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NÍVEIS DE

ASSISTÊNCIA
NUTRICIONAL
PROFª CAMILA MUNAFÓ SERPA
tópicos 2 2020/2

08/2017
TRIAGEM NUTRICIONAL

• Ferramenta útil na identificação do risco nutricional do paciente;


• Auxiliar na identificação de quais pacientes necessitam de maior intervenção
nutricional, ou por risco de desnutrição ou por mudanças que afetem seu estado
nutricional e comprometam ainda mais sua saúde como um todo;
• Aplicação ideal: em até 24h após a admissão do paciente no serviço hospitalar;
TRIAGEM NUTRICIONAL

• Realiza-se uma breve entrevista com os pacientes com a finalidade de identificar os


seguintes aspectos principais:

Peso e altura = IMC ou circunferência do Braço (Estado Nutricional)

Alterações de peso. Ex: Perda de peso recente

Alterações no apetite. Ex: Anorexia

Condição clínica. Ex: Hipercatabolismo ou Estresse metabólico

Presença de doenças
TRIAGEM NUTRICIONAL

• Não há um consenso na literatura sobre qual método de triagem nutricional é o mais


adequado, havendo diversos tipos. Os mais utilizados são:
Fonte para leitura
complementar dos
Mini Nutritional Assessment (MNA) – Miniavaliação Nutricional (MAN®); métodos de triagem
existentes: ASBRAN.
Associação Brasileira de
Subjective Global Assessment – Avaliação Subjetiva Global (SGA);
Nutrição. Manual orientativo
: Sistematização do Cuidado
Nutritional Risk Screening (NRS 2002); de Nutrição. Organizadora:
Marcia Samia Pinheiro
Screening Tool Risk Nutritional Status And Growth (Strong Kids); Fidelix. – São Paulo :
Associação Brasileira de
Nutrição, 2014. Disponível
Malnutrition Screening Tool (MST) – Instrumento de Triagem de Desnutrição; em:
http://www.asbran.org.br/ar
Malnutrition Universal Screening Tool (MUST) – Instrumento de Triagem Universal quivos/PRONUTRI-
de Desnutrição SICNUT-VD.pdf
TRIAGEM NUTRICIONAL

• Após a triagem nutricional, o paciente pode ser classificado em:

Sem risco nutricional Com risco nutricional

• Apresenta menor risco de • Maior risco de


morbimortalidade. morbimortalidade em
• Deve ser acompanhado em decorrência de alterações do
intervalos regulares e estado nutricional normal.
reavaliado. • Necessita de assistência
nutricional maior
ATENDIMENTO NUTRICIONAL ESPECÍFICO:
CRITÉRIOS PARA IDENTIFICAÇÃO

NPP / NPT

USO SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS V.O

DIETAS TERAPÊUTICAS

DIVERSAS ADAPTAÇÕES DIETÉTICAS

USO DE DIETA ROTINA MODIFICADA


NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL:
CONCEITO

• É a classificação e a padronização do tipo de atendimento


nutricional ao paciente hospitalizado.
• Varia de hospital/hospital e os cuidados adotados dependem da
classificação utilizada.
NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL:
OBJETIVOS

• Sistematizar ações no cuidado nutricional ao paciente internado,


acompanhado em ambulatório ou em domicílio.
• Otimizar o trabalho do nutricionista
NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL:
CLASSIFICAÇÕES

Primário • Pacientes que não necessitam de dietoterapia específica para suas


afecções e não apresentam risco nutricional

Secundário • Atende os pacientes que, ou necessitam de dietoterapia específica OU


apresentam algum risco nutricional

• Abrange os pacientes que contemplam os dois critérios estabelecidos,


Terciário ou seja, necessitam de dietoterapia específica para o tratamento de
suas afecções e apresentam fatores de risco nutricional
Nível de assistência Atendimento Fator de risco RELAÇÃO ENTRE
nutricional nutricional
específico NÍVEL DE

Primário Não Não


ASSISTÊNCIA,
ATENDIMENTO
Sim Não
Secundário NUTRICIONAL
Não Sim
ESPECÍFICO E
Terciário Sim Sim RISCO
NUTRICIONAL
Levantamento de dados:
• Nome, idade, sexo
• Diagnóstico médico e prescrição da dieta PROCEDIMENTOS
• Peso atual e habitual, estatura. COMUNS AOS 3
NÍVEIS DE
Entrevista breve:
ATENDIMENTO
• Apresentação do nutricionista
• Anamnese breve (hábitos alimentares, dietas anteriores, condições
dentárias, hábito intestinal, medicações)
• Esclarecimentos sobre as normas do local

Registrar todos os dados em prontuário!


ESPECIFICIDADES DO
ATENDIMENTO EM CADA
NÍVEL DE ASSISTÊNCIA
NUTRICIONAL
• Avaliar estado nutricional e realizar aferição do peso a
NÍVEL DE cada 15 dias.
ASSISTÊNCIA • Adaptar a dieta prescrita segundo as necessidades
individuais.
PRIMÁRIO
• Manter contato com a equipe multiprofissional.
• Realizar orientação nutricional (se necessário).

Ex: • Verificar o cardápio destinado aos pacientes.


• Avaliar apresentação (harmonia, equilíbrio,
Paciente, sexo feminino, 40 porcionamento), e a adequação da dieta oferecida à
anos, eutrófica. Realizou prescrição dietética efetuada.
cirurgia de varizes. Aceita • Visitar o paciente diariamente, a fim de verificar aceitação
bem dieta geral. da dieta e possíveis intercorrências. Retorno a cada 7 dias.
• Avaliar estado nutricional a cada 10 dias.
NÍVEL DE • Adaptar a dieta prescrita segundo as necessidades
ASSISTÊNCIA individuais.
SECUNDÁRIO • Avaliar apresentação (harmonia, equilíbrio,
porcionamento), e a adequação da dieta oferecida à
prescrição dietética efetuada.
Ex:
Paciente 35 anos, sexo • Discutir caso com a equipe multidisciplinar a fim de
masculino, diabético. Realizou elaborar o plano de cuidados nutricionais, participando de
cirurgia ortopédica. IMC = visitas médicas.
24,5kg/m2.Classificação do • Realizar orientação nutricional durante a internação e no
Estado Nutricional: Eutrofia. momento da alta.
Aceita bem dieta geral para • Visitar o paciente diariamente, a fim de verificar aceitação
diabético. Funcionamento da dieta, funcionamento intestinal e possíveis
intestinal normal. intercorrências. Retorno a cada 4 dias.
NÍVEL DE • Avaliar estado nutricional a cada 7 dias.
• Elaborar um plano de cuidados nutricionais.
ASSISTÊNCIA • Realizar cálculo individualizado da dieta, adaptando-a segundo as
TERCIÁRIO necessidades individuais.
Ex: • Avaliar apresentação (harmonia, equilíbrio, porcionamento), e a
Paciente sexo feminino, 65 anos. adequação da dieta oferecida à prescrição dietética efetuada.
Realizou transplante hepático. • Discutir caso com a equipe multidisciplinar a fim de elaborar o
IMC = 19,5kg/m2. Classificação plano de cuidados nutricionais, participando de visitas médicas.
do Estado Nutricional:
Desnutrição. Aceita bem dieta • Realizar orientação nutricional durante a internação e no
leve hipossódica e suplemento momento da alta.
nutricional. Funcionamento • Visitar o paciente diariamente a fim de verificar aceitação da
intestinal obstipado. Realizo dieta, funcionamento intestinal, possíveis intercorrências e
adaptação para dieta laxativa. verificar eficácia terapêutica. Retorno a cada 3 dias.
RESUMO DA ROTINA DO NUTRICIONISTA CONFORME A
CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA

• Avaliação do estado nutricional, diagnóstico nutricional, planejamento dietoterápico, registro em


Nível prontuário;
Primário • Retorno em até 7 dias;
• Aferição do peso a cada 15 dias.

• Avaliação do estado nutricional, diagnóstico nutricional, planejamento dietoterápico, evolução


Nível clínica e nutricional, orientação nutricional, registro em prontuário;
Secundário • Retorno em até 4 dias;
• Reavaliação do estado nutricional a cada 10 dias.

• Avaliação do estado nutricional, diagnóstico nutricional, planejamento dietoterápico, evolução


Nível clínica e nutricional, orientação nutricional, registro em prontuário;
Terciário • Retorno em até 3 dias.Visita diária;
• Reavaliação do estado nutricional a cada 7 dias
Nome: ____________ Leito: _____ Sexo: ( )M ( )F

Idade: ______ Diagnóstico clínico: _______________


EXEMPLO DE
Estatura: ________Peso:________ IMC: _________

Diagnóstico nutricional: __________________ IMPRESSO


Nível de Assistência: __________________________________ PARA
Dieta Dieta Alterações
Data
Prescrita Oferecida
Aceitação*
da dieta
Observações AVALIAR A
ACEITAÇÃO
*Aceitação:
PÉSSIMA (0 – 25%);
ALIMENTAR
RUIM (25 – 50%);
REGULAR (50 – 75%);
BOA (75 – 90%);
ÓTIMA (100%)
• ASBRAN. Associação Brasileira de Nutrição. Manual REFERÊNCIAS
orientativo : Sistematização do Cuidado de Nutrição. BIBLIOGRÁFICAS
Organizadora: Marcia Samia Pinheiro Fidelix. – São
Paulo : Associação Brasileira de Nutrição, 2014.
Disponível em:
http://www.asbran.org.br/arquivos/PRONUTRI-
SICNUT-VD.pdf
• RASLAN, M. et al. Aplicabilidade dos métodos de
triagem nutricional no paciente hospitalizado. Rev.
Nutr. vol.21 no.5 Campinas Sept./Oct. 2008.
HORA DE FIXAR O
CONHECIMENTO!
CLASSIFIQUE O NÍVEL DE ASSISTÊNCIA DOS
SEGUINTES PACIENTES
• Paciente do sexo masculino, 52 anos (eutrófico), cardiopata apresentando hipertensão arterial e
internado para cateterismo, aceitando bem a dieta hospitalar (branda hipossódica).
( ) Primário ( ) Secundário ( ) Terciário

• Paciente do sexo feminino, 74 anos, com perda recente de peso de 8 Kg em 3 meses, internada
para ressecção de tumor gástrico, recebendo dieta via sonda.
( ) Primário ( ) Secundário ( ) Terciário

• Paciente do sexo masculino, 30 anos, internado na UTI de um hospital em estado grave devido a
acidente automobilístico, inconsciente há 10 dias, recebendo nutrição parenteral
( ) Primário ( ) Secundário ( ) Terciário
CLASSIFIQUE O NÍVEL DE ASSISTÊNCIA DOS
SEGUINTES PACIENTES
• Paciente do sexo feminino, 66 anos, apresentando sobrepeso (IMC= 26,5kg/m2), internada para
cirurgia plástica facial - maxilar, aceitando bem a dieta hospitalar (dieta líquida fria).
( ) Primário ( ) Secundário ( ) Terciário

• Paciente do sexo masculino, 55 anos, apresentando eutrofia, internado para investigar dor lombar,
aceitando bem a dieta hospitalar (geral).
( ) Primário ( ) Secundário ( ) Terciário
• Paciente do sexo feminino, 24 anos, apresenta diabetes melittus tipo I, em descompensação
metabólica com boa aceitação da dieta oferecida no hospital (DM 1800kcal). Relata perda de
peso recente.
( ) Primário ( ) Secundário ( ) Terciário
CLASSIFIQUE O NÍVEL DE ASSISTÊNCIA DOS
SEGUINTES PACIENTES
• Paciente do sexo masculino, 8 anos, com comprometimento de peso e estatura, diagnóstico de
leucemia, recebendo dieta leve sem alimentos crus.
( ) Primário ( ) Secundário ( ) Terciário

• Paciente do sexo masculino, 75 anos, eutrófico, internado para cirurgia no quadril, aceitando bem a
dieta hospitalar (geral).
( ) Primário ( ) Secundário ( ) Terciário

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