órgãos sólidos, transplantes MO, oncológicos, PVHIV
Diagnóstico:
Papiloma Vírus Humano (HPV)
CLÍNICO lesões típicas (CONDILOMA ACUMINADO, lesões
Características Gerais: “EXOFÍTICAS”, semelhantes a “crista de galo”)
- DNA VÍRUS (família Papoviridae)
- INFECTA EPITÉLIOS ESCAMOSOS (lesões cutaneomucosas “verrugas
genitais” = CONDILOMA ACUMINADO)
- MAIS DE 200 TIPOS (40 acometem o trato anogenital)
ECTASIA DUCTAL
Amarelo-esverdeado Adensamentos e Cistos
Espesso Conceitos:
PAPILOMA INTRADUCTAL - Fazem parte das ALTERAÇÕES FUNCIONAIS BENIGNAS DAS MAMAS
Sanguinolento (50%) - Acompanhadas de MASTALGIA CÍCLICA (relação com ciclo menstrual)
Serossanguinolento (50%) ADENSAMENTOS: área de endurecimento localizado
CISTOS: etapa involutiva do lóbulo mamário
CARCINOMA
DERRAME PAPILAR: bilateral, multiductal, seroesverdeado. Não
Água de rocha ou sanguinolento
faz parte da tríade. A clássica é mastalgia + adensamentos + cistos.
GRAVIDEZ Diagnóstico:
Sanguinolento/Láctea
- Dor mamária cíclica
MASTITE ANAMNESE
- História de cistos
Purulento
ATENÇÃO! - Inespecífico para a dor
- Espessamentos mamários
Principal causa de derrame papilar: PAPILOMA INTRADUCTAL
- Tumor (benigno) mais nas regiões centrais,
Segunda principal causa: CARCINOMA EXAME FÍSICO móvel, firme-elástico, indolor
Diagnóstico: - Descarga papilar seroesverdeada,
multiductal, bilateral
Uso de fármacos?
ANAMNESE (ex: plasil, ranitidina, neurolépticos, ACO, etc)
CISTOS
Risco para CA de mama? Anecoico
Bem delimitado
Lateral > vertical
É realmente um derrame?
É espontâneo ou provocado? REFORÇO acústico posterior
Qual a coloração? Cápsula ecogênica
EXAME FÍSICO Sombra lateral
Pesquisar características
Identificar o ponto de gatilho USG DAS MAMAS
Há nódulo palpável?
Complementar à MMG
USG DAS MAMAS Imagem: drpixel.fcm.unicamp.br
Indicada em jovens (< 40 anos)
A RESSONÂNCIA é excelente alternativa,
apesar do alto custo e ↓disponibilidade
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
Tratamento:
Indicações: complementar a investigação em
RESSONÂNCIA
MASTALGIA CÍCLICA pacientes com prótese mamária, múltiplas
- ORIENTAR/TRANQUILIZAR: excluir câncer, medicar o mínimo, sustentação cirurgias prévias, BIRADS 0, jovens com alto
adequada risco de câncer...
ADENSAMENTO Desvantagens: não mostra lesões < 2mm ou
- ACOMPANHAR: excluir câncer (exame de imagem, normalmente USG), não microcalcificação... Não é rastreio de câncer!
requer tratamento
CISTOS No caso da avaliação de nódulos palpáveis:
- EXPECTANTE! É DIAGNÓSTICA!
- PAAF TERAPÊUTICA: se dor associada, macrocistos
- CIRURGIA: se > 2 recidivas, PAAF com saída de material sanguinolento, No caso de lesões subclínicas:
massa residual após PAAF, nódulo sólido RASTREAMENTO!
Regulares Irregulares
CONTORNO/MARGENS
Definidas Indefinidas
Sanguinolento ou
DERRAME PAPILAR - água de rocha
-
Retração da pele
OUTROS
e/ou papilar
Invasão de pele ou
Mediolateral Oblíqua Craniocaudal
da parede torácica
Diagnóstico:
ANAMNESE Identificar fatores de risco Classificação de BIRADS
Imagem: vitalimagem.com.br
Core biopsy é mais fácil de se realizar e mais disponível. A mamotomia é mais cara, TUMOR FILOIDES
menos disponível, tem risco de complicação de pneumotórax, mas tem a vantagem de - Pacientes 30-50 anos
obter um fragmento maior da lesão. - CRESCIMENTO RÁPIDO
Imagem: UNIFESP
- RECORRÊNCIA LOCAL
CIRÚRGICA (padrão-ouro) - Parece fibroadenoma que cresce rápido: tem que fazer biópsia para
Se ausência de Core Biopsy/Mamotomia ou biópsia ambulatorial negativa com confirmar que é tumor filoides!
alta suspeita de câncer... - Conduta: RESSECÇÃO COM MARGEM CIRÚRGICA
- Histopatológico: ESTREOMA HIPERCELULAR
INCISIONAL:
Retira PARTE do tumor
ESTEATONECROSE
Útil para lesões MAIORES
- Nódulo APÓS TRAUMA (trauma recente e em mulher jovem!).
EXCISIONAL: Desaparece sozinho
Retira TODO o tumor - Mais comum em MAMAS VOLUMOSAS
Útil para lesões MENORES
Também é o método de escolha para CISTO SUSPEITO PAPILOMA INTRADUCTAL
- Paciente 30-50 anos
- Derrame papilar
E como funciona a biópsia de lesões sanguinolento (50%) ou
não palpáveis na ausência de serossanguinolento (50%)
mamotomia? - Nódulo ÚNICO
- Utiliza-se o FIO DE KOPANS para - Incisão justa ou peri-
MARCAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA POR areolar
ESTEROTAXIA. Pode ser útil nos - Conduta: EXÉRESE DO
casos de microcalcificações em que a DUCTO ACOMETIDO
Imagens: pt.wikipedia.org
Imagem: FEBRASGO
mamotomia não está disponível.
Conduta:
EXPECTANTE (!)
Bilateral Unilateral
LOCALIZAÇÃO Difusa Localizada
Pode ser bilateral
(ex: atletas)
Peso Queimação
TIPO
Hipersensibilidade Pontada
NEVRALGIA INTERCOSTAL
CONTRATURA MUSCULAR
Câncer de Mama
Definição:
- Proliferação maligna das
células epiteliais que
margeiam os ductos ou
lóbulos mamários
MMG é o melhor exame para rastreamento,
História Natural: Rastreamento:
inclusive para usuárias de prótese!
- A MAIORIA obedece a seguinte sequência:
Antes de começar...
Epitélio normal Hiperplasia epitelial típica Hiperplasia
POPULAÇÃO DE ALTO RISCO
epitelial atípica Carcinoma intraductal (ou ductal in situ) ou
intralobular (ou lobular in situ) Carcinoma invasor Parente de 1º grau com história de CA de mama antes dos 50 anos
Parente de 1º grau com história de CA de ovário ou CA de mama bilateral
Segundo a maioria das fontes, a lesão PRECURSORA do câncer de mama é o Parente masculino com história de CA de mama
carcinoma INTRADUCTAL/DUCTAL in situ. A lesão INTRALOBULAR/LOBULAR IN Lesões atípicas ou CA lobular in situ
SITU, seria um MARCADOR DE RISCO. Entretanto, algumas fontes também Mutações BRCA1 e BRCA2
consideram o intralobular como lesão precursora. Radioterapia entre 10-30 anos de idade
Fatores de Risco:
MUITO IMPORTANTE SABER EM ONCOLOGIA GINECOLÓGICA! Ministério da Saúde
LESÕES DE RISCO ** Se > 70 anos: pode prolongar o rastreamento, mas deve-se levar
Hiperplasia ductal atípica em consideração APENAS pacientes com expectativa de vida maior
Hiperplasia lobular atípica que 7 anos que podem ser submetidas a tratamento de câncer,
Carcinoma lobular in situ
considerando suas comorbidades.
OBSERVAÇÃO
- População de alto risco: MMG ANTES DOS 40 ANOS
Todos (exceto CA in situ, hiperplasia atípica e sexo feminino) também valem
para CA de ovário! Para as pacientes com alto risco para câncer de mama, recomenda-se
estratégia de rastreamento individualizada para cada uma em
NÃO CONSTITUEM FATORES DE RISCO PEGADINHAS DE PROVA!
consulta com seu especialista. O benefício esperado deve sempre ser pesado
Ectasia ductal Hamartoma contra os riscos envolvidos, lembrando que a mama jovem pode ser mais
Fibroadenoma Adenoma não esclerosante sensível ao efeito carcinogênico da radiação. Lembrar também que em mamas
densas, mais comuns nessa faixa etária, não só a sensibilidade da mamografia
AFBM/Cistos Metaplasia apócrina/escamosa
está diminuída, como a dose de radiação dispensada pelo mamógrafo é maior.
Fibrose Mastite
Panorama Geral
Tipos Histológicos:
- Lesões precursoras: ductal e lobular in situ
- Ductal infiltrante: tipo invasor + comum (prognóstico melhor).
- Lobular infiltrante: bilateral e multicêntrico (prognóstico pior).
- CA inflamatório: pior prognóstico, metastização precoce, localmente
avançado (‘invade pele’ ‘casca de laranja’).
- Doença de Paget: unilateral, evolução lenta, destrói papila, ausência
de prurido, não responde a CTC, evolução centrífuga. Diagnóstico com
biópsia (glândula mamária + PELE). É importante diferenciar com eczema!
Radical/Mastectomia
Imagem: pesquisaclinica.roche.com.br
QT Neoadjuvante
Quando?
- FEITA ANTES DA CIRURGIA PARA REDUZIR O TUMOR (> 5-6CM)
- TUMOR LOCALMENTE AVANÇADO
- SE FIZER, NÃO PRECISA QT ADJUVANTE DEPOIS.
ATENÇÃO!
Imagem: A.D.A.M
NA NEOPLASIA DE MAMA, GERALMENTE NÃO SE FAZ QT
BIÓPSIA DE LINFONODO SENTINELA NEOADJUVANTE + QT ADJUVANTE. OU É UMA, OU É OUTRA!
Primeiro linfonodo a drenar a região tumoral
RT Adjuvante
SE NEGATIVO: EVITA DISSECÇÃO AXILAR RADICAL
Quando?
NÃO PRECISA FAZER SE LINFONODO PALPÁVEL OU TUMOR
- SE FIZER, FAZER APÓS A QT!
LOCALMENTE AVANÇADO
- APÓS CIRURGIA CONSERVADORA
- TUMORES > 4CM
ATENÇÃO!
SE LINFONODO SENTINELA POSITIVO, MAS SOMENTE COM 2 LINFONODOS, Hormonioterapia
EXISTE UMA TENDÊNCIA A EVITAR O ESVAZIAMENTO CLÁSSICO.
- SE FIZER, FAZER APÓS A QT! Se fizer antes, é deletério!
ESVAZIAMENTO AXILAR RADICAL - NÃO TER RECEPTOR HORMONAL = MAU PROGNÓSTICO!
Não existe células em anel de sinete no ovário! Se encontrar, só pode ser Quando?
metástase... > IC ou tumor indiferenciado (G3)
É para quase todo mundo... Geralmente descobrimos em fase mais tardia,
6. Estadiamento/Tratamento dos Tumores de Ovários
visto que não há rastreamento para a população geral! Você só não faria para
Estadiamento: IA e IB; e G2 (moderadamente diferenciado) e G1 (bem diferenciado). Difícil
acontecer!
IA: Apenas em um ovário
IB: Bilateral Organizando o tratamento...
IC: Cápsula rota ou Citologia positiva (1) CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA (VLSC/ROBÓTICA) OU
II: pelve LAPAROTOMIA EXPLORADORA
III: abdome (2) CITOLOGIA PERITONEAL (de lavado ou líquido ascítico)
IV: metástase for a do abdome
(3) AVALIAÇÃO DA PELVE
Já adiantando... Em casos de tumores bem diferenciados (IA/IB/G1/G2) e idade Se radical: histerectomia total e salpingooforectomia bilateral
fértil, podemos avaliar salpingooforectomia unilateral, preservando outro o Se conservador: salpingooforectomia unilateral
outro ovário para reprodução!
(4) AVALIAÇÃO DO ABDOME
Disseminação: Biópsias peritoneais e exérese de implantes
- TRANSCELÔMICA (principal) e LINFÁTICA Omentectomia infracólica
Disseminação em ginecologia é principalmente LINFÁTICA, exceto o ovário, que
(5) AVALIAÇÃO DE LINFONODOS PÉLVICOS E PARA-AÓRTICOS
tem disseminação principalmente transcelômica!
Linfadenectomia pélvica: rotina
Tratamento: Linfadenectomia paraórtica: somente se biópsia de
CISTO FUNCIONAL congelação de linfonodos pélvicos for positiva. Alguns
A MAIORIA REGRIDE, COM OU SEM ANTICONCEPCIONAL. serviços, entretanto, também recomendam de rotina.
Polêmico na literatura.
O ACO previne a formação de novos cistos funcionais, mas não promove a
regressão do já existente. (6) QT ADJUVANTE:
Se > IC ou tumor indiferenciado (G3)
Se persistir após 6-8 semanas, podemos optar por manter
observação ou por fazer LAPAROSCOPIA + BIÓPSIA DE LEMBRE!
CONGELAÇÃO DA PEÇA EM SALA CIRÚRGICA. Se jovem IA/IB/GI (bem diferenciado): avaliar salpingo-ooforectomia
UNILATERAL para preservar função reprodutiva!
PROVAVELMENTE BENIGNA (TERATOMA/ADENOMA...)
Parte direto para LAPAROSCOPIA + BIÓPSIA DE CONGELAÇÃO.
Prevenção Primária:
CONDOM + VACINA*
(*) VACINA ANTI-HPV
VLP’s (Vírus-Like Particles partículas semelhantes a vírus)
BIVALENTE QUADRIVALENTE
NONAVALENTE
HPV: 6/11/16/18 + 31/33/45/52/58 disponível somente na rede
PARTICULAR!
Meninos e Meninas 9-14 anos: 2 doses
Meninos e Meninas > 15 anos: 3 doses
Após os 45 anos: somente com prescrição médica
Imagens: mdsaude.com (*) Transplante de órgãos sólidos, transplantes MO, oncológicos, PVHIV
- JEC: junção escamo-colunar aqui pode haver o COMO TRATAR O CONDILOMA ACUMINADO (HPV 6/11)?
processo de METAPLASIA ESCAMOSA (é (1) ELETROCAUTÉRIO (LASER): se lesões EXTENSAS
fisiológico = epitélio escamoso “cobrindo” o epitélio (2) ÁCIDO TRICOLOROACÉTICO: se lesões PEQUENAS. Boa alternativa em
colunar, gerando o aparecimento dos CISTOS DE GESTANTES (não pode podofilina questão clássica de prova)
NABOTH, que também são fisiológicos) (3) IMUNOMODULADORES: alternativa para tratamento DOMICILIAR
Prevenção Secundária:
- Ectocérvice: predomínio do epitélio ESCAMOSO
(1º) Anamnese + Exame Físico + COLPOCITOLOGIA
(2º) COLPOSCOPIA
Normal Cistos de Naboth
(3º) BIÓPSIA DIRIGIDA + ESTUDO HISTOPATOLÓGICO
CLÍNICA
- LIE/iniciais: ASSINTOMÁTICOS/SINUSIORRAGIA
- Estágios avançados: DOR, CORRIMENTO FÉTIDO, SUA (metrorragia)
- 1x/ano e após 2 negativos passa a colher a cada 3 anos ACETOBRANCA PONTILHADO M.GROSSEIRO V. ATÍPICOS
Conceitos Iniciais:
Lesão de Alto - Representa 4% das neoplasias
NIV Diferenciada Grau (NIV Tipo malignas do trato genital inferior
- É a 4ª neoplasia ginecológica mais
prevalente
Carcinoma Bem Carcinoma - A maioria acomete a pele dos
Diferenciado Indiferenciado lábios
- O acometimento de clitóris e
Perceba que a NIV “diferenciada” nada tem a ver com a infecção por HPV! glândulas vestibulares é raro
Imagem: dedicae.com.br
Quando se trata deste vírus, estamos nos referindo a NIV do tipo usual e
carcinoma “indiferenciado”. Tipos Histológicos:
Classificação das NIV: - Carcinoma ESCAMOSO: 90%
NIV ESCAMOSA NIV NÃO ESCAMOSA - Melanoma: 2-4%
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-OVÁRIO
HIPOTÁLAMO: GNRH* Divisão do Ciclo:
HIPÓFISE: FSH/LH (gonadotrofinas) Ciclo Ovariano
OVÁRIO: estrogênio/progesterona Eventos: FOLICULOGÊNESE + ESTEROIDOGÊNESE
ÚTERO: proliferação, secreção e menstruação
FOLICULOGÊNESE
(*) A secreção de GnRH é PULSÁTIL (varia com frequência e amplitude)
Imagem: stodocu.com
ESTEROIDOGÊNESE
- Alta frequência e baixa amplitude: FSH (1ª fase/antes da ovulação) TEORIA DAS 2 CÉLULAS-2 GONADOTROFINAS
- Baixa frequência e alta amplitude: LH (2ª fase/depois da ovulação)
Imagem: draduzanavieira.med.br
Ovários:
- Células da TECA: androgênios
- Células da GRANULOSA: estrogênio e inibina B na fase folicular;
progesterona e inibina A na fase lútea
FASE FOLICULAR
- Vai do recrutamento (1º DIA) à ovulação
- ↑FSH ↑ESTROGÊNIO ↑INIBINA B
- O aumento do FSH já ocorre no final do ciclo anterior com a regressão
do corpo lúteo
- Seleção do folículo dominante (mais receptores de FSH)
FASE SECRETORA
- Via PROGESTERONA
Inicial: glândulas ainda mais alongadas, bem diferenciadas
Tardia: glândulas mais longas, tortuosas, dilatadas,
glicogênio na superfície
FASE MENSTRUAL
- Descamação do endométrio
MAMA
- Fase folicular (via estrogênio): sem alterações aparentes
- Fase lútea (via progesterona): HIPERTROFIA DOS LÓBULOS (pode
haver mastalgia por congestão)
Muco Filante
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
2. Síndrome Pré-Menstrual e Síndrome Disfórica Pré-Menstrual
Várias mulheres apresentam sintoma físicos, psicológicos e cognitivos,
caracteristicamente antes do ciclo pré-menstrual!
Conceitos Iniciais:
- SPM: 3-8%
Sintomas LEVES-MODERADOS
Poucos dias antes do fluxo menstrual (7-10 dias)
Menor interferência na vida cotidiana
- SDPM: 2%
Sintomas MAIS INTENSOS
Duram aproximadamente 14 dias
Cessam a partir do primeiro dia do ciclo
Extremo MAIS GRAVE E INCAPACITANTE dos
transtornos menstruais
Fisiopatologia:
- ETIOLOGIA MULTIFATORIAL através da INTERAÇÃO entre:
Estrogênio e progesterona
Beta-endofrina
Prostaglandinas
Sistema nervoso autônomo
Serotonina
GABA
Muita coisa ainda não foi desvendada pela literatura!
EXAMES COMPLEMENTARES
URINA EAS: pesquisa de cálculos, neoplasias, corpo estranho
UROCULTURA: pesquisa de infecções
β M
TESTE DO COTONETE (da uretra até JUV): > 30º entre
repouso e esforço
USGTV: deslocamento do colo vesical > 10mm em relação a
borda INFERIOR da sínfise púbica
CISTOSCOPIA: (pedir se > 50 anos, irritação súbita,
α hematúria = pensar em CA de bexiga)
URODINÂMICA: quando pedir?
IUE sem perda no exame físico
Antes de cirurgia para resolução do quadro de
RECEPTORES Vesicais: incontinência
Imagem: eumedicoresidente.com.br
- ADRENÉRGICOS: alfa e beta Prolapso vaginal anterior
- COLINÉRGICOS: muscarínicos IU mista
Falha no tratamento clínico
ENCHIMENTO Vesical:
- Simpático: ativo COMO FUNCIONA A URODINÂMICA?
- Alfa: contração esfincteriana Existem 3 fases importantes
Beta: relaxamento do detrusor (1) UROFLUXOMETRIA: avalia o fluxo livre/esvaziamento inicial
Parassimpático: inativo
(2) CISTOMETRIA: avalia a fase de enchimento (atividade do detrusor)
ESVAZIAMENTO Vesical:
NÃO PODE HAVER:
- Simpático: inativo
Perda de urina
- Parassimpático: ativo
Dor
M2/M3: contração do detrusor
Contração do detrusor
Simpático = Segura urina (3) ESTUDO MICCIONAL: avalia a fase de esvaziamento final
Parassimpático = Perde urina
Fatores de Risco:
- ↑Idade
- ↓Estrogênio
- Obesidade
- Doenças crônicas: DPOC, DM, AVC, trauma raquimedular
- Cirurgias prévias: urológicas e oncológicas
- História obstétrica: parto normal > cesariana
- História ginecológica: status hormonal (pós-menopausa)
Quadro Clínico:
INCONTINÊNCIA DE ESFORÇO
P DETRUSOR = P VESICAL – P ABDOMINAL
Tosse, espirro, ao levantar...
Perda SINCRÔNICA aos esforços ATENÇÃO! A pressão do detrusor é igual a diferença entre a pressão
vesical e a pressão abdominal! Na IUE, não há contração do detrusor!
BEXIGA HIPERATIVA
Urgência, polaciúria, nictúria IU DE ESFORÇO
Desejo incontrolável Pode ocorrer por hipermobilidade do colo vesical ou por defeito
esfincteriano! Conseguimos diferenciar através da urodinâmica através da PPE
PERDA INSENSÍVEL FÍSTULA (VESICO OU URETEROVAGINAL) (pressão de perda ao esforço)
“Corrimento que não melhora com nada” Hipermobilidade vesical ou defeito esfincteriano?
Perda contínua para vagina - HIPERMOBILIDADE VESICAL: PPE > 90CMH2O
História de cirurgia pélvica (Wertheim-Meigs), radioterapia - DEFEITO ESFINCTERIANO: PPE < 60CMH2O
Cistoscopia (bexiga) ou urografia (ureter)
PRESSÃO ABDOMINAL
TRANSBORDAMENTO
Lesões neurológicas (parkinsonismo, trauma raquimedular, PRESSÃO VESICAL
deficiência B12), DM
PRESSÃO DETRUSORA
Bexigoma
Fístula Vesicovaginal
Comunicação anormal entre a bexiga e a vagina
- NÃO COMPLICADA (PÓS-CIRURGIA OU PÓS-TRAUMA): pós-histerectomia,
correção de prolapso, correção de incontinência, biópsia vesical ou vaginal,
trauma penetrante, fratura de bacia
- COMPLEXA (PÓS-PARTO, PÓS-RT OU PÓS-CA AVANÇADO): cirurgia
Imagem: ccmurology.com obstétrica isquêmica, CA pélvico avançado
- CLÍNICA: DRENAGEM CONTÍNUA DE URINA PELA VAGINA (imediata ou até 3
BEXIGA HIPERATIVA semanas de pós-operatório). SE PÓS-RT: pode ocorrer meses ou anos pós-
término. Perda contínua de urina, com maior fluxo, dificilmente a paciente
“Síndrome de urgência ou urgeincontinência”
consegue urinar por conta própria.
- Corresponde a contrações não inibidas/involuntárias do detrusor!
- DIAGNÓSTICO: acúmulo de urina na vagina no exame especular,
- O diagnóstico de bexiga hiperativa é clínico!
CISTOSCOPIA está sempre indicada (uso do corante de azul de metileno ou
- A hiperatividade do detrusor é laudo urodinâmico! índigo carmim podem ser usados para auxiliar); urografia excretora para
avaliação do trato urinário superior, visto que +/- 12% têm associação com
lesão de ureter; TC ou RNM devem ser individualizadas.
COMO DIFERENCIAR DA FÍSTULA URETEROVAGINAL? CATETER TRANSURETRAL
COM CORANTE + EXAME ESPECULAR COM INSERÇÃO DE TAMPÃO VAGINAL E
AVALIAÇÃO DA COLORAÇÃO DESSE TAMPÃO. SE COROU: FÍSTULA VESICOVAGINAL
SE NÃO COROU: FÍSTULA URETEROVAGINAL
TRATAMENTO:
- INICIAL: CATETERISMO VESICAL por 3-4 semanas e observar
Como tratar?
FECHAMENTO ESPONTÂNEO (!!!). SE NÃO FECHAR...
- O tratamento SEMPRE É CLÍNICO!
- FÍSTULA PEQUENA E NÃO COMPLICADA: FULGURAÇÃO ou ABORDAGEM
- Medidas gerais: redução do peso, cafeína e fumo; cinesioterapia (alguns
CIRÚRGICA TARDIA POR VIA VAGINAL OU ABDOMINAL (3-6 meses) no intuito
autores falam que é melhor que o tratamento farmacológico) e
de reduzir edema e facilitar a identificação.
eletroestimulação - FÍSTULA > 2CM E COMPLICADA OU ALTA: ABORDAGEM CIRÚRGICA POR VIA
- Medicamentos: ANTICOLINÉRGICOS (OXIBUTININA, TOLTERODINA, ABDOMINAL
darifenacina, solifenacina) Síndrome da Bexiga Dolorosa (ou Cistite Intersticial)
CONTRAINDICAÇÕES AOS ANTICOLINÉRGICOS: arritmias, glaucoma de
ângulo fechado, gestação/lactação - Urgência e polaciúria + DOR à distensão vesical que ALIVIA AO URINAR.
- Opções: mirabegrona (agonista beta-3-adrenérgico), imipramina Pode ser causa de DOR PÉLVICA CRÔNICA (> 6 meses). A MAIORIA DOS
PACIENTES tem entre 40-60 ANOS. A FISIOPATOLOGIA é POUCO
ATENÇÃO! A cirurgia de Kelly-Kennedy NÃO É uma boa opção (cura: 40%) CONHECIDA, mas o DEFEITO NA CAMADA DE
Passando a régua no tratamento... GLICOSAMINOGLICANOS é a teoria mais aceita. A CISTOSCOPIA é
IU DE ESFORÇO fundamental e pode evidenciar GLOMERAÇÕES OU ÚLCERA DE HUNNER
após instilar soro. Em casos de maior gravidade, a manobra de
Redução de peso
CONSERVADOR Fisioterapia (Kegel, biofeedback)
HIDRODISTENSÃO na cistoscopia (enchimento 70 e 100cmH2O/2 mi) facilita
a visualização de glomerações e úlceras. O diagnóstico é de EXCLUSÃO (sem
Duloxetina (ISRS): não é 1ª linha ITU, sem hiperatividade do detrusor) e o TRATAMENTO envolve a sequência:
FARMACOLÓGICO Agonistas alfa-adrenérgicos: ↑risco de AVE
dieta, MEV, treinamento vesical > AMITRIPTILINA 50mg/noite (cimetidina
Hipermobilidade vesical: SLING 400mg 2x/dia é opção) > MEDICAÇÕES INTRAVESICAIS (DMSO, HEPARINA,
CIRÚRGICO Defeito esfincteriano: SLING (TVT/TOT) LIDOCAÍNA, ÁCIDO HIALURÔNICO, OXIBUTININA OU PENTOSANO
Preferência pela técnica RETROPÚBICA
POLISSULFATO INTRAVESICAL [PPO]) > TRATAMENTO CIRÚRGICO
Conceitos:
DISTOPIA É DIFERENTE DE PROLAPSO!
Distopia: deslocamento de um órgão de sua posição ou local habitual
Prolapso: descenso da parede vaginal anterior e/ou posterior e/ou
do ápice vaginal
Anatomia:
NÍVEIS DE DELANCEY
SACRO
PÚBIS
APARELHO DE SUSPENSÃO
LIGAMENTOS
Imagens: Netter
- Anteriores: pubovesicouterinos
Fisiopatologia:
- Laterais: cardinais ou paramétrios
- DESEQUILÍBRIO entre a integridade das estruturas de suspensão e
- Posteriores: uterossacros
sustentação
Suspensão: por situações que geram aumento da pressão
RETINÁCULO PERIUTERINO DE MARTIN
intra-abdominal
Sustentação: por alterações congênitas
APARELHO DE SUSTENTAÇÃO Imagens: Netter
MÚSCULOS Fatores de Risco:
- DIAFRAGMA PÉLVICO: ELevador do ânus (ileococcígeo, pubococcígeo e - MULTIPARIDADE
puborretal) e coccígeo
- ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS: parto vaginal, fórcipe, período
expulsivo prolongado...
- IDADE > 60 ANOS
- HISTÓRIA FAMILIAR
- RAÇA BRANCA
- ANOMALIAS CONGÊNITAS: espinha bífida e agenesia sacrococcígea
- OBESIDADE
- AUMENTO CRÔNICO DA PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL: DPOC,
constipação intestinal...
- DEFEITOS QUALITATIVOS DO COLÁGENO: síndrome de Ehlers-
Danlos, Marfan...
- ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS: trauma raquimedular, neuropatia
diabética, etc.
- ROTURA PERINEAL
- ENFRAQUECIMENTO DOS LIGAMENTOS CARDINAIS
- DIAFRAGMA UROGENITAL: transverso superficial e profundo do - RETROVERSÃO E MEDIOVERSÃO UTERINAS: elevação crônica da
períneo, esfíncter uretral, esfíncter anal, isquiocavernoso e pressão intra-abdominal
bulbocavernoso
- FÁSCIA ENDOPÉLVICA
Classificação POP-Q:
Olhar sempre para as letras MINÚSCULAS!
- Aa e Ba: parede anterior
- Ap e Bp: parede posterior
- C: colo ou cúpula (considerar cúpula se histerectomizada)
- D: fundo de saco de Douglas (inexistente em histerectomizadas) Tratamento: Imagens: doulabrasil.com.br
→ Atraso menstrual:
- Não atinge o limite temporal citado acima
Relevância Clínica
Imagens: Adobe Stock
- Sinal de atraso ou falha no desenvolvimento feminino ou no (*) HÍMEN IMPERFURADO
funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-ovário. ▪ Caracteres sexuais secundários bem desenvolvidos
▪ Não menstrua, mas apresenta as cólicas menstruais
- Sintomas de várias entidades clínicas possíveis
Compartimentos:
IV Hipotálamo GnRH
III Hipófise anterior FSH/LH
II Ovários Estrogênio e progesterona
I Uterovaginal -
Amenorreia Primária
Aspectos Principais:
SEMPRE OBSERVAR Imagens: dreamstime.com
- PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS
(mamas desenvolvidas) Amenorreia Secundária
- PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE ÚTERO Investigação:
- NÍVEIS DE FSH 1º ANAMNESE + EXAME FÍSICO + DESCARTAR GESTAÇÃO (β-HCG)
Investigação: Anamnese: idade, história patológica pregressa e familiar, atraso
menstrual, regularidade do ciclo, manipulação uterina, uso de
1º ANAMNESE + EXAME FÍSICO medicamentos, sinais e sintomas (neurológicos, de
hipoestrogenismo)
Anamnese: idade, história patológica pregressa (comorbidades, uso de
medicações), relações sexuais (gravidez, dispareunia)
Exame físico: altura, peso, IMC, hirsutismo, acne, fácies, galactorreia,
caracteres sexuais secundários, vulva/vagina, colo/útero/anexos
Exame físico: altura, peso, hirsutismo, acne, fácies, caracteres sexuais
secundários, vulva/vagina, colo/útero/anexos
2º TSH + PROLACTINA
2º DOSAGEM DE FSH OU AVALIAÇÃO UTEROVAGINAL Descartar hipotireoidismo/hiperprolactinemia*
CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS PRESENTES? (*) Hiperprolactinemia
Causas:
Não: problema em ovário, hipotálamo ou hipófise. DOSAR FSH!
▪ ADENOMAS: diagnóstico com RNM DE SELA TÚRCICA. O
▪ Se elevado: disgenesia gonadal = pedir CARIÓTIPO! tratamento inicial (independente se macro ou microprolactinoma) é
▪ Se diminuído: RNM/TC ou TESTE DO GNRH para ver se é clínico (agonista dopaminérgico [CABERGOLINA OU
problema em hipófise ou hipotálamo (ex: síndrome de BROMOCRIPTINA]). A cabergolina é mais usada pela comodidade
Kallman) posológica e menos efeitos colaterais. Bromocriptina gera muito
✓ Com resposta: causa HIPOTALÂMICA efeito colateral gástrico.
✓ Sem resposta: causa HIPOFISÁRIA
▪ MEDICAMENTOSA: metoclopramida, neurolépticos, tricícilos,
Sim: ovário, hipotálamo e hipófise normais = fazer AVALIAÇÃO ranitidina, ACO...
UTEROVAGINAL!
▪ OUTRAS: gravidez, lactação, estimulação tátil, lesão torácica
▪ Vagina ausente ou curta: CARIÓTIPO + USG/RNM PELVE
(queimadura extensa), insuficiência renal, Cushing, hipotireoidismo,
(ex: Morris e Rokitansky)
cirrose, insuficiência renal, radioterapia, estresse...
▪ Vagina normal: TESTES DIAGNÓSTICOS
(ex: hímen imperfurado, septo vaginal transverso... Causas
obstrutivas). A investigação se torna semelhante as causas 2ªs!
Causas de Amenorreia:
PRIMÁRIA
▪ Disgenesias gonadais (50%)
▪ Hipogonadismo de causa hipotalâmica (20%)
▪ Ausência de útero, cérvice ou vagina (15%)
▪ Septo vaginal ou hímen imperfurado (5%)
▪ Doença hipofisária (5%)
SECUNDÁRIA
▪ Causas ovarianas (40%)
▪ Causas hipotalâmicas (35%)
▪ Causas hipofisárias (19%)
▪ Causas uterinas (5%)
SÍNDROME DE ASHERMAN
▪ Lesão endometrial pós procedimento.
▪ Tratar com histeroscopia para desfazer as sinéquias.
Imagem: satjotfertility.com
Introdução:
- ENDOCRINOPATIA MAIS COMUM DA MULHER: 5-10%
- PRINCIPAL CAUSA DE HIPERANDROGENISMO DAS MULHERES: 80%
- 90% das pacientes que tem ciclos irregulares tem SOP
- 30-40% das mulheres inférteis tem SOP
- Associa-se com resistência insulínica em +/- 50% dos casos
Fisiopatologia:
HETEROGENEIDADE DE MECANISMOS!
HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA ▪ AUMENTO DA AMPLITUDE DOS PULSOS DE LH
▪ Principal causa de genitália ambígua na mulher ▪ HIPERINSULINEMIA E RESISTÊNCIA INSULÍNICA
▪ Masculinização da genitália (pseudo-hermafroditismo ▪ DESREGULAÇÃO NO CITOCROMO P450C17: aumento de
feminino). androstenediona e testosterona
▪ Principal causa: deficiência de 21-hidroxilase, cursando com ▪ ↓SHBG E ↓IGFBP-I: aumento de testosterona livre,
↑17-OH progesterona e ↑androgênios estrogênios e IGF-I
SHBG (proteína transportadora de hormônio sexual) está DIMINUÍDA,
Clássico em prova...
permitindo que a fração livre desses hormônios aja de forma exacerbada!
(*) SÍNDROME DE MAYER-ROKTANSKY-KUSTER-HAUSER (MRKH)
- Agenesia Mulleriana. Cariótipo 46XX (feminino) ↑LH, HIPERINSULINEMIA, ↑ANDROGÊNIOS = ESTEROIDOGÊNESE
- Clínica: amenorreia primária COM CARACTERES SEXUAIS ANÔMALA
SECUNDÁRIOS, sem útero, vagina curta e PELOS NORMAIS ▪ ↑Produção ovariana de androgênios
- Tem ovários normais ▪ Ambiente HIPERANDROGÊNICO
▪ Ausência de folículo dominante > atresia folicular >
(*) SÍNDROME DA INSENSIBILIDADE ANDROGÊNICA COMPLETA
OVÁRIOS POLICÍSTICOS > ANOVULAÇÃO
(MORRIS)
- Defeito de receptores androgênicos. Cariótipo: 46XY (masculino)
Quadro Clínico:
- Clínica: amenorreia primária, MAMA PEQUENA, sem útero, vagina
- Pela resistência insulínica: ACANTOSE NIGRICANS, OBESIDADE
curta, mas SEM PELOS
- Pelo hiperandrogenismo: ACNE, ALOPECIA, HIRSUTISMO (“pelo
- Tem testículo (pode simular hérnia)
grosso de distribuição masculina” diagnosticado com Ferriman > 8 ou > 4 em
SÍNDROME DE MRKH SIAC (Morris) orientais e > em algumas outras etnias), PELE OLEOSA
- Pela anovulação: PROLIFERAÇÃO ENDOMETRIAL, ALTERAÇÕES
Agenesia Mulleriana Defeito no receptor androgênico GONADOTRÓFICAS, IRREGULARIDADE MENSTRUAL E INFERTILIDADE
Imagens: elsevier.es
Imagem: portalsecad.artmed.com.br |
A: tem os 3 critérios
adaptada de Escobar Morreale (2018)
B: sem alterações à USGTV
Imagens: Clínica Ultra D – Diagnósticos Médicos
C: sem anovulação
D: sem hiperandrogenismo Obs: existe taxa de 20% de falso positivo na USG.
Laboratório:
- Diante de tantas causas de anovulação hiperandrogênica, é importante
EXCLUIR OUTRAS DOENÇAS:
▪ TSH
▪ PROLACTINA
▪ 17-OH PROGESTERONA (< 200: exclui HAC)
▪ CORTISOL (cushing)
É TÍPICO DE SOP!
▪ ↑Testosterona total e livre
▪ ↑Androstenediona
▪ ↑S-DHEA
▪ ↑Resistência insulínica
▪ ↑LH, estrogênio LEMBRE QUE É MUITO IMPORTANTE EXCLUIR OUTRAS CAUSAS!
▪ ↑Prolactina (às vezes)
Imagem: FEBRASGO
▪ ↓SHBG e FSH ↓ ou normal
Repercussões Clínicas:
“TUDO SOBE, EXCETO FSH E SHBG”
- Pela resistência insulínica: DM (10%), HAS (40%), DISLIPIDEMIA,
E progesterona, se for fenótipo C (sem anovulação)
OBESIDADE, DOENÇA CARDIOVASCULAR (↑risco IAM 7x)
- Pelo hiperandrogenismo: ANOVULAÇÃO, ESTÉTICA...
Obs: SDHEA é um hormônio exclusivo da adrenal! Não é problema de
- Pela anovulação e efeito estrogênico: INFERTILIDADE,
ovário! Se estiver > 700, é importante pedir TC/RNM para descartar
HIPERPLASIA/CA DE ENDOMÉTRIO, CA DE OVÁRIO
neoplasia de adrenal.
Avaliação Clínica:
Diante de tantas repercussões, é fundamental:
▪ Aferição da PA
▪ Medida da circunferência abdominal
▪ Glicemia de jejum
▪ TOTG
▪ Lipidograma
3. Infertilidade
(*) Morfologia de Kruger: um dos parâmetros avaliados no espermograma =
Conceitos: leva em consideração a qualidade e o formato dos gametas.
- AUSÊNCIA DE GRAVIDEZ APÓS 1 ANO DE COITO DESPROTEGIDO
- Não confunda com esterilidade (incapacidade permanente)
Causas:
- Fator masculino: 35%
- Fator tuboperitoneal: 35%
- Anovulação: 15%
Investigação:
→ Idade da mulher:
- < 35 anos: aguardar até 1 ano
- > 35 anos: imediatamente ou esperar 6 meses
→ Frequência das relações: 2-3x por semana
Na infertilidade feminina...
→ Não se esquecer de sempre convocar o parceiro!
Para anovulação...
Cuidado: Filhos anteriores não excluem o (a) paciente da investigação!
DOSAGEM DE PROGESTERONA
Avaliação Básica
▪ Na fase lútea (21º-24º dia)
- HORMÔNIOS:
▪ FSH DOSAGEM DE FSH
▪ TSH ▪ Na fase folicular precoce (idealmente 3º dia)
▪ Prolactina ▪ FSH < 10 do 3º-5º dia = boa reserva ovariana
▪ Hormônio anti-mulleriano
▪ Avaliação qualitativa dos folículos
- “VIDEO”
▪ VideoLAPAROSCOPIA: padrão-ouro para fator
tuboperitoneal
▪ VideoHISTEROSCOPIA: padrão-ouro para cavidade
endometrial e fator uterino
FATOR TUBOPERITONEAL
TRATAMENTO INDICAÇÕES
- Lise de aderências pélvicas
ICSI
VIDEOLAPAROSCOPIA
▪ Exame PADRÃO-OURO para fator tuboperitoneal. - Se a desobstrução tubária distal é
TERAPIA DE
impossível;
▪ Solicitar se prova de Cotte negativa. REPRODUÇÃO
ASSISTIDA - Se a desobstrução tubária cornual é
Para o fator uterino... impossível em < 35 anos;
HISTEROSCOPIA: - Obstrução cornual em > 35 anos
▪ Exame PADRÃO-OURO para cavidade endometrial.
▪ USGTV e histerossalpingografia já fazem uma avaliação inicial. FATOR OVARIANO
TRATAMENTO INDICAÇÕES
Para o fator cervical... CORREÇÃO SOP
DA ENDOCRINOPATIA - Se falha na indução da ovulação: DOL
TESTE PÓS-COITO OU TESTE DE SIMS
(Drilling Ovariano) é uma alternativa
▪ Em desuso CIRURGIA/DOL em casos em que a laparoscopia será
▪ Avalia a interação do espermatozoide com o muco (Drilling Ovariano) realizada por outro motivo
Tratamento:
INDUÇÃO DA OVULAÇÃO - Anovulação
RECOMENDAÇÕES GERAIS COM CLOMIFENO
▪ Cessar tabagismo
▪ Cessar etilismo INDUÇÃO DA OVULAÇÃO - Se resistência ao clomifeno
▪ Diminuir consumo de cafeína. COM GONADOTROFINAS
▪ Perder peso se IMC > 27
Baixa reserva!
▪ Ganhar peso se IMC < 17.
TERAPIA DE - Concentração de FSH > 15 e/ou CFA
REPRODUÇÃO (contagem de folículos) < 5-7 em
ASSISTIDA ambos os ovários
- INSEMINAÇÃO INTRA-UTERINA OU FIV COM ICSI - Relação com PAPÉIS SOCIAIS: MASCULINO/FEMININO
- NÃO BINÁRIO: não se sente pertencente a nenhum dos gêneros
ATENÇÃO! (“não se identifica com o papel social masculino ou feminino”)
“TROMPAS FIXAS” SUGEREM ADERÊNCIA PÉLVICA
Interpretando a IDENTIDADE DE GÊNERO
Rastreamentos:
EXAME MULHER TRANS HOMEM TRANS
CA A partir dos 50 anos se - Mamas intactas: igual mulher-
Mama fatores de risco cis
adicionais - Pós-mastectomia: exame anual
axilar e da parede torácica
CA - - Colo intacto: igual mulheres-cis
Colo Útero - Sem colo: sem rastreio
CA Igual homem-cis -
Próstata
O que é normal?
▪ FREQUÊNCIA: 21-35 dias (média: 28 dias)
▪ DURAÇÃO: 2-6 dias
▪ VOLUME: 20-60ml
Conceitos Importantes:
- Prevalência de 3-30% em idade reprodutiva
- Correspondem a 30% das consultas ambulatoriais
- Maior prevalência nos extremos da vida reprodutiva
Terminologia:
MENORRAGIA
Intervalos regulares
Duração prolongada
Fluxo excessivo
Disfuncional (SUD) ou “Não Estrutural por Disfunção Ovulatória”
METRORRAGIA
Conceitos:
Intervalos regulares
- Sangramento DIFERENTE DO HABITUAL (normal da paciente), com
Duração +/- prolongada
Fluxo normal alteração na duração e/ou frequência e/ou volume → o termo
“disfuncional” tem sido abandonado, mas ainda podemos ver questões de
MENOMETRORRAGIA
prova usando-o.
Intervalos regulares - NENHUMA CAUSA ORGÂNICA É IDENTIFICADA
Duração prolongada
- É diagnóstico de EXCLUSÃO
Fluxo excessivo
Epidemiologia:
HIPER/HIPOMENORREIA - Geralmente mulheres no EXTREMO DE VIDA REPRODUTIVA
Relação com fluxo/volume - Aproximadamente 20% são ADOLESCENTES
Hipermenorreia: fluxo excessivo e duração normal
Hipomenorreia: fluxo reduzido e duração normal ou reduzida
- Em 50% dos casos são mulheres de 40-50 anos
POLI/OLIGOMENORREIA Orgânico
42
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
(*) RELEMBRANDO... Como tratar?
ENDOMÉTRIO SUSPEITO NA PÓS-MENOPAUSA Existem diversos esquemas possíveis (segue tabela da FEBRASGO). Como
sugestão, podemos usar:
- Menor que 4-5mm, mas com fatores de risco ou SUA persistente - HORMONAIS:
- Maior que 4-5mm sem terapia hormonal ▪ ESTROGÊNIO CONJUGADO (EEC) 1,25mg VO 6/6h 3 semanas
- Maior que 8mm com terapia hormonal + AMP (PROGESTERONA) 10 dias (!) ou
- Realizar avaliação endometrial + biópsia (histeroscopia é o padrão-ouro) ▪ ACO (30-35mcg EE) 8/8h até parar sangramento (mínimo de
48h) e após 1cp/dia por 21 dias.
ETIOLOGIA PROVÁVEL DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA - NÃO HORMONAIS: AINES, ANTIFIBRINOLÍTICO
→ NEONATAL - Se não houver resposta: métodos cirúrgicos, tais como ablação
- Privação de estrogênio materno endometrial (por balão térmico ou histeroscopia) ou mesmo a histerectomia.
→ INFÂNCIA FEBRASGO
- Corpo estranho/infecção inespecífica
- Importante excluir: trama/abuso sexual (incomum lesão himenal)
- Importante excluir câncer
▪ Vagina: sarcoma botrioide
▪ Ovário: puberdade precoce
→ ADOLESCÊNCIA
- Disfuncional (2 primeiros anos após menarca → “imaturidade do eixo”)
- Importante excluir: gravidez, infecção específica, SOP, coagulopatias
(doença de Von Willebrand, PTI...)
→ ADULTA
- Disfuncional por anovulação/anormalidades da gravidez
- Importante excluir: infecção específica, neoplasias hormônio-
dependentes benignas (mioma, adenomiose, pólipo), neoplasias
malignas
→ PÓS-MENOPAUSA
- Atrofia endometrial (30%)/terapia hormonal (30%)
- Importante excluir: câncer de endométrio
HISTEROSCOPIA
▪ Também auxilia na decisão terapêutica
▪ Permite visão direta do mioma submucoso
▪ Confirmação diagnóstica
▪ Avalia doenças associadas
▪ Permite a classificação do mioma
- Localização clássica: CORPO E ▪ Permite o estudo histopatológico com biópsia
CÉRVICE UTERINOS ▪ Controle de tratamento e complicações
- PSEUDOCÁPSULA: estrutura
muscular que circunda os miomas Classificação (FIGO):
e facilita sua ressecção cirúrgica
Fatores Associados:
- HERANÇA GENÉTICA
- RAÇA NEGRA > branca
- Condições aterogênicas (HAS)
- Possui RECEPTORES DE ESTROGÊNIO, PROGESTERONA E AROMATASE.
Portanto:
RISCO
▪ Menarca precoce
2-5: TRANSMURAL
▪ Nuliparidade
▪ SUBMUCOSO: 0 (pediculado) > 1 > 2
▪ Obesidade
▪ INTRAMURAL: 3 > 4 (só intramural)
PROTEÇÃO ▪ SUBSEROSO: 5 > 6 > 7 (pediculado)
▪ Tabagismo
▪ Primiparidade precoce Classificação (Sociedade Europeia de Endoscopia Ginecológica |
▪ ACO ESGE):
Quadro Clínico:
▪ MAIORIA É ASSINTOMÁTICO
▪ Subseroso: efeito compressivo/dor pélvica
▪ Intramural: SUA/dismenorreia
▪ Submucoso: SUA/infertilidade
✓ O submucoso pode ser pediculado (ñ pode embolização) ou
séssil
Diagnóstico:
SÃO SUFICIENTES: EXAME FÍSICO + USGTV
EXAME FÍSICO
▪ Matriz uterina aumentada, irregularidade uterina no toque
▪ FIGO 0 = NÍVEL 0 ESGE
USGTV: ▪ FIGO 1 = NÍVEL 1 ESGE
▪ NÓDULOS HIPOECOICOS ▪ FIGO 2 = NÍVEL 2 ESGE
Classificação de Lasmar/Step-W:
Conceitos:
- TECIDO ENDOMETRIAL NO MIOMÉTRIO → tecido heterotópico
endometrial (glândula e estroma) na intimidade do miométrio
- Sequência: hipertrofia > hiperplasia > INFLAMAÇÃO
Classificação:
FOCAL
Tratamento: ▪ Conjunto focal circunscrito
▪ Adenomioma → diagnóstico diferencial importante com
SEMPRE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO: SINTOMA X DESEJO DE GESTAÇÃO
leiomioma. Aqui, não há cápsula circundando!
- Assintomática: NÃO TRATAR
DIFUSA
- Sintomática com sangramento leve/moderado: ▪ Distribuição por todo o miométrio
EXPECTANTE/CLÍNICO (ACO para redução do sangramento, apesar do risco de ▪ Mais comum
crescer o mioma) ▪ Parede posterior é a mais acometida
USGTV:
Medicação no Preparo Cirúrgico:
▪ Evidencia MIOMÉTRIO
ANÁLOGO DO GNRH (geralmente 3 meses é suficiente)
HETEROGÊNEO (aspecto em “queijo
▪ Reduz tumor e a anemia (por cessar o sangramento)
suíço”, “raios solares”).
▪ Pode dificultar a retirada cirúrgica por reduzir a hidratação da ▪ Um USGTV normal não exclui
pseudocápsula o diagnóstico! Baixa sensibilidade.
▪ Evitar uso por mais de 6 meses (risco de osteoporose)
RESSONÂNCIA PÉLVICA:
IMPORTANTE! ▪ ZONA JUNCIONAL
- Se poucos miomas submucosos em multíparas, pode realizar a MIOENDOMETRIAL > 12MM É
miomectomia histeroscópica, poupando a retirada do útero. ALTAMENTE SUGESTIVO e já permite
- Remédio não trata mioma! início do tratamento.
(*) Ablação: opção para quem quiser preservar o útero, mas não tem
interesse em função reprodutiva. Não tem sido recomendado segundo as
evidências mais atuais.
Fatores de Risco:
- EXPOSIÇÃO AOS ESTRÓGENOS
▪ Menacme longo (menarca precoce/menopausa tardia) - Ressonância com preparo: ruim para implantes pequenos e
▪ Nuliparidade peritoneais
▪ Primigravidez tardia ▪ Mais útil para “doença mais lateral e em andar superior”
- REFLUXO MENSTRUAL USTVG E RNM COM PREPARO = atualmente os exames de escolha
▪ Ciclos curtos para mapeamento/estadiamento! A laparoscopia é reservada para
▪ Fluxo aumentado situações mais específicas!
▪ Malformações mullerianas
▪ Estenoses iatrogênicas - Laparoscopia + biópsia: padrão-ouro, mas não tem sido mais
- HISTÓRIA FAMILIAR POSITIVA recomendada de rotina para o diagnóstico! Quando indicar?
▪ Exames normais e falha terapêutica
Fatores de Proteção: ▪ Suspeita de estádios avançados
- MULTIPARIDADE ▪ Infertilidade
- INTERVALOS DE LACTAÇÃO PROLONGADA ❖ Utilizar para fins diagnóstico E TERAPÊUTICO nesses casos!
- MENARCA TARDIA
Fisiopatologia:
- Em 75-90% dos casos ocorre REGURGITAÇÃO TRANSTUBÁRIA
(fisiológica na maioria das mulheres)
- Mecanismo não é totalmente esclarecido, mas sabe-se que há
envolvimento de efluente menstrual, sistema imune e liberação de
toxinas.
Clínica:
- Dor pélvica crônica
✓ Atividade das lesões: VERMELHA > PRETA > BRANCA
- Dismenorreia secundária
✓ Não existe correlação direta entre a extensão das lesões e a dor
- Dispareunia de profundidade
- Disúria CA-125: não define doença, pouco sensível e específico, mas pode ser
- Disquezia usado para avaliar gravidade e acompanhar o pós-tratamento. Pode estar
- Dor lombar alterado em casos de gestação, adenomiose, DIP, tumor ovariano, etc. O
melhor momento para coleta é entre o 1°-3º dia do ciclo.
- Dificuldade para gestar (possível causa de infertilidade)
▪ (1) PROGESTOGÊNIOS/ACO: primeira linha, uso contínuo, ▪ Ausência de doença pélvica detectável
levam ao estado de “pseudogravidez” - SECUNDÁRIA:
▪ Também chamada de “extrínseca”, “adquirida” ou “orgânica”
▪ (2)DANAZOL, INIBIDORES DA AROMATASE E ▪ Presença de ginecopatias ou outras causas (ex:
ANÁLOGOS DO GNRH: outras opções, mas com risco de endometriose, adenomiose)
efeitos adversos: “pseudomenopausa”, hiperandrogenismo, Fisiopatologia:
osteoporose... O análogo do GNRH geralmente só é utilizado - A dismenorreia secundária é decorrente da sua doença de base. A
em casos de preparo pré-operatório. dismenorreia primária tem como ponto-chave o ↑ÁCIDO ARACDÔNICO,
Então... que resulta na liberação de mediadores inflamatórios (leucotrieno,
prostaglandinas e tromboxano), resultando em vasoconstrição e contração
→ Dor: INICIALMENTE CLÍNICO miometrial, que causam DOR, MAL-ESTAR, NÁUSEA, LOMBALGIA, etc.
▪ ACO combinado, progesterona, análogo de GnRH (por pouco
tempo), inibidor de aromatase. Classificação:
CONDOM E DIAFRAGMA
DIU - Alta taxa de falha
LARC - Úteis para proteção para DST (parcial para HPV e herpes)
L - Condom feminino confere área maior de proteção que o masculino
LONG
A ACTING Métodos Cirúrgicos/Esterilização Definitiva
R REVERSIBLE
C CONTRACEPTION PROJETO APROVADO 2022
- Critérios: idade > 21 anos ou > 2 filhos (mudou)
→ DIU DE LEVONORGESTREL 52mg de levonorgestrel (20mcg/dia) - Cônjuge NÃO precisa assinar (mudou)
- Dura 5-7 ANOS
- Pode fazer no parto (mudou)
- Atrofia endométrio e torna o muco hostil
- Função, motilidade e capacitação espermática são alterados - > 60 dias entre a vontade e a cirurgia
- NÃO PROMOVE ANOVULAÇÃO - Em prova prática: sempre oferecer outros métodos, mesmo que a
- Vantagens: amenorreia, reduz cólicas paciente preencha os critérios.
- Efeitos colaterais: spotting, cefaleia, mastalgia, cistos funcionais
Tratamento Medicamentoso:
INDICAÇÕES DO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO:
✓ Fratura VERTEBRAL (clínica ou assintomática)
✓ Fratura de QUADRIL (clínica ou assintomática)
✓ Densitometria óssea com T-SCORE < 2,5DP de quadril (fêmur total
ou colo do fêmur) ou lombar
✓ Baixa massa óssea e mais de 3 fatores de risco
✓ História prévia de fraturas por fragilidade
OPÇÕES MEDICAMENTOSAS:
ANTIREABSORTIVOS/ANTICATABÓLICOS
- BIFOSFONATO (alendronato, risedronato, ibandronato): 1ª opção.
▪
Inibem a atividade osteoclástica (anticatabólicos)
▪
Não se deitar por 30 minutos após a ingesta
▪
Opções: alendronato (10mg/dia ou 70mg/semana VO) ou
risedronato (5mgdia ou 35mg/semana VO)
Indicações de Densitometria Óssea (DMO): ▪ Contraindicações: esofagopatia, ClCr < 30 (!)
Não é para todo mundo! - DENOSUMABE: se intolerância/contraindicação ao bifosfonato.
▪ Mulheres > 65 anos ou homens > 70 anos - RALOXIFENO: mais restrito para risco de CA de mama, pós-menopausa sem
▪ Mulheres pós-menopausa < 65 anos e homens 50-70 anos com sintomas vasomotores
risco ANABÓLICOS
▪ Adultos com fraturas de fragilidade - ANÁLOGOS PTH (TERIPARATIDA): se osteoporose grave (< 3,5DP ou com
▪ Adultos com condição associada à perda de massa óssea fratura) (!)
▪ Adultos em uso de medicações associadas com perda óssea - Outros: aloparatida/romosumabe (anticorpo antiesclerostina)
▪ Quando a terapia farmacológica está sendo considerada TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL
▪ Para monitorar a eficácia do tratamento - Melhor opção para mulheres pós-menopausa com sintomas
climatéricos/vasomotores
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
FIXAÇÃO DO CONTEÚDO! CLIMATÉRIO
SUA/SUD Via de administração TRH Patologias em geral =
Definição SUD SUA sem causas orgânicas Parenteral
Diagnóstico de exclusão Colesterol alto = Comprimido
Maior prevalência SUD Extremos da vida reprodutiva Regimes da TRH Com útero = E + P
Sem útero = E
SUD na adolescência Imaturidade do eixo H-H-O
Prevenção com a TRH Não é eficaz na prevenção de
SUD na perimenopausa Insuficiência ovariana gradativa DCV ou Alzheimer
Tratamento do SUD Hormonioterapia Tempo de uso da TRH Menor tempo e dose possíveis
Tratamento do SUD grave Estrogenioterapia OSTEOPOROSE
Tratamento do SUA Tratar a condição de base Diagnóstico T-Score < 2,5
Principal causa orgânica de SUA Leiomioma Recomendada para pacientes
SUA/PALM com restrições alimentares
Sinusiorragia + SUA + Pólipos que dificultem atingir a
dismenorreia leve Cálcio
ingestão mínima diária de
Dismenorreia + sangramento Adenomiose
1.200mg/dia para mulheres
SUA sem dismenorreia Miomatose
com mais de 50 anos
Tratamento dos pólipos Histeroscopia + polipectomia
endocervicais ou endometriais
- Menor que 20: 50.000UI
Tratamento da adenomiose DIU progesterona
Vitamina D 1x/semana por 8 semanas +
Com desejo de gestação Análogos GNRH
nova reavaliação
Tratamento da adenomiose DIU de progesterona - Maior que 30: 600-2.000UI
Com infertilidade Análogos GNRH + 1x/dia (diverge em literatura)
FIV ou ressecção
Tratamento da adenomiose Histerectomia Causada por um trauma que seria
Com prole completa Fratura de Fragilidade insuficiente para fraturar um osso
Tratamento da miomatose Expectante normal, resultado de uma redução
Sem sintomas da resistência compressiva ou
Tratamento da miomatose Histerectomia torsional
Sem desejo de gravidez Sem fator de risco:
Tratamento da miomatose Miomectomia - Mulheres: > 65 anos
Com desejo de gravidez - Homens: > 70 anos
ENDOMETRIOSE Indicações DMO
Com fator de risco:
Conceito Tecido endometrial fora do
- Mulheres: pós-menopausa
útero
Clínica Dismenorreia, dispareunia, dor - Homens: 50-69 anos
pélvica crônica, infertilidade
USGTV – Avaliação Endometrioma ovariano Não se deitar por 30 minutos
RM – Limitação Implantes diminutos e após a ingesta
Bifosfonatos
peritoneais
Laparoscopia Não há correlação direta entre a Contraindicações:
extensão das lesões a esofagopatia, clcr < 30
intensidade da dor
Diagnóstico definitivo Histopatológico
Escolha no tratamento clínico ACO e progesterona
Tratamento do endometrioma Cistectomia laparoscópica
Tipo de abordagem cirúrgica Tecido-Redutora ou “tissue”
redutora
DISMENORREIA
1ª: dor em hipogastro, cefaleia,
Clínica náusea, lombalgia
2ª: dor pélvica crônica +
dispareunia
ANTICONCEPÇÃO
Tipos de orais Combinados (E + P)
Só P
Efeitos do ACO Anovulação, muco espesso,
endométrio decidualizado,
redução da motilidade tubária
Progesterona com efeito Desogestrel, injetável, implante
anovulatório
Candidatas à laqueadura > 21 anos ou 2 filhos vivos
Anticoncepção de emergência Levonorgestrel
mais eficaz
Anticoncepção de emergência DIU de cobre
contraindicada na violência