Estado Novo

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1: Reconhecer o papel dos organismos de enquadramento

das massas no Estado novo.

→ No Estado Novo em Portugal, os organismos de enquadramento das


massas desempenharam um papel crucial na organização e controle
social. O Estado Novo era um regime autoritário liderado por António de
Oliveira Salazar, que governou Portugal de 1933 a 1974. Os organismos
de enquadramento das massas foram criados para controlar e moldar a
opinião pública, bem como para promover a lealdade ao regime.

Alguns dos principais organismos de enquadramento das massas


incluíam:

1. Mocidade Portuguesa: Uma organização paramilitar para jovens,


destinada a promover os valores do Estado Novo e a preparar os jovens
para o serviço militar e a vida adulta.

2. Legião Portuguesa: Uma organização paramilitar para adultos,


focada em promover o nacionalismo, o patriotismo e o apoio ao regime.

3. Sindicatos Nacionais: Controlados pelo Estado, os sindicatos


tinham como objetivo representar os interesses dos trabalhadores
dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Estado Novo. Eles serviam
como instrumentos de controle social e para evitar movimentos
grevistas ou protestos laborais.

4. Organizações Femininas: Como a Obra das Mães pela Educação


Nacional, focada na promoção de valores tradicionais e no papel das
mulheres como esposas e mães dedicadas à família e à nação.

Esses organismos eram utilizados pelo Estado Novo para promover


uma cultura política de apoio ao regime, reprimir dissidências e controlar
a sociedade portuguesa como um todo. Eles desempenharam um papel
importante na manutenção da estabilidade política e na continuidade do
regime autoritário durante grande parte do século XX em Portugal.
2: Caracterizar a atuação do aparelho repressivo do Estado Novo.

→ O aparelho repressivo do Estado Novo em Portugal era


extremamente eficiente e brutal, sendo utilizado para manter o regime
autoritário de Salazar no poder e reprimir qualquer forma de oposição
política. Algumas características da atuação do aparelho repressivo
incluem:

1. Polícia Política (PIDE/DGS): A Polícia Internacional e de Defesa do


Estado (PIDE) foi o principal órgão de repressão política do Estado
Novo. Mais tarde, foi renomeada como Direção-Geral de Segurança
(DGS). A PIDE/DGS era responsável por investigar, vigiar e deter
qualquer pessoa considerada uma ameaça ao regime, incluindo
opositores políticos, ativistas, sindicalistas, intelectuais e até mesmo
cidadãos comuns suspeitos de deslealdade ao governo.

2. Censura: O Estado Novo impôs uma rigorosa censura à imprensa,


literatura, cinema, teatro e outras formas de expressão cultural.
Qualquer conteúdo considerado subversivo ou crítico ao regime era
proibido e severamente reprimido.

3. Prisões Políticas: A PIDE/DGS mantinha prisões secretas e campos


de concentração onde os prisioneiros políticos eram detidos,
interrogados, torturados e, por vezes, executados sem julgamento justo.
Alguns dos locais mais conhecidos incluem o Forte de Peniche e o
Tarrafal, em Cabo Verde.

4. Exílio e Perseguição: Muitos opositores políticos foram forçados ao


exílio ou tiveram que viver na clandestinidade para escapar à
perseguição do regime. Aqueles que permaneceram em Portugal
enfrentaram constantes ameaças à sua segurança e liberdade.

5. Leis Repressivas: O Estado Novo promulgou leis severas que


criminalizavam a dissidência política e restringiam as liberdades civis,
como a Lei de Segurança Interna, que permitia a detenção arbitrária de
suspeitos sem acusação formal e por tempo indeterminado.

No geral, o aparelho repressivo do Estado Novo era implacável e eficaz


na supressão de qualquer forma de oposição política e na manutenção
do regime autoritário de Salazar por várias décadas. A repressão
política foi uma característica central do Estado Novo e teve um impacto
significativo na sociedade portuguesa, deixando cicatrizes que ainda
são sentidas até hoje.

3: Explicitar as linhas orientadoras do modelo econômico do


Estado novo, até 1945, e como estas evidenciam os princípios
ideológicos do regime.

→ O modelo econômico do Estado Novo em Portugal até 1945 era


amplamente influenciado pelos princípios ideológicos do regime
autoritário liderado por Salazar. Algumas das linhas orientadoras desse
modelo incluem:

1. Autarcia Econômica: O Estado Novo promoveu a ideia de


autossuficiência econômica, buscando reduzir a dependência de
Portugal em relação aos mercados internacionais. Isso foi alcançado
através de políticas protecionistas, controle estatal sobre setores-chave
da economia e estímulo à produção nacional.

2. Corporativismo: O regime implementou um sistema corporativista,


onde os interesses econômicos eram organizados em corporações
representativas supervisionadas pelo Estado. Isso visava harmonizar as
relações entre capital e trabalho, garantindo a estabilidade e evitando
conflitos sociais.

3. O Estado Novo valorizava a economia rural e a agricultura como a


base da sociedade portuguesa. Políticas foram implementadas para
proteger e promover o setor agrícola, incluindo a criação de
cooperativas agrícolas e a distribuição de terras para pequenos
agricultores.

4. Intervencionismo Estatal: O Estado Novo adotou uma abordagem


intervencionista na economia, com o Estado desempenhando um papel
central na regulação e no planejamento econômico. Isso incluiu a
criação de empresas estatais em setores estratégicos, como energia,
transporte e telecomunicações.

5. Colonialismo Econômico: A exploração dos recursos das colônias


portuguesas desempenhou um papel significativo na economia do
Estado Novo. As colônias forneciam matérias-primas e mercados para
os produtos portugueses, contribuindo para a manutenção do domínio
colonial e para o crescimento econômico de Portugal.

Essas linhas orientadoras do modelo econômico do Estado Novo


refletiam os princípios ideológicos do regime, que enfatizavam a
autoridade do Estado, a valorização da tradição, a estabilidade social e
a manutenção do status quo. O modelo econômico era caracterizado
por um forte controle estatal, protecionismo econômico e uma ênfase na
agricultura e na autossuficiência nacional, tudo isso em consonância
com a visão corporativista e colonialista do regime.

4: Caracterizar o projeto cultural (Política do Espírito) do


regime do Estado Novo.

→ A Política do Espírito, também conhecida como projeto cultural do


regime do Estado Novo em Portugal, foi uma tentativa de moldar e
controlar a vida cultural e intelectual do país de acordo com os
princípios e valores do regime autoritário liderado por Salazar. Essa
política cultural visava promover uma cultura nacionalista, conservadora
e moralmente orientada, enquanto suprimia qualquer forma de
expressão que pudesse ameaçar a estabilidade do regime.
Algumas características da Política do Espírito incluem:

1. Censura e Controle: O Estado Novo impôs uma rigorosa censura à


imprensa, literatura, teatro, cinema e outras formas de expressão
cultural. Qualquer conteúdo considerado subversivo ou crítico ao regime
era proibido e severamente reprimido. O Estado exercia um controle
rígido sobre as atividades culturais, promovendo apenas obras que
estivessem alinhadas com os valores e ideais do regime.

2. Nacionalismo e Tradicionalismo: O regime promovia uma visão


nacionalista e tradicionalista da cultura portuguesa, enfatizando a
história, a identidade nacional, as tradições e os valores morais. A
literatura, a arte e outras formas de expressão cultural eram
frequentemente utilizadas para glorificar a nação e exaltar os feitos
passados de Portugal.

3. Propaganda e Educação: O Estado Novo utilizava a propaganda e o


sistema educacional para difundir sua ideologia entre a população. As
escolas ensinavam uma narrativa oficial da história de Portugal, que
glorificava o império colonial e exaltava as virtudes do Estado Novo.
Além disso, o regime promovia programas culturais e eventos públicos
que destacavam os valores e símbolos do nacionalismo português.

4. Patrocínio Estatal: O Estado Novo apoiava financeiramente artistas,


escritores e intelectuais que estavam alinhados com a ideologia do
regime, enquanto punia aqueles que se opunham ou criticavam o
governo. Isso levou à criação de uma cultura dominada por obras que
elogiavam o regime e evitavam temas controversos ou subversivos.

5. Controle das Instituições Culturais: O Estado Novo exercia um


controle direto sobre as instituições culturais, como museus, bibliotecas,
teatros e academias. Essas instituições eram utilizadas para promover a
narrativa oficial do regime e para reprimir qualquer forma de dissidência
cultural.

Em resumo, a Política do Espírito do Estado Novo foi uma estratégia de


controle ideológico e cultural que visava consolidar o poder do regime
autoritário em Portugal, promovendo uma visão nacionalista e
conservadora da cultura e reprimindo qualquer forma de expressão que
ameaçasse a estabilidade do regime.

5: Expor o novo quadro geopolítico mundial, como


consequência das
decisões tomadas nas Conferências de Ialta e Potsdam.

→ As Conferências de Ialta e Potsdam, realizadas no final da Segunda


Guerra Mundial em 1945, tiveram um impacto significativo no novo
quadro geopolítico mundial, reconfigurando as relações entre as
principais potências e delineando as linhas divisórias que moldaram o
mundo durante a Guerra Fria. Algumas das consequências dessas
conferências incluem:

1. Divisão da Alemanha e Berlim: Nas Conferências de Potsdam, ficou


acordado que a Alemanha seria dividida em quatro zonas de ocupação
controladas pelos Aliados: Estados Unidos, União Soviética, Reino
Unido e França. Da mesma forma, Berlim, embora localizada na zona
soviética, também foi dividida em quatro setores. Essa divisão sinalizou
o início da Guerra Fria, com a Alemanha Oriental se tornando um
estado comunista sob influência soviética, e a Alemanha Ocidental
adotando um governo democrático e capitalista.

2. Partilha da Europa Oriental: As decisões tomadas em Yalta e


Potsdam solidificaram a influência soviética sobre grande parte da
Europa Oriental. Isso resultou na formação de governos pró-soviéticos e
na instalação de regimes comunistas nos países do bloco oriental, como
Polônia, Hungria, Tchecoslováquia, Bulgária e Romênia. Esses países
foram incorporados à esfera de influência soviética, marcando o início
do domínio comunista na região e estabelecendo o chamado "Cortina
de Ferro".

3. Criação das Nações Unidas: As conferências também resultaram na


criação das Nações Unidas, uma organização internacional destinada a
promover a cooperação entre os países e prevenir conflitos globais. As
Nações Unidas substituíram a Liga das Nações e se tornaram o
principal fórum para a resolução de disputas internacionais e a
promoção da paz e segurança globais.

4. Divisão do mundo em blocos: As decisões tomadas em Yalta e


Potsdam solidificaram a divisão do mundo em dois blocos
ideologicamente opostos: o bloco ocidental, liderado pelos Estados
Unidos e aliados democráticos, e o bloco oriental, liderado pela União
Soviética e países comunistas. Essa divisão geopolítica deu origem à
Guerra Fria, um período de tensões políticas e militares entre os dois
blocos que perdurou até o colapso da União Soviética em 1991.

Em resumo, as Conferências de Ialta e Potsdam redefiniram o quadro


geopolítico mundial após a Segunda Guerra Mundial, estabelecendo as
bases para a polarização entre leste e oeste, a formação de alianças
internacionais como a OTAN e o Pacto de Varsóvia, e o surgimento de
uma ordem mundial dominada pela rivalidade entre os Estados Unidos e
a União Soviética.

6: Identificar os objetivos que presidiram à criação da ONU e o


seu modo de funcionamento.

→ A criação das Nações Unidas (ONU) em 1945 teve como objetivo


principal evitar futuras guerras mundiais e promover a cooperação
internacional para resolver conflitos, promover o desenvolvimento
econômico e social e proteger os direitos humanos. Alguns dos
objetivos que presidiram à criação da ONU incluem:

1. Manutenção da Paz e Segurança Internacional: A ONU foi criada


para prevenir futuras guerras e promover a paz e a segurança
internacional através da mediação de conflitos, do desarmamento e do
estabelecimento de operações de paz em áreas de conflito.
2. Cooperação Econômica e Desenvolvimento Social: A ONU visa
promover a cooperação econômica entre os países membros e
combater a pobreza, a fome, as doenças e outros problemas sociais em
todo o mundo. Isso inclui programas de desenvolvimento sustentável,
assistência humanitária e erradicação da pobreza.

3. Respeito aos Direitos Humanos: A ONU trabalha para promover e


proteger os direitos humanos em todo o mundo, incluindo direitos civis,
políticos, econômicos, sociais e culturais. Isso inclui a defesa da
igualdade de gênero, o combate à discriminação racial, étnica e
religiosa, e a proteção dos direitos das crianças e dos refugiados.

4. Cooperação Internacional: A ONU serve como um fórum para a


cooperação internacional entre os países membros, permitindo que eles
trabalhem juntos para resolver problemas globais, como mudanças
climáticas, proteção ambiental, comércio internacional, saúde pública e
criminalidade transnacional.

O funcionamento da ONU é baseado em uma estrutura multilateral


composta por vários órgãos principais:

1. Assembleia Geral: É o principal órgão deliberativo da ONU, onde


todos os estados membros têm representação igual. Ela discute e toma
decisões sobre questões globais, incluindo questões de paz e
segurança, desenvolvimento econômico e social, direitos humanos e
direito internacional.

2. Conselho de Segurança: É responsável por manter a paz e a


segurança internacionais. É composto por cinco membros permanentes
(Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) e dez membros
não permanentes eleitos pela Assembleia Geral. O Conselho de
Segurança pode impor sanções, autorizar operações de manutenção da
paz e tomar medidas coercitivas em situações de conflito.

3. Conselho Econômico e Social (ECOSOC): É responsável por


promover o desenvolvimento econômico e social global, incluindo
questões como educação, saúde, direitos humanos, meio ambiente e
desenvolvimento sustentável.

4. Tribunal Internacional de Justiça (TIJ): É o principal órgão judicial


da ONU, responsável por resolver disputas legais entre estados
membros e emitir pareceres consultivos sobre questões legais
internacionais.

Além desses órgãos principais, a ONU possui várias agências


especializadas, programas e fundos que trabalham em áreas
específicas, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O funcionamento da
ONU é baseado no princípio da cooperação internacional e da
resolução pacífica de disputas, buscando promover a paz, a segurança
e o desenvolvimento em todo o mundo.

7: Enunciar em que consistiu a Conferência de Bretton Woods,


quais as diretrizes econômicas definidas e em que consistiram
os organismos então criados.

→ A Conferência de Bretton Woods foi realizada em julho de 1944 em


Bretton Woods, New Hampshire, Estados Unidos. O principal objetivo
da conferência foi estabelecer um novo sistema monetário internacional
e reconstruir a economia mundial após a Segunda Guerra Mundial.
Algumas das diretrizes econômicas definidas durante a conferência
incluíram:

1. Sistema Monetário Fixo: Foi acordado que as moedas nacionais


seriam fixadas em relação ao dólar dos Estados Unidos, que por sua
vez seria fixado em relação ao ouro. Isso criou um sistema de taxas de
câmbio fixas, conhecido como o sistema de Bretton Woods.
2. Fundo Monetário Internacional (FMI): O FMI foi estabelecido para
promover a cooperação monetária internacional, facilitar o comércio
internacional, promover a estabilidade cambial e fornecer assistência
financeira aos países membros em dificuldades econômicas.

3. Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento


(BIRD), mais tarde conhecido como Banco Mundial: Foi criado para
fornecer assistência financeira e técnica para reconstruir as economias
devastadas pela guerra, promover o desenvolvimento econômico e
reduzir a pobreza nos países em desenvolvimento.

4. Acordos Comerciais: A conferência também promoveu a


liberalização do comércio internacional e a redução de barreiras
comerciais, estabelecendo as bases para a criação do Acordo Geral
sobre Tarifas e Comércio (GATT), que posteriormente evoluiu para a
Organização Mundial do Comércio (OMC).

Os organismos criados durante a Conferência de Bretton Woods


desempenharam um papel crucial na reconstrução econômica
pós-guerra e na promoção da estabilidade monetária e do
desenvolvimento global. O sistema de Bretton Woods permaneceu em
vigor até a década de 1970, quando foi substituído por um sistema de
taxas de câmbio flutuantes devido a pressões econômicas e mudanças
no cenário internacional. No entanto, o FMI e o Banco Mundial
continuam a desempenhar papéis importantes na governança
econômica global até os dias atuais.

8: Explicar a expansão do comunismo na Europa (sovietização


do leste
europeu), no final da 2.ª Guerra Mundial.

→ A expansão do comunismo na Europa após o final da Segunda


Guerra Mundial, também conhecida como sovietização do leste
europeu, foi o resultado direto da influência e controle exercidos pela
União Soviética sobre os países da região. Essa expansão teve várias
causas e foi facilitada pela presença militar e política soviética na
Europa Oriental. Algumas das principais razões para a sovietização do
leste europeu incluem:

1. Acordos de Yalta e Potsdam: Nas conferências de Yalta e Potsdam,


as potências aliadas concordaram em permitir que a União Soviética
exercesse influência sobre os países da Europa Oriental como parte de
sua zona de ocupação. Isso deu à União Soviética uma justificativa para
intervir nos assuntos internos desses países e promover regimes
comunistas pró-soviéticos.

2. Liberação do Nazismo: Muitos países do leste europeu, como


Polônia, Hungria, Tchecoslováquia e Bulgária, foram libertados do
domínio nazista pelo Exército Vermelho soviético. Como resultado, os
soviéticos estabeleceram governos comunistas simpáticos a Moscou
nesses países, muitas vezes com o apoio de partidos comunistas locais.

3. Influência Ideológica: O comunismo era visto como uma alternativa


ao capitalismo ocidental e atraiu apoio entre as populações desiludidas
com as condições sociais e econômicas do pós-guerra. Os soviéticos
exploraram isso promovendo ideais comunistas e apoiando partidos
comunistas locais e movimentos de resistência.

4. Força Militar Soviética: A presença militar soviética na Europa


Oriental, combinada com o apoio a grupos comunistas locais, permitiu à
União Soviética impor sua vontade e estabelecer regimes comunistas
obedientes em países como Polônia, Hungria, Tchecoslováquia,
Bulgária e Romênia.

5. Repressão e Controle: Uma vez no poder, os regimes comunistas


estabelecidos nos países do leste europeu utilizaram táticas de
repressão, censura e controle para manter o poder e suprimir qualquer
forma de oposição política. Isso incluiu a prisão e execução de
opositores políticos, censura à imprensa e controle totalitário do Estado
sobre todos os aspectos da vida pública.
No geral, a sovietização do leste europeu representou a expansão do
domínio comunista sobre a região, consolidando a influência da União
Soviética e estabelecendo regimes comunistas que permaneceram no
poder por décadas, até o colapso do bloco comunista no final da década
de 1980 e início da década de 1990.

9: Caracterizar a afirmação de um mundo bipolar marcado pelo


confronto
entre duas superpotências com ideologias e modelos político-
econômicos antagônicos, no pós 2.ª Guerra Mundial.

→ Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo entrou em um período de


bipolaridade, marcado pelo confronto entre duas superpotências: os
Estados Unidos e a União Soviética. Essa bipolaridade se baseava em
ideologias e modelos político-econômicos antagônicos, o que levou a
um intenso conflito geopolítico e ideológico conhecido como Guerra
Fria. Aqui estão algumas características dessa afirmação de um mundo
bipolar:

1. Superpotências Antagônicas: Os Estados Unidos representavam o


bloco capitalista, com uma economia baseada no livre mercado,
democracia política e defesa dos direitos individuais. Enquanto isso, a
União Soviética liderava o bloco comunista, com uma economia
planejada centralmente, um regime político autoritário e uma ideologia
que defendia a abolição da propriedade privada e a igualdade social.

2. Conflito Ideológico: A Guerra Fria foi marcada por um intenso


conflito ideológico entre o capitalismo e o comunismo. Ambos os lados
buscavam promover sua ideologia e modelo político-econômico em todo
o mundo, às vezes por meio de propaganda, diplomacia, guerra
econômica e apoio a movimentos revolucionários ou governos aliados.

3. Divisão do Mundo em Blocos: O mundo foi dividido em dois blocos


geopolíticos: o bloco ocidental, liderado pelos Estados Unidos e aliados
da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), e o bloco
oriental, liderado pela União Soviética e países aliados do Pacto de
Varsóvia. Esta divisão resultou em uma série de alianças militares,
acordos de segurança e competição por influência global.

4. Armadilha da Destruição Mútua Garantida: A Guerra Fria também


foi caracterizada pela corrida armamentista entre os Estados Unidos e a
União Soviética, resultando na proliferação de armas nucleares e no
desenvolvimento de arsenais massivos de destruição. Ambos os lados
perceberam que uma guerra direta entre as superpotências poderia
levar à aniquilação mútua, o que levou à doutrina da "Destruição Mútua
Garantida" (MAD), que desencorajava uma escalada para o conflito
direto.

5. Conflitos Periféricos e Procurações: Embora as superpotências


evitassem um confronto direto, a Guerra Fria foi marcada por conflitos
indiretos em diferentes partes do mundo. Isso incluiu guerras de
procuração, intervenções militares, apoio a regimes aliados e lutas por
influência em regiões estratégicas, como América Latina, Ásia, África e
Oriente Médio.

Em resumo, a afirmação de um mundo bipolar após a Segunda Guerra


Mundial foi caracterizada pelo confronto entre duas superpotências com
ideologias e modelos político-econômicos antagônicos, resultando em
um período de tensão geopolítica, competição global e conflitos
indiretos que moldaram as relações internacionais durante décadas.

10: Define: Autoritarismo; Corporativismo;


Colonialismo/Imperialismo;
Desnazificação; Tribunal de Nuremberga; Cooperação
internacional; «Cortina de Ferro»; «Doutrina Truman»;
«Doutrina Jdanov»; «Plano
Marshall»; Plano Molotov; OECE; COMECON.
→ 1. Autoritarismo: Um sistema de governo caracterizado pelo
controle centralizado do poder nas mãos de uma autoridade ou líder
central, frequentemente sem a participação significativa da sociedade
civil ou a garantia de direitos e liberdades individuais.

2. Corporativismo: Um sistema político e econômico que enfatiza a


organização da sociedade em grupos corporativos representando
interesses específicos, como trabalhadores, empregadores e o Estado.
O corporativismo busca harmonizar os interesses de diferentes grupos
através da negociação e cooperação, muitas vezes sob a supervisão do
Estado.

3. Colonialismo/Imperialismo: Práticas de dominação e controle


exercidas por uma nação ou império sobre territórios e povos
estrangeiros. Isso envolve a exploração econômica, política e cultural
das colônias ou áreas dominadas em benefício da potência colonial ou
imperial.

4. Desnazificação: Um processo implementado pelos Aliados após a


Segunda Guerra Mundial para desmantelar as estruturas do regime
nazista na Alemanha e promover a desprogramação ideológica da
população alemã. Isso envolveu a purga de membros do Partido
Nazista, a remoção de simbolismo nazista e a educação da população
sobre os horrores do regime nazista.

5. Tribunal de Nuremberga: Um tribunal militar internacional


estabelecido pelos Aliados após a Segunda Guerra Mundial para julgar
os principais líderes nazistas por crimes de guerra, crimes contra a
humanidade e crimes contra a paz. O Tribunal de Nuremberg realizou
uma série de julgamentos entre 1945 e 1946, resultando em várias
condenações e execuções.

6. Cooperação Internacional: A prática de países trabalharem juntos


para alcançar objetivos comuns, resolver problemas globais e promover
a paz, segurança e prosperidade. Isso pode ocorrer através de
organizações internacionais, tratados, acordos bilaterais ou ações
conjuntas em áreas como comércio, segurança, meio ambiente e saúde.

7. Cortina de Ferro: Termo cunhado por Winston Churchill para


descrever a divisão ideológica e política na Europa após a Segunda
Guerra Mundial, que separava o bloco comunista liderado pela União
Soviética do bloco capitalista liderado pelos Estados Unidos. A Cortina
de Ferro simbolizava a divisão entre o leste comunista e o oeste
capitalista da Europa.

8. Doutrina Truman: Uma política externa estabelecida pelo presidente


dos Estados Unidos, Harry Truman, em 1947, que buscava conter a
expansão do comunismo, principalmente na Europa. A Doutrina Truman
envolveu o apoio financeiro e militar aos países ameaçados pela
influência comunista, visando impedir a sua queda para o comunismo.

9. Doutrina Jdanov: Uma política externa estabelecida pela União


Soviética em resposta à Doutrina Truman, que buscava promover a
expansão do comunismo e desafiar a influência dos Estados Unidos. A
Doutrina Jdanov enfatizava a solidariedade entre os países socialistas e
a luta contra o imperialismo ocidental.

10. Plano Marshall: Um programa de assistência econômica dos


Estados Unidos para reconstruir a Europa devastada pela Segunda
Guerra Mundial. O Plano Marshall forneceu bilhões de dólares em ajuda
financeira e material para ajudar na reconstrução econômica da Europa
Ocidental e conter a influência comunista na região.

11. Plano Molotov: Uma resposta soviética ao Plano Marshall, que


visava coordenar a reconstrução econômica dos países do bloco
comunista liderado pela União Soviética. No entanto, o Plano Molotov
teve um impacto limitado em comparação com o Plano Marshall devido
às condições econômicas e políticas do bloco comunista.

12. OECE (Organização Europeia de Cooperação Econômica): Uma


organização internacional criada em 1948 para coordenar a assistência
econômica dos Estados Unidos através do Plano Marshall para os
países da Europa Ocidental. A OECE ajudou na distribuição eficiente da
ajuda e promoveu a cooperação econômica entre os países
beneficiários.

13. COMECON (Conselho de Assistência Econômica Mútua): Uma


organização econômica estabelecida pela União Soviética em 1949
para promover a cooperação econômica e o planejamento centralizado
entre os países do bloco comunista do Leste Europeu. O COMECON
visava coordenar a produção, o comércio e o desenvolvimento
econômico dentro do bloco comunista.

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