Curso 275080 Aula 02 64d8 Completo

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Aula 02

CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do


Trabalhador) Passo de Conhecimentos
Específicos - Eixo Temático 5 - Direito do
Trabalho - 2024 (Pós-Edital)

Autor:
Murilo Soares

30 de Janeiro de 2024

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Murilo Soares
Aula 02

INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................2
ALTERAÇÕES MAIS RELEVANTES DA LEI Nº 13.467/2017 ....................................................... 2
ANÁLISE DAS QUESTÕES ........................................................................................................ 3
ORIENTAÇÃO DE ESTUDO - CHECKLIST ................................................................................. 12
PONTOS A DESTACAR ........................................................................................................... 12
QUESTIONÁRIO DE REVISÃO ................................................................................................ 13
ANEXO I – LISTA DE QUESTÕES ............................................................................................ 16
ANEXO II - ANÁLISE ESTATÍSTICA .......................................................................................... 20

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INTRODUÇÃO
Neste terceiro arquivo serão abordados os seguintes assuntos: Da relação de trabalho e da relação
de emprego: características e diferenciação. Dos sujeitos do contrato de trabalho stricto sensu: do
empregado e do empregador: conceito e caracterização.
Importante destacar que o material já está atualizado de acordo com a reforma trabalhista
promovida pela Lei nº 13.467/2017, sendo que as principais novidades serão mencionadas e
destacadas, devendo o candidato dar especial atenção a essas alterações, já que novidades
legislativas costumam ser muito cobradas em provas.
Os temas Do grupo econômico e suas implicações no contrato de trabalho; da sucessão de
empregadores; da responsabilidade solidária possuem importância alta, já que foram
efetivamente cobrados 53,8% das provas da FCC realizadas para o cargo. A matéria demanda
basicamente o conhecimento dos conceitos fornecidos pela legislação celetista.
O assunto Terceirização foi cobrado em apenas duas provas (15,4% do total). Apesar da baixa
importância em prova, é matéria recorrente na prática trabalhista, devendo o candidato conhecer
bem o teor da Súmula nº 331 do TST, bem como as alterações da Lei nº 6.019/1974, promovidas
pela Lei nº 13.429/2017. A matéria tende a ser cobrada em prova em razão das recentes novidades
legislativas sobre o tema, fato inclusive já observado na prova do TST 2017.

Boa leitura!

ALTERAÇÕES MAIS RELEVANTES DA LEI Nº 13.467/2017


Como é de conhecimento de todos, a CLT passou por uma grande reformulação em razão da
edição da Lei nº 13.467/2017.
Aqui irei destacar os pontos mais relevantes no que tange à matéria analisada neste PDF:
1) Grupo econômico - art. 2º da CLT - foi alterada a redação do § 2º da CLT e acrescentado o § 3º;
2) Sucessão trabalhista - foram criados os artigos 10-A e 448-A;
Tratando-se novidade legislativa, é importante que o candidato faça uma leitura atenta dos
dispositivos citados, já que há grande possibilidade que sejam cobrados.

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ANÁLISE DAS QUESTÕES


1) (TRT1 - 2013 - Analista Judiciário - área administrativa - FCC)
Em relação ao contrato individual de trabalho, de acordo com a CLT:
a) A mudança na propriedade da empresa não afetará os contratos de trabalho dos
respectivos empregados.
b) A alteração na estrutura jurídica da empresa afetará os contratos de trabalho dos
respectivos empregados.
c) A alteração na estrutura jurídica da empresa afetará os direitos adquiridos por seus
empregados.
d) A responsabilidade das empresas integrantes de grupo econômico em relação aos direitos
dos empregados é subsidiária.
e) Poderá ser solidária ou subsidiária a responsabilidade das empresas integrantes de grupo
econômico não formalizado nos termos da lei, pelos direitos dos empregados.
Questão que aborda o conhecimento do disposto nos artigos 2º, 10 e 448 da CLT e não há
alteração de gabarito em razão da Lei nº 13.467/2017. Importante notar que as alternativas das
letras "a" e "b" são de certa forma opostas, o que já indica que apenas uma delas está correta.
Ainda, cumpre destacar que a legislação trabalhista é protetiva, ou seja, existe para assegurar os
direitos do empregado em face do poder econômico do empregador. Tendo isso em mento, fica
claro que as mudanças internas ocorridas dentro da empresa (troca de propriedade ou alteração
da estrutura) não podem se dar em prejuízo aos direitos dos empregados.
Letra A – CORRETA – Art. 448 da CLT: "A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da
empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados".
Letra B – INCORRETA – Art. 448 da CLT, acima transcrito.
Letra C – INCORRETA – Art. 10 da CLT: "Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não
afetará os direitos adquiridos por seus empregados".
Letra D – INCORRETA – Artigo 2º, § 2º, da CLT: "Sempre que uma ou mais empresas, tendo,
embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade
econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa
principal e cada uma das subordinadas".
Letra E – INCORRETA – Artigo 2º, § 2º, da CLT, acima transcrito.
Observação: Embora os artigos 10 e 448 da CLT não tenham sido alterados, a Lei nº 13.467/2017
criou os art. 10-A e 448-A, com a seguinte redação:

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Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas
ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a
modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
III - os sócios retirantes.
Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada
fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta
Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam
para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada
fraude na transferência.

GABARITO: “A”.

2) (TRT18 - 2013 - Analista Judiciário - área administrativa - FCC)


O empregado que não recebe os salários da empresa empregadora poderá pleitear o
pagamento por parte de outra empresa que pertença ao mesmo grupo econômico de sua
empregadora, embora não tenha prestado serviços a essa empresa?
a) Não, porque o empregado não prestou serviços para a outra empresa do grupo econômico.
b) Sim, desde que essa responsabilidade esteja expressamente prevista no contrato de
trabalho.
c) Não, visto que são empresas com personalidade jurídica própria, não havendo previsão
legal para tal responsabilidade.
d) Sim, respondendo a empresa do grupo de forma solidária, por força de dispositivo legal
trabalhista.
e) Sim, havendo apenas a responsabilidade subsidiária da empresa do grupo que não foi
empregadora.
A questão é clara ao afirmar que se trata de empresas do mesmo grupo econômico. Nesse caso, a
resposta para a questão encontra-se na literalidade do art. 2º, §2º, da CLT:
"Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de
qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente
responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas".

Observação: O §2º do art. 2º, da CLT, foi apenas reescrito em virtude da Lei nº 13.467/2017, não
havendo alteração de gabarito para a questão. Esta é a nova redação do dispositivo legal:

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§ 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma
sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes
da relação de emprego.
A novidade em relação ao grupo econômico encontra-se no §3º do art. 2º da CLT:
§ 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do
grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das
empresas dele integrantes.

Desse modo, a lei impossibilitou o reconhecimento de grupo econômico com base apenas na
identidade de sócios, sendo necessária a demonstração de comunhão de interesses e atuação
conjunta das empresas (coordenação/subordinação). Em sendo assim, fato de uma mesma pessoa
ser sócia, por exemplo, de uma padaria e uma farmácia, não justifica, em tese, o reconhecimento
do grupo econômico. Por outro lado, se a mesma pessoa for sócia de diversas padarias, cada uma
com personalidade jurídica própria, o grupo econômico, em tese, poderia ser reconhecido.
GABARITO: “D”.

3) (TRT6 - 2012 - Analista Judiciário - área administrativa - FCC)


Com relação ao Grupo Econômico, considere:
I. O Grupo Econômico não se caracteriza, necessariamente, pela natureza das sociedades
que o integram.
II. O Grupo de Empresas pode não ter personalidade jurídica e existir de fato.
III. A sociedade de economia mista, as entidades beneficentes e os sindicatos podem fazer
parte de um grupo econômico.
IV. É possível a soma do tempo de serviço prestado para as diversas empresas do grupo
para efeito de férias.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e II.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) I, II e IV.
Item I - CORRETO: O art. 2º, § 2º, da CLT prevê que "Sempre que uma ou mais empresas, tendo,
embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade
econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa
principal e cada uma das subordinadas". Note-se que o relevante para o reconhecimento do grupo

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econômico é a existência de coordenação/subordinação entre as empresas que compõem o grupo,


em razão de sua administração comum. Assim irrelevante a natureza societária de cada uma das
empresas que compõem o grupo.
Item II - CORRETO: Conforme se extrai do dispositivo transcrito acima, para que haja grupo
econômico é necessária a coordenação/subordinação entre empresas, consubstanciada na
administração comum entre elas. Não é necessário que o grupo seja formalizado (por exemplo, em
uma Holding controladora), bastando que fique demonstrado que as empresas estavam sob a
mesma direção, buscando resultados comuns. A título de exemplo, tem-se que as Organizações
Globo, uma holding, formam um grupo econômico formalizado, composto por diversas empresas
(TV Globo, rádio Globo, Jornal O Globo, Editora Globo, Globo Filmes e etc.). Por outro lado,
diversos postos de gasolina com razões sociais diversas (Ex.: Posto Santa Rita Ltda; Posto Santa
Rosa Ltda e Posto Santa Terezinha Ltda) e com administração comum, formam um grupo
econômico não formalizado.
III - INCORRETA : A sociedade de economia mista, desde que autorizada em seu estatuo, pode
constituir subsidiárias, sendo que nesse caso haverá grupo econômico (Ex.: Petrobras e BR
Distribuidora; Banco do Brasil e Ourocard). Contudo, as entidades beneficentes e sindicatos, como
não podem formar grupo econômico por uma razão muito simples: Não desenvolvem atividade
econômica, o que a doutrina majoritária entende ser um requisito obrigatório previsto no art. 2º,
§2º, da CLT.
IV - CORRETA: É possível a soma do tempo de serviço prestado para as diversas empresas do
grupo, para efeito de férias, em razão do entendimento doutrinário e jurisprudencial de que o
grupo econômico configura empregador único. Isso quer dizer que o empregado que presta
serviços a diversas empresas do grupo, em realidade, presta serviços a um único empregador,
razão pela qual os períodos de serviço prestados a diversas empresas do mesmo grupo devem ser
levados em conta para fim de contagem de férias.

Novamente, não há alteração do gabarito da questão em virtude da Lei nº 13.467/2017, uma vez
que o conceito básico de grupo econômico, bem como a responsabilidade entre as empresas do
grupo, permanece inalterado.
GABARITO: “E”.

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4) (TRT6 - 2012 - Analista Judiciário - área administrativa - FCC)


Na gestão de pessoas no setor público deve-se utilizar os quadros terceirizados em
a) funções com pouca interação com o público.
b) atividades-meio de caráter auxiliar.
c) funções técnicas que exigem frequente atualização.
d) atividades-fim com baixa complexidade técnica.
e) cargos com elevada rotatividade.
Embora não muito cobrada em prova, a terceirização é um assunto que está sempre em pauta,
razão pela qual é importante o candidato ter conhecimento do teor da Súmula nº 331 do TST, que
regulamenta o entendimento jurisprudencial sobre a questão:
"CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à
redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o
tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com
os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de
20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do
tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade
subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação
processual e conste também do título executivo judicial. "
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas
condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º
8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento
das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da
condenação referentes ao período da prestação laboral.

Do texto da Súmula, é importante destacar que somente as atividades-meio, que são aquelas que
não ligadas ao objeto social da empresa (serviços de vigilância, conservação, portaria, recepção),
podem ser terceirizadas sem que se forme o vínculo de emprego direto com o tomador do serviço,
mas atualmente, após decisão vinculante do STF, as atividade-fim também podem ser
terceirizadas, em regra. Ainda, cumpre mencionar que a Administração Pública, embora não possa
ter o vínculo reconhecido (necessidade de concurso público), pode ser responsabilizada de forma
subsidiária pelos créditos trabalhistas, desde que reconhecido a culpa da Administração na escolha

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da empresa contratada (in eligendo) e fiscalização da execução (in vigilando) do contrato de


prestação de serviço.
Atenção: Embora nenhum dos incisos da Súmula nº 331 do TST tenha sido cancelado, é importante
mencionar que a Lei nº 13.429/2017 acrescentou o § 3º ao art. 9º da Lei nº 6.019/1974, que traz a
seguinte redação: "§ 3o O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento
de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços", o que
sinaliza a possibilidade de terceirização de atividade fim da empresa, também conforme o
entendimento atual do STF, seguindo também pelo TST.
GABARITO: “B”.

5) (TST - 2017 - Analista Judiciário - área administrativa - FCC)


Gosto Bom Ltda., indústria alimentícia, terceirizou os serviços do setor de embalagens dos
seus produtos e, para tanto, contratou a empresa Pacote Forte Embalagens Ltda., de
propriedade de seu antigo gerente industrial, que pediu demissão exatamente para fundar
esta empresa. Esse é o primeiro contrato de prestação de serviços firmado pela Pacote
Forte Embalagens Ltda., quatro meses depois de iniciar suas atividades. No contrato de
prestação de serviços pactuado restou previsto que os empregados da contratada farão jus
a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante. Os serviços contratados são
executados nas dependências da tomadora. Considerando as regras legais sobre
terceirização de serviços,
a) a embalagem dos produtos faz parte da cadeia de produção da empresa, caracterizando-se
como atividade fim e, portanto, é ilegal a terceirização realizada.
b) a pactuação de salário para os empregados da contratada igual ao que é pago aos
empregados da contratante descaracteriza a terceirização, tornando-a ilegal e levando à
formação do vínculo de emprego diretamente com a contratante.
c) o fato de a empresa Pacote Forte Embalagens Ltda. ser de propriedade de um antigo
gerente e de a contratação ter ocorrido apenas quatro meses após o início das atividades
dessa empresa, não implica em ilegalidade da terceirização realizada.
d) os empregados da Pacote Forte Embalagens Ltda. que prestam serviços à Gosto Bom Ltda.
têm asseguradas as mesmas condições relativas a atendimento médico ou ambulatorial
existente nas dependências da contratante ou local por ela designado.
e) o contrato de prestação de serviços conterá a qualificação das partes, a especificação do
serviço a ser prestado, o prazo para realização do serviço, quando for o caso, e a indicação
expressa do nome de cada um dos empregados da contratada que irão prestar os serviços,
não podendo haver substituição até final duração do contrato.
a) INCORRETA - Se analisada sob a égide da Súmula nº 331 do TST (não cancelada até o momento)
a alternativa estaria correta, já que a referida súmula expressamente veda a terceirização de
atividades-fim das empresas. Contudo, com a vigência da Lei nº 13.429/2017, art. 9º, § 3º, da Lei

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nº 6.019/1974 passou a prever que "O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o
desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora
de serviços".
Diante da nova legislação, não há falar em ilegalidade na terceirização.
b) INCORRETA - Literalidade do art. 4º-C, § 1º, da Lei nº 6.019/1974, incluído pela Lei nº
13.429/2017: "Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os
empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da
contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo".
c) INCORRETA: Literalidade do art. 5º-C da Lei nº 6.019/1974, incluído pela Lei nº 13.429/2017: "Não pode
figurar como contratada, nos termos do art. 4º-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham,
nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem
==9a0b8==

vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados".

d) CORRETA: Literalidade do art. 4º-C, I, "c", da Lei nº 6.019/1974, incluído pela Lei nº
13.429/2017:
"Art. 4º-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4o-A
desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante,
forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições:
I - relativas a:
(...)
c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela
designado".
e) INCORRETA: A indicação expressa do nome de cada um dos empregados da contratada que irão prestar os
serviços não é um dos requisitos do contrato de prestação de serviço, os quais encontram-se previstos no art.
5º-B da Lei nº 6.019/1974, incluído pela Lei nº 13.429/2017:
" Art. 5º-B. O contrato de prestação de serviços conterá:
I - qualificação das partes;
II - especificação do serviço a ser prestado;
III - prazo para realização do serviço, quando for o caso;
IV - valor".

GABARITO: “D”.

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6) (TST - 2017 - Analista Judiciário - área administrativa - FCC)


Os sócios das empresas Turismo Maravilha Ltda. e Festa de Arromba Promoções e Eventos
Ltda. são os mesmos. A primeira delas é sediada em Maceió e a segunda tem sede em Belo
Horizonte, desenvolvendo suas atividades exclusivamente nessas cidades. Em todos os
eventos realizados pela Festa de Arromba são sorteados pacotes turísticos da Turismo
Maravilha, sendo esse o meio encontrado pelos sócios para o desenvolvimento das
atividades dessa última, que foi inaugurada há pouco tempo.
Essa integração tem se mostrado muito importante para o desenvolvimento da Turismo
Maravilha, sendo os sorteios a única forma de divulgação e publicidade da empresa. Em
relação à situação descrita,
a) as empresas não integram grupo econômico, tendo em vista que exercem atividades
completamente distintas, não havendo integração entre as mesmas, sendo que a mera
identidade de sócios não é suficiente para caracterizar grupo econômico.
b) não há formação de grupo econômico pois, além das atividades das empresas serem
completamente distintas, as mesmas localizam-se em cidades diferentes, não havendo
interesses integrados.
c) embora as empresas tenham atividades distintas, a identidade de sócios, aliada ao
interesse integrado, à efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das mesmas, leva
à caracterização do grupo econômico.
d) há formação de grupo econômico, tendo em vista que a simples existência de sócios em
comum é fator suficiente para tal caracterização.
e) há formação de grupo econômico em razão da existência de sócios comuns e de interesses
integrados, sendo que as empresas são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações
decorrentes da relação de emprego.
Em primeiro lugar é fundamental que se tenha conhecimento do teor do art. 2º, §§ 2º e 3º, da CLT
(com redação dada pela Lei nº 13.467/2017):
"§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma
sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes
da relação de emprego.
§ 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do
grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das
empresas dele integrantes".

Importante notar que as empresas atuam em ramos diferentes (turismo e eventos). Contudo, a
empresa de eventos realiza sorteios de produtos da empresa de turismo como forma de promover
o desenvolvimento desta última, o que deixa claro que há "demonstração do interesse integrado, a
efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes".

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A e B) INCORRETAS - Para o reconhecimento do grupo econômico não se exige que as empresas


exerçam atividades semelhantes ou que estejam localizadas na mesma cidade.
c) CORRETA - Conforme visto, há identidade de sócios, comunhão de interesses e atuação
integrada, o que é o suficiente para o reconhecimento da existência de grupo econômico.
d) INCORRETA - Conforme se extrai do art. 3º, § 3º, da CLT, a mera identidade de sócios não é o
suficiente para o reconhecimento de grupo econômico.
e) INCORRETA - Conforme se extrai do art. 3º, § 2º, da CLT, a responsabilidade das empresas
formadoras do grupo econômico é solidária.
GABARITO: “C”.

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ORIENTAÇÕES DE ESTUDO - CHECKLIST


Feita a análise das principais questões cobradas recentemente pela FCC, sugiro que o candidato
busque compreender e memorizar pelo menos os seguintes pontos:

1. Conceito de grupo econômico e responsabilização das empresas formadoras do mesmo


grupo. Atenção: A Lei nº 13.467/2017 alterou a redação do art. 2º da CLT e acrescentou o §
2º, o qual prevê que a mera identidade de sócios não caracteriza o grupo econômico;
2. Reconhecer os efeitos da sucessão trabalhista; as exceções à sucessão trabalhista; e os
princípios relacionados à sucessão trabalhista. Atenção: A Lei nº 13.467/2017 criou os
artigos 10-A e 448-A, que alteram parcialmente o entendimento acerca da sucessão
trabalhista;
3. Conhecer as hipóteses de terceirização lícita de serviços e forma de responsabilização das
empresas (Súmula nº 331 do TST e Lei nº 6.019/1974, com alteração promovida pela Lei nº
13.429/2017);

PONTOS A DESTACAR
Conforme visto na análise das questões, a FCC cobra muito o conhecimento dos conceitos quando
a matéria é essencialmente doutrinária. Por outro lado, as questões mais técnicas do Direito do
Trabalho são abordadas apenas quanto à literalidade da Lei.
Assim, sem a pretensão de esgotar o conteúdo do assunto, chamamos a atenção para alguns
pontos que merecem atenção nos nossos estudos:

• Responsabilidade solidária do grupo econômico.


• Efeitos da sucessão de empregadores no contrato de trabalho.
• Terceirização.

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QUESTIONÁRIO DE REVISÃO
*** Questionário - somente perguntas ***
1) O que é grupo econômico para efeitos trabalhistas e qual a forma de responsabilização
atribuída às empresas formadoras do mesmo grupo?
2) Quais os efeitos da sucessão trabalhista no contrato de trabalho?
3) Quais as exceções à sucessão trabalhista?
4) Aponte os princípios relacionados à sucessão trabalhista.
5) Um empregado contratado pela empresa X para prestar serviços de vigilância para a
empresa siderúrgica Y. Em caso de inadimplemento das verbas trabalhista por parte da
empresa X, poderá a empresa Y ser responsabilizada pelas verbas trabalhistas?

*** Questionário – perguntas com respostas ***

1) O que é grupo econômico para efeitos trabalhistas e qual a forma de responsabilização


atribuída às empresas formadoras do mesmo grupo?
A Lei nº 13.467/2017 trouxe um novo conceito de grupo econômico, o qual deve ser de
conhecimento do candidato:
Art. 2º da CLT
§ 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma
sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes
da relação de emprego.
§ 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do
grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das
empresas dele integrantes.

Importante notar que a responsabilidade de empresas que formam grupo econômico continua
sendo solidária, sendo que a alteração legislativa apenas restringiu as hipóteses de
reconhecimento do grupo econômico.

2) Quais os efeitos da sucessão trabalhista no contrato de trabalho?


A questão envolve o conheciento dos artigos 10 e 448 da CLT, in verbis:

Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos


adquiridos por seus empregados.

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Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os


contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Embora os artigos 10 e 448 da CLT não tenham sido alterados, a Lei nº 13.467/2017 criou os art.
10-A e 448-A, com a seguinte redação:
Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas
ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a
modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
III - os sócios retirantes.
Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada
fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta
Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam
para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada
fraude na transferência.

Com a nova legislação, tem-se que a responsabilidade do sucedido é apenas subsidiária, ou seja,
primeiro aciona-se o sucessor, para só depois acionar o sucedido, devendo ser observada a ordem:
empresa devedora, sócio atual e sócio retirante.
A responsabilidade solidária entre sucessor e sucedido limita-se aos casos de fraude na sucessão.

3) Quais as exceções à sucessão trabalhista?


Não ocorre a sucessão de empregadores nas seguintes hipóteses:
1- Empregado doméstico
2 -Empregador pessoa física (art.483, §2º,da CLT
3 - Venda dos bens da empresa falida (art.141, II, da Lei 11.101/2005)

4) Aponte os princípios relacionados à sucessão trabalhista.


A sucessão de empregadores envolve os seguintes Princípios de Direito do Trabalho: Princípio da
intangibilidade contratual; Princípio da despersonalização do empregador; Princípio da
continuidade da relação de emprego.

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5) Um empregado contratado pela empresa X para prestar serviços de vigilância para a empresa
siderúrgica Y. Em caso de inadimplemento das verbas trabalhista por parte da empresa X, poderá
a empresa Y ser responsabilizada pelas verbas trabalhistas?
A questão abrange a terceirização de serviços. No caso das atividades de vigilância e limpeza, bem
como serviços especializados ligados a atividades meio da empresa, a terceirização de serviços é
lícita, nos moldes da Súmula nº 331, III, do TST. Nesse caso, a responsabilidade da tomadora
quanto às verbas devidas é subsidiária, nos moldes do item IV do mesmo verbete. É de suma
importância o candidato conhecer o teor do disposto na Súmula nº 331 do TST.
Atenção: Embora nenhum dos incisos da Súmula nº 331 do TST tenha sido cancelado, é importante
mencionar que a Lei nº 13.429/2017 acrescentou o § 3º ao art. 9º da Lei nº 6.019/1974, que traz a
seguinte redação: "§ 3o O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento
de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços", o que
sinaliza a possibilidade de terceirização de atividade fim da empresa.

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ANEXO I – LISTA DE QUESTÕES


1) (TRT1 - 2013 - Analista Judiciário - área administrativa - FCC)
Em relação ao contrato individual de trabalho, de acordo com a CLT:
a) A mudança na propriedade da empresa não afetará os contratos de trabalho dos
respectivos empregados.
b) A alteração na estrutura jurídica da empresa afetará os contratos de trabalho dos
respectivos empregados.
c) A alteração na estrutura jurídica da empresa afetará os direitos adquiridos por seus
empregados.
d) A responsabilidade das empresas integrantes de grupo econômico em relação aos direitos
dos empregados é subsidiária.
e) Poderá ser solidária ou subsidiária a responsabilidade das empresas integrantes de grupo
econômico não formalizado nos termos da lei, pelos direitos dos empregados.

2) (TRT18 - 2013 - Analista Judiciário - área administrativa - FCC)


O empregado que não recebe os salários da empresa empregadora poderá pleitear o
pagamento por parte de outra empresa que pertença ao mesmo grupo econômico de sua
empregadora, embora não tenha prestado serviços a essa empresa?
a) Não, porque o empregado não prestou serviços para a outra empresa do grupo econômico.
b) Sim, desde que essa responsabilidade esteja expressamente prevista no contrato de
trabalho.
c) Não, visto que são empresas com personalidade jurídica própria, não havendo previsão
legal para tal responsabilidade.
d) Sim, respondendo a empresa do grupo de forma solidária, por força de dispositivo legal
trabalhista.
e) Sim, havendo apenas a responsabilidade subsidiária da empresa do grupo que não foi
empregadora.

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3) (TRT6 - 2012 - Analista Judiciário - área administrativa - FCC)


Com relação ao Grupo Econômico, considere:
I. O Grupo Econômico não se caracteriza, necessariamente, pela natureza das sociedades
que o integram.
II. O Grupo de Empresas pode não ter personalidade jurídica e existir de fato.
III. A sociedade de economia mista, as entidades beneficentes e os sindicatos podem fazer
parte de um grupo econômico.
IV. É possível a soma do tempo de serviço prestado para as diversas empresas do grupo
para efeito de férias.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e II.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) I, II e IV.

4) (TRT6 - 2012 - Analista Judiciário - área administrativa - FCC)


Na gestão de pessoas no setor público deve-se utilizar os quadros terceirizados em
a) funções com pouca interação com o público.
b) atividades-meio de caráter auxiliar.
c) funções técnicas que exigem frequente atualização.
d) atividades-fim com baixa complexidade técnica.
e) cargos com elevada rotatividade.

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5) (TST - 2017 - Analista Judiciário - área administrativa - FCC)


Gosto Bom Ltda., indústria alimentícia, terceirizou os serviços do setor de embalagens dos
seus produtos e, para tanto, contratou a empresa Pacote Forte Embalagens Ltda., de
propriedade de seu antigo gerente industrial, que pediu demissão exatamente para fundar
esta empresa. Esse é o primeiro contrato de prestação de serviços firmado pela Pacote
Forte Embalagens Ltda., quatro meses depois de iniciar suas atividades. No contrato de
prestação de serviços pactuado restou previsto que os empregados da contratada farão jus
a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante. Os serviços contratados são
executados nas dependências da tomadora. Considerando as regras legais sobre
terceirização de serviços,
a) a embalagem dos produtos faz parte da cadeia de produção da empresa, caracterizando-se
como atividade fim e, portanto, é ilegal a terceirização realizada.
b) a pactuação de salário para os empregados da contratada igual ao que é pago aos
empregados da contratante descaracteriza a terceirização, tornando-a ilegal e levando à
formação do vínculo de emprego diretamente com a contratante.
c) o fato de a empresa Pacote Forte Embalagens Ltda. ser de propriedade de um antigo
gerente e de a contratação ter ocorrido apenas quatro meses após o início das atividades
dessa empresa, não implica em ilegalidade da terceirização realizada.
d) os empregados da Pacote Forte Embalagens Ltda. que prestam serviços à Gosto Bom Ltda.
têm asseguradas as mesmas condições relativas a atendimento médico ou ambulatorial
existente nas dependências da contratante ou local por ela designado.
e) o contrato de prestação de serviços conterá a qualificação das partes, a especificação do
serviço a ser prestado, o prazo para realização do serviço, quando for o caso, e a indicação
expressa do nome de cada um dos empregados da contratada que irão prestar os serviços,
não podendo haver substituição até final duração do contrato.

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6) (TST - 2017 - Analista Judiciário - área administrativa - FCC)


Os sócios das empresas Turismo Maravilha Ltda. e Festa de Arromba Promoções e Eventos
Ltda. são os mesmos. A primeira delas é sediada em Maceió e a segunda tem sede em Belo
Horizonte, desenvolvendo suas atividades exclusivamente nessas cidades. Em todos os
eventos realizados pela Festa de Arromba são sorteados pacotes turísticos da Turismo
Maravilha, sendo esse o meio encontrado pelos sócios para o desenvolvimento das
atividades dessa última, que foi inaugurada há pouco tempo.
Essa integração tem se mostrado muito importante para o desenvolvimento da Turismo
Maravilha, sendo os sorteios a única forma de divulgação e publicidade da empresa. Em
relação à situação descrita,
a) as empresas não integram grupo econômico, tendo em vista que exercem atividades
completamente distintas, não havendo integração entre as mesmas, sendo que a mera
identidade de sócios não é suficiente para caracterizar grupo econômico.
b) não há formação de grupo econômico pois, além das atividades das empresas serem
completamente distintas, as mesmas localizam-se em cidades diferentes, não havendo
interesses integrados.
c) embora as empresas tenham atividades distintas, a identidade de sócios, aliada ao
interesse integrado, à efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das mesmas, leva
à caracterização do grupo econômico.
d) há formação de grupo econômico, tendo em vista que a simples existência de sócios em
comum é fator suficiente para tal caracterização.
e) há formação de grupo econômico em razão da existência de sócios comuns e de interesses
integrados, sendo que as empresas são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações
decorrentes da relação de emprego.

GABARITO

1. A 2. D 3. E

4. B 5. D 6. C

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ANEXO II – ANÁLISE ESTATÍSTICA


Os assuntos do presente relatório, consideradas as provas realizados nos últimos anos (desde
2012), têm sido cobrados pela FCC da seguinte forma:
% de incidência do
Quantidade de provas assunto (Consideradas as
em que o assunto foi últimas 13 provas para
Assunto
cobrado AJAA de Tribunais do
Trabalho)

Grupo econômico; da sucessão de


empregadores; da responsabilidade 7 53,8%
solidária"
Terceirização 2 15,4%

Tabela 1

Com base nas tabelas acima, é possível verificar que no contexto dos concursos realizados pela FCC
para Tribunais do Trabalho (cargo AJAA), o tema Terceirização pode ser considerado de baixa
importância, já que cobrado apenas em 15,4% das provas. Contudo, a matéria passou por recentes
alterações legislativas (Lei nº 13.429/2017), o que torna maior a sua chance de cobrança nos
próximos certames.
Outrossim, o tema Grupo econômico; da sucessão de empregadores; da responsabilidade
solidária pode ser considerado o tema de mais alta importância para o cargo, levando-se em conta
que foi cobrado, respectivamente, em 53,8% das provas analisadas.
As alterações legislativas acima mencionadas, como são recentes ainda não passaram por
interpretação dos Tribunais, razão pela qual e muito provável que a FCC cobre apenas a
literalidade dos artigos alterados ou acrescidos.

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