Sistema Imunológico

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Sistema imunológico

Sistema imunológico, também chamado de sistema imune, é fundamental


para a manutenção da nossa saúde. Deficiências nesse sistema aumentam
chances de infecções.

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O sistema imunológico, também chamado de sistema imune, é o que


garante proteção ao nosso corpo, evitando que substâncias estranhas
e patógenos afetem negativamente nossa saúde. É um sistema complexo
que envolve uma série de células e órgãos que funcionam, em conjunto,
como uma grande barreira de proteção.

A capacidade do nosso corpo de proteger-nos contra esses agentes é


chamada de imunidade. A imunidade pode ser classificada em inata e
adquirida. A primeira apresenta uma resposta mais ampla, e os indivíduos
já nascem com os mecanismos que a promovem. Na segunda as respostas
são mais específicas, e o indivíduo desenvolve-a durante sua vida.
Saiba mais: 5 dicas para melhorar a imunidade!

Tópicos deste artigo


 1 - Sistema imunológico

 2 - Imunidade inata e adquirida

 3 - Memória imunológica

Sistema imunológico

O sistema imunológico garante proteção do nosso corpo contra


infecções.
O sistema imunológico ou imune é formado por diferentes células, tecidos,
órgãos e moléculas. Nesse sistema temos estruturas individualizadas,
como o baço e os linfonodos, e células livres, como os leucócitos.

Ele garante o reconhecimento de células e substâncias estranhas e


a destruição ou neutralização dos invasores, graças a uma resposta
coordenada de seus componentes. Essa resposta é fundamental para
garantir que o corpo desenvolva ou não uma doença ou mesmo a duração
dela.

O sistema imune é capaz de diferenciar as células do próprio corpo


daquelas invasoras, o que garante grande eficiência na defesa do
organismo. Entretanto, em algumas situações, ele pode reagir contra
nosso próprio corpo, desencadeando doenças autoimunes.

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 Leucócitos

Quando falamos em células que participam do sistema imunológico,


devemos dar destaque aos leucócitos, responsáveis pelas principais
ações de defesa do organismo. Também chamados de glóbulos brancos,
são produzidos na medula óssea e migram para as várias partes do corpo
pelos vasos sanguíneos. Quando a medula óssea produz poucos
leucócitos, temos uma situação conhecida como leucopenia, que deixa o
organismo mais suscetível a infecções.

Os leucócitos podem ser divididos em dois grandes grupos,


os granulócitos e os agranulócitos. Os granulócitos recebem essa
denominação, pois, quando submetidos a determinados corantes,
apresentam grânulos que se coram de maneira específica, diferentemente
dos agranulócitos. Os granulócitos incluem os neutrófilos, os eosinófilos e
os basófilos, enquanto os agranulócitos incluem os linfócitos e os
monócitos.
Algumas células de defesa realizam a fagocitose, que consiste no
englobamento e digestão de partículas invasoras.
Os neutrófilos são do grupo de células responsáveis pela fagocitose de
partículas estranhas. Eles se destacam por serem as células mais numerosas
entre os leucócitos. Os eosinófilos, por sua vez, têm papel importante em
infecções parasitárias e processos alérgicos. Já os basófilos também atuam
em processos alérgicos e liberam heparina no sangue, uma substância
anticoagulante.

Os monócitos também realizam fagocitose, sendo chamados


de macrófagos quando invadem as regiões infectadas.
Os linfócitos podem ser classificados em linfócitos B e linfócitos T. Os
linfócitos B diferenciam-se em plasmócitos, células responsáveis pela
produção de anticorpos. Os linfócitos T, por sua vez, dividem-se em duas
classes: CD8 e CD4. O linfócitos T CD8 matam células infectadas, e os CD4
atuam ativando outras células, como o linfócito B. Para saber mais sobre
essas importantes células do sistema imune, leia: Leucócitos.

 Anticorpos
Como vimos no tópico anterior, os anticorpos são produzidos pelos
plasmócitos, formados pela diferenciação dos linfócitos B. Essas
substâncias, também chamadas de imunoglobulinas (Ig), são
glicoproteínas que interagem especificamente com
o antígeno (molécula que pode ligar-se ao anticorpo) que estimulou a sua
síntese.

Os anticorpos são glicoproteínas produzidas pelos plasmócitos. Eles são


muito específicos.
Os anticorpos, diferentemente do que muitos pensam, não são
responsáveis pela morte de um organismo causador de doença. Na
realidade, eles se ligam aos antígenos, desencadeando diferentes
processos.

Um deles é a neutralização, em que o anticorpo liga-se ao antígeno,


impedindo que este seja capaz de destruir ou infectar células. Outro
processo que pode ocorrer é o de opsonização, em que o anticorpo liga-
se ao antígeno, promovendo seu reconhecimento pelos macrófagos ou
neutrófilos que realizarão a fagocitose.
Além disso, os anticorpos podem acionar o sistema de
complemento, que promove a lise de micro-organismo. Caso tenha maior
interesse sobre essa substância e suas interações com antígenos,
leia: Anticorpos.

 Órgãos linfoides

Os órgãos linfoides são tecidos que apresentam grande quantidade de


linfócitos em uma região de células não linfoides. Podem ser classificados
em centrais e periféricos. Como órgãos linfoides centrais, temos
a medula óssea e o timo, produtores de linfócitos. A medula óssea é o
local onde todas as células sanguíneas são formadas, incluindo os linfócitos
B e T. O timo, por sua vez, é o local onde os linfócitos T completam sua
maturação. Os linfócitos B diferenciam-se na medula óssea.

Dos órgãos linfoides centrais, os linfócitos são levados pelo sangue e pela
linfa para os órgãos linfoides periféricos, tais como baço, linfonodo,
nódulos linfáticos isolados, tonsilas e apêndice. Neles, os linfócitos T e
B proliferam-se de forma intensa, sendo essa proliferação, geralmente,
estimulada por antígenos.

Leia também: Antígeno, anticorpo e vacinação

Imunidade inata e adquirida


A capacidade do nosso corpo de proteger-nos contra agentes invasores é
chamada de imunidade. Esta pode ser classificada de duas formas: inata e
adquirida. A imunidade inata é a que o indivíduo possui desde o seu
nascimento. Nela temos barreiras naturais agindo, como pele e mucosas, e
também agentes internos, como leucócitos e células fagocíticas. Nesse tipo
temos uma resposta inespecífica.

A imunidade adquirida ocorre ao longo do desenvolvimento do indivíduo


e é mais especializada. Para ser desenvolvida, necessita do contato com um
agente invasor, o qual desencadeará uma série de eventos que levam à
ativação de determinadas células e à síntese de anticorpos. A imunidade
adquirida pode ser classificada em humoral ou mediada por
células. Aquela é mediada pelos anticorpos, e esta, pelos linfócitos T.

Leia também: 5 mitos sobre vacinas

Memória imunológica
A memória imunológica é responsável pela defesa do nosso organismo
em longo prazo. Quando somos expostos a um agente causador de uma
doença, desencadeamos uma resposta do nosso sistema imune. Durante
essa ação, temos a formação de células de memória, as quais podem
sobreviver por vários anos. Quando somos expostos novamente à mesma
ameaça, a resposta do nosso sistema imune é ainda mais rápida e mais
forte, devido à ação dessas células de memória.

A memória imunológica é o motivo pelo qual as vacinas são tão


eficientes. Nas vacinas, um organismo causador da doença (morto,
atenuado ou mesmo partes desse agente) é inoculado em uma pessoa,
estimulando, desse modo, seu sistema imune. Se essa pessoa tiver um novo
contato com esse mesmo agente, seu sistema imune responderá de forma
rápida, evitando a infecção.

Por Vanessa Sardinha dos Santos


Professora de Biologia

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico?


Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Sistema imunológico"; Brasil Escola. Disponível


em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-imunologico-humano.htm.
Acesso em 13 de fevereiro de 2023.

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-imunologico-humano.htm

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