Caderno Mapeado - CNU - Finanças Públicas
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Nele foi inserido toda a teoria sobre a matéria cobrada no certame, para facilitar a sua
compreensão, e marcações das partes mais importantes.
Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na
banca Cesgranrio.
Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o suporte: [email protected] e WhatsApp.
Bons Estudos!
Rumo à Aprovação!!
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SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS..................................................................................................................... 5
ATRIBUIÇÕES ECONÔMICAS DO ESTADO .......................................................................................... 6
1) Introdução ........................................................................................................................................... 6
2) Considerações iniciais ........................................................................................................................ 6
3) Principais funções do Estado ............................................................................................................ 6
3.1) Função Alocativa.............................................................................................................................. 7
3.2) Função Distributiva ......................................................................................................................... 7
3.3) Função Estabilizadora ..................................................................................................................... 8
FUNDAMENTO DAS FINANÇAS PÚBLICAS, TRIBUTAÇÃO E ORÇAMENTO .................................. 9
1) Introdução ........................................................................................................................................... 9
2) Aspectos Iniciais.................................................................................................................................. 9
3) Fundamento das Finanças Públicas ................................................................................................. 9
4) Fundamento da Tributação..............................................................................................................10
5) Fundamento do Orçamento .............................................................................................................11
FINANCIAMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS ...................................................................................12
1) Introdução ..........................................................................................................................................12
2) Considerações Iniciais .......................................................................................................................12
3) Objetivo ...............................................................................................................................................12
4) Composição do LOA ..........................................................................................................................13
5) Estrutura de Receitas.........................................................................................................................13
6) Estrutura de Despesas .......................................................................................................................14
NOÇÕES DE ORÇAMENTO PÚBLICO ...................................................................................................15
1) Introdução ..........................................................................................................................................15
2) Aspectos Iniciais.................................................................................................................................15
3) Elaboração do Orçamento Público .................................................................................................15
4) Aspectos normativos relevantes .....................................................................................................16
5) Processo Legislativo Orçamentário ................................................................................................18
6) Anomia Orçamentária .......................................................................................................................18
7) Planejamento Orçamentário ............................................................................................................19
8) Lei do Plano Plurianual (PPA) ..........................................................................................................19
9) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ...........................................................................................20
10) Lei Orçamentária Anual (LOA).......................................................................................................21
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10.1) Crédito orçamentário inicial .......................................................................................................21
11) Tipos de créditos orçamentários...................................................................................................21
11.1) Créditos Adicionais ......................................................................................................................22
11.2) Dívida Ativa ...................................................................................................................................22
11.3) Fundos Especiais ...........................................................................................................................22
FEDERALISMO FISCAL NO BRASIL .......................................................................................................22
1) Introdução ..........................................................................................................................................22
2) Considerações Iniciais .......................................................................................................................23
3) Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Nº 101/2000 .......................................................................23
3.1) Responsabilidade na Gestão Fiscal e Entes Destinatários ........................................................23
3.2) Planejamento ..................................................................................................................................25
3.3) Execução Orçamentária - Cumprimento das Metas .................................................................26
3.4) Receita pública ................................................................................................................................27
3.5) Despesa pública ..............................................................................................................................27
3.6) Transferências Voluntárias............................................................................................................29
3.7) Destinação de recursos públicos para o setor privado ............................................................29
3.8) Dívida e endividamento ................................................................................................................30
3.9) Gestão Patrimonial .........................................................................................................................32
4) Transparência, controle e fiscalização............................................................................................33
4.1) Transparência da Gestão Fiscal ....................................................................................................33
4.2) Prestação de contas .......................................................................................................................34
4.3) Fiscalização da gestão fiscal .........................................................................................................34
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Pessoal!
CONTEÚDO
4 Noções de orçamento público: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei
Orçamentária Anual (LOA).
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ATRIBUIÇÕES ECONÔMICAS DO ESTADO
1) Introdução
Iniciaremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:
2) Considerações iniciais
Do ponto de vista econômico, cabe ao Estado fornecer infraestrutura essencial que permite aos
cidadãos estabelecerem e conduzirem seus negócios, além de facilitar as transações financeiras entre
eles. Essa infraestrutura inclui não apenas físicos, como estrada, energia e comunicação, mas também
um ambiente regulatório que propicie a segurança e a eficácia das atividades econômicas.
À medida que o país cresce, o Estado deve adaptar suas medidas organizacionais para enfrentar
os novos desafios. Isso implica, entre outras coisas, em prover serviços essenciais como saúde e
educação, bem como adotar políticas que visem a redução da desigualdade de renda. Dessa
forma, o Estado não apenas cria as condições para a prosperidade econômica, mas também busca
garantir o bem-estar e a equidade social.
Portanto, o Estado desempenha essas funções econômicas específicas, sendo elas alocativa,
distributiva e estabilizadora, como parte integrante de seu compromisso em promover uma estrutura
econômica que seja eficiente, equitativa e resiliente.
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Função Alocativa
Função Estabilizadora
Essas três funções econômicas do Estado são interligadas e essenciais para garantir o equilíbrio e o
desenvolvimento sustentável da economia brasileira. O Estado busca, assim, atuar como um agente
que promove o bem-estar da sociedade e a estabilidade do sistema econômico.
Agora, dedicaremos uma análise mais aprofundada a cada uma dessas funções.
O Estado brasileiro desempenha essa função por meio da formulação e execução do orçamento
público. Ele aloca recursos para setores como saúde, educação, segurança, infraestrutura, entre
outros, buscando atender às demandas e promover o desenvolvimento equilibrado do país.
O Estado brasileiro busca cumprir essa função por meio de políticas fiscais, tributárias e
programas sociais. A tributação progressiva, por exemplo, implica que indivíduos com maior renda
contribuam proporcionalmente mais para financiar os serviços públicos. Além disso, programas de
transferência de renda, como o Bolsa Família, visam reduzir a pobreza e promover a inclusão social.
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Ex.: A criação e aplicação de impostos progressivos, que incidem mais pesadamente sobre os
contribuintes mais ricos, contribuem para a função distributiva ao reduzir as disparidades de renda.
O Banco Central do Brasil, como parte da função estabilizadora, utiliza políticas monetárias para
controlar a oferta de moeda e influenciar as taxas de juros. Além disso, o governo pode adotar
políticas fiscais, como ajustes nos gastos públicos e na arrecadação de impostos, para estimular ou
frear a economia conforme necessário.
Momento da Questão
Questão inédita – Diante dos desafios de infraestrutura no Brasil, o governo busca aprimorar
a alocação de recursos para promover o desenvolvimento econômico. Neste contexto, qual
medida exemplifica a função alocativa do Estado no país?
b) Aumento da taxa básica de juros pelo Banco Central para controlar a inflação.
c) Construção de uma nova linha de metrô em uma região com alto crescimento populacional.
Gabarito: Letra C.
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FUNDAMENTO DAS FINANÇAS PÚBLICAS, TRIBUTAÇÃO E ORÇAMENTO
1) Introdução
Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:
2) Aspectos Iniciais
As finanças públicas de um país têm seu foco na administração das operações relacionadas à
receita, despesa, orçamento e crédito público. Suas principais preocupações incluem a aquisição,
distribuição, utilização e controle dos recursos financeiros do Estado. O fundamento das finanças
públicas está ancorado na busca pela estabilidade fiscal, eficiência na alocação de recursos e
equidade na distribuição dos ônus e benefícios das políticas fiscais.
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A atividade financeira do Estado refere-se ao conjunto de ações e operações que envolvem a gestão
de recursos financeiros para atender às necessidade da sociedade e cumprir os objetivos
governamentais. Essa atividade engloba diversas áreas, incluindo arrecadação de receitas,
elaboração e execução do orçamento, controle de despesas, gestão da dívida pública e políticas
fiscais.
Atividade Financeira do
Estado
Flutuante Originárias
Consolidada Derivadas
4) Fundamento da Tributação
A tributação, por sua vez, é regida por princípios como a capacidade contributiva e a
progressividade, visando garantir que a arrecadação de impostos seja justa e proporcional à
capacidade econômica dos contribuintes. Além disso, a busca pela neutralidade na tributação busca
evitar distorções no ambiente econômico, promovendo uma alocação eficiente de recursos e
fomentando o desenvolvimento equilibrado.
Tome nota!
Fizemos o quadro esquematizado sobre as definições dos tipos de tributos determinados pelo art.
145 da Constituição Federal:
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Tributo Característica principal Artigos Constitucionais
Impostos São tributos não vinculados a uma Impostos Federais – art. 153 e 154, CF
contraprestação específica por parte do
Estado. Impostos Estaduais – art. 155, CF
5) Fundamento do Orçamento
O orçamento público emerge como uma peça-chave na condução das políticas governamentais,
exigindo um planejamento cuidadoso e alinhado aos objetivos estratégicos do governo. Seu
fundamento reside na programação eficaz de receitas e despesas, garantindo uma execução
responsável e implementando mecanismos robustos de controle e avaliação. O orçamento não é
apenas uma ferramenta contábil; é uma expressão tangível das prioridades governamentais e um
instrumento vital na construção de uma sociedade mais equitativa e próspera.
planejamento estratégico
alocação de recursos
controle e transparência
Objetivos do orçamento
público
execução responsável
avaliação de desempenho
prevenção de desequilíbrios
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FINANCIAMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
1) Introdução
Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:
2) Considerações Iniciais
O financiamento das políticas públicas refere-se à obtenção e gestão dos recursos necessários para
implementar e sustentar as ações governamentais destinadas a atender às demandas e
necessidades da sociedade. Esse processo envolve a arrecadação de receitas, a alocação estratégica
desses recursos e a busca por fontes financeiras que garantam a viabilidade e eficácia das políticas
públicas propostas.
A Lei nº 4.320/64 é a lei que estabelece normas gerais de direito financeiro para a elaboração e
controle dos orçamentos públicos. Esta norma é uma das principais normas que regem a gestão
financeira do setor público do Brasil.
3) Objetivo
Elaboração
Objetivo Execução
Controle
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A Lei do Orçamento – LOA discriminará a receita e despesa para demonstrar a política econômica-
financeira e programa governamental a partir dos princípios da universalidade e anualidade.
4) Composição do LOA
Tome nota!
Emissões de papel-moeda; e
5) Estrutura de Receitas
A receita é a entrada de recursos financeiros que uma entidade (governo ou empresa) recebe ao
longo de determinado período, geralmente um ano.
No âmbito governamental, a receita pública é arrecadada pelo Estado e é utilizada para financiar as
despesas necessárias à manutenção dos serviços públicos e o cumprimento das políticas
públicas. A análise detalhada das receitas é importante para o planejamento e controle financeiro,
bem como para a transparência e prestação de contas à sociedade.
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Classificamos as receitas públicas em duas categorias:
Importante!
O superávit do Orçamento Corrente, resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas
correntes, não constituirá item de Receita Orçamentária, mas sim da Receita de Capital.
6) Estrutura de Despesas
A classificação das despesas é essencial para garantir uma gestão adequada dos recursos públicos,
permitindo o planejamento e a execução das despesas de forma organizada e eficiente, de acordo
com as prioridades e necessidades do governo.
Momento da Questão
Questão inédita – O Brasil enfrenta diversos desafios no financiamento das políticas públicas,
afetando a efetividade e a abrangência das ações governamentais. Diante da necessidade de
ampliar os investimentos em educação e saúde, o governo enfrenta um cenário de limitações
orçamentárias. A busca por soluções eficazes no financiamento dessas políticas torna-se
crucial. Considerando a complexidade do cenário econômico e as demandas sociais, qual
alternativa seria mais adequada para mitigar esse desafio?
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a) Aumentar a carga tributária: Propondo um aumento nos impostos como uma solução para gerar
mais receitas para as políticas públicas.
c) Buscar parcerias público-privadas (PPPs): Explorando parcerias com o setor privado para investir
em projetos educacionais e de saúde.
e) Contrair empréstimos internacionais: Buscando recursos externos por meio de empréstimos como
uma forma de financiar os investimentos necessários.
Gabarito: Letra C.
1) Introdução
Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:
2) Aspectos Iniciais
O orçamento público representa a ferramenta empregada pelo Governo Federal para estruturar a
alocação dos recursos provenientes da arrecadação de tributos, como impostos, taxas e
contribuições de melhoria. Essa elaboração é crucial para proporcionar serviços públicos eficazes,
ao mesmo tempo em que detalha os gastos e investimentos que foram prioritariamente escolhidos
pelos órgãos governamentais.
Inicialmente, importa destacar que, conforme se extrai, até o início do ano de 2021, a
sustentabilidade da dívida não constava no rol do art. 163 da CF, tendo sido inserida com o
advento da Emenda Constitucional nº 109/2021.
Além disso, lei complementar que trata acerca da sustentabilidade da dívida pode autorizar a
aplicação das vedações previstas no art. 167-A da CF, também incluído pela Emenda Constitucional
nº 109:
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades
controladas pelo Poder Público;
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas
as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.
b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
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d) medidas de ajuste, suspensões e vedações; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso VIII do caput deste artigo pode
autorizar a aplicação das vedações previstas no art. 167-A desta Constituição. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Nos termos do que prevê o art. 163-A da CF/88, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios disponibilizarão suas informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais,
conforme periodicidade, formato e sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da
União, de forma a garantir a rastreabilidade, a comparabilidade e a publicidade dos dados coletados,
os quais deverão ser divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público.
Critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver
impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de
caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. (Art. 165, § 9º, III);
Limites da despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas (art. 169, caput).
Outro ponto que merece destaque é o de que a competência da União para emitir moeda será
exercida exclusivamente pelo BACEN, o qual é proibido de conceder empréstimos ao Tesouro
Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
O BACEN poderá, porém, comprar e vender títulos de emissão do Tesouro para fins de regular a
oferta da moeda e a taxa de juros (como instrumento de política monetária). Quando o BACEN
compra títulos, ele entrega dinheiro ao Tesouro Nacional, colocando mais moeda em circulação; o
contrário ocorre quando ele vende, retirando, pois, moeda de circulação.
Lado outro, as disponibilidades de caixa da União serão depositadas no BACEN; as dos demais entes
e entidades do Poder Público e de empresas por ele controladas serão depositadas em instituições
financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei (art. 164, § 3º).
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Por derradeiro, incumbe à União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios conduzir suas
políticas fiscais de forma a manter a dívida pública em níveis sustentáveis, na forma da lei
complementar referida no inciso VIII do caput do art. 163 da CF/88. A elaboração e a execução de
planos e orçamentos devem refletir a compatibilidade dos indicadores fiscais com a sustentabilidade
da dívida. É o teor do art. 164-A da CF, que também foi incluído pela Emenda Constitucional nº
109/2021:
Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem conduzir suas
políticas fiscais de forma a manter a dívida pública em níveis sustentáveis, na forma da lei
complementar referida no inciso VIII do caput do art. 163 desta Constituição. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Quanto aos projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA (tratadas mais detalhadamente à frente) e aos
créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso, cabendo a uma comissão
mista permanente de deputados e senadores:
Processo Legislativo
Orçamentário
6) Anomia Orçamentária
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7) Planejamento Orçamentário
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária.
Os projetos de lei apresentados pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo serão analisados por uma
comissão mista de deputados e senadores e apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do seu regimento comum. Os projetos, após aprovados, terão status de Leis
Ordinárias.
Incumbe cabe ao Poder Executivo elaborar e ao Poder Legislativo discutir e aprovar (após, necessita
de sansão presidencial). Já em relação à fiscalização, incumbe ao Poder Legislativo, com auxílio do
Tribunal de Contas. Vejamos cada uma destas leis.
Caso não ocorre o envio do PPA pelo Chefe do Executivo implica em crime de responsabilidade.
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Conforme dispõe o art. 165, § 9º, da CF cabe à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro,
a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária anual.
Na ausência dessa lei complementar, que ainda não foi editada, o ADCT é aplicado, sendo que, de
acordo com seu art. 35, §2º, I, o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro
exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses
antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
da sessão legislativa;
Assim, o PPA terá vigência durante os três últimos anos do mandato de um Presidente e o primeiro
ano do mandato do Presidente seguinte.
O prazo para o envio é o mesmo da Lei orçamentária, até 31 de agosto (quatro meses antes do
término do primeiro exercício do Presidente) e tem que ser aprovada até o final da sessão legislativa,
cuja data é 22 de dezembro.
Tome nota!
Atente-se sempre para o fato de que é uma lei que visa a direcionar a elaboração da LOA. A LDO
deverá ser encaminhada pelo Chefe do Executivo até 15 de abril, e devolvida para sanção até o
término do primeiro período da sessão legislativa - 17 de julho. Atualmente, a principal lei
orçamentária é a LDO.
Caso o prazo de devolução seja descumprido, os Congressistas não poderão entrar de férias, até que
aprovem a LDO e remetam para sanção. É o que prevê a CF/88 em seu art. 57, §2º o qual diz que a
sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.
Por fim, o art. 165, § 2º, da CF, conceitua a LDO como a lei que compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e
respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a
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elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária, bem como
ainda estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
O projeto da LOA deverá ser encaminhado ao Congresso até 30 de agosto, e deverá ser devolvido
para sanção até o término da sessão legislativa. Sua vigência será de 1 ano, correspondendo ao
exercício civil;
Conforme decidiu o STF, são inconstitucionais as decisões judiciais que determinam a constrição de
verbas públicas oriundas de Fundo Estadual de Saúde (FES) — que devem ter aplicação compulsória
na área de saúde — para atendimento de outras finalidades específicas.
Lembre-se sempre que na LOA não poderá constar previsão de dotação para despesa com duração
superior a um exercício financeiro não constante no PPA. Ademais, também é vedada a consignação
de crédito com finalidade imprecisa ou dotação ilimitada. A LOA, no âmbito federal, será
apreciada por Comissão Mista Permanente.
Entende-se como crédito orçamentário inicial ou ordinário aquele crédito aprovado pela lei
orçamentária anual, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das
empresas estatais.
A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais estão consignadas dotações,
institui-se o crédito orçamentário através do conjunto de categorias classificatórias e contas que
especificam as ações e operações autorizadas pela lei orçamentária, com a finalidade de executar os
programas governamentais. Por sua vez, a dotação é o montante de recursos financeiros com que
conta o crédito orçamentário.
Dessa forma, o crédito orçamentário é portador de uma dotação e esta define o limite de recurso
financeiro autorizado.
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11.1) Créditos Adicionais
Especiais: são os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
Finalmente, a vigência dos créditos adicionais não poderá ultrapassar o exercício financeiro, exceto
os especiais e os extraordinários, quando houver expressa determinação legal.
Trata-se de créditos que a Fazenda Pública possui contra terceiros. Poderá ser de origem:
Estes fundos, tidos como especiais, referem-se ao produto de receitas especificadas que por lei se
vinculam à realização de determinados objetos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares
de aplicação.
1) Introdução
Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:
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2) Considerações Iniciais
A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei nº 101/2000) é norma brasileira que possui como principal
objetivo o estabelecimento de regras e limites para a gestão fiscal responsável por parte dos
entes federativos. A LRF visa promover a transparência, o equilíbrio nas contas públicas e a disciplina
na administração dos recursos públicos.
Através dela, todos os governantes devem obedecer às normas e limites para administrar as
finanças, prestando contas sobre a quantidade e a forma de gasto dos recursos da sociedade. Seu
objetivo é melhorar a administração das contas públicas no Brasil. Com ela, todos os governantes
passam a ter compromisso com orçamento e com metas, que devem ser apresentadas e aprovadas
pelo respectivo Poder Legislativo.
A LC 101/00, portanto, é a lei responsável por estabelecer normas de finanças públicas voltadas para
a responsabilidade na gestão fiscal. A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe que haja:
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Ação planejada e transparente;
Responsablidade na
Gestão Fiscal
Garantia de equilíbrio nas contas, mediante o cumprimento de
metas de resultados entre receitas e despesas;
Além disso, conforme se extrai do §2º, as disposições da LRF obrigam a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios:
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
As empresas estatais dependentes estão sujeitas à aplicação geral dos preceitos da LRF. Portanto,
as disposições obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, compreendidas as
suas respectivas empresas estatais dependentes, definidas no art. 2º da LRF:
II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença,
direta ou indiretamente, a ente da Federação;
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de
capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;
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a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional
ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no
art. 239 da Constituição;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
3.2) Planejamento
Conforme já visto, o orçamento público compreende a elaboração e execução de três leis: o Plano
Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), exigindo-
se ação planejada e aprovação legislativa, iniciando-se na ordem dos denominados PPA, LDO e LOA.
Para a LC 101/00, a Lei de Diretrizes Orçamentárias será integrada também pelo Anexo de Metas
Fiscais, responsável por estabelecer metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a
que se referirem e para os dois seguintes.
A lei de diretrizes orçamentárias conterá também o Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados
os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Já o projeto de lei orçamentária anual, deverá ser elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas da LC 101/00.
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Na Lei Orçamentária Anual também deverá constar todas as despesas relativas à dívida pública,
mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão. Além disso, é vedado que conste na lei
orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada.
Conforme prevê o art. 8º, da LRF, até 30 dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em
que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo estabelecerá a programação
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. No caso dos recursos legalmente
vinculados à determinada finalidade específica, deverão ser utilizados exclusivamente para atender
ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
Por outro lado, caso verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de
Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes
necessários, nos 30 dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo
os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Havendo o restabelecimento da receita
prevista, ainda que parcialmente, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados se
dará de forma proporcional às reduções efetivadas.
No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário, bem como o Ministério Público não promoverem
a limitação no prazo estabelecido acima, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores
financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
Além disso, não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações
constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida,
as relativas à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado
para tal finalidade e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o
cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública em comissão referida
no § 1º do art. 166 da CF ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.
Por fim, conforme dispõe o art. 10, a execução orçamentária e financeira identificará os
beneficiários de pagamento de sentenças judiciais, por meio de sistema de contabilidade e
administração financeira, para fins de observância da ordem cronológica determinada no art. 100
da Constituição.
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3.4) Receita pública
Conforme já visto, a receita pública é o conjunto de ingressos financeiros, com fontes e fatos
geradores próprios e permanentes, que produz acréscimos patrimoniais, sem gerar obrigações,
reservas ou reivindicações de terceiros. Trata-se, portanto da entrada definitiva de dinheiro nos
cofres públicos.
Também há previsão legal estabelecendo os critérios a serem observados para a previsão da receita,
de forma a propiciar a fixação de estimativas mais realistas acerca do impacto orçamentário-
financeiro dos contratos de serviços, compras e obras.
Além disso, ainda prevê a possibilidade de renúncia de receita, para garantir o equilíbrio do
binômio receita-despesa. A renúncia de receita consiste nas medidas que visam à desoneração fiscal
dos contribuintes, aliviando-lhes a carga tributária mediante sua redução quantitativa ou mesmo
neutralização completa de sua incidência.
De acordo com o STF, as restrições impostas pelos arts. 14, 16, 17 e 24 da LRF não se
aplicam durante o estado de calamidade pública decorrentes do coronavírus.
A despesa pública pode ser entendida como a aplicação de certa quantia em dinheiro pela
autoridade ou agente público competente dentro de uma autorização legislativa para execução de
um determinado fim, a cargo do governo.
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Será tida como adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e
suficiente, ou que estejam abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas
da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam
ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício.
Por sua vez, será compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa
que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e
não infrinja qualquer de suas disposições.
Será considerada como obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida
provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução
por um período superior a dois exercícios.
Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em
cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da
receita corrente líquida, a seguir discriminados:
Caso a despesa total com pessoal exceda a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são
vedados ao Poder ou órgão públicos que houver incorrido no excesso praticar as seguintes condutas
apresentadas de forma esquematizada:
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concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de
remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial
ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista
no inciso X do art. 37 da Constituição;
Em regra, não poderão ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para
socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de
empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário, salvo
mediante lei específica.
Essa previsão, porém, não impede que o Banco Central conceda operações de redesconto e de
empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias conceder às instituições financeiras.
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3.8) Dívida e endividamento
Com a LRF foram instituídos importantes mecanismos de monitoramento da evolução das receitas
e despesas a fim de se obter uma gestão responsável e equilibrada, além da necessidade de controle
do endividamento público.
A LRF trouxe diversos conceitos que poderão ser cobrados em sua prova:
Dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou
tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;
Dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive
os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;
Além disso, conforme estabelecido no art. 29, § 1º, da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF),
considera-se equiparada a uma operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão
de dívidas pelo ente federado, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts. 15 e 16,
relacionados à geração de despesas, conforme previamente discutido.
Também está prevista legalmente a inclusão na dívida pública consolidada da União referente à
emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil. Adicionalmente, as operações
de crédito de prazo inferior a 12 meses, cujas receitas constem do orçamento, igualmente integram
a dívida pública consolidada.
Além disso, conforme estipulado pelo art. 30 e seguintes da LRF, a instituição financeira que
contratar operação de crédito com ente da Federação deve exigir comprovação de que a operação
atende às condições e limites estabelecidos, exceto quando se tratar de dívida mobiliária ou
externa. Operações realizadas em desacordo com as disposições da LC 101/00 são consideradas
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nulas, com cancelamento, devolução do principal e vedação de pagamento de juros e demais
encargos financeiros.
No caso de não realização da devolução no exercício de ingresso dos recursos, uma reserva
específica será consignada na lei orçamentária para o exercício seguinte. Ademais, enquanto
não efetuado o cancelamento, a amortização ou a constituição da reserva mencionada, aplicam-se
ao ente as restrições previstas no § 3º do art. 23.
Conforme o art. 34 da LC 101/00, o Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida pública
a partir de dois anos após a sua publicação.
Captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda
não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7º do art. 150 da Constituição;
Recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente,
a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação;
Assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornecedor de bens,
mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta
vedação a empresas estatais dependentes.
A assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori
de bens e serviços
Tome Nota!
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O art. 42 da LRF, estipula vedação ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos
dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida
integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que
haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
O art. 43 da LRF dispõe sobre as disponibilidades de caixa, que são os saldos de contas dos entes
federados, sendo que no caso da União devem ser depositados no BACEN, ao passo que dos Estados,
do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por
ele controladas, em instituições financeiras oficiais.
Importante!
As disponibilidades de caixa não podem ser utilizadas em títulos da dívida pública estadual ou
municipal, tampouco emprestadas aos segurados e ao Poder Público e suas empresas controladas,
nem aplicadas em ações e outros papéis a elas relativos.
Momento da Questão
Questão inédita – Diante da descentralização das receitas e despesas entre os entes federativos
no Brasil, uma problemática recorrente no federalismo fiscal é a busca pelo equilíbrio nas
finanças públicas. Em um determinado Estado, observa-se um expressivo aumento nos gastos
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com pessoal, ultrapassando os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso
gera uma preocupação em relação à sustentabilidade fiscal desse ente federativo.
Considerando esse cenário, assinale a alternativa que apresenta a ação mais apropriada:
d) Ignorar os limites da LRF, uma vez que o Estado possui autonomia fiscal.
Gabarito: Letra E.
Comentário: A LRF estabelece limites para a despesa total com pessoal, visando a
responsabilidade na gestão fiscal. Diante do aumento excessivo nos gastos com pessoal, a opção
mais condizente seria a adoção de medidas de ajuste fiscal para alinhar as despesas aos parâmetros
legais.
Nos termos do art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será
dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público:
Os planos;
Transparência na gestão
As prestações de contas e o respectivo parecer prévio;
fiscal
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Incumbe à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios disponibilizarem suas
informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodicidade, formato e
sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da União, os quais deverão ser divulgados
em meio eletrônico de amplo acesso público.
As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos
Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público,
as quais receberão parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.
Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas no prazo de 60 dias do
recebimento, se outro não estiver estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas
municipais. Além disso, será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas,
julgadas ou tomadas.
No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham menos de duzentos mil habitantes
o prazo será de 180 dias.
Por derradeiro, quanto à fiscalização da gestão fiscal, nos termos do art. 59 da LC 101/00, o Poder
Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno
de cada Poder e do Ministério Público fiscalizarão o cumprimento da Lei Complementar 101/00,
consideradas as normas de padronização metodológica.
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atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias
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