Direito Do Trabalho
Direito Do Trabalho
Direito Do Trabalho
Autor:
Antonio Daud
01 de Março de 2023
Antonio Daud
Aula 00
Índice
1) Apresentação do curso
..............................................................................................................................................................................................3
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá, amigos(as)!
Será um grande prazer podermos auxiliá-los (las) na preparação para este concurso. Este curso, como verão
a seguir, é composto de teoria e centenas de questões comentadas!
O objetivo do nosso curso é apresentar as bases do direito do trabalho, com grande foco nas questões de
concurso público. Nossa metodologia se baseia na abordagem textual, de forma clara e objetiva, das
disposições legais, da doutrina e jurisprudência mais relevantes e de muitas questões de prova
comentadas. Vamos reunir tudo isto em um único material, para otimizar o tempo de estudo! Em resumo:
Os cursos online, como o Estratégia Concursos, possibilitam uma preparação de qualidade, com flexibilidade
de horários e contato com o professor da matéria, através do fórum de dúvidas.
Além disso, os principais assuntos do nosso curso também dispõem de videoaulas, para quem desejar iniciar
os estudos pelos vídeos.
Em relação aos livros eletrônicos (PDFs), destaco que os principais temas possuirão faixas indicativas de
incidência de questões em provas:
Apresentação Pessoal
Antes de explicar como vai funcionar nossa dinâmica, peço licença para apresentar-
me.
Meu nome é Antonio Daud, sou natural de Uberlândia (MG) e tenho 39 anos. Sou
bacharel em Engenharia Elétrica e em Direito. Sou professor de direito administrativo
e direito do trabalho no Estratégia Concursos.
Instagram: @professordaud
Telegram: https://t.me/trabalhocomdaud
Não deixe de se inscrever para receber notícias, questões e materiais exclusivos, além de novidades sobre
concursos trabalhistas de modo geral.
- Lista das questões comentadas (para o aluno poder praticar sem olhar as respostas)
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá, amigos(as)!
Será um grande prazer podermos auxiliá-los (las) na preparação para este Concurso.
Este curso, como verão a seguir, é composto de teoria e centenas de questões comentadas.
O objetivo do nosso curso é apresentar as bases do direito do trabalho, com grande foco nas questões de
concurso público. Nossa metodologia se baseia na abordagem textual, de forma clara e objetiva, das
disposições legais, da doutrina e jurisprudência mais relevantes e de muitas questões de prova
comentadas. Vamos reunir tudo isto em um único material, para otimizar o tempo de estudo!
Em resumo:
Os cursos online, como o Estratégia Concursos, possibilitam uma preparação de qualidade, com flexibilidade
de horários e contato com o professor da matéria, através do fórum de dúvidas.
Além disso, os principais assuntos do nosso curso também dispõem de videoaulas, para quem desejar iniciar
os estudos pelos vídeos.
Em relação aos livros eletrônicos (PDFs), destaco que os principais temas possuirão faixas indicativas de
incidência de questões em provas:
DESENVOLVIMENTO
Veremos nesta aula um dos assuntos mais exigidos em provas, que são duração do trabalho, jornada de
trabalho e descansos.
É um assunto que cai em muitas questões, além de ser extremamente importante no dia a dia, pois gera
inúmeras ações trabalhistas em curso nos Tribunais do Trabalho.
Jornada de trabalho
Antes de adentrar ao assunto jornada de trabalho vejamos a diferenciação entre os conceitos relacionados.
Jornada de trabalho é o tempo diário em que o empregado presta serviços ao empregador ou então
permanece à disposição do mesmo.
Exemplo: vamos imaginar o caso de um hospital veterinário pouco frequentado, no qual nenhum cliente
entrou durante determinado dia. A recepcionista não atendeu ninguém, mas permaneceu à disposição do
empregador, então aquele período é contado como jornada de trabalho normalmente.
CLT, art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja
à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial
expressamente consignada.
Além do tempo efetivo de trabalho e do tempo à disposição do empregador, também se inclui no termo
jornada de trabalho o tempo de prontidão e o tempo de sobreaviso, que são definidos, respectivamente,
pelos §§ 2º e 3º do art. 244:
CLT, art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobre-
aviso e de prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros
empregados que faltem à escala organizada.
prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-
hora normal.
O horário de trabalho, por sua vez, limita o período entre o início e o fim da jornada de trabalho diária.
Feitas as distinções, façamos agora uma análise aprofundada das regras importantes para nossa preparação
para concursos públicos.
Em diversas circunstâncias, pelos mais variados motivos, o empregado permanece no centro de trabalho,
mas não pode realizar suas tarefas.
Exemplo 1: a indústria não tem a quantidade de pedidos necessária e deixa de produzir em sua capacidade
máxima, o que faz com que máquinas e empregados deixem de trabalhar durante parte do dia.
Exemplo 2: em alguns casos, o empregador concede intervalo não previsto em lei como, por exemplo, um
intervalo para lanche de 15 minutos aos que laboram 8 horas por dia.
Nestes períodos o empregado não trabalha, mas permanece à disposição do empregador e, portanto, os
períodos devem ser incluídos na jornada de trabalho.
Em relação ao exemplo do intervalo, como foi concedido pelo empregador sem previsão em lei, é um tempo
considerado à disposição do empregador.
Cuidado para não confundir os conceitos: os intervalos legais, como para almoço, têm previsão legal e por
isso não são considerados à disposição do empregador.
08h00min 14h00min
Intervalo 2h
12h00min 18h00min
Neste caso acima, o intervalo de 2 horas – entre 12h00min e 14h00min - é para almoço (com previsão legal1),
não computado na jornada de trabalho.
Neste outro exemplo há o mesmo intervalo de almoço e outro, não previsto em lei – das 15h45min às
16h00min:
Se a jornada fosse estendida até às 18h15min (para “compensar” o intervalo de 15’), a jornada diária seria
de 08h15min, e não apenas de 08h00min.
Neste exemplo, como a jornada superou as 08 horas, o período de 15 minutos deve ser remunerado como
hora extraordinária. Segue a Súmula 118 do TST, que corrobora este entendimento:
Por outro lado, após a reforma trabalhista, deixaram de ser computadas como jornada extraordinária as
variações de jornada em que o empregado adentra/permanece dentro da empresa exercendo atividades
particulares ou quando busca proteção pessoal (em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições
1CLT, art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas)
horas.
climáticas). Tal disposição celetista2 contraria o que vinha sendo entendido pelo TST, por meio da então
SUM-366.
Abaixo destacamos o §2º do art. 4º que foi inserido na CLT por meio da Lei 13.467/2017:
CLT, art. 4º, § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será
computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que
ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação
[variações no registro de até 5 minutos e 10 minutos diários], quando o empregado, por
escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más
condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa
para exercer atividades particulares, entre outras:
I - práticas religiosas;
II - descanso;
III - lazer;
IV - estudo;
V - alimentação;
VI - atividades de relacionamento social;
VII - higiene pessoal;
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca
na empresa.
Exemplo 1: se o empregado combina com seu empregador de chegar 1 hora mais cedo para ficar estudando
para concursos públicos no trabalho, antes do início do expediente. Este tempo não será considerado à
disposição do empregador (não é computado como jornada).
Exemplo 2: em virtude de um forte temporal, o empregado permanece 30 minutos no local de trabalho (sem
prestar serviços) ao final da sua jornada de trabalho usual. Assim, tal período não será computado como
jornada de trabalho (e, portanto, o empregado não terá direito a horas extras em relação a ele).
Quanto ao inciso VIII do art. 4º, § 2º, da CLT (troca de roupa ou uniforme), percebam que o tempo
despendido na troca de roupa/uniforme deixa de ser computado como jornada extraordinária apenas
quando não for obrigatória a referida troca dentro das dependências da empresa. Ou seja, o tempo para
troca de uniforme deixa de ser computado como jornada, caso a troca se dê por mera opção do empregado
(e não por imposição do empregador).
-----
2SUM-366 CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo
que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo
empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc)
Por falar em uniforme, destaco que é o empregador quem define o padrão da vestimenta (CLT, art. 456-A).
-----
Antes Depois
CLT, art. 4º - Considera-se como de serviço inalterado
efetivo o período em que o empregado esteja à
disposição do empregador, aguardando ou
executando ordens, salvo disposição especial
expressamente consignada.
CLT, art. 4º, parágrafo único - Computar-se-ão, CLT, art. 4º, §1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de
na contagem de tempo de serviço, para efeito serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos
de indenização e estabilidade, os períodos em em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando
que o empregado estiver afastado do trabalho serviço militar e por motivo de acidente do trabalho
prestando serviço militar ... (VETADO) ... e por
motivo de acidente do trabalho.
- CLT, art. 4º, § 2º Por não se considerar tempo à disposição do
empregador, não será computado como período
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que
ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58
desta Consolidação [variações no registro de até 5 minutos e
10 minutos diários], quando o empregado, por escolha
própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas
vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar
ou permanecer nas dependências da empresa para exercer
atividades particulares, entre outras:
I - práticas religiosas;
II - descanso;
III - lazer;
IV - estudo;
V - alimentação;
Tempo in itinere
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA
A CLT, após a Lei 13.467/2017, não mais prevê o cômputo do tempo de deslocamento. Portanto, foi extinta
a hora in itinere, qualquer que seja a situação.
Antes Depois
CLT, art. 58, § 2º O tempo despendido pelo CLT, art. 58, § 2º O tempo despendido pelo
empregado até o local de trabalho e para o seu empregado desde a sua residência até a efetiva
retorno, por qualquer meio de transporte, não ocupação do posto de trabalho e para o seu
será computado na jornada de trabalho, salvo retorno, caminhando ou por qualquer meio de
quando, tratando-se de local de difícil acesso ou transporte, inclusive o fornecido pelo
não servido por transporte público, o empregador, não será computado na jornada de
empregador fornecer a condução. trabalho, por não ser tempo à disposição do
empregador.
Notem que o novo §2º do art. 58 menciona o deslocamento até o local da “efetiva ocupação do posto de
trabalho”. A partir daí, depreende-se que o tempo de deslocamento da portaria da empresa até o posto de
trabalho não será computado como jornada de trabalho.
Ou seja, a jornada de trabalho tem início no momento em que o empregado chega no seu efetivo posto de
trabalho.
Assim, pela redação do dispositivo acima, o cartão de ponto começa a ser registrado no local do posto de
trabalho. Até então, o entendimento do TST, cristalizado na SUM-4293, era no sentido de que tal
deslocamento seria computado na duração do trabalho caso ultrapasse 10 minutos diários.
Prontidão e sobreaviso
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA
3 SUM-429. TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. ART. 4º DA CLT. PERÍODO DE DESLOCAMENTO ENTRE A PORTARIA E O LOCAL DE TRABALHO
Os conceitos de prontidão e sobreaviso foram aplicados inicialmente à categoria dos ferroviários, tendo em
vista as peculiaridades de organização do trabalho no setor.
CLT, art. 244, § 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências
da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As
horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do
salário-hora normal.
À época da elaboração da CLT não existiam aparelhos como BIP, Pager, celular, etc., que podem ser utilizados
para manter contato com o empregado casa haja necessidade do comparecimento do mesmo ao local de
trabalho.
Quanto à utilização destes aparelhos na relação de trabalho e sua relação com o regime de sobreaviso existe
Súmula do TST com entendimento de que o uso de tais equipamentos, por si só, não caracteriza o sobreaviso.
SUM-428 SOBREAVISO
A atual redação do item I tem o mesmo sentido da anterior, de modo que não basta apenas o uso de meios
de comunicação fornecidos pela empresa para que se configure o sobreaviso.
Sobre o instituto do sobreaviso e sua relação com os meios de comunicação é interessante conhecer a lição
de Sérgio Pinto Martins4:
“O sobreaviso se caracteriza pelo fato do empregado ficar em sua casa (e não em outro
local), aguardando ser chamado para o serviço. Permanece em estado de expectativa
durante o seu descanso, aguardando ser chamado a qualquer momento. Não tem o
empregado condições de assumir outros compromissos, pois pode ser chamado de
imediato, comprometendo até os seus afazeres familiares, pessoais e até o seu lazer. (...)
Em razão da evolução dos meios de comunicação, o empregado tanto pode ser chamado
pelo telefone ou pelo telégrafo (como ocorria nas estradas de ferro), como também por
BIP, “pagers”, lap top ligado à empresa, telefone celular, etc. O artigo 244 da CLT5 foi
editado exclusivamente para os ferroviários, pois os últimos meios de comunicação na
época ainda não existiam. O Direito do Trabalho passa, assim, a ter de enfrentar essas
novas situações para considerar se o empregado está ou não à disposição do empregador,
principalmente quanto à liberdade de locomoção do obreiro”.
Como frisamos ao comentar o item I, não basta que o empregado utilize meio de comunicação da empresa
para configurar o sobreaviso: deve haver algum tipo de restrição de locomoção, como o regime de plantão.
Seguem abaixo três julgados cuja leitura ajuda a fixar este entendimento:
Nos termos da novel Súmula 428, item I, do TST- o uso de instrumentos telemáticos ou
informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza regime
de sobreaviso-. Ocorre que, na hipótese dos autos, a condenação para pagamento das
4 MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 340.
5 CLT, art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobre-aviso e de prontidão, para executarem serviços
imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem à escala organizada.
(...)
§ 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado
para o serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos, serão
contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.
horas de sobreaviso foi fixada em razão de haver prova de que o empregado ficava de
plantão desde a sexta-feira de uma semana até a sexta-feira subsequente. (...)
Este termo foi cunhado pela jurisprudência para caracterizar pequenos intervalos de tempo nos quais o
empregado está adentrando ou saindo do local de trabalho.
Este conceito se relaciona a pequenos intervalos de tempo em que o empregado, em tese, aguarda a
marcação do seu ponto.
Exemplo: uma empresa possui 100 (cem) empregados e tem apenas 2 (dois) Registradores Eletrônicos de
Ponto (REP) – o chamado “relógio ponto”, onde os empregados registram as entradas e saídas.
Como não é possível que todos registrem simultaneamente o ponto (e a maioria chega à empresa no mesmo
horário), e considerando a prática jurisprudencial, foi inserida na CLT regra que permite desconsiderar
pequenas variações no ponto do empregado, qual seja:
CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o
limite máximo de dez minutos diários.
Percebam, então, que a desconsideração do tempo residual somente terá lugar quando as variações de
registro não excederem de 05 (cinco) minutos e, além disso, sendo observado o limite máximo diário de 10
(dez) minutos.
Se algum destes requisitos for extrapolado, toda a variação será acrescentada na jornada de trabalho.
Por outro lado, o §2º do art. 4º da CLT, inserido pela reforma trabalhista, excepciona o período de tempo em
que o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas
ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer
atividades particulares, como já havíamos mencionado.
Assim, se o empregado permanece no local de trabalho para tais atividades, este período de tempo não é
computado como tempo residual à disposição do empregador, mesmo se extrapolar a tolerância de 5 ou 10
minutos (e, portanto, não será remunerado).
Além disso, antes da reforma trabalhista, já havia sido publicada a Súmula 449 do TST (resultante da
conversão da OJ nº 372 da SBDI-1), no sentido de que não mais se pode elastecer a tolerância de 5 minutos
em cada trajeto por meio de negociação coletiva. Vejamos:
SUM-449
Considerando a regra, imaginemos as seguintes situações práticas de um empregado que labora das
08h00min às 18h00min, com intervalo de almoço das 12h00min às 14h00min:
CARTÃO PONTO
Dia Entrada Saída do Retorno do Saída Motivo da
intervalo intervalo variação de
horário
(...)
Na terça-feira a jornada totalizou 08h03min, e não houve registro excedente de 05 (cinco) minutos, então
não será o caso de descontar nem computar tempo como jornada extraordinária.
Na quarta-feira a jornada totalizou 08h14min, então deverão ser computados 14min como jornada
extraordinária.
Na quinta-feira a jornada totalizou 08h09min, não ultrapassando os 10min diários. Entretanto, na entrada
houve registro que excedeu de 05 (cinco) minutos (a entrada ocorreu às 07h53min), então os 09min devem
ser computados como jornada extraordinária.
Ressalte-se que esta regra permite as mais diversas interpretações, então caso haja cobrança em prova será
necessário analisar todas as alternativas.
No caso da quinta-feira, por exemplo, há entendimentos no sentido de que deveriam ser registrados com
extraordinários os 07 minutos da entrada (aplicação direta da Súmula 366), mas não deveriam ser registrados
os outros 02 minutos das demais marcações.
No caso da sexta-feira, por outro lado, a jornada totaliza exatas 08hs, já que os vinte minutos excedentes ao
final da jornada se deram para o empregado exercer atividades particulares. Portanto, tal período não será
computado como se jornada fosse.
Após estudarmos as regras gerais sobre a composição da jornada de trabalho, passemos agora à definição
do que seja uma jornada normal (padrão) e quais são as jornadas especiais de trabalho.
A jornada normal de trabalho é de 8 (oito) horas por dia, com fundamento na atual Constituição Federal:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;
Como deve haver repouso semanal (assunto de outro tópico), chega-se ao limite máximo trabalho de 220
horas por mês, pelo seguinte:
Sendo o módulo semanal de 44 horas, respeitado um dia de descanso semanal, restam 6 dias por semana
para o trabalho; dividindo-se 44 por 6, temos 7,33h/dia.
Multiplicando 7h20min por 30 dias = 220h (este é o divisor do salário, sobre o qual falaremos
oportunamente).
Por outro lado, se o empregado laborar 40 horas semanais, observa-se que seu divisor será 200, nos termos
da SUM-431 do TST:
SUM-431
Para os empregados a que alude o art. 58, caput, da CLT, quando sujeitos a 40 horas
semanais de trabalho, aplica-se o divisor 200 (duzentos) para o cálculo do valor do salário-
hora.
Há categorias com jornadas diferenciadas, que serão objeto de estudo em tópico específico.
A respeito desse assunto, o negociado pode se sobrepor ao legislado, porém, a negociação fica limitada à
jornada constitucional que acabamos de estudar:
CLT, Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência
sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
Diversas categorias possuem jornadas distintas do padrão estudado no tópico anterior. Veremos abaixo os
exemplos que possuem vinculação mais estreita com a CLT.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
Para caracterização do turno ininterrupto de revezamento não basta que a jornada seja de 06 horas. É
imprescindível que haja significativa alternância de horários de trabalho compreendendo dia e noite:
Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas
atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que
compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à
alternância de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa
se desenvolva de forma ininterrupta.
Resposta: ainda não há definição precisa por parte da doutrina, mas a OJ exposta acima tende a aceitar como
alternância os horários que não cubram as 24 horas do dia.
“(...) enquadra-se no tipo legal em exame o sistema de trabalho que coloque o empregado,
alternativamente, em cada semana, quinzena, mês ou período relativamente superior, em
contato com as diversas fases do dia e da noite, cobrindo as horas da composição dia/noite
ou, pelo menos, parte importante das fases diurnas e noturnas. (...) De toda maneira, é
evidente que o contato com os diversos horários da noite e do dia há que ser significativo
– ainda que não integral -, sob pena de se estender demasiadamente o tipo jurídico
destacado pela Constituição.”
Exemplo: um empregado que trabalha na câmara fria de um frigorífico, cumprindo horários de trabalho
alternados nos dias da semana de 08h00min às 14h00min, 17h00min às 23h00min e 01h00min às 07h00min,
de acordo com a necessidade da empresa.
Neste caso, o empregado tem evidentes prejuízos à sua saúde e convívio social, pois tal organização do
trabalho afeta seu ritmo biológico (os horários de sono sempre variam) e prejudica sua inserção na sociedade
(tem dificuldades para frequentar uma faculdade ou realizar cursos, por exemplo, visto que a alternância de
horários não lhe permite acompanhar as turmas).
Caso o empregado laborasse em turno fixo (somente de manhã, somente de tarde ou somente de noite, sem
alternância), não seria o caso de aplicabilidade das regras atinentes ao turno ininterrupto de revezamento
(TIR).
Seguindo adiante no assunto precisamos destacar outro aspecto relevante para fins de prova:
Se a empresa parar de funcionar um dia por semana (aos domingos, por exemplo) isto
prejudica a tipificação do TIR?
Resposta: Não. Parte da doutrina entende que isso seria necessário, mas o TST já possui entendimento
quanto ao fato de as interrupções da atividade empresarial não descaracterizarem o regime de turno
ininterrupto de revezamento; vejamos o verbete relacionado ao tema:
Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas
atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que
compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à
6 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho.12 Ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 930.
Resposta: Não, visto que o termo “ininterrupto” se refere à alternância dos turnos em si, e não impede que
haja intervalo intrajornada (durante o turno) para descanso dos empregados:
“(...) a ideia de falta de interrupção dos turnos centra-se na circunstância de que eles se
sucedem ao longo das semanas, quinzenas ou meses, de modo a se encadearem para cobrir
todas as fases da noite e do dia – não tendo relação com o fracionamento interno de cada
turno de trabalho.”
Pelo disposto na CF/88 isto é possível, desde que pactuado por meio de negociação coletiva:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
Deste modo, é permitido que haja turnos de revezamento com jornadas de até 08 horas.
Caso não haja tal previsão na negociação coletiva as horas excedentes à 6ª deverão ser remuneradas como
extraordinárias.
Entretanto, se houver previsão no acordo ou convenção, as horas excedentes à 6ª (no caso, a 7ª e 8ª) não
serão remuneradas como extra:
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular
negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento
não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.
No caso de empregado horista que labore em turnos ininterruptos de revezamento, do mesmo modo caberá
o pagamento da hora e seu respectivo adicional caso a jornada seja prorrogada para além da sexta hora.
“Esta Corte tem reiteradamente decidido que, no caso de trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento, as horas extras excedentes a sexta diária, devem ser pagas
de forma integral, com o respectivo adicional, independentemente de o empregado ser
horista ou mensalista, pois a contraprestação remunera apenas as seis primeiras horas
trabalhadas”.
Se houver previsão em negociação coletiva, por exemplo, de jornada de 07 (sete) horas em turnos
ininterruptos, haveria o pagamento da 7ª hora, mas não caberia o pagamento do adicional (mínimo de 50%)
desta hora, pois o sindicato concordou em que a jornada fosse de 07 (sete) horas, ou seja, esta 7ª hora não
será extraordinária.
Para encerrar o tópico sobre turnos ininterruptos é necessário comentar a Súmula 110 do TST, que trata dos
casos em que não são respeitados o descanso semanal e o intervalo interjornada.
Como veremos durante esta aula, o descanso semanal é de 24 horas consecutivas, enquanto o intervalo
entre duas jornadas de trabalho (chamado de intervalo interjornada) é de no mínimo 11 (onze) horas.
Assim, do término de uma jornada do turno ininterrupto até o início da próxima jornada que sucede o
descanso semanal deve haver 35 horas de intervalo (24 + 11).
Caso não se respeite esse intervalo de descanso deve haver o pagamento das horas, inclusive com o
respectivo adicional:
Intervalo
Jornada encerrada às Descanso semanal Início da jornada às
interjornada de 11
22h00min de sábado de 24 horas 08h00min de segunda
horas
Se a jornada de segunda-feira tivesse iniciado às 08h00min, de acordo com a Súmula 110, dever-se-ia pagar
1 (uma) hora como extraordinária, inclusive com o respectivo adicional.
Observando nosso quadro, podemos ver que Jacinto somente poderia ter iniciado seu labor na segunda-feira
às 09h00min, e como começou antes não foi respeitado o intervalo mínimo.
Trabalho intermitente
Como já comentamos em outro momento do curso, intermitente é o contrato de trabalho escrito no qual a
prestação de serviços não é contínua. Nesta modalidade de contrato de trabalho, há alternância de períodos
de trabalho e inatividade, independentemente do tipo de atividade do empregador ou da função do
empregado.
Assim, o empregador pactua com o empregado uma remuneração, todavia ela será devida apenas nas
situações em que o empregado for convocado a trabalhar.
Tal jornada vinha sendo implantada pelas grandes redes de fast food, por meio da chamada “jornada de
trabalho móvel e variável”, e condenada pelo TST8, já que
Vejam que os períodos de inatividade do empregado não são considerados tempo à disposição do
empregador. Assim, não se aplicam a tais períodos o disposto no art. 4º da CLT9.
Recebida a convocação, o empregado pode optar por aceitar ou não o chamado. O obreiro tem o prazo de
1 dia útil para responder ao chamado, presumindo-se como recusa o silêncio.
Caso aceite e compareça ao local de trabalho, o empregado terá sua jornada de trabalho computada e,
portanto, remunerada.
Por outro lado, o período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador e,
portanto, não haverá remuneração.
CLT, art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve
conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor
horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento
que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não.
CLT, art. 452-A, § 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que
descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50%
(cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual
prazo.
Por exemplo: o empregado aceita a convocação do empregador para laborar em determinado período pelo
valor contratual de R$ 400,00. Todavia, ao comparecer no local de trabalho, o empregador informa que
mudou de ideia e não irá mais precisar dos serviços daquele trabalhador. Neste caso, o empregador deve
àquele trabalhador uma multa de 50% do que seria devido (isto é, R$ 200,00). Este valor deve ser pago em
30 dias ao empregado, permitindo-se compensação em igual período.
10 DELGADO, Maurício Godinho. DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n. 13.467/2017. 1ª ed. São
Paulo: LTr, 2017. P. 154
O que os preceitos legais fazem é, nada mais nada menos, do que criar mais uma
modalidade de salário por unidade de obra, ou, pelo menos, de salário-tarefa: o salário
contratual será calculado em função da produção do trabalhador no respectivo mês,
produção a ser estimada pelo número de horas em que se colocou, efetivamente, à
disposição do empregador no ambiente de trabalho, segundo convocação feita por esse
empregador.
Como esta é nossa aula demonstrativa, vamos encerrar o assunto por aqui. Em aula própria ao longo do
curso, este tema será abordado de forma completa.
11 DELGADO, Maurício Godinho. DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n. 13.467/2017. 1ª ed. São
Paulo: LTr, 2017. P. 155
12 CF, art. 7º, VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
RESUMO
Aspectos gerais
➢ Segundo a CLT, o tempo gasto no deslocamento da residência do empregado até o local da efetiva
ocupação do posto de trabalho: não será computado na jornada de trabalho (qualquer que seja o
meio de transporte).
Compensação de jornada
Compensação de jornada
ANUAL:
SEMESTRAL:
sua validade
Sua validade demanda acordo escrito ou sua validade
demanda previsão
tácito entre empregador e empregado demanda acordo
em negociação
escrito
coletiva
CONCLUSÃO
Pessoal,
O assunto desta aula é bastante importante para as provas de concursos públicos. Várias das regras
estudadas foram objeto de alteração pela reforma trabalhista, como destacamos ao longo da aula.
Direito do Trabalho é uma matéria de fácil aprendizado, apesar da grande quantidade de regras e exceções,
jurisprudência etc.
Espero que tenham gostado da aula demonstrativa, tanto em termos de conteúdo quanto de estruturação
e linguagem, e espero contar com a participação de vocês neste curso.
https://www.facebook.com/professordaud
Constituição Federal/88
CF,88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho;
(...)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;
(...)
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
CLT
Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição
do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente
consignada.
§ 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como
período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco
minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha
própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições
climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer
atividades particulares, entre outras:
I - práticas religiosas;
II - descanso;
III - lazer;
IV - estudo;
V - alimentação;
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na
empresa.
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por
qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando,
tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador
fornecer a condução.
§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto
de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o
fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à
disposição do empregador.
§ 3º Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de
acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de
difícil acesso ou não servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado,
bem como a forma e a natureza da remuneração.
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a
vinte e cinco horas semanais.
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a
trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele
cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até
seis horas suplementares semanais.
§ 2º Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção
manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação
coletiva.
§ 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo
de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.
§ 7º As Férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta
Consolidação.
Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número
não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante
contrato coletivo de trabalho.
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não
excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§ 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da
hora normal.
§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva
de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em
outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas
semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
§ 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras.
§ 5º O banco de horas de que trata o § 2º deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual
escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.
Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante
acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário
de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados
ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo
abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em
feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno,
quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.”
Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive
quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas
excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo
devido apenas o respectivo adicional.
Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados
no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por
ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser
acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do
trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos
métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades
sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.
Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal
ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização
ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.
§ 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou
contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em
matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo
dessa comunicação.
§ 1º O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora
excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo,
a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o
trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro
limite.
III - os empregados em regime de teletrabalho que prestam serviço por produção ou tarefa. [MP
1.108/2022]
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados
no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação
de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta
por cento).
Parágrafo único - Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta), adotar-se-á para o cálculo, em
lugar desse número, o de dias de trabalho por mês.
Art. 65 - No caso do empregado diarista, o salário-hora normal será obtido dividindo-se o salário
diário correspondente à duração do trabalho, estabelecido no art. 58, pelo número de horas de
efetivo trabalho.
Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas
consecutivas para descanso.
Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas
consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço,
deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.
Art. 67. É assegurado a todo empregado um repouso semanal remunerado de vinte e quatro
horas consecutivas, preferencialmente aos domingos (MP 905)
Art. 68. Fica autorizado o trabalho aos domingos e aos feriados. (MP 905)
§ 1º O repouso semanal remunerado deverá coincidir com o domingo, no mínimo, uma vez no
período máximo de quatro semanas para os setores de comércio e serviços e, no mínimo, uma
vez no período máximo de sete semanas para o setor industrial. (MP 905)
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a
concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora
e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do
Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de
Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências
concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem
sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.
§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido
pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo
de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de
trabalho.
§ 5º - O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido
no § 1º poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora
trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo
coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho
a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos
serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de
passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de
cada viagem.
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá
remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20
% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas
de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
§ 3º O acréscimo, a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que não mantêm,
pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito, tendo em vista os
quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo
trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será calculado sobre o
salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido quando exceder desse limite, já
acrescido da percentagem.
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-
se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos.
§ 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho,
mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.” (NR)
Art. 225 - A duração normal de trabalho dos bancários poderá ser excepcionalmente prorrogada
até 8 (oito) horas diárias, não excedendo de 40 (quarenta) horas semanais, observados os
preceitos gerais sobre a duração do trabalho.
Art. 226 - O regime especial de 6 (seis) horas de trabalho também se aplica aos empregados de
portaria e de limpeza, tais como porteiros, telefonistas de mesa, contínuos e serventes,
empregados em bancos e casas bancárias.
Art. 227 - Nas empresas que explorem o serviço de telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial,
de radiotelegrafia ou de radiotelefonia, fica estabelecida para os respectivos operadores a
duração máxima de seis horas contínuas de trabalho por dia ou 36 (trinta e seis) horas semanais.
Art. 234 - A duração normal do trabalho dos operadores cinematográficos e seus ajudantes não
excederá de seis horas diárias, assim distribuídas:
b) 1 (um) período suplementar, até o máximo de 1 (uma) hora para limpeza, lubrificação dos
aparelhos de projeção, ou revisão de filmes.
Art. 248 - Entre as horas 0 (zero) e 24 (vinte e quatro) de cada dia civil, o tripulante poderá ser
conservado em seu posto durante 8 (oito) horas, quer de modo contínuo, quer de modo
intermitente.
Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que
movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1
(uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20
(vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.
Art. 293 - A duração normal do trabalho efetivo para os empregados em minas no subsolo não
excederá de 6 (seis) horas diárias ou de 36 (trinta e seis) semanais.
Art. 294 - O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local do trabalho e vice-versa
será computado para o efeito de pagamento do salário.
Art. 295 - A duração normal do trabalho efetivo no subsolo poderá ser elevada até 8 (oito) horas
diárias ou 48 (quarenta e oito) semanais, mediante acordo escrito entre empregado e
empregador ou contrato coletivo de trabalho, sujeita essa prorrogação à prévia licença da
autoridade competente em matéria de higiene do trabalho.
Parágrafo único - A duração normal do trabalho efetivo no subsolo poderá ser inferior a 6 (seis)
horas diárias, por determinação da autoridade de que trata este artigo, tendo em vista condições
locais de insalubridade e os métodos e processos do trabalho adotado.
Art. 298 - Em cada período de 3 (três) horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa
de 15 (quinze) minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho
efetivo.
Art. 303 - A duração normal do trabalho dos empregados compreendidos nesta Seção não deverá
exceder de 5 (cinco) horas, tanto de dia como à noite.
Art. 304 - Poderá a duração normal do trabalho ser elevada a 7 (sete) horas, mediante acordo
escrito, em que se estipule aumento de ordenado, correspondente ao excesso do tempo de
trabalho, em que se fixe um intervalo destinado a repouso ou a refeição.
Art. 318 - Num mesmo estabelecimento de ensino não poderá o professor dar, por dia, mais de 4
(quatro) aulas consecutivas, nem mais de 6 (seis), intercaladas.
Art. 318 - O professor poderá lecionar em um mesmo estabelecimento por mais de um turno,
desde que não ultrapasse a jornada de trabalho semanal estabelecida legalmente, assegurado e
não computado o intervalo para refeição.
Art. 319 - Aos professores é vedado, aos domingos, a regência de aulas e o trabalho em exames.
Art. 372 - Os preceitos que regulam o trabalho masculino são aplicáveis ao trabalho feminino,
naquilo em que não colidirem com a proteção especial instituída por este Capítulo.
Parágrafo único - Não é regido pelos dispositivos a que se refere este artigo o trabalho nas oficinas
em que sirvam exclusivamente pessoas da família da mulher e esteja esta sob a direção do
esposo, do pai, da mãe, do tutor ou do filho.
Art. 373 - A duração normal de trabalho da mulher será de 8 (oito) horas diárias, exceto nos casos
para os quais for fixada duração inferior.
Art. 381 - O trabalho noturno das mulheres terá salário superior ao diurno.
§ 1º - Para os fins desse artigo, os salários serão acrescidos duma percentagem adicional de 20%
(vinte por cento) no mínimo.
§ 2º - Cada hora do período noturno de trabalho das mulheres terá 52 (cinqüenta e dois) minutos
e 30 (trinta) segundos.
TST
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os
efeitos.
SUM-65 VIGIA
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo
coletivo ou convenção coletiva.
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em
sentido contrário.
III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive
quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas
excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido
apenas o respectivo adicional.
VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que estipulado
em norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na
forma do art. 60 da CLT.
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de
trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é
computável na jornada de trabalho.
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere".
V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que
extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional
respectivo.
SUM-140 VIGIA
Por aplicação analógica do art. 244, § 2º, da CLT, as horas de sobreaviso dos eletricitários são
remuneradas à base de 1/3 sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial.
Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos
serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a
intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo.
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário
do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos
diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que
exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando
as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme,
lanche, higiene pessoal, etc)
I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de
pagar todas as horas trabalhadas.
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação
coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao
pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.
III – Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida
pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o
intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de
outras parcelas salariais.
É valida, em caráter excepcional, a jornada de 12 horas de trabalho por trinta e seis de descanso,
prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção
coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O
empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima
primeira e décima segunda horas.
OJ-SDI1-60 PORTUÁRIOS. HORA NOTURNA. HORAS EXTRAS. (LEI Nº 4.860/65, ARTS. 4º E 7º, § 5º)
I - A hora noturna no regime de trabalho no porto, compreendida entre dezenove horas e sete
horas do dia seguinte, é de sessenta minutos.
II - Para o cálculo das horas extras prestadas pelos trabalhadores portuários, observar-se-á
somente o salário básico percebido, excluídos os adicionais de risco e produtividade.
O art. 73, § 1º da CLT, que prevê a redução da hora noturna, não foi revogado pelo inciso IX do
art. 7º da CF/1988.
O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia,
os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se
pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo
adicional.
Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas
atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que
compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância
de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de
forma ininterrupta.
O trabalho em regime de turnos ininterruptos de revezamento não retira o direito à hora noturna
reduzida, não havendo incompatibilidade entre as disposições contidas nos arts. 73, § 1º, da CLT
e 7º, XIV, da Constituição Federal.
QUESTÕES COMENTADAS
Procuradorias
1. CESPE/EBSERH – Advogado – 2018
O tempo despendido para troca de roupa ou uniforme nas dependências da empresa
será considerado como hora de trabalho, ainda que não exista a obrigatoriedade de
realizá-la na empresa.
Comentários:
Gabarito (E)
Comentários:
Como comentamos, o RSR é devido aos empregados já que fora previsto em outra lei,
não na CLT. Além disso, a questão buscou exigir conhecimento da jurisprudência não
consolidada do TST, está citada no Informativo TST nº 149 (TST-E-RR-3453300-
61.2008.5.09.0013, SBDI-I, rel. Min. José Roberto Freire Pimenta, 17.11.2016):
Gabarito (E)
Comentários:
Gabarito (E), após a reforma trabalhista. A prestação de horas extras habituais não mais
descaracteriza os acordos de compensação de jornada:
Gabarito (E)
higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública, infenso
à negociação coletiva.
Comentários:
(..)
Por outro lado, não há previsão, nem mesmo após a reforma trabalhista, quanto à
supressão do intervalo mediante ACT/CCT, o que torna incorreta a proposição.
Gabarito (E)
Comentários:
Gabarito (E)
Magistratura e MPT
6. MPT - Procurador do Trabalho/2020
Pedro foi contratado por uma universidade para lecionar (16) dezesseis horas por
semana, às segundas e quintas-feiras, das 19h às 23h. Às terças e sextas-feiras, por sua
vez, trabalhava das 07h às 11h. Não houve pactuação, nem coletiva nem individual, para
estipular regra distinta acerca das horas fictas ou de qualquer um dos intervalos. Diante
dessa narrativa, analise as seguintes assertivas:
Comentários:
Quanto à jornada noturna, percebemos que, durante dois dias na semana (segundas e
quintas-feiras), o empregado laborava em período noturno, das 22 às 23 hs.
Considerando que a hora noturna possui apenas 52min30seg (CLT, art. 73, §1º), é
possível perceber que, em cada um destes dias, o empregado laborava 7min30seg de
jornada extraordinária. Isto totaliza 15minutos por semana de jornada extraordinária.
Quanto aos demais itens, é possível percebermos que os itens II e III estão incorretos e
o item IV, correto. Como visto acima, são devidos 15 minutos extraordinários, por
semana, em razão do labor em período noturno.
Além deste período, a Universidade deve ao empregado mais 6 horas extras por semana
em razão do desrespeito ao intervalo interjornadas mínimo, por força da OJ 355 da SDI-
1 do TST:
Gabarito (B)
Comentários:
Gabarito (E)
Comentários:
Item incorreto, já que houve extensão do sobreaviso a outras categorias por meio de
leis, construção doutrinária e jurisprudência do TST.
Gabarito (E)
Comentários:
Gabarito (E)
Comentários:
Para o banco de horas anual, exige-se norma coletiva e, para o semestral, exige-se, ao
menos, acordo individual por escrito. Assim, não há que se falar em concordância de
todos os trabalhadores de que dele vão participar.
Gabarito (E)
Comentários:
Gabarito (E)
Comentários:
Nos termos do disposto no art. 7º, XIV, da CF, a ampliação da jornada em TIR deve se
dar mediante negociação coletiva.
Gabarito (E)
Comentários:
Gabarito (A)
Outros cargos
14. FCC/TST – Analista Judiciário–Área Judiciária - 2017
Vênus é empregada da empresa Raio de Luar Indústria e Comércio de Embalagens Ltda.
que fornece condução para os 30 empregados irem e voltarem da fábrica, descontando
do salário dos empregados a quantia de R$ 20,00 mensais, para custos operacionais. A
rede de transporte público regular é insuficiente para atender à localidade onde está
situada a empresa. Considerando a Lei no 13.467 de 2017, Vênus
(A) faz jus às horas in itinere nos percursos de ida e volta, na medida em que o
fornecimento de transporte pela empregadora é sempre causa ensejadora do direito
em questão, ainda que haja cobrança parcial por parte do empregador.
(B) não faz jus às horas in itinere nos percursos de ida e volta, na medida que, no
percurso de ida e volta, não se considera à disposição do empregador, ainda que este
forneça a condução.
(C) não faz jus às horas in itinere nos percursos de ida e volta, na medida em que há
desconto por parte do empregador da quantia de R$ 20,00 mensais, o que indica não
ser o fornecimento gratuito, que é requisito essencial para a hipótese.
(D) faz jus às horas in itinere nos percursos de ida e volta, na medida em que a
insuficiência de transporte público regular equipara-se, para os efeitos pretendidos pela
legislação, ao local de difícil acesso, ensejando a pertinência do direito em questão.
(E) faz jus às horas in itinere nos percursos de ida e volta, na medida em que a
insuficiência de transporte público regular equipara-se, para os efeitos pretendidos pela
legislação, à ausência de transporte público regular, ensejando a pertinência do direito
em questão.
Comentários:
O gabarito é a letra (B), segundo a redação atualizada da CLT, art. 58, § 2º.
Gabarito (B)
Comentários:
(..)
Gabarito (B)
(B) não é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, uma vez que já
efetuadas no horário diurno, ou seja, após 5h.
(C) é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, sendo que este adicional
integrará o salário de Maciel para todos os efeitos legais.
(D) é devido o adicional noturno apenas quanto a primeira hora prorrogada, sendo que
este adicional integrará o salário de Maciel para os efeitos legais, exceto férias.
(E) é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, sendo que este adicional
integrará o salário de Maciel para os efeitos legais, exceto férias e décimo terceiro
salário.
Comentários:
O gabarito é a letra (C), de acordo com o art. 73, § 5º, da CLT e com a SUM-60 do TST:
Gabarito (C)
Comentários:
A alternativa A está incorreta porque, como não é possível que todos registrem
simultaneamente o ponto (e a maioria chega à empresa no mesmo horário), e
considerando a prática jurisprudencial, foi inserida na CLT regra que permite
desconsiderar pequenas variações no ponto do empregado, qual seja:
Portanto, as variações dentro deste limite não são consideradas jornada extraordinária,
ao contrário do que diz a questão. Ressalto, por outro lado, que tais variações deixam
de ser computadas caso o empregado permaneça no local de trabalho para realização
de atividades particulares ou para se abrigar, por exemplo.
Por sua vez, a alternativa B, correta, pois está de acordo com a nova redação do art. 58,
§2º, que exclui a hora in itinere do cômputo da jornada de trabalho:
CLT, art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo
[Da Duração do Trabalho]:
(..)
Por fim, a alternativa D está incorreta porque omitiu a possibilidade de ajuste de horas
extras mediante acordo entre empregado e empregador:
2Além do encargo de gestão a CLT também exige a percepção de gratificação de função não inferior a 40%, como
estudado anteriormente.
Gabarito (B)
Comentários:
A letra B, correta, pois está de acordo com a nova redação do art. 58, §2º, que exclui a
hora in itinere do cômputo da jornada de trabalho:
Por fim, a letra E peca ao citar os limites do horário noturno para o trabalhador urbano,
já que este é, na verdade, das 22 hs às 05 hs do dia seguinte.
Gabarito (B)
Comentários:
Gabarito (C)
Comentários:
A letra A está incorreta. De acordo com a nova regra, como Carlito labora até 26 horas
semanais, ele poderia prestar até 06 horas extras por semana:
Gabarito (B)
Comentários:
A atividade de digitação não existia à época da elaboração da CLT, pois não havia a
utilização generalizada de computadores. Como esta atividade possui efeitos
semelhantes às outras funções citadas na lei (problemas nos tendões em face da
repetitividade da tarefa) a Súmula consolida a aplicação analógica do intervalo de 10
minutos a cada 90 minutos de trabalho.
Gabarito (A)
Inéditas
22. Daud
Acerca do trabalho intermitente, julgue:
( ) O período de inatividade também será considerado tempo à disposição do
empregador, por força do princípio da continuidade da relação de emprego.
Comentários:
O período de inatividade não é computado como jornada de trabalho (ou seja, não é
tempo à disposição do empregador):
Gabarito (E)
LISTA DE QUESTÕES
Procuradorias
1. CESPE/EBSERH – Advogado – 2018
O tempo despendido para troca de roupa ou uniforme nas dependências da empresa
será considerado como hora de trabalho, ainda que não exista a obrigatoriedade de
realizá-la na empresa.
Magistratura e MPT
6. MPT - Procurador do Trabalho/2020
Pedro foi contratado por uma universidade para lecionar (16) dezesseis horas por
semana, às segundas e quintas-feiras, das 19h às 23h. Às terças e sextas-feiras, por sua
vez, trabalhava das 07h às 11h. Não houve pactuação, nem coletiva nem individual, para
estipular regra distinta acerca das horas fictas ou de qualquer um dos intervalos. Diante
dessa narrativa, analise as seguintes assertivas:
Outros cargos
14. FCC/TST – Analista Judiciário–Área Judiciária - 2017
Vênus é empregada da empresa Raio de Luar Indústria e Comércio de Embalagens Ltda.
que fornece condução para os 30 empregados irem e voltarem da fábrica, descontando
do salário dos empregados a quantia de R$ 20,00 mensais, para custos operacionais. A
rede de transporte público regular é insuficiente para atender à localidade onde está
situada a empresa. Considerando a Lei no 13.467 de 2017, Vênus
(A) faz jus às horas in itinere nos percursos de ida e volta, na medida em que o
fornecimento de transporte pela empregadora é sempre causa ensejadora do direito
em questão, ainda que haja cobrança parcial por parte do empregador.
(B) não faz jus às horas in itinere nos percursos de ida e volta, na medida que, no
percurso de ida e volta, não se considera à disposição do empregador, ainda que este
forneça a condução.
(C) não faz jus às horas in itinere nos percursos de ida e volta, na medida em que há
desconto por parte do empregador da quantia de R$ 20,00 mensais, o que indica não
ser o fornecimento gratuito, que é requisito essencial para a hipótese.
(D) faz jus às horas in itinere nos percursos de ida e volta, na medida em que a
insuficiência de transporte público regular equipara-se, para os efeitos pretendidos pela
legislação, ao local de difícil acesso, ensejando a pertinência do direito em questão.
(E) faz jus às horas in itinere nos percursos de ida e volta, na medida em que a
insuficiência de transporte público regular equipara-se, para os efeitos pretendidos pela
legislação, à ausência de transporte público regular, ensejando a pertinência do direito
em questão.
(A) poderá prestar no máximo 5 horas extras por semana, em razão do regime de
contratação a tempo parcial.
(B) deverá manifestar perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente
de negociação coletiva, sua opção para adoção do regime de tempo parcial.
Inéditas
22. Daud
Acerca do trabalho intermitente, julgue:
( ) O período de inatividade também será considerado tempo à disposição do
empregador, por força do princípio da continuidade da relação de emprego.