Casos Resolvidos PC
Casos Resolvidos PC
Casos Resolvidos PC
- Vão lá 3 especialistas:
1. eletricidade (Agostinho)
2. canalização (Beto)
3. construção (Cláudio)
Subhipóteses
QUID IURIS?
Resolução:
a)
➔ Caso de responsabilidade civil das pessoas coletivas (PC) por atos praticados pelos seus
agentes
➔ Regime das PC previsto no 165º e que remete para o 500º, relativo à responsabilidade
dos comitentes por atos dos seus comissários
➔ Responsabilidade atribuída à PC é objetiva (não depende da sua culpa nas instruções
dadas ao agente – culpa in instruendo – na escolha deles – culpa in eligiendo – ou na
fiscalização da sua atividade – culpa in vigilando – dependendo sim da culpa de quem
atuou em nome do ente coletivo (500º/1)
➔ Para corresponsabilizar a pessoa coletiva nos termos do art. 500º, exige-se, para além
de um vínculo necessário e óbvio entre a pessoa coletiva e o seu agente, a verificação
dos seguintes pressupostos:
NOTA: obrigação solidária (497º e 499º); neste caso é uma aparente obrigação solidária, já que
na circunstância de não ser determinado órgão ou agente culpado do ato danoso, motivador
de responsabilidade, a pessoa coletiva acabará por responder isoladamente
b)
Nestas condições, haverá apenas uma coincidência entre as funções do agente, órgão ou
mandatário e ato danoso, pelo que é líquido que os atos intencionais (art. 500º) que não
excluem a responsabilidade da pessoa coletiva serão os que visaram exclusiva ou
paralelamente interesses da entidade em representação
c)
NOTA: diferente é a noção de vício em que a normal relação de concordância entre a vontade e
a declaração em causa é afastada, sendo cambiada por uma relação patológica ou viciada;
haveria distonia ou divergência notória entre a vontade e a declaração
➔ O presente caso é de coação moral; a liberdade de D está limitada mas não totalmente
excluída
➔ Uma vez doada a medalhinha (opção consciente), D poderá requerer judicialmente
que esta lhe seja devolvida, caso estejam preenchidos os requisitos de relevância que
sustentam a verificação plena da coação moral
➔ Para gerar a anulabilidade, a coação tem que revestir as características de coação
essencial (ter condicionante ou causa de emissão da declaração), firme intenção
daquele que coage em extrair a declaração negocial do coato; deve verificar-se a
ilicitude da ameaça e dos meios empregues
➔ 256º CC
➔ D tem 1 ano para cessar a ameaça para arguir a anulabilidade do negócio (287º /1 CC)
➔ Após a declaração judicial de anulabilidade, R deverá entregar a medalha a D, ou, se tal
não for possível, restituir-lhe o valor correspondente (289º/1 CC)