1 A 40 Dissertprofrob
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CAMPUS CHAPECÓ
MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE
NACIONAL - PROFMAT
RENATO MELLA
CHAPECO/SC
2022
RENATO MELLA
CHAPECO/SC
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
Rodovia SC 484, km 02
CEP: 89801-001
Caixa Postal 181
Bairro Fronteira Sul
Chapecó SC
Brasil
AGRADECIMENTOS
Estou feliz por ter chegado ao final desse percurso, onde superei muitos desafios e
passei a ser um ser humano melhor, com um pouco mais de conhecimento. Mas nada
disso seria possível sem ajuda. Então, nesse momento dedicado esse espaço para
mostrar a minha gratidão:
Sou grato a minha Mãe Maria, que participou dessa caminhada, organizando e
realizando tarefas em meu lugar, tudo para que eu pudesse me dedicar as tarefas do
mestrado.
Sou grado pela minha namorada e amiga, Ligia, que esteve presente na construção da
dissertação, lendo, fazendo apontamentos, tornando o trabalho melhor.
Agradeço aos professores do PROFMAT pelo excelente trabalho, sinto que as muitas
aulas que assisti durante o período de sala de aula, me influenciaram positivamente,
trazendo maior compreensão e segurança ao Renato Professor.
De maneira especial, quero agradecer meu professor Orientador, Milton Kist, por ter
aceitado participar do meu trabalho de pesquisa. Agradeço pelos inúmeros
apontamentos construtivos que fizestes no trabalho. E principalmente, pela paciência e
compreensão, nas muitas horas de leitura e reuniões que realizamos.
Technological advances constantly modify society, however, these changes are little
noticed in the teaching processes in Basic Education. Thus, the present work sought to
investigate the potential of Educational Robotics as a teaching learning tool, since it is a
technological apparatus that has several functionalities. For that, readings were carried
out on the main theories related to Educational Robotics, of which we highlight
Constructivism, Constructionism, Vygotsky's Socio-historical learning and the Pillars of
Computational Thinking. The focus of the investigation was the observation of the
practice carried out by the students, which consisted of programming a robot cart on the
Arduino platform and then modeling its movement through the assumptions of uniform
rectilinear movement. The practice was applied in the three school years of high school,
with different objects of knowledge: The 1st year evaluated the function associated with
uniform motion, while the 2nd year evaluated the graphic behavior of linear systems
with two unknowns and two equations, through of the organization of two lines of
uniform motion in a 2x2 linear system, and the 3rd year, used the experiment to
evaluate the coefficients of the reduced equation of the line, in the study of analytical
geometry. Before starting all this construction, an initial activity was carried out with
the objective of introducing the Arduino platform and the programming language to the
students. After the development of activities, the data obtained was analyzed based on
qualitative aspects. The results showed that this approach contributes significantly to
solving the proposed problems. The theories of Constructivism and Constructionism are
also highlighted in the results observed, since the Educational Robotics tools were the
instruments in which the students developed various actions in the search for
knowledge. Finally, it is worth highlighting the importance of Computational Thinking,
which was the way to find the solution for several activities.
1. INTRODUÇÃO 14
1. 1 OBJETIVOS 17
1.1.1 OBJETIVOS GERAL 17
1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 17
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 19
2.1 APRENDIZAGEM SEGUNDO VYGOTSKY 19
2.2 CONTRIBUIÇÃO DA TEORIA CONSTRUTIVISTA NO ENSINO 22
2. 3 SEYMOUR PAPERT E O CONSTRUCIONISMO 25
2.3.1 ABORDAGEM INSTRUCIONISTA E ABORDAGEM CONSTRUCIONISTA 27
2.4 CONSTRUTIVISMO X CONSTRUCIONISMO 29
2.5 A METODOLOGIA STEM (CIÊNCIAS, TECNOLOGIA, ENGENHARIA E
MATEMÁTICA) NO ENSINO 30
2.6 TECNOLOGIAS NO ENSINO PAPEL DO PROFESSOR 32
2.7 ENSINO DE MATEMÁTICA - PAPEL DO PROFESSOR 33
2.8 PENSAMENTO COMPUTACIONAL 35
3. ROBÓTICA EDUCACIONAL E REVISÃO DE LITERATURA 39
3.1 ROBÓTICA EDUCACIONAL 39
3.2 REVISÃO DE LITERATURA 41
4. MATERIAIS E MÉTODOS 44
4.1 TIPO DE PESQUISA 45
4.2 PESQUISA CONTEXTO E PARTICIPANTES 45
4.3 MATERIAIS UTILIZADOS 46
4.3.1 O QUE É ARDUINO? 46
4.3.2 MATERIAIS PARA ATIVIDADE DE NIVELAMENTO 48
4.3.3 MATERIAIS PARA ATIVIDADES COM O CARRINHO ROBÔ 50
5. ATIVIDADES 56
5.1 ATIVIDADES PARA TODAS AS TURMAS 59
5.1.1 ATIVIDADE 1 NIVELAMENTO 60
5.1.2 ATIVIDADE 2 - PROGRAMAÇÃO DOS ROBÔS 62
5.1.3 ATIVIDADE 3 VELOCIDADE REAL DO ROBÔ PARA TODAS AS TURMA 62
5.2 ATIVIDADES - 1° ANO ENSINO MÉDIO 63
5.2.1 ATIVIDADE ESPECÍFICA 1 1° ANO MODELAR O DESLOCAMENTO DO
ROBÔ ATRAVÉS DA FUNÇÃO HORÁRIA DA POSIÇÃO 64
5.2.2 ATIVIDADE ESPECÍFICA 2 1° ANO COMPETIÇÃO ENTRE OS ROBÔS 65
5.2.3 ATIVIDADE ESPECÍFICA 3 1° ANO ROBÔS EM SENTIDOS OPOSTOS 67
5.3 ATIVIDADES - 2° ANO ENSINO MÉDIO 68
5.3.1 ATIVIDADE ESPECÍFICA 1 2° ANO SISTEMAS LINEARES 2X2 SPD 69
5.3.2 ATIVIDADE ESPECÍFICA 2 2° ANO SISTEMA LINEAR 2X2 SI 71
5.3.3 ATIVIDADE ESPECÍFICA 3 2° ANO SISTEMA LINEAR 2X2 SPI 72
5.4 ATIVIDADES - 3° ANO ENSINO MÉDIO 73
5.4.1 ATIVIDADE ESPECÍFICA 1 3° ANO INCLINAÇÃO DA RETA 74
5.4.2 ATIVIDADE ESPECÍFICA 2 3° ANO PARALELISMO ENTRE RETAS 76
5.4.3 ATIVIDADE 5 3° ANO INTERSEÇÃO ENTRE RETAS 77
6. ANÁLISES DOS RESULTADOS 78
6.1 ATIVIDADE 1 - NIVELAMENTO 78
6.2 ATIVIDADE 2 - PROGRAMAÇÃO DOS ROBÔS 85
6.3 ATIVIDADE 3 VELOCIDADE REAL DO ROBÔ 87
6.4 ANÁLISE 1° ANO ATIVIDADES ESPECIFICAS 1 E 2 88
6.5 1°ANO FUNÇÃO DEFINIDA POR SENTENÇAS 91
6.6 ATIVIDADE ESPECÍFICA 1 2° ANO SISTEMAS LINEARES 2X2 SPD 93
6.7 ATIVIDADE ESPECÍFICA 2 2° ANO SISTEMA LINEAR 2X2 SI 96
6.8 ATIVIDADE ESPECÍFICA 3 2° ANO SISTEMA LINEAR 2X2 SPI 97
6.9 ANÁLISE - 3° ANO ATIVIDADES ESPECÍFICAS 1 2 3 100
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 107
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 109
APÊNDICE A 116
APÊNDICE B 117
APÊNDICE C 118
APÊNDICE D 119
APÊNDICE E 120
APÊNDICE F 121
APÊNDICE G 122
APÊNDICE H 127
ANEXO 1 135
14
1. INTRODUÇÃO
Nesse quesito, é necessário olhar para os alunos de hoje, que aprendem mais
rápido e por conta própria, dado que aprendem a brincar nos celulares e computadores
antes mesmo de saberem ler e escrever, movidos somente pela curiosidade e interesse em
aprender. Assim, não se pode esperar que estes indivíduos aceitem soluções prontas, uma
vez que são dotados de curiosidade, gostam de aprender produzindo ações, de forma ativa
e não apenas ouvindo passivamente. Assim, nossa tarefa enquanto professores é guiá-los
e orientá-los, sem querer ser o centro do conhecimento, mas sim, o mediador do processo,
que orienta as ações na busca do conhecimento pelo aluno.
Sendo assim, atualmente é necessário realizar algumas mudanças na forma de
ensinar, o que acabei observando durante a minha caminhada como professor, que se
iniciou em 2014. De lá para cá, uma das principais dificuldades que encontrei como
professor de Matemática e Física foi dar aplicabilidade aos conceitos ensinados, uma vez
que todos os anos me deparo com as mesmas perguntas: Professor, onde vou usar esse
conteúdo na minha vida? Ou então, Professor, não tem como fazer uma aula prática? Na
tentativa de responder a essas perguntas de forma satisfatória, fui ao longo dos anos,
sempre que possível, usando simuladores, aplicativos de celular e objetos físicos, na
tentativa de mostrar a aplicabilidade ao que se ensinava. Nessa missão, o celular foi a
ferramenta mais utilizada, visto que é possível através dele baixar gratuitamente
aplicativos de simulação, tabelas, ou mesmo, usá-lo como fonte de pesquisa, uma vez que
16
em várias escolas da rede pública não há laboratórios para a realização de aulas práticas,
então os aplicativos digitais acabam por ser a única ferramenta disponível.
Assim, durante esse período, fui desenvolvendo várias atividades práticas e
teóricas, através do uso de simuladores, celulares, ou quando disponíveis, materiais
específicos de laboratório de matemática/física. Dessa forma, pude observar nesse
processo o grande interesse que esse tipo de atividade é capaz de promover nos
estudantes, visto que, os obstáculos encontrados nas aulas teóricas, se tornam apenas um
desafio nas atividades teóricas associadas com as práticas. Sendo assim, quando tive a
oportunidade de ingressar no curso de mestrado profissional em Matemática, não tive
dúvidas sobre o que gostaria de pesquisar: A Robótica Educacional como ferramenta de
aprendizagem, pois acredito que a melhor forma de aprender é realizando ações sobre os
objetos de conhecimento, e não apenas ouvir explicações expositivas.
Diante disso, procurei investigar o uso da Robótica Educacional como ferramenta
de aprendizagem no ensino de Matemática, tendo como fundamentos teóricos as
principais teorias relacionadas ao tema.
Os avanços tecnológicos mudaram o perfil dos estudantes, mas não trouxeram
mudanças significativas no ambiente escolar, uma vez que ainda são usados modelos
prontos com soluções pré-determinadas, repassadas em aulas expositivas, onde o
professor é o centro do conhecimento e o estudante acaba por ser um ouvinte passivo,
coadjuvante no seu próprio processo de ensino-aprendizagem.
Castro e Lanzi (2017, p. 6), afirmam que:
Segundo essa tendência de pensamento, a educação, na sociedade da
informação, é também difusa: as pessoas se educam enquanto trabalham,
enquanto assistem algum canal da TV ou por meio dos seus dispositivos
móveis, tablets, computadores ou mesmo o rádio do seu carro, enquanto
realizam as atividades normais do dia a dia, enquanto viajam, enquanto se
divertem. Nesse sentido, consideram que na vida cotidiana não têm sido
pontuadas essas possibilidades de articulação entre educação e trabalho e entre
educação e lazer. A educação pode e deve permear todas as suas atividades,
pois não deve haver limites para tal articulação.
1. 1 OBJETIVOS
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ainda, Vygotsky (1984, p. 62), entende que teração provocada pelo homem
sobre a natureza altera a própria sujeito responde
aos estímulos e os altera, graças as ferramentas elaboradas e aperfeiçoadas ao longo da
história cultural, que possibilitam uma relação dialética entre mundo e homem. Essas
ferramentas mediadoras são os signos e os instrumentos.
O instrumento é forjado pelo homem e possibilita o aumento de atuação do
homem sobre a natureza. Além disso, omo condutor da
influência humana sobre o objeto da atividade; ele é orientado externamente [...];
constitui um meio pelo qual a atividade humana externa é dirigida para o controle e
62), os instrumentos são forjados pelos
homens para facilitar sua vida, alguns exemplos de instrumentos são vasilhas para
armazenamento, faca para um corte mais preciso e fácil, celulares para facilitar a
comunicação e buscar informações, entre outros. E os signos, referem-se ao controle das
ações psicológicas do próprio indivíduo ou de outras pessoas, são exclusivamente
humanos, são instrumentos psicológicos, pois são resultado de um trabalho humano
interno, são ações que objetivam ajudar em atividades que exigem memória e escolha. A
linguagem é um forte exemplo dos signos, uma vez que é toda representada por signos,
por exemplo, ao pensarmos na palavra caderno, remete ao objeto concreto caderno.
Para Vygotsky (1984 p. 59,60):
A invenção e o uso dos signos como meios auxiliares para solucionar um dado
problema psicológico (lembrar, comparar coisas, relatar, escolher, etc.) é
análoga à invenção e uso de instrumentos, só que agora no campo psicológico.
O signo age como instrumento de atividade psicológica de maneira análoga ao
papel de um instrumento no trabalho.
experientes dentro da sociedade, uma vez que podem prestar auxílio, mediando os
indivíduos menos experientes no processo de aquisição de conhecimentos.
Assim Piaget foi moldando sua teoria do Construtivismo, estudando uma forma de
explicar como as pessoas aprendem, através da interferência dos objetos e os meios que
as rodeiam.
Já na visão de Niemann e Brandoli, (2012, p. 1), o construtivismo:
[...] procura explicar como a inteligência humana se desenvolve partindo do
princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações
mútuas entre o indivíduo e o meio, ou seja, o homem não é passivo sob a
influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre
eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez
mais elaborada.
Piaget destaca ainda, que a ação do sujeito é o ponto de partida para a construção
da inteligência humana. Ao aprender, cada sujeito construirá para si os objetos do meio, e
isso acontecerá através da sua própria ação física ou menta
pré-formadas dentro do sujeito, mas constroem-se à medida das necessidades e das
, p. 387). Dessa forma, a construção do conhecimento depende
que o sujeito aja externamente sobre objetos e opere/modifique internamente nas suas
estruturas mentais.
Esse processo de construção de conhecimento, através da ação física e mental, não
é uma cópia da realidade, nem se encontra totalmente determinado pela mente do sujeito,
mas é o produto da interação entre os dois elementos. Portanto, o sujeito constrói seu
conhecimento à medida que interage com a realidade. Essa construção acontece sob a
perspectiva de vários processos, dentre os quais se destaca a adaptação, que se divide em
duas etapas: assimilação e acomodação (CARRETERO, 2002). Para Piaget (1975, p. 17).
permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração,
24
mas sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas
simplesmente acomodando- , p. 13).
Segundo Carretero (1997 apud Zilli, 2004, p. 34)
Na teoria construtivista, o sujeito é um ser ativo que estabelece relação de troca
com o meio-objeto (meio físico, pessoa, conhecimento), relações essas que
devem ser vivenciadas e significativas. Desta forma, o indivíduo incorpora
novas informações, que passam a tornar-se parte de seu conhecimento, ainda
não implicando necessariamente que as integrem com as informações que já
possuía anteriormente. Esse processo é chamado de assimilação. Quando,
mediante a esse processo, o sujeito transforma a informação que já tinha em
função nova, ocorre o processo de acomodação
Diante do exposto, a teoria construtivista pode ser uma opção para amenizar
possíveis problemas de aprendizado, pois, prevê que os indivíduos aprendem quando
interagem com os objetos de aprendizagem. Assim, os alunos e professores podem ser
agentes ativos em sala de aula, não deixando a ação apenas para o professor, mas sim,
como propõe o construtivismo: que o aluno participe ativamente no processo de
construção de conhecimento, deixando de ser um ouvinte passivo de informações.
Segundo Niemann e Brandoli (2012, p. 7)
O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio
aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estimulo a
dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos. A partir
de sua ação, vai estabelecendo as propriedades dos objetos e construindo as
características do mundo. Noções como proporção, quantidade, causalidade,
volume e outras, surgem da própria interação da criança com o meio em que
vive. Vão sendo formados esquemas que lhe permitem agir sobre a realidade
de um modo muito mais complexo do que podia fazer com seus reflexos
iniciais, e sua conduta vai enriquecendo-se constantemente. Assim, constrói um
mundo de objetos e de pessoas onde começa a ser capaz de fazer antecipações
sobre o que irá acontecer.
Dessa forma, é viável que o professor deixe de ser o centro do processo de ensino-
aprendizagem, visto que, é o aluno quem deve ir à procura de respostas, tornando-se
assim, um sujeito independente e autônomo no seu próprio processo de aprendizagem, o
que por sua vez, aumenta as chances de êxito nesse processo.
Ainda sobre o computador, Papert (2008) discute duas abordagens pra seu uso na
educação, a instrucionista e a construcionista. Na abordagem instrucionista o que
predomina é o máximo de ensino (instrução), sendo o computador utilizado como
máquina de ensinar. Enquanto na abordagem construcionista busca-se ensinar de forma a
produzir a maior aprendizagem a partir do mínimo de instrução; e o computador é usado
tanto como máquina de ensinar, como também máquina construtora de novas
obras/ideias/soluções.
Nas palavras de Bastos (2002, p. 42)
Enquanto as interações dos programas instrucionistas enfatizam o software e o
hardware (a máquina) com vis luno e não provocar
conflitos cognitivos , o software construído pelo aluno individualmente ou
cooperativamente na abordagem construcionista centra-se no pensamento e na
criação, no desafio, no conflito e n lado, a riqueza de
imagens e as múltiplas opções; de outro, o programa sem nada, a não ser o
desafio a explorar, descobrir e demonstrar.
resumo, Papert está preocupado no que acontece de fato, prático e objetivo. Já Piaget se
preocupa em como o processo se desenrola, analisando como as etapas correlacionam-se
e a sequência em que ocorrem.
Diante do exposto, o governo dos EUA percebeu que as mudanças que ocorreram
no sistema educacional não acompanhavam o dinamismo das mudanças tecnológicas e
sociais. Havia uma lacuna entre o sistema educacional e a formação de indivíduos
capazes e dispostos a trabalharem com profissões STEM. Então, conforme mostra a
Figura 3, conjeturaram os problemas e as necessidades a qual a educação básica precisa
suprir.
Figura 3 - STEM
Fonte: http://porvir.org/stem-o-movimento-as-criticas-e-o-que-esta-em-jogo/
de abordagens como a STEM, visto que muitas das atuais profissões, e claro das futuras
profissões, tem ligação direta com essas metodologias.
O uso das tecnologias no ensino vem avançando a passos largos nos últimos anos
e, durante a pandemia do COVID-19, em meados de 2020, devido ao isolamento social,
tornou-se a única forma encontrada para ministrar aulas. Não por escolha, mas por
necessidade, as aulas da Educação Básica passaram para o módulo remoto. Então, coube
ao professor criar formas de adequar suas aulas remotamente, de modo que fossem
eficientes e ainda, aliando os objetos de conhecimento às ferramentas tecnológicas
disponíveis. Porém, não foi possível interagir com cada etapa de aprendizagem como era
de costume em sala de aula, o que por sua vez, fez com que o professor se obrigasse a
ocupar o papel de mediador do processo de aprendizagem: direcionando e
problematizando; instigando o aluno a buscar a própria solução.
Gomes (et al. 2010, p. 5) já previa esse desenrolar:
Em uma velocidade incrível, a aplicação crescente da tecnologia vem
transformando o papel do professor, que deve assumir, como mediador do
processo de aprendizagem, o papel d
buscar de maneira autônoma a solução, bem como estreitar o caminho entre o
conhecimento empírico e o conhecimento científico. É nesse contexto que nos
propomos a repensar a prática pedagógica, pois não devemos nos esquecer de
que os nossos alunos crescem incorporando as inovações tecnológicas. Diante
de tais reflexões, percebemos que se faz necessária a busca por novas
metodologias que viabilizem aos estudantes a incorporação do raciocínio, do
emprego da lógica e da análise de situações para diferentes resoluções de
problemas que envolvam cálculos, aplicação de fórmulas ou conceitos
matemáticos.
Sendo assim, usar softwares educativos e simuladores é uma tática para despertar
o interesse dos estudantes no ensino da matemática. Entretanto, não se pode fazer uso
dessas ferramentas de forma solta, mas sim, cuidar para que as relacione com temas do
interesse e que provoquem a autonomia no processo de ensino-aprendizagem dos alunos.
Fonte: Autor