Pedi Atria
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2024
ABORDAGEM SINDRÔMICA
@casalmedresumos
PEDIATRIA
5 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS E FEBRE 46 NEONATOLOGIA III: CARDIOPATIAS
SEM SINAIS LOCALIZATÓRIOS CONGÊNITAS, DOENÇAS GENÉTICAS
E PALS
11 DOENÇAS DO TRATO RESPIRATÓRIO
NA INFÂNCIA 56 DOENÇAS DO CRESCIMENTO,
PUBERDADE, DESNUTRIÇÃO E
20 VACINAÇÃO E DOENÇAS DO TRATO CARÊNCIAS VITAMÍNICAS
URINÁRIO
69 ALEITAMENTO MATERNO, DIARREIA
AGUDA E CRÔNICA E CONSTIPAÇÃO
29 NEONATOLOGIA I: INFECÇÕES NA INFÂNCIA
CONGÊNITAS, DISTÚRBIOS
RESPIRATÓRIOS E ICTERÍCIA
Sempre pensar em SARAMPO OU RUBÉOLA! IG PADRÃO ATÉ 6º DIA (se imunodeprimidos, grávidas e <
6 meses)
1. Sarampo Cuidados!
Agente: Em casos de surtos, vacinar entre 6-12 meses
- MORBILIVÍRUS (da família PARAMYVOVÍRUS) (vacinação de bloqueio, mas continuar com esquema vacinal normal)
Transmissibilidade: 2. Rubéola
- Gotículas ou AEROSSÓIS
Agente:
- Ocorre transmissão 3-4 dias antes e 4-6 dias depois do rash
- RUBIVÍRUS (família: TOGAVIRIDAE)
- Período de incubação: 8-12 dias
Transmissibilidade:
Fase Prodrômica: - GOTÍCULAS
- TOSSE (sintoma marcante, pode persistir por bastante tempo), FEBRE (vai - Eliminado nas secreções 5-7 dias antes e 5-7 dias depois do rash.
aumentando e o seu máximo é alcançado com o início da erupção cutânea -
- Período de incubação: 14-21 dias
começa a diminuir a partir daí), CORIZA, CONJUNTIVITE (FOTOFOBIA).
Fase Prodrômica:
- MANCHAS DE KOPLIK: pequenas máculas brancas com halo de
- Sintomas catarrais leves, febre baixa, mialgia, hiperemia conjuntival,
hiperemia na face interna das bochechas. É patognomônico!
dor de garganta, anorexia + LINFADENOPATIA RETROAURICULAR,
Fase Exantemática: OCCIPITAL E CERVICAL POSTERIOR
- Tipo: MORBILIFORME (com área sã de permeio) - MANCHAS DE FORSCHHEIMER: lesões róseas puntiformes no palato
- Progressão: início no pescoço (principalmente nuca), face e (bastante característico, mas não é patognomônico).
RETROAURICULAR (principalmente). “ACOMPANHAM AS LINHAS DE Fase Exantemática:
IMPLANTAÇÃO DO CABELO”. A PROGRESSÃO É CRANIOCAUDAL - Tipo: RUBEOLIFORME/MACULOPAPULAR RÓSEO (“lesões bem
LENTA. DURA 3-5 DIAS E AS LESÕES VÃO DESCENDO LENTAMENTE. isoladas/destacadas”)
- Progressão: CRANIOCAUDAL RÁPIDA
Fase de Convalescência:
- As principais manifestações já desapareceram! Fase de Convalescência:
- A TOSSE É A ÚLTIMA MANIFESTAÇÃO A DESAPARECER! - Descamação: AUSENTE
- Descamação: FURFURÁCEA
Complicações:
Imagens: clinicagonçalves.com | pediatriadescomplicada.com.br
- TROMBOCITOPENIA (normalmente autolimitada)
- ATROPATIA (principalmente no sexo feminino, benigna e autolimitada)
Complicações: - SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA (surdez + catarata + PCA/estenose
- OMA (complicação bacteriana mais comum) A. pulmonar)
Prevenção
- PNEUMONIA (principal causa de morte)
- IMUNIZAÇÃO
CÉLULAS GIGANTES (causada pelo próprio vírus) = não há período - Pós-contato: vacinação de bloqueio até 72h (não pode em grávidas
de melhora após o início da erupção cutânea e imunodeprimidos)
BACTERIANA
Tratamento:
- ENCEFALITE (maior letalidade dentre as complicações, podendo levar ao - SINTOMÁTICOS
óbito ou sequelas permanentes) IMPORTANTE! HISTÓRIA CLÁSSICA DE SARAMPO E RUBÉOLA
- PANENCEFALITE ESCLEROSANTE SUBAGUDA (condição INDEPENDEM DO HISTÓRICO VACINAL! Se tiver o quadro clássico e for
neurodegenerativa fatal que pode ocorrer muitos anos após a infecção inicial) vacinado, pode continuar a pensar nas doenças!
Profilaxia:
Pré-exposição:
Imagem: passaquatro.mg.gov.br - IMUNIZAÇÃO
15 meses pela tetraviral e 4 anos pela monovalente.
Para fins de bloqueio pode ser feita a partir dos 9 meses.
Pós-exposição:
- VACINA DE BLOQUEIO ATÉ O 5º DIA (ideal até 3º) para crianças > 9
meses e sem contraindicações ou
Se reativação... HERPES-ZOOSTER
- IMUNOGLOBULINA ESPECÍFICA (IGHAVZ) ATÉ O 4º DIA, se
Conceitos:
Imunodeprimido
- Lesões VESICULARES agrupadas em 1 ou 2
Grávida
DERMÁTOMOS adjacentes
RN prematuro
- Região torácica é a mais acometida
se < 28 semanas: sempre
- NEURALGIA PÓS-HERPÉTICA é comum em
se > 28 semanas: se a mãe não teve varicela
idosos
Imagens: Getty Images RN de mãe com varicela de 5 dias antes até 2 dias após o
Tratamento: parto.
- ACICLOVIR 800mg/dose, 5x/dia, 5-7 dias Criança < 9 meses hospitalizada
- Aciclovir IV 10mg/kg/dose, 3x/dia se
imunossuprimido ATENÇÃO!
- Corticoide para idosos O MS SÓ FORNECE A VACINA PARA CONTROLE DE SURTO EM
AMBIENTE HOSPITALAR/CRECHES/ESCOLAS
(fora dele, só dá pra fazer em clínica particular).
Complicações:
INFECÇÃO BACTERIANA SECUNDÁRIA (5%) 6. Doença Mão-Pé-Boca
GBS e S. aureus: mais comuns Agente:
Febre PROLONGADA - VÍRUS COXSACKIE A16 (família dos enterovírus)
Hiperemia intensa ao redor da lesão/cicatriz
Fase Exantemática:
VARICELA PROGRESSIVA - Lesões VESICULARES e ULCERADAS na CAVIDADE ORAL
Mais comum em imunodeprimidos - Exantema maculopapular/vesicular em MÃOS, PÉS e NÁDEGAS
Evolui com doença visceral/coagulopatia Em nádegas: mais comum em crianças menores e lesões
Alta letalidade (“sepse da varicela”) com alterações de cor e pápulas. Não costuma haver
SÍNDROME DA VARICELA CONGÊNITA vesícula.
< 20 semanas, em geral < 13) - ONICOMADESE: descolamento do leito ungueal (pode ser uma
Lesões cicatriciais complicação tardia
Hipoplasia dos membros.
ENCEFALITE
Complicação mais grave
Tratamento:
- ACICLOVIR VO (20mg/kg/dose, 4x/dia, 5 dias):
Maior de 12 anos (não gestante)
2º caso no domicílio
Doença cutânea ou pulmonar crônica
Uso de corticoide em dose não imunossupressora
Uso crônico de AAS (risco de síndrome de Reye*) Imagens: Dra Keilla Freitas
Fase de Convalescência:
- Descamação: LAMELAR OU LAMINAR
Imagens: mdsaude.com
Imagem: rmmg.org Imagem: Jonathan D.K. Trager, M.D, N Engl J Med 1995
Agente: Agente:
- VÍRUS EPSTEIN-BAAR (família dos herpesvírus) - ENTEROVÍRUS
- Faixa etária típica: 15-24 anos
Manifestações Clínicas Diversas:
Transmissão:
- GOTÍCULAS - MENINGITE/MENINGOENCEFALITE
Contato com saliva infectada (“DOENÇA DO BEIJO”) - MIOCARDITE Coxsackie B
O infectado transmite de forma aguda e de forma intermitente
- Período de Incubação: 30-50 DIAS - SÍNDROME MÃO-PÉ-BOCA Coxsackie A 16
Branda, com febre baixa ou sem febre, com duração de ~ 1
Clínica: semana.
- Febre (aguda ou prolongada), fadiga,
- HERPANGINA Coxsackie A
FARINGITE +
Febre alta, odinofagia, lesões vesiculares e ulceradas
- ADENOPATIA GENERALIZADA +
principalmente na faringe posterior (não dissemina por toda a
- ESPLENOMEGALIA +
cavidade oral como na doença mão-pé-boca).
- EDEMA PALPEBRAL: sinal de Hoagland
Imagem: bmj.com | Minerva
- EXANTEMA APÓS AMOXICILINA
Complicações:
- Risco de RUPTURA ESPLÊNICA (orientar evitar atividades físicas de impacto)
Avaliação Laboratorial:
- LINFOCITOSE COM ATIPIA
- ANTICORPOS HETERÓFILOS (> 4 ANOS) e ANTICORPOS ESPECÍFICOS
Tratamento:
- SUPORTE!
Fluxograma:
Departamento de
Pediatria USP
Etiologia:
- RINOVÍRUS (50%) | CORONAVÍRUS
- Parainfluenza, influenza, adenovírus, VSR também podem causar, mas
são agentes tipicamente relacionados a outras doenças:
parainfluenza = laringite viral aguda Imagens: Bates – Propedêutica Médica (12ª Edição)
VSR = bronquiolite viral aguda Tratamento:
influenza = gripe - ANALGÉSICOS/ANTIPIRÉTICOS (dipirona, paracetamol, ibuprofeno
↓dose)
Quadro Clínico:
Quando fazer antibiótico?
- OBSTRUÇÃO NASAL E CORIZA (pode ficar
- Menor de 6 meses: SEMPRE ATB!
amarelada no 3º-4º dia)
- Pode haver RONCOS na ausculta pulmonar - Entre 6m e 2 anos: somente se BILATERAL, GRAVE** OU OTORREIA
- TOSSE predominantemente NOTURNA (30%) Nos demais casos, é POSSÍVEL OBSERVAR e reavaliar em 48-72h.
- HIPEREMIA DE MUCOSAS ** DOR MODERADA-GRAVE; FEBRE > 39ºC ou DOR > 48H
- FEBRE (geralmente baixa, mas pode ser alta) - Maior de 2 anos: DEPENDE!
Tratamento: SE OTORREIA OU SINTOMAS GRAVES: SEMPRE ATB
- SORO NASAL + AUMENTO NA INGESTÃO DE LÍQUIDOS DEMAIS CASOS (SEM OTORREIA OU SINTOMA GRAVE): ATB OU
- MEL DE ABELHA em maiores de 1 ano é opção para tosse OBSERVAÇÃO
- ANTIPIRÉTICOS, se febre - Malformações craniofaciais, síndrome de Down e
Quais? Dipirona, paracetamol ou ibuprofeno em doses baixas imunossuprimidos: SEMPRE ATB
(único AINE que pode usar nesse caso)
Perceba... USO OBRIGATÓRIO DE ATB: menores de 6 meses, presença
NÃO PODE AAS: risco de síndrome de Reye (encefalopatia +
de otorreia, presença de sinais de gravidade (dor grave, febre > 39 e/ou
disfunção hepática)
dor > 48h), OMA bilateral em menores de 2 anos
- NÃO USAR:
Mucolíticos
Qual ATB? AMOXICILINA 45-50MG/KG/DIA 5-10 DIAS
Antitussígenos
90mg/kg/dia a depender do mecanismo de resistência
Anti-histamínicos
Descongestionantes (não prescrever para menores de 6 anos, pois + CLAVULANATO SE:
não há benefício e há risco de efeito colateral) Otite + conjuntivite (pensar em haemophilus)
Complicações: Uso de amoxicilina recente (30 dias)
- OMA e SINUSITE BACTERIANA AGUDA Falha terapêutica (48-72h)
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
Complicações: Etiologia:
- Mesmos agentes da OMA (PNEUMOCOCO > H. INFLUENZAE >
PERFURAÇÃO DA MEMBRANA TIMPÂNICA
MORAXELA)
Ocorre CICATRIZAÇÃO ESPONTÂNEA após algumas semanas Manifestações Clínicas:
Bom prognóstico - TOSSE PERSISTENTE, SECREÇÃO NASAL, DESCARGA NASAL CLARA
Se permanecer por 3 meses, avaliar intervenção cirúrgica com OU PURULENTA, FEBRE...
especialista Perceba que são sintomas que não permitem a distinção entre um quadro viral
ou bacteriano!
EFUSÃO PERSISTENTE OU OM SEROSA/SECRETORA QUANDO PENSAR EM INFECÇÃO BACTERIANA?
EFUSÃO NA OM, MEMBRANA TIMPÂNICA ÍNTEGRA, SEM Mediante os seguintes critérios, 3 apresentações sugerem a etiologia
INFECÇÃO/SEM INFLAMAÇÃO EXUBERANTE bacteriana, segundo a Academia Americana de Pediatria:
Inflamação se resolve, mas AINDA FICA LÍQUIDO/NÍVEL SINTOMAS > 10 DIAS – TOSSE DIURNA.
HIDROAÉREO 2. QUADRO “GRAVE”
TUBO DE VENTILAÇÃO
> 3 dias de febre > 39ºC + coriza/secreção purulenta
A conduta é ACOMPANHAR
(regride ESPONTANEAMENTE 3. QUADRO “QUE PIORA”/BIFÁSICO
em 3 meses (se permanecer, Resfriado > Melhorou > Piorou
avaliação com otorrino = Diagnóstico:
colocação do ‘TUBO DE - CLÍNICO!
VENTILAÇÃO’) - NÃO É NECESSÁRIO EXAMES DE IMAGEM EM < 6 ANOS!
mariaeugeniaotorrino.com.br
- Achados no exame de imagem (só por curiosidade): espessamento
MASTOIDITE AGUDA ACOMETIMENTO DE PERIÓSTEO! mucoso (> 4mm), opacificação do seio acometido, nível hidroaéreo
PERIOSTITE COM EDEMA/VERMELHIDÃO + Tratamento:
DESAPARECIMENTO DO SULCO RETROAURICULAR + - AMOXICILINA 45-50MG/KG/DIA “ATÉ MELHORAR + 7 DIAS” (na
DESLOCAMENTO DO PAVILHÃO prática: 10-14 dias). Em adultos, geralmente se indica amox-clav diretamente.
- SOLUÇÃO SALINA NASAL
Tratamento: INTERNAR + EXAME DE IMAGEM PARA AVALIAR
GRAVIDADE (TC) + ATB PARENTERAL (ceftriaxone, amox-clav). Complicações:
É um quadro preocupante, pois pode evoluir para osteomielite! CELULITE ORBITÁRIA OU PÓS-SEPTAL
- Complicação da sinusite de SEIO ETMOIDAL que evolui com
INFLAMAÇÃO DE TECIDOS DA ÓRBITA E PALPEBRAS, com
PROPTOSE + DOR À MOVIMENTAÇÃO + EDEMA NA
CONJUNTIVA (infecção da órbita e tecidos adjacentes).
Pode comprometer o NERVO ÓPTICO.
- Conduta: INTERNAR + TC + ATB. Drenagem se não resolver.
Sinusite Aguda
Conceitos:
Quadro Clínico:
- Paciente típico: criança de 5-15 ANOS
- Quadro de EVOLUÇÃO ABRUPTA (!) NÃO PRECEDIDO POR IVAS
- FEBRE ALTA e DOR DE GARGANTA + NÃO TEM TOSSE E CORIZA (!)
- Pode ser diagnóstico diferencial de abdome agudo na infância
(vômitos/dor abdominal)
HERPANGINA
Imagens: lecturio.com - COXSACKIE A + ÚLCERAS (em
- Tratamento:
região posterior da cavidade) +
Internação (controverso) +
LACTENTE E PRÉ-ESCOLAR +
ATB parenteral (CEFTRIAXONE + CLINDAMICINA) + VESÍCULAS EM MÃOS E PÉS
DRENAGEM (aspiração por agulha ou incisão e drenagem) (“síndrome mão-pé-boca”)
Imagem: MSD Manuals
Imagem: UpToDate
NORMAL EPIGLOTITE
Conceitos: Por que inspiração e expiração? Perceba: o ar entra na inspiração, mas não sai
- Causa MAIS COMUM de estridor crônico! Há um COLAPSO DAS ESTRUTURAS pela expiração no lado acometido/obstruído! Gera-se uma assimetria na
SUPRAGLÓTICAS durante a INSPIRAÇÃO por INSTABILIDADE DA REGIÃO radiografia! Por isso é importante fazer na inspiração e na expiração!
LARINGEA
Tratamento Agudo:
Quadro Clínico: - OBSTRUÇÃO NÃO GRAVE: estimular tosse
- ESTRIDOR INSPIRATÓRIO, tipicamente de início nas PRIMEIRAS 2 - OBSTRUÇÃO GRAVE (“NÃO CONSEGUE RESPIRAR”): manobra de
SEMANAS DE VIDA. O espectro de gravidade é amplo, mas não costuma ser desobstrução
um quadro grave. Os sintomas PIORAM COM CHORO, AGITAÇÃO, SE < 1 ANO: 5 GOLPES NO DORSO/5 COMPRESSÕES TORÁCICAS
ALIMENTAÇÃO (“qualquer coisa que gere o turbilhonamento do ar na região SE > 1 ANO: MANOBRA DE HEIMLICH
laríngea”) e com a POSIÇÃO SUPINA. MELHORAM COM O SONO,
- TRATAMENTO DEFINITIVO: retirada por BRONCOSCOPIA.
SITUAÇÕES TRANQUILAS/CALMAS.
Pneumonia Bacteriana
Conceitos Iniciais:
- 2-3% das infecções do epitélio
Lobar Broncopneumonia Intersticial
respiratório
- 10-20% evoluem para óbito - PNEUMONIA LOBAR
- Uma pneumonia, na verdade, pode ser “Comprometimento homogêneo dos lobos”
bacteriana, atípica, viral (bronquiolite) Mais comum no S. pneumoniae
Bacteriana: quadro agudo/grave - BRONCOPNEUMONIA
Atípica: evolução insidiosa “Lesões não respeitam a segmentação pulmonar”
Viral (bronquiolite): sibilos Pode ocorrer no S. aureus
Etiologia:
É considerada pneumonia COMUNITÁRIA: casos em que NÃO HOUVE
HOSPITALIZAÇÃO NO ÚLTIMO MÊS!
Se < 2 meses:
S. AGALACTIAE (GRUPO B) - Permite AVALIAÇÃO DE
GRAM-NEGATIVOS ENTÉRICOS (principalmente E.coli) COMPLICAÇÕES: derrame pleural
(↓FTV, ausência ou ↓MV,
Se > 2 meses: percussão maciça ou submaciça,
S. PNEUMONIAE (+ comum) velamento de seio costofrênico)
H. INFLUENZAE (seja não tipável, seja tipo B)
S. AUREUS Obs 1: no derrame pleural, S.
Derrame Pleural
Quando pensar e S. aureus? Quadro GRAVE; acompanhada de pneumoniae é a causa mais
COMPLICAÇÕES, como derrame pleural ou pneumatocele; com comum (por mais que seja um
alguma PORTA DE ENTRADA CUTÂNEA)
achado característico da
Quadro Clínico: pneumonia por S. aureus)
- PRÓDROMOS CATARRAIS. “Na criança, o quadro não é tão agudo assim.”
- FEBRE E TOSSE Obs 2: cuidado no RX com o timo
- DOR ABDOMINAL: pode haver nos casos de acometimento de lobos (sinal da vela do barco),
Sinal da Vela do Barco principalmente em lactentes.
inferiores
- Sinais clássicos (ESTERTORES CREPITANTES, AUMENTO DO FTV,
OUTROS EXAMES:
BRONCOFONIA, PECTORILÓQUIA)
- Hemograma: LEUCOCITOSE
- TAQUIPNEIA (!)
- Provas de atividade inflamatória (PRÓ-CALCITONINA, PCR): podem
Quais os SINAIS DE GRAVIDADE? ser úteis no acompanhamento de casos hospitalizados PRÓ-
- TIRAGEM SUBCOSTAL CALCITONINA BAIXA (<0,1) TEM ELEVADO VALOR PREDITIVO NEGATIVO!
- BATIMENTO DE ASA NASAL
IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE:
- GEMÊNCIA
- Hemocultura: taxa de positividade baixa (~ 20%)
- CIANOSE. “Representa uma PNM MUITO grave. Franca IRPa”
- Análise do líquido pleural: se derrame pleural
Diagnóstico Complementar: Possíveis complicações...
RADIOGRAFIA DE TÓRAX Derrame Pleural Parapneumônico
- AUXÍLIO no diagnóstico: corrobora a suspeita CONSOLIDAÇÃO COM
AEROBRONCOGRAMA/PNEUMONIA REDONDA. Se normal, não afasta a doença. - Principal agente: PNEUMOCOCO
NÃO DEVE SER UTILIZADA PARA “AVALIAR CURA” - Avaliação: RX/USG
- Conduta: TORACOCENTESE. Se exsudato não complicado: conservador
- Indicada em casos de HOSPITALIZAÇÃO/INTERNAÇÃO
com ATB. Indicações de drenagem:
- Ajuda a ver a EXTENSÃO DO PROCESSO PNEUMÔNICO: se hemitórax Aspecto purulento (empiema)
opaco, pensar em atelectasia ou derrame pleural volumoso. Se pH < 7,2
aerobroncograma = pneumonia muito extensa. Glicose < 40
Gram e/ou cultura positivos
Pneumatoceles
- Cavitações de paredes finas
- Muito sugestivas de pneumonia por S. aureus
- Desaparece com a melhora do quadro
Abcesso Pulmonar
Pneumonia Atípica
Quadro arrastado, cheio de MANIFESTAÇÕES EXTRAPULMONARES, NÃO
MELHORA COM PENICILINA, causadas por agentes que NÃO CRESCEM EM
MEIOS DE CULTURA CONVENCIONAIS
Etiologia:
- MYCOPLASMA PNEUMONIAE (eventualmente C. pneumoniae)
Pneumatocele Abscesso
- Paciente típico: CRIANÇAS MAIORES QUE 5 ANOS!
Tratamento: Clínica:
- Pneumonia +
INDICAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO
- História de CONTATO COM CASOS SEMELHANTES (vizinho,
- IDADE < 2 MESES (se < 2 meses + taquipneia = pneumonia GRAVE!) comunidade, condomínio, etc) +
- INÍCIO GRADUAL/ARRASTADO +
- Comprometimento respiratório grave (TIRAGEM SUBCOSTAL, QUEDA
Miringite Bolhosa
- ODINOFAGIA + ROUQUIDÃO + DOR NO
DE SATURAÇÃO < 92% EM AR AMBIENTE, CIANOSE, TAQUIPNEIA*)
OUVIDO (MIRINGITE BOLHOSA) + ANEMIA
Menor de 1 ano: considerar se > 70 irpm HEMOLÍTICA POR IGM
Maior de 1 ano: considerar> 50 irpm - Pode não haver taquipneia
- Grave comprometimento do estado geral (LETARGIA, TORPOR, - Também há relação com Guillain-Barré,
“VOMITANDO TUDO QUE INGERE”, “INCAPAZ DE INGERIR ALIMENTOS Steven-Johson e Raynaud
OU LÍQUIDOS”, TAQUIPNEIA) Imagem: Clínica Marcio Vera
- Doença de base (não existe uma lista específica. Alguns exemplos: Laboratório:
CARDIOPATIA GRAVE, IMUNODEPRESSÃO, FIBROSE CÍSTICA, - Elevação de CRIOAGLUTININAS é um dado suspeito
DESNUTRIÇÃO GRAVE, ETC)
Tratamento:
- Complicação ou extensão radiológica (DERRAME PLEURAL, - MACROLÍDEO (azitromicina ou claritromicina)
ABSCESSO, PNEUMATOCELE)
Pneumonia Afebril do Lactente
- FALHA DA TERAPÊUTICA AMBULATORIAL OU RISCO SOCIAL
Etiologia:
ESCOLHA ANTIMICROBIANA - CHLAMYDIA TRACHOMATIS: relação com PARTO VAGINAL (ou
cesárea com bolsa rota prévia, menos comum em prova) e COLONIZA
Tratamento Hospitalar (< 2 meses)
CONJUNTIVA E NASOFARINGE!
- AMPICILINA (ou penicristalina cristalina) + AMINOGLICOSÍDEO IV
Quadro Clínico:
(gentamicina). Não existe tratamento ambulatorial para < 2 meses!
- CONJUNTIVITE NO RN AO FINAL
Tratamento Ambulatorial (> 2 meses)
DA PRIMEIRA SEMANA DE VIDA (7-
- AMOXICILINA (VO) por 7-10 dias 14 dias)* + início insidioso (AFEBRIL)
- Alternativa: penicilina procaína IM + tosse intensa (sintoma marcante
- Sempre REAVALIAR em 48-72h no início do quadro) + taquipneia
(pneumonia no 1º TRIMESTRE,
Tratamento Hospitalar (> 2 meses) Imagens: MSD Manuals
GERALMENTE 1-3 MESES)
- PENICILINA CRISTALINA (IV) se pneumonia GRAVE - Geralmente em BOM ESTADO GERAL, com possibilidade de
- Alternativa: AMPICILINA IV ESTERTORES
- A SBP indica a POSSIBILIDADE DE AMOXICILINA VO mesmo nas crianças - AUSÊNCIA DE FEBRE
com pneumonias comunitárias graves que sejam hospitalizadas, sendo a terapia
Obs: não é comum, mas pode haver sibilo (não confunda com bronquiolite).
parenteral obrigatória apenas na presença de complicações.
- Se estiver pensando em S.aureus: OXACILINA > VANCOMICINA IV (*) A conjuntivite da pneumonia afebril do lactente faz diagnóstico diferencial
- Sempre REAVALIAR! com a conjuntivite GONOCÓCICA! Esta última, por sua vez, é MAIS PRECOCE (2-
5 dias)
E quando houver FALHA TERAPÊUTICA?
É importante descartar falta de adesão, pneumonia viral e resistência bacteriana Exames Complementares:
- Hemograma: EOSINOFILIA. “Ninguém sabe exatamente o porquê.”
Se falha após 48-72 horas:
- RX: INFILTRADO INTERSTICIAL e eventualmente HIPERINSUFLAÇÃO.
(1) Faz RX DE TÓRAX/USG PULMONAR para descartar derrame pleural!
Tratamento:
Se derrame pleural: TORACOCENTESE
- MACROLÍDEOS (azitromicina ou eritromicina)
Se empiema ou complicado (pH < 7,2, glicose < 40, bactérias em
- Se lactente < 2 meses, o tratamento hospitalar é obrigatório!
gram ou cultura): DRENAGEM + MANTER TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO Obs: Eritromicina está tipicamente relacionada com estenose hipertrófica de
piloro (“vômitos não biliosos”, massa palpável). É importante evitar o uso em
Se não tiver empiema/derrame: < 6 semanas.
- Pensar em resistência bacteriana ou falta de adesão ao tratamento =
TROCAR O ATB.
SE CONFIRMAR NO SEGUNDO EXAME: TESTE DO SUOR (perceba - OUTROS: suporte nutricional, reposição de vitaminas lipossolúveis,
que a IRT não fecha diagnóstico! É triagem) prevenção de distúrbios hidroeletrolíticos (reposição de sódio, etc)
SE CRIANÇA JÁ TEM MAIS DE 30 DIAS DE VIDA E NÃO REPETIU O
Diagnóstico Diferencial: DISCINESIA CILIAR PRIMÁRIA
TESTE: fazer diretamente o TESTE DO SUOR
- Funcionamento inadequado do epitélio ciliar
Então...
- INFECÇÕES SINOPULMONARES RECORRENTES
- DIANTE DA SUSPEITA, SOLICITAR O TESTE DO SUOR
- TOSSE CRÔNICA pode estar presente desde o período neonatal e
CLORETO < 29: NÃO É FIBROSE CÍSTICA
evoluir com BRONQUIECTASIAS
CLORETO 30-59 (VALOR INTERMEDIÁRIO): pode confirmar o
- Achado importante para diferenciar de fibrose cística: OTITE
diagnóstico com a PESQUISA DE MUTAÇÕES
RECORRENTE
CLORETO > 60: FIBROSE CÍSTICA (tem que confirmar em 2 amostras)
- Em prova, há uma condição clássica de discinesia ciliar primária, que
O teste do suor é o primeiro que a gente pede! E presta atenção... Deve haver o é a SÍNDROME DE KARTAGENER! Além do quadro de
aumento do cloro (> 60) em 2 AMOSTRAS! Não basta 1 amostra alterada!
SINUSITE CRÔNICA e BRONQUIECTASIA, há SITUS
MAS O CLORO NÃO FICA DENTRO DA CÉLULA NA FIBROSE CÍSTICA?
Pois é... Na glândula sudorípara, a função da CFTR não é colocar o cloro para fora! INVERSUS!
É colocar o cloro para dentro da célula! O mesmo vale para o sódio! Por isso, NO - O ÓXIDO NÍTRICO NASAL ESTARÁ BAIXO, diferente do que
TESTE DO SUOR HÁ AUMENTO DE CLORO E DE SÓDIO! Por isso que se diz que a ocorre em condições inflamatórias/infecciosas do epitélio nasal.
criança é “salgada”.
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
@ casalmedresumos Vacinação e Doenças do Trato Urinário
1. Vacinação QUAL A DIFERENÇA DE VACINA CONJUGADA PARA VACINA COMBINADA?
6 meses PENTA + VIP + COVID* Penta (5) + COV1P - DOSE ÚNICA AO NASCER
(*) Acrescida a partir de Janeiro/24 5+1=6 - Pode ser feita ATÉ 5 ANOS DE
7 meses COVID - IDADE.
OBS: se perder a vacina - Via de administração: INTRADERMICA em inserção inferior do
contra COVID-19 nessa
faixa etária, tem até os deltoide direito
9 meses FEBRE AMARELA + COVID 11 meses e 29 dias para
aplicar as 3 doses, - Evolução da cicatriz: mácula/nódulo > pústula > úlcera > cicatriz
respeitando o intervalo: (gânglio < 3cm). NÃO ESTÁ INDICADA REVACINAÇÃO NA AUSÊNCIA
D1 – 4 semanas – D2 – 8 DE CICATRIZ!
semanas – D3
Imagem: Ministério da Saúde
12 meses TRÍPLICE + REFORÇO PNM + TPM
REFORÇO MNC
EFEITOS ADVERSOS/ESAVI:
Ulceração > 1cm (permite conduta expectante inicial)
TRÍPLICE VIRAL 2 doses: até 29 anos
Abscesso subcutâneo frio
1 dose: 30-59 anos
Linfadenite regional supurada (adenomegalia > 3cm, sinais de
fistulização e flogose)
Idealmente: 2 doses (9m E 4a) Conduta: NOTIFICAR + ISONIAZIDA ATÉ A RESOLUÇÃO DO
QUADRO! Nos casos de úlcera > 1cm, é permitida a conduta
FEBRE AMARELA Se chegou na adolescência sem expectante por 12 semanas (na persistência, fazer isoniazida)
imunização: apenas 1 dose
Se abscesso quente (com sinais flogísticos): ATB (cefalexina/amox-clav)
Se recebeu 1 dose antes dos 5 anos:
+ 1 reforço CONTRAINDICAÇÕES OU ADIAMENTO:
Peso menor de 2kg
Lesão de pele extensa
HPV 2 doses para adolescentes de 9-14 Imunossupressão
anos (0-6 meses) Uso de imunomodulador durante a gestação (adiar)
RN comunicante domiciliar de bacilífero*
MENINGOCÓCICA ACWY Dose única para adolescentes de 11- (*) Contato domiciliar com bacilífero: NÃO FAZ BCG! INICIA
14 anos QUIMIOPROFILAXIA COM ISONIAZIDA OU RIFAMPCINA!
- O INTERVALO MÍNIMO deve ser de 4 semanas entre as doses (*) Entendendo quando pode fazer vacina de vírus vivo no HIV...
(idealmente 8 semanas) HIV vs FEBRE AMARELA E TRÍPLICE/TETRAVIRAL
- Contraindicações: invaginação intestinal prévia, malformação Alteração Contagem de Área com
congênita intestinal não corrigida, imunodeprimidos Imunológica LT-CD4 Recomendação
(< 13 anos) (> 13 anos) de Vacina
- NÃO REVACINAR se cuspir/vomitar!
A: acelular (preferência, se possível | utilizar em situações especiais = ver - PNI: até < 5 anos
adiante) - Se doença meningocócica mesmo vacinado: PENSAR NO SOROTIPO B
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
VIP Até quando?
- Poliovírus (1, 2 e 3) inativado
- BCG: até 4 anos, 11 meses e 29 dias
(trivalente: 3 poliovírus inativados)
- Sempre usado nas DOSES INICIAIS - VIP: até 5 anos (depois disso, só VOP)
- Usada nos REFORÇOS para - VORH: 1ª dose até 3m15d e 2ª dose até 7m29d
imunodeprimidos, comunicantes de
imunodeprimidos e hospitalizados - Pneumocócica-10 e Meningocócica: até 4 anos, 11 meses e 29
dias
- PNI: doses iniciais em < 5 anos
- Tríplice viral: até 29 anos (depois disso, basta UMA dose até os 59
- CRIE: disponível para crianças imunodeprimidas > 5 anos não anos)
vacinadas ou em contato com imunodeprimidos.
- A partir dos 5 anos: só pode VOP (exceto nas situações acima) - Tetra viral: após 15 meses e até < 5 anos (obrigatoriamente pós
tríplice)
- EVENTOS ADVERSOS/ESAVI: reação local
- DESVANTAGEM: não interrompe a cadeia da doença DIFERENÇAS BÁSICAS DO CALENDÁRIO DE SÃO PAULO
- BCG: pode ser feita até os 15 anos
Hepatite A - VIP: pode ser feita até os 19 anos
menores de 5 anos)
HPV
Grave
OBSERVAR 10 DIAS!
Leve - Se raiva, morre ou VACINAR
desaparece: vacina (4 doses: dias 0, 3, 7 e 14)
(4 doses: 0, 3, 7, 14)
Grave OBSERVAR por 10 DIAS!
- Se raiva, morre ou VACINA
desaparece: VACINA (4 doses: 0, 3, 7 e 14)
(4 doses: 0, 3, 7, 14) + SORO
+ SORO
DETALHES
- VACINA: IM/ID em 4 doses (0-3-7-14)
- SORO: D0 ou até D7 (3ª dose) da vacina. Se passar de D7, não há mais indicação! Imagens: Ministério da Saúde
ALTA ESPECIFICIDADE:
- NITRITO POSITIVO (representam a conversão de nitrato pelas bactérias
gram-negativas/avaliado na fita reagente/baixa sensibilidade/alta
especificidade)
URINOCULTURA
- É OBRIGATÓRIA para a confirmação do diagnóstico!
O EAS não apenas levanta suspeita! É obrigatória a urinocultura positiva!
Como interpretar?
- JATO MÉDIO
> 100.000 UFC/ml
- SACO COLETOR
Se negativa, com certeza não tem ITU (alto valor preditivo
negativo);
Se > 100.000 ou 105 + EAS alterado + sintomas = pode utilizar
como diagnóstico, segundo o Nelson
- PUNÇÃO SUPRAPÚBICA
Qualquer crescimento bacteriano; > 50.000 segundo Nelson
- CATETERISMO
> 50.000: não há ponto de corte universalmente aceito
Tratamento:
Cistite:
- Tempo: 3-5 dias
- Ambulatorial: NITROFURANTOÍNA, AMOXICILINA, CEFALEXINA
Pielonefrite:
- Tempo: 7-14 dias
Etiologia: - Não aguardar resultado da urinocultura para iniciar o tratamento
GRAM NEGATIVOS: - É possível iniciar o tratamento de forma hospitalar e terminar de
- E. coli (masculino e principalmente feminino) em 80-90% dos casos (!) forma ambulatorial
- Klebsiela
- Proteus (alcalinização da urina e cálculos de estruvita) Quando internar?
- Pseudomonas: manipulação de trato urinário/uso prévio de ATB
MENOR DE 3 MESES
GRAM POSITIVOS: SINAIS DE SEPSE
- S. saprophyticus (mulheres jovens sexualmente ativas). NÃO INGERE LÍQUIDOS
- Enterococo: manipulação do trato urinário, coloniza prepúcio DESIDRATAÇÃO, VÔMITOS,
PROSTRAÇÃO
VÍRUS:
- Adenovírus (cistite hemorrágica) Perceba... Não internamos todos
os casos de pielonefrite!
Em meninos... E.coli > Proteus
Em meninas... E.coli > Klebsiella
Formas Clínicas: Se hospitalar...
- Cistite - CEFALOSPORINA DE 3ª GERAÇÃO (CEFTRIAXONE), AMPICILINA +
- Pielonefrite (se tem febre é pielonefrite) AMINOGLICOSÍDEO
Obs: enterococo é resistente ao ceftriaxone preferir ampicilina +
- Bacteriúria assintomática
aminoglicosídeo
Quadro Clínico:
Se ambulatorial...
- Manifestações específicas: em pacientes mais velhos, há disúria, - AMOX-CLAV, CEFALEXINA, SMZ-TMP
urgência, polaciúria, incontinência, urina turva e fétida - Não fazer nitrofurantoína! Não é suficiente...
- Manifestações inespecíficas: baixa ganho ponderal, irritabilidade,
recusa alimentar...
Como fazer?
- SMZ-TMP ou NITROFURANTOÍNA 1x/dia em 1/2 ou 1/3 da dose
habitual.
- Cefalexina é uma alternativa para crianças < 2 meses
E APÓS O TRATAMENTO?
BUSCAR OS FATORES DE RISCO PARA EVITAR RECORRÊNCIAS! Pesquisar
RVU, constipação... Para isso, realizamos EXAMES DE IMAGEM! As possibilidades
são:
Exames de Imagem:
Refluxo Vesicoureteral (RVU) GRAU II: refluxo para o sistema coletor sem dilatação
GRAU III: refluxo para um ureter dilatado e/ou apagamento dos fórnices
Conceitos: calicinais
- REFLUXO RETRÓGRADO de urina da bexiga para ureter e sistema GRAU IV: refluxo para um ureter grosseiramente dilatado
pielocalicial
- A implantação do ureter na bexiga se faz de forma OBLÍQUA! GRAU V: refluxo maciço, com dilatação e tortuosidade significativas do
ureter, com perda da impressão papilar
Na UCM...
Repare que a bexiga está toda trabeculada (o que indica esforço miccional) e que Tratamento:
a uretra prostrática está dilatada! A seta aponta uma falha de enchimento, que é Comportamento miccional: garantir esvaziamento completo,
justamente o local da obstrução! Na clínica, sempre desconfie que houver jato micção regular, etc.
urinário fraco! Tratamento da constipação, se houver
Conduta: Anticolinérgicos (oxibutinina)
- ATENÇÃO AO DIAGNÓSTICO
LABORATORIAL: a IgG materna passa
pela placenta!
IgM positiva no RN =
INFECÇÃO!
IgG positiva no RN = PODE
Imagem: myloveview.com.br SER IGG MATERNA!
Se a banca não der os dados... - SINTOMAS INESPECÍFICOS = podem ocorrer na maioria das infecções
congênitas!
Maior que 37 semanas e < 2kg: considere PIG
Maior que 37 semanas e > 4kg: considere GIG HEPATOMEGALIA
ICTERÍCIA
Infecção Neonatal EXANTEMA
CORIORRETINITE
TRANSPLACENTÁRIA: onde entram as infecções congênitas, ANEMIA HEMOLÍTICA
foco da aula! MICROFTALMIA
ASCENDENTE OU INTRAPARTO
COMUNITÁRIA OU NOSOCOMIAL
SÍFILIS PRECOCE (< 2 ANOS) Avaliação clínica, audiológica e oftalmológica + VDRL de sangue
periférico + hemograma + punção lombar + RX de ossos longos +
RINITE SIFILÍTICA avaliação hepática e eletrólitos
Obstrução + secreção Sempre solicitar esses exames, mesmo que o RN esteja assintomático.
serossanguinolenta Obs: os testes treponêmicos (TPHA, FTABS, teste rápido) NÃO são usados na
Diagnóstico diferencial com avaliação do RN)
sinusite bacteriana
Imagem: gettyimages.com.br
- Hemograma:
PLACAS MUCOSAS, CONDILOMA PLANO Anemia, plaquetopenia, leucocitose ou leucopenia.
Tipicamente ao redor do ânus
- Punção lombar: neurossífilis se
Cuidado para não confundir
com violência sexual VDRL REAGENTE ou
CELULARIDADE > 25 ou
PÊNFIGO PALMOPLANTAR PROTEINORRAQUIA > 150
Exantema vesicobolhoso
Todas as lesões cutâneas são - RX de ossos longos:
ricas em treponema! Osteocondrite, periostite
Imagens: cremal.org.br
OSTEOCONDRITE Tratamento
Inflamação na região metafisária adjacente à cartilagem de
crescimento Quando considerar o tratamento INADEQUADO?
Extremamente dolorosas NÃO PENICILÍNICO (se alergia: dessensibilização >
eritromicina)
PSEUDOPARALISIA DE PARROT: INADEQUADO PARA A FASE
Membro “paralisado” por causa da dor com exame INCOMPLETO/SEM QUEDA DO VDRL
neurológico normal INÍCIO > 30 DIAS ANTES DO PARTO
Diagnóstico diferencial com paralisia de plexo braquial PARCEIRO NÃO TRATADO
NÃO DOCUMENTADO
PERIOSTITE DE DIÁFISE DE OSSOS LONGOS E OSSOS DO CRÂNIO Situação 1
Sinal do duplo contorno no RX = novas camadas de periósteo MÃE NÃO TRATADA OU INADEQUADAMENTE TRATADA
se formando Realizar TODOS os exames e tratar TODOS os casos!
Outras:
SNC, ANEMIA HEMOLÍTICA COOMBS DIRETO NEGATIVO, LCR alterado (VDRL reagente ou células > 25 ou PTN > 150):
SINAL DE WIMBERGER (“rarefação da tíbia”) CORIORRETINITE Penicilina Cristalina IV por 10 dias
(padrão “sal e pimenta na fundoscopia) LCR normal e outra alteração (imagem/clínica):
Penicilina Cristalina IV 10 dias ou
SÍFILIS TARDIA (> 2 ANOS)
Penicilina Procaína IM 10 dias (50.000U/kg/dose)
- FRONTE OLÍMPICA
Assintomático e TODOS os exames normais:
- NARIZ EM SELA Penicilina Benzatina DU
- RÁGADES SIFILÍTICAS Situação 2
- ALTERAÇÕES DENTÁRIAS: HUTCHINSON E MOLAR EM AMORA MÃE ADEQUADAMENTE TRATADA
Pedir inicialmente apenas o VDRL do RN!
- TÍBIA EM SABRE
RN sintomático/exame físico alterado ou VDRL maior que o materno
- ARTICULAÇÃO DE CLUTTON em 2 diluições (2x maior):
Pedir TODOS os exames e
- CERATITE INTERSTICIAL
Tratar com Penicilina Cristalina (LCR alterado) ou Procaína
- SURDEZ (LCR normal) 10 dias
Se exame físico alterado com VDRL não reagente: avaliar
outras infecções congênitas (STORCH)
Sequelas:
- SURDEZ = CMV congênita é a principal causa de surdez
neurossensorial não hereditária na infância.
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
Síndrome da Rubéola Congênita 3. Distúrbios Respiratórios do RN
RADIOGRAFIA
Padrão do infiltrado
Expansibilidade pulmonar (aumentada/diminuída)
Obs 2: o RN/lactente com SRC excretam o vírus por tempo prolongado Imagem: edisciplinas.usp.br
(praticamente 2 anos) evitar contato com gestantes susceptíveis.
Composto lipídio (principalmente fosfatidilcolina/lecitina) +
Tratamento: proteínas.
- Manejo das sequelas e EVITAR A TRANSMISSÃO! Função de fornecer a estabilidade alveolar (↓tensão
superficial na interface entre ar e líquido dentro do alvéolo)
Varicela Congênita Só existe em quantidade suficiente a partir de 34-35
semanas
Agente:
Qual a consequência da deficiência do surfactante?
- Vírus VARICELA ZOOSTER
- INSTABILIDADE ALVEOLAR (↓tempo da troca gasosa + ↑trabalho
Transmissão: respiratório > MICROATELECTASIAS + ACIDOSE RESPIRATÓRIA)
- Só ocorre se a transmissão ocorrer nas PRIMEIRAS 20 SEMANAS de
gestação (em especial nas primeiras 13 semanas) Fatores de Risco:
Quando pensar?
Clinica: - PREMATURIDADE!
- LESÕES CICATRICIAIS QUE ACOMPANHAM O - ASFIXIA (hipóxia fetal ou periparto morte de células. produtoras de
TRAJETO DE UM DERMÁTOMO surfactante)
(ZOOSTERIFORMES) - SEXO MASCULINO
- DIABETES MATERNO
- HIPOPLASIA DE MEMBROS
- COR BRANCA
Imagem: medicina.ufba.br
- GEMELARIDADE
- Olhos: CATARATA, MICROFTALMIA, CORIORRETINITE, ATROFIA Existem fatores que reduzem o risco? Sim!
ÓPTICA - RUPTURA PROLONGADA DE MEMBRANAS
- Doença neurológica: MICROCEFALIA, HIDROCEFALIA, CALCIFICAÇÕES, - ESTRESSE FETAL CRÔNICO (ex: insuficiência placentária)
ALTERAÇÕES NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.
Qualquer coisa que faça o feto secretar cortisol! Ou seja, podemos dizer que
Tratamento: entre um bebê PIG, um AIG e um GIG, para uma mesma idade gestacional, do
- MANEJO DAS SEQUELAS ponto de vista pulmonar, o PIG estará melhor!
Radiografia:
- VIDRO MOÍDO/FOSCO - INFILTRADO RETICULOGRANULAR DIFUSO (igual a DMH)
(AEROBRONCOGRAMA)
Exames Adicionais:
- Volume pulmonar reduzido HEMOGRAMA:
ESCORE DE RODWELL > 3: avalia vários parâmetros possíveis
- Pode ser normal nas primeiras 6-12h
NEUTROPENIA (alta especificidade)
Imagem: epadipedia.org de vida.
PLAQUETOPENIA
Laboratório: hipoxemia (↓PO2) e ↑PCO2 (acidose respiratória) RELAÇÃO I/T > 0,2 (neutrófilos imaturos/neutrófilos totais): alta
sensibilidade/valor preditivo negativo
Tratamento:
- CONSIDERAR ATB (quadro semelhante à pneumonia/sepse neonatal) - Precoce: AMPICILINA + AMINOGLICOSÍDEO (GENTAMICINA)
- Tardia: OXACILINA OU VANCOMICINA + AMINOGLICODÍDEO
Oxigênio por capacete (hood) = não altera história da doença
depende da CCIH do hospital (pegar S. aureus e gram-negativos)
Prevenção:
- PREVENÇÃO DA PREMATURIDADE, por ser o principal fator de risco Prevenção da Sepse pelo GBS
- CORTICOIDE ANTENATAL entre 24-34 semanas
Qual a conduta do RN assintomático?
Pneumonia/Sepse Neonatal
Fluxograma AAP em RN de qualquer IG (2010)
Conceitos:
Ainda é o mais cobrado em prova!
SEPSE “PRECOCE” (< 48-72h ou 7 dias)
Se corioamnionite = EXAME + ATB
Antes ou durante o nascimento
Se prematuridade ou bolsa rota > 18 horas = EXAME, SE
Infecção ascendente/intraparto
TINHA QUE FAZER PROFILAXIA, MAS NÃO FEZ.
Estreptococos agalactiae (grupo B), enterobactérias, E. coli,
Listeria
Fluxograma AAP/SBP em RN > 35 semanas (2021)
SEPSE “TARDIA” (> 48-72h ou > 7 dias) Se corioamnionite: EXAME + ATB
Transmissão nosocomial/comunitária Se profilaxia indicada e não feita: OBSERVAÇÃO
Estafilococos (epidermidis ou aureus), enterobactérias, gram Pelo fluxograma de 2010, teria que ser realizado exame. Aqui não, mesmo se
negativos ou fungos (risco: < 1kg, NPT, uso prévio de ATB) prematuridade ou bolsa rota > 18h!
Clínica:
- Início nas PRIMEIRAS HORAS
Zona 1: cabeça e pescoço (BT ~ 6)
- Desconforto respiratório GRAVE/PROGRESSIVO
- Sinais de SOFRIMENTO FETAL CRÔNICO (CIUR...)
Zona 2: até umbigo (BT ~ 9)
- IMPREGNAÇÃO POR MECÔNIO (coloração amarelada nas unhas, coto
umbilical de coloração diferente...)
Zona 3: até joelhos (BT ~ 12)
Radiografia:
- Infiltrado GROSSEIRO Zona 4: até tornozelos/antebraço (BT ~ 15)
- Pneumotórax
- Volume pulmonar aumentado + Zona 5: até palmas/plantas (BT ~ 18)
hiperinsuflação
- Áreas de hipotransparência (se
atelectasia)
Imagem: epadipedia.org
Imagem: prematuridade.com
USO DE ANTIRRETROVIRAIS
Antes de prosseguir, é necessário entender quem é o RN de alto e
baixo risco:
RN DE BAIXO RISCO
AZT (zidovudina), na sala de parto (primeiras 4h de vida) e
manter por 4 semanas
Usada em casos de
incompatibilidade RH onde
podemos ter níveis de bilirrubina
muito altos, mas dificilmente
utilizada porque a fototerapia
tem resolvido todos os
problemas.
Temperatura da sala de parto: 23-25°C O: oxímetro de pulso + monitor cardíaco = desde o início!
Normotermia do RN: 36,5-37,0ºC
Reavaliação Após Passos Iniciais
Perguntas Iniciais
AVALIAR FC E RESPIRAÇÃO!
(1) Gestação > 34 semanas? Ausculta e palpação do cordão: subestimam a FC
(2) Respirando ou chorando? “Vitalidade” Na prática: ausculta 6 segundos e multiplica por 10
Ideal: MONITOR CARDÍACO
(3) Tônus muscular em flexão?
Desde o início em < 34 semanas
QUALQUER NÃO MESA DE REANIMAÇÃO Após VPP em > 34 semanas
SIM PARA AS 3 COLO MATERNO
Se > 34 semanas FREQ. CARDÍACA RESPIRAÇÃO CONDUTA
Cuidados de rotina >
Boa vitalidade: clampeamento após mínimo de 60 > 100bpm Regular
levar ao colo materno
segundos + colo da mãe
Sem boa vitalidade: estímulo tátil no dorso + < 100bpm Apneia ou gasping VPP + monitorização
Indicações de IOT
Ventilação por máscara não efetiva ou prolongada
Indicação de massagem cardíaca ou adrenalina
Suspeita de hérnia diafragmática (não pode ventilar com máscara) (!)
- EOSONIFILIA
O diagnóstico é clínico, mas se fizer avaliação histopatológica, vamos descobrir
que é uma lesão RICA EM EOSINÓFILOS.
Capurro SOMATONEUROLÓGICO
- Realizar somente A PARTIR DE 6H DE VIDA Melanose Pustulosa (ou Pustulose Transitória do RN)
- Parâmetros avaliados: textura da pele, forma da orelha, glândula
mamária, pregas plantares, sinal do cachecol ou xale, posição da cabeça - PRESENTES AO NASCIMENTO
ao levantar o RN (sai formação da aréola e entra cachecol e posição da Diferente do eritema tóxico, aparece
cabeça) desde o momento do nascimento!
- IG: K (200) + soma de pontos/7
Imagem: Erupções vesicopustulosas benignas no neonato
| Tami de Araújo | An. Bras. Dermatol. 81 (4). Ago 2006
Imagem: mdsaude.com
- DEFEITO NA BASE DO CORDÃO UMBILICAL + MEMBRANA O que ocorre é uma alteração no desenvolvimento da articulação coxofemoral.
PERITONEAL RECOBRINDO + MALFORMAÇÕES/SÍNDROMES É uma condição CONTÍNUA, que nem sempre vai estar presente no momento
ASSOCIADAS do nascimento, mas que pode ir se desenvolvendo com o tempo. É importante
que o diagnóstico seja feito precocemente! Caso contrário, pode ser causa de
O termo ‘onfalo’ vem de cordão! ‘Cele’ vem de saída, extrusão de conteúdo. A alterações da marcha no futuro, como a claudicação quando a criança começar
exteriorização está na base do cordão! E esse cordão está implantado no vértice a deambular.
dessa massa que está se exteriorizando! Aqui, tipicamente uma membrana MANOBRA DE BARLOW
recobre... Não é um monte de alça solta! Na gastrosquise, é comum que a criança - Articulação instável
tenha somente gastrosquise (quando possui algo associado, geralmente é atresia Quando eu faço a manobra de Barlow, o
intestinal). Na onfalocele, é muito frequente a presença de malformações meu objetivo é identificar uma articulação
associadas. instável. A articulação coxofemoral está no
local correto, mas está instável, ou seja,
facilmente luxável. É uma manobra
provocativa!
- Manobra: adução do quadril + pressão posterior
- Positivo: palpa a luxação
Imagens: pdfcoffee.com
Imagens: lecturio.com MANOBRA DE ORTOLANI
- Reduz a articulação luxada
- SÍNDROME DE BECKWITH WIEDEMANN: MACROSSOMIA + Aqui a articulação já está luxada! A
HIPERINSULINISMO (HIPOGLICEMIA) + ONFALOCELE articulação coxofemoral não está bem
encaixada! É uma manobra de redução!
É uma síndrome que cursa com hipercrescimento (crianças macrossômicas), - Manobra: abdução do quadril
hiperinsulinismo + onfalocele. - Positivo: clik/estalido por conta
da redução
Alterações Osteoarticulares
Quando a gente examina um RN, existem 2 alterações que podem ser
identificadas pelo exame físico osteoarticular. ATENÇÃO!
- É importante COMPLEMENTAR O
Paralisia Braquial
DIAGNÓSTICO COM USG!
- HISTÓRIA DE TOCOTRAUMATISMO
- O tratamento é feito com o
Geralmente criança macrossômica ou com extração difícil, história de distócia de
SUSPENSÓRIO DE PAVLIK (quadril
ombro... Pode haver lesão de plexo braquial em vários pontos, mas a forma mais
comum é a paralisia de Erb-Duchenne. em abdução e flexão).
PARALISIA DE ERB-DUCHENNE
C5 e C6
Outros Achados BENIGNOS no Período Neonatal
ADUÇÃO E ROTAÇÃO INTERNA BRAÇO + PRONAÇÃO
ANTEBRAÇO - MILIUM SEBÁCEO
MORO ASSIMÉTRICO + PREENSÃO PALMOPLANTAR Pápulas esbranquiçadas em região frontal, malar, nasal e
PRESERVADO mentoniana
O que ocorre é uma lesão das raízes nervosas de C5 e C6, onde a criança - PÉROLAS DE EBSTEIN
permanece o tempo todo com a posição supracitada. Alguns achados sempre “Milium sebáceo na cavidade oral”, na junção entre o palato
aparecem em prova: reflexo de moro assimétrico (por causa do membro mole e o palato duro
acometido), mas que tipicamente vai ter um reflexo de preensão palmar
preservado! Se tem comprometimento, sinal de que a lesão foi um pouquinho - ACNE NEONATAL
mais baixa e o prognóstico é um pouco pior. Em geral o tratamento é
conservador. Vai melhorando com o passar das semanas de vida. Faz diagnóstico - FONTANELAS ANTERIOR PALPÁVEIS
diferencial com várias condições, como a pseudoparalisia de Parrot. BREGMÁTICA fecha com 14-18 meses
LAMBDOIDE fecha com 2 meses ou já nasce fechada
CRÂNIOTABES
Área amolecida deprimida no osso parietal
- ELIMINAÇÃO DE MECÔNIO
Imagem: cerdiamantina.com.br Deve ocorrer nas primeiras 48h de vida (!!!)
Triagem metabólica (TESTE DO PEZINHO) - Também chamado de TESTE DO REFLEXO VERMELHO (TESTE DE
Teste da oximetria (TESTE DO CORAÇÃOZINHO) BRUCKNER).
Reflexo vermelho (TESTE DO OLHINHO) - Utiliza oftalmoscópio ou retinoscópio. A
Triagem auditiva (TESTE DA ORELINHA) resposta normal é o achado de um reflexo
Frênulo lingual (TESTE DA LINGUINHA) vermelho, BILATERAL E SIMÉTRICO,
brilhante, quando a luz incide sobre a
Teste do Pezinho pupila. Pode ser feita pelo pediatra.
- Nunca antes de 48h de amamentação e nunca com mais de 30 dias - A AAP recomenda a realização 3x/ano para TODAS AS CRIANÇAS DE
0 ATÉ 3 ANOS.
MACETE: 4Horas, 2Festas, TôDeBoa!
- Visa EXCLUIR RETINOBLASTOMA
“4H”: hipotireoidismo congênito, HAC, hemoglobinopatias,
homocistinúria clássica ! (acrescida em 2023) Teste da Orelhinha
“2F”: fibrose cística, fenilcetonúria Existem 2 métodos de triagem!
“TDB”: toxoplasmose congênita, deficiência de biotnidase (1) EMISSÕES OTOACÚSTICAS EVOCADAS (EOA):
- Avalia apenas o SISTEMA AUDITIVO PRÉ-NEURAL (sistema de
Teste do Coração (Oxímetro de Pulso) condução e cóclea). Não necessita de sedação.
- SE ALTERADO, REPETIR ATÉ OS 3 MESES DE VIDA. Melhor exame por
- Objetiva a DETECÇÃO PRECOCE DAS CARDIOPATIAS CONGÊNITAS ser mais rápido, barato, fácil e por detectar alterações mais comuns.
CRÍTICAS (“CANAL DEPENDENTES”). Não avalia as cardiopatias
congênitas mais frequentes.
Imagem: tulipababy.com.br
- NÃO DETECTA ALGUMAS CARDIOPATIAS, ESPECIALMENTE A - Avalia a ANQUILOGLOSSIA (“língua presa”) = em alguns casos mais
COARCTAÇÃO DE AORTA. graves, pode haver impacto negativo na amamentação e está indicada
a frenectomia.
Perceba que houve atualização do fluxograma! O intuito é diminuir o número de
falsos positivos e, ao mesmo tempo, não retardar o diagnóstico dos recém-
nascidos com cardiopatia congênita.
Mecanismos:
- MULTIFATORIAL = PREMATUROS, ASFIXIA, ALIMENTAÇÃO ENTERAL
Embora seja multifatorial, 2 condições praticamente sempre vão estar presentes:
prematuridade e início da alimentação enteral. Pode até ser que haja enterocolite Imagem: smpatologia.blogspot.com
Defeito CONGÊNITO
em RN a termo, mas geralmente vão aparecer outras condições associadas, como
asfixia, cardiopatia congênita... Alteração ISOLADA ou ASSOCIADA COM FÍSTULA
TRAQUEOESOFÁGICA (mais comum)
Clínica: Achado comum no período fetal: POLIDRAMNIA
- MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS INESPECÍFICAS Manifestações ao nascer: TOSSE, ENGASGOS, DIFICULDADE
Pode haver letargia, torpor, distermia... RESPIRATÓRIA
- MANIFESTAÇÕES TGI: DISTENSÃO, RESÍDUO GÁSTRICO, VÔMITOS INCAPACIDADE NA PROGRESSÃO DE SONDA
BILIOSOS, SANGUE RETAL/NAS FEZES Radiografia: GÁS NO ESTÔMAGO pode indicar FÍSTULA
A informação que vai estar presente no enunciado e que vai me remeter a TRAQUEOESOFÁGICA
enterocolite vai ser a presença de sangue nas fezes! Guarda o conceito: sempre Tratamento: correção CIRÚRGICA
que eu estiver diante de um prematuro com sangue nas fezes, a primeira coisa
que eu penso é enterocolite necrosante! Essas manifestações surgem no final da 6. Atresia Duodenal
primeira semana até a segunda/terceira semana de vida, mas quanto mais
Defeito CONGÊNITO
prematura é a criança, mais tardio pode ser o quadro clínico.
Associação com outras síndromes (principalmente
Diagnóstico: SÍNDROME DE DOWN)
- CLÍNICA + IMAGEM VÔMITOS BILIOSOS após alimentação
Radiografia: SINAL DA DUPLA BOLHA
RX inespecífico (DILATAÇÃO DE ALÇA)
PNEUMATOSE INTESTINAL
Sinais de perfuração intestinal PNEUMOPERITÔNIO
Quadro Clínico:
- Pode ser ASSINTOMÁTICO
Imagem: clinicalgate.com
- MASSA ABDOMINAL: pode ser “achado” de exame físico e NÃO
CRUZA A LINHA MÉDIA
- Outros achados menos comuns: HIPERTENSÃO, HEMATÚRIA, DOR
- MASSA ABDOMINAL: dura e irregular que CRUZA A LINHA MÉDIA
ABDOMINAL
- SÍNDROME DE HORNER: miose, ptose, anidrose
- METÁSTASE: pulmão
- SINTOMAS CATECOLAMINÉRGICOS: sudorese, hipertensão,
irritabilidade, rubor e palpitação Avaliação Complementar:
O neuroblastoma é um tumor embrionário do sistema nervoso simpático. Esses
- Exames de imagem
tumores surgem durante a vida fetal ou no início da vida pós-natal a partir de - Análise histopatológica do tumor (biópsia ou excisão cirúrgica)
células simpáticas (simpatogônias) derivadas da crista neural. Portanto, os Tratamento:
tumores podem se originar em qualquer lugar ao longo do caminho que as células
- QT + ressecção cirúrgica
da crista neural migram, incluindo a medula adrenal, gânglios simpáticos
- Resseção cirúrgica + QT
paraespinhais e paragânglios simpáticos, como o órgão de Zuckerkandl. Sinais e
sintomas adicionais que refletem a secreção excessiva de catecolaminas ou
- Anaplasia: pior prognóstico
polipeptídeos intestinais vasoativos (VIP) incluem diarreia, perda de peso e É tratado com terapia multimodal (cirurgia, quimioterapia, radiação).
hipertensão. Influenciado pela idade do doente, marcadores moleculares e achados
- SÍNDROME DA OPSOMIOCLONIA patológicos, o prognóstico é globalmente favorável, com taxas de sobrevida aos
Também tem sido observada ataxia cerebelar aguda, caracterizada pela síndrome 5 anos de aproximadamente 90%.
do olho dançante, que inclui opsoclonia, mioclonia e nistagmo caótico.
- SINAL DO GUAXINIM
A doença metastática também pode estar associada a olhos escurecidos,
chamados de "olhos de guaxinim", como resultado da disseminação do plexo
venoso retroorbital
Conceitos:
- Cardiopatia congênita MAIS COMUM
Imagem: Pinterest
- Localização:
- VEIA UMBILICAL: traz sangue oxigenado para o feto! Uma parte vai Perimembranosa: mais frequente, defeito próximo as valvas
para o fígado e outra vai para o ducto venoso. aórtica e pulmonar
Muscular: apenas na porção muscular do septo IV, ↑chance de
- O DUCTO VENOSO leva sangue para a veia cava inferior > átrio direito resolução espontânea
> forame oval > átrio esquerdo > ventrículo esquerdo > aorta > corpo Clínica:
- Logo após o nascimento: SHUNT LIMITADO ASSINTOMÁTICO AO
- Depois disso, sangue desoxigenado chega pela veia cava superior e, EM
NASCER.
VEZ DE PASSAR PELO FORAME OVAL, PASSA PARA O VENTRÍCULO
O esperado seria a diminuição da resistência
DIREITO (por questões de ‘arranjos estruturais’)! Do ventrículo direito,
vascular pulmonar, que vai progredindo ao
vai para a artéria pulmonar. Quando chega no pulmão, se depara com longo das primeiras semanas de vida (“vai
uma VASCULATURA DE ALTA RESISTÊNCIA! Dessa forma, acaba diminuindo, mas ainda fica relativamente
procurando um caminho com menor resistência... Que caminho é esse? alta”). Como o gradiente de pressão não é
É o CANAL ARTERIAL! O canal arterial comunica a artéria pulmonar e a muito significativo, esse shunt acaba sendo
artéria aorta! limitado...
PERCEBA! O sangue que vai para o cérebro é mais oxigenado do que o sangue Imagem: edisciplinas.usp.br
que nutre os segmentos mais baixos! - CIV PEQUENA:
QP/QS ATÉ 1,5
Após o nascimento... Pode ser COMPLETAMENTE ASSINTOMÁTICA
- Aumento do fluxo pulmonar > aumento Exame físico: SOPRO HOLOSSISTÓLICO EM BEE INFERIOR
do retorno de volume e pressão no átrio (com frêmito)
esquerdo > FECHAMENTO FUNCIONAL
DO FORAME OVAL. - CIV MODERADA-GRANDE:
QP/QS > 1,5
- Aumento da resistência sistêmica Manifestações de insuficiência cardíaca: TAQUIPNEIA,
(shunt ESQUERDA-DIREITA) > aumento INTERRUPÇÃO DAS MAMADAS, SUDORESE
de PO2 e redução de prostaglandinas > HIPERFONESE DE B2 NA ÁREA PULMONAR
FECHAMENTO DO CANAL ARTERIAL. Exame físico: SOPRO HOLOSSISTÓLICO OU RUFLAR
Na vida intra-uterina, esse shunt era direita-esquerda! As consequências desse
DIASTÓLICO MITRAL (“a valva mitral não consegue dar conta de
shunt são aumento de PO2 e redução da PGE2 circulantes.
tanto sangue chegando no AE”)
Tratamento:
- FECHAMENTO ESPONTÂNEO
- Enquanto não opera: DIURÉTICOS, SINTOMÁTICOS
- Correção cirúrgica:
Defeitos pequenos e assintomáticos: não precisa
Defeito grande ou sintomáticos: cirurgia
Clínica: Imagem: lecturio.com
Complicações: - Pode ser assintomática
- SÍNDROME DE EISENMENGER: - Insuficiência cardíaca
AUMENTO DA RESISTÊNCIA VASCULAR PULMONAR (a ponto - SOPRO CONTÍNUO EM MAQUINÁRIA em 2º EI ou região
de ficar maior que a resistência vascular sistêmica) > infraclavicular esquerda. Vai crescendo durante a sístole e decrescendo
INVERSÃO DO SHUNT (direita-esquerda). durante a diástole
Clínica: CIANOSE, visto que vai menos sangue para o pulmão - Pulso periférico amplo
Comunicação Interatrial (CIA)
Diagnóstico:
Tipos: - RX: ↑circulação pulmonar, ↑AE/VE, aorta e artéria pulmonar
- OSTIUM PRIMUM: defeito adjacente às valvas AV (“defeito parcial do - ECG: ↑VE
septo AV”) - ECO: estabelece o diagnóstico
- OSTIUM SECUNDUM (ou “tipo forame oval”): mais comum (!), Tratamento:
localizada na mesma topografia onde antes estava o forame oval - Prematuros: tratamento farmacológico com INDOMETACINA ou
- SINUS VENOSUS: comunicação adjacente ao ponto de escoamento da IBUPROFENO (inibem a produção de prostaglandinas)
veia cava - Se repercussão hemodinâmica: CIRÚRGICO/CATETERISMO
- Se sem repercussão: ACOMPANHAMENTO (controverso)
Conceitos:
- Também pode ser chamado de defeito de fechamento do coxim
endocárdico
Clínica:
- EM GERAL ASSINTOMÁTICAS
Imagem: draadrianamello.com.br
- Exame físico: DESDOBRAMENTO FIXO DE B2
Achados:
- Outras alterações: sopro sistólico ejetivo em BEE e alta (decorrente de
- CIA + CIV + VALVA ATRIOVENTRICULAR ÚNICA
estenose pulmonar relativa) ou sopro diastólico tricúspide (menos comum,
- É a cardiopatia congênita mais comum da SÍNDROME DE DOWN
típica em quem tem ↑↑↑Qp/Qs)
Diagnóstico:
Clínica:
- RX de tórax: ↑AD e ↑VD; ↑artéria pulmonar e circulação pulmonar
- CIV grande: manifestações de insuficiência cardíaca. Pode evoluir
- ECG: sobrecarga de VD; BRD com a síndrome de Eisenmenger de forma mais precoce nos casos de
- ECO: estabelece o tipo e o tamanho do defeito e o sentido do shunt síndrome de Down.
Tratamento:
- Acompanhamento: CIA pequeno, assintomáticos RESUMÃO ATÉ AQUI!
- Cirurgia ou cateterismo (“fechar o defeito”): sintomáticos, ↑VD, CIV: mais comum; ICC
↑Qp/Qs CIA: desdobramento fixo e amplo de B2
PCA: prematuros; sopro em maquinaria (Piuí...)
DSAV: Down
Conceitos: 5 T’s
- OBSTRUÇÃO EM QUALQUER PONTO Mecanismos:
DA AORTA - SHUNT DIREITA PARA ESQUERDA (protótipo: tetralogia de Fallot)
- Associação com VALVA AÓRTICA - DISCORDÂNCIA VENTRICULO-ARTERIAL (protótipo: transposição de
BICÚSPIDE e com SD DE TURNER grandes vasos)
Formas: - MISTURA DE SANGUE OXIGENADO E NÃO OXIGENADO
- JUSTADUCTAL (“tipo adulto”):
Mais comum Teste da HIPERÓXIA: diferencia cianose cardíaca x não cardíaca
- Fazer OXIGÊNIO POR 10 MINUTOS E COLETAR GASOMETRIA!
Localizada ADJACENTE AO CANAL ARTERIAL
Se PaO2 > 250: excluída causa não cardíaca
Se PaO2 > 150mmHg: provável causa pulmonar
- PRÉ-DUCTAL (“tipo infantil’):
Se PaO2 < 100mmHg (ou SatO2 < 85%): reforça suspeita de
Localizada ANTES DO CANAL ARTERIAL
cardiopatia
HIPOPLASIA TUBULAR (representa o acometimento de todo o
segmento aórtico = quadro mais grave, com repercussão já no período Quando a etiologia é cardíaca, eu ofereço oxigênio e não há melhora!
neonatal)
Tetralogia de Fallot
Conceitos:
- É a CARDIOPATIA CONGÊNITA CIANÓTICA MAIS COMUM
Clínica:
Tétrade
- OBSTRUÇÃO DA VIA DE SAÍDA DO VD
- HIPERTROFIA DO VD
- COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV)
- DEXTROPOSIÇÃO DA AORTA
Imagem: lecturio.com
Tudo isso é decorrente de DEFEITO NA FORMAÇÃO DO SEPTO CONAL. Ocorre
Clínica: um desvio antero-superior que acaba obstruindo o fluxo de saída do VD.
- RN com CoA grave: o fluxo sistêmico é dependente do sangue do canal arterial
e não passa sangue... A consequência é CIANOSE DIFERENCIAL (MMSS sem
cianose e MMII com cianose) com IC GRAVE e CHOQUE
- Crianças maiores/adolescentes: HIPERTENSÃO EM MMSS E PULSOS
REDUZIDOS EM MMII + DORES NOS MEMBROS, frêmito nos espaços
intercostais por circulação colateral desenvolvida nas artérias intercostais
Diagnóstico:
- RX: CoA leve = EROSÕES NO CONTORNO INFERIOR DO 4º-8º ARCOS
COSTAIS (“SINAL DE ROESLER”), “SINAL DO 3” (dilatação pré-coarctação
+ coarctação + dilatação pós-coarctação)
Imagem:hemokids.com.br
Se grave...
- CIANOSE RN DESDE O PERÍODO NEONATAL
O sangue acaba desviando para o ventrículo esquerdo!
Se não grave...
- CIANOSE PROGRESSIVA (Fallot Rosa)
No período neonatal essa criança pode estar acianótica! A cianose só aparece
nas primeiras semanas/meses de vida. É a que mais aparece em prova.
Imagens: radiopaedia.org
SOPRO SISTÓLICO EJETIVO EM FOCO PULMONAR
Tratamento:
- RN: PROSTAGLANDINA imediatamente (manter perfusão sistêmica através CRISE HIPERCIANÓTICA
da patência do canal arterial) < 2 anos
- Definitiva: CORREÇÃO CIRÚRGICA ou por CATETERISMO Ocorrem ao acordar ou após o choro (intensificação da
obstrução)
Cianose intensa, hipoxemia e DIMINUIÇÃO DO SOPRO
Conduta imediata: FLEXÃO DAS PERNAS DOBRE O TÓRAX
(POSIÇÃO GENUPEITORAL). Aumenta a resistência periférica e
ajuda a diminuir o shunt.
Tratamento: MORFINA + OXIGÊNIO + BETABLOQUEADOR
Tratamento:
- RN: PROSTAGLANDINA IV para
Imagens: radiopaedia.org “manter o canal arterial aberto!”
- ECG: aumento de VD Você faz a troca das artérias. Pega a aorta e comunica com VE e pega a artéria
pulmonar e comunica com o VD.
- ECO: diagnóstico definitivo
Outras Cardiopatias Cianóticas
Tratamento:
- Paliativo: BLALOCK-TAUSSIG (enxerto que liga a. subclávia e a.
Drenagem Anômala Total das Veias Pulmonares
pulmonar)
- As 4 veias pulmonares drenam para AD ou alguma veia sistêmica
- Cirurgia quando a criança “alcançar determinado peso” por segurança
- RX: sinal do BONECO DE NEVE
(depende do centro de cardiologia)
Conceitos:
Imagem: blog.bjcvs.org
Truncus Arteriosus
Atresia Tricúspide
- Ventrículo direito fica
conectado com a aorta e - Interrupção do fluxo de AD para VD, que acaba passando para o AE
o ventrículo esquerdo por uma comunicação interatrial = HIPOPLASIA DO VD
com a artéria pulmonar
- Átrio direito se
comunica com
ventrículo direito e o
átrio esquerdo se
comunica com o
ventrículo esquerdo
(concordância átrio- Resumão...
ventricular)
Imagem: MSD Manuals
CoA: TURNER, HAS + PULSO DIMINUIDO EM MMII
Um lado da circulação fica com sangue oxigenado e o outro lado com sangue Tetralogia de Fallot: estenose pulmonar + aumento de VD + CIV +
desoxigenado! Ao + cianose DEPOIS
Fatores de Risco:
- IDADE MATERNA AVANÇADA (PRINCIPAL): aumenta risco ~ 10x com
idade materna de 40 anos
- OUTROS: CROMOSSOMOPATIA ANTERIOR, TRANSLUCÊNCIA NUCAL Imagens: Pinterest
AUMENTADA EM USG 11-13 SEMANAS Sinais Clínicos:
Sinais Clínicos: - LINFEDEMA DE MÃOS E PÉS E PTERIGIUM COLLI
- Hipotonia muscular, prega palmar transversa/única, sulco entre o hálux - BAIXA ESTATURA
e o segundo artelho (“sinal da sandália”), braquicefalia, pele abundante - DISGENESIA GONADAL = hipogonadismo hipergonadotrófico
no pescoço, fenda palpebral oblíqua, epicanto (prega cutânea no canto - TÓRAX EM ESCUDO, HIPERTELORISMO MAMILAR
interno do olho), face achatada, manchas de Bruschfield (presentes na - Maior risco de HIPOTIREOIDISMO, DOENÇA CELÍACA
íris), nariz pequeno, orelhas displásicas (pequenas e implantação baixa). - Cardiopatias congênitas típicas: VALVA AÓRTICA BICÚSPIDE E
COARCTAÇÃO DE AORTA
Síndrome de Klinefelter
Aspectos Genéticos:
- CROMOSSOMO X EXTRANUMERÁRIO (47 XXY)
- DOENÇAS HEMATOLÓGICAS
A gente pode ter reação leucemoide, maior incidência de leucemia, desordens
mieloproliferativas transitórias... Tem que fazer avaliação periódica com
hemograma.
Imagens: wikipedia.pt
Síndrome de Prader-Willi
- DÉFICIT COGNITIVO + HIPOTONIA NEONATAL GRAVE COM
DIFICULDADE ALIMENTAR NA LACTÂNCIA PRECOCE, mas com
evolução para HIPERFAGIA E OBESIDADE
Imagens: wikipedia.pt
Imagens: wikipedia.pt
Síndrome de Cri Du Chat
- CHORO FRACO E AGUDO SEMELHANTE A UM MIADO DE GATO
Síndrome de Patau - ATRASO INTELECTUAL
- MICROCEFALIA E FÁCIES REDONDA COM HIPERTELORISMO OCULAR
- TRISSOMIA DO 13
- MICROCEFALIA
- FENDA LABIOPALATINA
- MALFORMAÇÕES SNC
Imagens: wikipedia.pt
Síndrome de Noonan
Imagens: wikipedia.pt
Imagens: wikipedia.pt
A partir da puberdade:
- É igual ao adulto!
Se ritmo chocável...
Por quanto tempo fazer esse fluxograma do BLS?
- Choque > 2 minutos de CRP > Checar o ritmo
- Não há tempo específico! Vai fazendo até o paciente ‘voltar’ ou até
chegar o suporte de vida avançado!
Se ritmo não chocável...
- 2 minutos de RCP > Checar o ritmo
Tem que ficar checando o ritmo porque pode ser que no meio da RCP o ritmo se torne
chocável!
SE RITMO NÃO CHOCÁVEL (ASSISTOLIA/AESP) Menor de 1 ano: 5 GOLPES NO DORSO ALTERNADOS COM 5
- Manter RCP 2 minutos COMPRESSÕES TORÁCICAS
- Acesso venoso (se não conseguir: intra-ósseo) Não se faz Heimlich por causa do risco de lesão hepática. Você coloca o seu
braço ancorado na sua perna, traciona a mandíbula com os dedos e dá os 5
- Administração de adrenalina o mais rápido possível (a cada 3-5
golpes. Se o corpo estranho sair, acabou. Se não sair, vira ela e aplica as 5
minutos) compressões no esterno. Fica fazendo isso até o corpo estranho sair.
- Se estiver sendo ventilado por máscara: considerar IOT/ML (20-30
ventilações/minuto)
Se intubar, não precisa mais coordenar ventilação com compressão! “É cada um
por si!”
- CHOQUE (2J/kg)
- Iniciar RCP por 2 minutos imediatamente após o choque
- Acesso venoso (se não conseguir: intra-ósseo)
- Checar o ritmo
- Se chocável: 2º choque (4J/KG) > RCP 2 minutos + adrenalina +
considerar IOT Imagem: saúde.pr.gov.br
Essa adrenalina também pode ser feita a cada 3-5 minutos A amiodarona pode ser
repetida até 2x.
Estatura - Entendendo...
Nem magro, nem baixo: eutrófico
- 1º semestre: 15cm | 2º semestre: 10cm
1º trimestre: 3,5cm/mês
Magro, estatura normal: desnutrição aguda
2º trimestre: 2cm/mês Magro e baixo: desnutrição crônica
3º trimestre: 1,5cm/mês 1º ano: 25cm Baixa, peso normal: desnutrição pregressa
4º trimestre: 1,2cm/mês 2º ano: 12,5cm
Classificação do Ministério da Saúde e SBP
- 2º ano: 12,5cm
- Pré-escolar (2-5 ou 6 anos): 7-8cm/ano 0-5 anos: P/I, P/E, E/I e IMC/I
- Escolar (5 ou 6 anos ao início da puberdade): 6-7cm/ano
5-10 anos: sai P/E
- Puberal: esteroides sexuais aceleração – desaceleração
10-19 anos: sai P/E e P/I
Perímetro Cefálico Escore Z x Percentil
- Ao nascimento: 35cm
Escore Z+3 = P99,9
- 12cm/ano Comprimento/2 + 10 =
PC ± 2cm Escore Z+2 = P97
1º trimestre: 2cm/mês
Escore Z+1 = P85
2º trimestre: 1cm/mês
2º semestre: 0,5cm/mês Escore Z0 = P50
Escore Z-1 = P15
Tipos do Crescimento Escore Z-2 = P3
Escore Z-3 = P0,1
Neural: relacionado ao
perímetro cefálico
P/I E/I IMC/I e P/E IMC/I
Linfoide: 7-12 anos (sobe muito 0-10 anos 0-19 anos 0-5 anos 5-19 anos
e involui) EZ > 3 Obesidade Obesidade
Peso
grave
elevado
Genital: 10-12 anos cresce mais EZ > 2 Estatura Sobrepeso Obesidade
EZ 0 adequada Risco de
Peso Sobrepeso
adequado sobrepeso
EZ < - 1 Eutrófico
EZ < - 2 Baixa Magreza
2. Avaliação Nutricional Baixo peso
estatura
EZ < - 3 Muito baixo Muito baixa Magreza acentuada
Classificação de Gomez peso estatura
Regras Básicas: À medida que o processo de mielinização e formação das sinapses nervosas
progride, os reflexos primitivos são inibidos, até que a criança consiga ter
1) Desenvolvimento motor grosseiro = SENTIDO CRÂNIO-CAUDAL controla sobre seus movimentos.
2) Desenvolvimento motor fino = SENTIDO CUBITAL-RADIAL Dessa forma, a pesquisa pelos reflexos primitivos constitui uma forma de
averiguar a integridade do SN do recém-nascido (RN). Alguns reflexos
3) “A criança PRIMEIRO PEGA, DEPOIS SOLTA.”
desaparecem durante os primeiros 6 anos de vida, enquanto outros
desaparecem mais precocemente. Em situações como paralisia cerebral e
DE UMA FORMA GERAL...
alterações visuais e auditivas, a pesquisa pelos reflexos é alterada. Por outro
3 MESES: PESCOÇO lado, o reaparecimento destes reflexos na idade adulta sugere perda neuronal
6 MESES: TRONCO cortical e pode estar associado ao envelhecimento normal ou à demência.
9 MESES: QUADRIL
REFLEXO DE SUCÇÃO
12 MESES: MEMBROS INFERIORES
- Quando o céu da boca do RN
é tocado, o bebê começa a
sugar.
- SURGE a partir da 32ª
semana de gestação (caso
prematuridade) e desenvolve
completamente até a 36ª
RN semana.
Postura tônico-cervical com membros fletidos - DESAPARECE por volta dos 3
Cabeça pende Imagem: joaobuenofotografia.com meses de idade.
BAIXA ESTATURA
(3) Alvo Genético
6. Alta Estatura
Como definir alta estatura?
- ALTURA E VELOCIDADE DE CRESCIMENTO ACIMA DE 2 DESVIOS PADRÃO
DA MÉDIA PARA IDADE, SEXO E ETNIA.
Quais as etiologias possíveis?
(1) VARIAÇÕES DA NORMALIDADE
1.1. ALTA ESTATURA FAMILIAR
Estatura dentro do alvo genético
Velocidade de crescimento aumentada
Medidas corporais PROPORCIONAIS e SEM DISMORFIAS
Organizando o diagnóstico... IDADE ÓSSEA = IDADE CRONOLÓGICA
- Primeiro: defina se o paciente tem baixa estatura (E/I < P3 ou Z-2) A PUBERDADE OCORRE NA ÉPOCA NORMAL, podendo
ser um pouco mais adiantada
- Depois: avalie a velocidade de crescimento
1.2. ACELERAÇÃO CONSTITUCIONAL DO CRESCIMENTO
NORMAL (escolar/pré-púbere: deve ser de > 5cm/ano): VARIANTE Velocidade de crescimento aumentada
NORMAL DO CRESCIMENTO IDADE ÓSSEA AVANÇADA EM RELAÇÃO À IDADE
CRONOLÓGICA
IO atrasada (IE = IO < IC*) = pais com altura normal = RETARDO INÍCIO E TÉRMINO DA PUBERDADE MAIS CEDO QUE A
CONSTITUCIONAL DE CRESCIMENTO MÉDIA POPULACIONAL e, por isso, passam por um
IO normal (IO = IC > IE*) = pais baixos = BAIXA ESTATURA período de aumento na velocidade de crescimento
FAMILIAR Ao término da puberdade, apresentarão estatura final
BE FAMILIAR ATRASO CONSTITUCIONAL dentro do alvo genético
Na história familiar, verificamos um padrão de
ESTATURA Baixa Baixa
crescimento e desenvolvimento semelhante em um dos
VELOC. Normal Normal pais
CRESCIMENTO
ALVO Baixo Normal (2) CAUSAS PATOLÓGICAS
Incluem causas primárias (hiperplasia celular intrínseca) ou extrínsecas
PROPORÇÕES Normal Normal
(crescimento excessivo mediado por fatores hormonais)
IDADE ÓSSEA Normal Atrasada
(IO compatível com IC) (IO atrasada em relação a 2.1. CAUSAS PRIMÁRIAS DE INÍCIO PRÉ-NATAL:
IC)
SÍNDROME DE BECKWITH-WIEDMANN
SUPEREXPRESSÃO DO GENE IGF-2
ANORMAL/DESPROPORÇÃO CORPORAL/OUTRAS ALTERAÇÕES
MACROGLOSSIA, MACROSSOMIA, HIPOGLICEMIA
FENOTÍPICAS: CONDIÇÕES MÓRBIDAS
NEONATAL, DEFEITOS NA PAREDE ABDOMINAL
Se sexo feminino: CARIÓTIPO (ONFALOCELE, VISCEROMEGALIAS, HEMI-
HIPERTROFIA,TUMOR DE WILMS), HEMI-HIPERPLASIA
Se alteração fenotípica presente: DOENÇA GENÉTICA
(crescimento assimétrico de uma ou mais regiões do
Se alteração fenotípica ausente: avaliar IMC corpo), RUGAS LINEARES NOS LÓBULOS DAS ORELHAS,
o Bem nutrido ou obeso: DOENÇA ENDÓCRINA “NEVVUS FLAMMEUS (mancha em região da testa ou
o Emagrecido: DESNUTRIÇÃO nuca)
OUTRAS SÍNDROMES:
SÍNDROME DE SOTOS, SÍNDROME DE WEAVER, SÍNDROME
DE BANNAYAN-RILEY-RUVULCABA, SÍNDROME DE
MARSHALL-SMITH
- Sem comorbidades: PA ELEVADA = PAS OU PAD > P90 (OU > 120 X 80)
2-7 anos: MANUTENÇÃO DO PESO HAS ESTÁGIO 1 = PAS OU PAD > P95 (OU > 130 X 80)
> 7 anos: REDUÇÃO GRADUAL DO PESO HAS ESTÁGIO 2 = PAS OU PAD > P95 + 12 (OU > 140 X 90)
- Com comorbidades:
REDUÇÃO GRADUAL DO PESO (em maiores de 2 anos)
E COMO CHEGAR NESSES PERCENTIS?
Como tratar? Vamos lá... O que tem que saber de HAS na infância? Primeira coisa: não existe
um único valor pressórico que vá definir a hipertensão! Isso vai variar em
- PLANEJAMENTO DIETÉTICO: esclarecimento (explicar riscos),
função do sexo, idade e estatura do paciente! É para isso que existe essa tabela!
comportamento (hábitos de comer sentada na mesa/5-6 refeições por dia),
Como usar? Nas linhas temos crianças e adolescentes de acordo com a idade e
quantidade (menores porções), qualidade (alimentos mais saudáveis/menos
nas colunas crianças e adolescentes de diferentes percentis de estatura. E aí
calóricos), manutenção (manter os hábitos que foram mudados). Seguir essa
nós temos os percentis de PAs (a esquerda) e PAd (a direita).
sequência!
8. HAS na Infância
Conceitos Iniciais:
- Em < 6 anos: principalmente em causas secundárias (especialmente renais)
- > 6 anos: se sobrepeso, obesidade, já podemos pensar em HAS essencial
FASES DO CRESCIMENTO:
(1) PERIPUBERAL
- Fase de crescimento menos intenso que se tem durante a infância
(3) DESACELERAÇÃO
Imagem: Carina Cardoso
- Depois do pico, o crescimento passa a ser desacelerado
O que acontece?
“Não é somente o desenvolvimento de caracteres sexuais secundários!” CARACTERÍSTICAS DO CRESCIMENTO:
- CENTRÍPETO: primeiros membros e depois tronco (“DISTAL-
- DESENVOLVIMENTO DE CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS (mamas
e pilificação em meninas; genitália e pilificação em meninos). PROXIMAL”)
MULHER
Telarca (M2) > Pubarca > Estirão (M3) > Menarca (M4)
MAMAS
M1: pré-puberal
PILIFICAÇÃO
P1: pré-puberal
HOMEM
↑Testículos (G2) > Pubarca > Estirão (G4)
GENITÁLIA
G1: pré-puberal
PILIFICAÇÃO
P1: pré-puberal
Etiologia:
- TELARCA PRECOCE ISOLADA: só desenvolvimento das mamas
- IDIOPÁTICA: causa em > 90% dos casos no sexo feminino (PPC é < 8 anos, sem avanço da IO, sem aceleração da VC.
muito mais comum no sexo feminino)
- ADRENARCA PRECOCE: apenas pifilificação pubiana e odor
- ALTERAÇÕES NO SNC: causa em > 50% dos casos no sexo axilar/maior risco de hiperandrogenismo/SOP/síndrome metabólica
masculino.
Avaliação
- RX DE MÃO E PUNHO PARA AVALIAÇÃO DA IDADE ÓSSEA: IO > IE >
- Principal causa: HAMARTOMA HIPOTALÂMICO = evolui com
IC
crises gelásticos (“crises de riso involuntário”)
Exemplo: é uma criança de 5 anos com IE de 7 anos (porque entrou cedo na
puberdade) e IO de 10 anos (porque o processo de fechamento das cartilagens
- Outras: neoplasia SNC, trauma SNC, infecções SNC epifisárias está acelerado).
- LH e FSH BAIXOS
- Baixa VC na idade do estirão
- IO < IC
- Proporções eunucoides (membros alongados)
Clinicamente, os pacientes com deficiência de gonadotrofinas apresentam, até o período
puberal, estatura e IO proporcionais à IC, contrastando com aqueles com RCCP. Como a
secreção dos esteroides gonadais está comprometida, a velocidade de crescimento é
diminuída e existe um prolongamento do período de crescimento, o que leva à alta estatura
com proporções eunucoides. A distinção entre o RCCP e hipogonadismo hipogonadotrófico,
se não houver dados suspeitos como a anosmia/hiposmia, por exemplo, em geral, se faz
apenas com o seguimento clínico, não existindo nenhum sinal ou exame laboratorial, até o
momento, que possa diferenciar estas duas condições.
Fonte: SPINOLA-Castro, A.M et al, 2017
Classificação:
Lipossolúveis: ADEK
- Absorvidas junto com as gorduras da dieta
- São armazenadas no organismo
Hidrossolúveis: BC
Imagem: Dr. Celso Rizzi
- São absorvidas no intestino junto com a água e são eliminadas na urina.
- Portanto, não são armazenadas no organismo e, por isso, necessitam VITAMINA E (“TOCOFEROL”): ANEMIA HEMOLÍTICA (“emólise”) em
de ingestão dietética constante. PMT, EDEMA em prematuros, MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS
INESPECÍFICAS perda de reflexos, ataxia, neuropatia periférica...
Manifestações:
VITAMINA A (“RETINOL”): XEROFTALMIA, PELE SECA, HIPERCERATOSE,
VITAMINA K (“NAFTOQUINONAS”):
DIARREIA, CEGUEIRA NOTURNA, ÚLCERAS NA CÓRNEA,
FUNÇÃO: síntese de fatores de coagulação (II, VII, IX e X)
RESSECAMENTO DA CONJUNTIVA, CERATOMALÁCIA (necrose liquefativa
CLÍNICA: DOENÇA HEMORRÁGICA DO RN
da córnea/quadro grave), MANCHAS DE BITOT (queratinização da conjuntiva
+ placas esbranquiçadas e amareladas ao exame ocular) TRATAMENTO: VITAMINA K IM OU EV. PLASMA FRESCO em
casos graves
Imagem: saúde.go.gov.br
PREVENÇÃO: VITAMINA K IM/VO para todo RN
B6 CONVULSÃO NEONATAL
(PIRIDOXINA) REFRATÁRIA + ALTERAÇÕES CONVULSÃO NEONATAL
NEUROLÓGICAS R B6 REFRATÁRIA +
B9 ANEMIA MEGALOBLÁSTICA ALTERAÇÕES
(ÁCIDO FÓLICO) Relação com LEITE DE CABRA NEUROLÓGICAS
B12 ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
(CIANOCOBALAMINA) Relação com mães VEGETARIANAS O B9/B12 ANEMIA
MEGALOBLÁSTICA
- AME (EXCLUSIVO) ATÉ 6 MESES DE VIDA - COLOSTRO: 3º-5º dia pós-parto, mais proteínas, eletrólitos e A(!)DEK
SOMENTE LEITE MATERNO É tudo aquilo que vem do sangue! É tudo aquilo que o leite de vaca tem em maior
Caracterizamos AME quando a criança recebe quantidade do que o leite materno! E lembra que o colostro é amarelado! Quem
confere essa coloração é justamente a vitamina A!
somente leite materno (ou leite materno de outra
fonte, inclusive banco de leite) e nada mais! Além - LEITE DE TRANSIÇÃO
disso, eventualmente pode haver a administração
de medicações, suplementos minerais/vitamínicos - LEITE MADURO: > 2ª semana de vida, mais gordura e lactose
(isso não desconfigura o AME). É tudo aquilo que vem diretamente da glândula mamária! São os componentes que
o leite materno tem em maior quantidade que o leite de vaca.
- AMC (COMPLEMENTADO) DOS 6 MESES ATÉ NO MÍNIMO 2 ANOS
LEITE MATERNO + ALIMENTOS SÓLIDOS/SEMISSÓLIDOS Durante a MAMADA:
Alimentos sólidos/semissólidos constituem as papas de frutas, salgadas... A - LEITE ANTERIOR (SOLUÇÃO): mais ralo, sabor adocicado, mais
criança continua com o leite, mas também acrescenta a papa na dieta. proteínas do soro e lactose
Essas são as recomendações do MS! - LEITE POSTERIOR (EMULSÃO): mais gordura, mais calorias
Outras Definições:
Importância prática: não limitar o tempo que a criança permanece em uma
AMP (PREDOMINANTE) = LEITE MAETRNO + ÁGUA/BEBIDAS A BASE DE mama!
ÁGUA (CHÁS, SUCOS). Nunca deve ser recomendado!
Durante o DECORRER DO DIA:
Além do risco de contaminação por causa da manipulação no preparo de sucos,
- MAIS GORDURA AO ANOITECER (mais saciedade)
alguns componentes dos chás prejudicam a absorção do ferro. Nunca
recomendar!
Alimentação Complementar:
- AM MISTO OU PARCIAL: LEITE MATERNO E OUTROS TIPOS DE LEITE
Os 12 passos para uma alimentação saudável:
Composição do Leite:
Comparando com o leite de vaca... (1) Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite
- MENOS PROTEÍNA (menor sobrecarga renal) materno até 6 meses.
Menor % de caseína (proteína de difícil digestão) MS: leite de vaca pode ser recomendado somente a partir de
Mais alfa-lactoalbumina 9 meses
No LV: mais beta-lactoglobulina (mais alergênica) SBP: leite de vaca pode ser recomendado somente a partir
de 12 meses
LEITE HUMANO LEITE DE VACA
Menos proteína Mais proteína (2) Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além
Caseína 40% Caseína 80%
Alta-lactoalbumina Beta-lactoglobulina do leite materno, a partir dos 6 meses
- MAIS LACTOSE (fezes mais amolecidas e pH mais ácido) (3) Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos,
- MAIS GORDURA refrigerantes e outras bebidas açucaradas.
LM é rico em colesterol (↓risco de dislipidemia na vida adulta) Sucos não devem ser oferecidos para menores de 1 ano
Mais PUFA (principalmente ácido aracdônico e ácido
docosahexaenóico = importantes para a mielinização da retina) (4) Oferecer a comida amassada quando a criança começar a comer
outros alimentos além do leite materno
- MESMA QUANTIDADE DE FERRO
Não peneirar ou liquidificar
LM: maior disponibilidade (lactoferrina)
- MENOS ELETRÓLITOS (menor sobrecarga renal) (5) Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que
contenham açúcar à criança até 2 anos de idade
- MAIS IMUNOGLOBULINAS (principalmente IgA secretória)
- MAIS FATOR BÍFIDO (estimula flora saprófita/efeito bacteriostático) (6) Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança
- MAIS LACTOFERRINA (↑biodisponibilidade de ferro/efeito bacteriostático) (7) Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família
- MAIS LISOZIMA (↑concentração a partir do 6º mês de lactação)
(8) Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento
- MAIS LINFÓCITOS/MACRÓFAGOS
de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família
- MAIS LIPASE/LACTOPEROXIDASE/OLIGOSSACARÍDEOS
(9) Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e
OBS: O LEITE PASTEURIZADO NÃO TEM O MESMO VALOR BIOLÓGICO QUE O
LEITE CRU! Durante a pasteurização, vários desses fatores de proteção conversar com ela durante a refeição
presentes no leite cru são inativados!
(10) Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação
ATENÇÃO! Não é recomendado o leite de vaca para menores de 1 ano! da criança e da família
Na impossibilidade de aleitamento materno, o que se recomenda é a
utilização de fórmula infantil! Antes dos 4 meses, se ainda assim for usar (11) Oferecer à criança alimentação adequada e saudável
leite de vaca, esse leite tem que ser DILUÍDO em água! Não pode o leite de também fora de casa
vaca integral! É muita proteína e muito eletrólito para a criança. Porém,
para compensar a perda da densidade calórica, acrescentar óleo no leite. (12) Proteger a criança da publicidade de alimentos
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
E na impossibilidade do LM? Profilaxia de Anemia Ferropriva (SBP)
- FÓRMULA INFANTIL NO PRIMEIRO ANO DE VIDA
- Quando inviável:
< 4 meses: LV diluído 2/3 + óleo
> 4 meses: não diluído
E na ausência materna?
- LMO (ordenhado): conservação 12h na geladeira e 15 dias no
freezer ofertar idealmente com COPINHO e não com mamadeira
(para não gerar a “confusão dos bicos”)
Igual a SBP!
Vitamina D
Principal causa de diarreia bacteriana Peso Sem perda Até 10% > 10%
Bactéria endêmica do nosso meio Plano PLANO A PLANO B PLANO C
Secreção de enterotoxinas
Principal causa da “DIARREIA DO VIAJANTE/TURISTA” Precisa apresentar 2 ou mais ou ao menos um destacado com (*) para se
enquadrar no grupo em questão
E.coli Enteropatogênica (EPEC) Tratamento:
Soluções Empregadas
Causa de DIARREIA PERSISTENTE (14-30 dias)
Risco de desidratação/desnutrição - SOLUÇÕES GLICOSSALINAS ORAIS
SORO CASEIRO: 40-50mEq/l de sódio (mantém hidratada,
Vibrião Colérico mas não reidrata) 1 medida rasa de sal (1 pitada) + 2 medidas
rasas de açúcar (1 punhado).
Diarreia MUITO GRAVE/perde litros de água
Fezes em “ÁGUA DE ARROZ” SOLUÇÃO REIDRATANTE ORAL (SRO):
Mais comum em regiões endêmicas PADRÃO/TRADICIONAL (311mOsm/l e 90mEq/L de sódio) ou
com OSMOLARIDADE REDUZIDA (245mOsm/l e 75mEq/l de
Disenteria
sódio). É preferível o uso com osmolaridade reduzida!
ETIOLOGIA
Qualquer agente que causa disenteria também pode causar diarreia aquosa!
Shigella
- Local: DOMICÍLIO
- AUMENTAR A INGESTÃO HÍDRICA (OFERECER LÍQUIDOS ADICIONAIS
DURANTE O DIA E APÓS CADA EVACUAÇÃO SORO CASEIRO OU
SORO DE REIDRATAÇÃO ORAL)
< 1 ANO: 50-100ml
> 1 ANO: 100-200ml
NA PRÁTICA: quantidade que o paciente aceitar
- Manter DIETA HABITUAL
- Em caso de diarreia persistente: AVALIAR SUSPENSÃO DA LACTOSE
- Orientar sinais de desidratação
- SUPLEMENTAÇÃO DE ZINCO por 10-14 dias: reduz a
duração/recorrência do episódio (recomendada principalmente para
menores de 5 anos)
MENORES DE 6 MESES: 10mg/dia
MAIORES DE 6 MESES ATÉ 5 ANOS: 20mg/dia
Plano B
Tratamento:
- SE ESTIVER EM AME: SUSPENDER LEITE DE VACA DA DIETA MATERNA
Mantém o AME, mas a mãe da criança para de receber leite de vaca e derivados!
- SE ESTIVER EM FI: TROCA POR FI “EXTENSAMENTE HIDROLISADA”. Se
não responder: FÓRMULA A BASE DE AMINOÁCIDOS.
É uma fórmula que “cliva” o peptídeo alergênico, tornando-o mais tolerável. As
fórmulas “parcialmente hidrolisadas” não servem! Tem que ser “extensamente”.
Se não melhorar mesmo assim, partir para a fórmula a base de aminoácidos.
OBS: LEITE SOJA NUNCA DEVE SER USADO NOS PRIMEIROS 6 MESES DE
VIDA (única exceção é a galactosemia). A PARTIR DOS 6 MESES, para os quadros
IGE MEDIADOS, é uma possibilidade terapêutica.
Diagnóstico:
Detalhe! O DIAGNÓSTICO NÃO É PERMANENTE! A criança costuma a
- É CLÍNICO, sem necessidade de exame complementar!
desenvolve tolerância com o passar dos anos! Periodicamente, o teste de
provocação oral pode ser feito para a reintrodução. Tratamento:
(1) DESIMPACTAÇÃO (oral com laxativos em altas doses ou enema retal)
FPIES (Enterocolite Induzida Por Proteína Alimentar) (2) LAXATIVOS (polietilenoglicol, lactulona, leite de magnésia, óleo mineral)
É um processo de alergia alimentar não mediado por IgE!
- Ocorre de forma AGUDA geralmente 1-4 HORAS APÓS ALIMENTAÇÃO OBS: OLÉO MINERAL PODE LEVAR A PNEUMONIA LIPOÍDICA POR CONTA DE
- Manifestada por NÁUSEAS E VÔMITOS e eventualmente com sinais de ASPIRAÇÃO, que só é tratado com lavagem mecânica. Por isso, é
CONTRAINDICADO EM MENORES DE 2 ANOS e pacientes com DISTÚRBIOS
DESIDRATAÇÃO/CHOQUE!
DE DEGLUTIÇÃO.
Diante do quadro inespecífico, é de difícil diagnóstico! Identificar os pacientes
com FPIES é ainda um desafio. O diagnóstico é composto de história clínica
(3) HÁBITOS: treinamento de toalete, evacuar após as refeições, ajustes no
compatível, sinais e sintomas característicos, associados à melhora após retirada
vaso, aumentar ingesta de líquidos, comer fibras, atividade física.
do desencadeante suspeito, exclusão de outras possíveis causas e teste de
provocação oral (TPO) para casos selecionados. A ocorrência de vômitos após 1- SINAIS DE ALARME PARA CAUSAS SECUNDÁRIAS
4 horas do consumo de comida suspeita, na ausência de sintomas respiratórios
(1) Constipação com início no PRIMEIRO MÊS DE VIDA
ou cutâneos mediados por IgE, representa o critério maior da FPIES aguda.
O mais esperado é começar somente após introdução da alimentação
complementar.
4. Constipação na Infância
(2) História de ATRASO NA ELIMINAÇÃO DE MECÔNIO (APÓS 48H).
Constipação Funcional (3) ANTECEDENTE FAMILIAR DE DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG
Geralmente tem início em 2 momentos (4) Fezes com FORMATO EM FITA
distintos: (1) INÍCIO DA INTRODUÇÃO
Nesses casos, pensar em aganglionose intestinal congênita (Hirschprung)
DE ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR e
(2) INÍCIO DO TREINAMENTO DE (5) SANGUE NAS FEZES NA AUSÊNCIA DE FISSURA ANAL
CONTROLE ESFINCTERIANO. (6) DÉFICIT DE CRESCIMENTO, FEBRE, VÔMITOS BILIOSOS, ANORMALIDADE
A criança que até então só recebia leite NA TIREOIDE, DISTENSÃO ABDOMINAL GRAVE, FÍSTULA PERIANAL, POSIÇÃO
materno passa a receber alimentos semi- ANAL ANORMAL, SINAIS DE DISRAFISMO OCULTO
sólidos. As fezes ficam mais endurecidas,
gerando dor. Com dor, a criança evita Aganglionose Intestinal Congênita (Hirschprung)
evacuar, gerando um ciclo vicioso; e a
Conceitos Iniciais:
dificuldade em relaxar o esfíncter anal
- AUSÊNCIA DE CÉLULAS GANGLIONARES NOS PLEXOS NERVOSOS DE
externo durante a evacuação é um dos
MEISSNER E AUERBACH NA PAREDE INTESTINAL.
principais fatores da constipação.
É a inervação desses plexos que permitem o funcionamento correto da porção
Diagnóstico:
distal do intestino, que não “relaxa” e permanece “constrito” nessa doença. Em
CRITÉRIOS DE ROMA IV (válido para CRIANÇAS > 4 ANOS)
geral, apenas reto e sigmoide são acometidos.
Pelo menos 2 CRITÉRIOS, por MAIS DE 1 MÊS, dos que seguem:
ATÉ 2 EVACUAÇÕES POR SEMANA
PELO MENOS 1 EPISÓDIO DE INCONTINÊNCIA FECAL NA SEMANA
(“PERDER FEZES INVOLUNTARIAMENTE”) (!!)
POSTURA RETENTIVA OU RETENÇÃO VOLUNTÁRIA EXCESSIVA DE
FEZES
EVACUAÇÃO DOLOROSA OU ENDURECIDA
FEZES VOLUMOSAS (OBSTRUÇÃO DE VASO SANITÁRIO)
GRANDE MASSA FECAL NO RETO
Imagem: A.D.A.M
Complicação:
- ENTEROCOLITE: DIARREIA EXPLOSIVA, FÉTIDA, DISTENSÃO
ABDOMINAL E VÔMITOS
É uma complicação que pode ocorrer antes ou depois do tratamento cirúrgico da
doença. Os mecanismos não são completamente esclarecidos.
Diagnóstico:
- ENEMA OPACO: aspecto em “CONE DE TRANSIÇÃO” (segmento distal
mais estreito + cólon distendido)
Tratamento:
- CIRURGIA com RESSECÇÃO DO SEGMENTO AGANGLIONAR
Invaginação/Intussuscepção Intestinal
Conceitos Iniciais:
- PRINCIPAL CAUSA DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL ENTRE 3 MESES e 6 ANOS
- REGIÃO MAIS COMUM: ILEOCÓLICA
- CAUSA MAIS COMUM: IDIOPÁTICA, mas também está relacionada a
GASTROENTERITES VIRAIS e a VACINA PARA ROTAVÍRUS
Quadro Clínico:
- PAROXISMOS DE CÓLICA ABDOMINAL (COM CHORO INTENSO) +
VÔMITOS
É uma criancinha que está bem, está brincando e de repente sente uma cólica
abdominal muito intensa, que tipicamente melhora de forma espontânea! O
problema é que esses paroxismos vão se tornando cada vez mais frequentes e
mais intensos! Vômitos também podem ocorrer! Diarreia também...
- FEZES COM SANGUE E MUCO (GELEIA DE AMORA)
É bastante característico... Aspecto de geleia de amora ou framboesa!
- AUSÊNCIA DE EVACUAÇÃO E FLATOS + MASSA CILÍNDRICA, QSD +
TOQUE RETAL COM SANGUE
Pode até evoluir inicialmente com diarreia, mas esse é o característico. Ao exame
físico, nota-se AUSÊNCIA DE ENCHIMENTO NA FOSSA ILÍACA DIREITA
COM PERISTALSE INAUDÍVEL (SINAL DE DANCE), típico da intussuscepção
(deslocamento do ceco e íleo para cima). Podemos conseguir palpar durante o
exame físico essa massa (em “formato de salsicha”) encontrada em QSD. Se não
houver o relato de fezes com sangue/muco, o toque retal com sangue pode nos
orientar.
- PROLAPSO INTESTINAL
Pode acontecer em alguns casos... O segmento acometido pode se exteriorizar
pelo reto.
Tratamento:
- REDUÇÃO HIDROSTÁTICA
O tratamento de escolha é a redução hidrostática, com enema baritado, ou
pneumática.
Imagem: drajanainamelo.com.br
2. Dermatite Atópica
Conceitos Iniciais:
- DOENÇA INFLAMATÓRIA CRÔNICA
A dermatite atópica (DA) é uma doença de natureza inflamatória, crônica e
multifatorial que se apresenta na FORMA DE LESÕES ECZEMATOSAS E
PRURIGINOSAS. É uma condição que surge em indivíduos predispostos a
desenvolver reações de hipersensibilidade imediata, ou seja, indivíduos
atópicos.
Manifestações:
- ECZEMA ATÓPICO: eritema mal definido, edema e vesículas, placa
eritematosa descamativa
- XERODERMIA (“pele ressecada”)
Imagem: Abbas, Lichtman, Pillai, 2019 - PRURIDO (manifestação cardinal)
- LIQUENIFICAÇÃO (“pele com ressecamento crônico”)
MARCHA ATÓPICA FASE INFANTIL (0 A 2 ANOS): lesões caracterizadas por prurido intenso,
eritema, pápulas, vesículas, escamas e crostas, sendo localizadas
predominantemente em face. Com o crescimento da criança e o início do ato
de engatinhar, podem surgir lesões nas superfícies extensoras dos membros e
no tronco. Nessa fase, infecção secundária (principalmente por Staphylococcus
aureus) é comum, formando exsudatos e crostas melicéricas.
A marcha atópica nada mais é do que a história natural das doenças alérgicas. Um
indivíduo atópico pode desenvolver uma série de doenças alérgicas ao longo da
vida e, muitas vezes, elas seguem uma sequência cronológica. Isso acontece pelo
compartilhamento de aspectos genéticos e fisiopatológicos das diversas doenças
atópicas. Assim, podemos dizer que:
1) DERMATITE ATÓPICA + ALERGIA ALIMENTAR: geralmente, entre 6 a 12 meses
de vida, a criança desenvolve uma DA que geralmente vem acompanhada de
alergias alimentares (ex: a leite de vaca, ovo ou amendoim).
2) ASMA: paralelo à DA, a criança exposta a aeroalérgenos (ex: ácaros, epitélios Pode haver, ainda: DUPLA PREGA INFRA-ORBITAL DE DENNIE-MORGAN;
de animais) e a infecções das vias aéreas pode desenvolver um quadro de asma, ESCURECIMENTO PERIORBITAL; SINAL DE HERTOGHE (afinamento da porção
que pode ou não permanecer até a vida adulta. lateral das sobrancelhas); PTIRÍASE ALBA (manchas hipocrômicas em face e
3) RINITE ALÉRGICA: da faixa etária escolar até a vida adulta, o indivíduo pode membros); CERATOSE PILAR; PALIDEZ CENTROFACIAL, ETC.
continuar desenvolvendo reações de hipersensibilidade a tais alérgenos,
evoluindo para a rinite alérgica.
Fisiopatologia:
- ESTIMULAÇÃO DE MASTÓCITOS;
LIGAÇÃO DO ANTÍGENO À IGE;
LIBERAÇÃO DE HISTAMINA
Tratamento:
(1) ELIMINAÇÃO DE FATORES EXACERBANTES (ex: banhos excessivos,
ambientes de baixa umidade, estresse emocional, exposição a solventes e
detergentes, poeira doméstica, restrições dietéticas a alimentos com
sensibilidade comprovada).
Imagem: Wollenberg A
aai-asbai.org.br | Zuberbier
CELULARES/COMBINADAS
- As imunodeficiências celulares geralmente são combinadas
IMUNODEFICIÊNCIA COMBINADA GRAVE (SCID)
Defeito em um
gene localizado no braço
curto do cromossomo X
INFECÇÕES
RECORRENTES, ECZEMA E
Imagem: fcm.unicamp.br
MICROTROMBOCITOPENIA
Classificação: IGA E IGE
Humorais (+ comuns) AUMENTADAS; IGG
Celulares/Combinadas NORMAL OU BAIXA; IGM
Fagocitose REDUZIDA
Complemento
Imagem: frontiersin.org | Michael H. Alberto
SÍNDROME DE DIGEORGE
Imagem: arribasalud.com
DEFICIÊNCIA CELULAR:
COMEÇA CEDO, CANDIDÍASE
FAGOCITOSE DIARREIA CRÔNICA
REAÇÃO À BCG
- Comprometimento da imunidade INATA e da função FAGOCITÁRIA
GERMES OPORTUNISTAS
- Pode ser qualitativo ou quantitativo
- As manifestações ocorrem DESDE AS PRIMEIRAS SEMANAS DE VIDA
- Infecções bacterianas (principalmente ESTAFILOCÓCICAS
DEFICIÊNCIA HUMORAL:
COMEÇA APÓS 6M
ABSCESSO) e fúngicas (CÂNDIDA, ASPERGILOSE)
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS (PNEUMONIA, OMA, SINUSITE)
- Há ATRASO NA QUEDA DO COTO UMBILICAL > 30 DIAS (!) DOENÇAS LINFOPROLIFERATIVAS E AUTOIMUNES
DEFICIÊNCIA DE COMPLEMENTO:
DOENÇAS GRAVES POR MENINGOCOCO OU E. COLI
RECORRÊNCIA
APÓS 2 ANOS E ATÉ traseiro de FRENTE PARA O PAINEL do QUEIXAS VAGAS como dor abdominal, encoprese, constipação, enurese,
disúria, distúrbios do sono, fala, comportamento...
18-22KG carro e PRESO AO BANCO DO CARRO.
- A VAGINA é o local mais frequentemente lesado.
CONTRAN: 1-4 anos ou até 18-22kg (3) ABUSO EMOCIONAL/PSICOLÓGICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- É SEMPRE IMPORTANTE PEDIR: hemograma completo, coagulograma, função
hepática, CPG, amilase, EAS e análises toxicológicas; radiografias ósseas de corpo
inteiro são especialmente úteis em crianças pequenas abaixo dos 2 anos; USG
transfontanela e TC são solicitados de acordo com a necessidade.
- SE LESÃO ANTERIOPOSTERIOR NA VULVA: queda a cavaleiro; SE ERITEMA
VULVAR: dermatite amoniacal/parasitoses; SE FISSURAS ANAIS: constipação; SE
CORRIMENTO SEROSSANGUINOLENTO: prolapso uretral.
SUSPEITA = NOTIFICAÇÃO!
Imagem: areaoftalmologica.com
Imagem: @mamaecompleta.oficial