PRATICA - Aula 2 - Diagnostico Adulto - 2023 - Final-1

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 34

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

MÓDULO NUTRIÇÃO DO ADULTO E DO IDOSO

Diagnóstico Nutricional:
como elaborá-lo?

Profas Carolina Oliveira


Diva Vieira
Vivianne Rocha

Maio de 2023
O QUE É O ESTADO NUTRICIONAL?

• “Condição de saúde de um indivíduo, influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes,


identificada pela correlação de informações obtidas de estudos físicos, bioquímicos, clínicos e
dietéticos” (VASCONCELOS, 2000, p.67-81)

• “Grau com o qual as necessidades fisiológicas por nutrientes são supridas. Havendo desequilíbrio
nessa relação, podem ocorrer distúrbios nutricionais, quer por falta, quer por excesso.” (LOPES
et al., 2008)

Rev. Min. Enferm.;12(4): 483-493, out./dez., 2008


O que pode interferir no EN?

— Estado geral de saúde — Doenças e morbidades


— Alimentação — Capacidade funcional
— Sexo — Estilo de vida (hábito tabágico e consumo de
— Idade bebida alcoólica)

— Atividade física — Tabus alimentares

— Renda familiar — Restrição dietética

— Nível de escolaridade — Acesso aos serviços de saúde

— Condição emocional
— Apoio familiar
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

O que é??

• Investigação das condições nutricionais (e de saúde) de indivíduos e populações,


utilizando determinados métodos e procedimentos diagnósticos, a fim de identificar
distúrbios nutricionais, suas possíveis causas de origem, para então estabelecer condutas
terapêuticas adequadas. Adaptado de VASCONCELOS, 2000

• É a análise de dados diretos (fisiológicos, clínicos, bioquímicos, antropométricos, outros


métodos reconhecidos pelo Sistema CFN/CRN e doenças preexistentes) e indiretos
(consumo alimentar, condições socioeconômicas, demográficas e disponibilidade de alimentos,
entre outros) que têm como conclusão o diagnóstico de nutrição do indivíduo ou de uma
Resolução CFN N°600/2018
população.
Objetivos da avaliação nutricional

• Identificar distúrbios nutricionais;


• Permitir uma intervenção adequada;
• Recuperar e/ou manter o estado de saúde.

Técnicas Resultado da Intervenção


Avaliação do Diagnóstico AN define a nutricional Monitorar o
Métodos
EN nutricional situação (plano EN
Indicadores nutricional alimentar)
DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL (DN)

O que é??

• “Identificação e determinação do estado nutricional do cliente/paciente/usuário, elaborado


com base na avaliação do estado nutricional e durante o acompanhamento individualizado”
RESOLUÇÃO CFN N°600/2018

• É de competência e responsabilidade do Nutricionista, devendo ser constantemente


revisto, principalmente em indivíduos críticos e/ou com muitas patologias associadas, assim como
aqueles pertencentes aos grupos mais vulneráveis.
• O diagnóstico em nutrição foi criado especificamente
para o nutricionista, enquanto o diagnóstico médico ou
de enfermagem pode, ou não, ter relação com as
intervenções do nutricionista.

• No diagnóstico nutricional, a intervenção


nutricional deve resolver o problema mesmo
que o diagnóstico médico ou de enfermagem
permaneça!
A precisão do DN depende...

• Tarefa complexa, muitos fatores interligados;


• O profissional deve examinar cuidadosamente e decidir quais ferramentas
(indicadores) e técnicas de avaliação nutricional mais apropriadas serão utilizadas para
obtenção do DN em cada situação;
• Informações criteriosamente identificadas, padronizadas e coletadas, com alto nível de
confiabilidade;
• A associação e interpretação de vários parâmetros diretos e indiretos à Um só
parâmetro isolado, não caracteriza a condição nutricional geral do
individuo!
Padronização dos Diagnósticos em Nutrição
HISTÓRICO
Ø Academy of Nutrition and Dietetics:

Ø Nutrition Care Process (NCP): padronização das 4 etapas do cuidado da nutrição (avaliação,
diagnóstico, intervenção e monitorização): início em 2001.
Ø American Dietetic Association (ADA):

Ø Nutrition Diagnosis: A Critical Step in the Nutrition Care Process. Chicago, American
Dietetic Association, 2006.
Ø International Dietetics and Nutrition Terminology (IDNT) Reference Manual. Chicago, IL.
American Dietetic Association, 2008.
Ø International Dietetics and Nutrition Terminology (IDNT) Reference Manual. Chicago, IL.,
Academy of Nutrition and Dietetics, 4a ed., 2013.
Ø A partir de 2014: somente online (www.eatright.org)
O que é o
processo dos
cuidados nutricionais?

Etapas:
1. Avaliação nutricional
2. Diagnóstico nutricional
3. Intervenção nutricional
4. Monitoramento e avaliação
nutricional
Sistematização do Cuidado de Nutrição – ASBRAN
A sistematização é composta por oito etapas que podem direcionar o
atendimento de nutrição em âmbito hospitalar, ambulatorial e domiciliar.

Definição de
diagnóstico de
nutrição

Padronização
dos diagnósticos
de nutrição

Na sistematização do cuidado de nutrição, os


diagnósticos são a ligação entre a avaliação e a
intervenção, a qual deve ser planejada para cada Associação Brasileira de Nutrição; Fidelix MSP, organizadores. Manual
diagnóstico nutricional. Orientativo: Sistematização do cuidado de nutrição. São Paulo: Asbran; 2014
Proposta de padronização

A falta de padronização ainda é um dos maiores


problemas em relação aos diagnósticos de nutrição,
pois cada profissional ou instituição utiliza sua própria
definição.

Para solucionar a questão, a American Dietetic


Association (ADA) propôs uma padronização
internacional para os diagnósticos de nutrição.

A padronização internacional pode facilitar a


comunicação entre profissionais e instituições e
ajudar a descrever mais claramente os problemas
observados, as intervenções realizadas e seus
resultados.
Proposta de padronização
Razões para padronizar os diagnósticos de nutrição

• Assegurar a qualidade do cuidado da nutrição e saúde dos indivíduos;


• Promover a melhoria da qualidade do atendimento da nutrição;
• Facilitar o estabelecimento de objetivos realistas e mensuráveis, e a
compreensão dos resultados das intervenções da nutrição;
• Ajudar na gestão dos serviços da nutrição;
• Auxiliar na documentação em prontuários;
• Otimizar o estabelecimento de prioridades no planejamento da
intervenção da nutrição;
• Identificar as contribuições específicas do nutricionista no cuidado da
saúde;
• Melhorar a visibilidade do nutricionista na equipe de saúde e
comunidade.
PASSOS PARA O DIAGNÓSTICO

Passo 1
• Identificar o problema nutricional

Passo 2
• Determinar a etiologia

Passo 3
• Listar os indicadores/sinais e sintomas
Padronização dos Diagnósticos em Nutrição
American Dietetic Association (ADA)

Terminiologia do Diagnóstico nutricional são


agrupados em 3 domínios
INGESTÃO NUTRIÇÃO CLÍNICA COMPORTAMENTO/
• Problemas relacionados à • Achados/ problemas nutricionais AMBIENTE
ingestão de energia, nutrientes, identificados, relacionados a NUTRICIONAL
líquidos e substâncias bioativas condições clínicas ou físicas.
por via oral, sonda e parenteral; • Achados/ problemas nutricionais
• Excesso ou deficiência na identificados, relacionados ao
ingestão de um alimento ou conhecimento, atitudes/crenças,
nutriente, comparado às ambiente físico, acesso aos
necessidades reais ou estimadas. alimentos ou segurança alimentar.
Padronização American Dietetic Association (ADA)

Dentro dos
domínios, há
classes e
subclasses.

A maioria dos
diagnósticos Pode haver casos em que o
encontra-se paciente encontra-se na
condição de “nenhum
no domínio diagnóstico”, o que está
Ingestão. contemplado na
padronização!
Dependendo da complexidade
da condição, um paciente pode
ter mais do que um diagnóstico
de nutrição. Porém, o
nutricionista deve selecionar no
máximo, três de cada vez, de
acordo com a prioridade de
intervenção imediata.
Diagnóstico nutricional pelo formato PEI

Diagnóstico nutricional à PEI/PES

Problema (relacionado à ingestão), Etiologia (causa), Indicadores/sinais e sintomas

(prova do problema, evidenciados pela avaliação)

DESCRIÇÃO: (PROBLEMA) associado a (ETILOGIA) conforme evidenciado por (INDICADORES


NUTRICIONAIS, de acordo com a avaliação nutricional)

EXEMPLO: Ingestão insuficiente de energia (P) associada a má dentição (E) conforme evidenciado
pela perda de 5 kg de peso, nos últimos 2 meses.
Diagnóstico nutricional pelo formato PEI

Problema: Etiologia: Indicadores: São dados coletados na avaliação


ü Alteração nutricional ü Causas e fatores ü História clínica
ü Nomeclatura contribuintes ü Dieta
padronizada principais do ü Exame físico e Exames bioquímicos
problema ü Antropometria e composição corporal
Diagnóstico Nutricional

Como deve ser?

• Bem criterioso e preciso para que possibilite o estabelecimento de estratégias nutricionais


adequadas;
• De forma simples e objetiva, linguagem técnica, com informações importantes à outros
profissionais.

Muitos profissionais utilizam somente a desnutrição ou a


obesidade como DN. Entretanto, eles devem ter foco
muito mais amplo, ou seja, além das reservas corporais de
energia e de nutrientes, os diagnósticos de nutrição devem
incluir características anormais da ingestão de nutrientes
específicos, da condição clínica/bioquímica e dos
comportamentos alimentares.
EXEMPLO:

Alt: 1,56 m
IMC: 25,5 kg/m² Sobrepeso
P: 62kg

PCT: 24 mm
PCB: 13 mm Ʃ4pregas: 90 mm Excesso de
PCSE: 28 mm 35,6% GC tecido adiposo

PCSI: 25 mm

AMBc: 26,8 cm² Adequada


CB: 25,8 cm reserva de MM
P25-50

Leve acúmulo de
tecido adiposo
CC: 84 cm na região
abdominal
SEMIOLOGIA NUTRICIONAL
• Micronutrientes
§ Mucosa suboculares e sublingual hipocoradas (+/IV)
§ Pele e unhas sem alterações
• Tecido adiposo
§ Lábios, língua, palato e gengiva sem alterações
– Concentrado em região abdominal (Abd. globoso)
§ Nega cansaço e fraqueza
• Tecido muscular
§ Nega alopécia
– Reserva de massa muscular em MMII e MMSS
preservada
• Dentição e mastigação
– Sem sinais de depleção (clavícula, escápula, esterno,
§ Dentição natural, bem preservada
adutor do polegar, inter e paravertebral)
§ Mastigação sem alterações
• Aparelho gastrointestinal
• Hidratação
– Nega disfagia, odinofagia
§ Turgor e elasticidade cutâneos preservadas
– Nega sintomas sugestivos de alterações no TGI
§ Brilho nos olhos e unidade em região sublingual
(náuseas, vômitos, pirose e outros)
§ Cor da urina escura nº 5
– Apetite preservado
• Geral
– Ritmo Intestinal: 2x/semana, ressacada nº2, refere
esforço e dor, nega tenesmo § Abdômen sem alterações à palpação e percussão
§ Sem edema nas extremidades
– Ritmo urinário: 4x/dia, cor escura nº 5
CONSUMO ALIMENTAR

• Fracionamento reduzido (3 refeições/dia)


• Monotonia alimentar
• Elevado consumo dos grupos: cereais, açúcares e gordura saturada
• Reduzido consumo de grupo de hortaliças e laticínios
• Adequado consumo de leguminosas
• Consumo calórico excessivo
• Ingestão inadequada de fibras
DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

PASSO 1 – IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

P1: Sobrepeso
P2: Ingestão excessiva de energia
P3: Ingestão de fibras subótima
DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

Ingestão de fibra subótima (P) associada a presença da constipação (E) conforme


evidenciado (S) pela baixa ingestão de fibra comparada a DRI.

Ingestão excessiva de energia (P) associada ao elevado consumo de cereais, açúcares e


gordura saturada e reduzido consumo de hortaliças (E) conforme evidenciado (S) pelo
excesso de tecido adiposo na região abdominal.

Sobrepeso (P) associada ao excesso de ingestão energética (E) conforme evidenciado (S)
pelo excesso de tecido adiposo na região abdominal.
• Um parâmetro isolado não caracteriza a
condição nutricional geral do indivíduo e
considerando as falhas encontradas em cada
método é necessário empregar uma associação
de vários indicadores para melhorar a precisão
e a acurácia do diagnóstico nutricional!
Vamos praticar!!

• Exemplo 1
• Paciente A.V.S, 27 anos, sexo masculino, engenheiro civil, reside em casa própria sozinho. Refere
etilismo social, nega tabagismo e uso de drogas ilícitas. Pratica natação 3x/semana.
• Exame físico clínico: mucosa ocular e sublingual normocrômica, dentição completa e bem
preservada, adequada composição corporal. Nega qualquer alteração no TGI, ausência de edema e
refere RIN e RUN.
• Exames bioquímicos: Hb: 16 Ht: 47 CT: 180, LDL: 90; HDL: 50;TG: 110.
• Antropometria: P= 69 kg, A= 1,70 m, CC: 76 cm, CB: 30 cm, PCT: 7 mm, PCB: 8 mm, PCSE: 10 mm,
PCSI: 11 mm.
• Inquérito alimentar: Apresenta fracionamento e volume adequado, com boa ingestão de todos os
grupos alimentares e fibras, controle no consumo de gordura saturada e alimentos industrializados.
Ingestão de 10 a 12 copos/ dia de água.
IMC= 23,88kg/m² (adequado)
CC: 76 cm (adequado)
GC: 14,7% (adequado)
AMBc: 60,74cm² (p50-p75* - adequado);
• Exemplo 1 AGB: 10,11 cm² (10-25*: adequado).

• Paciente A.V.S, 27 anos, sexo masculino, engenheiro civil, reside em casa própria sozinho. Refere
etilismo social, nega tabagismo e uso de drogas ilícitas. Pratica natação 3x/semana.
• Exame físico clínico: mucosa ocular e sublingual normocrômica, dentição completa e bem
preservada, adequada composição corporal. Nega qualquer alteração no TGI, ausência de edema e
refere RIN e RUN.
• Exames bioquímicos: Hb: 16 Ht: 47 CT: 180, LDL: 90; HDL: 50;TG: 110.
• Antropometria: P= 69 kg, A= 1,70 m, CC: 76 cm, CB: 30 cm, PCT: 7 mm, PCB: 8 mm, PCSE: 10 mm,
PCSI: 11 mm.
• Inquérito alimentar: Apresenta fracionamento e volume adequado, com boa ingestão de todos os
grupos alimentares e fibras, controle no consumo de gordura saturada e alimentos industrializados.
Ingestão de 10 a 12 copos/ dia de água.

Diagnóstico: Nenhum diagnóstico em nutrição no momento


Diagnóstico está relacionado a um problema
IMC: 25,5 kg/m² (sobrepeso)
CC: 102 cm (risco)
AMBc: 57,6 cm² (P50-75)
%GC: 29,3 % (risco).
Exemplo 2:

Paciente, J.R.V, sexo masculino, 43 anos, encaminhado pelo cardiologista com queixa de problemas de
circulação na perna direita. Possui 3º grau completo, foi militar e hoje é representante de vendas, com
jornada de trabalho de 8h diária e renda familiar de 13 SM. Etilista frequente de Uísque, cerveja e vinhos
aos fins de semana, nega tabagismo. Não pratica atividade física.
Exame físico e clínico: Pele ressecada; RIN (1 vez/dia), RUN (urina de cor escura), aos demais N.D.N.
Antropometria: P: 78 kg, A: 1,75m, PCT: 11mm, PCB: 8mm, PCSE: 23m, PCSI: 27mm, CC: 102cm, CB:
32,6cm.
Inquérito alimentar: Refere apetite normal, nega alergias e intolerâncias alimentares, apresenta
Diagnóstico: Ingestão excessiva de energia associado ao baixo consumo de
aversão a jiló e vísceras. Realiza 3 refeições/dia; boa ingestão de leite e derivados e cereais; consumo
alimentos
elevado reguladores
de gordura saturada ee elevado consumo
baixa ingestão de gordura
de reguladores. saturada
Apresenta evidenciado
omissão pela
de refeições (lanches
da manhã, tarde eingestão de carboidrato
ceia) e ingestão superior
calórica elevada 70%dee carboidrato
e ingestão excesso desuperior
peso. 70%.

Diagnóstico: Sobrepeso associado a consumo excessivo de energia conforme


evidenciado pelo excesso de tecido adiposo.
Qual o diagnóstico nutricio nal co nclusivo?

• Exemplo 3:
• Paciente D.S.C., 47 anos, sexo feminino, negra, 2º grau completo, técnica de enfermagem (afastada),
reside em casa própria com boas condições higiênico-sanitárias. Renda mensal de 2,5 SM. Ex-tabagista
e ex-etilista, abstêmica há 14 anos.
• História médica: Insuficiência cardíaca congestiva e dispneia
• Exame físico e clínico: Mucosa ocular e sublingual hipocrômica (++/IV), ausência de edema em
MMII. Refere RIN, RUN e flatulência. P.A: 110 x 60 mmHg. Relata falta de apetite devido a dispneia.
• Exames Bioquímicos: Hb= 10,5 g/dl (VR: >12g/dl); Ht= 34,2% (VR: 38 a 47%); VCM: 22 (VR: 80-
100mg/dl); HCM: 21 mg/dl (VR:26-24 mg/dl); RDW=15; Glicemia de jejum: 86 mg/dL.
• Antropometria: Peso atual= 54Kg; Alt= 1,60m; CC= 70cm; CB= 29cm; PCT= 9;
PCT+PCB+PCSE+PCSI= 40 mm. Perda de peso de 5% (3,2 kg) em dois meses
• Inquérito alimentar: Fracionamento moderado (4x/dia), com volume reduzido. Apresenta
moderado consumo dos principais grupos alimentares, porém com baixa ingestão calórica e proteína.
Qual o diagnóstico nutricio nal co nclusivo?

• Exemplo 3:
• Paciente D.S.C., 47 anos, sexo feminino, negra, 2º grau completo, técnica de enfermagem (afastada),
reside em casa própria com boas condições higiênico-sanitárias. Renda mensal de 2,5 SM. Ex-tabagista
e ex-etilista, abstêmica há 14 anos.
• História médica: Dispneia Falta de apetite
• Exame físico e clínico: Mucosa ocular e sublingual hipocrômica (++/IV), ausência de edema em
MMII. Refere RIN, RUN e flatulência. P.A: 110 x 60 mmHg. Relata falta de apetite devido a dispneia.
• Exames Bioquímicos: Hb= 10,5 g/dl (VR: >12g/dl); Ht= 34,2% (VR: 38 a 47%); VCM: 22 (VR: 80-
Baixa ingestão de
Perda(VR:26-24
100mg/dl); HCM: 21 mg/dl de peso mg/dl); RDW=15; Glicemia de jejum: 86 mg/dL.
proteina
• Antropometria: Peso atual= 54Kg; Alt= 1,60m; CC= 70cm; CB= 29cm; PCT= 9;
PCT+PCB+PCSE+PCSI= 40 mm. Perda de peso de 5% (3,2 kg) em dois meses
Diagnóstico:
• Inquérito Ingestão de Proteína
alimentar: Subótima
Fracionamento associada
moderado à falta
(4x/dia), com devolume
apetitereduzido.
devido aApresenta
dispneia
conforme evidenciado
moderado consumo dospela ingestão
principais baixa
grupos ingestão
alimentares, calórica,
porém comingestão
com baixa perda dedefibras
pesoede 5% (3,2
proteína.
kg) em dois meses.

Você também pode gostar