Direitos Da Personalidade
Direitos Da Personalidade
Direitos Da Personalidade
Características:
Intransmissíveis: não podem ser transmitidos a outrem.
Irrenunciáveis: ninguém poderá abrir mão.
Indisponibilidade: não podem ser cedidos na esfera judicial.
Imprescritibilidade: não se submetem à prescrição. Desta forma,
caso sejam violados, pode ser buscada indenização a qualquer
tempo, inclusive, em determinados casos, após a morte.
Extrapatrimonialidade: não podem ser mensurados e atribuídos
valor para comercialização. Entretanto, existem algumas exceções
legais, como é o caso do uso a imagem.
Inexpropriabilidade: não podem ser desapropriados.
Oponibilidade: diz respeito à defesa, pois o indivíduo pode
defendê-los contra qualquer pessoa.
Vitalício: para o resto da vida.
Sentido lato sensu:
Integridade física: corpo físico do indivíduo.
Integridade psíquica: privacidade e liberdade.
Integridade intelectual: liberdade de pensamento, expressão e
de autorias.
Integridade moral: honra subjetiva e objetiva.
Sentido stricto sensu:
Imagem: de caráter patrimonial e disponibilidade relativa.
Abrange sua fisionomia física (imagem-retrato) e social (imagem-
atributo).
Proteção legal: a utilização da imagem pode ser proibida, a
requerimento do titular, se atingir sua honra ou se tiver fins
comerciais.
Autorização e restrição: em casos de interesse público, a
utilização da imagem pode ocorrer sem autorização. Em caso de
publicação não autorizada da imagem com fins econômicos ou
comerciais, o prejuízo é presumido, gerando dano in re ipsa.
Captação em ambiente público: só é ofensiva quando é
contextualizada ou específica, com foco na pessoa em vez do
ambiente.
Nome: impede que seja utilizado em propaganda comercial sem
autorização ou em publicações que o exponham ao desprezo
público, mesmo que não haja intenção difamatória. É possível
mudar de nome a partir da maioridade imotivadamente ou adotar
nome social em decorrência da redesignação sexual. Também é
assegurada a proteção jurídica ao Pseudônimo.
Honra: esse direito é tão importante que possui, até mesmo,
repercussões penais, sendo que o Código Penal tipifica condutas
para os crimes de calúnia, difamação e injúria.
Privacidade e intimidade: a vida privada é um núcleo restrito da
vida social da pessoa, enquanto a intimidade representa um círculo
ainda mais restrito. Possuem o mesmo peso em termos de proteção
legal. A diferenciação entre elas ocorre no quantum indenizatório
em caso de violação, sendo a violação da intimidade mais gravosa.
Eles não são absolutos. É necessário realizar uma ponderação de
interesses em situações específicas, como no caso da segurança, em
que o direito à segurança pode se sobrepor ao direito à privacidade.
Não é necessária a autorização da pessoa biografada, nem das
pessoas mencionadas ou coadjuvantes na biografia.
Disposição do próprio corpo: a pessoa poderá dispor de seu
corpo depois da morte, atendendo à finalidade científica ou
altruística ou durante a vida por meio da cirurgia de redesignação
sexual ou transplante de órgãos.
9. Grau de parentesco
O grau de parentesco se estende até o 4º grau em linha reta e colateral.
Tipos de parentesco:
Parentesco consanguíneo ou natural: relação que vincula
pessoas que derivam de um mesmo tronco comum.
Parentesco civil: toda relação de outra origem que não seja
considerada consanguínea. Alguns exemplos são a adoção, a filiação
socioafetiva, o casamento ou união estável.
Parentesco por afinidade: relacionamento do individuo com os
parentes de seu cônjuge. Contudo, é limitado aos ascendentes
(sogro e sogra), aos descendentes (enteado e enteada) e aos irmãos
(cunhado e cunhada) do cônjuge ou companheiro. Além disso, na
linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do
casamento ou da união estável.
Tipos de parentes:
Linha reta: os graus de parentesco são contados pelo número de
gerações. Ou seja, pai e filho são parentes de primeiro grau, avós e
netos de segundo grau, e assim por diante.
Linha colateral ou transversal: por exemplo, o seu irmão é o
seu parente de segundo grau, pois para chegar nele, tem que subir
para os seus pais (primeiro grau), que são os ascendentes em
comum, e descer para chegar ao seu irmão (segundo grau). E o seu
tio? Bom, para chegar a ele, você precisa subir e passar pelo seus
pais (primeiro grau) e pelos seus avós (segundo grau), que são os
ascendentes em comum, e descer para o seu tio (terceiro grau), que
é filho dos seus avós. Nesse sentido, como o seu tio é seu parente de
terceiro grau, o filho dele, que é o seu primo, é o seu parente de
quarto grau. São chamados irmãos bilaterais, os irmãos que são
filhos de mesmo pai e mesma mãe e de irmãos unilaterais aqueles
que são filhos de pais diferentes (por parte de pai ou por parte de
mãe) ou os chamados meios-irmãos.
10. Fatos jurídicos
Fato jurídico em sentido amplo: todo acontecimento natural ou
humano apto a criar, modificar ou extinguir relações jurídicas.
Fato jurídico em sentido estrito: também conhecido como fato
natural, corresponde a modificações no mundo jurídico decorrentes de
fenômenos naturais.
Ordinário: acontecem com regularidade, como o nascimento, morte
ou a maioridade.
Extraordinário: não acontecem com regularidade, como o terremoto
ou a tempestade.
Atos jurídicos em sentido amplo: são ações humanas que criam,
modificam, transferem ou extinguem direitos.
Atos ilícitos: atos praticados em desacordo com o ordenamento
jurídico vigente, produzindo efeitos jurídicos involuntários, criando
obrigações.
Atos lícitos: são atos praticados em conformidade com o ordenamento
jurídico, produzindo efeitos jurídicos voluntários para o agente, como a
criação de direitos e obrigações.
Ato-fato jurídico: é uma categoria intermediária entre ação da
natureza e ação do homem é desprovida de voluntariedade e
consciência em direção ao resultado jurídico existente. Muitas vezes o
efeito do ato não é buscado nem imaginado pelo agente, mas decorre
de uma conduta. Quando uma criança compra um doce, não é um
contrato de compra e venda, porque a criança é absolutamente
incapaz, é um ato-fato jurídico que provém de atitude humana na qual
não existe qualquer consciência.
Ato-fato jurídico em sentido amplo: é um ato não negocial traduz
um simples comportamento humano voluntário e consciente cujos
efeitos estão previamente determinados em lei (notificação,
reconhecimento de filho, tradição, ocupação), não havendo escolha de
efeitos.
Negócio jurídico: há uma declaração de vontade emitida segundo o
princípio da autonomia privada, com a finalidade negocial, para criar,
adquirir, transferir, modificar ou extinguir direitos. Há uma
composição de interesses, um regramento de condutas, geralmente
bilateral como ocorre nos contratos. Entretanto, a possibilidade de
negócios unilaterais, em que ocorre seu aperfeiçoamento com uma
única manifestação de vontade como se dá no testamento.
11. Pessoa Jurídica
Pessoa Jurídica de direito privado:
Estatais: aquelas para cujo capital houve contribuição do Poder
Público. Alguns exemplos são as sociedades de economia mista e as
empresas públicas.
Particulares: as constituídas apenas com recursos particulares.
Alguns exemplos são a fundação, a associação, a cooperativa, a
sociedade, a organização religiosa, os partidos políticos e as
empresas individuais de responsabilidade limitada.
Pessoa jurídica de direito público:
Interno: entes de administração direta, sendo eles a União,
Estados, Distrito Federal e Município e entes de administração
indireta, como é o caso das autarquias, como o INSS, e das demais
entidades de caráter público criadas por lei, como por exemplo as
fundações públicas de direito público.
Externo: Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem
regidas pelo direito internacional público. Alguns exemplos são as
nações estrangeiras, a Santa Sé e os organismos internacionais,
como por exemplo, a ONU, a OEA, a União Europeia, o Mercosul e a
UNESCO.