PRATICA - Aula 2 - Diagnostico Adulto - 2023 - Final-1
PRATICA - Aula 2 - Diagnostico Adulto - 2023 - Final-1
PRATICA - Aula 2 - Diagnostico Adulto - 2023 - Final-1
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
Diagnóstico Nutricional:
como elaborá-lo?
Maio de 2023
O QUE É O ESTADO NUTRICIONAL?
• “Grau com o qual as necessidades fisiológicas por nutrientes são supridas. Havendo desequilíbrio
nessa relação, podem ocorrer distúrbios nutricionais, quer por falta, quer por excesso.” (LOPES
et al., 2008)
Condição emocional
Apoio familiar
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
O que é??
O que é??
Ø Nutrition Care Process (NCP): padronização das 4 etapas do cuidado da nutrição (avaliação,
diagnóstico, intervenção e monitorização): início em 2001.
Ø American Dietetic Association (ADA):
Ø Nutrition Diagnosis: A Critical Step in the Nutrition Care Process. Chicago, American
Dietetic Association, 2006.
Ø International Dietetics and Nutrition Terminology (IDNT) Reference Manual. Chicago, IL.
American Dietetic Association, 2008.
Ø International Dietetics and Nutrition Terminology (IDNT) Reference Manual. Chicago, IL.,
Academy of Nutrition and Dietetics, 4a ed., 2013.
Ø A partir de 2014: somente online (www.eatright.org)
O que é o
processo dos
cuidados nutricionais?
Etapas:
1. Avaliação nutricional
2. Diagnóstico nutricional
3. Intervenção nutricional
4. Monitoramento e avaliação
nutricional
Sistematização do Cuidado de Nutrição – ASBRAN
A sistematização é composta por oito etapas que podem direcionar o
atendimento de nutrição em âmbito hospitalar, ambulatorial e domiciliar.
Definição de
diagnóstico de
nutrição
Padronização
dos diagnósticos
de nutrição
Passo 1
• Identificar o problema nutricional
Passo 2
• Determinar a etiologia
Passo 3
• Listar os indicadores/sinais e sintomas
Padronização dos Diagnósticos em Nutrição
American Dietetic Association (ADA)
Dentro dos
domínios, há
classes e
subclasses.
A maioria dos
diagnósticos Pode haver casos em que o
encontra-se paciente encontra-se na
condição de “nenhum
no domínio diagnóstico”, o que está
Ingestão. contemplado na
padronização!
Dependendo da complexidade
da condição, um paciente pode
ter mais do que um diagnóstico
de nutrição. Porém, o
nutricionista deve selecionar no
máximo, três de cada vez, de
acordo com a prioridade de
intervenção imediata.
Diagnóstico nutricional pelo formato PEI
EXEMPLO: Ingestão insuficiente de energia (P) associada a má dentição (E) conforme evidenciado
pela perda de 5 kg de peso, nos últimos 2 meses.
Diagnóstico nutricional pelo formato PEI
Alt: 1,56 m
IMC: 25,5 kg/m² Sobrepeso
P: 62kg
PCT: 24 mm
PCB: 13 mm Ʃ4pregas: 90 mm Excesso de
PCSE: 28 mm 35,6% GC tecido adiposo
PCSI: 25 mm
Leve acúmulo de
tecido adiposo
CC: 84 cm na região
abdominal
SEMIOLOGIA NUTRICIONAL
• Micronutrientes
§ Mucosa suboculares e sublingual hipocoradas (+/IV)
§ Pele e unhas sem alterações
• Tecido adiposo
§ Lábios, língua, palato e gengiva sem alterações
– Concentrado em região abdominal (Abd. globoso)
§ Nega cansaço e fraqueza
• Tecido muscular
§ Nega alopécia
– Reserva de massa muscular em MMII e MMSS
preservada
• Dentição e mastigação
– Sem sinais de depleção (clavícula, escápula, esterno,
§ Dentição natural, bem preservada
adutor do polegar, inter e paravertebral)
§ Mastigação sem alterações
• Aparelho gastrointestinal
• Hidratação
– Nega disfagia, odinofagia
§ Turgor e elasticidade cutâneos preservadas
– Nega sintomas sugestivos de alterações no TGI
§ Brilho nos olhos e unidade em região sublingual
(náuseas, vômitos, pirose e outros)
§ Cor da urina escura nº 5
– Apetite preservado
• Geral
– Ritmo Intestinal: 2x/semana, ressacada nº2, refere
esforço e dor, nega tenesmo § Abdômen sem alterações à palpação e percussão
§ Sem edema nas extremidades
– Ritmo urinário: 4x/dia, cor escura nº 5
CONSUMO ALIMENTAR
P1: Sobrepeso
P2: Ingestão excessiva de energia
P3: Ingestão de fibras subótima
DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
Sobrepeso (P) associada ao excesso de ingestão energética (E) conforme evidenciado (S)
pelo excesso de tecido adiposo na região abdominal.
• Um parâmetro isolado não caracteriza a
condição nutricional geral do indivíduo e
considerando as falhas encontradas em cada
método é necessário empregar uma associação
de vários indicadores para melhorar a precisão
e a acurácia do diagnóstico nutricional!
Vamos praticar!!
• Exemplo 1
• Paciente A.V.S, 27 anos, sexo masculino, engenheiro civil, reside em casa própria sozinho. Refere
etilismo social, nega tabagismo e uso de drogas ilícitas. Pratica natação 3x/semana.
• Exame físico clínico: mucosa ocular e sublingual normocrômica, dentição completa e bem
preservada, adequada composição corporal. Nega qualquer alteração no TGI, ausência de edema e
refere RIN e RUN.
• Exames bioquímicos: Hb: 16 Ht: 47 CT: 180, LDL: 90; HDL: 50;TG: 110.
• Antropometria: P= 69 kg, A= 1,70 m, CC: 76 cm, CB: 30 cm, PCT: 7 mm, PCB: 8 mm, PCSE: 10 mm,
PCSI: 11 mm.
• Inquérito alimentar: Apresenta fracionamento e volume adequado, com boa ingestão de todos os
grupos alimentares e fibras, controle no consumo de gordura saturada e alimentos industrializados.
Ingestão de 10 a 12 copos/ dia de água.
IMC= 23,88kg/m² (adequado)
CC: 76 cm (adequado)
GC: 14,7% (adequado)
AMBc: 60,74cm² (p50-p75* - adequado);
• Exemplo 1 AGB: 10,11 cm² (10-25*: adequado).
• Paciente A.V.S, 27 anos, sexo masculino, engenheiro civil, reside em casa própria sozinho. Refere
etilismo social, nega tabagismo e uso de drogas ilícitas. Pratica natação 3x/semana.
• Exame físico clínico: mucosa ocular e sublingual normocrômica, dentição completa e bem
preservada, adequada composição corporal. Nega qualquer alteração no TGI, ausência de edema e
refere RIN e RUN.
• Exames bioquímicos: Hb: 16 Ht: 47 CT: 180, LDL: 90; HDL: 50;TG: 110.
• Antropometria: P= 69 kg, A= 1,70 m, CC: 76 cm, CB: 30 cm, PCT: 7 mm, PCB: 8 mm, PCSE: 10 mm,
PCSI: 11 mm.
• Inquérito alimentar: Apresenta fracionamento e volume adequado, com boa ingestão de todos os
grupos alimentares e fibras, controle no consumo de gordura saturada e alimentos industrializados.
Ingestão de 10 a 12 copos/ dia de água.
Paciente, J.R.V, sexo masculino, 43 anos, encaminhado pelo cardiologista com queixa de problemas de
circulação na perna direita. Possui 3º grau completo, foi militar e hoje é representante de vendas, com
jornada de trabalho de 8h diária e renda familiar de 13 SM. Etilista frequente de Uísque, cerveja e vinhos
aos fins de semana, nega tabagismo. Não pratica atividade física.
Exame físico e clínico: Pele ressecada; RIN (1 vez/dia), RUN (urina de cor escura), aos demais N.D.N.
Antropometria: P: 78 kg, A: 1,75m, PCT: 11mm, PCB: 8mm, PCSE: 23m, PCSI: 27mm, CC: 102cm, CB:
32,6cm.
Inquérito alimentar: Refere apetite normal, nega alergias e intolerâncias alimentares, apresenta
Diagnóstico: Ingestão excessiva de energia associado ao baixo consumo de
aversão a jiló e vísceras. Realiza 3 refeições/dia; boa ingestão de leite e derivados e cereais; consumo
alimentos
elevado reguladores
de gordura saturada ee elevado consumo
baixa ingestão de gordura
de reguladores. saturada
Apresenta evidenciado
omissão pela
de refeições (lanches
da manhã, tarde eingestão de carboidrato
ceia) e ingestão superior
calórica elevada 70%dee carboidrato
e ingestão excesso desuperior
peso. 70%.
• Exemplo 3:
• Paciente D.S.C., 47 anos, sexo feminino, negra, 2º grau completo, técnica de enfermagem (afastada),
reside em casa própria com boas condições higiênico-sanitárias. Renda mensal de 2,5 SM. Ex-tabagista
e ex-etilista, abstêmica há 14 anos.
• História médica: Insuficiência cardíaca congestiva e dispneia
• Exame físico e clínico: Mucosa ocular e sublingual hipocrômica (++/IV), ausência de edema em
MMII. Refere RIN, RUN e flatulência. P.A: 110 x 60 mmHg. Relata falta de apetite devido a dispneia.
• Exames Bioquímicos: Hb= 10,5 g/dl (VR: >12g/dl); Ht= 34,2% (VR: 38 a 47%); VCM: 22 (VR: 80-
100mg/dl); HCM: 21 mg/dl (VR:26-24 mg/dl); RDW=15; Glicemia de jejum: 86 mg/dL.
• Antropometria: Peso atual= 54Kg; Alt= 1,60m; CC= 70cm; CB= 29cm; PCT= 9;
PCT+PCB+PCSE+PCSI= 40 mm. Perda de peso de 5% (3,2 kg) em dois meses
• Inquérito alimentar: Fracionamento moderado (4x/dia), com volume reduzido. Apresenta
moderado consumo dos principais grupos alimentares, porém com baixa ingestão calórica e proteína.
Qual o diagnóstico nutricio nal co nclusivo?
• Exemplo 3:
• Paciente D.S.C., 47 anos, sexo feminino, negra, 2º grau completo, técnica de enfermagem (afastada),
reside em casa própria com boas condições higiênico-sanitárias. Renda mensal de 2,5 SM. Ex-tabagista
e ex-etilista, abstêmica há 14 anos.
• História médica: Dispneia Falta de apetite
• Exame físico e clínico: Mucosa ocular e sublingual hipocrômica (++/IV), ausência de edema em
MMII. Refere RIN, RUN e flatulência. P.A: 110 x 60 mmHg. Relata falta de apetite devido a dispneia.
• Exames Bioquímicos: Hb= 10,5 g/dl (VR: >12g/dl); Ht= 34,2% (VR: 38 a 47%); VCM: 22 (VR: 80-
Baixa ingestão de
Perda(VR:26-24
100mg/dl); HCM: 21 mg/dl de peso mg/dl); RDW=15; Glicemia de jejum: 86 mg/dL.
proteina
• Antropometria: Peso atual= 54Kg; Alt= 1,60m; CC= 70cm; CB= 29cm; PCT= 9;
PCT+PCB+PCSE+PCSI= 40 mm. Perda de peso de 5% (3,2 kg) em dois meses
Diagnóstico:
• Inquérito Ingestão de Proteína
alimentar: Subótima
Fracionamento associada
moderado à falta
(4x/dia), com devolume
apetitereduzido.
devido aApresenta
dispneia
conforme evidenciado
moderado consumo dospela ingestão
principais baixa
grupos ingestão
alimentares, calórica,
porém comingestão
com baixa perda dedefibras
pesoede 5% (3,2
proteína.
kg) em dois meses.