Gastro - Intestinos Parte 2
Gastro - Intestinos Parte 2
Gastro - Intestinos Parte 2
Apendicite aguda
- O apëndice é um resquício embionário de uma alça intestinal com luz pequena,
colonizado por bactérias gram negativas entéricas, anaeróbias, que tem as
mesmas camadas tecicuais do intestino. O apêndice é uma alça com um único
ponto de fixacao, na tenia do ceco (musculatura paralela ao sentido do orgao). O
apêndice se posiciona, portanto, posteriormente ao ceco.
- O ponto de projeção do apendice que se localiza na pele é o ponto de Mc
Burney: a intercessão entre o terço distal e mediano da linha entre a cicatriz
umbilical e a fossa ilíaca direita.
• Isso significa que, em 50% das pessoas, o apêndice será encontrado sob
o ponto de Mc Burney, mas, este órgão poderá estar localizado em
qualquer ponto do abdome, ou, até, na pelve.
Sinais clássicos
Inflamação Sangramento
• Classificação de Hinchey
- Estagio I - abscesso pericólico
- Estagio II - abscesso pélvico
- Estagio III - peritonite purulenta - o fecalito ainda obstrui o orifício
diverticular, impedindo a passagem do conteúdo intestinal para o
peritoneo.
Angulo de Treitz
Acima do angulo Abaixo do angulo
duodeno-jejunal
Hematêmese Hematoquezia
Clínica
Melena Enterorragia
Estabilização hemodinâmica
Se não é possível estabilizar, cirurgia (colectomia, no caso da EDB).
Pólipos intestinais
- Qualquer crescimento da parede de um órgão para o interior da luz é um pólipo e
é sabido que a principal fonte de câncer colorretal é o adenoma, um pólipo
benigno. Após o desenvolvimento do pólipo benigno, há chances de desenvolver
adenocarcinoma (pólipo maligno).
• O pólipo benigno viloso (que parece uma grama), maior que 2cm e com
displasia grave e o pólipo mais propenso a se tornar um câncer.
Cancer colorretal
- Adenocarcinoma colorretal pode ser desenvolvido por três maneiras:
• Forma esporádica - é a forma mais comum e tem como fatores de risco a
idade, historia familiar (parente de primeiro grau), doença inflamatória
intestinal, dieta e hábitos de vida (os mesmos fatores que levam a
coronariopatias)
- Diagnóstico
• Colonoscopia e biópsia (histopatologia) de fragmento da lesão
• Antigeno carcinoembrionário (CEA) é um marcador para acompanhamento
- O tratamento envolve cirurgia, quimio e/ou radioterapia, de acordo com o grau de
gravidade do tumor, o estadiamento.
Obstrução intestinal
- Caracterizada pela parada de eliminação de gases e fezes que não é passível de
avaliação pelo exame físico. As consequências dessa parada de eliminação são,
no entanto, perceptíveis ao exame, como:
Obstrucao funcional
Ileo paralítico
• Pode acometer todo o intestino
• A principal causa é o pós operatório imediato de cirurgias abdominais (delgado volta em
6-24h e colon pode levar 72h); pode ser drogas, processo inflamatoria, DHE
• Clinica: Distensao, dor, vomitos
• TTO: Excluir qualquer possibilidade de obstrução mecânica; dieta zero, sonda nasogastrica,
corrigir volemia, DHE, suspender drogas (opioide)
Sindrome de Oglivie
• Pseudo-obstrucao colonica aguda
• Somente o colon é atingido
• Pacientes graves, trauma, sepse, inflamação intensa
• Peristalse pode estar presente, associada a dor e distensão
• TTO: excluir causas mecanicas, suporte e NEOSTIGMINA, parassimpaticomimetico, (2,5mg
IV)
• Colonoscopia se distensao maior que 11-13cm para evitar ruptura
Obstrução mecanica
Delgado
• É o sítio de obstrução mais comum
• Principal causa: bridas, aderências, hernias, cancer, iliobiliar.
• Cirurgia abdominal prévia no andar inferior é o grande fator de risco, pela lesão do peritoneo
que forma traves de fibrose no processo de cicatrizacao.
• Idealmente, a lise das aderencias deve ser realizada por videolaparoscopia.
• Uma vez operado, para o resto da vida há risco de formação de brida.
• Ileo biliar & Sindrome de Bouveret - havendo cálculos biliares (colelitiase) e colecistite
aguda, pode haver fístula entre a vesícula e o duodeno, com passagem dos cálculos para o
duodeno. No ileo distal, mais estrangulado, o calculo fica impactado. Há pneumobilia - ar
Nas vias biliares. Na Síndrome de Bouveret o calculo fica impactado no duodeno ou piloro.
Sao ambos eventos raros.
Colon
• Cancer é a causa mais comum
• Volvo de sigmoide é o mais comum. A alta de sigmoide sofre rotação sobre o próprio eixo.
Pode ocorrer obstrução em alca fechada, oclusão em dois pontos diferentes, sendo um
deles a válvula ileocecal competente, que não permite refluxo, quadro que evolui para
isquemia e necrose muito rapidamente
• Divertículo - quando há diverticulite com inflamação muito discreta, que gera fibrose local
obstrucao.
Obstrução mecanica
Infancia - INTUSSUSCEPCAO
• Principal causa na infancia
• Invaginacao de uma alca intestinal de causa idiomática na criança e com causa identificável
no adulto (cancer, polipo).
• Criança de 3m a 3a, mais de 60% nos primeiros 6 meses de vida.
• Uma onda de peristalse atinge segmento intestinal não totalmente desenvolvido, com a
invaginacao deste segmento
• Dor abdominal, choro incoercivel, massa em aspecto de salsicha, fezes em geleia de
framboesa (isquemia e descamaçao mucosa, muco-sangue)
• Tratamento é redução: enema com bário ou ar, inicialmente, ou cirurgia (casos refratários ou
câncer)
• No adulto, nao caberá tentativa de redução por enema, pois tem causa especifica.
- O toque retal deve sempre ser realizado em paciente com obstrução intestinal,
quando se encontram fezes, massas e fecaloma.
• A rotina de abdome agudo não ajuda a determinar qual é a causa, mas sim
o local da obstrucao.
TRATAMENTO
Embolectomia ou trombectomia
Embolia ou trombose de Avaliação da vitalidade da alça
arteria mesenterica Remoção do segmento infartado
Papaverina no pos-operatorio para evitar vasoespasmo reflexo
Heparinizacao
Trombose de veia
Se houver sinais de complicacao, irritação peritoneal, refratariedade,
mesentérica
deve ser realizada cirurgia
• Diagnostico
- Clister opaco mostra sinal das impressões digitais - thumbprinting
- Retossigmoidoscopia ou colonoscopia mostra necrose, edema ou
ulceras, quadro de colite