Cidadania e Diversidade
Cidadania e Diversidade
Cidadania e Diversidade
R672c
Formato: PDF.
ISBN: 978-65-00-090-22-2
CDD 372.372
1ª edição
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.....................................................................3
INTRODUÇÃO.........................................................................5
REFERÊNCIAS.......................................................................78
APRESENTAÇÃO
3
A cartilha Cidadania e Diversidade: Dialogando com as TransFormações surge como
produto educacional elaborado a partir da pesquisa de mestrado intitulada
“Educação, gênero e cidadania: a formação para a diversidade no ensino médio
integrado ao técnico da Educação Profissional e Tecnológica”, desenvolvida no
Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica em Rede
Nacional (ProfEPT) oferecido pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
(IFNMG), Campus Montes Claros. A pesquisa, desenvolvida sob a orientação da Profa.
Dra. Maria Aparecida Colares Mendes, teve como propósito central a criação desta
cartilha, que se efetivou a partir da análise das concepções de múltiplos sujeitos do
espaço educativo sobre identidade sexual e de gênero, das políticas internas da
unidade estudada e das legislações referentes à educação para a diversidade sexual
e de gênero.
Boa leitura!
4
INTRODUÇÃO
5
Ao longo do processo histórico da sociedade, o espaço educativo vem contribuindo
para a construção do conhecimento, transitando entre uma educação que visa a
consolidação da hegemonia dominante e uma educação que busca a transformação
social. Neste contexto, encontra-se inserida nos marcos da política educacional
brasileira a Educação Profissional e Tecnológica (EPT), delineada por uma trajetória
centenária.
6
A cartilha apresenta-se como uma importante ferramenta de informação, formação
e reflexão sobre as diversas formas de viver e se relacionar afetiva e sexualmente,
colaborando, assim, para dar visibilidade às pessoas LGBT+ que muitas vezes têm as
suas existências e direitos negados ou ameaçados e para contribuir no combate a
toda forma de violência que essa população historicamente é submetida, sobretudo
nos espaços educativos da EPT, lembrando que estas instituições têm como princípio
a formação humana integral para a travessia rumo à emancipação e à
transformação social.
7
UNIDADE 1
Conceitos, terminologias e expressões:
um mosaico em construção
8
Nesta Primeira Unidade apresentamos alguns conceitos, terminologias e
dicas relacionadas à diversidade sexual e de gênero emergidas de diálogos
com educadoras/es, egressos e estudantes do ensino médio integrado ao
técnico e ainda das leituras apoiadas em referências de teóricos e ativistas
estudiosas/os de gênero e sexualidade. São verbetes e informações que
ajudam a refletir, questionar e criar novas possibilidades para uma linguagem
que fortaleça a luta contra o preconceito, ancorada no respeito e
reconhecimento às pessoas LGBT+. Não pretendemos esgotar os conceitos
aqui trazidos, mas provocar reflexões sobre as possibilidades discursivas
para a subversão de uma linguagem construída histórica e socialmente e que
muitas vezes limita as diversas formas de existências.
A
Agênero
Pessoa cuja identidade não se identifica
ou não se sente pertencente a nenhum
gênero, podendo denotar a ausência de
gênero, gênero neutro ou ausência de
identidade de gênero. É uma identidade
não binária de pessoas transgêneras
(REIS, 2018).
Aliada (o)
Pessoas que, independente da orientação
sexual ou identidade de gênero, tomam
ação para promover os direitos e a
inclusão da população LGBT+. Elas são
comumente conhecidas como
Simpatizantes (REIS, 2018).
9
Androginia
Termo genérico que pode ser utilizado
para descrever qualquer indivíduo que
mescla características físicas e/ou
comportamentais culturalmente definidas
como masculino e feminino, ou seja,
refere-se à expressão simultânea de
gêneros (REIS, 2018).
Assexual
É a pessoa que não sente atração sexual
por outras pessoas, seja atração parcial,
condicional ou total, independente de
sexo/gênero igual ou diferente ao dela. É
uma das múltiplas orientações sexuais
(AVILA, 2018).
B
Binário e não-binário
Usa-se o adjetivo “binário” para qualificar
o tipo de identidade de gênero da pessoa
que se identifica com um dos dois termos
da divisão homem/mulher. Qualifica-se
como “não binário” a identidade de
gênero da pessoa que não deseja se
enquadrar em nenhum desses dois
termos (NASCIMENTO, S.D).
10
Bissexual
Pessoa que se sente atraída afetiva e/ou
sexualmente por pessoas de ambos os
gêneros binários (mulher e homem) e
possui a identidade cultural bissexual. Bi é
uma forma reduzida de se referir às
pessoas cuja orientação sexual é
bissexual (GÊNERO, 2009).
C
Cisgênero
11
Cisnormatividade
A cisnormatividade ou normatividade
cisgênera é o termo utilizado para
descrever ou identificar uma suposta
norma social que considera a ideia de que
gêneros são binários e permanentes. A
binariedade se refere às alternativas
dicotômicas que classificam pessoas em
macho/homem, fêmea/mulher, definidas
objetivamente a partir dos corpos ou de
uma ‘essência’. A permanência se refere à
continuidade ou imutabilidade da
identificação de gênero, ou seja, entende
que o ‘sexo biológico’ atribuído ao
nascimento persiste ao longo da vida. Esta
normatividade de gênero exerce, através
de variados dispositivos de poder,
interseccionalmente situados, efeitos
colonizatórios sobre corpos, existências,
vivências, identidades e identificações de
gênero que, de diversas formas e em
diferentes graus, não estejam em
conformidade com seus preceitos
normativos. Desta forma, a
cisnormatividade não permite a
possibilidade de existência ou visibilidade
trans (VERGUEIRO, 2015).
Corpo
12
Crossdresser
D
13
Diversidade Sexual
14
Drag King
Drag Queen
15
E
Expressão de Gênero
16
G
Gay
17
Gênero
18
Gênero fluido (gender-fluid)
É a pessoa cuja identidade varia entre o
gênero masculino, feminino ou gênero
neutro de acordo com o que ela sente em
determinado momento. É um tipo das
diversas identidades de gênero que
abarca o termo transgênero do tipo não-
binário. Sente-se de tempos em tempos
homem ou mulher ou não se identifica
com nenhum gênero (adaptado de Reis,
2018 e vide
https://orientando.org/listas/lista-de-
generos/genero-fluido/).
H
Heteronormatividade
É a ordem sexual do presente fundada no
modelo heterossexual, familiar e SE LIGA NA DICA!
reprodutivo (MISKOLCI, 2016). Relacionada
ao comportamento, desejos e as
Muitas pessoas estudiosas
identificações de gênero admitido como
aceitáveis àqueles ajustados ao par binário e ativistas chamam a
masculino/feminino, ou seja, se relaciona a atenção para a importância
ideia de que o padrão heterossexual de da desconstrução da
conduta é o único válido socialmente e heteronormatividade como
todas as outras são consideradas, por medida ao enfrentamento
consequência, desvios de conduta moral à LGBTfobia.
ou transtornos psíquicos. Desse modo, (NASCIMENTO, S.D)
toda a variação ou todo o desvio do
modelo heterossexual complementar
macho/fêmea – seja através de
manifestações atribuídas à
homossexualidade, transgeneridade,
dentre outras – é marginalizada/o e
perseguida/o como perigosa/o para a
ordem social (GÊNERO, 2009).
19
Heterossexismo
Heterossexual
Homoafetivo
20
SAIBA MAIS!
O termo homossexualismo
é considerado incorreto e
preconceituoso devido ao
sufixo “ismo”, que denota
Homossexual doença, anormalidade. Em
17 de maio de 1990 a
É a pessoa cujo desejo sexual, Assembleia Geral da
emocional e/ou afetivo se manifesta por Organização Mundial da
pessoas do mesmo sexo/gênero com o Saúde (OMS) retirou o
qual se identifica. Assim, a orientação termo e o conceito de
sexual denominada por homossexual “homossexualismo” de sua
pode se referir a homossexuais lista de doenças mentais,
femininas (lésbicas) ou homossexuais declarando que “a
masculinos (gays) (REIS, 2018). homossexualidade não
constitui doença, nem
distúrbio, nem perversão”.
O termo substitutivo,
portanto, é
homossexualidade, que se
refere de forma correta à
orientação sexual do
indivíduo, indicando “modo
de ser” (REIS, 2018).
21
I
Identidade de gênero
22
Identidade sexual
23
Intersexual
25
SE LIGA NA DICA!
26
LGBTfobia
27
M
Movimento Feminista
Movimento LGBT
29
O
Orientação sexual
Pansexual
P
São pessoas que podem desenvolver
atração física, afetiva, emocional e desejo
sexual por outras pessoas, independente
de sua identidade de gênero ou do seu
gênero que lhe foi atribuído
compulsoriamente ao nascimento. A
pansexualidade é uma orientação
sexual, assim como a
heterossexualidade, a
homossexualidade, a bissexualidade,
dentre outras múltiplas orientações. O
prefixo pan vem do grego e se traduz
como “tudo”. A pansexualidade é uma
orientação que rejeita especificamente a
noção de dois gêneros e até de
orientação sexual específica (REIS, 2018).
30
Q
Queer
31
S
Sexo biológico
32
T
Transexual
33
SAIBA MAIS!
34
Travesti
35
Não vacile para não
reproduzir preconceito!
E piadas sobre pessoas LGBT+, podem? Piadas devem ser evitadas, assim
como comentários aparentemente espirituosos, brincadeiras ou qualquer
outra manifestação humorística envolvendo a sexualidade ou a identidade
de gênero das pessoas. Todas estas manifestações estão historicamente
carregadas de preconceito e discriminação, sendo, portanto uma das formas
mais comuns de violência simbólica e sua reprodução somente reforça e
reproduz a opressão. Caso presencie, ajude a/o colega a refletir sobre o que
foi dito, por meio do diálogo!
36
UNIDADE 2
Gênero e EPT:
uma linha do tempo em processo
37
Uma linha do tempo é traçada nesta Segunda Unidade onde são apresentados
momentos históricos, desde 1909 a 2019, relacionados à diversidade sexual e de
gênero durante o surgimento e fortalecimento da Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica. Fazemos uma breve contextualização da Rede
Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, destacando o surgimento
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais
(IFNMG) e ressaltando histórias ligadas às personalidades LGBT+ que deixaram
suas marcas no mundo, a trajetória de luta por direitos e ampliação da cidadania
desta população e, ainda, são indicados filmes, curtas, páginas de internet e outras
mídias que abordam a temática da identidade de gênero e orientação sexual
emergidos em cada momento da linha.
38
História da Rede e do IFNMG entre marcos
da diversidade sexual e de gênero
Na Rede
Federal... Escola de Aprendizes e Artífices
No dia 23 de setembro o presidente Nilo Peçanha
assinou o Decreto 7.566, criando inicialmente 19 Escolas de
1910
do Flamengo e Botafogo. Lota viveu muitos anos com a poetisa
Elizabeth Bishop, romance lésbico retratado no filme Flores
1910
Raras. Link do filme: https://www.youtube.com/watch?
v=uYOKBu1rVtE
(Não recomendado para menores de 14 anos.)
39
Diferente dos outros
1910
vez, do ensino técnico, profissional e industrial. Neste ano
também é assinada a Lei 378, que transformou as Escolas de
Aprendizes e Artífices em Liceus devido à reestruturação no
1937
Ministério da Educação e Saúde.
1910 1945
ativista trans Sylvia Rivera. A história de Marsha é retratada no
documentário “A Morte e a Vida de Marsha P. Johnson” que destaca
as circunstâncias sobre sua morte (filme não recomendado para
menores de 14 anos).
40
Declaração Universal dos Direitos
Humanos (DUDH)
1948
para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta
Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça,
cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra
natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou
qualquer outra condição.
Laerte
A Laerte Coutinho nasceu em 1951, em São Paulo. Cartunista,
roteirista, ativista, mulher trans que até os 57 anos de idade se
1910 1959
com o nome de Escolas Técnicas Federais, com autonomia didática,
técnica, financeira e administrativa. Cursos técnicos foram
criados e autorizado o início da formação técnica de nível superior.
41
A Revolta de Stonewall
Dzi Croquettes
O grupo teatral Dzi Croquettes surgiu no Rio de Janeiro
liderado pelo coreógrafo Lennie Dale. Fez sua primeira
apresentação de dança e humor em 1972, período demarcado
pelo auge da ditadura militar. Formado por homens que
usavam roupas ditas femininas e que misturavam purpurinas,
1972
meiões de futebol, saltos altos, barbas, peitos e pernas
cabeludas. A frase "Nem homem. Nem Mulher. Gente"
abria um dos espetáculos dos Dzi Croquettes e traduz as
transgressões normativas provocadas pelo grupo. A trajetória
do grupo é retratada no documentário Dzi Croquettes.
1910 1978
As Escolas Industriais e Técnicas são transformadas em autarquias
com o nome de Escolas Técnicas Federais, com autonomia didática,
técnica, financeira e administrativa. Cursos técnicos foram
criados e autorizado o início da formação técnica de nível superior.
42
Primeira Onda do Movimento
Político Homossexual no Brasil
Em pleno período de Ditadura Militar, inicia-se
a primeira onda do movimento político homossexual no Brasil
marcado pela fundação do Grupo Somos, em São Paulo.
Ainda neste ano, foi publicado o primeiro exemplar do Jornal
Lampião da Esquina que abordava temas políticos e afins,
1978
principalmente relacionados à defesa da homossexualidade
(SIMÕES e FACCHINI, 2009).
1980
para as conquistas de direitos civis e a luta contra a homofobia
como o grupo Triângulo Rosa (1985 a 1988); Grupo Gay da
Bahia (1980 atuante até o presente ano de 2020); e o grupo
Atobá (1986) (SIMÕES e FACCHINI, 2009).
Ativismo Lésbico
1910 1980
Surgimento do Movimento Lésbico-Feminista (MLF) formado por
dissidentes do grupo Somos para tratar de questões políticas
referentes às mulheres lésbicas e feministas. O MLF muda de
nome e passa a se chamar Grupo Lésbico-Feminista (GLF) e,
posteriormente, Grupo Ação Lésbica Feminista (GALF).
43
Lançamento do Primeiro Boletim
Chanacomchana
Despatologização
da Homossexualidade no Brasil
1910
artigo 3º, inciso IV, que um dos objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil é “Promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação”.
1988
Disponível em: tinyurl.com/czskwlw
Lançamento do Programa
Brasil Sem Homofobia
A partir de uma série de discussões entre o Governo Federal e
a sociedade civil organizada foi lançado, em 2004, o Programa
Brasil Sem Homofobia que foi o primeiro programa
45
2006/2006/lei/l11340.htm
Institutos Federais de Educação,
Ciência e Tecnologia
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o
Enquanto isso, na
projeto de Lei 11.892 promulgado no dia 29 de dezembro que
reconfigura a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e
Rede Federal...
Tecnológica, criando 38 Institutos Federais de Educação, Ciência
e Tecnologia espalhados por todos os estados do Brasil.
2009
teve como objetivo orientar a construção de políticas públicas de
inclusão social e de combate às desigualdades para a população
LGBT+, primando pela intersetorialidade e transversalidade na
proposição e implementação dessas políticas. 46
Nome Social ao Usuário do SUS
Portaria nº 1.820/2009 do Ministério da Saúde estabelece que o
nome social e à identidade de gênero do usuário do serviço do
Sistema Único de Saúde seja respeitado.
Disponível em:
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1820_13_08_20
09.html
47
2ª Conferência Nacional de Políticas
Públicas de Direitos Humanos de LGBT
A 2ª Conferência Nacional LGBT teve como objetivo central
analisar as ações realizadas e avaliar seus resultados, bem como
propor estratégias para o seu fortalecimento e diretrizes para a
implementação de políticas públicas no combate à
discriminação e a promoção da cidadania de LGBT.
Política Nacional de
Saúde Integral de LGBT
2011
Portaria nº 2.836/2011 institui, no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS), a Política Nacional de Saúde Integral de LGBT.
Portaria nº 2.836/2011 disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2836_01_12
_2011.html
Tomboy
2012
nova vizinhança trata a criança como um garoto. Laure, então,
se aproveita disso para se apresentar como Mickäel. O filme
lida com a construção da identidade e papéis de gênero na
infância e as dificuldades das relações entre crianças e pais
nesse processo.
(Não recomendado para menores de 10 anos)
48
Aprovado o Casamento Civil entre
pessoas do mesmo gênero
Link do curta-metragem:
https://www.youtube.com/watch?v=1Wav5KjBHbI
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12
anos.
49
Margarita Com Canudinho
Neste filme indiano é contada a história de Laila (Kalki
Koechelin) que é uma jovem indiana e que tem paralisia
cerebral. Ao lado de sua mãe (Revathy), ela deixa seu país para
estudar na Universidade de Nova York. Sem fé no amor após ter
sido rejeitada por um colega, ela se envolve em um
relacionamento com uma jovem ativista (Sayani Gupta) e
2014
embarca em uma jornada de descobertas.
Merlí
2015
alunas/os. Em diversos momentos da série, Merlí coloca-se
como mediador nas temáticas sobre diversidade sexual e de
gênero e mais que lecionar, ele ajuda suas/seus alunas/os a
enfrentarem situações da vida, passando a conhecer a
realidade de cada uma/um.
50
Ellora
O canal do youtube é apresentado pela criadora de conteúdo
digital Ellora Haonne. A influenciadora digital, que se declara
bissexual, aborda temas relacionados a comportamento,
produzindo vídeos sobre temas como feminismo,
relacionamentos abusivos, amor livre, amor próprio e quebra de
padrões.
Tempero Drag
O Tempero Drag estreou como programa de culinária on-line
apresentado pela drag queen Rita Von Hunty, persona de
Guilherme Terreri Lima Pereira. Guilherme é professor e ator
formado em artes cênicas e letras. Inicialmente, o canal do
youtube, falava sobre comidas veganas, além de outros temas
como cultura drag. Adquirindo um novo formato com o
decorrer do tempo, o programa da Rita passa a ganhar
destaque ao mudar o foco para assuntos sobre política,
abordando temas como comunismo, LGBTfobia, consciência de
classes, feminismo, dentre outros.
Link do canal:
https://www.youtube.com/channel/UCZdJE8KpuFm6NRafHTEIC
-g
51
3ª Conferência Nacional de
Políticas Públicas de Direitos
Humanos de LGBT
A 3ª Conferência Nacional LGBT teve como tema “Por um Brasil
que criminalize a violência contra lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e transexuais”. Foram aprovadas propostas e menções
para o fortalecimento de políticas públicas voltadas para o 2016
segmento LGBT em todo o país, incluindo a regulamentação
sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade
de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
2016
pessoas travestis ou transexuais no âmbito da administração
pública federal direta, autárquica e fundacional.
52
Hora Queer
2016
antirracista e anti-LGBTfóbico. O idealizador e apresentador do
programa Danilo Lima Carreiro também é drag queen, youtuber
e professor do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais. Em
seu canal do youtube Doutora Drag o programa é apresentado
pela drag queen Dimitra Vulcana e tem como objetivo falar
sobre política de forma didática e reflexiva.
Link do podcast:
https://www.spreaker.com/show/hq-da-vida_1
10 Anos do IFNMG
53
Nome Social e o Reconhecimento da
Identidade de Gênero no Registro Civil
Pessoas transgêneras que desejam alterar o nome e gênero
de nascimento em seu registro civil passa a ter este direito
garantido por decisão do Supremo Tribunal Federal no
julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
4275 e regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça.
Disponível em:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?
idConteudo=371085
Amiel
O minidocumentário Amiel conta a história do ativista LGBT+ que
luta pela visibilidade da população intersexual. Amiel Modesto
Vieira descobre sua intersexualidade apenas aos 33 anos de
idade, quando, ao encontrar uma carta do Hospital das Clínicas
2019
de São Paulo, desvenda o segredo sobre sua condição mantido
por seus pais.
Link do documentário:
https://globosatplay.globo.com/assistir/canal/curtas/v/7468453
Classificação indicativa: livre.
54
Criminalização da Homofobia e
Transfobia
2019
conforme julgamento realizado pelo STF da Ação Direta de
Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26.
Disponível em:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?
idConteudo=414010
55
UNIDADE 3
Práticas e reflexões sobre diversidade
de gênero e sexual na escola
56
Busca-se nesta Terceira Unidade apresentar propostas educativas referentes à
diversidade sexual e de gênero que subsidiem as práticas pedagógicas para a
formação reflexiva e como sugestões de atividades que poderão ser realizadas com
educadoras/es, estudantes, seus familiares, enfim, todas as pessoas interessadas
na construção de um mundo mais justo e solidário. As propostas visam, por meio
da cooperação, da solidariedade e do respeito, desvelar a ordem que coloca as
identidades sexuais e de gênero como normal, estável e limitante das
possibilidades de vivências e experiências relacionadas às questões de gênero e
sexualidade e estimular o debate para enfrentamento da LGBTfobia.
57
PROPOSTA 1
AÇÃO-REFLEXÃO-AÇÃO
Entendendo a Heteronormatividade e
a Cisnormatividade
Objetivo:
Identificar, buscando Material:
compreender, livros (incluindo didáticos),
comportamentos que de revistas, filmes, papel, lápis
alguma forma ditam as ou caneta, quadro, pincel
fronteiras estabelecidas pela anatômico e apagador.
heteronormatividade e
cisnormatividade
b) Você percebe a presença de figuras não cisgêneras nos livros e revistas da escola?
É maioria, minoria ou inexistem? Caso afirmativo da presença, como são retratadas?
São esteriotipadas?
58
c) Como são representados os relacionamentos afetivos? Você percebe a presença
de relacionamentos não heterossexuais (lésbicas, gays, bissexuais, pansexuais,
demais orientações sexuais) nos livros e revistas da escola? É maioria, minoria ou
inexistem?
e) Os textos dos livros e revistas têm linguagem não sexista, ou seja, usam “ser
humano” ou “pessoa humana” em vez de “homem”; “As pessoas idosas” em vez de
“Os idosos”; “A juventude” em vez de “Os jovens”; “O eleitorado” em vez de “Os
eleitores”; “A direção” ou “A diretoria” em vez de “Os diretores”; dentre outras
expressões? Usam o masculino para se referir ao coletivo, mesmo havendo a
presença feminina ou de outros gêneros?
g) Em livros, revistas, internet, filmes, novelas, séries e outras mídias, como são
representados os relacionamentos afetivos e sexuais das personagens em geral?
h) Você se lembra de ter assistido algum filme com personagem LGBT+ em papel de
protagonista?
j) Após o passeio pela escola e as reflexões anotadas, o que você entende por
heteronormatividade e cisnormatividade?
4 Inicie uma conversa com o grupo que estimule a reflexão sobre o que é biológico
ou natural e o que é social e cultural no que diz respeito aos nossos
comportamentos.
59
? Pergunta-chave para a discussão coletiva:
Sugestão de leitura:
Artigo:
JUNQUEIRA, R.D. Pedagogia do armário: a normatividade em
ação. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 7, n. 13, p. 481-
498, jul./dez. 2013. Disponível em:
http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/320
.
60
PROPOSTA 2
AÇÃO-REFLEXÃO-AÇÃO
Superando o preconceito e a discriminação
Objetivo: Material:
Discutir as questões do lápis e folha de papel
preconceito e contendo, cada uma, as
discriminação que levam a assertivas descritas nos
LGBTfobia e refletir sobre procedimentos; quadro e
as possibilidades de pincel anatômico; projetor
superá-las. multimídia; computador ou
mídia removível para acesso ao
material audiovisual.
Procedimentos:
61
Em 2009, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou uma
pesquisa encomendada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (MEC/INEP) na temática do Preconceito e
Discriminação no Ambiente Escolar, foi realizada em 501 escolas de 27 estados,
numa amostra de 18.599 respondentes, dentre elas pais, mães, diretoras/es e
funcionárias/os de escola e estudantes. Nela constatou que 93,5% das pessoas
entrevistadas possuem algum nível de preconceito relacionado ao gênero e
mais de 80% têm preconceito relacionado à orientação sexual e ainda 98%
das/os entrevistadas/os possuem algum nível de distância social para com os
homossexuais (FIPE, 2009).Outra pesquisa que demonstra dados sobre
opressão e rejeição a determinados gêneros na escola foi realizada pela
Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) em parceria com o
Ministério da Educação e Organização dos Estados Ibero-americanos para
Educação, Ciência e Cultura (OEI) no ano de 2015. Os dados revelaram que a
orientação sexual e a identidade de gênero é um dos principais alvos de
preconceitos no ambiente escolar: 19,3% das/os estudantes responderam que
não queriam ter como colega de classe pessoas homossexuais, transexuais,
transgêneros e travestis; no ensino médio e entre os jovens do sexo masculino,
essa ocorrência sobe para cerca de 31% (ABRAMOVAY, 2015). No ano de 2016, a
Secretaria de Educação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) apresentou o relatório da Pesquisa
Nacional Sobre o Ambiente Educacional no Brasil 2016 contendo experiências
de violências sofridas por estudantes LGBT+. A pesquisa demonstrou que mais
de 65% dos respondentes disseram terem sidos agredidos verbalmente na
escola devido a sua orientação sexual ou identidade/expressão de gênero. As
agressões físicas referentes à orientação sexual foram relatadas por 27%
das/os estudantes, enquanto 25% relatou a agressão devido a sua
identidade/expressão de gênero.
62
2 Distribuir para cada participante uma folha contendo as seguintes assertivas:
b) Creio que nenhuma pessoa deve ser discriminada por motivo algum.
c) Fazer piadas por meio de gozação, imitação, assovios e chacotas não são
consideradas LGBTfobia, mas apenas brincadeiras, mesmo que seja ofensivo a
alguém ou grupo de pessoas.
e) Pessoas trans não deveriam utilizar o banheiro de acordo com a sua identidade
de gênero.
g) Frases como "Não tenho preconceito, tenho até amigas/os que são GLS"; "Tudo
bem ser gay, mas não precisa ser afeminado"; "Pode ser lésbica, mas não precisa se
vestir como homem"; “Homem se depilar é muita viadagem”; “Bissexual é uma
pessoa indecisa quanto a sua orientação sexual”; “ Isso é moda, logo vai passar”;
“Que desperdício você ser LGTB+”; “Quem é a mulher/homem da relação?”;
“Aquela/aquele transexual até parece uma mulher/homem de verdade”. São frases
carregadas de preconceito e discriminação direcionadas às pessoas LGBT+ e devem
ser eliminadas de nossos discursos.
63
l) A heteronormatividade contribui para ocorrência da LGBTfobia.
3 Instruir, anotando no quadro, que para cada frase a/o participante deverá se
posicionar, de acordo a sua opinião, escrevendo “Concordo”, “Discordo” e “Não sei”.
Dar um tempo para que as pessoas reflitam e preencham a folha.
4 Dividir a turma em pequenos grupos e solicitá-los para que façam uma discussão
sobre as respostas e o que consideram ser LGBTfobia para que cada grupo construa
uma definição para o termo.
6 Em seguida, pedir que cada pessoa comente como se sentiu com a atividade, se foi
fácil ou não decidir em qual posição ficar, se conseguiram perceber seus níveis de
preconceito e discriminação e como foi o debate em grupo para a definição de
LGBTfobia.
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PROPOSTA 3
AÇÃO-REFLEXÃO-AÇÃO
Vamos nos movimentar?
Objetivo: Material:
Contribuir para a ampliação do Quadro; pincel
conhecimento da história do anatômico; folha de flip
movimento feminista e chart ou de cartolina.
movimento LGBT+ e refletir sobre
a sua importância para a luta por
direitos e cidadania ampla.
Procedimentos:
3 Instrua para que cada equipe pesquise sobre os principais fatos e conquistas da
história de cada movimento.
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4 Em seguida, deverão produzir cartazes com textos e figuras referentes aos
contextos pesquisados.
5 Solicitar que cada grupo apresente o seu cartaz e relate sobre a pesquisa.
Livros:
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva
pós-estruturalista. 16 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
Documentário:
A Revolta de Stonewall
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=cxSBW79yxjQ
Podcast:
Hqpédia #08 – Lampião da Esquina produzido por Hora Queer
+ Doutora Drag. Disponível em:
https://www.spreaker.com/user/halfdeaf/hqpedia-08-lampiao-
da-esquina
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PROPOSTA 4
AÇÃO-REFLEXÃO-AÇÃO
Existências e Vivências
Objetivo: Material:
Visibilizar histórias de Papel, caneta, quadro,
vidas por meio de relatos pincel anatômico, projetor
de pessoas LGBT+ em multimídia, computador
suas experiências e ou mídia removível para
vivências. acesso ao material
audiovisual.
Procedimentos:
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4 Após a exibição, pedir às/aos ouvintes/espectadoras/es que anotem sua opinião
sobre a obra (conteúdo, linguagem), respondendo as perguntas: quais os temas
abordados, o que chamou mais sua atenção, qual o sentimento diante o relato;
como podemos relacionar o conteúdo apresentado com as questões de gênero,
sexualidade, mundo do trabalho, raça/etnia, cidadania.
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UNIDADE 4
Datas que marcam:
visibilizar para conquistar
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Finalizamos a cartilha nesta Quarta Unidade em que são elencadas datas que
marcam simbolicamente a celebração das existências LGBT+, dos avanços e das
conquistas do movimento. Estas datas também são importantes para dar
visibilidade às reivindicações por acesso a direitos, por reconhecimento da
cidadania e para o combate à LGBTfobia.
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29 de janeiro
Dia Nacional da Visibilidade Trans
No dia 29 de janeiro de 2004, pessoas transexuais e travestis em
parceria com o Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde
lançaram a campanha “Travesti e respeito: já está na hora dos dois
serem vistos juntos. Em casa. Na boate. Na escola. No trabalho. Na vida”
com o objetivo de sensibilizar educadores e profissionais de saúde e
incentivar travestis e transexuais a reivindicar sua própria cidadania e
dignidade. Desde então a data ganhou um sentido político de luta pela
igualdade, respeito, visibilidade de pessoas trans e o enfrentamento à
transfobia.
25 de março
Dia Nacional do Orgulho LGBT
No Brasil, o dia 25 de março é uma data de mobilização e luta por
direitos, pelo respeito, visibilidade e reconhecimento da população
LGBT+. Além desta data, em 28 de junho é celebrado oficialmente o Dia
Internacional do Orgulho LGBT+.
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17 de maio
Dia de Combate à LGBTfobia
Entre 1948 e 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificava a
homossexualidade como transtorno mental. Nesta época, era usado o
termo “homossexualismo”, cujo sufixo “ismo” remete à categoria de
doença. Em 17 de maio de 1990, a Assembleia Geral da OMS aprovou a
retirada do código 302.0 (homossexualismo) da Classificação
Internacional de Doenças, declarando que “a homossexualidade não
constitui doença, nem distúrbio”. Nesta data simbólica, organizam-se
eventos em vários países para chamar a atenção dos governos e da
opinião pública para a situação de opressão, marginalização,
discriminação e exclusão social em que vivem os grupos LGBT+ na
maior parte dos países. No Brasil, o 17 de maio foi instituído como o Dia
Nacional de Combate à Homofobia, por Decreto assinado pelo
Presidente da República em 04 de junho de 2010.
19 de maio
Dia do Orgulho Agênero
Data simbólica que pessoas agênero elegeram para dizer que existem e
tem orgulho de sua existência. Neste dia, é reivindicada a ocupação de
espaços na sociedade, a visibilidade de suas pautas e o reconhecimento
de direitos.
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28 de junho
Dia do Orgulho LGBT
No dia 28 de junho de 1969, em mais um episódio de violenta repressão
policial contra o público LGBT+ que frequentavam o Bar Stonewall, em
Nova Iorque, uma multidão se rebelou contra a polícia. As manifestações
de pessoas LGBT+ perduraram nos dias seguintes contra o sistema
jurídico americano anti-LGBT e a data ficou conhecida como a Revolta de
Stonewall. A partir de então, foi criado o Orgulho Gay, surgindo as
primeiras organizações do movimento LGBT+ nos EUA e ganhando a
atenção de muitos países para os problemas e a violência contra esta
população. A Revolta de Stonewall ficou conhecida como um marco
pelos direitos das pessoas LGBT+ e foi importante para fortalecer a luta
dos movimentos nos EUA e em diversos países. A palavra orgulho é
empregada no sentido de afirmação de cada indivíduo e da comunidade
como um todo.
14 de julho
Dia Internacional das
Pessoas Não-Binárias
Para relembrar que existem mais realidades para além do binário de
gênero (homem/mulher), neste dia pretende-se promover a visibilidade
e o reconhecimento das pessoas não-binárias, como o direito ao
documentos de identificação sem a exigência da definição de gênero.
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29 de agosto
Dia Nacional da Visibilidade Lésbica
A data refere-se ao dia em que se realizou o primeiro Seminário
Nacional de Lésbicas (Senale), em 1996, no Brasil. É um dia dedicado a
se discutir as pautas que o movimento reivindica e dar visibilidade à
população de lésbicas no país.
23 de setembro
Dia da Visibilidade Bissexual
A data surgiu em 1999, proposta pelos ativistas estadunidenses Wendy
Curry, Michael Page e Gigi Raven Wilbur, para a celebração do orgulho
de ser bissexual e, ainda, para o combate a bifobia. A Associação
Internacional de Gays e Lésbicas (ILGA) reconhece a data e diversos
países a celebram como marco da luta das demandas da população
bissexual.
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26 de outubro
Dia da Visibilidade Intersexual
A data remete ao dia 26 de outubro de 1996 em que pessoas intersexos,
integrantes da Intersex Society of North America, protestaram
publicamente após serem impedidos de participar da Conferência
Anual da Academia Americana de Pediatria, em Boston, EUA. A intenção
do grupo era questionar a forma desrespeitosa com que pessoas
intersexuais são tratadas pela sociedade, inclusive, desde o nascimento
quando muitas sofrem com a mutilação genital. A data marca também a
luta contra a invisibilidade intersexo e o direito ao reconhecimento da
sua identidade de gênero.
20 de novembro
Dia Internacional da
Memória Transgênera
Esta data, que em inglês significa Transgender Day of Rememberance
(TDoR), é inspirada pelo assassinato, em 1998, de Rita Hester, mulher
trans negra muito estimada na comunidade de Allston, Massachusetts.
Este dia é dedicado à memória de todas as pessoas que faleceram
vítimas da transfobia e para chamar a atenção da sociedade para a
violência sofrida pela população trans em todo o mundo.
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8 de dezembro
Dia do Orgulho Pansexual
Data que visa celebrar a visibilidade pansexual e reivindicar o respeito à
identidade das pessoas que assim se identificam.
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O Sal da Terra
Composição de Beto Guedes e Ronaldo Bastos. Disponível em
https://www.letras.mus.br/beto-guedes/44544/. Acesso em: 20 jun 2020.
Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo desse chão, da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar
Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã
AVILA, Bia. O que significa ser uma pessoa assexual? Disponível em:
https://medium.com/todxs/o-que-e-ser-assexual-d44b11f3a6ac. Out. 2018. Acesso
em 23 dez. 2019.
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JUNQUEIRA, R.D. Pedagogia do armário: a normatividade em ação. Revista Retratos
da Escola, Brasília, v. 7, n. 13, p. 481-498, jul./dez. 2013. Disponível em:
http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/320.
REIS, T., org. Manual de Comunicação LGBTI+. Curitiba: Aliança Nacional LGBTI /
GayLatino, 2018.
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