Projeto Pibid-Ufs
Projeto Pibid-Ufs
Projeto Pibid-Ufs
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - Pibid da Universidade Federal de Sergipe (UFS)
busca contribuir para a formação de recursos humanos qualificados na prática do fazer docente, atuando
diretamente na formação inicial e continuada de professores, além de promover um diálogo efetivo entre
as licenciaturas da Universidade e as diferentes realidades da educação básica e pública de Sergipe.
Levando em consideração a legislação educacional vigente, a proposta tem como eixo central a
abordagem de atividades diferenciadas que promovam o desenvolvimento de competências e habilidades
baseadas, também, nas orientações dos documentos oficiais como a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) e o Currículo de Sergipe. A proposta tenciona que toda a produção de material didático como
problematizador da prática docente deve compor o acervo educacional das Escolas-Campo, além de ser
disponilibizada nos sites da Secretaria de Educação do Estado de Sergipe, dos municípios e da UFS. O
Projeto deverá se alinhar aos subprojetos também no campo das estratégias de ensino em cada Escola-
Campo, nomeadamente nas questões de ensino em que os Bolsistas de Iniciação à Docência possam
vivenciar a prática docente como uma atividade crítica e reflexiva da dimensão prática. Desse modo, será
necessário considerar as realidades locais e regionais da educação básica das escolas públicas de Sergipe,
acolhendo os diversos agentes como gestores das redes de ensino, professores, alunos de iniciação à
docência e formadores de professores da Universidade, na elaboração de propostas que atendam tais
realidades e necessidades. Assim, o PIBID-UFS desenvolverá ações que considerem a real necessidade dos
envolvidos no processo formativo, dos licenciandos e dos professores em exercício (supervisores). A
formação continuada e inicial passa a ocorrer em conjunto na Escola-Campo e nos cursos de licenciaturas,
tendo a Escola como potencial gerador de conhecimento sistematizado a partir da reflexão teórica
conjunta. O PIBID-UFS terá essas orientações como elementos cruciais das ações formativas, prezando pela
formação de licenciandos preparados para conceber a prática com base em análise teórica mais crítica de
acordo com a realidade da sala de aula. Os subprojetos têm como estratégia inicial a investigação de
questões relacionadas às práticas educativas que possam se configurar em situações problemáticas a
serem interpretadas à luz de aportes teóricos. As discussões e reflexões coletivas devem permitir a
implementação de práticas que superem o modelo de supremacia do conhecimento teórico específico das
áreas sobre os conhecimentos pedagógicos. Para o acompanhamento e avaliação do Projeto e dos
subprojetos serão realizados eventos periódicos, desenvolvimento de ambiente virtual de
compartilhamento de informações e produção de relatórios parciais e relatório final. A partir das
experiências em editais anteriores, o PIBID da Universidade Federal de Sergipe, continuará a contribuir
para repensar a relação teoria-prática na formação inicial e continuada de professores com reverberações
tanto na educação básica como no ensino superior.
Objetivos, metas e estratégias de desenvolvimento do projeto institucional.
Considerando as áreas: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Física, Química, Biologia, Alfabetização,
Arte, Educação Física, Língua Inglesa, Língua Espanhola, Geografia, História, Filosofia e Pedagogia, o
Programa de Iniciação à Docência na Universidade Federal de Sergipe-UFS busca em seus objetivos gerais:
1) Contribuir para a formação, tanto na Universidade quanto na escola pública, de recursos humanos
qualificados com conhecimentos sólidos da relação teoria e prática do fazer docente para atuar no cenário
educacional considerando as rápidas mudanças sociais e tecnológicas que impactam direta e
constantemente no processo de ensino e aprendizagem; 2) Atuar diretamente na formação inicial de
professores privilegiando ações formativas articuladoras das dimensões teoria e prática por meio de
abordagens didático-pedagógicas inovadoras e interdisciplinares que possibilitem a integração entre
Educação Superior e Escola Básica, incentivando e mobilizando os docentes das escolas a se integrarem
cada vez mais na formação dos futuros professores. 3) Empreender ações didático-pedagógicas para que a
formação docente no âmbito da UFS dialogue com os indicadores de planejamento educacional da
Secretaria de Educação do Estado de Sergipe, considerando, sobretudo, a Base Nacional Comum
Curricular, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, a reformulação do Ensino Médio e a
valorização do magistério; 4) Promover um efetivo diálogo entre os currículos dos cursos de licenciaturas
da UFS com as práticas pedagógicas vivenciadas na educação básica de modo que a formação docente
possa conhecer, analisar e interpretar diferentes realidades em distintas salas de aulas sergipanas e assim
repensar práticas pedagógicas que elevem a formação inicial de professores. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 1)
Estudar sistematicamente o contexto escolar local, levando em conta necessidades didático-pedagógicas
das Escolas-Campo com o intuito de incentivar abordagens de ensino diferenciadas; 2) Desenvolver
projetos de ensino que estimulem a prática docente para inclusão de habilidades e competências em
atividades articuladas aos conhecimentos das ciências, das letras e das artes em diálogo com a Base
Nacional Comum Curricular, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e a reformulação do Ensino
Médio 3) Discutir com licenciandos e supervisores necessidades formativas que os professores apresentem
no dia a dia da ação docente na Escola Básica, problematizando de modo coletivo estratégias e
abordagens para suprir eventuais necessidades; 4) Contribuir para a aproximação das escolas públicas
com a Universidade, disponibilizando espaços de pesquisa, convívio, discussões e elaboração de propostas
pedagógicas; 5) Fomentar o diálogo dos projetos de ensino propostos pelos subprojetos com os Projetos
Pedagógicos de Curso das Escolas-Campo como mais um elemento importante para a formação
(continuada) de professores nos cursos de licenciatura; 6) Incentivar a produção coletiva de instrumentos
pedagógicos que ficarão como produto dos trabalhos desenvolvidos nas escolas-campo para uso constante
e futuro; 7) Promover discussão e reflexão em ambiente virtual para compartilhamento das atividades
exitosas, assim como dificuldades encontradas na implementação dos subprojetos na Escola Básica. 8)
Estimular que as atividades didático-pedagógicas considerem a realização de ações interdisciplinares que
dialoguem com temas transversais; 9) Repensar a formação inicial dos professores a partir dos resultados
e/ou dificuldades encontradas no decorrer do desenvolvimento dos projetos nas Escolas-Campo METAS E
ESTRATÉGIAS: 1) Contribuir para a formação inicial de licenciandos e continuada de professores para
atuação na Escola Básica com discussões sobre abordagens de ensino a cerca de 700 pessoas envolvidas
no projeto, auxiliando-os na realização e na implementação de atividades diferenciadas que promovam o
desenvolvimento de competências e habilidades baseadas também nas orientações dos documentos
oficiais como BNCC e Currículo de Sergipe; 2) Apresentar o cenário educacional da extensão e pesquisa em
ensino para 570 bolsistas de Iniciação à Docência e, assim, contribuir para formação do professor
investigativo e reflexivo sobre o fazer docente; 3) Produção de materiais educacionais como Sequências de
Ensino-Aprendizagem, Oficinas Didáticas, Jogos Didáticos, kits educacionais para acervo das Escolas-
Campo com vistas a contribuir para a melhoria das escolas envolvidas que ficarão disponíveis nos sites da
Secretaria de Educação do Estado de Sergipe e da Universidade Federal de Sergipe para uso por toda
comunidade da educação básica e da UFS. 4) Apresentar os resultados obtidos em eventos nacionais e
regionais de relevância para as áreas relacionadas aos subprojetos, principalmente eventos que
congreguem bolsistas de Iniciação à Docência. 5) Produção de Livro com Relatos das atividades
desenvolvidas pelos 24 núcleos que integram este Projeto Institucional;
Ações para a institucionalização e valorização da formação de professores na IES, incluindo
descrição de ações do projeto que podem ser ampliadas para as demais licenciaturas.
A literatura aponta que a relação teoria e prática como objeto de estudo na formação de professores não é
algo recente. Por exemplo, em estudos no século XIX, verificava-se a teorização da prática como sendo a
conduzida pela observação, convívio e imitação de outro professor mais experiente. Com o avanço do
ideário das Escolas Normais, o modelo de relação teoria e prática modificou-se, passou a basear-se no
estudo estruturado de aspectos do ensino intuitivo e das práticas de demonstração na escola padrão.
Atualmente esses modelos dicotômicos da teoria e prática estão perdendo espaço para uma perspectiva
que integra as duas dimensões do fazer docente, que trata a práxis como objeto de estudo para
compreensão da prática como um movimento dialético de tal relação. O PIBID-UFS pautar-se-á pela defesa
de ações práticas que oportunize a problematização, articulando os conhecimentos específicos e os
saberes didáticos e pedagógicos pertinentes às áreas disciplinares da BNCC, do Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa, da reformulação do Ensino Médio e da valorização do magistério. Assim,
poderemos ter um espaço de produção de conhecimento novo, sendo este fruto da integração da Escola
Básica e da Universidade2. Pensando com Antonio Nóvoa (2006) no seu texto "Desafios do Trabalho do
professor no mundo contemporâneo – Nada Substitui o Bom Professor" o autor questiona: "Como cuidamos
dos jovens professores?". Em sua resposta, o estudioso acentua que existe a necessidade urgente de uma
formação docente mais centrada nas práticas e na análise das práticas. Dentro dessa perspectiva, insere-
se o Projeto Institucional do PIBID da UFS. Uma proposta de formação docente inicial e continuada centrada
em práticas que possibilitem ao professor a elaboração e reelaboração de conceitos, atitudes e vivências
no espaço da sala de aula da educação básica, de modo que se construa uma análise da prática tanto por
licenciandos quanto por licenciados. Auxiliar no processo de formação do jovem professor e ao mesmo
tempo reinventar práticas que dialoguem com as distintas realidades dos sujeitos que frequentam as
escolas públicas de Sergipe, possibilitando assim (re) pensar a relação teoria-prática nas licenciaturas da
UFS e consequentemente na educação básica. A existência de propostas de ensino com essa natureza
possibilitará a reflexão sobre a práxis como espaço de mediação sócio-cultural visando à apropriação de
conhecimentos e à elaboração de propostas alternativas de ensino, uma possibilidade de discussão sobre
necessidades comuns e coletivas dos sujeitos envolvidos no processo. Assim, o PIBID-UFS desenvolverá
ações que considerem a real necessidade dos envolvidos no processo formativo, dos licenciandos e dos
professores de um variado conjunto de escolas públicas de Sergipe (supervisores). Os subprojetos têm
como estratégia inicial a investigação de questões relacionadas às práticas educativas que possam se
configurar em situações problemáticas a serem interpretadas à luz de aportes teóricos. As discussões e
reflexões coletivas devem permitir a implementação de práticas que ultrapassem o modelo da supremacia
do conhecimento teórico específico das áreas sobre os conhecimentos pedagógicos. Os subprojetos em
seus espaços de estudo deverão desprender uma análise teórica sobre as premissas postas nos
documentos oficiais da Educação Básica, buscando compreender como estas estão apresentadas para o
contexto escolar das escolas participante do projeto. Nessa perspectiva, as ações formativas do PIBID-UFS
deverão contemplar: (a)reuniões nas Escolas-Campo e na UFS, (b) a formação de grupos de estudo para
discutir as dimensões teóricas e práticas das abordagens sugeridas e (c) organizar seminários internos e
gerais para divulgar as atividades, as propostas de ensino e os resultados, além da confecção de produto
final que deverão ser disponibilizados/socializados para a escola e para a rede estadual. Nesses espaços
também deverá ocorrer a análise dos documentos nacional, estadual e municipal – Diretrizes Curriculares,
BNCC e Currículo de Sergipe, de modo a compreender como as premissas dos documentos relacionam-se
com contextos das escolas públicas de Sergipe, a partir da identificação das suas características e
necessidades locais. 1GONÇALVES, A. C. S. Relação teoria-prática na formação de professores: um olhar no
currículo. 2013. xi, 74 f., il. Monografia (Licenciatura em Pedagogia)—Universidade de Brasília, Brasília,
2013. 2 CANDAU, V. M.; LELIS, I. A. A Relação Teoria-Prática na Formação do Educador. In: CANDAU, V.M
(org). Rumo a uma nova Nova Didática. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
Contribuições do projeto para o aperfeiçoamento da formação prática nos cursos de
licenciatura da IES.
O PIBID-UFS prezará pelo desenvolvimento de subprojetos com visão integrativa do ensino, com atividades
acadêmicas capazes de desenvolver no licenciando a compreensão da necessidade do permanente diálogo
com aportes teóricos que problematize a prática profissional. Assim, o modelo adotado como referência
para atuação do projeto pressupõe que o vínculo entre Escola Básica e Universidade seja efetivo. Os cursos
de licenciaturas, a partir das atividades desenvolvidas pelo PIBID, poderão realizar estudos de práticas, de
conhecimentos específicos e de perspectiva das escolas básicas, aproximando-se mais do contexto
escolar1. A análise sobre o impacto do projeto, seus avanços e limitações na formação de professores nos
cursos, sobre a melhoria da escola básica, não pode ser posta somente na perspectiva dos professores
formadores nas Universidades, mas também, no debate entre supervisores, licenciandos e gestores
vinculados às escolas de atuação. A formação continuada e inicial passa a ocorrer em conjunto na Escola-
Campo e nos cursos de licenciaturas, tendo a escola como potencial gerador de conhecimento
sistematizado a partir da reflexão teórica conjunta. O PIBID-UFS terá essas orientações como elementos
cruciais das ações formativas, prezando pela formação de licenciandos preparados para conceber a prática
com base em análise teórica mais crítica de acordo com o contexto da sala de aula. Outra perspectiva é
que o projeto pode contribuir para a formação prática das licenciaturas, evidenciando a importância de
rever a prática das disciplinas de formação de professores, sobretudo, como os cursos lidam com as
reprovações dos licenciandos. Ações formativas de projetos PIBID anteriores mostram que ocorreu
substancial melhoria na aprendizagem dos bolsistas PIBID, agora professores formados, pois estes
puderam se envolver mais com a Universidade, engajando-se nas demandas do curso com um olhar mais
crítico sobre a prática de sala de aula e entendendo como os conteúdos ensinados na Universidade
dialogam com o contexto da sala de aula. A experiência de projetos anteriores mostrou também que
futuros professores podem aprender com a reflexão sobre abordagens de ensino que entrelaçam teoria e
prática de fato, pensando esse aspecto principalmente na produção de materiais didáticos apropriados
para o perfil da escola em que atuavam enquanto bolsistas de Iniciação à Docência. Esses aspectos
destacados como positivos em experiencias recentes serão problematizados no projeto atual como forma
de conceber experiências exitosas do PIBID. 1PENIN, Sonia Teresinha de Sousa. A formação de professores
e a responsabilidade das universidades. Estud. av., São Paulo , v. 15, n. 42, p. 317-332, Aug. 2001 .
Availablefrom. accesson 03 Feb. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142001000200017. 2 LIMA, João
Paulo Mendonça. Uma luz no fim do túnel: o PIBID como possibilidade de melhoria da formação inicial de
professores no curso de licenciatura em Química da Universidade Federal de Sergipe/campus de São
Cristóvão. 2018. 228 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão,
SE, 2018.
Referenciais para seleção de participantes.
A seleção de Coordenação Institucional, Coordenação de Área, Bolsistas de Iniciação à Docência e
Professores Supervisores para o PIBID-UFS ocorrerá em função do Edital 02/2020 e da Portaria 259/2019
que tratam das questões regimentais do PIBID-CAPES. Verificando os critérios de ingresso de discentes e
professores supervisores no projeto, deveremos nos atentar aos requisitos previstos nos dois documentos
normativos. O processo de seleção consiste em verificar se discentes e professores supervisores atendem
aos requisitos de participação estabelecidos no edital 02/2020 da CAPES nos itens 7.1 para Bolsistas de
Iniciação à Docência e 7.4 para Professores Supervisores. O processo de seleção de discentes consistirá em
três etapas: (1) Obediência aos requisitos estabelecidos no edital 02/2020 da CAPES no item 7.1 –
Eliminatória; (2). Análise de Histórico Escolar da graduação (30%) e Carta de Intenção (30%) - nota mínima
para aprovação 7,0. (3) Entrevista (40%) – Classificatória. O processo de seleção de professores
supervisores consistirá de três etapas: (1) Obediência aos requisitos estabelecidos no edital 02/2020 da
CAPES no item 7.4 – Eliminatória. (2) Análise de Currículo Vitae (60%) e Carta de Intenção (20%) - nota
mínima para aprovação 7,0. (3) Entrevista (20%) – Classificatória.
Expectativas de como o projeto contribuirá com as escolas-campo.
SUBPROJETO
De acordo com os dados do INEP, apenas 03 municípios sergipanos alcançaram a média projetada do IDEB
em 2017. A cidade de Aracaju obteve 3,70, o município de Nossa Senhora do Socorro 3,20 e São Cristóvão
3,30, apresentaram números bastante distantes da meta que ficava em torno de 4,20. Tais índices
registram um cenário educacional preocupante, ainda que apresentando uma melhoria na posição em
2017 em comparação com 2015. Na 22ª colocação, o Estado de Sergipe está entre os que têm as piores
notas no país, sendo um indicativo que há muito a ser feito em termos de implementação de estratégias
que alterem para melhor, esse cenário educacional. Assim, considerando o desafio de melhorar os índices
da educação básica no estado, uma das questões que envolve esse enfrentamento diz respeito a formação
docente e a qualidade profissional do professor que atua na sala de aula. Num contexto marcado por
importantes transformações decorrentes da tecnologia e da popularização da internet, tal situação impõe
modificações fundamentais na abordagem dos conteúdos em sala de aula. Nesse sentido, o docente
precisa se familiarizar com o uso das tecnologias na sala de aula, não somente como recurso didático, mas
como ferramenta útil a todo o processo pedagógico e formação cidadã. São evidentes os indícios de que o
uso das tecnologias tem sido lento ou incorporado de forma simplória às práticas pedagógicas sem
aproveitar todo o potencial pedagógico que elas oferecem, principalmente na escola pública. As rápidas
transformações proporcionadas pelos meios de informação e comunicação no mundo do trabalho e o
avanço tecnológico que configuraram relações sociais e a cultura também incidem fortemente no sistema
educacional de um país em que o desafio posto é educar as crianças e os jovens, propiciando-lhes um
desenvolvimento cultural, científico e tecnológico, de modo que adquiram condições para enfrentar as
exigências de variadas ordens do mundo contemporâneo. A proposta não se resume a instituir a escola
como um espaço que apenas convive com a tecnologia, mas torná-la de fato um lugar de experiências que
levem à construção de conhecimento crítico em relação ao uso e à apropriação dessas tecnologias de
comunicação e informação. Não basta disponibilizar o acesso - democratização do acesso ao conhecimento
e ao uso das novas tecnologias constitui um desafio que não contempla o real problema - mas educar de
forma a capacitar o aluno para fazer uso consciente das NTIC`s (Novas Tecnologias de Informação e
Comunicação). Além disso, têm tornado uma preocupação entre educadores de que a introdução das
NTIC´s gerem ou aprofundem a diferenciação social - e agora também tecnológica - entre aqueles que têm
e aqueles que não têm acesso a elas, tanto na escola como na comunidade. Considerando que a formação
do professor também exige habilidades e competências para atuar no contexto da sociedade brasileira
contemporânea com todos os seus desafios, trata-se de uma necessidade histórica imposta pelas
transformações tecnológicas proporcionar possibilidades do uso educacional dessa tecnologia de forma
positiva. A proposta do subprojeto é fazer uso didático das novas linguagens relacionadas à tecnologia
para as aulas de História objetivando construir situações de aprendizado que dialoguem com as
características da vida social desses alunos marcada pela presença de algum tipo de tecnologia de
informação e comunicação. Por novas linguagens entendem-se os diversos produtos culturais, criados por
nossa sociedade, e que, portanto, fazem parte do nosso cotidiano: imagens, músicas, literatura, programas
de televisão, filmes, desenhos animados/animações, história em quadrinhos, programas de rádio,
elementos da cultura material, patrimônio cultural (material e imaterial), internet (sites, redes de
relacionamento, etc.), jogos eletrônicos, etc,. A perspectiva metodológica adotada entende as novas
linguagens como recursos didáticos na medida em que são meios para mobilizar e construir saberes; na
área de história, são excelentes instrumentos para informar e refletir sobre os acontecimentos históricos e
os modos como estes processos são representados no presente e, ainda, são ferramentas para estabelecer
narrativas sobre a História. Cabe enfatizar que o uso das linguagens histórica associadas a tecnologia tem
sido apontado como forma criativa para renovar o ensino de História. A execução do subprojeto proposto
insere-se nas estratégias que pretendem elevar a qualidade da formação de professores nos cursos de
licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica ao proporcionar
situações concretas de desafios práticos de ensinar os conteúdos apreendidos no curso de formação na
universidade em contraste com a realidade escolar.
Como o desenvolvimento das atividades do subprojeto contribuirá para o desenvolvimento da
autonomia do licenciando.