Jurisprudência Afo
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Marcel Guimarães
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Aula _ – Jurisprudências
AFO p/
Prof. Sérgio Machado
Prof. Marcel Guimarães
Atualizado em 27/04/2022
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Sumário
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................5
ADI 6.275 – PERCENTUAL MÍNIMO DE GASTOS COM ENSINO X ELABORAÇÃO DO PROJETO DE LOA – 19/08/2020............. 10
REPERCUSSÃO GERAL – LEIS QUE RESULTAM EM RENÚNCIAS FISCAIS NÃO PODEM SER ENQUADRADAS COMO LEIS
ORÇAMENTÁRIAS ........................................................................................................................................................... 10
ADI 748 - PREVISÃO DE CALENDÁRIO ESCOLAR NO PPA ............................................................................................ 10
ADI 2.464 – RESERVA DE INICIATIVA PARA LDO NÃO SE APLICA ÀS NORMAS QUE CONCEDEM BENEFÍCIOS TRIBUTÁRIOS ..... 10
ADI 2.680 – INCONSTITUCIONALIDADE DA NORMA QUE DETERMINA A EXECUÇÃO OBRIGATÓRIA DE ORÇAMENTO ELABORADO
COM PARTICIPAÇÃO POPULAR - 16/06/2020 ...................................................................................................................... 10
ADI 1.166 – CONVÊNIOS, ACORDOS E CONTRATOS QUE RESULTEM EM ENCARGOS NÃO PREVISTOS NA LOA – 25/10/2002 .. 11
IMPOSSIBILIDADE DE USO DE RECURSO DO FCDF PARA O PAGAMENTO DE DESPESAS DO EXERCÍCIO ANTERIOR AO DO
ORÇAMENTO VIGENTE (15/02/2022) ................................................................................................................................. 11
ADI 2.238 – LDO AMF – PRUDÊNCIA FISCAL DAS MEDIDAS COMPENSATÓRIAS............................................................ 11
POSSIBILIDADE DE SUBMISSÃO DE NORMAS ORÇAMENTÁRIAS AO CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE .......... 11
ADI 3.949 - PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE EXIGE QUE TODAS AS RECEITAS SEJAM PREVISTAS NA LEI ORÇAMENTÁRIA, SEM
POSSIBILIDADE DE QUALQUER EXCLUSÃO (07/08/2009) ...................................................................................................... 11
ADI 763 – ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL ...................................................................................................... 12
ADI 4.629 – COMPATIBILIDADE DA LDO EM ANO DE EDIÇÃO DE PPA .......................................................................... 12
ADI 3.577 – DEPÓSITOS JUDICIAIS (ART. 154, § 3º, DA CF) – 06/04/2020 ..................................................................... 13
ADI 3.075 – DISPONIBILIDADES DE CAIXA DOS ESTADOS (ART. 154, § 3º, DA CF) – 24/09/2014 ....................................... 13
AI 837.677 AGR – POSSIBILIDADE DE CRÉDITO DA FOLHA DE PAGAMENTO REFERENTE AO PAGAMENTO DE SERVIDORES
PÚBLICOS EM CONTA EM BANCO PRIVADO .......................................................................................................................... 13
ADI 5.468 – RELATÓRIO DA CMO NÃO VINCULA A APRECIAÇÃO PELAS CASAS LEGISLATIVAS (PARECER SOBRE PROJETOS DE
LEIS ORÇAMENTÁRIAS E SOBRE CONTAS DO PRESIDENTE) ..................................................................................................... 14
ADI 1.50 – POSSIBILIDADE DE O LEGISLATIVO EMENDAR PROJETOS DE LEI COM CLÁUSULA DE RESERVA DE INICIATIVA - ........ 14
ADI 2.810 – EMENDA PARLAMENTAR CONCEDENDO AUMENTO A GRUPO DE SERVIDORES DO PODER EXECUTIVO ............... 14
ADI 5468 – IMPOSSIBILIDADE DE INTERFERÊNCIA DO JUDICIÁRIO NA FUNÇÃO DO PODER LEGISLATIVO DE EMENDAR PROJETOS
DE LEIS ORÇAMENTÁRIAS, SALVO EM SITUAÇÕES GRAVES E EXCEPCIONAIS ............................................................................... 14
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DUODÉCIMOS ......................................................................................................................................... 20
ADPF 384 – IMPOSSIBILIDADE DE RETENÇÃO DO REPASSE DE DUODÉCIMOS POR PARTE DO PODER EXECUTIVO – 08/10/2020
................................................................................................................................................................................... 20
ADI 6.533 – POSSIBILIDADE DE REMANEJAMENTO DOS LIMITES INTERNOS IMPOSTOS AOS ÓRGÃOS DO PODER LEGISLATIVO
ESTADUAL (ENTRE AL E TCE DO ESTADO DE RR) – 27/04/2021 ........................................................................................... 24
ADI 6.442, ADI 6.447, ADI 6.450 E ADI 6.525 – CONSTITUCIONALIDADE DE DISPOSITIVOS DA LR E DA LC 173/2020 NA
PROIBIÇÃO TEMPORÁRIA DE AUMENTO DE DESPESAS COM PESSOAL PARA POSSIBILITAR O ENFRENTAMENTO DE GASTOS DURANTE A
PANDEMIA DE COVID-19 – 23/03/2021 ............................................................................................................................. 24
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ADI 558-MC....................................................................................................................................................... 27
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Introdução
A seguir, encontram-se as principais jurisprudências relacionadas à AFO, separadas por assuntos, de
acordo com o que costumamos estudar nos nossos cursos regulares da disciplina.
Vale destacar que é mais comum a cobrança dessas jurisprudências em concursos em que a disciplina é
denominada de Direito Financeiro.
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Orçamento público
Concurso Público e previsão orçamentaria.
Ainda que sejam criados cargos durante a validade do concurso, a Administração Pública não poderá ser
compelida a nomear candidato aprovado fora do número de vagas oferecidas no edital de abertura do certame
na hipótese em que inexista dotação orçamentaria específica. Isso porque, para a criação e provimento de
novos cargos, a Administração deve observar o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000), sendo
imprescindível a demonstração do suporte orçamentário e financeiro necessário. A propósito, vale ressaltar
que o STF, em repercussão geral, identificou hipóteses excepcionais em que a Administração pode deixar de
realizar a nomeação de candidato aprovado dentro do número de vagas, desde que tenham as seguintes
características: a) superveniência: os eventuais fatos ensejadores de uma situação excepcional devem ser
necessariamente posteriores à publicação do edital do certame público; b) imprevisibilidade: a situação deve
ser determinada por circunstâncias extraordinárias, imprevisíveis à época da publicação do edital; c) gravidade:
os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser extremamente graves, implicando onerosidade
excessiva, dificuldade ou mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital; d) necessidade:
a solução drástica e excepcional de não cumprimento do dever de nomeação deve ser extremamente
necessária, de forma que a Administração somente pode adotar tal medida quando absolutamente não
existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação excepcional e imprevisível. RMS 37.700-RO,
Rei. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 4/4/2013 (Informativo n. 522)
ADI 546/DF
Ação direta de inconstitucionalidade. Arts. 4º e 5º da Lei n. 9.265, de 13 de junho de 1991, do Estado do
Rio Grande do Sul. - Tratando-se de projeto de lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo, não
pode o Poder Legislativo assinar-lhe prazo para o exercício dessa prerrogativa sua. Não havendo aumento
de despesa, o Poder Legislativo pode emendar projeto de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo, mas
esse poder não é ilimitado, não se estendendo ele a emendas que não guardem estreita pertinência com o
objeto do projeto encaminhado ao Legislativo pelo Executivo e que digam respeito a matéria que também é da
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iniciativa privativa daquela autoridade. Ação julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade dos
artigos 4º e 5º da Lei n. 9.265, de 13 de junho de 1991, do Estado do Rio Grande do Sul.
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STF. Plenário. ADI 5449 MC - Referendo/RR, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 10/3/2016 (Info 817).
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Créditos adicionais
Medida Provisória e abertura de crédito extraordinário
Em conclusão, o Tribunal, por maioria, deferiu cautelar pleiteada em ação direta proposta pelo Partido da
Social Democracia Brasileira - PSDB para suspender a vigência da Medida Provisória 405/2007, estendendo a
decisão a sua lei de conversão (Lei 11.658/2008), que abre crédito extraordinário, em favor da Justiça Eleitoral
e de diversos órgãos do Poder Executivo — v. Informativos 502 e 505.
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Repercussão Geral – Leis que Resultam em Renúncias Fiscais não podem ser
enquadradas como leis orçamentárias
A norma não reserva à iniciativa privativa do presidente da República toda e qualquer lei que cuide de
tributos, senão apenas a matéria tributária dos Territórios. Também não incide, na espécie, o art. 165 da CF,
uma vez que a restrição nele prevista limita-se às leis orçamentárias plano plurianual, lei de diretrizes
orçamentárias e lei orçamentária anual e não alcança os diplomas que aumentem ou reduzam exações fiscais.
Ainda que acarretem diminuição das receitas arrecadadas, as leis que concedem benefícios fiscais tais como
isenções, remissões, redução de base de cálculo ou alíquota não podem ser enquadradas entre as leis
orçamentárias a que se referem o art. 165 da CF. [ARE 743.480 RG, voto do rel. min. Gilmar Mendes, j. 10-10-
2013, P, DJE de 20-11-2013, Tema 682.]
ADI 2.464 – Reserva de Iniciativa para LDO não se aplica às Normas que
concedem Benefícios Tributários
Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 553/2000 do Estado do Amapá. Desconto no pagamento
antecipado do IPVA e parcelamento do valor devido. Benefícios tributários. Lei de iniciativa parlamentar. (...) A
reserva de iniciativa prevista no art. 165, II, da Carta Magna, por referir-se a normas concernentes às diretrizes
orçamentárias, não se aplica a normas que tratam de direito tributário, como são aquelas que concedem
benefícios fiscais. [ADI 2.464, rel. min. Ellen Gracie, j. 11-4-2007, P, DJ de 25-5-2007.] = RE 601.348 ED, rel. min.
Ricardo Lewandowski, j. 22-11-2011, 2ª T, DJE de 7-12-2011
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Conta Única
ADI 3.577 – Depósitos Judiciais (art. 154, § 3º, da CF) – 06/04/2020
O art. 29, caput e parágrafo único, da Medida Provisória 2.192-70/2001 possibilita que os depósitos
judiciais outrora geridos por instituição financeira oficial sejam mantidos na instituição financeira privatizada
ou na instituição adquirente do controle acionário daquela, estabelecendo, com isso, generalização
incompatível com art. 164, § 3º, da Constituição Federal, segundo o qual os depósitos públicos deverão ser
mantidos preferencialmente em instituições financeiras oficiais. [ADI 3.577, rel. min. Dias Toffoli, j. 14-2-2020,
P, DJE de 6-4-2020.]
ADI 3.075 – Disponibilidades de Caixa dos Estados (art. 154, § 3º, da CF) –
24/09/2014
As disponibilidades de caixa dos Estados-membros, dos órgãos ou entidades que os integram e das
empresas por eles controladas deverão ser depositadas em instituições financeiras oficiais, cabendo,
unicamente, à União Federal, mediante lei de caráter nacional, definir as exceções autorizadas pelo art. 164, §
3º, da Constituição da República [ADI 2.661 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 5-6-2002, P, DJ de 23-8-2002.] = ADI
3.075, rel. min. Gilmar Mendes, j. 24-9-2014, P, DJE de 5-11-2014
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(c) tratando-se de projetos orçamentários (CF, art. 165, I, II e III), observem as restrições fixadas no art.
166, §§ 3º e 4º, da Carta Política (...).
[ADI 1.050 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 21-9-1994, P, DJ de 23-4-2004.]
“Salvo em situações graves e excepcionais, não cabe ao Poder Judiciário, sob pena de violação ao
princípio da separação de Poderes, interferir na função do Poder Legislativo de definir receitas e despesas da
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Administração Pública, emendando projetos de leis orçamentárias, quando atendidas as condições previstas
no artigo 166, parágrafos 3º e 4º, da Constituição Federal”.
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Constitucionais 86/2015 e 100/2019 (art. 166, §§ 9º e 12, da CF/1988, e art. 2º da EC 100/2019). [ADI 6.308 MC
REF, rel. min. Roberto Barroso, j. 29-6-2020, P, DJE de 13-8-2020.]
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As reiteradas decisões do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e do TRT 1ª Região que
resultaram em bloqueio, arresto, penhora, sequestro e liberação de valores administrados pelo Poder Executivo
do Estado do Rio de Janeiro para atender demandas relativas a pagamento de salário de servidores ativos e
inativos, satisfação imediata de créditos de prestadores de serviços e tutelas provisórias definidoras de
prioridades na aplicação de recursos públicos traduzem, em seu conjunto, ato do poder público passível de
controle pela via da arguição de descumprimento de preceito fundamental (...). Expropriações de numerário
existente nas contas do Estado do Rio de Janeiro, para saldar os valores fixados nas decisões judiciais que
alcancem recursos de terceiros, escriturados contabilmente, individualizados ou com vinculação orçamentária
específica implicam alteração da destinação orçamentária de recursos públicos e remanejamento de recursos
entre categorias de programação sem prévia autorização legislativa, o que não se concilia com o art. 167, VI e
X, da Constituição da República. A aparente usurpação de competências constitucionais reservadas ao Poder
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Duodécimos
ADPF 384 – Impossibilidade de retenção do repasse de duodécimos por parte
do Poder Executivo – 08/10/2020
A retenção do repasse de duodécimos por parte do Poder Executivo configura ato abusivo e atentatório
a ordem constitucional brasileira. [ADPF 384, rel. min. Edson Fachin, j. 6-8-2020, P, DJE de 8-10-2020.]
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Receita pública
Súmulas do STJ
Súmula n. 447 - Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda
retido na fonte proposta por seus servidores.
Súmulas do STF
Súmula n. 545 - Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles,
são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as
instituiu.
STF. Plenário. ADI 800/RS, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 11/6/2014 (Info 750).
[ADI 5.688, red. do ac. min. Dias Toffoli, j. 25-10-2021, P, DJE de 18-2-2022.]
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usurpação de suas prerrogativas, para o STF é admissível a inclusão de emendas parlamentares desde que
compatíveis com o PPA.
RE 253.906
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO. REPARTIÇÃO DO ICMS. ART. 158, IV E 161,
l, DA CF/88. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. USINA HIDRELÉTRICA. RESERVATÓRIO. ÁREAS
ALAGADAS, 1. Hidrelétrica cujo reservatório de água se estende por diversos municípios. Ato do Secretário de
Fazenda que dividiu a receita do ICMS devida aos municípios pelo "valor adicionado" apurado de modo
proporcional às áreas comprometidas dos municípios alagados. 2. Inconstitucionalidade formal do ato
normativo estadual que disciplina o "valor adicionado". Matéria reservada à lei complementar federal.
Precedentes. 3. Estender a definição de apuração do adicional de valor, de modo a beneficiar os municípios em
que se situam os reservatórios de água representa a modificação dos critérios de repartição das receitas
previstos no art. 158
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Despesa pública
Súmulas do STJ
STJ, Súmula n. 144- Os créditos de natureza alimentícia gozam de preferência, desvinculados os precatórios
da ordem cronológica dos créditos de natureza diversa.
STJ, Súmula n. 311- Os atos do presidente do tribunal que disponham sobre processamento e pagamento de
precatório não têm caráter jurisdicional.
Súmulas do STF
STF, Súmula Vinculante n. 17. Durante o período previsto no parágrafo 1º do artigo 100 da Constituição não
incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.
Súmula n. 647. Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e
militar do Distrito Federal.
Súmula n. 655. A exceção prevista no art. 100, “caput”, da constituição, em favor dos créditos de natureza
alimentícia, não dispensa a expedição de precatório, limitando-se a isentá-los da observância da ordem
cronológica dos precatórios decorrentes de condenações de outra natureza.
Súmula n. 733. Não cabe recurso extraordinário contra decisão proferida no processamento de precatórios.
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não custear seus órgãos judiciário e ministerial público, tanto quanto a sua defensoria pública, polícias civil e
militar e ainda seu corpo de bombeiros militar. [ADI 3.756, rel. min. Ayres Britto, j. 21-6-2007, P, DJ de 19-10-
2007.] Vide AC 2.197 MC-REF, rel. min. Celso de Mello, j. 13-11-2008, P, DJE de 13-11-2009
Observação: depois das mudanças trazidas pela LC 178/2021, as sanções da LRF passaram a ser aplicadas para
o poder e órgão e não mais para o ente federativo. Logo, a aplicação desse poderá necessitar de revisão pelo
STF.
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Dívida pública
ADI 558-MC
Ação direta de inconstitucionalidade: impugnação a vários preceitos da constituição do Estado do Rio de
Janeiro (...) 5. Intervenção estadual no município por suspensão da dívida fundada (CF, art. 35, l): Impugnação
a norma constitucional local, que exclui a intervenção, "quando o inadimplemento esteja vinculado a gestão
anterior" (C. Est. RJ, art. 352, parag. único): suspensão liminar concedida.
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Prestação de contas
ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LC 101/2000. DEVER
DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO EM PRESTAR CONTAS AO PODER LEGISLATIVO LOCAL. CÂMARA
MUNICIPAL DE TIMON - MARANHÃO. 1. Trata-se de Ação Civil Pública por Obrigação de Fazer proposta pelo
Ministério Público estadual contra Maria do Socorro Almeida Waquim - Prefeita - com o escopo de obrigá-la a
prestar contas do município, perante a Câmara Legislativa de Timon/MA, relativas aos exercícios financeiros
dos anos de 2005-2009. 2. A Lei de Responsabilidade Fiscal foi clara ao reger o controle, a transparência e a
fiscalização da gestão fiscal. Dessa forma, não há dificuldade para o operador do Direito interpretar todos
os dispositivos do capítulo IV da Lei 101/2000. Mesmo que o exegeta recorra apenas à interpretação literal
irá concluir que o chefe do executivo deverá apresentar as contas de sua gestão ao órgão do poder
legislativo competente. 3. No caso dos autos, as contas deverão ser apresentadas na Câmara Municipal de
Timon, que fica a 427 quilômetros de São Luis, Capital do Estado do Maranhão, sede do Tribunal de Contas do
Estado. Interpretação diversa desta desestimulará o cidadão que deseja fiscalizar as contas do seu município.
4. É dever do chefe do Poder Executivo municipal facilitar o controle e a fiscalização das contas públicas
pelo cidadão. Para isso, elas deverão ser prestadas ao órgão competente do Poder Legislativo local. 5. O
Poder Judiciário estadual não pode fugir de sua missão de zelar pelo cumprimento das leis e da Constituição
Federal. Assim sendo, deverá buscar cumprir permanentemente os valores expostos na Carta Magna,
principalmente os concernentes à legalidade, à moralidade e à publicidade dos atos administrativos. Somente
dessa maneira, estará obedecendo ao princípio da supremacia do interesse público sobre o particular. 6. A
apresentação incompleta da documentação à Câmara municipal não satisfaz o preceituado pela norma de
regência da matéria - Lei de Responsabilidade Fiscal. Portanto a recorrida deve complementar a sua
prestação de contas, para que os cidadãos e instituições possam consultá-la. 7. Recurso Especial provido.
(STJ - REsp: 1617145 MA 2016/0199141-9, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento:
07/02/2017, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 06/03/2017)
Esta seguinte é um pouco grande, por isso eu vou trazer somente as partes destacas.
O exercício da competência de julgamento pelo Tribunal de Contas não fica subordinado ao crivo posterior
do Poder Legislativo.
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A aprovação política das contas presidenciais não libera do julgamento de suas contas específicas os
responsáveis diretos pela gestão financeira das inúmeras unidades orçamentárias do próprio Poder
Executivo.
Nesse mesmo sentido: Tribunal de Contas dos Estados: competência: observância compulsória do modelo
federal: inconstitucionalidade de subtração ao Tribunal de Contas da competência do julgamento das
contas das Mesas das Câmaras Municipais.
(STF - RE: 783598 RO, Relator: Min. CÁRMEN LÚCIA, Data de Julgamento: 06/05/2014, Data de
Publicação: DJe-090 DIVULG 12/05/2014 PUBLIC 13/05/2014)
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ADC 69
Com pedido de medida liminar, a fim de confirmar a constitucionalidade de dispositivos da LRF que
tratam do limite de gastos com pessoal, especialmente a soma dos gastos com inativos e pensionistas.
Alguns tribunais de contas estaduais têm alterado o conceito de despesas públicas com pessoal e deixado
de incluir as despesas com pensionistas e inativos e o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) nos limites
dessa rubrica. Isso tem permitido que estados assumam novos compromissos financeiros, aumentando seu
grau de endividamento.
Observação: a ADC perdeu o objeto após a alteração do art. 169 da CF por meio da EC 109/2021, que passou a
considerar que a despesa com pensionista também estaria sujeita aos limites estabelecidos em lei
complementar.
ADI 2.238-MC
Essa foi bem completa e suspendeu alguns dispositivos da LRF. Vou colocar aqui o julgamento por completo, mas já
adianto que a melhor forma de assimilar essas informações é com o quadro que será apresentado em seguida.
• julgou improcedente o pedido formulado na ação direta no que se refere aos arts. 7º, caput, e § 1º; 18, §
1º; 26, § 1º; 28, § 2º; 29, inc. I, e § 2º; 39; 59, § 1º, inc. IV; e art. 68, caput;
• por unanimidade, julgou parcialmente procedente a ação em relação ao art. 12, § 2º, da LRF, conferindo
interpretação conforme ao dispositivo (regra de ouro observada no momento da elaboração e
aprovação do PLOA - planejamento);
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• art. 21, inc. II, da Lei de Responsabilidade Fiscal, julgou parcialmente procedente a ação, para conferir
interpretação conforme, no sentido de que se entenda como limite legal o previsto em lei
complementar (limite legal de comprometimento aplicado às despesas com inativos);
• julgou procedente a ação em relação ao art. 56, caput, vencido o Ministro Marco Aurélio, que dava
interpretação conforme; e (c) julgou procedente a ação no que se refere ao art. 57, caput (contas de
governo);
l - Os §§ 2º e 3º do art. 7º da LC n. 101/00 veiculam matérias que fogem à regulação por lei complementar,
embora inseridas em diploma normativo dessa espécie. Logo, a suposta antinomia entre esses dispositivos e o
art. 4º da Medida Provisória n. 1.980-22/00 haverá de ser resolvida segundo os princípios hermenêuticos
aplicáveis à espécie, sem nenhuma conotação de natureza constitucional. Ação não conhecida.
II - Ação prejudicada quanto ao inciso I do art. 30 da LC n. 101/00, dado que já expirado o prazo da norma
de caráter temporário. Lei Complementar n. 101/2000. Vício formal. Inexistência.
III - O parágrafo único do art. 65 da Constituição Federal só determina o retorno do projeto de lei à
Casa iniciadora se a emenda parlamentar introduzida acarretar modificação no sentido da proposição
jurídica.
IV - Por abranger assuntos de natureza diversa, pode-se regulamentar o art. 163 da Constituição por
meio de mais de uma lei complementar. Lei Complementar n. 101/200. Vícios materiais. Cautelar indeferida.
VI - Art. 4º, § 4º: a circunstância de certos elementos informativos deverem constar de determinado
documento (Lei de Diretrizes Orçamentarias) não impede que venham eles a ser reproduzidos em outro,
principalmente quando destinado à apresentação do primeiro, como simples reiteração dos argumentos nele
contidos.
VII -Art. 7°, caput: norma de natureza fiscal, disciplinadora da realização da receita, e não norma vinculada
ao Sistema Financeiro Nacional.
VIII - Art. 7º, § 1º: a obrigação do Tesouro Nacional de cobrir o resultado negativo do Banco Central do
Brasil não constitui utilização de créditos ilimitados pelo Poder Público.
IX-Arts. 9°, § 5°, 26, § 1°, 29, § 2º e 39, caput, incisos e parágrafos: o Banco Central do Brasil age, nos
casos, como executor da política económica, e não como órgão central do Sistema Financeiro Nacional.
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X - Art. 11, parágrafo único: por se tratar de transferências voluntárias, as restrições impostas aos entes
beneficiários que se revelem negligentes na instituição, previsão e arrecadação de seus próprios tributos não
são incompatíveis com o art. 160 da Constituição Federal.
XII -Art. 15: o dispositivo apenas torna efetivo o cumprimento do plano plurianual, das diretrizes
orçamentarias e dos orçamentos anuais, não inibindo a abertura de créditos adicionais previstos no art. 166 da
Carta Política.
XIII -Art. 17 e §§ 1º a 7º: que o aumento de despesa de caráter continuado esteja condicionado à
redução de despesa ou aumento de receita, também em caráter continuado, é proposição que, por achar-
se em sintonia com a lógica, não pode ser obviamente considerada responsável pelo engessamento de
qualquer dos Poderes de Estado ou órgãos da Administração e, portanto, ofensiva ao princípio da separação
dos Poderes. Pela mesma razão, não se pode ver como atentatória ao princípio da autonomia dos entes
federados. O incremento da arrecadação pelas formas indicadas no § 3º do art. 17 da LRF se reveste de
previsibilidade e se presta, por isso, para um cálculo de compensação, que há de ser, tanto quanto possível,
exato.
XIV - Art. 18, § 1º: a norma visa a evitar que a terceirização de mão de obra venha a ser utilizada com o
fim de ladear o limite de gasto com pessoal. Tem, ainda, o mérito de erguer um dique à contratação
indiscriminada de prestadores de serviço, valorizando o servidor público e o concurso.
XV - Art. 20: o art. 169 da Carta Magna não veda que se faça uma distribuição entre os Poderes dos limites
de despesa com pessoal; ao contrário, para tornar eficaz o limite, há de se dividir internamente as
responsabilidades.
XVI – Art. 24: as exigências do art. 17 da LRF são constitucionais, daí não sofrer de nenhuma mácula
o dispositivo que determina sejam atendidas essas exigências para a criação, majoração ou extensão de
benefício ou serviço relativo à seguridade social.
XVII - Art. 29, inciso l: não se demonstrou qual o dispositivo da Constituição que resultou malferido.
XVIII - Art. 59, § 1°, inciso IV: trata-se de dispositivo que prevê mera advertência.
XIX - Art. 60: ao Senado Federal incumbe, por forca dos incisos VIl e IX do art. 52 da Constituição Federal,
fixar limites máximos, norma que não é violada enquanto os valores se situarem dentro desse âmbito.
XX - Art. 68, caput: o art. 250 da Carta-Cidadã, ao prever a instituição de fundo integrado por bens, direitos
e ativos de qualquer natureza, não excluiu a hipótese de os demais recursos pertencentes à previdência social,
até mesmo os provenientes da arrecadação de contribuições, virem a compor o referido fundo. Ademais, nada
impede que providência legislativa de caráter ordinário seja veiculada em lei complementar. Lei Complementar
n. 101/2000. Interpretação conforme a Constituição.
XXI ~ Art. 12, § 2º: medida cautelar deferida para conferir ao dispositivo legal interpretação conforme ao
inciso III do art. 167 da Constituição Federal, em ordem a explicitar que a proibição não abrange operações de
crédito autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo
Poder Legislativo.
XXII – Art. 21, inciso II: conferida a interpretação conforme a Constituição, para que se entenda como
limite legal o previsto em lei complementar.
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XXIII – Art. 72: dada a interpretação conforme, para considerar a proibição contida no dispositivo legal
restrita aos contratos de prestação de serviços permanentes. Lei Complementar n. 101/2000. Vícios materiais.
Cautelar deferida.
XXIV – Art. 9º, § 3º: hipótese de interferência indevida do Poder Executivo nos demais Poderes e no
Ministério Público.
XXV - Art. 23, §§ 1º e 2º: a competência cometida à lei complementar pelo § 3º do art. 169 da Constituição
Federal está limitada às providências nele indicadas, o que não foi observado, ocorrendo, inclusive, ofensa ao
princípio da irredutibilidade de vencimentos. Medida cautelar deferida para suspender, no § 1º do art. 23, a
expressão "quanto pela redução dos valores a eles atribuídos", e, integralmente, a eficácia do § 2º do referido
artigo.
XXVI - Art. 56, caput: norma que contraria o inciso II do art. 71 da Carta Magna, tendo em vista que apenas
as contas do Presidente da República deverão ser apreciadas pelo Congresso Nacional.
XXVII Art. 57: a referência a "contas de Poder", no § 2º do art. 57, evidencia a abrangência, no termo
"contas" constante do caput do artigo, daqueles cálculos decorrentes da atividade financeira dos
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, que somente poderão ser
objeto de julgamento pelo Tribunal de Contas competente (inciso II do art. 71 da Constituição). Medida
cautelar deferida. Medida Provisória n. 1.980-22/2000. Ação prejudicada.
XXVIII - Arts. 3º, I, e 4º: diploma normativo reeditado, sem que houvesse pedido de aditamento da petição
inicial após as novas edições. Ação prejudicada, nesta parte.
Constitucional (C) ou
Dispositivo da LRF Comentários
inconstitucional (I)?
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Referências bibliográficas
BRASIL. A Constituição e o Supremo.(https://constituicao.stf.jus.br/)
LEITE, Harrison. Manual de direito financeiro. 3ª edição. Salvador, Bahia: Editora Juspodivm, 2014.
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