Numeros Binarios

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Ministério da Educação

PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus de Ponta Grossa

FABIANA RODRIGUES DE OLIVEIRA GLIZT


ANDRÉ KOSCIANSKI

CADERNO PEDAGÓGICO

O PENSAMENTO COMPUTACIONAL NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO


FUNDAMENTAL

PONTA GROSSA
2017
LISTA DE FIGURAS

Figura 1-Modelo de cartões para conversão ............................................................................... 8


Figura 2-Sequência para conversão da base binária ................................................................... 9
Figura 3 - Exemplo de conversão binária ................................................................................... 9
Figura 4- Conversão para a base decimal ................................................................................. 10
Figura 5- Atividade Enviar Mensagem Secreta ........................................................................ 11
Figura 6- Descobrindo o enigma – Mensagem secreta............................................................. 11
Figura 7- Exemplo da atividade 2- números binários .............................................................. 12
Figura 8- Exemplo de zoom em uma imagem para visualizar pixels ....................................... 15
Figura 9- Convertendo número em imagem ............................................................................. 15
Figura 10-Exemplos de como converter números em imagens ................................................ 16
Figura 11 - Resultado a partir da realização das atividades 1 e 2 ............................................. 17
Figura 12- Exemplo de código de cores para conversão de figura colorida............................. 18
Figura 13- Exemplo de árvore das decisões de um número entre 0 a 7 ................................... 20
Figura 14-Método de ordenação por seleção - passo a passo: ................................................. 24
Figura 15-Passos para ordenação com base no algoritmo QuickSort ...................................... 25
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Temática das aulas .................................................................................................... 7
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................. 4
2. PENSAMENTO COMPUTACIONAL .............................................................................. 5
3. APLICAÇÃO DAS ATIVIDADES .................................................................................... 7
4. ROTEIROS ......................................................................................................................... 8
5. CONVERSA FINAL......................................................................................................... 26
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 27
ANEXOS .................................................................................................................................. 28
ANEXO A- Cartões para conversão binária (aluno)......................................................... 29
ANEXO B- Cartões para conversão binária (professor).................................................. 30
ANEXO C - Atividade 1: decifrar mensagem secreta ...................................................... 33
ANEXO D – Atividade 2 com números binários ............................................................... 34
4

1. APRESENTAÇÃO

Caro (a) professor (a), este caderno pedagógico visa socializar os


encaminhamentos para que vocês educadores possam introduzir o ensino do
pensamento computacional nos anos iniciais do ensino fundamental. O material
apresenta o resultado de um estudo realizado por meio do Mestrado Profissional em
Ensino de Ciência e Tecnologia, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná –
Câmpus Ponta Grossa.
O caderno pedagógico é fruto da pesquisa realizada com um grupo de alunos
acompanhados no 3º e 4º ano do Ensino Fundamental pela pesquisadora em uma
escola municipal da cidade de Ponta Grossa – Paraná.
O material é composto pela apresentação dos principais conceitos aplicados
na pesquisa acerca da Ciência da Computação, os encaminhamentos pedagógicos
e as atividades empregadas no decorrer do trabalho.
Os métodos da Ciência da Computação que compõem este caderno, podem
ser implementados em diferentes níveis de ensino. Muitas das atividades propostas
não requerem a utilização de computadores, sendo possível aplicá-las em sala de
aula. Caberá ao professor analisar a melhor forma de levar estas atividades para
a sua sala de aula, tendo a possibilidade de adapatá-las ao nível escolar em que
está inserido.
Assim, as atividades apresentadas neste caderno são um exemplo de como o
ensino do pensamento computacional pode ser introduzido com crianças a partir dos
primeiros anos de escolarização, além disso, desenvolverão conhecimentos e
habilidades antes delimitados ao nível técnico e superior.
Desejo que as atividades colaborem com o trabalho desenvolvido em sala de
aula. Boa prática, educador(a)!
5

2. PENSAMENTO COMPUTACIONAL

Com o rápido avanço computacional e tecnológico que vem ocorrendo no


mundo, surgem novas necessidades para a sociedade. A educação sofre os
impactos advindos destas transformações sociais precisando assim preparar nossas
crianças e jovens para atender as novas demandas e habilidades exigidas.
O pensamento computacional (do inglês, computational thinking) engloba
métodos para solução de problemas baseados nos fundamentos e técnicas da
Ciência da Computação, e atualmente é visto como uma das formas de desenvolver
o raciocínio lógico. Apesar de ser um termo relativamente novo, o pensamento
computacional, é visto como habilidade do século 21, e diferentes áreas de
conhecimentos tendem a trazer tais fundamentos para seus núcleos de estudos.
No cenário educacional, o tema vem ganhando espaço, considerando os
benefícios desenvolvidos no raciocínio dos estudantes quando aplicado. Jeannette
Marie Wing é considerada uma das principais promotoras do pensamento
computacional, difundindo o tema não só aos cientistas da computação, mas
ampliando sua aplicabilidade a outras áreas, como na educação. O pensamento
computacional é visto como uma habilidade vital para hoje e para o futuro, e a sua
importância equivale à de leitura, escrita, e aritmética básica. (WING, 2006).
Neste sentido, por meio do desenvolvimento de tais fundamentos, o aluno
deverá ser capaz de aplicar técnicas como abstração, organização e execução do
passo a passo para resolução de problemas, o que irá auxiliá-lo na elaboração do
seu pensamento. Além disso, a partir de tais conceitos, o estudante deixará de
compreender o computador como mero artefato tecnológico, mas como um
potencializador de suas atividades.
Para que o processo de inserção e utilização da tecnologia no espaço
educativo seja realizado de forma a desenvolver habilidades cognitivas nos alunos, é
fundamental que objetivos sejam estabelecidos. O letramento computacional já é
realidade em muitas escolas brasileiras, contudo o trabalho acerca do pensamento
computacional é recente e pode ser explorado através da compreensão de
conceitos computacionais que estimulem a capacidade de pensar logicamente.
Buscou-se planejar atividades que despertassem o interesse dos alunos, e
que em consonância, contribuissem com o desenvolvimento do raciocínio lógico.
6

Sendo assim, optou-se por introduzir os conceitos da Ciência da Computação,


baseando-se no livro Computer Science Unplugged.
O projeto CS Unplugged originou-se na Nova Zelândia, e foi criado por Bell,
Fellows e Witten em 2011, com adaptação para uso em sala de aula, que foi
realizada por Adams e McKenzie. A proposta é composta por um site e um livro. O
material está disponível gratuitamente e em vários idiomas, e contempla um
conjunto de atividades que visam ensinar os fundamentos da Ciência da
Computação através de atividades lúdicas e envolventes.
Os exercícios propostos permitem que os alunos aprendam conceitos de
lógica, algoritmos, números binários, compressão de dados, entre outros. As
atividades desenvolvidas tornam-se atrativas, pois ensinam os temas pertinentes ao
pensamento computacional de forma lúdica estimulando o interesse no processo de
aprendiagem.
7

3. APLICAÇÃO DAS ATIVIDADES

As atividades apresentadas neste caderno pedagógico foram realizadas com


crianças entre oito e dez anos de idade, no entanto, podem ser adaptadas e
aplicadas em diferentes níveis de acordo com o grau de complexidade exigido.
As aulas foram planejadas e desenvolvidas de modo que, os conceitos
pertinentes ao pensamento computacional fossem aprendidos de forma lúdica e
condizente com a idade dos alunos participantes.
Os exercícios propostos foram embasados a partir do livro Computer
Science Unplugged (2011), o qual apresenta um vasto repertório de conceitos e as
respectivas atividades relativas à introdução da Ciência da Computação, que
podem ser desenvolvidas com crianças a partir dos primeiros anos de escolarização.
As aulas foram planejadas a partir dos sete temas descritos no Quadro 1-
Temática das aulas. Optou-se por descrever as atividades mais significativas, que
envolvem os conceitos introdutórios relacionados ao pensamento computacional,
visto que tais temas não são desenvolvidos habitualmente nos primeiros anos de
escolarização.

Quadro 1- Temática das aulas


TEMAS CONTEÚDO ATIVIDADE

Tema 1 Números binários Apresentação do código;


Conversão de textos;
Conversão de números;
Compreensão do código
(formação de palavras).
Tema 2 Pixels Representação de imagens;
Elaboração de figuras;
Elaboração de códigos.
Tema 3 Teoria da Informação Identificação de uma
informação em um conjunto de
dados.
Tema 4 Algoritmos Ordenação e seleção de
elementos.
Tema 5 Linguagem de programação Elaboração de figura a partir de
instruções;
Confecção de dobradura,
Descrição de passo a passo;
Apresentação de mágica,
descrição de truque;
Tema 6 Situações problemas Elaboração de estratégias para
resolução de situações pré-
determinadas.
Tema 7 Lógica Resolução de exercícios.
Fonte: Autoria própria
8

4. ROTEIROS

TEMA 1: NÚMERO BINÁRIOS


Objetivos:
 Apresentar a base numérica binária;
 Compreender como o computador armazena as informações a partir
conversão decimal-binária e binária-decimal;
 Realizar a conversão de palavras e números através da interpretação de
binários.
Materiais utilizados:
-Tesoura
-Cola
-Papel cartão ou cartolina
-Folha impressa com cartões
-Folha de Atividade: Enviar Mensagens Secretas
Atividade 1
Desenvolvimento da atividade 1:

Confeccionar os cartões (figura 1- Modelo cartões para conversão). Cada


aluno (a) deverá receber uma folha com os cinco cartões impressos. Em seguida,
colar os cartões em um pedaço de cartolina, sendo que a parte que contém os
pontos deverá ficar exposta.

Figura 1-Modelo de cartões para conversão

Fonte: Computer Science Unplugged (2011, p. 6)

As figuras a seguir apresentam a sequência para utilização dos cartões para


conversão binária. A organização dos cartões deve ser da direita para esquerda,
obdecendo a ordem decrescente, neste caso, o dobro do número de pontos da carta
anterior.
9

Figura 2-Sequência para conversão da base binária

Fonte: Autoria própria

Diferente da base decimal, o sistema binário utiliza apenas os números 0


(zero) e 1 (um) para a composição númerica. Para representar um número binário e
realizar a conversão através dos cartões, a carta quando virada para baixo
equivalerá a 0 e quando os pontos estiverem visíveis corresponderá a 1.

Figura 3 - Exemplo de conversão binária

Fonte: Autoria própria

Para converter o número binário para a base decimal, deve-se somar o


número de pontos que aparecem expostos nas cartinhas que estão viradas.
10

Figura 4- Conversão para a base decimal

Fonte: Autoria própria

A partir da compreensão da base binária, é importante realizar algumas


conversões coletivas para sanar dúvidas, e em seguida, propor composições
individuais, como por exemplo, a conversão de três números binários para decimal
ou vice-versa (01001=9, 00011=3, 01100=12).
Após a apropriação do método de conversão, realizar a atividade 1 - Enviar
mensagem secreta, que consta como anexo (Anexo C) conforme ilustra Figura 5
neste caderno pedagógico e que deverá ser impressa anteriormente. Neste
exercício, de posse das cartinhas confeccionadas no início da aula, o (a) aluno (a)
deverá descobrir o enigma através da sequência de lâmpadas.
11

Figura 5- Atividade Enviar Mensagem Secreta

Fonte: Computer Science Unplugged (2011, p. 6)

As lâmpadas representadas no exercício equivalem aos cartões


anteriormente apresentados, no entanto, a criança deverá compreender que os
espaços pretos significam a lâmpada apagada e quando acesas aparecem as
árvores que equivalem ao número de pontos de acordo com a posição ocupada. A
partir da soma de pontos (Figura 6) será possível identificar a letra correspondente.

Figura 6- Descobrindo o enigma – Mensagem secreta

Fonte: Autoria própria


12

Cada linha será equivalente a uma letra, que por fim resultará na frase de
pedido de ajuda elaborada pelo personagem do exercício.
Atividade 2
Desenvolvimento da atividade 2:

A partir da representação dos cartões confeccionados pelos alunos no ínicio


da atividade, a criança deverá descobrir o número secreto referente à base decimal
(realizando a contagem dos pontos das cartas que estão expostos), e em seguida
completar com o número binário correspondente.

Figura 7- Exemplo da atividade 2- números binários

Fonte: Autoria própria

Atividade 3
Desenvolvimento da atividade 3:

1) Preencha o número binário das seguintes figuras:

a)
13

b)

c)

2) Desenhe os pontos dos cartões de acordo com a representação da primeira


figura, depois preencha o seu respectivo número secreto:

3) Para representar os números a seguir utilize a base binária:

a) 2-
b) 20-
c) 5-
d) 12-

 A partir destes exemplos, outras atividades poderão ser realizadas junto com
os alunos, tais como, formação de palavras, como o nome de cada criança, frases
e textos enigmáticos.
14

TEMA 2: PIXELS
Objetivos:
 Introduzir o conceito de pixels;
 Compreender como o computador realiza o armazenamento de desenhos,
fotografias e outras imagens utilizando apenas números;
 Converter números em imagens;
 Elaborar um código de cores.
Materiais utilizados:
- Folha impressa com tela para conversão preto e branca;
- Folha impressa com as tela quadriculada para imagem colorida;
-Lápis de escrever;
-Borracha;
-Lápis de cor.
Atividade 1
Desenvolvimento da atividade:
Explicar aos alunos que na tela de um computador as imagens digitais são
formadas por vários quadradinhos minúsculos, que são chamados de pixels. Assim,
quando damos um zoom em uma imagem, ou seja, aproxima-se ou amplia-se a
figura é possível observar estes pontos que através de sua junção formam a
imagem.
A imagem a seguir, da borboleta azul, representa como é possível
identificar os pixels a partir da ampliação de uma figura. Este tipo de exemplo pode
ser exposto às crianças antes de iniciar a apresentação do tema em si, visto que
melhora a compreensão do que se trata o assunto pixels.
15

Figura 8- Exemplo de zoom em uma imagem para visualizar pixels

Fonte: VENTURA (2012)

A primeira atividade utiliza a representação de imagens em preto e branco.


Nesse caso, para que o computador armazene esta imagem, basta que a máquina
identifique quais são os pontos pretos e brancos.
Este exercício requer muita atenção do estudante, visto que a composição
da imagem é realizada através de sequências de números na horizontal. O primeiro
número sempre se refere à quantidade de pixels brancos. No entanto, se iniciada
pelo número 0 (zero), o pixel começará por preto. Conforme imagem apresentada a
seguir, para ilustração.

Figura 9- Convertendo número em imagem

Fonte: Adaptado de Computer Science Unplugged (2011, p. 16)

A imagem a seguir, apresenta o processo de interpretação da imagem e o


16

resultado a ser obtido a partir da figura 9.

Figura 10-Exemplos de como converter números em imagens

Fonte: Adaptado de Computer Science Unplugged (2011, p. 16)

Após a apropriação do método de conversão de imagem preto e branca,


sugere-se realizar outras atividades de interpretação dos pixels, como nos
exemplos a seguir.

Atividade 1 – Reproduza a imagem de acordo com pixels indicados:


4,11,3
4,9,2,1,2
4,9,2,1,2
4,11,3
4,9,5
4,9,5
5,7,6
0,17,1
1,15,2
17

Atividade 2 – Decifre a imagem abaixo, e descubra o personagem que está representado:


3,4,15
2,3,2,1,14
1,2,2,6,11
0,1,1,3,6,2,9
0,1,1,1,10,1,8
1,1,11,1,8
0,1,13,1,7
0,1,14,1,6
0,1,14,3,4
0,1,9,5,3,1,3
0,1,8,1,4,1,4,1,2
0,1,7,1,6,1,1,1,1,1,2
0,1,7,1,6,1,3,1,2
1,1,2,1,3,1,3,1,2,4,3
1,1,2,2,3,1,4,1,4,1,2
1,3,2,1,3,4,5,1,2
1,1,1,2,10,4,3
3,3,6,3,4,1,2
3,1,7,1,8,1,1
3,1,2,1,3,1,9,1,1
4,2,3,1,11,1
5,1,3,1,1,1,9,1
5,1,3,1,1,10,1
5,1,3,1,7,1,4
5,1,4,1,5,1,5
5,1,4,1,5,1,5
4,2,5,1,3,1,6
3,1,2,2,4,5,5
3,1,4,2,5,1,1,1,4
2,2,6,2,3,1,2,2,2
1,1,2,1,6,2,2,1,3,1,2
0,21,1

A partir da realização e interpretação da imagem, a xícara será revelada na


atividade 1 e o personagem Homer Simpson na tela da atividade 2.
Figura 11 - Resultado a partir da realização das atividades 1 e 2

Fonte: Adaptado de Computer Science Unplugged (2011, p. 22)


18

Atividade 2
Em seguida, propor a elaboração de imagens coloridas em telas
quadriculadas. No entanto, primeiramente, é necessário elaborar um código de
cores padronizado. Como exemplo, sugere-se como deve ser definido o código de
cada cor: cor amarela apresenta-se primeiro o número de elementos a serem
pintados seguidos da cor entre parentêses nº (A). A ilustração a seguir, exemplifica
a atividade realizada para representar uma imagem colorida.

Figura 12- Exemplo de código de cores para conversão de figura colorida

Fonte: Autoria própria

Após elaborado o código de cores, cada aluno deverá receber telas


quadriculadas e deixar sua imaginação fluir. Depois de realizado, o próprio aluno
poderá descrever seu código ou propor a troca de atividades entre os colegas da
turma.
19

TEMA 3: Teoria da Informação


Objetivo:
 Apresentar a relação da informação com sua estrutura, considerando a sua
quantificação, armanezamento e comunicação.
Materiais utilizados:
- Folhas de papel sulfite A4
-Tesoura
-Cola
-Dicionário
-Lápis ou canetas coloridas
Desenvolvimento da atividade 1:

A aula poderá ser iniciada com o questionamento: o que é informação?


Verificar a compreensão dos alunos referente a este conceito, após com o auxílio
do dicionário ler o significado da palavra.
Na Ciência da Computação, os profissionais determinam a informação por
quão surpreendente é a mensagem. Ou seja, a quantidade de informação contida
nas mensagens é mensurada pela dificuldade em adivinhá-la.
Para compreensão da temática, cada criança deverá estar com um
dicionário. Em seguida, solicitar que procurem determinada palavra, como por
exemplo ‘casa’, no entanto, deverão abrir o dicionário na página a qual acreditam
estar mais próxima da palavra procurada. Deverão registrar o número de tentativas
realizadas até conseguir chegar na palavra desejada.
Desenvolvimento da atividade 2:

A segunda atividade trata-se de um jogo. Para realização do jogo dos vinte


palpites, deverá ser escolhida uma criança para começar. Este estudante deverá
pensar em número de 0 a 100 e deverá registrar em um papel, sem mostrar para
nenhum colega da turma. Após, definido o número, começar o jogo.
Cada criança poderá fazer perguntas à criança escolhida, a qual responde
somente sim ou não até que se advinhe a resposta. Qualquer pergunta pode ser
feita, contanto que a resposta seja especificamente 'sim' ou 'não'.
A ideia do jogo é reduzir a quantidade de perguntas a cada rodada,
considerando que o número deverá ser descoberto antes da vigésima pergunta.
20

Desenvolvimento da atividade 3:

Apresentar o conceito de árvore das decisões, cujo objetivo na Ciência da


Computação é estruturar os dados de forma a permitir a busca de informações em
coleções ordenadas. Assim, como na atividade anterior neste exercício deve-se
encontrar a solução do problema a partir da resposta ‘sim ou ‘não.
Para desenvolver a estrutura da árvore deve-se inicialmente definir um
intervalo de número a ser descoberto, como de 0 a 3; de 0 a 7 ou de 0 a 15, por
exemplo. Escolher uma criança e solicitar que pense num número dentro deste
intervalo, o qual os demais alunos deverão descobrir. A partir das respostas obtidas
o desenho da árvore irá se revelar, até se chegar a resposta inicialmente pensada.

Figura 13- Exemplo de árvore das decisões de um número entre 0 a 7

Fonte: Adaptado de Computer Science Unplugged (2011, p. 40)

A confecção e o registro da árvore das decisões poderão ser realizados de


forma individual ou coletiva, de acordo com o desenvolvimento e compreensão do
conceito apresentada pela turma.
21

TEMA 4:Linguagem de Programação


Objetivos:
 Compreender como ocorre a comunicação de uma instrução dentro do
computador;
 Confeccionar uma dobradura;
 Descrever um passo a passo.
Materiais utilizados:
-Folhas de papel sulfite A4
-Cola
-Tesoura
-Lápis preto ou caneta
-Lápis de cor
-Folhas para registro
Desenvolvimento da atividade 1:

Explicar que os computadores são geralmente programados através de


uma “linguagem”, que é um vocabulário limitado de instruções que devem ser
obedecidas, e que estas máquinas, sempre obedecem às instruções ao “pé da
letra”, mesmo se estas produzirem um resultado errôneo. E para que a máquina
compreenda e execute corretamente os comandos, faz-se necessário que
linguagem de programação seja clara e precisa.
Para compreensão do conceito, desenvolva o passo o passo de uma
dobradura coletivamente. Neste momento, é importante evidenciar cada instrução
repassada, de modo que, todos as realizem corretamente.
Em seguida, solicitar que cada criança realize uma dobradura a qual
domine a sua confeccção individualmente. Após realizada, cada aluno deverá
descrever em um papel as instruções em forma de passo a passo de sua
dobradura.
Para síntese da atividade, propor a troca dos textos com as descrições
entre os alunos, para que verifiquem se as instruções foram escritas de forma clara
e compreensível para sua reprodução.
Desenvolvimento da atividade 2:

Escolher algumas figuras aleatórias e solicitar que uma criança descreva a


22

imagem para que os demais alunos realizem o registro. Ao final da descrição


poderão comparar as imagens realizadas, verificando seus erros e acertos no
resultado obtido.
Desenvolvimento da atividade 3:

Propor que cada aluno (a) aprenda um truque de mágica para reproduzir
em sala de aula. Cada criança poderá realizar a apresentação e posteriormente o
registro do passo a passo para que outros alunos possam realizar.
23

TEMA 5: Algoritmos
Objetivos:
 Apresentar métodos utilizados pelo computador para ordenar elementos de
maneira rápida e eficiente.
Materiais utilizados:
- Molde cubo
-Tesoura
-Cola
-Lápis ou canetas coloridas
Desenvolvimento da atividade 1:

Relatar que os computadores operam seguindo uma lista de instruções, as


quais permitem a máquina ordenar, pesquisar e enviar informações, e que o
algoritmo refere-se a um conjunto de instruções necessárias para completar uma
tarefa – um passo a passo.
A aula poderá ser iniciada com um diálogo acerca de situações nas quais
colocar as coisas em ordem sejam importantes. Além disso, é interessante
questioná-los sobre qual é importância de colocar objetos, palavras, datas em
ordem? Neste momento, explicar que os computadores são muitas vezes utilizados
para colocar listas em algum tipo de ordem, por exemplo, nomes em ordem
alfabética, arquivos tais como textos, e-mail, músicas ou imagens pela data de
recebimento ou download, atentando-se a importância de utilizar o método correto
para cada forma de organização que se pretende. Visto que, a escolha correta do
método é que irá facilitar a encontrar um objeto ou um arquivo no computador mais
rapidamente.
Para realizar a atividade, sugere-se organizar as crianças em pequenos
grupos e em seguida, entregar seis moldes de cubos para que sejam montados. Os
cubos poderão ser substituidos por outros objetos, tais como moedas de diferentes
valores ou garrafas com diferentes quantidades de pesos.
A partir dos cubos prontos, atribuir valores para cada um deles de forma
aleatória, como por exemplo, 9, 11, 16, 25, 13 e 27. Em seguida, apresentar os
métodos de ordenação por seleção e Quick Sort.
24

Método 1
Figura 14-Método de ordenação por seleção - passo a passo:

Fonte: Autoria própria

Para realização desta atividade, os números não necessitam estar


aparentes, podendo deixá-los na parte inferior ou até mesmo dentro do cubo, deste
modo, deixando uma das partes abertas. Esta técnica estimula a curiosidade dos
alunos, fazendo que os mesmos prestem mais atenção no exercício proposto.
Método 2
Apresentar a partir de uma abordagem simplificada o algoritmo de ordenação
QuickSort, que subdivide o problema original em subproblemas, possibilitando uma
resolução mais fácil e rápida.
O método QuickSort, é apresentado a partir do passo a passo descrito na
25

sequência (Figura 15), na qual inicialmente deve-se escolher o último objeto do


canto direito, e em seguida, compará-lo com os objetos restantes, partindo pelo
primeiro da esquerda, mantendo a esquerda do elemento comparado os mais leves
e a direita os mais pesados. Esse procedimento deverá ser repetido para os objetos
da esquerda e da direita, até que reste somente um objeto em cada lado.

Figura 15-Passos para ordenação com base no algoritmo QuickSort

Fonte: Autoria própria


26

5. CONVERSA FINAL...

As atividades descritas tiveram por objetivo introduzir o pensamento


computacional já nos primeiros anos de escolarização. Os exercícios foram
elaborados de forma a estimular a capacidade de pensar logicamente, de modo que,
envolvessem as crianças de forma lúdica e atraente.
As atividades devem ser adaptadas de acordo com a faixa etária dos alunos,
de modo a nivelar o grau de complexidade a ser aprendido.
Torna-se importante que se desenvolva com os alunos o hábito de estímulo
ao raciocínio através de atividades desafiadoras, por meio de situações problemas,
desafios, jogos e enigmas. Os exercícios devem favorecer a aprendizagem de
diferentes formas sendo possível verificar o conhecimento de conceitos a qual seja
de domínio do aprendiz.
Acredita-se que o estímulo ao raciocínio lógico e as habilidades ligadas ao
pensamento computacional devam se tornar uma prioridade no âmbito educacional,
visto que, no atual contexto, onde a tecnologia traz inovações constantemente e a
sociedade requer novas competências. O estudante terá de apresentar novas
capacidades, tais como pensamento sistémico, autonomia, comunicação,
relacionamento interpessoal, eficácia em processos e soluções de problemas.
Por fim, deixo o convite a todos os professores para conhecerem o trabalho
de dissertação elaborado a qual possibilitou desenvolver este caderno pedagógico.
A dissertação intitulada “ O pensamento computacional nos anos iniciais do ensino
fundamental” apresenta as análises e dados que foram obtidos durante a aplicação
do projeto, bem como o referencial teórico utilizado para subsídio da pesquisa.
27

REFERÊNCIAS

BELL, T.; WHITTEN, I.; FELLOWS, M. Computer Science Unplugged (Ensinando


Ciência da Computação sem o uso do computador) Universidade de Canterbury,
Nova Zelândia, 2011. Disponível em:
<http://csunplugged.org/sites/default/files/books/CSUnpluggedTeachers-
portuguesebrazil-feb-2011.pdf>. Acesso em 30/05/2015.

VENTURA, A. Marcelo. Resolução de imagens (bitmap). 11 out.2012. Disponível


em:< http://www.marceloaventura.art.br/blog/?p=59pixels>.Acesso em: 1 mar. 2017.

WING, Jeannette M. Computational Thinking. 2006. Disponível em:<


https://www.cs.cmu.edu/~15110-s13/Wing06-ct.pdf> Acesso em 18.07.2016.
28

ANEXOS
29

ANEXO A- Cartões para conversão binária (aluno)


30

ANEXO B- Cartões para conversão binária (professor)


31
32
33

ANEXO C - Atividade 1: decifrar mensagem secreta


34

ANEXO D – Atividade 2 com números binários

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