Apostila Namaste YOga COmpleta
Apostila Namaste YOga COmpleta
Apostila Namaste YOga COmpleta
Yoga
Apostila
Anápolis/
Goiás
[email protected]
(62) 98317-0386
Conexão com a prática – O elo mais importante_________________________________
Claudia Sabbag
Pratico Yoga movida pela fé de que a prática curará as dores do meu corpo e
da minha alma. Algumas vezes tenho que vencer a preguiça pois, como diz no Yoga Shastra,
“Deus habita em nosso coração em forma de luz, mas esta é cercada por 6 venenos: desejo,
raiva, ilusão, ambição, inveja e preguiça”. Então, todos os dias eu vou lá em cima do meu
tapetinho e venço a preguiça para chegar um pouco mais perto da luz do meu coração, a casa
do Pai em meu ser, nutrindo a esperança de vencer as dificuldades que aparecem no caminho
e tornar-me melhor do que já sou.
Nessa prática forte, um fator fundamental é se conectar com a mesma. Ao praticar
ásanas, limpando-nos das toxinas e condicionamentos, encontrando mais saúde, temos a
oportunidade de criar mais espaço dentro de nós, pois, como está escrito em varias
passagens das Upanishads, é impossível praticar Yamas e Niyamas (proscrições e
prescrições éticas do Yoga) quando o corpo e os órgãos dos sentidos estão fracos e cercados
de obstáculos. Usando como exemplo o primeiro Yama, Ahimsa (não-violência), como ter
esse respeito por si e por tudo sem antes limpar o corpo, a mente e o coração, que estão
cercados de “venenos”, para que amor possa entrar?
Sinto que em nosso Sadhana (caminho de prática constante), à medida que
desenvolvemos Tapas (disciplina, esforço sobre si, auto superação), Svadhyaya (auto-estudo
e estudo tanto das escrituras quanto de assuntos que nos elevem o espírito) e Ishvara
Pranidhana (entrega ao absoluto) podemos exercitar a entrega e receber o que há de vir pois,
como diz Pattabhi Jois, “pratique e tudo virá”.
Além de trabalhar pelo que virá, o simples fato de praticar todos os dias faz com que
o presente tenha grande diferença, o dia fica mais expressivo e rico, posso respirar mais
claro.
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A prática do Yoga: um espelho e modelo para a vida _____________________________
Markus J. Weininger
Observe-se em sua prática; ela é um laboratório privilegiado onde você pode aprender
muito sobre você mesmo. Isso também porque, normalmente, há muito menos interferência
de terceiros, cada praticante lida consigo mesmo, dentro do contorno de seu tapetinho. Desta
forma, os outros não podem ser culpados pelo fato de que não estejamos atingindo nossas
metas. Sua maneira de praticar mostra onde você está em seu desenvolvimento pessoal em
todas as áreas. Os desafios pessoais de cada um no plano da prática remetem a
características pessoais e traços de personalidade análogos, desde fatores aparentemente
físicos como, por exemplo, rigidez, falta ou excesso de flexibilidade ou força, até aspectos
mentais e emocionais como ambição, teimosia, orgulho, medo e insegurança ou disciplina,
auto-confiança, coragem e alegria. Dores que podem surgir em determinadas áreas do corpo
apontam para posturas erradas, não apenas no sentido físico. A maneira como você lida com
sua respiração durante a prática reproduz sua maneira de usar sua energia vital em todos os
aspectos da vida. Por isso, observe-se; veja se você está respirando profunda ou
superficialmente, com calma ou de maneira aflita ou tensa, aquém ou além de seu limite.
Como você está percebendo e trabalhando seus limites na prática? - Muito provavelmente
encontrará a contrapartida em sua atuação fora do espaço de prática.
A prática, vista neste sentido, naturalmente não serve apenas para nos observarmos e
aprendermos mais sobre nós mesmos. Esta brecha no tempo e espaço que criamos
sistematicamente em nossa rotina diária para praticar yoga é um espaço único para ensaiar o
crescimento pessoal em muitos sentidos. Na mesma medida em que progredimos na prática
de asana, pranayama e meditação, estamos crescendo em todos os aspectos da vida. O
aumento de nossa força, segurança, tranqüilidade, vitalidade, energia e todos os progressos
nos diversos níveis podem ser transferidos da prática para nossa vida em si. O que
desenvolvemos e conquistamos na prática está a nossa disposição também nos outros
momentos da vida. Na prática, aprendemos a viver intensamente o momento, o que é uma
atitude mais difícil de se conquistar em outras atividades da vida normal. Exercitamos nossa
concentração e disciplina; unimos o esforço ao desapego; aprendemos a respeitar e, ao
mesmo tempo, estender nossos limites.
Passo a passo começamos a sair da prisão da rede de pares de opostos que nos envolve.
Acima de todos os demais benefícios, porém, está a eqüanimidade que podemos levar
diretamente para outros contextos e a atitude de nos observarmos atentamente, porém, sem
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nos julgarmos ou criticarmos. Assim percebemos e aceitamos a nossa verdadeira existência.
É importante conquistar o equilíbrio de não se entusiasmar nem se abater e afligir por causa
de pequenas vitórias ou derrotas no tapetinho. Com isso, alcançamos uma maior paz interna
em todas as situações da vida que projetamos também para nosso ambiente. Assim, nossa
vida e nossa prática começam a assemelharem-se e a aproximarem-se uma da outra.
Finalmente, aos poucos, ao longo do desenvolvimento constante de nossa prática e na
medida em que conseguimos aplicar os frutos da prática no cotidiano, nossa vida inteira
estará se tornando gradualmente uma grande e contínua prática de yoga, 24 horas por dia, 7
dias por semana, 52 semanas por ano e ano após ano, até o nosso retorno à origem.
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Ashtanga Vinyasa Yoga_____________________________________________________
O Ashtanga Vinyasa Yoga é o método ensinado por Sri K Pattabhi Jois em Mysore,
cidade localizada no estado de Karnataka, sul da Índia, é um método gradual que segue uma
maneira correta de conectar respirações e posturas em uma pratica fluida e meditativa.
A prática é caracterizada pela execução fluida de posturas (asana) sincronizadas com
a respiração (vinyasa). A seqüência é praticada de forma lógica e equilibrada onde as
posturas estão encadeadas de tal forma que a primeira prepara para a próxima, sendo, em
alguns casos, a seguinte uma compensação da anterior.
A primeira série é chamada yoga chikitsa (yoga terapia). Consiste na desintoxicação
do corpo e da mente. As posturas executadas nesta série são na sua maioria de anteflexão
que promovem o estiramento da coluna vertebral e a pressão controlada dos órgãos
abdominais. Esta série promove a mobilidade da coluna e o bom funcionamento geral
promovendo uma desintoxicação orgânica que se faz sentir na melhora do sistema digestivo
e excretor.
A prática de ashtanga visa o controle das flutuações da mente. Ao integrar o corpo e
a mente desenvolve-se a capacidade de meditar, e estar mais presente e consciente. Sente-se
então uma enorme sensação de paz e tranqüilidade que com o tempo é transferida para todas
as áreas da vida. Para que a prática seja segura e se torne eficaz é necessário aprender a
respiração correta (ujjayi pranayama), os drishti (foco ocular), bandha (contração de
determinados pontos do corpo) e vinyasa (coordenação dos movimentos com a respiração).
As aulas são supervisionadas pelo professor individualmente, que dita a forma
correta de se executar as posturas de acordo com o nível de flexibilidade do aluno fazendo
com que o mesmo aprenda de forma gradual e segura. É importante salientar que o aluno
deve observar a sua própria prática no sentido de respeitar suas limitações avançando
gradualmente através da dedicação.
O ashtanga vinyasa yoga deve ser praticado com total atenção e desapego para não
cair nas armadilhas do ego. Quando o foco se torna "fechar" as posturas a qualquer custo, as
lesões são inevitáveis. Por isso é necessário que a prática seja personalizada e adaptada para
cada tipo de aluno.
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Mantra Inicial_____________________________________________________________
ॐ
Om
Om
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Mantra Final – Mangala Mantra _____________________________________________
ॐ
Om
svasti-prajābhyaḥ paripālayantāṁ
nyāyena mārgeṇa mahīṁ mahīśāḥ
go-brāhmaṇebhyaḥ śubham-astu nityaṁ
lokā-samastā sukhino-bhavaṁtu
Om śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ
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Dicas úteis para praticar_____________________________________________________
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Se você for muito rápido o corpo quebra. Então você diz, “o Ashtanga não é bom, é
perigoso”.
Se você respirar com atenção, você cria uma meditação em movimento.
Sem distrações, com a mente focada, apenas siga a respiração.
O Sistema tem regras que deve ser aprendidas.
Larry Schultz:
Ouça o seu corpo. Somente através do desenvolvimento da consciência interna você
poderá entender em que momento trabalhar mais intensamente ou profundamente e qual é a
hora de se mover mais lentamente.
O som da respiração durante a prática do Ashtanga Vinyasa deve ser sempre maior
que o som do seu dialogo mental
Nunca se force para entrar em uma postura. Nenhum asana vale uma lesão.
Elimine a ambição. Você não está competindo com ninguém.
No Yoga menos é mais. Vá devagar e construa lentamente a sua prática. Não há
lugar algum onde chegar.
Estabeleça uma prática pessoal regular. Prática é a sua chave de toda a experiência
Yoga.
Desfrute a pratica. Reconheça e receba o presente que você está dando pra si mesmo.
Visualize a si mesmo na postura antes de fazê-la. Uma parte da nossa resistência é
apenas condicionamento mental que diz que não podemos fazer a postura. Mude a
perspectiva.
Nunca force. Permita que a respiração lhe deixe mover aos poucos dentro da postura.
Concentre-se na respiração para trazer leveza, espontaneidade e fluidez ao
movimento. Não se trata de contorcer o corpo dentro de posturas congeladas: sempre há
movimento na quietude.
Seja paciente consigo próprio, observando que quanto mais uniforme e lentamente
você respira, mais fácil será o movimento.
Deixe que os pensamentos fluam, observando-os como sendo pensamentos apenas, e
deixe que eles vão embora.
Observe o que acontece com a sua coluna, se você conecta a respiração e os bandhas
ao entrar em uma postura, e se você não o faz, perceba a diferença.
Respiração________________________________________________________________
A respiração é nosso elo com a vida, nosso primeiro ato ao nascermos e o último
quando se deixa o corpo. Deus está dentro da respiração. Kariba Ekken, místico do
séc.XVII, disse: “se quiseres nutrir um espírito calmo, primeiro regula a tua respiração, pois
quando ela está sob controle o coração fica em paz, mas quando a respiração é espasmódica
ele fica perturbado. Portanto, antes de tentares qualquer coisa, regula tua respiração, como o
que teu temperamento será abrandado e teu espírito acalmado”.
B.K.S. Iyengar diz que a vida do Yogi não é medida pelo numero de seus dias, mas
pelo número de suas respirações, portanto ele segue os padrões rítmicos de respiração lenta e
profunda. Estes padrões rítmicos reforçam o sistema respiratório, acalmam o sistema
nervoso e reduzem os desejos. Com o decréscimo dos desejos e dos impulsos, a mente fica
livre e torna-se um veículo apropriado à concentração.
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Ujjayi Pranayama__________________________________________________________
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Vinyasa___________________________________________________________________
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direção correta e por isso precisa ser dado da maneira correta. Vinyasa krama descreve um
método de Yoga corretamente organizado, onde observamos como progredimos,
gradualmente, com total atenção, passo a passo, sendo que a ideia de dirigir nossa atenção
cuidadosamente nos ajuda a permanecer presentes e focalizados, daí que vinyasa não se
refere somente ao movimento físico da pratica, mas à atitude com a qual a abordamos,
independentemente se essa prática é de asana, pranayama ou outro aspecto do Yoga. Um
yogi famoso da antiguidade chamado Vamana disse que sem vinyasa os asanas do yoga não
podem ser dominados.
O conceito de vinyasa krama é útil não somente para a pratica de asanas, mas para
organizar vários aspectos da nossa vida diária. Você inicia sua pratica do lugar onde você
está e com certo objetivo em mente, escolhe os passos que irão lhe conduzir à compreensão
deste objetivo e depois volta à sua vida cotidiana, mas não exatamente ao ponto onde estava
antes de iniciar a prática. Ela muda o seu ser.
Bandhas__________________________________________________________________
ॐ Mula bandha (bandha da raiz): segundo David Swenson, tem diferente localização no
homem e na mulher. Nos homens localiza-se entre o ânus e os órgãos genitais, e nas
mulheres localiza-se abaixo do útero até a vagina. Contrai-se ou sustenta-se essa região,
puxando o chão pélvico, para cima. Esta ação fortifica o assoalho pélvico, que é formado
principalmente pelos músculos eretores do ânus e coccígeos, permitindo à rede muscular
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resistir à pressão desenvolvida pelo empurrão do diafragma, resultando em um aumento de
pressão intra-abdominal com todas as boas repercussões para esta região e estimula a região
sacral e pélvica.
Uma boa maneira de entender a localização de mula bandha é imaginar que você precisa de
ir ao banheiro urinar, mas não tem como. Que músculos você usaria nessa urgência? No
começo a pessoa pode controlar o ânus, mas com o tempo vai encontrar a área apropriada. O
mula bandha deve ser o suficiente para trazer a atenção do praticante para aquela região.
Importante lembrar que não deve contrair as nádegas. Algumas áreas para focalizar a
atenção no mula bandha: os saltos, posturas invertidas e em particular utpluthi.
ॐ Jalandhara bandha (o bandha da rede): para fazê-lo, eleve a coluna deixando-a reta e
alongada. A cabeça desce um pouco à frente, o pescoço se alongará e o queixo encontrará a
base da garganta. Desde que o seu queixo esteja para baixo e a sua coluna ereta, você estará
fazendo o jalandhara bandha. Ele é enfatizado nas invertidas sobre os ombros, dandasana e
em padmasana. Tem o efeito de desobstruir as passagens nasais e regula o fluxo de sangue e
de energia sutil para o coração, cabeça e glândulas endócrinas no pescoço (tireoide e
paratireoide).
Tradicionalmente, o mula bandha é ativa principalmente na exalação, e o uddyiana
bandha é ativado na inalação.
Pelo fato de também ativar o mula bandha na exalação, mais energia é trabalhada. No
caso de uddyiana bandha, deve-se tê-lo mais presente e ativado na inspiração, o que mantém
a expansão dos limites e a coluna lombar estendida, além do que baixando o diafragma e
expandindo a lateral das costelas na inspiração também aumenta a circulação do prana no
corpo, mantendo a mente alerta.
Não é necessário apertar demais os bandhas, mas também não se pode ignorá-los.
Inicialmente não é muito fácil estar consciente e ativando-os durante toda a prática,
principalmente o mula bandha, e muitas vezes a contração vai ser mais do que o necessário,
mas o importante é saber que com o tempo a pessoa irá aprender exatamente a ação certa e
poderá mantê-los durante toda a prática. Deve-se começar tentando usar os bandhas em
asanas mais simples como adhomuka svanasana, trikonasana, usando primeiro o uddyiana
bandha mais tarde o mula bandha e depois tentando manter os dois enquanto permanece no
asana. Mas isto é secundário em relação a respiração. Lembre-se da ordem de importância
de aprendizado na pratica: primeiro a respiração, depois o vinyasa, bandhas e drishtis.
Os bandhas em conjunto com o ujjay pranayama geram calor intenso, que purifica
órgãos e músculos, expelindo toxinas indesejáveis, liberando hormônios e minerais que
nutrem o corpo quando o suor é esfregado de volta na pele. A respiração regula o vinyasa e
assegura a circulação eficiente do sangue.
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David Swenson diz que se o drishti estiver difícil de fazer, devemos lembrar que o
foco é dentro (olhar interno) e também criar uma lista interna que possamos olhar
rapidamente enquanto praticamos. Nesta lista devemos colocar a respiração, bandhas
observar como estamos fazendo os movimentos, se tem algum conflito interno, se tem
tensão em alguma parte do corpo, se tem algum questionamento. Essa lista existe
naturalmente, mas a ideia é o drishti ser um “microscópio” para colocar a atenção dentro de
si e não fora. “Para julgar sua prática do começo ao fim, faça drishti”.
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Saudação ao Sol B – Suryanamaskar B
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Posturas Fundamentais
Posturas sentadas
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Posturas Finais
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