Relatorio Anual 2016 Sesi Senai Iel
Relatorio Anual 2016 Sesi Senai Iel
Relatorio Anual 2016 Sesi Senai Iel
ANUAL
2016
RELATÓRIO
ANUAL
2016
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
FICHA CATALOGRÁFICA
S491r
CDU: 338.45
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA COMPETITIVIDADE
DA INDÚSTRIA BRASILEIRA............................................................................................................ 10
40
35,13
35
30
23,16
25
20
13,42
15
10,32
10
4,86 4,6 4,08 3,81
5 3,32 3,23
0
China Estados Argentina Países Alemanha Japão Chile México Itália Bélgica
Unidos Baixos
(Holanda)
A Fundação Dom Cabral, em seu resumo Nesse contexto, destacamos os fatores Edu-
executivo, considera a conjuntura política cação e Tecnologia e Inovação.
como um dos principais causadores da perda
de competitividade do país. Contudo a insti- Em Educação, o Brasil alcançou a sua melhor
tuição também aponta fatores estruturais colocação entre os fatores da análise, ocu-
e sistêmicos que contribuem para a baixa pando a 9ª posição, de 15 países pesqui-
competitividade brasileira. Como exemplos, sados. Dos subfatores que compõem este
cita “o sistema regulatório e tributário ina- item, o destaque são os gastos com educação
1. O IGC compara o conjunto de instituições, políticas e fatores que determinam o patamar de produtividade e de competitividade, compo-
nentes centrais das taxas de retorno dos investimentos dos países.
2. Brics é um acrônimo que se refere aos países-membros fundadores: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
3. Confederação Nacional da Indústria. Competitividade Brasil 2016: comparação com países selecionados. Brasília: CNI, 2016.
4. Disponibilidade e custo de mão de obra; Disponibilidade e custo de capital; Infraestrutura e logística; Peso dos tributos; Tecnologia e ino-
vação; Ambiente macroeconômico; Competição e escala do mercado doméstico; Ambiente de negócios; Educação.
(4ª posição). Contudo, nos subfatores quali- Contudo o país caiu 16 colocações em
dade da educação e disseminação da educa- infraestrutura (43ª para 59ª) e conheci-
ção, o país ficou no terço inferior do ranking, mento e tecnologia (51ª para 67ª). Nos pila-
posicionando-se, respectivamente, na 12ª res nos quais houve piora, deve-se ressaltar
posição (de 14 possíveis) e na 10ª posição a queda no indicador resultado criativo5
(de 13 possíveis). (82ª para 90ª), que pode ser considerado
um requisito fundamental no aumento dos
Já em Tecnologia e inovação, o país ocupou a níveis de inovação.
11ª posição, de 16 possíveis. Dos subfatores
desse tópico, o apoio governamental colocou Um estudo encomendado pela CNI e pelo
o Brasil na 10ª posição (de 17 possíveis). Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Das variáveis relacionadas a este subfator, Pequenas Empresas (Sebrae), realizado pelas
a melhor posição se deu em despesas totais Universidade de Cornell (EUA) e pela Escola
com P&D (5ª posição, de 17 possíveis). O de negócios Insead (França), em parceria com
destaque negativo ficou por conta do sub- a Organização Mundial de Propriedade Inte-
fator P&D e inovação nas empresas (13ª lectual (Ompi), apontou que houve aumento
posição, de 16 possíveis). Entre as variáveis dos investimentos em inovação, mas com
englobadas por este subfator, destacam-se poucos resultados gerados. A pesquisa
a posição intermediária do país em gastos também identificou uma queda acentuada
de P&D nas empresas (9ª, de 16 possíveis) e em eficiência da inovação: da 7ª posição, em
a baixa posição em capacidade de inovação 2011, para a 100ª posição, em 2016.
(17ª, de 18 possíveis).
No ano passado, o IBGE apresentou a Pes-
De acordo com o estudo, os gastos de P&D quisa de Inovação (Pintec 2014), que busca
do setor privado brasileiro foram reduzidos estabelecer a dinâmica inovativa de empresas
de 0,51%, em 2013, para 0,42%, em 2014 com pelo menos dez funcionários, das indús- 13
(ano de referência do ranking de 2016). Em trias extrativas e de transformação, além dos
relação à variável capacidade das empresas setores de eletricidade e gás e de serviços
em inovar, não houve piora da avaliação (3,8, selecionados. A análise foi realizada de 2012
em uma escala de 1 a 7), mas sim um cresci- a 2014 e mostrou uma pequena evolução das
mento da maior parte dos países avaliados taxas de inovação de produto da indústria de
pela pesquisa. transformação (18,4%) em relação à registrada
na Pintec 2011 (17,5%). A taxa de inovação de
1.4 INOVAÇÃO processos praticamente se manteve estável
(32,5%, ante 32% na pesquisa anterior).
O Índice Global de Inovação 2016 colocou
o Brasil em uma posição intermediária – 69ª Pelos dados do estudo, verifica-se que a
– no ranking dos países mais inovadores. O indústria de transformação continua prio-
país subiu apenas uma posição, em um ano rizando a melhoria em seus processos
de redução do número de países participan- produtivos, o que integra um movimento
tes (141 para 128), e ocupa a última coloca- estratégico para aumentar seus níveis de
ção entre os Brics e a 6º da América Latina. produtividade nos portfólios de produtos
permanentes. Entretanto o impacto da ino-
O relatório mostrou que houve avanços vação na indústria de transformação con-
consideráveis nos indicadores relacionados tinua baixo, já que a maior parte das inova-
à sofisticação de mercado (102ª para 57ª) ções, de produto e de processo, é voltada à
e à sofisticação de negócio (69ª para 39ª). empresa, e não ao mercado.
5. Esse pilar corresponde ao valor dos ativos intangíveis em marcas e em design original; criação de modelo de negócio e de modelo organiza-
cional; criação de bens e de serviços (por milhões de habitantes); e criatividade on-line.
14
6. Este indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam crescimento da produção frente ao mês anterior.
7. Valores acima de 50 indicam crescimento dos preços frente ao trimestre anterior.
8. Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do empresário. Quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a
falta de confiança.
9 Para os próximos 6 meses.
2
FOCOS ESTRATÉGICOS:
RESULTADOS ALCANÇADOS
EM 2016
O Planejamento Estratégico Integrado SESI- trizes Estratégicas, cujo horizonte de aplica-
-SENAI-IEL 2015-2022 foi elaborado uti- ção é 2015 a 2022.
lizando-se metodologia de planejamento
participativo e integrado entre as Entidades. O Conjunto Estratégico – a segunda parte
O documento baseou-se em cenários pros- do Planejamento Estratégico –, composto
pectivos e mobilizou as Entidades Nacionais de Direcionadores Estratégicos e Gran-
e os 27 Departamentos/Núcleos Regionais des Desafios, passou por ajustes, mas sem
do Serviço Social da Indústria (SESI), do Ser- mudanças estruturais. Ao refletir a respeito
viço Nacional de Aprendizagem Industrial do cenário industrial, as metas quantitativas
(SENAI) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). nacionais foram revisadas e estendidas para
18
o horizonte de 2016 a 2019. Houve, ainda,
Sua construção foi direcionada pelo Mapa inclusão de novos Grandes Desafios.
Estratégico da Indústria 2013-2022, que
reflete a urgência em relação a problemas Os temas de maior prioridade para o Sis-
relativos à Educação e à Inovação, bem como tema Indústria estão apontados nos Focos
orienta as ações diante da constante neces- Estratégicos, que atuam como perspecti-
sidade de adaptação às voláteis condições da vas dos objetivos definidos. As ações para
economia global. São desafios que devem ser o ciclo 2015-2022 envolvem o aumento da
enfrentados pelo país para viabilizar um cres- qualidade dos serviços prestados e dos pro-
cimento sustentável da indústria brasileira. dutos ofertados pela Organização, a fim de
equilibrar a intensa expansão alcançada nos
Ratificando a atuação do Sistema Indústria últimos anos.
no atendimento às necessidades do setor
produtivo, em 2016, houve a revisão do Pla- Os Focos Estratégicos estão divididos em
nejamento Estratégico Integrado SESI-SENAI- quatro vertentes:
-IEL 2015-2022.
• Educação: tem como meta consolidar o
O plano revisado propõe-se a nortear a atua- SESI, o SENAI e o IEL como referência
ção das Entidades de modo a potencializar em educação para o mundo do trabalho
as oportunidades identificadas e também e para a indústria, priorizando a melhoria
na contribuição aos fatores-chave do Mapa da qualidade do ensino ofertado.
Estratégico da Indústria. Assim, a Agenda • Tecnologia e Inovação: aqui, os esfor-
Estratégica foi ratificada, preservando os ços são direcionados à contribuição para
pilares essenciais ao planejamento: Resulta- ampliar a capacidade de inovação e acelerar
dos Esperados; Focos Estratégicos; e Dire- a modernização tecnológica da indústria.
19
26
43
Mapear
Criar projetos Desenvolver Escalonar as
necessidades Quantificar o
pilotos na competência e soluções para
da Indústria resultado
indústria soluções a Indústria
Brasileira
1 2 3 4 5
Este programa conta com investimento total industriais, aumentando, assim, o potencial
de R$ 2,3 milhões, dividido entre o SENAI de incremento de produtividade para a indús-
e empresas parceiras. Foram definidos oito tria. Dessa forma, o SENAI avança em seu
projetos-piloto, nas temáticas Digitalização Programa de Apoio ao Aumento de Competi-
da manufatura e Sensoriamento e conectivi- tividade da Indústria Brasileira e posiciona-se
dade. O aprendizado irá permitir o escalona- como importante parceiro na prestação de
mento destas soluções para outros setores serviços e na inovação tecnológica.
FIGURA 2 – INSTITUTOS SENAI DE INOVAÇÃO
Microeletrônica AM
3
PE Tecnologia da Informação
e Comunicação
3 3
Engenharia de Superfícies
Eletroquímica
Engenharia de Estruturas PR 2
MG Matelurgia e Ligas Especiais
Processamento Mineral
3 Equipamentos e Sistemas Elétricos
Laser
Sistemas Embarcados
Sistemas de Manufatura
SC 2
44
Operacionais (21)
Embrapii (4)
SP Materiais Avançados e Nanocompósitos
Biotecnologia
Alimentos e Bebidas MT 2
1
Têxtil e Confecções
3
PB Couro e Calçado
Madeira e Mobiliário AC 1 2
Automação Industrial
Alimentos e Bebidas MS
1
6
PE Automotivo e Metalmecânica
Meio Ambiente
1
Meio Ambiente e Química Alimentos e Bebidas
Tecnologia da Informação 2 Construção Civil
Madeira e Mobiliário 5
BA Eletroeletrônica
Papel e Celulose
Construção Civil
PR 1
Eletrometalmecânica
Química
8 4 Meio Ambiente
Metalmecânica Alimentos e Bebidas
Alimentos e Bebidas 7
Automotivo
Logística 7
MG Metlamecânica
Química
Alimentos e Bebidas Meio Ambiente
6
Materiais
Automação e TIC
Ambiental
SC Têxtil e Vestuário
RJ
Ambiental
Solda
Construção Civil Automação e Sistemas
Eletroeletrônica CETIQT - Têxtil e Vestuário
Madeira e Mobiliário Couro e Calçado
Têxtil, Vestuário e Design
Couro e Meio Ambiente
SP Alimentos e Bebidas
Energia
Legenda:
Planejamento (13)
Mecatrônica
Alimentos e Bebidas RS Total
57 Metalmecânica
Implantação (05) Petróleo, Gás e Energia Meio Ambiente
Operacional (39) Calçado e Logística Eletrônica 45
Ideias 459
280
Submetidas 244
Ideias 183
180
Qualificadas 125
Planos de 266
Projetos 213
Avaliados 211
46
Projetos 22
25
Avaliados 23
12
10
8
6
4
2
0
Minas Gerais
Pernambuco
Bahia
Paraná
Ceará
Santa Catarina
São Paulo
Goiás
Rio de Janeiro
Mato Grosso
Paraíba
Alagoas
47
Como resultado, foram apresentadas 42 Ainda foram realizados oito GPs esta-
soluções às companhias parceiras, que duais, nos DRs do Acre, da Bahia, do Dis-
demonstraram interesse em dar continui- trito Federal, do Espírito Santo e de Mato
dade ao desenvolvimento dos projetos. Um Grosso, onde ocorreram quatro deles.
exemplo é a Renault, que já negocia com o Os eventos estaduais envolveram 977
DN para colocar em prática, em 2017, um alunos SENAI, com a apresentação de
dos projetos que envolve a empresa. 380 ideias.
LABORATÓRIOS ABERTOS DE ída em sete cidades, de todas as regiões
INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE do Brasil: Maringá (PR), Belo Horizonte
(MG), Rio de Janeiro (RJ), Dourados (MS),
Os Laboratórios Abertos do SENAI pos- Manaus (AM), Campina Grande (PB) e
suem alta taxa de retorno: cada 1 real inves- Salvador (BA). Estas unidades integram
tido pelo programa gera um retorno de R$ a rede SibratecShop, do Ministério da
5,50 em recursos externos. São ambientes Ciência, Tecnologia, Inovações e Comu-
de inovação para que pessoas com diferen- nicações (MCTIC), que conta ainda com
tes perfis e habilidades possam desenvolver o Instituto Tecnológico de Aeronáutica
suas ideias e projetos inovadores, de forma (ITA), em São José dos Campos (SP), o
colaborativa, utilizando a estrutura tecnoló- Instituto Nacional de Telecomunicações
gica do SENAI. (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí (MG),
a Universidade Federal do Rio Grande
Em seu segundo ano de atuação, a Rede do Sul (UFRGS), em Porto Alegre (RS) e o
de Laboratórios Abertos está distribu- Porto Digital, em Recife (PE).
Eletroeletrônica
48 Metalmecânica
Eletroeletrônica
Metalmecânica
Eletroeletrônica
Madeira
Alimentos
Metalmecânica
Eletroeletrônica
TI
Metalmecânica Eletroeletrônica
R$238.000,00
7 6%
38 R$287.612,00
40
7%
300
1030 R$3.350.000,00
87%
Fonte: Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC/SENAI Fonte: Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC/SENAI
Três ações destacam-se no âmbito deste pro- foram apresentados (veja mais detalhes sobre
grama: o Inova SENAI, o Grand Prix SENAI de os Projetos Integradores na seção 2.1.2.2.7
Inovação e os Projetos Integradores. Desafio SENAI de Projetos Integradores).
10. As imersões têm por objetivo levar conhecimento ao empresariado brasileiro sobre o estado da arte em relação a temas específicos (em
especial na área de manufatura avançada) e facilitar a negociação de projetos colaborativos. Dos 10 resultados já mapeados, destacam-se
parcerias em PD&I, parcerias do tipo B2B, revisão de portfólio e governança para inovação de empresa participante e revisão de currículo de
graduação e pós-graduação de universidade que integrou uma das delegações.
Para cada uma dessas agendas foi produzido para promover a aproximação entre empre-
e publicado um texto específico para subsidiar sas e centros de conhecimento. A agenda
os debates sobre inovação (exceto no caso de prioritária inclui o reforço de programas já
marco regulatório), os quais foram disponibili- existentes e bem-sucedidos e a realização
zados para o público no site da MEI. Além disso, de novas atividades para promoção de par-
outros documentos publicados com o propó- cerias em PD&I.
sito de estimular o debate, foram: Ações da
MEI para Inovação e Manufatura Avançada e FORTALECIMENTO DA INOVAÇÃO
Melhores Práticas Empresariais para Inovação. EMPRESARIAL
O engajamento dos líderes empresariais
Em 2016, pela segunda vez, a MEI teve um da MEI é importantíssimo para incentivar e
trabalho selecionado pela Federação Global tornar a inovação uma prática consolidada
dos Conselhos de Competitividade (GFCC), nas empresas, a fim de ampliar o potencial
publicado em seu relatório anual de boas competitivo do país.
práticas, cuja edição foi dedicada a cidades
inteligentes. Além disso, teve início a partici- Reuniões do comitê de líderes da MEI
pação do Brasil no board. Em 2016, foram realizadas cinco reuniões
do Comitê de Líderes Empresariais da MEI,
Além disso, o Sistema Indústria - CNI, com participação de 279 empresas, 195
SENAI, IEL - firmou acordo com a Embrapii CEOs e entidades do governo federal e de
para estabelecer um marco de cooperação instituições parceiras.
O PROGRAMA EM NÚMEROS:
100% 68 23
SUSTENTABILIDADE PARTICIPANTES, CENTROS DE PD&I
FINANCEIRA DE 41 ORGANIZAÇÕES VISITADOS ATÉ OUT./2016
3 3 10
IMERSÕES CONCLUÍDAS IMERSÕES PREVISTAS EM 2017 OUTCOMES MAPEADOS
[EUA, Brasil, Alemanha] [Japão+Coreia | EUA | Brasil] [Parcerias Institucionais e em PD&I,
revisão de portfólio etc.]
ANFITRIÕES E PARTICIPANTES:
ESTADOS UNIDOS
PALESTRANTES E ANFITRIÕES
61
PARTICIPANTES
BRASIL – EMBRAPII
ANFITRIÕES
PARTICIPANTES
62
ALEMANHA
ANFITRIÕES
PARTICIPANTES
DEPOIMENTOS:
ANFITRIÕES E PARTICIPANTES:
Igor Nazareh
Diretor de Fomento à Inovação MDIC
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Serviços
“ EM TERMOS PRÁTICOS,
ACELERAMOS INICIATIVAS QUE ATÉ
ENTÃO, NÃO ERAM PRIORITÁRIAS.
“
Edson Matsuo
Diretor de Design
Grendene
FOTOS:
64
O projeto nasceu com duas propostas prin- Na prática, a MEI lançou mão de instrumen-
cipais. Primeiro, como um esforço da MEI tos próprios, geridos pelo Sistema Indústria, e
de oferecer novos modelos e soluções para uniu-se a parceiros para otimizar ferramentas
superar desafios que marcam o ambiente já existentes e construir novos arranjos. Par-
de inovação, em especial os relacionados a cerias com instituições, como BNDES, Finep,
Embrapii, FAPs, Apex-Brasil, Capes e CNPq – de Inovação e Parcerias Empresariais em
sem prejuízo de outras alianças com mais Inovação Internacionais); à consolidação
atores do governo, da academia e do mercado de estruturas de governança locais para
financeiro, dentro e fora do Brasil – foram e melhorar o ambiente de inovação nos
serão fortalecidas a partir de planos de traba- estados (Sistema de Núcleos Estaduais de
lho orientados às necessidades de mercado e Inovação); à criação de competências em
alinhados às prioridades da Mobilização. gestão da inovação (Chamada Nacional
de Projetos CNI-Sebrae e Consultoria em
Estatísticas mostram uma performance Gestão da Inovação); ao financiamento de
modesta do país em dispêndios em PD&I, projetos de inovação empresariais (Edital
taxa de inovação e participação nos segmen- SENAI-SESI de Inovação), assim como às
tos de alta tecnologia. Consequentemente, modalidades de apoio oferecidas por insti-
isso coloca o país em desvantagem no mer- tuições parceiras.
cado global, refletida em diferentes rankings
internacionais. PARTICIPAÇÃO NA GFCC
Uma das propostas centrais da Federação
É nítido, portanto, o descompasso entre o Global de Conselhos de Competitividade
esforço de mobilização, os investimentos (GFCC, na sigla em inglês) é possibilitar
realizados e os resultados obtidos. Tal fato a troca de experiências e conhecimentos
sugeriu a necessidade de avanço não apenas entre seus integrantes, permitindo o apren-
na agenda de políticas públicas, imprescindí- dizado cruzado sobre iniciativas de promo-
vel à organização, à modernização e à sus- ção da competitividade.
tentação do ambiente de inovação e negó-
cios, mas também na instrumentalização O Brasil, representado por seus líderes
dessas políticas, com a criação de progra- empresariais, tem recebido importante
mas que gerem valor imediato às empresas reconhecimento dessa organização. Em 65
industriais, locus fundamental da atividade 2015, a experiência da MEI foi incluída na
inovativa. publicação anual da GFCC como uma das
seis melhores práticas em estratégias de
Dada a conjuntura de escassez de recursos competitividade e inovação no mundo, ao
para o estímulo à inovação e a urgência da lado de outras cinco iniciativas, conduzidas
adoção de medidas que contribuam para nos Estados Unidos, nos Emirados Árabes,
recuperar a competitividade, a MEI lançou na Rússia, na Irlanda e na Coreia do Sul,
esta nova frente de atuação, que deve criar relacionadas à infraestrutura, aos transpor-
oportunidades para o empresariado brasi- tes e às tecnologias associadas. Em 2016,
leiro se capacitar e se atualizar, cooperar novamente, a MEI teve um trabalho incluído
com centros de pesquisa de referência no na mesma publicação, sobre o tema Cidades
país e no exterior e, assim, ampliar as com- inteligentes (artigo elaborado juntamente
petências em desenvolvimento e absorção com a equipe da Diretoria de Relações Ins-
de tecnologias que resultem em ganhos de titucionais da CNI).
performance no mercado.
Entretanto a mais significativa sinalização
Em uma publicação periódica, foram apre- foi o convite para que o Sistema Indústria
sentadas as iniciativas da MEI de apoio à integrasse o Conselho Diretivo da GFCC
formação e à atração de recursos humanos como membro representante do Brasil – o
qualificados para a indústria (Inova Global que ocorreu em novembro de 2016, durante
e Inova Talentos); à inovação no campo da o encontro anual, realizado em Londres. Na
manufatura avançada e inserção da base mesma ocasião, o artigo sobre cidades inteli-
produtiva em redes globais de inovação gentes foi apresentado a um público de mais
(Programa de Imersões em Ecossistemas de 300 pessoas, de 35 diferentes países.
GLOBAL INNOVATION INDEX (GII) – inovação; (b) adotar boas práticas de inova-
PARCERIA CNI, SESI, SENAI E Sebrae ção de países emergentes; e (c) melhorar os
O Global Innovation Index (GII), relatório anual resultados da inovação no Brasil, pelo forta-
copublicado desde 2007 pela Universidade de lecimento de políticas públicas e pela coope-
Cornell, pelo Insead e pela World Intellectual ração entre empresas e academia.
Property Organization (Wipo), uma agência das
Nações Unidas, é a principal referência para A Agenda da MEI/2016 contou com pro-
medir o desempenho da inovação de um país. postas que cobrem 11 das 21 variáveis que
Mais de 140 economias em todo o mundo são compõem os sete pilares do GII.
analisadas sob uma diversidade de indicadores.
Além das medidas tradicionais de inovação, AMBIENTES E COMPETÊNCIAS PARA
como o nível de pesquisa e desenvolvimento, o INOVAR
GII explora uma ampla visão de inovação, com Inovar exige ambiente propício e competên-
indicadores sobre ambiente político, educação, cias para desenvolver novas ideias e con-
infraestrutura e sofisticação de negócios. ceitos, que darão origem a novos produtos,
processos e tecnologias. Um dos objetivos da
A CNI, o SESI, o SENAI e o Sebrae, por meio MEI é aproveitar ao máximo o conhecimento
do Convênio nº 46/2014, participarão das de seus líderes empresariais para que suas
edições 2017 e 2018 do GII, como parceiros contribuições sejam cada vez mais efetivas e
do conhecimento. mais aderentes à realidade empresarial. Além
disso, a mobilização busca mapear processos
Desempenho do Brasil no Global Innovation e competências promotores da inovação e
Index (GII) difundi-los entre empresas e instituições, para
Um estudo inédito, coordenado pela MEI, que sejam estimuladas e para que a inovação
apresentou o desempenho do Brasil no seja desenvolvida ante as melhores práticas.
66 Global Innovation Index (GII) entre os anos
de 2011 e 2016. O estudo examinou 79 Inova Talentos
critérios de performance, incluindo total de O programa Inova Talentos tem como meta
recursos, resultados e eficiência dos investi- ampliar o quadro de profissionais qualifi-
mentos feitos em inovação no Brasil. cados em atividades de inovação no setor
empresarial brasileiro. Fruto de parceria
As principais recomendações do estudo estratégica, conta com bolsas de fomento
são: (a) aprender com os países líderes em tecnológico e extensão inovadora, custeadas
pelas empresas e ofertadas pelo CNPq, e A quem o programa se destina:
com assessoria do IEL para atrair, selecionar
e capacitar estudantes em penúltimo ano de • Empresas e institutos de PD&I privados.
curso e profissionais egressos da academia • Estudantes a partir do penúltimo ano
para o mercado de trabalho. de graduação, graduados e mestres em
até cinco anos.
O Inova Talentos parte da apresentação de
um desafio de inovação pela empresa ou Com o intuito de atender à demanda das
instituto de PD&I privado, com posterior empresas, mapeada na primeira fase do pro-
recrutamento e seleção de pessoal quali- grama, o IEL/NC e o CNPq assinaram novo
ficado capaz de atender a esse desafio. Os acordo de cooperação, a fim de ampliar as
selecionados têm a oportunidade de viven- oportunidades para estudantes e egressos da
ciar o desenvolvimento de projetos de ino- academia vivenciarem a execução de projetos
vação no ambiente empresarial; recebem, de PD&I no ambiente empresarial e de propor-
por 12 meses, treinamentos para ampliar cionar às empresas recursos humanos qualifi-
seus conhecimentos relacionados à dinâ- cados para fortalecer suas estratégias de ino-
mica empresarial; e são acompanhados por vação, produtividade e competitividade. No
psicólogos do IEL, para aprimoramento das novo formato, empresas e institutos custeiam
dimensões comportamentais. a bolsa dos talentos participantes. Em 2016,
foram custeadas 125 bolsas, com repasse ao
Há ainda tutores, executivos indicados pelas CNPq de mais de R$ 4 milhões, superando a
empresas, para orientarem a execução dos meta pactuada com o próprio CNPq, de 60%.
trabalhos e compartilharem seus conheci-
mentos relacionados à cultura da organi- A procura empresarial por recursos huma-
zação e ao segmento de atuação. O tutor nos do Inova Talentos superou as expecta-
recebe treinamento de coaching, criativi- tivas no ano de 2016. Mais de 390 bolsas 67
dade e inovação. foram solicitadas pelas empresas, com um
total de 149 bolsas concedidas.
Os objetivos do Inova Talentos são:
Edital Facepe
• Desenvolver projetos de inovação nas A Fundação de Amparo à Ciência e Tecno-
empresas e nos institutos privados de PD&I. logia do Estado de Pernambuco (Facepe),
• Qualificar profissionais para execução vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnolo-
de projetos de inovação no ambiente gia e Inovação local (Secti), lançou em 2016
empresarial. o edital Pesquisador na Empresa de Per-
nambuco (Pepe) – Inova Talentos. O edital é
São diferenciais do projeto: fruto do esforço do IEL/PE para prospecção
de recursos da Facepe e da parceria com o
• A qualificação dos profissionais bolsistas IEL Nacional.
é realizada durante a execução dos pro-
jetos de inovação, realizados por empre- No âmbito do convênio, a Facepe irá copar-
sas ou institutos privados de PD&I. ticipar com as empresas no patrocínio de
• Há acompanhamento e capacitação dos bolsas para jovens pesquisadores da inova-
tutores das empresas e dos profissionais ção. Ação semelhante está em andamento
selecionados em competências compor- com o IEL/PI, cuja proposta de projeto foi
tamentais, gerenciais e técnicas. entregue à Fundação de Amparo à Pesquisa
• Ao final do programa, os melhores profis- do Estado do Piauí (Fapepi). A próxima pro-
sionais são premiados com uma missão posta de projeto a ser elaborada será em
em centro internacional de inovação. parceria com o IEL/ES.
Encontro de coordenadores Na categoria Equipe Destaque, foi ava-
Em maio de 2016, foi realizado o 3º Encon- liado o desempenho do grupo, formado
tro de Coordenadores Regionais do Inova por bolsista, tutor da empresa e profissio-
Talentos. Com a participação de represen- nal do IEL responsável pelo acompanha-
tantes de 24 estados (Acre, Alagoas, Ama- mento do pesquisador. Analisaram-se os
zonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, resultados do projeto para a organização,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Mara- a qualidade do plano de trabalho, a capaci-
nhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, dade de relacionamento e a realização das
Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio capacitações oferecidas pelo IEL ao longo
Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Ron- do programa.
dônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo
e Sergipe) e do Distrito Federal, os Núcleos Vencedores da categoria Equipe Destaque
Regionais do IEL compartilharam as práticas
adotadas para comercialização do produto, 1º Lugar – Vivian Machado, Jazon Barros e
conheceram em detalhes os macroproces- Lucimara do Nascimento (Bosch – PR)
sos adotados para esse novo formato e par-
tilharam informações sobre a etapa regional 2º Lugar – Fernando Dellacqua Cristo, Bruna
da premiação. Godoi e Rodrigo Suzuki (Votorantin – SP)
Na edição 2016, a etapa nacional do prêmio A edição 2016/2017, realizada por CNI,
avaliou 35 equipes. A equipe vencedora parti- SESI, SENAI e Sebrae, conta com o apoio
cipará de uma missão internacional. Na cate- de IEL, MCTIC, Mdic, MBC, ABDI, Anpei,
goria Artigo Destaque, 19 candidatos par- Anprotec, Capes, CNPq e Embrapii.
ticiparam da avaliação. O vencedor também
participará de uma missão internacional. Em 2016, foi elaborada uma nova metodo-
logia de avaliação, com base em padrões
Foram realizadas etapas estaduais em 12 internacionais. A nova metodologia possui
estados (Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, quatro modalidades e duas categorias:
Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Paraná,
Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Cata- • Modalidade 1: Empresas do projeto Agen-
rina) e no Distrito Federal. tes Locais de Inovação (ALI) do Sebrae.
• Modalidade 2: Micro ou pequena
PRÊMIO NACIONAL DE INOVAÇÃO empresa do setor industrial.
O Prêmio Nacional de Inovação foi criado • Modalidade 3: Média empresa do setor
para incentivar e reconhecer os esforços bem- industrial.
-sucedidos de inovação e gestão da inovação • Modalidade 4: Grande empresa do
nas organizações que atuam no Brasil. Podem setor industrial.
• Categoria Gestão da Inovação: con- paração para a 7ª edição, a ser realizada em
templa organizações que, implemen- 27 e 28 de junho de 2017, no Transamérica
tando processos, métodos, técnicas Expo Center, em São Paulo.
e ferramentas de gestão da inovação,
produzem um ambiente profícuo à gera- “Inovar é criar valor” e “Inovações disruptivas”
ção de inovações. A avaliação identifica serão os temas desta edição. Alinhados ao
o nível da capacidade de inovação, em cenário econômico mundial, refletem a busca
função da aderência aos fundamentos por oportunidades que estimulem o real desen-
estabelecidos e dos efetivos resultados volvimento do país, destacando a inovação
para a organização. como estratégia para posicionar o Brasil entre
• Categoria Inovação: considera as as economias mais competitivas do mundo.
inovações que contribuíram para o
aumento dos níveis de competitividade CASOS DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL –
da empresa. A avaliação pontua os efei- PARCERIA CNI E Sebrae
tos produzidos sobre os resultados da A terceira edição da publicação 22 casos de
inovação na organização, tomando por inovação, cujo objetivo é difundir esforços
base as definições apresentadas pela 3ª bem-sucedidos no Brasil sobre o tema, foi
edição do Manual de Oslo. Esta categoria iniciada em 2016. A publicação será lançada
subdivide-se em: no 7º Congresso Brasileiro de Inovação da
-- Inovação de produtos: bem ou Indústria.
serviço novo ou significativamente
melhorado quanto às suas caracte- Foram inscritos mais de 200 projetos, dos
rísticas ou usos previstos. quais foram selecionados os 22 casos.
-- Inovação em processos: processo
de produção ou entrega que seja Ainda no último ano, foi realizado o I Seminário
70 novo ou significativamente melho- dos 22 Casos, com a apresentação de 11 pro-
rado; jetos de inovação das empresas selecionadas.
-- Inovação em marketing: novo
método de marketing envolvendo GESTÃO DA INOVAÇÃO
mudanças significativas na concep- O IEL disponibilizou, em 2016, para todo
ção do produto ou em sua embala- o Sistema IEL, um guia on-line com o Pro-
gem, no posicionamento (placement), cesso de Referência Nacional em Gestão da
na promoção ou nos preços; Inovação (GI). O trabalho pretende ampliar
-- Inovação organizacional: novo o atendimento do IEL em GI e promover a
método organizacional nas práticas disseminação da inovação como fator de
de negócios da empresa, na organi- alavancagem da produtividade e da compe-
zação do trabalho ou em suas rela- titividade da indústria.
ções externas.
Para apoiar os Regionais do IEL no atendi-
As inscrições foram abertas no dia 19 de mento às empresas para o planejamento
setembro de 2016 e encerraram-se no dia estratégico e a execução de ações inovativas
18 de janeiro de 2017, com 3.987 empresas (mapeamento, consultorias, capacitações
inscritas, de todos os estados. Um aumento etc.), o guia foi desenvolvido a partir das
de 79% em relação à edição anterior. melhores práticas em GI dos Núcleos da BA,
CE, MG, PR, RS e SC.
CONGRESSO BRASILEIRO DE
INOVAÇÃO DA INDÚSTRIA O guia contempla nove etapas, seis solu-
O Congresso Brasileiro de Inovação da ções, 17 práticas e cinco capacitações em
Indústria é realizado pela CNI, em parceria GI, de forma padronizada e sistematizada,
com o Sebrae. Em 2016, teve início a pre- em ambiente responsivo e multiplataforma.
FIGURA 7 – GUIA ON-LINE DE PRÁTICAS NACIONAIS EM GESTÃO DA INOVAÇÃO
72
FIGURA 10 – APLICATIVO PARA MAPEAMENTO DA MATURIDADE
EM GESTÃO DA INOVAÇÃO
73
FIGURA 11 – APLICATIVO PARA MAPEAMENTO DA MATURIDADE
EM GESTÃO DA INOVAÇÃO
74
O projeto de capacitação nos DRs foi desen- Além disso, foi realizada a Mobilização
volvido em parceria com a Universidade Empresarial, com workshops, fóruns empre-
Corporativa SESI e SENAI – Unindústria, de sariais e eventos técnicos, visando a apre-
modo a preparar o profissional do SESI e das sentar os desafios gerados por cenários e
áreas de mercado para práticas essenciais perspectivas em SST e Promoção da Saúde
à implantação da Rede SESI do Trabalha- na indústria brasileira. A mobilização contou
dor, como também à abordagem consultiva com 1.118 participantes referentes a equi-
78 e à atuação integrada. Ele foi composto de pes do SESI/regional, 580 empresários das
quatro grandes iniciativas: a trilha do conhe- indústrias e 5.552 profissionais técnicos
cimento sobre a Rede SESI do Trabalhador; das indústrias. O envolvimento das empre-
capacitações integradas; webinares e estru- sas em parte das capacitações permitiu sen-
turação de curso semipresencial de Consul- sibilizá-las para a importância de implan-
tor em Saúde Corporativa, a ser implantado tar soluções que antecipem e previnam o
em 2017. aumento de custos relativos às legislações
em SST, ao absenteísmo e ao presenteísmo,
A trilha do conhecimento sobre a Rede SESI associados a doenças e agravos relaciona-
do Trabalhador, que atingiu 1.065 profissio- dos ou não ao trabalho.
nais de 27 Regionais, consolidou o conhe-
cimento tácito e explícito do modelo para Entre os resultados alcançados com essas
disponibilizá-lo aos DRs de forma perene, ações, foram observados o maior alinha-
na modalidade a distância. Ela foi composta mento estratégico entre os DRs do SESI e
por uma pílula de conhecimento e sete mini- os serviços de SST e Promoção da Saúde; o
cursos, com os seguintes temas: SESI Viva+, aperfeiçoamento da forma de atuação con-
Uma nova estratégia (vídeo de sensibiliza- sultiva; a integração das equipes SESI (SST
ção); Explicando o SESI Viva+; Cartão Viva mais Promoção da Saúde); e o desenvolvi-
+; eSocial; Sistema de Gestão em Saúde mento da visão sistêmica, da abordagem e
e Segurança no Trabalho e Promoção da do atendimento consultivos, com capaci-
Saúde; Fator Acidentário Previdenciário dade de demonstração do impacto finan-
(FAP); Portal Viva +; e Venda Consultiva. ceiro para indústria.
84
2.4 DESEMPENHO DO SISTEMA e Tecnologia e Qualidade de Vida. Outro
destaque foi o reconhecimento do SENAI
O Desempenho do Sistema reúne diversas pela Organização das Nações Unidas
unidades do Sistema Indústria que acompa- (ONU) como um dos três mais importan-
nham as atividades de SENAI, SESI e IEL e tes atores na área de Educação do Hemis-
verificam sua atuação. Assim, podem corri- fério Sul.
gir eventuais desvios nas metas, estabelecer
novos desafios e melhorar a qualidade, a Responsável por desenvolver prospec-
agilidade, a eficiência e o poder de impacto tivas e projeções, estudos e pesquisas e
dessas Instituições e do Sistema Indústria gerar informações customizadas sobre
como um todo. ambientes de negócios, a Uniepro também
teve importante atuação em 2016, supe-
Em 2016, houve mais de 28 mil participa- rando sua produção de 2015. No ano pas-
ções em diferentes ações para o desenvolvi- sado, a unidade desenvolveu 80 prospec-
mento de competências dos colaboradores tivas e projeções (ante 23 em 2015); 280
do SESI, do SENAI e do IEL de todos os DRs. estudos e pesquisas (97 no ano anterior);
Vale destacar as ações promovidas pela e 198 informações customizadas (contra
Universidade Corporativa SESI e SENAI – 119 um ano antes).
Unindústria, em parceria com as áreas de
Negócio e de Gestão e Mercado do DN, com Com a missão de “formular diretrizes e
o propósito de contribuir para a excelência estratégias mercadológicas para orientar
na qualidade do ensino e da gestão, via qua- e apoiar a oferta e a entrega de soluções
lificação dos colaboradores do SESI e do articuladas do SESI, SENAI e IEL, em seu
SENAI em todo o Brasil. Também se destaca atendimento às empresas industriais”, a Uni-
o lançamento do Programa de Incentivo ao Mercado continuou o processo de integra-
Engajamento e Desenvolvimento, criado ção do Customer Relationship Management 85
para reconhecer os DRs que mais incenti- (CRM) no último ano, com a inclusão de 11
vam o desenvolvimento dos colaboradores DRs ao sistema nacional. A UniMercado
do SESI e do SENAI. ainda elaborou análises, oportunidades e
recomendações de negócio para 28 setores
O último ano marcou ainda a continuidade industriais (painéis de mercado), para apoio
da revisão do Planejamento Estratégico às tomadas de decisões estratégicas e às
Integrado SESI-SENAI-IEL 2015-2022, operações comercias nos Regionais. Além
necessária diante do novo cenário industrial disso, iniciou o trabalho de harmonização do
com a continuidade das crises econômica e portfólio nacional do Sistema Indústria, com
política. O trabalho foi determinante para o a inserção de produtos da CNI.
estabelecimento do Plano de Ação 2017 das
Instituições do Sistema Indústria. PROGRAMA SENAI DE CAPACITAÇÃO
DOCENTE (PSCD)
Na área internacional, SESI, SENAI e IEL
contabilizaram 73 parcerias com institui- Realizado em parceria com a Unidade de
ções no exterior em 2016, sendo dez delas Educação Profissional (Uniep), o PSCD visa
novas, formalizadas no ano. A carteira de a contribuir para a prática pedagógica e a
atividades internacionais no último ano foi atualização tecnológica dos docentes do
formada por 28 projetos de transferência SENAI.
de tecnologia e prestação de serviços em
Educação Básica, Educação Profissional, Em 2016, houve um total de 2.711 partici-
Educação e Carreira, Gestão, Inovação pantes, nas seguintes áreas.
TABELA 2 – CURSO DA VERTENTE TECNOLÓGICA
Curso Participantes
SESI Viva+: uma nova estratégia 1.273
Seminários on-line 1.841
Workshop de influência e multiplicação de conhecimentos 89 87
Total 3.203
Em parceria com a Unimercado, a Unindústria ofertou dois cursos para profissionais que
atuam diretamente nas funções mercado, com a oferta de produtos e serviços para a indús-
tria. Houve, também, uma palestra para abordar o tema da ética nas relações de negócio.
Estão em desenvolvimento outros cursos que abordarão temáticas como cenários de mer-
cado, ciclo de vida do produto, portfólio, visão do Sistema Indústria e Gestão de Relaciona-
mento com Clientes (CRM).
Curso Participantes
Atendimento consultivo 1.314
CRM – Gestão de Relacionamento com Clientes 1.943
Palestra: Ética nas relações de negócio 83
Total 3.340
Os cursos livres possuem carga horária de até duas horas e são ofertados na modalidade
a distância. Visam ao aperfeiçoamento de competências transversais de docentes, ges-
tores e técnicos do SESI e do SENAI.
Curso Participantes
Conhecimento: diferencial competitivo 2.114
Design Thinking 808
Dicas de comunicação oral 2.423
Engajamento eficaz 466
Feedback 1.927
Foco no resultado 1.987
Formação de tutores 1.619
Poder de influência e escuta ativa 1.972
Seja inovador 1.943
Total 15.259
11. A Diretoria de Educação e Tecnologia coordena, articula e promove a interação das ações do SENAI, SESI e IEL, além de acompanhar e
avaliar o desempenho de suas missões, observando o planejamento estratégico. Além disso, a Diret estimula a articulação entre as Entidades
Nacionais e Regionais do SESI, SENAI e IEL.
Fechando o plano de trabalho, a oitava etapa O novo modelo prevê dois componentes
prevê ampla disseminação do Plano Estraté- para análise da maturidade da gestão do
gico de forma que todos os envolvidos se Regional: i) Questionário de Avaliação dos
apropriem da informação e possam dire- Macroprocessos e Pilares; e ii) Resultados
cionar seus esforços na contribuição para o dos Indicadores de Gestão. O nível de matu-
alcance das metas pactuadas. ridade passará a ser definido pela média
das notas dos dois componentes. O nível de
PROGRAMA ALINHAR maturidade é classificado segundo a escala
demonstrada a seguir:
O Programa Alinhar tem por objetivo apri-
morar e desenvolver a gestão das Entidades • Nível 1: 0% a 39% – Regional sem
SESI e SENAI focando nos macroprocessos padronização.
críticos de estratégia, produção, orçamento • Nível 2: 40% a 79% – Regional em pro-
e gratuidade e nos pilares de gestão – pro- cesso de desenvolvimento.
cessos, pessoas, informação, projetos, clien- • Nível 3: 80% a 95% – Regional em pro-
tes e financeiro. cesso de melhorias e refinamentos.
• Nível 4: 96% a 100% – Regional referên-
O Alinhar adota metodologia composta cia em gestão.
por ferramenta de avaliação da matu-
ridade dos macroprocessos e pilares, PROJETO SISTEMATIZAÇÃO DAS
validação conjunta dos resultados pelo INFORMAÇÕES DE MEDIÇÃO E
DN e DR, priorização pelo regional das DESEMPENHO
ações de melhoria, apresentação ao DN
de projeto estruturante para sistemati- O Projeto Estratégico de Sistematização das
zação e financiamento das ações priori- Informações de Medição e Desempenho
90 zadas, monitoramento da execução pela decorre do Planejamento Estratégico Inte-
entidade nacional e, após encerramento grado e visa a alavancar o Direcionador Estra-
do projeto, realização de nova avaliação tégico “Aprimorar o modelo de gestão para
de maturidade em gestão para mensurar garantir a qualidade dos processos, menores
a evolução. Caso o regional opte por não custos e celeridade da tomada de decisão,
submeter ao DN, uma nova avaliação é com vistas a atender a indústria no escopo
realizada após 12 meses. e no tempo demandado”. Tem como objetivo
sistematizar as informações de desempenho
Durante o primeiro ciclo do programa nos níveis estratégico, tático e operacional do
(2015-2016), foi realizado o diagnóstico de SESI, SENAI e IEL, com rastreabilidade, com-
maturidade da gestão em 18 Regionais do parabilidade, integridade e agilidade, a fim de
SESI e 19 do SENAI. Os trabalhos de elabo- contribuir com os processos de tomada de
ração e de execução dos projetos de melho- decisão da alta direção.
ria encontram-se em curso e sob supervisão
das Entidades Nacionais. Desde 2012, ano em que se iniciou, o Pro-
jeto atuou fortemente no nivelamento dos
A partir do conhecimento adquirido nas visi- conceitos, dos processos e na criação de
tas de validação e nos resultados apurados propostas para promover a padronização
no diagnóstico, verificou-se a oportunidade nacional e a governança no fluxo de infor-
de revisão de macroprocessos e pilares. mações da Diret. De 2013 a 2015, as ações
Na nova versão, a ser implantada a partir foram dedicadas à revisão dos conceitos e
de 2017, os macroprocessos passam a ser: das regras de negócio e à definição de novos
estratégia, orçamento, produção e desem- indicadores de desempenho, passando pelo
penho, desdobrados nos pilares: processo, mapeamento das variáveis que os compõem
pessoas, projetos, clientes e conhecimento. e pela revisão do fluxo de informações e
sistemas que as gerem. Este esforço mate- ao quantitativo de recursos humanos; e as
rializou-se em grandes entregas que impul- informações de produção das linhas de negó-
sionaram os trabalhos, como, por exemplo, cio “Educação Profissional” e “Tecnologia e
o Plano de Racionalização de Sistemas, a Inovação” do SENAI. Nessa abordagem, os
criação do Fórum de Governança do Fluxo dados de produção passaram a ser consoli-
de Informações da Diret e a definição de dados por uma nova plataforma tecnológica,
uma arquitetura sistêmica corporativa. Tais Solução Integradora de Consolidação da
entregas prepararam a organização para a Produção, que será gradativamente implan-
efetiva implantação da sistematização das tada no SESI e no IEL. Essa nova plataforma
informações de desempenho, por linha de substituiu os sistemas legados do SENAI, os
negócio, das entidades SESI, SENAI e IEL. quais estavam em operação desde 2002.
Em 2016, foram tratados o tema Ativos A nova plataforma é composta por uma base
para as entidades SESI, SENAI e IEL, o qual de dados integrada, integrador web, geren-
se refere à apuração e disponibilização das ciador de regras de negócio e pelos painéis
informações relacionadas à infraestrutura e de Business Intelligence (BI).
DR DN
Dados operacionais
INTEGRADOR
SGE OBA
Ativos
REPOSITÓRIO DE REGRAS
Educação
Barramento de Validação das Regras de Carga
Profissional
Painéis da DIRET 91
Tecnologia e
SGT
Inovação
Educação
SGE
SESI
Gestão do Negócio
OPA
Regras de Negócio
XML Aplicação
carga web
e/ou Dados
corpora-
tivos dos ODI
sistemas
B Regras de Qualidade Data Warehouse
D Digitador
???
Educação
Executiva
SNE SGRSI/S4 ???
Gestão da
Inovação
Qualidade
de Vida
Estágios
Centro de Formação Profissional no Haiti O projeto, no valor de US$ 726 mil, teve início
um mês antes da assinatura do contrato e é
O SENAI será o principal executor do projeto desenvolvido pelo SENAI do Paraná.
de implementação de um centro de forma-
ção profissional, nos moldes de suas próprias Com este e outros três projetos em execu-
escolas, no Haiti. Com contrato assinado ção, o SENAI consolida-se como o principal
em dezembro de 2016 no valor de US$ 17 parceiro da JICA no Brasil.
milhões, provindos de recursos do Fundo de
Reconstrução do Haiti, o projeto terá vigên- Fundação JP Morgan
cia até 2020. A estimativa é de que, por ano,
a unidade educacional a ser implantada pelo O SENAI e a Fundação JP Morgan Chase,
SENAI naquele país capacite 3 mil alunos de dos Estados Unidos, firmaram acordo para
16 a 25 anos de idade, em áreas como cons- financiar o projeto e a construção de uma
trução civil, têxtil, agricultura e alimentos. plataforma digital para aumentar a partici-
pação e o interesse dos jovens brasileiros Instituto Maponya
em cursos de ensino técnico e tecnológico.
O projeto inovador visa à inserção dos Em maio, o SENAI assinou memorando
jovens no mercado de trabalho e à escolha de entendimentos com o Instituto Sul-
por carreiras técnicas. -Africano Richard Maponya – Institute for
Skills and Entrepreunership Development.
Este é o primeiro projeto internacional Com a oficialização da parceria, o SENAI
entre o SENAI e uma instituição de servi- negocia processo de transferência de tec-
ços financeiros, o que marca a abertura de nologias educacionais para capacitação
novas frentes de captação de recursos para pedagógica e técnica em seis segmentos
SESI, SENAI e IEL pela Uninter. industriais no Brasil.
SENAI/DN
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral
DIRETORIA ADJUNTA
Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira
Diretor Adjunto
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Alexandre Gaspari
Redação
Danúzia Queiroz
Revisão Textual
Editorar Multimídia
Projeto Gráfico e Diagramação
RELATÓRIO
ANUAL
2016