Os organismos de enquadramento das massas no Estado Novo português desempenharam um papel crucial no controle social, promovendo a lealdade ao regime autoritário de Salazar. Organizações como a Mocidade Portuguesa, a Legião Portuguesa e os sindicatos nacionais moldavam a opinião pública e reprimiam dissidências.
Os organismos de enquadramento das massas no Estado Novo português desempenharam um papel crucial no controle social, promovendo a lealdade ao regime autoritário de Salazar. Organizações como a Mocidade Portuguesa, a Legião Portuguesa e os sindicatos nacionais moldavam a opinião pública e reprimiam dissidências.
Os organismos de enquadramento das massas no Estado Novo português desempenharam um papel crucial no controle social, promovendo a lealdade ao regime autoritário de Salazar. Organizações como a Mocidade Portuguesa, a Legião Portuguesa e os sindicatos nacionais moldavam a opinião pública e reprimiam dissidências.
Os organismos de enquadramento das massas no Estado Novo português desempenharam um papel crucial no controle social, promovendo a lealdade ao regime autoritário de Salazar. Organizações como a Mocidade Portuguesa, a Legião Portuguesa e os sindicatos nacionais moldavam a opinião pública e reprimiam dissidências.
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1: Reconhecer o papel dos organismos de enquadramento
das massas no Estado novo.
→ No Estado Novo em Portugal, os organismos de enquadramento das
massas desempenharam um papel crucial na organização e controle social. O Estado Novo era um regime autoritário liderado por António de Oliveira Salazar, que governou Portugal de 1933 a 1974. Os organismos de enquadramento das massas foram criados para controlar e moldar a opinião pública, bem como para promover a lealdade ao regime.
Alguns dos principais organismos de enquadramento das massas
incluíam:
1. Mocidade Portuguesa: Uma organização paramilitar para jovens,
destinada a promover os valores do Estado Novo e a preparar os jovens para o serviço militar e a vida adulta.
2. Legião Portuguesa: Uma organização paramilitar para adultos,
focada em promover o nacionalismo, o patriotismo e o apoio ao regime.
3. Sindicatos Nacionais: Controlados pelo Estado, os sindicatos
tinham como objetivo representar os interesses dos trabalhadores dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Estado Novo. Eles serviam como instrumentos de controle social e para evitar movimentos grevistas ou protestos laborais.
4. Organizações Femininas: Como a Obra das Mães pela Educação
Nacional, focada na promoção de valores tradicionais e no papel das mulheres como esposas e mães dedicadas à família e à nação.
Esses organismos eram utilizados pelo Estado Novo para promover
uma cultura política de apoio ao regime, reprimir dissidências e controlar a sociedade portuguesa como um todo. Eles desempenharam um papel importante na manutenção da estabilidade política e na continuidade do regime autoritário durante grande parte do século XX em Portugal. 2: Caracterizar a atuação do aparelho repressivo do Estado Novo.
→ O aparelho repressivo do Estado Novo em Portugal era
extremamente eficiente e brutal, sendo utilizado para manter o regime autoritário de Salazar no poder e reprimir qualquer forma de oposição política. Algumas características da atuação do aparelho repressivo incluem:
1. Polícia Política (PIDE/DGS): A Polícia Internacional e de Defesa do
Estado (PIDE) foi o principal órgão de repressão política do Estado Novo. Mais tarde, foi renomeada como Direção-Geral de Segurança (DGS). A PIDE/DGS era responsável por investigar, vigiar e deter qualquer pessoa considerada uma ameaça ao regime, incluindo opositores políticos, ativistas, sindicalistas, intelectuais e até mesmo cidadãos comuns suspeitos de deslealdade ao governo.
2. Censura: O Estado Novo impôs uma rigorosa censura à imprensa,
literatura, cinema, teatro e outras formas de expressão cultural. Qualquer conteúdo considerado subversivo ou crítico ao regime era proibido e severamente reprimido.
3. Prisões Políticas: A PIDE/DGS mantinha prisões secretas e campos
de concentração onde os prisioneiros políticos eram detidos, interrogados, torturados e, por vezes, executados sem julgamento justo. Alguns dos locais mais conhecidos incluem o Forte de Peniche e o Tarrafal, em Cabo Verde.
4. Exílio e Perseguição: Muitos opositores políticos foram forçados ao
exílio ou tiveram que viver na clandestinidade para escapar à perseguição do regime. Aqueles que permaneceram em Portugal enfrentaram constantes ameaças à sua segurança e liberdade.
5. Leis Repressivas: O Estado Novo promulgou leis severas que
criminalizavam a dissidência política e restringiam as liberdades civis, como a Lei de Segurança Interna, que permitia a detenção arbitrária de suspeitos sem acusação formal e por tempo indeterminado.
No geral, o aparelho repressivo do Estado Novo era implacável e eficaz
na supressão de qualquer forma de oposição política e na manutenção do regime autoritário de Salazar por várias décadas. A repressão política foi uma característica central do Estado Novo e teve um impacto significativo na sociedade portuguesa, deixando cicatrizes que ainda são sentidas até hoje.
3: Explicitar as linhas orientadoras do modelo econômico do
Estado novo, até 1945, e como estas evidenciam os princípios ideológicos do regime.
→ O modelo econômico do Estado Novo em Portugal até 1945 era
amplamente influenciado pelos princípios ideológicos do regime autoritário liderado por Salazar. Algumas das linhas orientadoras desse modelo incluem:
1. Autarcia Econômica: O Estado Novo promoveu a ideia de
autossuficiência econômica, buscando reduzir a dependência de Portugal em relação aos mercados internacionais. Isso foi alcançado através de políticas protecionistas, controle estatal sobre setores-chave da economia e estímulo à produção nacional.
2. Corporativismo: O regime implementou um sistema corporativista,
onde os interesses econômicos eram organizados em corporações representativas supervisionadas pelo Estado. Isso visava harmonizar as relações entre capital e trabalho, garantindo a estabilidade e evitando conflitos sociais.
3. O Estado Novo valorizava a economia rural e a agricultura como a
base da sociedade portuguesa. Políticas foram implementadas para proteger e promover o setor agrícola, incluindo a criação de cooperativas agrícolas e a distribuição de terras para pequenos agricultores.
4. Intervencionismo Estatal: O Estado Novo adotou uma abordagem
intervencionista na economia, com o Estado desempenhando um papel central na regulação e no planejamento econômico. Isso incluiu a criação de empresas estatais em setores estratégicos, como energia, transporte e telecomunicações.
5. Colonialismo Econômico: A exploração dos recursos das colônias
portuguesas desempenhou um papel significativo na economia do Estado Novo. As colônias forneciam matérias-primas e mercados para os produtos portugueses, contribuindo para a manutenção do domínio colonial e para o crescimento econômico de Portugal.
Essas linhas orientadoras do modelo econômico do Estado Novo
refletiam os princípios ideológicos do regime, que enfatizavam a autoridade do Estado, a valorização da tradição, a estabilidade social e a manutenção do status quo. O modelo econômico era caracterizado por um forte controle estatal, protecionismo econômico e uma ênfase na agricultura e na autossuficiência nacional, tudo isso em consonância com a visão corporativista e colonialista do regime.
4: Caracterizar o projeto cultural (Política do Espírito) do
regime do Estado Novo.
→ A Política do Espírito, também conhecida como projeto cultural do
regime do Estado Novo em Portugal, foi uma tentativa de moldar e controlar a vida cultural e intelectual do país de acordo com os princípios e valores do regime autoritário liderado por Salazar. Essa política cultural visava promover uma cultura nacionalista, conservadora e moralmente orientada, enquanto suprimia qualquer forma de expressão que pudesse ameaçar a estabilidade do regime. Algumas características da Política do Espírito incluem:
1. Censura e Controle: O Estado Novo impôs uma rigorosa censura à
imprensa, literatura, teatro, cinema e outras formas de expressão cultural. Qualquer conteúdo considerado subversivo ou crítico ao regime era proibido e severamente reprimido. O Estado exercia um controle rígido sobre as atividades culturais, promovendo apenas obras que estivessem alinhadas com os valores e ideais do regime.
2. Nacionalismo e Tradicionalismo: O regime promovia uma visão
nacionalista e tradicionalista da cultura portuguesa, enfatizando a história, a identidade nacional, as tradições e os valores morais. A literatura, a arte e outras formas de expressão cultural eram frequentemente utilizadas para glorificar a nação e exaltar os feitos passados de Portugal.
3. Propaganda e Educação: O Estado Novo utilizava a propaganda e o
sistema educacional para difundir sua ideologia entre a população. As escolas ensinavam uma narrativa oficial da história de Portugal, que glorificava o império colonial e exaltava as virtudes do Estado Novo. Além disso, o regime promovia programas culturais e eventos públicos que destacavam os valores e símbolos do nacionalismo português.
4. Patrocínio Estatal: O Estado Novo apoiava financeiramente artistas,
escritores e intelectuais que estavam alinhados com a ideologia do regime, enquanto punia aqueles que se opunham ou criticavam o governo. Isso levou à criação de uma cultura dominada por obras que elogiavam o regime e evitavam temas controversos ou subversivos.
5. Controle das Instituições Culturais: O Estado Novo exercia um
controle direto sobre as instituições culturais, como museus, bibliotecas, teatros e academias. Essas instituições eram utilizadas para promover a narrativa oficial do regime e para reprimir qualquer forma de dissidência cultural.
Em resumo, a Política do Espírito do Estado Novo foi uma estratégia de
controle ideológico e cultural que visava consolidar o poder do regime autoritário em Portugal, promovendo uma visão nacionalista e conservadora da cultura e reprimindo qualquer forma de expressão que ameaçasse a estabilidade do regime.
5: Expor o novo quadro geopolítico mundial, como
consequência das decisões tomadas nas Conferências de Ialta e Potsdam.
→ As Conferências de Ialta e Potsdam, realizadas no final da Segunda
Guerra Mundial em 1945, tiveram um impacto significativo no novo quadro geopolítico mundial, reconfigurando as relações entre as principais potências e delineando as linhas divisórias que moldaram o mundo durante a Guerra Fria. Algumas das consequências dessas conferências incluem:
1. Divisão da Alemanha e Berlim: Nas Conferências de Potsdam, ficou
acordado que a Alemanha seria dividida em quatro zonas de ocupação controladas pelos Aliados: Estados Unidos, União Soviética, Reino Unido e França. Da mesma forma, Berlim, embora localizada na zona soviética, também foi dividida em quatro setores. Essa divisão sinalizou o início da Guerra Fria, com a Alemanha Oriental se tornando um estado comunista sob influência soviética, e a Alemanha Ocidental adotando um governo democrático e capitalista.
2. Partilha da Europa Oriental: As decisões tomadas em Yalta e
Potsdam solidificaram a influência soviética sobre grande parte da Europa Oriental. Isso resultou na formação de governos pró-soviéticos e na instalação de regimes comunistas nos países do bloco oriental, como Polônia, Hungria, Tchecoslováquia, Bulgária e Romênia. Esses países foram incorporados à esfera de influência soviética, marcando o início do domínio comunista na região e estabelecendo o chamado "Cortina de Ferro".
3. Criação das Nações Unidas: As conferências também resultaram na
criação das Nações Unidas, uma organização internacional destinada a promover a cooperação entre os países e prevenir conflitos globais. As Nações Unidas substituíram a Liga das Nações e se tornaram o principal fórum para a resolução de disputas internacionais e a promoção da paz e segurança globais.
4. Divisão do mundo em blocos: As decisões tomadas em Yalta e
Potsdam solidificaram a divisão do mundo em dois blocos ideologicamente opostos: o bloco ocidental, liderado pelos Estados Unidos e aliados democráticos, e o bloco oriental, liderado pela União Soviética e países comunistas. Essa divisão geopolítica deu origem à Guerra Fria, um período de tensões políticas e militares entre os dois blocos que perdurou até o colapso da União Soviética em 1991.
Em resumo, as Conferências de Ialta e Potsdam redefiniram o quadro
geopolítico mundial após a Segunda Guerra Mundial, estabelecendo as bases para a polarização entre leste e oeste, a formação de alianças internacionais como a OTAN e o Pacto de Varsóvia, e o surgimento de uma ordem mundial dominada pela rivalidade entre os Estados Unidos e a União Soviética.
6: Identificar os objetivos que presidiram à criação da ONU e o
seu modo de funcionamento.
→ A criação das Nações Unidas (ONU) em 1945 teve como objetivo
principal evitar futuras guerras mundiais e promover a cooperação internacional para resolver conflitos, promover o desenvolvimento econômico e social e proteger os direitos humanos. Alguns dos objetivos que presidiram à criação da ONU incluem:
1. Manutenção da Paz e Segurança Internacional: A ONU foi criada
para prevenir futuras guerras e promover a paz e a segurança internacional através da mediação de conflitos, do desarmamento e do estabelecimento de operações de paz em áreas de conflito. 2. Cooperação Econômica e Desenvolvimento Social: A ONU visa promover a cooperação econômica entre os países membros e combater a pobreza, a fome, as doenças e outros problemas sociais em todo o mundo. Isso inclui programas de desenvolvimento sustentável, assistência humanitária e erradicação da pobreza.
3. Respeito aos Direitos Humanos: A ONU trabalha para promover e
proteger os direitos humanos em todo o mundo, incluindo direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais. Isso inclui a defesa da igualdade de gênero, o combate à discriminação racial, étnica e religiosa, e a proteção dos direitos das crianças e dos refugiados.
4. Cooperação Internacional: A ONU serve como um fórum para a
cooperação internacional entre os países membros, permitindo que eles trabalhem juntos para resolver problemas globais, como mudanças climáticas, proteção ambiental, comércio internacional, saúde pública e criminalidade transnacional.
O funcionamento da ONU é baseado em uma estrutura multilateral
composta por vários órgãos principais:
1. Assembleia Geral: É o principal órgão deliberativo da ONU, onde
todos os estados membros têm representação igual. Ela discute e toma decisões sobre questões globais, incluindo questões de paz e segurança, desenvolvimento econômico e social, direitos humanos e direito internacional.
2. Conselho de Segurança: É responsável por manter a paz e a
segurança internacionais. É composto por cinco membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) e dez membros não permanentes eleitos pela Assembleia Geral. O Conselho de Segurança pode impor sanções, autorizar operações de manutenção da paz e tomar medidas coercitivas em situações de conflito.
3. Conselho Econômico e Social (ECOSOC): É responsável por
promover o desenvolvimento econômico e social global, incluindo questões como educação, saúde, direitos humanos, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
4. Tribunal Internacional de Justiça (TIJ): É o principal órgão judicial
da ONU, responsável por resolver disputas legais entre estados membros e emitir pareceres consultivos sobre questões legais internacionais.
Além desses órgãos principais, a ONU possui várias agências
especializadas, programas e fundos que trabalham em áreas específicas, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O funcionamento da ONU é baseado no princípio da cooperação internacional e da resolução pacífica de disputas, buscando promover a paz, a segurança e o desenvolvimento em todo o mundo.
7: Enunciar em que consistiu a Conferência de Bretton Woods,
quais as diretrizes econômicas definidas e em que consistiram os organismos então criados.
→ A Conferência de Bretton Woods foi realizada em julho de 1944 em
Bretton Woods, New Hampshire, Estados Unidos. O principal objetivo da conferência foi estabelecer um novo sistema monetário internacional e reconstruir a economia mundial após a Segunda Guerra Mundial. Algumas das diretrizes econômicas definidas durante a conferência incluíram:
1. Sistema Monetário Fixo: Foi acordado que as moedas nacionais
seriam fixadas em relação ao dólar dos Estados Unidos, que por sua vez seria fixado em relação ao ouro. Isso criou um sistema de taxas de câmbio fixas, conhecido como o sistema de Bretton Woods. 2. Fundo Monetário Internacional (FMI): O FMI foi estabelecido para promover a cooperação monetária internacional, facilitar o comércio internacional, promover a estabilidade cambial e fornecer assistência financeira aos países membros em dificuldades econômicas.
3. Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento
(BIRD), mais tarde conhecido como Banco Mundial: Foi criado para fornecer assistência financeira e técnica para reconstruir as economias devastadas pela guerra, promover o desenvolvimento econômico e reduzir a pobreza nos países em desenvolvimento.
4. Acordos Comerciais: A conferência também promoveu a
liberalização do comércio internacional e a redução de barreiras comerciais, estabelecendo as bases para a criação do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), que posteriormente evoluiu para a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Os organismos criados durante a Conferência de Bretton Woods
desempenharam um papel crucial na reconstrução econômica pós-guerra e na promoção da estabilidade monetária e do desenvolvimento global. O sistema de Bretton Woods permaneceu em vigor até a década de 1970, quando foi substituído por um sistema de taxas de câmbio flutuantes devido a pressões econômicas e mudanças no cenário internacional. No entanto, o FMI e o Banco Mundial continuam a desempenhar papéis importantes na governança econômica global até os dias atuais.
8: Explicar a expansão do comunismo na Europa (sovietização
do leste europeu), no final da 2.ª Guerra Mundial.
→ A expansão do comunismo na Europa após o final da Segunda
Guerra Mundial, também conhecida como sovietização do leste europeu, foi o resultado direto da influência e controle exercidos pela União Soviética sobre os países da região. Essa expansão teve várias causas e foi facilitada pela presença militar e política soviética na Europa Oriental. Algumas das principais razões para a sovietização do leste europeu incluem:
1. Acordos de Yalta e Potsdam: Nas conferências de Yalta e Potsdam,
as potências aliadas concordaram em permitir que a União Soviética exercesse influência sobre os países da Europa Oriental como parte de sua zona de ocupação. Isso deu à União Soviética uma justificativa para intervir nos assuntos internos desses países e promover regimes comunistas pró-soviéticos.
2. Liberação do Nazismo: Muitos países do leste europeu, como
Polônia, Hungria, Tchecoslováquia e Bulgária, foram libertados do domínio nazista pelo Exército Vermelho soviético. Como resultado, os soviéticos estabeleceram governos comunistas simpáticos a Moscou nesses países, muitas vezes com o apoio de partidos comunistas locais.
3. Influência Ideológica: O comunismo era visto como uma alternativa
ao capitalismo ocidental e atraiu apoio entre as populações desiludidas com as condições sociais e econômicas do pós-guerra. Os soviéticos exploraram isso promovendo ideais comunistas e apoiando partidos comunistas locais e movimentos de resistência.
4. Força Militar Soviética: A presença militar soviética na Europa
Oriental, combinada com o apoio a grupos comunistas locais, permitiu à União Soviética impor sua vontade e estabelecer regimes comunistas obedientes em países como Polônia, Hungria, Tchecoslováquia, Bulgária e Romênia.
5. Repressão e Controle: Uma vez no poder, os regimes comunistas
estabelecidos nos países do leste europeu utilizaram táticas de repressão, censura e controle para manter o poder e suprimir qualquer forma de oposição política. Isso incluiu a prisão e execução de opositores políticos, censura à imprensa e controle totalitário do Estado sobre todos os aspectos da vida pública. No geral, a sovietização do leste europeu representou a expansão do domínio comunista sobre a região, consolidando a influência da União Soviética e estabelecendo regimes comunistas que permaneceram no poder por décadas, até o colapso do bloco comunista no final da década de 1980 e início da década de 1990.
9: Caracterizar a afirmação de um mundo bipolar marcado pelo
confronto entre duas superpotências com ideologias e modelos político- econômicos antagônicos, no pós 2.ª Guerra Mundial.
→ Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo entrou em um período de
bipolaridade, marcado pelo confronto entre duas superpotências: os Estados Unidos e a União Soviética. Essa bipolaridade se baseava em ideologias e modelos político-econômicos antagônicos, o que levou a um intenso conflito geopolítico e ideológico conhecido como Guerra Fria. Aqui estão algumas características dessa afirmação de um mundo bipolar:
1. Superpotências Antagônicas: Os Estados Unidos representavam o
bloco capitalista, com uma economia baseada no livre mercado, democracia política e defesa dos direitos individuais. Enquanto isso, a União Soviética liderava o bloco comunista, com uma economia planejada centralmente, um regime político autoritário e uma ideologia que defendia a abolição da propriedade privada e a igualdade social.
2. Conflito Ideológico: A Guerra Fria foi marcada por um intenso
conflito ideológico entre o capitalismo e o comunismo. Ambos os lados buscavam promover sua ideologia e modelo político-econômico em todo o mundo, às vezes por meio de propaganda, diplomacia, guerra econômica e apoio a movimentos revolucionários ou governos aliados.
3. Divisão do Mundo em Blocos: O mundo foi dividido em dois blocos
geopolíticos: o bloco ocidental, liderado pelos Estados Unidos e aliados da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), e o bloco oriental, liderado pela União Soviética e países aliados do Pacto de Varsóvia. Esta divisão resultou em uma série de alianças militares, acordos de segurança e competição por influência global.
4. Armadilha da Destruição Mútua Garantida: A Guerra Fria também
foi caracterizada pela corrida armamentista entre os Estados Unidos e a União Soviética, resultando na proliferação de armas nucleares e no desenvolvimento de arsenais massivos de destruição. Ambos os lados perceberam que uma guerra direta entre as superpotências poderia levar à aniquilação mútua, o que levou à doutrina da "Destruição Mútua Garantida" (MAD), que desencorajava uma escalada para o conflito direto.
5. Conflitos Periféricos e Procurações: Embora as superpotências
evitassem um confronto direto, a Guerra Fria foi marcada por conflitos indiretos em diferentes partes do mundo. Isso incluiu guerras de procuração, intervenções militares, apoio a regimes aliados e lutas por influência em regiões estratégicas, como América Latina, Ásia, África e Oriente Médio.
Em resumo, a afirmação de um mundo bipolar após a Segunda Guerra
Mundial foi caracterizada pelo confronto entre duas superpotências com ideologias e modelos político-econômicos antagônicos, resultando em um período de tensão geopolítica, competição global e conflitos indiretos que moldaram as relações internacionais durante décadas.
10: Define: Autoritarismo; Corporativismo;
Colonialismo/Imperialismo; Desnazificação; Tribunal de Nuremberga; Cooperação internacional; «Cortina de Ferro»; «Doutrina Truman»; «Doutrina Jdanov»; «Plano Marshall»; Plano Molotov; OECE; COMECON. → 1. Autoritarismo: Um sistema de governo caracterizado pelo controle centralizado do poder nas mãos de uma autoridade ou líder central, frequentemente sem a participação significativa da sociedade civil ou a garantia de direitos e liberdades individuais.
2. Corporativismo: Um sistema político e econômico que enfatiza a
organização da sociedade em grupos corporativos representando interesses específicos, como trabalhadores, empregadores e o Estado. O corporativismo busca harmonizar os interesses de diferentes grupos através da negociação e cooperação, muitas vezes sob a supervisão do Estado.
3. Colonialismo/Imperialismo: Práticas de dominação e controle
exercidas por uma nação ou império sobre territórios e povos estrangeiros. Isso envolve a exploração econômica, política e cultural das colônias ou áreas dominadas em benefício da potência colonial ou imperial.
4. Desnazificação: Um processo implementado pelos Aliados após a
Segunda Guerra Mundial para desmantelar as estruturas do regime nazista na Alemanha e promover a desprogramação ideológica da população alemã. Isso envolveu a purga de membros do Partido Nazista, a remoção de simbolismo nazista e a educação da população sobre os horrores do regime nazista.
5. Tribunal de Nuremberga: Um tribunal militar internacional
estabelecido pelos Aliados após a Segunda Guerra Mundial para julgar os principais líderes nazistas por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e crimes contra a paz. O Tribunal de Nuremberg realizou uma série de julgamentos entre 1945 e 1946, resultando em várias condenações e execuções.
6. Cooperação Internacional: A prática de países trabalharem juntos
para alcançar objetivos comuns, resolver problemas globais e promover a paz, segurança e prosperidade. Isso pode ocorrer através de organizações internacionais, tratados, acordos bilaterais ou ações conjuntas em áreas como comércio, segurança, meio ambiente e saúde.
7. Cortina de Ferro: Termo cunhado por Winston Churchill para
descrever a divisão ideológica e política na Europa após a Segunda Guerra Mundial, que separava o bloco comunista liderado pela União Soviética do bloco capitalista liderado pelos Estados Unidos. A Cortina de Ferro simbolizava a divisão entre o leste comunista e o oeste capitalista da Europa.
8. Doutrina Truman: Uma política externa estabelecida pelo presidente
dos Estados Unidos, Harry Truman, em 1947, que buscava conter a expansão do comunismo, principalmente na Europa. A Doutrina Truman envolveu o apoio financeiro e militar aos países ameaçados pela influência comunista, visando impedir a sua queda para o comunismo.
9. Doutrina Jdanov: Uma política externa estabelecida pela União
Soviética em resposta à Doutrina Truman, que buscava promover a expansão do comunismo e desafiar a influência dos Estados Unidos. A Doutrina Jdanov enfatizava a solidariedade entre os países socialistas e a luta contra o imperialismo ocidental.
10. Plano Marshall: Um programa de assistência econômica dos
Estados Unidos para reconstruir a Europa devastada pela Segunda Guerra Mundial. O Plano Marshall forneceu bilhões de dólares em ajuda financeira e material para ajudar na reconstrução econômica da Europa Ocidental e conter a influência comunista na região.
11. Plano Molotov: Uma resposta soviética ao Plano Marshall, que
visava coordenar a reconstrução econômica dos países do bloco comunista liderado pela União Soviética. No entanto, o Plano Molotov teve um impacto limitado em comparação com o Plano Marshall devido às condições econômicas e políticas do bloco comunista.
12. OECE (Organização Europeia de Cooperação Econômica): Uma
organização internacional criada em 1948 para coordenar a assistência econômica dos Estados Unidos através do Plano Marshall para os países da Europa Ocidental. A OECE ajudou na distribuição eficiente da ajuda e promoveu a cooperação econômica entre os países beneficiários.
13. COMECON (Conselho de Assistência Econômica Mútua): Uma
organização econômica estabelecida pela União Soviética em 1949 para promover a cooperação econômica e o planejamento centralizado entre os países do bloco comunista do Leste Europeu. O COMECON visava coordenar a produção, o comércio e o desenvolvimento econômico dentro do bloco comunista.