Manual Obstetrícia 3.0
Manual Obstetrícia 3.0
Manual Obstetrícia 3.0
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9.610)
Entretanto, acreditamos que você é uma pessoa de bem que está buscando se capacitar
através dos estudos e que jamais faria uma coisa dessa não é? A equipe Rei dos
Resumos agradece a compreensão e deseja a você um ótimo estudo.
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Anatomia e fisiologia do sistema reprodutor feminino ............................................................................ 01
Diagnóstico da gravidez.....................................................................................................………………............... 02
Acompanhamento da gestante.............................................................................................…………….............. 03
Roteiro para primeira consulta.......................................................................................................................... 04
Exame físico.................................................................................................................................................….......... 05
Métodos para cálculo da idade gestacional IG......................................................…………………………........ 06
Ausculta dos batimentos cardiofetais (BCF)...........................................................................….................... 07
Exames laboratoriais na assistência pré-natal............................................................................................ 08
Detecção de diabetes mellitus gestacional..................................................................................................... 09
Uso da insulina........................................................................................................…………………..…….................. 10
Níveis de execução da assistência pré-natal.......................................................................………….….………11
Alterações sistêmicas na gestação.......................................................................................................……….…12
Vacinas................................................................................................................…………………………………...............13
Descolamento prematuro de placenta DPP.....................................................................................................14
Placenta prévia...............................................................................................................…………………….…….........15
Oligoidrâmnio........................................................................................................………………………….….……........16
Polidrâmnio..............................................................................................………….……………….................................17
Mola hidatiforme...............................................................................................……………………..………..................18
Rotura prematura de membrana (Amniorrex prematura)........................................................................19
Gravidez ectópica..................................................................................................……………....……………................20
Hiperêmese gravídica.........................................................................................…………......…………......................21
Incompetência istmocervical....................................................................................……………………...................22
Abortamento.................................................................................................................................................................23
Pré-eclâmpsia.................................................................................................………………..........................................24
Pré-eclâmpsia II........................................................................................…………….........…….........……....................25
Processos infecciosos na gravidez....................................................................................................................... 26
Sífilis.......................................................................................................................................…........……........…….........27
Sífilis na gestação....................................................…………………………........…….........…….........……........…….......28
HPV..................................................................…................…….........…….........…….........…….........…….........…….........29
Hepatite B.......................................................................................…….........…….........…….........…….........……...........30
HIV............................................................................................…….........…….........…….........…….........…….........……....31
Toxoplasmose....................................................................................................…………………..…….............…….........32
Vaginose bacteriana......................................................................…………….……….........…….........…….........……....33
Herpes simples.....................................................................................................……….…….........…….........…….........34
Infecção do trato urinário na gravidez................................................................................................................35
Cistite................................................................................................................................................................................36
Pielonefrite...............................................................................................................………………………..........................37
Bacteriúria assintomática......................................................................................………………………….…..............38
Assistência ao parto..............................................................................................………….……………….....................39
Amnioromia...............................................................................................……………………..………...............................40
Indução de parto...........................................................................................................................................................41
Período clínico do trabalho de parto...............................................................................……………....……............42
Partograma I .................................................................................................................................................................43
Partograma II ................................................................................................................................................................44
Parto normal x cesária.....................................................................................…………......…………...........................45
Puerpério..................................................................................……………………..............................................................46
Hemorragia pós-parto..............................................................................................................................................47
Hemorragia pós-parto II..........................................................................................................................................48
Amamentação........................................................................................…………….........…….........……......................49
Infecção puerperal................................................................................................................................................... 50
Distúrbios psiquiátricos no puerpério ......................................................................…........……........…….........51
Ovários:
Atividade endócrina (liberação dos
hormônios ovarianos estrogênio e
progesterona.
Desenvolvimento e liberação oócito.
Vagina:
Receber o pênis durante a relação sexual, Útero:
permitir a saída do bebê no momento do
parto e eliminar o fluxo menstrual. Tem a função de receber o óvulo fecundado
que irá se fixar na parede do endométrio e
desenvolver e nele ocorrerá toda a gestação.
Tubas uterinas:
As tubas uterinas deslocam o oócito do
ovário até o útero e os espermatozoide do
útero ao ovário, através da movimentação
das fímbras e do peristaltismo.
CLÍNICO:
LABORATORIAL:
São utilizados dados propedêuticos
relacionados à anamnese, inspeção, palpação, O diagnóstico laboratorial de gravidez baseia-
se no encontro do hormônio gonadotrófico AVALIAR:
toque, ausculta e pela medida da temperatura
basal. coriônico (hCG) na urina ou no sangue materno.
Ciclo menstrual
O atraso menstrual em mulher eumenorreica,
Data da ultima menstruação
com vida sexual ativa, é o primeiro e mais
atividade sexual
importante sintoma clínico para presunção
Se necessário solicitar teste imunológico de
diagnóstica de gravidez
gravidez (TIG)
acompanhamento da
gestante
O intervalo entre as consultas deve ser de
quatro semanas. Após a 36° semana, a
Deverão ser fornecidos: gestante deverá ser acompanhada a cada 15
dias, visando à avaliação da pressão arterial,
o cartão da gestante, com a identificação da presença de edemas, da altura uterina, dos
ATENÇÃO: movimentos do feto e dos batimentos
preenchida e orientação sobre o mesmo;
o calendário de vacinas e suas orientações; cardiofetais. 19 Frente a qualquer alteração,
Nesse momento, a gestante deverá ou se o parto não ocorrer até sete dias após a
a solicitação dos exames de rotina;
receber as orientações necessárias data provável, a gestante deverá ter consulta
as orientações sobre a participação nas
referentes ao acompanhamento pré-natal médica assegurada, ou ser referida para
atividades educativas - reuniões em grupo
- sequência das consultas médica e de e visitas domiciliares. serviço de maior complexidade.
enfermagem, visitas domiciliares e
reuniões educativas.
Dados sócio-econômicos:
Antecedentes pessoais - especial atenção para:
grau de instrução;
profissão/ocupação;
situação conjugal; hipertensão arterial;
número e idade de dependentes (avaliar cardiopatias;
sobrecarga de trabalho doméstico); diabetes;
renda familiar per capita; doenças renais crônicas;
pessoas da família que participam da força de anemia;
trabalho; hanseníase;
condições de moradia (tipo, nº de cômodos); tuberculose.
condições de saneamento (água, esgoto, coleta Antecedentes obstétricos:
de lixo).
Antecedentes ginecológicos:
número de gestações (incluindo abortamentos,
gravidez ectópica, mola hidatiforme);
Motivos da consulta: número de partos (domiciliares, hospitalares, ciclos menstruais (duração, intervalo e regularidade);
vaginais espontâneos, fórceps, cesáreas - uso de métodos anticoncepcionais (quais, por quanto tempo e motivo do
indicações); abandono);
número de abortamentos (espontâneos, infertilidade e esterilidade (tratamento);
assinalar se foi encaminhada pelo agente doenças sexualmente transmissíveis (tratamentos realizados, inclusive
comunitário ou se procurou diretamente a provocados, complicados por infecções, curetagem
pós-abortamento); do parceiro);
unidade; cirurgias ginecológicas (idade e motivo);
se existe alguma queixa que a fez procurar a número de filhos vivos;
idade na primeira gestação; mamas (alteração e tratamento);
unidade - descrevê-la. última colpocitologia oncótica (Papanicolaou ou "preventivo", data e
intervalo entre as gestações (em meses);
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04
exame físico
CONDULTA:
VDRL positivo
Solicitar na primeira consulta os seguintes
Sífilis primária - tratar com penicilina
exames de rotina:
benzatina 2.400.000 UI (1.200.000 em cada
grupo sanguíneo e fator Rh, quando não
nádega em dose única, dose total 2.400.000 UI.).
realizado anteriormente;
Sífilis recente (até 1 ano – tratar com penicilina
sorologia para sífilis (VDRL);
benzatina, 2.400.000 UI (1.200.000 UI cada
urina (tipo I);
nádega em dose única, dose total 2.400.000 UI.).
hemoglobina (Hb);
Sífilis tardia (1 ou mais anos de evolução ou de
glicemia de jejum;
duração desconhecida) tratar com penicilina
colpocitologia oncótica (se necessário);
benzatina 2.400.000 UI (1.200.000 UI em cada
bacterioscopia do conteúdo vaginal (se
nádega), em três aplicações com intervalo de
necessário)
uma semana.
VDRL negativo
Repetir exame no 3º trimestre e no momento
do parto, e em caso de abortamento
TRATAR O PARCEIRO SEMPRE!
Dosagem de hemoglobina
Tipagem sanguínea Urina tipo I
Hemoglobina ≥ 11g/dl
Rh negativo e parceiro Rh positivo ou fator Rh Ausência de anemia:
1. Proteinúria
Solicitar o teste de Coombs indireto; se
2. Piúria ou Bacteriúria
negativo, repeti-lo a cada quatro semanas, a Hemoglobina < 11g/dl > 8g/dl
3. Hematúria
partir da 24ª semana. Quando o teste de Anemia leve a moderada
4. Cilindrúria
Coombs for positivo, referir ao pré-natal de
5. Outros elementos
alto risco. Hemoglobina <8g/dl
Anemia grave
Administração 2
REGULAR
Administração das Insulinas Para correção da hiperglicemia de jejum
ou da pré-prandial, escolhe-se uma
A insulina regular é uma insulina de ação curta insulina basal (intermediária) ou insulina
utilizada para cobrir ou corrigir oscilações da A via de administração usual das insulinas é a análoga de ação prolongada.
glicose do período pós-prandial e também subcutânea (SC). Enquanto que para tratamento da
hiperglicemias aleatórias. A aplicação SC pode ser realizada nos braços, hiperglicemia associada às refeições (pós-
abdômen, coxas e nádegas. prandial) seleciona-se uma insulina de
A velocidade de absorção varia conforme o local ação rápida ou insulina análoga de ação
de aplicação, sendo mais rápida no abdômen, rápida.
intermediária nos braços e mais lenta nas coxas
e nádegas.
Vagina e períneo
Colo do útero Mamas
Na gravidez, contudo, por causa dos
Rh negativo e parceiro Rh positivo ou fator Rh hormônios em quantidade aumentada, uma
O aumento dos hormônios e a mudança na
Solicitar o teste de Coombs indireto; se negativo, das mudanças possíveis é a região íntima ficar
estrutura da mama significam que seus
repeti-lo a cada quatro semanas, a partir da 24ª mais úmida e inchada. Além disso, ela pode
mamilos e seios podem ficar mais sensíveis e
semana. Quando o teste de Coombs for positivo, apresentar alteração de cor, ficando mais
delicados logo a partir das três ou quatro
referir ao pré-natal de alto risco. escurecida.
semanas.
A medida que a barriga cresce também
acontece uma flacidez e uma elasticidade
maior do períneo.
HEPATITE B
3 doses (iniciar ou completar o esquema, de
acordo com situação vacinal,
independentemente da idade gestacional)
2ª dose: 1 mês após1ª dose 3ª dose: 6 meses
após 1ª dose
Difteria, Tétano e Pertussis acelular
(dTpa) (2)
1 dose para gestantes a partir da 20ª
semana de gravidez
1 dose a cada gestação
FEBRE AMARELA 60 dias após dT
DIAGNÓSTICO
CLASSIFICAÇÃO
CONDUTA Sangramento genital de final do segundo
trimestre ou início de terceiro
Prévia total - cobrindo todo o orifício -Indolor, de coloração vermelho-viva.
interno (OI) cervical Depende da presença e intensidade do -Cíclico e de agravamento progressivo.
Prévia parcial - cobrindo parcialmente o sangramento vaginal e da idade gestacional (IG) Exame especular pode orientar sobre o
OI cervical diagnóstico diferencial e o grau de
Prévia marginal - borda placentária oclusão do colo.
situada a 2-3 cm do OI cervical O exame ultrassonográfico é método de
escolha para a confirmação do
diagnóstico, que só é definitivo no terceiro
trimestre.
Conceito
Sinais e sintomas
Oligoidramnio é um volume deficiente de
líquido amniótico; ele está associada a Oligoidrâmnio por si só tende a não causar
complicações maternas e fetais. lobina (Hb); sintomas maternos além de uma sensação de
diminuição do movimento fetal. O tamanho
do útero pode ser menor do que o esperado
para a época.
Distúrbios que causam ou contribuem para
oligoidramnio podem provocar os sintomas.
Complicações
Morte fetal
Restrição do crescimento intrauterino
Contraturas dos membros (se o oligoidrâmnio
começar cedo na gestação)
Maturação pulmonar incompleta ou atrasada Causa
(se o oligoidramnio começa cedo na gestação)
Incapacidade do feto de tolerar o trabalho de Se o oligoidramnio é diagnosticado, os médicos devem verificar
parto, levando à necessidade de cesariana a existência de possíveis causas, incluindo ruptura prematura
Diagnóstico das membranas.
O risco de complicações depende de quanto
líquido amniótico está presente e qual é a Exame ultrassonográfico abrangente é feito para verificar se
causa. Medição ultrassonográfica do volume de há malformações fetais e placentárias e quaisquer causas
líquido amniótico. evidentes (p. ex., descolamento prematuro da placenta).
Exame ultrassonográfico abrangente, Os médicos podem oferecer amniocentese e cariotipagem fetal
incluindo avaliação das malformações fetais se a ultrassonografia sugere malformações fetais ou
Tratamento aneuploidia.
Testes para causas maternas suspeitas
clinicamente Se suspeita-se de insuficiência útero-placentária e detectar-se
restrição do crescimento intrauterino, avalia-se a artéria
Ultrassonografia seriada para determinar o umbilical usando ultrassonografia com Doppler.
ILA e monitorar o crescimento fetal
Cardiotocografia ou perfil biofísico
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Conceito polidrâmnio
Polidrâmnio é líquido amniótico excessivo; ele está Causa
associado a complicações maternas e fetais.
O diagnóstico é por medição ultrassonográfica do Malformações fetais (p. ex., obstrução gastrintestinal ou do trato
líquido amniótico. Distúrbios maternos que urinário)
contribuem para polihidrâmnio são tratados. Gestação múltipla
Diabetes materno
Anemia fetal, incluindo anemia hemolítica por incompatibilidade
de Rh
Outros distúrbios fetais (p. ex., infecções) ou anormalidades
genéticas
Idiopática
Sinais e sintomas
Polidrâmnio é frequentemente
assintomático. Mas algumas mulheres,
especialmente quando polidrâmnio é grave,
têm dificuldade respiratória, e/ou dolorosa Tratamento
contrações prematuras dolorosas.
Às vezes, o tamanho do útero é maior do que Parto por volta da 39ª semana
o esperado para a época. Possivelmente, remoção manual do líquido amniótico
(amnioredução)
As recomendações para o monitoramento pré-natal dependem da
gravidade do poli-hidrâmnio, com base no ILA:
Diagnóstico ILA ≥ 30 cm (que aumenta o risco de morte fetal): o
Complicações monitoramento pré-natal deve começar tão cedo quanto na 32ª
semana ou sempre que é diagnosticado depois disso; deve incluir
Medição ultrassonográfica do cardiotocografia pelo menos uma vez/semana. Mas não foi
Contrações prematuras e, possivelmente, trabalho de parto comprovado que esse monitoramento diminua a taxa de
índice do líquido amniótico
prematuro mortalidade fetal.
(ILA)
Ruptura prematura de membranas fetais, às vezes seguida de ILA ≥ 24 a < 30 cm: o monitoramento pré-natal com
Exame ultrassonográfico
descolamento prematuro da placenta cardiotocografia não é mais recomendado (1).
abrangente, incluindo
Má posição fetal Todos os graus de poli-hidrâmnio: deve-se realizar
avaliação das malformações
Comprometimento respiratório materno ultrassonografia a cada 4 semanas para verificar se há
fetais
Prolapso do cordão umbilical macrossomia e avaliar a anatomia fetal.
Testes maternos para causas
Atonia uterina
suspeitas com base na história
Hemorragia pós-parto
A morte fetal (o risco é maior mesmo quando polidrâmnio é
idiopático)
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mola hidatiforme
Classificação
Conceito
Tratamento
Causa
O tumor pode ser removido quer por sucção do
conteúdo do útero, quer por raspagem,
É causado por um desequilíbrio genético que
podendo ser necessário, por vezes, recorrer ao
pode ocorrer quando um óvulo é fecundado Sinais e sintomas
tratamento por quimioterapia para
por dois espermatozoides ou quando o óvulo
eliminação total do tumor.
não tinha material genético suficiente (23 Perdas sanguíneas vaginais indolores; O mais importante é que, assim que for
pares de cromossomos em humanos). Enjoos e vômitos matinais excessivos; diagnosticada a Doença Trofoblástica
É um tumor usualmente benigno invulgar que Pressão sanguínea elevada; Gestacional, a mulher procure um centro de
se desenvolve a partir de tecido placentário em Arritmia cardíaca; referencia, onde lá terá um tratamento
fases precoces de uma gravidez em que o Proteinúria (proteínas na urina); especializado e a cura.
embrião não se desenvolve normalmente. Desconforto na pélvis.
Complicações
Infecção intra-amniótica
clinicamente evidente (15 – 25%); Diagnóstico
Infecção pós-parto (15 - 25%);
Exame físico Diante de uma gestante com queixa de perda de
Descolamento Prematuro de
Placenta (DPP) (2 – 5%); líquido, é necessária a investigação da possibilidade
Avaliar se paciente está em trabalho de parto; de amniorrexe.
Complicações da prematuridade: o Inspeção da genitália externa: nos casos de RPM a
desconforto respiratório, sepse, A maioria dos casos pode ser diagnosticada com
vulva encontra-se geralmente úmida. base na história clínica e no exame físico.
hemorragia intraventricular e o Exame especular (usar espéculo estéril)
enterocolite necrotizante; O toque vaginal deve ser EVITADO a menos que
Morte fetal por infecção ou acidente paciente esteja em fase ativa de trabalho de parto.
com cordão umbilical (1 – 2%) Caso não seja visualizado através do exame
especular, pode-se tentar notar a presença de
líquido após o uso de tampão de gaze estéril
associada a deambulação
Tipos:
Pode causar:
Diagnóstico:
Perda ponderal (> 5% do peso)
Desidratação Avaliação clínica (às vezes incluindo
mensurações seriadas do peso) Tratamento:
Cetose
Anormalidades eletrolíticas (em muitas Cetona urinária
Testes séricos de eletrólitos e função renal Suspensão temporária da ingestão oral,
mulheres)
Exclusão de outras causas (p. ex., abdome seguida por retomada gradual
agudo) Líquidos, tiamina, multivitamínicos e
eletrólitos, conforme a necessidade
Antieméticos, se necessário
Diagnóstico:
Ultrassonografia Causas:
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pré-eclâmpsia
O que pode causar
Conceito
Riscos
Sintomas
Fator de risco
A pressão alta na gravidez diminui o fluxo de
sangue para o bebê. Habitualmente, ele pode PRÉ-ECLÂMPSIA LEVE :
apresentar retardo no crescimento, displasia Perna inchada;
bronco pulmonar e morte. Aumento de peso por conta da retenção de líquido; Primeira gravidez
Dependendo do grau de pressão alta, o parto Dor de cabeça associada; Hipertensão previa
pode ser antecipado e o bebê nascer Enxergar “estrelinhas brilhantes” (escotomas). Idade acima de 40 anos
prematuro. PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE: índice de massa corpórea elevado ( sobrepeso e
Alterações da Síndrome HELLP, que ocorre obesidade)
modificações no fígado; Histórico familiar
Enjoo; Gestações múltiplas (gemelares)
Dor na região do fígado;
Hemorragia;
Sangramento intra-abdominal;
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pré-eclâmpsia II
CUIDADOS PÓS-PARTO
Como identificar?
processos
infecciosos na
gravidez
Sífilis terciária
Conceito:
A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica, de Pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da
evolução crônica e causada pelo Treponema infecção;
pallidum, que pode produzir, as formas Costuma apresentar sinais e sintomas,
adquirida e congênita da doença. principalmente lesões cutâneas, ósseas,
cardiovasculares e neurológicas, podendo
levar à morte.
Sífilis primária
Atenção:
Importante:
Tratamento:
SINTOMAS
COMO SE PREVENIR CONTRA A DOENÇA?
Cansaço;
Tontura; A vacina da hepatite B é a melhor forma de
prevenção contra a doença, uma vez que a
Enjoo e/ou vômitos;
imunização é muito segura e eficaz.
Febre;
Além da vacinação, outras formas de
Dor abdominal.
DIAGNÓSTICO prevenção também devem ser seguidas:
Não compartilhar objetos de uso pessoal,
O diagnóstico da hepatite B é realizado por meio de como lâminas de barbear e depilar,
testes laboratoriais que são capazes de identificar escovas de dente, material de manicure e
diferentes estágios da infecção pelo HBV como pedicure;
infecção aguda, infecção crônica, ausência de Usar preservativos.
COMO É O TRATAMENTO HEPATITE B?
contato prévio com o vírus e resposta vacinal.
O médico poderá prescrever o uso de antivirais Quando se observa a presença do HBsAg no sangue,
específicos para tratar a doença. Os tratamentos isto significa que a pessoa está infectada pelo vírus
da hepatite B.
disponíveis atualmente não são capazes de curar
a infecção, porém podem retardar a progressão
da cirrose e reduzir a incidência de câncer de
fígado.
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hiv
Tratamento:
Conceito:
SINTOMAS:
TRANSMISSÃO:
INTERPRETAÇÃO:
Via de transmissão oral
Via transplacentária IgM e IgG negativo
Inalação de aerossóis A gestante está suscetível à infecção
contaminados IgG positivo e IgM negativo
Inoculação acidental Indica infecção passada.
TRATAMENTO: IgG e IgM positivo
Transfusão sanguínea
Indica que a gestante está com a infecção.
Se a gestante está com a doença ativa, há risco Quando a IgM é positiva, é necessário realizar um
de transmissão para o bebê. Para evitar que isso outro exame, que é chamado de teste de avidez da
ocorra, a mulher deve fazer o tratamento. IgG.
SINTOMAS: Algumas drogas utilizadas para o tratamento
são a espiramicina, indicada no primeiro
A infecção da mãe é geralmente trimestre da gestação para o tratamento de
assintomática, ou seja, não apresenta gestantes com infecção aguda.
sintomas. Quando presentes, os sintomas Para gestantes com idade gestacional superior a
são bastante inespecíficos, como febre, 18 semanas, é indicado o esquema tríplice, que
dores musculares e fadiga e podem ser deve ser evitado no primeiro trimestre de
confundidos com outras infecções como gravidez.
dengue, citomegalovírus ou
mononucleose.
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VAGINOSE BACTERIANA
DIAGNÓSTICO
Conceito:
CAUSA:
IMPORTANTE:
sintomas:
disúria
polaciúria Condulta:
urgência miccional
urina com odor fétido ou sangue Parcial de urina c/sedimento corado
nictúria Urocultura/antibograma
dor suprapúbica durante a micção
ocasionalmente pode cursar com febre
As cistites devem ser tratadas em regime de urgência O tratamento poderá ser reajustado de acordo
Axetil cefuroxima - 250 mg, VO, 8/8 h por 7 dias, que pode ser usado durante toda com o antibiograma.
a gestação. A eficácia do tratamento é avaliada pela melhora
clínica e se não houver resposta terapêutica em 72
horas pensar em resistência bacteriana ao
antibiótico – mudar o esquema terapêutico
Fazer urocultura após 7 dias do término do
tratamento para controle de cura.
Colher urocultura
Iniciar com hidratação e antibioticoterapia en-
dovenosa
Outros exames: – hemograma – uréia – creatinina
Exames de imagem – ultrassonografia das vias
urinárias • alterações anatômicas, cálculo renal e
Pielonefrite Alta Hospitalar: abscessos.
PERÍODO PREMONITÓRIO
Riscos:
Conceito:
Greenberg:
Conceito:
Dilatação:
Acompanhar a evolução do TP
Partograma clássico: Documentar o TP
Diagnosticar alterações no TP
A fase ativa do TP se inicia após 3 cm de dilatação Indicar a tomada de condutas apropriadas
FASE LATENTE – início do TP até 3cm, com 2 ou mais Evitar intervenções desnecessárias
contrações
FASE ATIVA – após 3 cm de dilatação
A fase latente não pode ser > 8 h Importante:
O partograma deve considerar a fase ativa do
Movimento para a direita da linha de alerta: necessidade de maior vigilância trabalho de parto.
Linha de ação: ponto crítico – decisão específica de conduta deve ser tomada.
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PARTOGRAMA ii
Curva contemporânea:
No primeiro período:
A quarta e última parte, é onde será anotado se há ou não uso de ocitocina, o aspecto do líquido amniótico e o aspecto da bolsa.
• BOLSA: A bolsa pode estar íntegra (I) ou rota (R)
• LÍQUIDO AMNIÓTICO (LA): o líquido pode ser claro (LC) ou meconial (LM). Lembrando que apenas com o rompimento da bolsa é possível avaliar o líquido amniótico.
• OCITOCINA: é importante marcar a dose que está sendo utilizada
44
PARTO NORMAL / CESÁRIA
CESÁRIA:
NORMAL
OBS: Observação:
FASES:
Importante:
Hemotransfusão:
Importante:
Para a mamãe: O bebê deve abrir bem a boca, estando com o lábio inferior (debaixo)
todo voltado para fora.
É importante que ele abocanhe toda a maior parte escura visível do
Previne contra o câncer de mama, de útero e seio (aréola).
ovários; Fique calma, o bebê não irá se afogar, e este fator é importante para
Diminui as chances de doenças como que ele consiga sugar o seio.
hipertensão; obesidade; Para auxiliar na pega as mães são orientadas a fazer um “c” com o seio
Diminui as chances de depressão pós-parto; de forma que aréola fique livre e o queixo do bebê toque o peito da mãe.
Para o bebê:
OBS:
Conceito:
O baby blues é frequentemente confundido com a depressão pós-parto.
O puerpério, intervalo de tempo que se inicia Além do tempo de duração, o que distingue tais transtornos é a
com o nascimento e se estende até o 45° dia após intensidade dos sintomas.
o parto, é um período de adaptação à realidade De modo geral, eles apresentam sintomas clínicos semelhantes aos da
marcado pelas transformações da depressão em outros momentos da vida, porém, acrescidos das
maternidade. questões relativas à maternidade e ao papel de mãe, tais como: culpa
Além da série de mudanças fisiológicas e por não conseguir cuidar do bebê, maior sensibilidade emocional e
anatômicas que seguem a fase expulsiva e a choro contínuo.
dequitação , como a involução uterina, a O baby blues, no entanto, não atrapalha o funcionamento da vida da
presença de lóquios, e alterações transitórias mulher, que, apesar de estar melancólica, consegue realizar suas
do humor, a puérpera precisa atender às atividades rotineiras.
necessidades de um recém-nascido, adequando-
se a uma nova rotina de sono e de
amamentação.
OBS:
Acauan Filho BJ, Cunha Filho EV, Steibel G, Steibel JAP, Paula LG, Medaglia Filho PV. Obstetrícia de plantão: da sala de admissão ao pós-parto. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2012. p. 29-34; 67-68.
Montenegro CAM, Rezende Filho J. Descolamento prematuro da placenta. In: Montenegro CAM, Rezende Filho J., Editores. Rezende Obstetrícia. 13a. edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.p.
Gyamfi-Bannerman C, Thom EA, Blackwell SC, et al: Antenatal betamethasone for women at risk for late preterm delivery. N Engl J Med 374 (14):1311–1320, 2016. doi: 10.1056/NEJMoa1516783
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