Resumo - Pessoas e Bens

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DIREITO CIVIL

Direito Público e Privado

Público
Visa o Estado e a coletividade;
Rege as relações em que o estado tem parte ou grande interesse;
Você só está autorizado a realizar um ato, se o estado permite por
lei o mesmo;
Existem leis imperativas, como por ex: Direito tributário (não é
permitido sonegar impostos).

Privado

Personalidade é a aptidão para ser sujeito de uma relação jurídica,


autorizando a pessoa a ter direitos e contrair deveres na ordem civil.
Ex: Direito Contratual;
Direito Civil é um ramo do direito privado
Princípios do Direito Civil:
Socialidade;
Eticidade (CC Art 113);
Operabilidade.

Relações Jurídicas
Assim, toda relação jurídica corresponde a uma ação com a intenção de
assegurar a proteção do Estado aos litigantes, como meio processual. O
sujeito de direito é aquele que participa da relação jurídica, como sujeito
ativo, o titular do direito ou passivo, o titular do dever.
DIREITO CIVIL

Personalidade x Capacidade
Personalidade é a aptidão para ser sujeito de uma relação jurídica,
autorizando a pessoa a ter direitos e contrair deveres na ordem civil.

Capacidade é a aptidão para exercer seus direitos e deveres.

ATENÇÃO: Todos possuem personalidade jurídica/civil, porém, nem todos possuem a capacidade.

Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Teoria Natalista
O ser humano adquire personalidade jurídica/civil a partir do nascimento com vida.

Teoria Concepcionista
O nascituro é uma pessoa e possui seus direitos resguardados pela lei.

Personalidade
Material:
Mantém relação com os direitos patrimoniais, e o nascituro só a adquire com o
nascimento com vida.

Formal:

È aquela relacionada com os direitos da personalidade, o que o nascituro já tem


desde a concepção. Ex: Direito a vida.
DIREITO CIVIL

CAPACIDADE
De direito ou Gozo:
ambém denominada capacidade de aquisição de direitos, consiste na possibilidade
que toda pessoa tem de ser sujeito de Direito, isto é, figurar num dos polos da
Relação Jurídica, esta capacidade é reconhecida a todo ser humano, sem qualquer
distinção.

De fato ou exercício:
É a aptidão de exercer por si mesmo os atos da vida civil. Indivíduos considerados
incapazes não a têm, pois não conseguem exercer algumas atividades.

Capacidade Plena
Capacidade civil plena se dará quando a pessoa atingir os 18 anos ou em alguma das
situações de emancipação.

Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando


a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

Incapacidade Absoluta
Somente são incapazes absolutamente para a prática dos atos da vida civil os
menores de 16 anos, determinados menores impúberes, que devem ser
representados pelos genitores ou representante legal.

Incapacidade Relativa

Art. 4o - São incapazes, relativamente a certos atos ou à


maneira de os exercer:
DIREITO CIVIL

Incapacidade Relativa
Pessoas entre 16 e 18 anos;
Hébrios habituais;
Pródigo;
Causa transitória ou permanente.

Término da Personalidade Jurídica: Morte e Ausência


Real:
é aquela que pode ser comprovada mediante um atestado médico de óbito

Presumida:
Ocorre quando não há possibilidade de se atestar o óbito. Esta última pode ocorrer
com ou sem decretação da ausência, conforme previsto nos artigos 22 a 38 do
Código Civil em vigor.

Presumida:

Art. 8º CC-02: “Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma


ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes
precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente
mortos.”

Direitos da Personalidade
Os direitos da personalidade são todos aqueles relacionados ao indivíduo,
englobando seu corpo, sua imagem, seu nome, e todos os aspectos que
caracterizam sua identidade.
Os direitos da personalidade são genericamente expressos em nossa Constituição
Federal no artigo 5º
DIREITO CIVIL
Características da Personalidade
Absolutos – “Erga Omnes” (Todos precisam respeitar os seus direitos);
Ilimitados – Não se limitam a um hall taxativo previsto por lei;
Extrapatrimoniais – Não apresentam um conteúdo econômico de forma imediata;
Intransmissíveis – Eles não se transmitem com a herança;
Impenhoráveis – Não se submetem a qualquer tipo de constrição judicial;
Imprescritível – Não há prazo para o exercício do direito da personalidade
Irrenunciáveis.

ATENÇÃO: Excepcionalmente você pode dispor do seu direito, como o direito de


imagem, doação de órgãos “integridade física”.

O limite para dispor do direito da personalidade é a dignidade da pessoa humana

O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação


voluntária, desde que não seja permanente nem geral.
Enunciado 4 CJF

O limite para reparação de um direito da personalidade que foi violado:

Art. 206. Prescreve:


§ 3º Em três anos:
V - a pretensão de reparação civil;

Tutela aos Direitos da Personalidade

Art 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito


da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de
outras sanções previstas em lei.
DIREITO CIVIL
TRANSEXUAL

Art 13 Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição


do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da
integridade física, ou contrariar os bons costumes.

Conforme a exceção descrita no artigo 13, “Salvo por exigência médica”, o ato da
mudança de sexo é permitido no Brasil.

E. 6 CFJ - A expressão "exigência médica" contida no art. 13


refere-se tanto ao bem-estar físico quanto ao bem-estar
psíquico do disponente.

DOAÇÃO DE ORGÃOS

lEI 9434/97 Art. 1º A disposição gratuita de tecidos, órgãos e


partes do corpo humano, em vida ou "post mortem", para fins
de transplante e tratamento, é permitida na forma desta Lei

Altruísta:
Caridade.

Científico:

Ex: Estudo de uma faculdade.

Art 14, parágrafo único: O ato de disposição pode ser


livremente revogado a qualquer tempo.
DIREITO CIVIL
Lesados Diretos ou Indiretos
Indiretos:
Os lesados indiretos são os parentes do morto que estão legitimados para requerer a
tutela jurídica dos seus direitos da personalidade (art. 12 , p. único e art. 20 , p.
único, CC).

art 12, p. único: Em se tratando de morto, terá legitimação para


requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge
sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral
até o quarto grau.Jan

Embora uma pessoa morta não tenha mais direitos da personalidade (como honra,
imagem e privacidade, que pertencem a pessoas vivas), a lei protege esses direitos
de forma indireta após a morte. Essa proteção é chamada de “tutela jurídica dos
direitos da personalidade da pessoa morta”.

Como funciona na prática?


Se alguém, por exemplo, difama uma pessoa falecida ou usa indevidamente sua
imagem, os parentes próximos (cônjuge, companheiro, filhos, pais, ou parentes até
o quarto grau, como irmãos, tios e primos) têm o direito de ir à justiça para
proteger esses direitos. Eles entram com uma ação em nome próprio, alegando que
também foram afetados pela ofensa à memória do falecido.
DIREITO CIVIL
Lesados Diretos ou Indiretos
Diretos:
Os lesados diretos são aqueles que sofrem a ofensa ou o prejuízo de forma imediata
e pessoal. Eles têm uma ligação direta com o ato que causou o dano e são atingidos
de maneira imediata e específica.

Exemplo: Se uma pessoa é vítima de uma calúnia ou difamação, ela é a lesada


direta, pois é a própria pessoa que está sendo ofendida ou prejudicada por essa
ação.

Emancipação
Conforme o artigo 5º do Código Civil de 2002, existem algumas possibilidades em
que menores de 18 anos podem se emanciparem:

pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento


público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz,
ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
pelo casamento;
pelo exercício de emprego público efetivo;
pela colação de grau em curso de ensino superior;
pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego,
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha
economia própria.

art 12, p. único: Em se tratando de morto, terá legitimação para


requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge
sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral
até o quarto grau.Jan
DIREITO CIVIL
Emancipação
Conforme o artigo 5º do Código Civil de 2002, existem algumas possibilidades em
que menores de 18 anos podem se emanciparem:

pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento


público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz,
ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
pelo casamento;
pelo exercício de emprego público efetivo;
pela colação de grau em curso de ensino superior;
pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego,
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha
economia própria.

Existem três tipos de emancipação:

1. Voluntária: ocorre por meio da autorização dos pais.


2. Judicial: ocorre por meio de sentença.
3. Legal: ocorre de forma automática, quando o menor passa por algumas situações
previstas em lei.

Legal:
O art. 5º do Código Civil prevê quatro possibilidades de emancipação legal:

Casamento;
Exercício de emprego público efetivo;
Colação de grau em curso de ensino superior;
Economia própria.
DIREITO CIVIL
Direito de Imagem
O direito de imagem é protegido pelo artigo 5o, inciso X da Constituição Federal,
que o inseriu no rol dos direitos e garantias fundamentais, prevendo indenização
para o caso de sua violação.

Em seu artigo 20, veda o uso da imagem em caso de:


o uso indevido atinja sua honra, boa-fama, respeito ou se destine a fins
comerciais.
Contudo, há situações nas quais o uso da imagem independe de autorização,
quando, por exemplo:
for necessário à administração da justiça
à manutenção da ordem pública.

Nome e Registro
No Direito Civil Brasileiro, o nome é um direito da personalidade e é protegido pela
lei. O nome completo é composto pelo prenome (nome) e o sobrenome (nome de
família), e ele identifica uma pessoa na sociedade.
Mudança de Prenome
Uma vez, ao atingir a maioridade (18 anos): O Código Civil de 2002, no art. 56,
permite que a pessoa, ao completar 18 anos, solicite a mudança do seu prenome
no prazo de um ano, sem a necessidade de justificar o motivo.
Após esse prazo ou em outras situações: A mudança pode ocorrer apenas por via
judicial e com uma justificativa plausível, como:
Exposição ao ridículo (ex.: prenomes que causem constrangimento).
Proteção de testemunhas.
Razões de segurança (ex.: vítimas de crimes que precisam se proteger).
DIREITO CIVIL

Nome e Registro

Mudança de Sobrenome
Casamento e Divórcio: De acordo com o Código Civil, art. 1.565, §1º, é possível
adotar o sobrenome do cônjuge no momento do casamento. No caso de
divórcio, a pessoa pode escolher manter ou retirar o sobrenome do ex-cônjuge.

União Estável: A legislação não prevê automaticamente a alteração de


sobrenome, mas isso pode ser autorizado judicialmente em casos específicos.

Reconhecimento de Paternidade ou Maternidade: É possível acrescentar ou


modificar o sobrenome da pessoa, quando o reconhecimento de filiação ocorre
após o registro.

Razões Culturais, Étnicas ou Religiosas: Em casos excepcionais, pode-se pedir a


mudança do sobrenome para refletir melhor a identidade cultural, étnica ou
religiosa da pessoa.

É possível acrescentar sobrenome do padrasto ou de ancestrais.

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