Etileno Inibidores - Unlocked
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Etileno Inibidores - Unlocked
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
i
EFEITO DE INIBIDORES DA SÍNTESE E DA AÇÃO
DO ETILENO
EM PÊSSEGOS cv. ELDORADO SOB REFRIGERAÇÃO
Por
2005
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
Elaborada por
Anderson Machado de Mello
COMISSÃO EXAMINADORA:
__________________________
Auri Brackmann
Prof. Dr. – UFSM
(Presidente/Orientador)
__________________________
Rosangela Lunardi
Prof. Dra. – UERGS
_________________________
Rogério Antônio Bellé
Prof. Dr. – UFSM
iii
Agradecimentos
Agradeço a Deus.
Aos meus pais e irmãs, pela presença constante em minha vida, pelo
apoio, amor e dedicação.
Ao meu orientador professor Auri Brakcmann, pela orientação.
Ao professor e amigo Rogério Antônio Bellé, pelos valiosos
ensinamentos e incentivos.
Aos colegas e amigos do Núcleo de Pesquisa em Pós-colheita,
Anderson Weber, Affonso, Ana Cristina, Ana Paula Trevisan Citrus,
Cristiano, Ivan, Josuel, Ricardo e Sergio Freitas. pela ajuda e amizade.
A amiga Viviani, pelo companheirismo.
Enfim, a todos, que de alguma forma estiveram presentes e
participaram de minha vida.
Obrigado!
iv
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na
intensidade com que acontecem.
Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e
pessoas incomparáveis."
(FERNANDO PESSOA)
v
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS.............................................................................................viii
LISTA DE FIGURAS................................................................................................ix
RESUMO..................................................................................................................x
ABSTRACT..............................................................................................................xi
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................1
2. REVISÃO DE LITERATURA................................................................................3
2.1. Etileno...............................................................................................................3
2.4.7. Respiração...................................................................................................16
3. MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................17
vi
3.3. Tratamentos e épocas de avaliação.............................................................18
4.7. Respiração......................................................................................................29
5. Conclusões........................................................................................................32
6. Bibliografia........................................................................................................34
vii
LISTA DE TABELAS
viii
LISTA DE FIGURAS
ix
RESUMO
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Universidade Federal de Santa Maria
x
ABSTRACT
Master Thesis
Graduate Program of Agronomy
Federal University of Santa Maria, RS, Brazil
The objective of this work was to evaluate the effect of the application
of aminoethoxyvinylglycine (AVG) and 1-methylcyclopropene (1-MCP) on
the quality of ‘Eldorado” peaches during cold storage. The treatments were
combinations among AVG ([S]-Trans-2-Amino-4-(2-aminoethoxy)-3-butenoic
acid hydrochloride) preharvest sprays on the trees in different dates (0, 15
and 21) days before harvest, and 1000ppb of 1-MCP applied in postharvest.
The AVG concentrations were 0, 125, 187.5 and 249.0 g ha-1. The fruit were
stored during 3 weeks at 0°C plus 5 days at 20ºC. According to the results
the AVG sprays did not show effect on the quality of fruit considering periods
of application and concentrations. However 1-MCP treatment was efficient in
the maturation control and maintenance postharvest of qualities: pulp
firmness, acidity, background color, ethylene production and respiration.
xi
1. INTRODUÇÃO
1
A utilização do armazenamento em baixas temperaturas, em pêssegos,
pode reduzir o metabolismo e fazer com que a vida pós-colheita alcance em
torno de 3 a 4 semanas. Mas, muitas vezes, após este período a qualidade
final do produto é prejudicada, sendo portanto, necessárias outras técnicas
complementares, como a utilização de substâncias, que diminuem a síntese e
a ação do etileno na maturação de frutos destacando-se a AVG
(aminoetoxivinilglicina) e o 1-MCP (1-metilciclopropeno), respectivamente. A
AVG é um regulador de crescimenton e inibidor da biossíntese do etileno
(Shafer et al., 1995; Yu & Yang, 1979). Dekazos (1981) e Byers (1997)
demonstraram, em alguns estudos, que a aplicação pré-colheita deste produto
retardou o florescimento e a colheita de pêssegos. Já o 1-MCP é um inibidor
da ação do etileno, que retarda o amadurecimento e estende a vida de
prateleira e a qualidade de frutos, vegetais e espécies ornamentais.
(Blankenship & Dole, 2003). Assim, a utilização associada ou não destes
produtos conjuntamente com o armazenamento em baixa temperatura, são
ferramentas potenciais para a conservação de pêssegos. Desta forma, o
objetivo deste trabalho foi o de avaliar o efeito da eficiência da aplicação de
AVG e 1-MCP associado ao armazenamento refrigerado na manutenção da
qualidade de pêssegos cultivar Eldorado.
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Etileno
3
Segundo Pérez-Vicente et al. (2000), novos estudos têm demonstrado o efeito
benéfico de várias substâncias químicas como a Aminoetoxivinilglicina (AVG) e o 1-
metilciclopropeno (1-MCP) como agentes retardantes da síntese e da ação do
etileno, respectivamente, mantendo os atributos de qualidade dos frutos, durante e
após o armazenamento.
4
2.2. Aminoetoxivinilglicina (AVG)
NH2-CH2-CH2-O-CH=CH-
CN(NH2)-COOH)
AVG
5
Porém, o efeito inibitório da síntese do etileno que a AVG exerce, não é
irreversível (Yang e Hoffman, 1984), sendo que a ligação desse inibidor à enzima
ACCs não induz mudanças na conformação da mesma (Huai et al., 2001), ocorrendo
também nova síntese de enzimas (Lieberman, 1975).
Portanto, através do efeito de inibição da síntese do etileno, a AVG oferece o
potencial para o controle do início da maturação dos frutos, uma vez que o etileno é
considerado como sendo responsável pelo início deste processo (Bangerth, 1978).
Com relação a AVG, Ju & Bramlage (2001) observaram que a aplicação pré-
colheita desta substância, inibe a produção de etileno e α-farneseno (Ju & Bramlage,
2001), podendo manter a qualidade dos frutos através da inibição da síntese desses
compostos (Fan et al., 1998). Entretanto, a eficiência do produto varia conforme a
espécie, cultivar, dose e época de aplicação (Wang & Mellenthin, 1977; Bramlage et
al., 1980; Autio & Bramlage, 1982; Romani et al., 1982; Walsh & Faust, 1982).
Bangerth (1978), aplicando AVG em macieiras, conseguiu obter uma redução
da queda pré-colheita de frutos, sendo que a aplicação pré-colheita de AVG inibiu a
produção de etileno e reduziu a queda pré-colheita de maçãs (Masia et al., 1998).
Segundo Waclawovsky (2001), durante o armazenamento em atmosfera
controlada, maçãs tratadas com AVG apresentaram uma menor taxa de perda de
qualidade, principalmente com relação à diminuição da firmeza de polpa e
amarelamento da epiderme.
Foi observado que a produção de três cultivares de maçãs, após a
pulverização de AVG na pré-colheita, foi afetada de maneira diferente pelas
concentrações do produto (Bramlage,1980).
Quando a AVG foi aplicada em maçãs um mês antes da colheita, esta reduziu
a maturação dos frutos, diminuindo, tanto na pré quanto na pós-colheita, a perda de
firmeza de polpa e a incidência de pingo de mel (Autio & Bramlage, 1982; Bangerth,
1978; Williams, 1980).
Em pêssegos, a aplicação de AVG antes do florescimento proporcionou um
atraso de 10 dias na floração, porém apresentou pouco efeito em parâmetros como:
tamanho, cor, firmeza, acidez e concentração de sólidos solúveis totais (Dekazos,
6
1981). Byers (1997) mostrou que a firmeza de polpa de pêssegos e nectarinas
submergidos durante 60s na pós-colheita em solução de AVG, foi menor quando
comparado com a dos frutos do tratamento testemunha. Portanto, a utilização de
AVG pode, além de estender o período de colheita, reduzir perdas devido ao
processo de maturação, com isso, beneficiar o armazenamento e a comercialização
dos frutos (Bangerth, 1978; Child et al., 1984).
7
Receptor de Moléculas de etileno Sinal químico sendo liberado
etileno na presentes no ar, ligando-se ao para a célula e liberação da
membrana receptor molécula de etileno.
plasmática
8
Atua também no controle da síntese de etileno pois, este fitohormônio, além
de acelerar o amadurecimento, estimula a sua própria síntese pelo mecanismo de
autocatálise, através da ativação das enzimas ACC oxidase e ACC sintase, que são
inibidas pelo 1-MCP (Dong et al., 2001b; Matohooko et al., 2001; Owino et al., 2002;
Shiomi et al., 1999). Desta forma, em condições de temperatura e pressão padrão,
esse gás é liberado do produto comercial Smartfresh, que apresenta a sua
formulação em pó, em aproximadamente 20-30 minutos, podendo este tempo variar
de acordo com a temperatura. Quanto mais baixa esta for, maior será o tempo
necessário para a completa liberação (Jiang & Joyce, 1999a). Contudo, a ação
efetiva do 1-MCP varia em função da concentração utilizada, a qual pode variar de
acordo com a espécie ou até mesmo cultivar (Hoffman et al., 2001).
Vários estudos têm demonstrado que o tempo necessário para aplicação do
tratamento com 1-MCP varia de 12 a 24h, (Mathooko et al., 2001; Dong et al., 2001a;
Fan et al., 2002), sendo que outro fator importante a ser considerado é o tempo entre
a colheita e a aplicação do 1-MCP. Geralmente, quanto mais perecível o produto
menor deve ser o tempo entre esses dois eventos (Kim et al., 2001; Able et al.,
2002a).
O 1-MCP protege produtos vegetais, tanto do etileno exógeno quanto do
endógeno, ligando-se permanentemente aos receptores deste fitohormônio no
momento da aplicação do tratamento. Entretanto, pode ocorrer um retorno da
sensibilidade do produto ao etileno devido à síntese de novos receptores
(Blankenship et al., 2003). Respostas parciais em maçã sugerem que esta espécie é
capaz de regenerar receptores ou que a ligação do 1-MCP aos receptores é
incompleta (Watkins et al., 2000).
Em damascos tratados com 1-MCP houve uma maior manutenção da cor
verde, quando comparados com frutos não tratados (Tian et al., 2000), sendo que
este resultado também foi observado em pêssegos (Kluge & Jacomino, 2002). Além
disso, esta substância também reduziu a perda de firmeza de polpa em damascos
(Fan et al., 2000a), nectarinas (Dong et al., 2001a), pêssegos (Kluge & Jacomino
2002), ameixas (Dong et al., 2001b) e caquis (Brackmann et al., 2002).
9
Em repolhos cv. Wakaba armazenados em ambiente refrigerado, a aplicação
de 1-MCP, proporcionou a manutenção da coloração verde das folhas e um maior
teor de sólidos solúveis totais (Brackmann et al., 2003).
10
2.4.1. Firmeza de polpa
11
2.4.2. Acidez titulável
12
2.4.3. Sólidos solúveis totais
13
Bananas tratadas com 1-MCP não desenvolveram coloração amarela aceitável
comercialmente (Harris et al., 2000).
Dong et al. (2002) e Abdi et al. (1998) concluíram, através da realização de
experimentos com damascos e ameixas, que o etileno não é necessário para o
desenvolvimento da cor vermelha. Já Chitarra (1998), por sua vez, afirma que o
etileno além de atuar na síntese de carotenóides, atua também sobre o processo de
desverdecimento de frutos.
A aplicação pré-colheita de AVG retardou o processo de amarelecimento em
maçãs (Brackmann & Waclawovsky, 2001; Waclawovsky, 2001, Steffens, 2003).
14
O amadurecimento irregular é ocasionado depois de prolongados períodos de
armazenamento a frio, podendo ainda ser um dos fatores causais da lanosidade
(Wills et al., 1981; Luchsinger, 2000).
Distúrbios relacionados ao etileno, como as degenerescências da polpa em
maçãs, são ocasionadas pela aceleração do processo de maturação. Em maçãs
‘Gala’ este distúrbio foi reduzido com a aplicação de AVG (Brackmann &
Waclawovsky, 2000; Brackmann & Waclawovsky, 2001; Waclawovsky, 2001).
A aplicação de 1-MCP pode, em alguns casos, reduzir a ocorrência de
distúrbios fisiológicos (Blankenship & Dole, 2003), como escaldaduras em maçãs
(Fan et al., 1999a). Porém, pêssegos tratados com 1-MCP e armazenados a 5ºC
apresentaram escurecimento interno mais severo quando comparados a frutos não
tratados. Entretanto, o escurecimento interno da polpa não foi associado a
aplicações de 1-MCP quando pêssegos foram armazenados em temperaturas de 0
ou 10ºC ou quando foram utilizados frutos colhidos tardiamente (Fan et al., 2002).
2.4.6. Podridões
15
Aplicações pré-colheita de AVG, reduziram a incidência de podridões em
maçãs, tanto após 8 meses de armazenamento como após 7 dias de exposição a
20°C (Steffens, 2003).
Pêssegos tratados com 1-MCP apresentaram uma redução de 74 e 82% na
incidência de podridões nas cultivares Fortune e Angeleno respectivamente.(Menniti
& Donati, 2004). Entretanto, em algumas espécies, tratadas com 1-MCP, observou-
se um aumento na incidência de doenças (Blankenship & Dole, 2003),
provavelmente devido à inibição de resposta de um metabólito benéfico,
possivelmente relacionada ao mecanismo de defesa dos vegetais (Ku et al., 1999).
2.4.7. Respiração
16
(Blankenship, 2001). Em ameixas, o climatério respiratório foi inibido pela utilização
deste produto (Abdi et al., 1998; Dong et al., 2002).
3. MATERIAL E MÉTODOS
17
apresentando os seguintes valores: 14N de firmeza de polpa, 17,24 meq100mL de
acidez titulável e 11,19 °Brix de sólidos solúveis totais.
18
3.4. Condição de armazenamento
19
volume do espaço livre, do peso dos frutos e do tempo de fechamento, foi calculada
a respiração expresso em mlCO2 Kg-1 h-1.
20
h- Incidência de lanosidade: determinada de forma subjetiva através do
pressionamento dos frutos entre os dedos e pela visualização direta da presença ou
ausência de suco e/ou polpa farinácea. Os valores foram expressos em porcentagem
de frutos afetados.
21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
22
controlada. Da mesma forma, Dong et al. (2002), através da aplicação de 1-
MCP, obtiveram redução na perda da firmeza de polpa em ameixas, bem
como Watkins et al. (2000), em experimentos utilizando o mesmo produto,
conduzidos com diferentes cultivares de maçãs armazenadas sob
refrigeração.
Kim et al. (2001) afirmam que a perda da firmeza de polpa dos frutos é
um dos processos do amadurecimento mais sensíveis ao etileno, devido à
degradação da protopectina da lamela média e parede celular primária com o
aumento no conteúdo de pectinas solúveis, ocasionado pela presença desse
fitohormônio durante a conservação em pós-colheita (Rombaldi et al., 2001;
Coelho, 1994). Este fato explica porque os tratamentos em que ocorreram
aplicações de 1-MCP associadas a aplicações de AVG, apresentaram firmeza
de polpa superior aos frutos tratados apenas com AVG. Esse resultado é
devido, provavelmente, ao efeito na redução da ação, bem como da produção
autocatalítica de etileno, pois a sua autocatálise é dependente da presença
desse fitohormônio, que causa um incremento na atividade enzimática (ACC
sintase e ACC oxidase) (Johnston et al., 2002; Majumder & Mazumdar, 2002).
23
Tabela 1. Qualidade físico-química de pêssegos cv. Eldorado após três semanas de armazenamento a 0°C mais cinco
dias de exposição a 20°C, em função de 1-MCP e doses e épocas de aplicação de AVG. Santa Maria, RS,
2004.
Tratamentos
Épocas de aplicação Aplicação de Firmeza de Acidez
Doses de AVG SST Cor Podridões
de AVG 1-MCP polpa titulável
(gha-1) (°Brix) (a*+b*) (%)
(DAC)* (1000ppb) (N) (meq100mL)
0 0 Sem 50,9 bc** 12,4 b 11,6 a 23,4 c 35,4a
15 125,0 Sem 53,7 abc 12,6 b 11,5 a 22,7 c 22,6a
15 187,5 Sem 52,1 bc 12,6 b 11,5 a 23,5 bc 25,0a
15 249,0 Sem 46,7 c 12,5 b 11,8 a 24,0 bc 21,9 a
21 125,0 Sem 52,6 bc 12,4 b 11,7 a 23,8 bc 23,7a
21 187,5 Sem 46,5 c 12,4 b 11,8 a 26,9 abc 29,4 a
21 249,0 Sem 65,6 ab 12,0 b 11,6 a 26,1 abc 31,5 a
15 125,0 Com 63,2 ab 15,4 a 11,0 a 25,3 abc 19,1a
15 187,5 Com 68,6 a 15,2 a 11,4 a 24,9 abc 18,3a
15 249,0 Com 58,3 ab 15,4 a 11,3 a 24,2 abc 23,6a
21 125,0 Com 65,3 ab 15,1 a 11,5 a 28,6 a 17,9a
21 187,5 Com 60,6 ab 15,2 a 11,5 a 26,7 abc 18,7a
21 249,0 Com 57,2 abc 15,2 a 11,2 a 28,1 ab 22,4a
C.V. (%) 9,34 1,63 2,60 6,18 28,21
*DAC – Dias Antes da Colheita.
**Médias não seguidas pela mesma letra diferem pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.
24
4.2. Acidez titulável
25
4.3. Sólidos solúveis totais
26
síntese de carotenóides, que são pigmentos responsáveis pela formação da
cor de fundo da epiderme, onde o etileno atua estimulando a síntese dos
mesmos (Chitarra, 1998).
Em experimentos realizados com laranjas, a perda da coloração verde
também foi bloqueada com a aplicação de 1-MCP e foi estimulada por etileno
exógeno (Porat et al., 1999).
Maçãs que receberam aplicações em pré-colheita de AVG,
(Waclawovsky, 2001; Awad & de Jager 2002a; Steffens, 2003) mantiveram
uma cor de fundo da epiderme mais verde. Entretanto, Autio & Bramlage
(1982) mostraram em maçãs, que o tratamento com AVG não influenciou a
taxa de degradação da clorofila.
4.5. Podridões
27
4.6. Síntese de etileno
28
4.7. Respiração
29
Tabela 2. Síntese de etileno e respiração de pêssegos cv. Eldorado no início do armazenamento, em função de doses e
épocas de aplicação de AVG. Santa Maria, RS, 2004.
Tratamentos
Épocas de aplicação Concentrações Aplicação de
Etileno Respiração
de AVG de AVG 1-MCP
-1
( lkg-1h-1) (mlCO2kg -1h-1)
(DAC)* (gha ) (1000ppb)
0 0 Sem 0,20 a** 10,1 a
15 125,0 Sem 0,16 a b 9,02 a b
15 187,5 Sem 0,10 b 8,91 a b
15 249,0 Sem 0,10 b 8,26 a b
21 125,0 Sem 0,16 a b 7,23 b
21 187,5 Sem 0,17 a b 8,06 a b
21 249,0 Sem 0,17 a b 7,00 b
15 125,0 Com - -
15 187,5 Com - -
15 249,0 Com - -
21 125,0 Com - -
21 187,5 Com - -
21 249,0 Com - -
C.V. (%) 32,0 20,81
*DAC – Dias Antes da Colheita.
**Médias não seguidas pela mesma letra diferem pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.
30
Tabela 3. Síntese de etileno e respiração de pêssegos cv. Eldorado, após três semanas de armazenamento a 0°C mais
cinco dias de exposição a 20°C, em função de 1-MCP e doses e épocas de aplicação de AVG. Santa Maria,
RS, 2004.
Tratamentos
Épocas de aplicação Concentrações Aplicação de
Etileno Respiração
de AVG de AVG 1-MCP
-1
( lkg-1h-1) (mlCO2kg -1h-1)
(DAC)* (gha ) (1000ppb)
0 0 Sem 2,61 a** 16,9 a
15 125,0 Sem 3,16 a 17,4 a
15 187,5 Sem 2,72 a 16,3 a
15 249,0 Sem 2,48 a 14,7 a
21 125,0 Sem 2,26 a 15,5 a
21 187,5 Sem 2,13 a 14,1 a
21 249,0 Sem 2,54 a 17,8 a
15 125,0 Com 0,74 b 1,54 b
15 187,5 Com 0,65 b 1,36 b
15 249,0 Com 0,77 b 1,97 b
21 125,0 Com 0,92 b 1,13 b
21 187,5 Com 0,43 b 1,32 b
21 249,0 Com 0,87 b 1,56 b
C.V. (%) 30,0 32,8
*DAC – Dias Antes da Colheita.
**Médias não seguidas pela mesma letra diferem pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.
31
5.CONCLUSÕES
32
33
Tabela 4. Quadro de análise da variância referente às análises de sólidos solúveis totais (SST), firmeza de
polpa, cor e podridão em pêssegos cv. Eldorado após três semanas de armazenamento a 0°C
mais cinco dias de exposição a 20°C, em função de 1-MCP e doses e épocas de aplicação
de AVG. Santa Maria, RS. 2003.
Acidez SST Firmeza de Cor Podridões
titulável (°Brix) polpa (a*+b*) (%)
(meq100mL) (N)
FV GL QM QM QM GL QM QM
Bloco 2 0,01ns 0,03ns 17,68ns 2 3,93ns 6,18ns
Tratamento 12 6,61* 0,24* 167,33* 11 11,24* 9,86*
Resíduo 24 0,05 0,09 27,95 22 2,42 0,13
Média 13,74 11,50 56,61 25,15 23,80
CV(%) 1,63 2,60 9,34 6,18 28,21
ns= não significativo; *:significativo em nível de 5% de probabilidade de erro, pelo teste de T.
33
34
6.BIBLIOGRAFIA
34
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