Relatorio Anual 2016 Sesi Senai Iel

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RELATÓRIO

ANUAL
2016
RELATÓRIO
ANUAL
2016
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente

Diretoria de Educação e Tecnologia


Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia

Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira


Diretor Adjunto

Serviço Social da Indústria – SESI


João Henrique de Almeida Sousa
Presidente do Conselho Nacional

SESI – Departamento Nacional


Robson Braga de Andrade
Diretor

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor-Superintendente

Marcos Tadeu de Siqueira


Diretor de Operações

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI


Robson Braga de Andrade
Presidente do Conselho Nacional

SENAI – Departamento Nacional


Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral

Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira


Diretor Adjunto

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações

Instituto Euvaldo Lodi – IEL


Robson Braga de Andrade
Presidente do Conselho Superior

IEL – Núcleo Central


Paulo Afonso Ferreira
Diretor-Geral

Paulo Mól Júnior


Superintendente
RELATÓRIO
ANUAL
2016
© 2017. SESI – Serviço Social da Indústria
© 2017. SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
© 2017. IEL – Instituto Euvaldo Lodi
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

FICHA CATALOGRÁFICA
S491r

Serviço Social da Indústria. Departamento Nacional.


Relatório anual SESI-SENAI-IEL 2016 / Serviço Social da Indústria,
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Instituto Euvaldo Lodi. –
Brasília : SESI, 2017.
99 p. : il.

1. Relatório Anual 2. SESI 3. SENAI 4. IEL I. Título

CDU: 338.45

SESI Serviço de Atendimento ao Cliente – SAC


Serviço Social da Indústria Tels.: (61) 3317-9989 / 3317-9992
Sede [email protected]
Setor Bancário Norte
Quadra 1 – Bloco C
Edifício Roberto Simonsen
70040-903 – Brasília – DF
Tel.: (61) 3317-9000
Fax: (61) 3317-9994
http://www.portaldaindustria.com.br/sesi/
PREFÁCIO

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA COMPETITIVIDADE
DA INDÚSTRIA BRASILEIRA............................................................................................................ 10

2 FOCOS ESTRATÉGICOS: RESULTADOS ALCANÇADOS EM 2016....... 18


2.1 Educação.................................................................................................................... 20
2.2 Tecnologia e inovação.......................................................................................... 42
2.3 Qualidade de vida.................................................................................................. 76
2.4 Desempenho do sistema.................................................................................... 85

3 CONTATOS REGIONAIS............................................................................................. 106


PREFÁCIO
Este Relatório apresenta os resultados das Aqui, são apresentados os números gerais
atividades realizadas no ano de 2016 pelo da economia do país, como o Produto 7
Serviço Social da Indústria (SESI), pelo Ser- Interno Bruto (PIB), a taxa de desemprego
viço Nacional de Aprendizagem Industrial e outros dados macroeconômicos. É dada
(SENAI) e pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL). atenção especial a alguns indicadores sen-
Mais que uma prestação de contas à socie- sivelmente relacionados com a indústria,
dade do trabalho desenvolvido pelo Sistema como balança comercial, índices de com-
Indústria, este documento se consolida petitividade global e inovação, bem como
como um registro histórico da atuação da indicadores que avaliam a confiança e as
Confederação Nacional da Indústria (CNI) expectativas do empresário industrial com
para o desenvolvimento da indústria brasi- a economia do país.
leira. Assim, destacam as ações realizadas
por estas Instituições para a promoção da Na segunda parte do relatório, são apre-
inovação tecnológica nas empresas e do sentados os Focos Estratégicos do Sistema
aprimoramento da gestão empresarial, para Indústria – Educação, Tecnologia e Inova-
a melhoria da educação básica e profissional ção, Qualidade de Vida e Desempenho do
e para a ampliação do bem estar social dos Sistema. O objetivo desta seção é mostrar
trabalhadores da indústria e seus familia- com detalhes as atividades desenvolvidas
res. Em suma, para o desejado e necessário por SESI, SENAI e IEL, em 2016, para dar
desenvolvimento do país. suporte às demandas do empresariado e
dos trabalhadores da indústria, visando o
A publicação é composta por duas partes aprimoramento de sua atuação. Também
principais, subdivididas em capítulos. A são apresentadas as ações internas promo-
primeira delas traz a Contextualização da vidas por estas Instituições para melhorar
Competitividade da Indústria Brasileira. seu desempenho perante à indústria.
1
CONTEXTUALIZAÇÃO
DA COMPETITIVIDADE
DA INDÚSTRIA BRASILEIRA
O ano de 2016 foi marcado pelo aprofun- foi o de alimentos. De acordo com informa-
damento das crises econômica e política ções do IBGE, a alta de preços desse grupo
no Brasil, iniciadas em 2015, o que gerou de despesas foi de 8,62% em 2016, depois
grandes incertezas para a sociedade e mais de avançar mais de 12% em 2015. Essa
particularmente para a indústria brasileira. alta, no ano passado, é atribuída à produção
agrícola brasileira, que ficou 12% abaixo da
De acordo com o Boletim Focus, do Banco colhida em 2015. Os preços associados ao
Central (BC), divulgado em 26 de dezem- grupo saúde e cuidados pessoais também
bro de 2016, o produto interno bruto (PIB) pressionaram o IPCA, indo de 9,23%, em
brasileiro deve registrar queda de 3,49% no 2015, para 11,04%, em 2016. Outro grupo
último ano. Pelas projeções da Confedera- que contribuiu para uma menor queda do
10
ção Nacional da Indústria (CNI), a redução IPCA foi o de educação. A alta, de 8,86%
do PIB deverá ser de 3,1%. Em relação ao em 2016, foi influenciada pelo aumento dos
PIB industrial, a expectativa da CNI é de uma preços dos cursos regulares, de 9,12%.
queda de 3,7%, puxada, sobretudo, pelas
indústrias extrativa (-6,0%) e de transforma- 1.1 BALANÇA COMERCIAL
ção (-5,0%). É, portanto, o segundo ano con-
secutivo de redução da economia do país e A balança comercial brasileira encerrou
o terceiro de queda do PIB industrial. O PIB o último ano com saldo positivo de US$
de serviços também apresentará redução, 47.683.397.949, gerado pela exportação
de 2,9%, enquanto, para o setor agropecuá- de US$ 185,244 bilhões em bens e servi-
rio, espera-se uma diminuição de 0,5%. ços, ante US$ 137,552 bilhões importa-
dos. No entanto é preciso ressaltar que a
Com relação à inflação, o Índice de Preços ao desvalorização cambial não foi suficiente
Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano em para alavancar os níveis de exportação, que
6,29%, de acordo com o Instituto Brasileiro experimentaram uma redução de 3,09% em
de Geografia e Estatística (IBGE), o menor relação a 2015. O saldo positivo foi conse-
desde 2013 e pouco abaixo do teto da meta quência de uma redução considerável das
inflacionária estabelecida pelo BC. O grupo importações (-19,77%, menor que a regis-
que mais contribuiu para o índice de 2016 trada no ano anterior).
GRÁFICO 1 – OS DEZ PRINCIPAIS DESTINOS DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS EM
2016 (EM BILHÕES DE US$ FOB)

40
35,13
35

30
23,16
25

20
13,42
15
10,32
10
4,86 4,6 4,08 3,81
5 3,32 3,23

0
China Estados Argentina Países Alemanha Japão Chile México Itália Bélgica
Unidos Baixos
(Holanda)

Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic); 2016.

GRÁFICO 2 – OS DEZ PRINCIPAIS ESTADOS EXPORTADORES EM 2016 (EM BILHÕES


DE US$ FOB)
11
50
46,21
45
40
35
30
25 21,92
20 17,19 16,58
15,17
15 12,59
10,51
10 7,59 6,78 6,53
5
0
São Minas Rio de Rio Paraná Mato Pará Santa Bahia Espírito
Paulo Gerais Janeiro Grande Grosso Catarina Santo
do Sul

Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic); 2016.


1.2 MERCADO DE TRABALHO dequado, infraestrutura deficiente e poucos
acréscimos de produtividade, o que resul-
A Pesquisa Nacional por Amostragem de tam em uma economia fragilizada e incapaz
Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do de promover avanços na competitividade no
IBGE, aponta que a taxa de desocupação mercado mundial”.
alcançou 11,5% em 2016. Segundo o insti-
tuto, é a maior taxa já registrada, conside- Entre os pilares que compõem o IGC,
rando a série histórica da pesquisa, iniciada podemos destacar o de disponibilidade
em 2012. Ainda de acordo com a Pnad Con- tecnológica, no qual o Brasil caiu cinco posi-
tínua, o rendimento real apresentou queda ções em relação ao relatório anterior (IGC
de 3,5% (de R$ 185.354 milhões para R$ 2015/2016), devido, principalmente, à falta
178.865 milhões) de 2015 para 2016. Nos de um processo formal de transferência tec-
últimos dois anos, o número de desempre- nológica junto aos investimentos estrangei-
gados no Brasil passou de 6,7 milhões de ros, o que dificulta a absorção tecnológica
desocupados (2014) para 11,8 milhões pelas empresas nacionais. Outro pilar no
(2016), e o rendimento médio real de todos qual o Brasil experimentou forte queda foi
os trabalhos passou de R$ 2.029 (2014) o de inovação, com 16 posições. Esta queda
para R$ 2.083 (2016). foi ocasionada pela redução dos investi-
mentos privados em inovação, apesar dos
1.3 COMPETITIVIDADE avanços nas leis de incentivo à modalidade,
ocasionado ao processo recessivo pelo qual
Quanto aos índices de competitividade, o passa o país.
país continua apresentando gargalos. O
Índice Global de Competitividade (IGC) O relatório Competitividade Brasil 20163,
2016/20171, elaborado pelo World Economic desenvolvido pela CNI, apresenta o Brasil na
12 Forum, posicionou o Brasil na 81º posição 17ª posição em um ranking de 18 países sele-
em seu ranking, que inclui 138 países. Assim, cionados. Dos nove fatores4 analisados pela
o país caiu seis posições em relação ao IGC pesquisa, o país se encontra em uma posição
2015/2016 (quando foi o 75º, entre 140 intermediária (entre a 7ª e 12ª posições) nos
países). A queda brasileira deveu-se à deterio- quesitos Disponibilidade e custo de mão
ração do mercado financeiro, da sofisticação de obra; Competição e escala do mercado
dos negócios e das atividades inovativas. O doméstico; Educação; e Tecnologia e inova-
Brasil foi o pior classificado dentre os Brics2 e ção. Nos outros cinco fatores, o Brasil encon-
ficou fora da lista dos cinco mais competitivos tra-se no terço inferior do ranking (entre a
da América Latina. 13ª e a 18ª posições).

A Fundação Dom Cabral, em seu resumo Nesse contexto, destacamos os fatores Edu-
executivo, considera a conjuntura política cação e Tecnologia e Inovação.
como um dos principais causadores da perda
de competitividade do país. Contudo a insti- Em Educação, o Brasil alcançou a sua melhor
tuição também aponta fatores estruturais colocação entre os fatores da análise, ocu-
e sistêmicos que contribuem para a baixa pando a 9ª posição, de 15 países pesqui-
competitividade brasileira. Como exemplos, sados. Dos subfatores que compõem este
cita “o sistema regulatório e tributário ina- item, o destaque são os gastos com educação

1. O IGC compara o conjunto de instituições, políticas e fatores que determinam o patamar de produtividade e de competitividade, compo-
nentes centrais das taxas de retorno dos investimentos dos países.
2. Brics é um acrônimo que se refere aos países-membros fundadores: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
3. Confederação Nacional da Indústria. Competitividade Brasil 2016: comparação com países selecionados. Brasília: CNI, 2016.
4. Disponibilidade e custo de mão de obra; Disponibilidade e custo de capital; Infraestrutura e logística; Peso dos tributos; Tecnologia e ino-
vação; Ambiente macroeconômico; Competição e escala do mercado doméstico; Ambiente de negócios; Educação.
(4ª posição). Contudo, nos subfatores quali- Contudo o país caiu 16 colocações em
dade da educação e disseminação da educa- infraestrutura (43ª para 59ª) e conheci-
ção, o país ficou no terço inferior do ranking, mento e tecnologia (51ª para 67ª). Nos pila-
posicionando-se, respectivamente, na 12ª res nos quais houve piora, deve-se ressaltar
posição (de 14 possíveis) e na 10ª posição a queda no indicador resultado criativo5
(de 13 possíveis). (82ª para 90ª), que pode ser considerado
um requisito fundamental no aumento dos
Já em Tecnologia e inovação, o país ocupou a níveis de inovação.
11ª posição, de 16 possíveis. Dos subfatores
desse tópico, o apoio governamental colocou Um estudo encomendado pela CNI e pelo
o Brasil na 10ª posição (de 17 possíveis). Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Das variáveis relacionadas a este subfator, Pequenas Empresas (Sebrae), realizado pelas
a melhor posição se deu em despesas totais Universidade de Cornell (EUA) e pela Escola
com P&D (5ª posição, de 17 possíveis). O de negócios Insead (França), em parceria com
destaque negativo ficou por conta do sub- a Organização Mundial de Propriedade Inte-
fator P&D e inovação nas empresas (13ª lectual (Ompi), apontou que houve aumento
posição, de 16 possíveis). Entre as variáveis dos investimentos em inovação, mas com
englobadas por este subfator, destacam-se poucos resultados gerados. A pesquisa
a posição intermediária do país em gastos também identificou uma queda acentuada
de P&D nas empresas (9ª, de 16 possíveis) e em eficiência da inovação: da 7ª posição, em
a baixa posição em capacidade de inovação 2011, para a 100ª posição, em 2016.
(17ª, de 18 possíveis).
No ano passado, o IBGE apresentou a Pes-
De acordo com o estudo, os gastos de P&D quisa de Inovação (Pintec 2014), que busca
do setor privado brasileiro foram reduzidos estabelecer a dinâmica inovativa de empresas
de 0,51%, em 2013, para 0,42%, em 2014 com pelo menos dez funcionários, das indús- 13
(ano de referência do ranking de 2016). Em trias extrativas e de transformação, além dos
relação à variável capacidade das empresas setores de eletricidade e gás e de serviços
em inovar, não houve piora da avaliação (3,8, selecionados. A análise foi realizada de 2012
em uma escala de 1 a 7), mas sim um cresci- a 2014 e mostrou uma pequena evolução das
mento da maior parte dos países avaliados taxas de inovação de produto da indústria de
pela pesquisa. transformação (18,4%) em relação à registrada
na Pintec 2011 (17,5%). A taxa de inovação de
1.4 INOVAÇÃO processos praticamente se manteve estável
(32,5%, ante 32% na pesquisa anterior).
O Índice Global de Inovação 2016 colocou
o Brasil em uma posição intermediária – 69ª Pelos dados do estudo, verifica-se que a
– no ranking dos países mais inovadores. O indústria de transformação continua prio-
país subiu apenas uma posição, em um ano rizando a melhoria em seus processos
de redução do número de países participan- produtivos, o que integra um movimento
tes (141 para 128), e ocupa a última coloca- estratégico para aumentar seus níveis de
ção entre os Brics e a 6º da América Latina. produtividade nos portfólios de produtos
permanentes. Entretanto o impacto da ino-
O relatório mostrou que houve avanços vação na indústria de transformação con-
consideráveis nos indicadores relacionados tinua baixo, já que a maior parte das inova-
à sofisticação de mercado (102ª para 57ª) ções, de produto e de processo, é voltada à
e à sofisticação de negócio (69ª para 39ª). empresa, e não ao mercado.

5. Esse pilar corresponde ao valor dos ativos intangíveis em marcas e em design original; criação de modelo de negócio e de modelo organiza-
cional; criação de bens e de serviços (por milhões de habitantes); e criatividade on-line.
14

Como aponta a Pintec 2014, o patamar de Na comparação com 2015, os principais


empresas da indústria de transformação que indicadores de atividade industrial sofreram
introduziram processos e produtos novos reduções consideráveis no ano que passou.
para o mercado nacional é muito reduzido – De acordo com a publicação Indicadores
respectivamente, 2,6% e 3,8%. Industriais, da CNI, o faturamento real apre-
sentou recuo de 12,1%, e as horas traba-
1.5 INDICADORES INDUSTRIAIS lhadas, de 7,6%. Em relação ao mercado de
trabalho, verificou-se queda de 7,5% na taxa
Neste cenário de economia recessiva pelo de emprego, enquanto a massa salarial apre-
segundo ano consecutivo, a indústria conti- sentou diminuição de 8,6%, e o rendimento
nua apresentando indicadores preocupan- médio caiu 1,2%. De acordo com a publica-
tes. Em 2016, a atividade sofreu uma série de ção, a utilização da capacidade instalada
obstáculos em seu objetivo de retomada do (dessazonalizada) encerrou 2016 em 76%
crescimento. De acordo com o IBGE, a pro- – o menor valor da série histórica, que teve
dução industrial brasileira registrou queda início em 2003.
de 6,6% no último ano – a terceira queda
seguida. Em 2015, a redução foi de 8,3% Contudo os dados de dezembro trouxeram
– considerada a maior da série histórica –, um pequeno alívio neste quadro altamente
enquanto em 2014 houve retração de 3%. negativo. O emprego cresceu em termos
dessazonalizados pela primeira vez após 23
meses. Além disso, houve crescimento das Em 2016, o Índice de Confiança do Empre-
horas trabalhadas pelo segundo mês conse- sário Industrial, em que pese a queda nos
cutivo, enquanto o faturamento manteve-se três últimos meses do ano, está maior se
praticamente estável. comparamos os meses de dezembro de
2015 e 2016. O índice fechou dezembro
Na sua Sondagem Industrial de dezembro, aos 48,0 pontos 8, mas se comparado com
a CNI aponta que a produção industrial dezembro de 2015: houve aumento de
registrou a quarta queda consecutiva. O 12 pontos.
índice ficou em 40,7 pontos6. Entretanto,
na comparação com os últimos três anos Uma análise mais detalhada dos compo-
(2013, 2014 e 2015), o índice de produção nentes que formam o ICEI, mostra que as
de 2016 é o maior. Vale lembrar que a retra- expectativas em relação à economia brasi-
ção da produção é usual em dezembro, uma leira passaram de 29,9 pontos (dezembro
vez que há o término das demandas de final de 2015) para 46,4 pontos (dezembro de
de ano, além dos recessos e férias em parte 2016). Em relação à empresa, a expectativa9
da indústria. dos empresários saiu de um patamar de
desconfiança em dezembro de 2015 (45,0
A pesquisa ainda mostra que os estoques pontos) para um cenário otimista um ano
experimentaram recuo em dezembro e depois (54,3 pontos).
encontram-se abaixo do planejado pela
indústria. O índice de estoques ficou em O ICEI mostra, ainda na comparação anua-
46,5 pontos, enquanto o índice de nível lizada, uma aumento do índice em todos os
de estoques efetivo/planejado foi de 48,6 segmentos industriais, ainda que em graus
pontos. Em relação aos preços das maté- variados. O maior aumento ocorreu na
rias-primas, a sondagem mostrou um indústria de transformação, que passou de
pequeno crescimento (de 59,3 pontos para 36,0 para 48,3 pontos – aumento de 12,3 15
60,2 pontos7), que interrompeu a trajetória pontos –, seguida de perto pela indústria
de queda que vinha ocorrendo desde o ter- da construção, que passou de 35,0 para
ceiro trimestre de 2015. 46,3 pontos (11,3 pontos a mais). O índice
da indústria extrativa passou de 41,6 para
1.6 CONFIANÇA E 49,7 pontos.
EXPECTATIVA DOS Em relação ao porte das companhias, foi
EMPRESÁRIOS INDUSTRIAIS registrado aumento do ICEI nos três seg-
mentos pesquisados. Contudo, apenas o
Apesar de as incertezas políticas e econômi-
segmento das grandes empresas conse-
cas iniciadas em 2015 terem se estendido
guiu ultrapassar o campo dos 50 pontos
por 2016, o Índice de Confiança do Empresá-
(50,3 pontos). Pequenas e médias empresas
rio Industrial (ICEI), medido pela CNI, apre-
fecharam o último ano com índices de 44,4 e
sentou reversão de sua tendência contínua
46,7 pontos, respectivamente.
de queda, observada em 2015.

6. Este indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam crescimento da produção frente ao mês anterior.
7. Valores acima de 50 indicam crescimento dos preços frente ao trimestre anterior.
8. Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do empresário. Quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a
falta de confiança.
9 Para os próximos 6 meses.
2
FOCOS ESTRATÉGICOS:
RESULTADOS ALCANÇADOS
EM 2016
O Planejamento Estratégico Integrado SESI- trizes Estratégicas, cujo horizonte de aplica-
-SENAI-IEL 2015-2022 foi elaborado uti- ção é 2015 a 2022.
lizando-se metodologia de planejamento
participativo e integrado entre as Entidades. O Conjunto Estratégico – a segunda parte
O documento baseou-se em cenários pros- do Planejamento Estratégico –, composto
pectivos e mobilizou as Entidades Nacionais de Direcionadores Estratégicos e Gran-
e os 27 Departamentos/Núcleos Regionais des Desafios, passou por ajustes, mas sem
do Serviço Social da Indústria (SESI), do Ser- mudanças estruturais. Ao refletir a respeito
viço Nacional de Aprendizagem Industrial do cenário industrial, as metas quantitativas
(SENAI) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). nacionais foram revisadas e estendidas para
18
o horizonte de 2016 a 2019. Houve, ainda,
Sua construção foi direcionada pelo Mapa inclusão de novos Grandes Desafios.
Estratégico da Indústria 2013-2022, que
reflete a urgência em relação a problemas Os temas de maior prioridade para o Sis-
relativos à Educação e à Inovação, bem como tema Indústria estão apontados nos Focos
orienta as ações diante da constante neces- Estratégicos, que atuam como perspecti-
sidade de adaptação às voláteis condições da vas dos objetivos definidos. As ações para
economia global. São desafios que devem ser o ciclo 2015-2022 envolvem o aumento da
enfrentados pelo país para viabilizar um cres- qualidade dos serviços prestados e dos pro-
cimento sustentável da indústria brasileira. dutos ofertados pela Organização, a fim de
equilibrar a intensa expansão alcançada nos
Ratificando a atuação do Sistema Indústria últimos anos.
no atendimento às necessidades do setor
produtivo, em 2016, houve a revisão do Pla- Os Focos Estratégicos estão divididos em
nejamento Estratégico Integrado SESI-SENAI- quatro vertentes:
-IEL 2015-2022.
• Educação: tem como meta consolidar o
O plano revisado propõe-se a nortear a atua- SESI, o SENAI e o IEL como referência
ção das Entidades de modo a potencializar em educação para o mundo do trabalho
as oportunidades identificadas e também e para a indústria, priorizando a melhoria
na contribuição aos fatores-chave do Mapa da qualidade do ensino ofertado.
Estratégico da Indústria. Assim, a Agenda • Tecnologia e Inovação: aqui, os esfor-
Estratégica foi ratificada, preservando os ços são direcionados à contribuição para
pilares essenciais ao planejamento: Resulta- ampliar a capacidade de inovação e acelerar
dos Esperados; Focos Estratégicos; e Dire- a modernização tecnológica da indústria.
19

• Qualidade de Vida: seu objetivo é • Desempenho do Sistema: busca a


aumentar a competitividade da indús- manutenção e a perenidade do Sis-
tria por meio da redução de gastos com tema Indústria, com atuação baseada
saúde a partir da diminuição dos índices na melhoria em qualidade, agilidade,
de absenteísmo e de presenteísmo, com eficiência e poder de impacto da Orga-
ações voltadas à melhoria da qualidade nização que sejam compatíveis com os
de vida do trabalhador da indústria. desafios da indústria.
2.1 EDUCAÇÃO No segmento de Educação Empresarial, o IEL
manteve forte atuação na promoção de capa-
O compromisso permanente do Sistema citações para empresários, gestores e executi-
Indústria com o aprimoramento da qualidade vos de companhias de todos os portes, desde
e o aumento da oferta de produtos na área micro e pequenas empresas (MPEs) até gran-
de Educação foi reforçado em 2016. Embora des indústrias. Na articulação entre empresas e
o ano tenha sido marcado pelo aprofunda- estudantes, o Programa IEL de Estágio inseriu
mento da crise econômica, o que impactou os mais de 52 mil pessoas no mercado de traba-
números registrados por SENAI, SESI e IEL lho em 2016. O Programa de Qualificação de
no segmento educacional, as ações destina- Fornecedores (PQF), importante ferramenta
das a suprir as demandas de alunos e empre- para ampliar a competitividade de cadeias pro-
sas e a aumentar a capacitação de docentes dutivas, promoveu projetos, palestras, consul-
não se arrefeceram, consolidando ainda mais torias e seminários, entre outras atividades, em
o escopo de atuação das Instituições. diversos estados do país, beneficiando mais de
11 mil empresas e 1.000 profissionais.
Em Educação Profissional e Tecnológica, o
SENAI reforçou seu foco no aumento da EDUCAÇÃO BÁSICA
qualidade dos cursos oferecidos. Além de
continuar as atividades de padronização Em 2016, os projetos desenvolvidos pela
educacional e organizar um novo formato Unidade de Educação do SESI/DN foram:
para a Olimpíada do Conhecimento, com
maior interação do público participante e • EBEP.
desafios individuais, o SENAI desenvolveu • Ensino Fundamental.
novos cursos técnicos e qualificações na • Educação de Jovens e Adultos (EJA).
modalidade de Ensino a Distância (EAD); • Educação Continuada.
20 capacitou mais de 4 mil docentes; aprimo- • Ensino Médio.
rou projetos de atualização tecnológica • Tecnologias educacionais inovadoras.
e ampliação de sua atuação; e realizou • Portal SESI Educação.
novas edições do Inova SENAI e do Desa- • Robótica Educacional.
fio SENAI de Projetos Integradores, entre • Plataforma de Aprendizagem Adaptativa.
outras atividades. • Torneio de Robótica FLL.
• Vídeos educativos.
A nova Olimpíada do Conhecimento, que • Olimpíada do Conhecimento.
atraiu mais de 118 mil visitantes, também
foi um dos destaques da atuação do SESI em Na Educação Básica, reforçou-se o desa-
2016. Na ocasião, a Instituição promoveu fio de transformar a rede de escolas do
o Festival de Robótica FIRST® LEGO League SESI em referência nacional de qualidade,
(FLL) – que contou a participação de 27 priorizando as demandas do mundo do
equipes de Escolas SESI –, a Mostra SESI trabalho. Assim, a intenção é oferecer uma
de Ciências e Engenharia, com estudantes educação focada na aprendizagem e no
de vários estados, e a Escola SESI SENAI desenvolvimento humano, e que demonstre
do Futuro, mostrando como as Instituições seu sucesso pelo aumento da proficiência
preparam seus alunos para a nova realidade. dos nossos alunos nas avaliações externas
Vale destacar também a atuação do SESI na nacionais, como a Prova Brasil e o Exame
reformulação da Educação Continuada e da Nacional do Ensino Médio (ENEM), a partir
Educação de Jovens e Adultos (EJA), bem da adoção de metodologias inovadoras,
como no reforço de seu papel como desen- currículos, materiais pedagógicos e infraes-
volvedor da Educação Básica articulada com trutura de excelência e em sintonia com as
a Educação Profissional (Ebep). necessidades da indústria brasileira.
As ações e os projetos desenvolvidos pelo tamentos Regionais (DRs), ainda é possível
SESI/Departamento Nacional (DN) estão ali- gerar negócios e expandir o atendimento
nhados às diretrizes do Programa Escola SESI aos clientes com foco na sustentabilidade da
para o Mundo do Trabalho, cujo objetivo é operação, por meio da Metodologia de Aten-
desenvolver uma aprendizagem que estimule dimento Consultivo do Sistema Indústria.
a problematização e o envolvimento ativo do
aluno com experiências da vida real. Ao mesmo EDUCAÇÃO BÁSICA ARTICULADA COM A
tempo, o programa visa ao pleno desenvolvi- EDUCAÇÃO PROFISSIONAL (EBEP)
mento do educando, seu preparo para o exer- A Educação Profissional e Tecnológica vem
cício da cidadania e sua qualificação para o ocupando uma posição estratégica como
mundo do trabalho, a partir de uma educação elemento de alavancagem ao desenvolvi-
básica inovadora e composta por uma matriz mento socioeconômico do Brasil e à cons-
curricular em rede e padronizada metodologi- trução da cidadania, junto a outras políticas e
camente, com ênfase em leitura, cálculo, trans- ações públicas. Contudo os cursos profissio-
ferência e aplicação do conhecimento. nalizantes, em sua maioria, tendem a formar
fundamentalmente para atender a deman-
A Educação Continuada foi reformulada das específicas do mercado de trabalho.
para atender às demandas e às necessidades
da indústria com soluções educativas que O SESI é uma referência nacional de quali-
contribuam para a formação do trabalhador, dade em educação com foco nas demandas
de modo a aumentar sua produtividade e a do mundo do trabalho, e o SENAI é uma das
competitividade da indústria e também con- mais importantes instituições de Educação
tribuir para a sustentabilidade econômica e Profissional do país, atuando na geração
financeira do SESI. Para ampliar a receita de e na difusão de conhecimento aplicado ao
serviços de Educação Continuada nos Depar- desenvolvimento industrial. Portanto, faz
todo o sentido que o SESI/DN forme parce- EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ria com o SENAI/DN para oferecer Ebep. O (EJA)
programa faz a integração do Ensino Médio O novo projeto SESI para Educação de
com a Educação Profissional a partir do 1º Jovens e Adultos (EJA) pretende implantar
ano do Ensino Médio, quando os estudantes um modelo pedagógico inovador, conforme
do SESI começam a frequentar também os a demanda da indústria de elevar a escola-
cursos de Educação Profissional do SENAI. ridade de seus trabalhadores diante de um
novo cenário de desenvolvimento do país.
Em 2016, o Ebep atendeu a 31.933 alunos Aprovado em janeiro de 2016 pelo Conse-
matriculados no Ensino Médio regular nos lho Nacional de Educação (CNE), o projeto
estados brasileiros. Este número repre- está sendo implantado, em caráter piloto,
senta 52% do total de alunos do Ensino em três DRs.
Médio do SESI.
A metodologia está estruturada nos seguin-
ENSINO FUNDAMENTAL tes pilares:
É primordial que todas as unidades da Rede
SESI de Educação que ofertam o Ensino Fun- • Oferta flexível: aulas presenciais (40%);
damental estejam organizadas de acordo projetos no ambiente de trabalho (40%);
com os preceitos legais, a fim de desenvolver e atividades a distância (20%).
produtivamente a duração ampliada desse • Matriz de referência curricular por
segmento de ensino. Deve-se considerar área de conhecimento: Linguagens,
não o mero e burocrático cumprimento da Códigos e suas tecnologias; Matemá-
norma, mas sim a prioridade de planejar e tica e suas tecnologias; Ciências da
implementar ações educativas para pro- Natureza e suas tecnologias; Ciências
mover a aprendizagem dos estudantes e Humanas e suas tecnologias.
22 avançar na construção de uma escola de • Contextualização com o mundo do trabalho.
qualidade, empenhada na promoção de • Metodologia de Reconhecimento, Vali-
uma cultura acolhedora e respeitosa, que dação e Certificação de Saberes.
preserve traços relevantes da identidade da • Desenvolvimento de material didático
Rede SESI de Educação. com base na nova metodologia.
• Programa de Formação Continuada de
Em busca de articular a proposta da base Educadores e Gestores.
curricular padronizada com os aspectos
contextuais de cada região e escola, o SESI/ No ano passado, o SESI registrou 104.274
DN iniciou, em 2016, diálogos entre os DRs alunos matriculados em EJA – 33.87% do
e gestores das unidades escolares acerca total de alunos da Educação Básica.
do processo de inovação educacional no
currículo do Ensino Fundamental. Além ENSINO MÉDIO
disso, disseminou a nova concepção peda- Em 2014, o SESI/DN elaborou o novo cur-
gógica do Ensino Fundamental a 24 DRs rículo do Ensino Médio, que contempla uma
que atuam com essa etapa da Educação base comum e quatro novas disciplinas –
Básica na Rede SESI. atualidades, projetos de aprendizagem,
oficinas tecnológicas e ciências aplicadas –,
Ao todo, foram matriculados 128.381 com ênfase em contextualização e articula-
alunos no Ensino Fundamental no exercício ção para o mundo do trabalho. Todos os DRs
de 2016. atuam com o novo currículo.
Além disso, em 2016, diante das alterações para a indústria, com foco no atendimento
previstas na Medida Provisória (MP) nº de necessidades específicas. Os 27 DRs e
746/2016, o SESI e o SENAI construíram oito colaboradores do DN foram capacita-
um Grupo de Trabalho para o Ensino Médio dos, a fim de disseminar em seus Regionais
integrado à Educação Profissional. Um dos a nova metodologia.
objetivos da MP é permitir que o estudante
se aprofunde no estudo das áreas pelas Para contribuir com o alcance dos desafios
quais tem maior interesse. propostos, o Portfólio Nacional da Educa-
ção Continuada Presencial e a Distância
O SESI atendeu 61.539 alunos matriculados está em processo de revisão. Novos cursos
no Ensino Médio em 2016. estão sendo criados para sua ampliação,
com conteúdos aderentes às necessidades
EDUCAÇÃO CONTINUADA do mercado e padronizados nacionalmente,
de modo a apoiar a relevância e a sustenta-
O Planejamento Estratégico Integrado SESI- bilidade do SESI.
-SENAI-IEL 2015-2022 aponta que, ao longo
das últimas décadas, as mudanças estrutu- De janeiro a dezembro de 2016, a Educação
rais, tecnológicas, produtivas e organizacio- Continuada teve 1.016.147 matriculados.
nais têm afetado o mundo do trabalho e pro-
vocado uma reestruturação significativa dos TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
fluxos produtivos. Esse fenômeno tem como INOVADORAS
pano de fundo o acelerado desenvolvimento
tecnológico, com vista ao aumento da pro- Portal SESI Educação
dutividade e da competitividade e à consti- Implantado em 2013, o Portal SESI Educa-
tuição de um mercado de trabalho cada vez ção é uma plataforma exclusiva para forne-
mais competitivo. Portanto, a contínua atua- cimento e gestão de conteúdos educativos 23
lização de profissionais da indústria é funda- de diversos formatos e mídias. Ele também
mental para a adequação à difusão de novas possui integrações com outras plataformas
tecnologias e novos métodos de produção. tecnológicas, cujo objetivo é atender às
necessidades das escolas SESI, de alunos,
Neste cenário, a Unidade de Educação do pais/responsáveis e professores.
SESI, em parceria com a Unidade de Qua-
lidade de Vida, desenvolveu em 2016 uma Atualmente, o portal disponibiliza mais de
série de 100 cursos para a área do setor 12.000 conteúdos educativos, que com-
de Frigoríficos e de Mineração. O objetivo plementam o processo de ensino-aprendi-
é informar e qualificar os trabalhadores zagem utilizando recursos digitais alinha-
desses setores em temas importantes de dos aos Desenhos Curriculares Nacionais
saúde e segurança no trabalho. para Educação Básica e de acordo com as
diretrizes do Programa Escola SESI para o
Oito DRs – BA, MS, MT, PB, PR, RJ, RS e Mundo do Trabalho. Todos os 27 DRs uti-
SC – foram capacitados no último ano no lizam os recursos do Portal SESI Educação,
novo modelo de Educação a Distância para que está integrado aos demais projetos
atendimento à Educação Continuada. Além como SGE, LMS, Sistema Estruturado de
disso, desenvolveu-se uma nova metodo- Ensino, processos e tecnologias ofertados
logia para criação das soluções educativas à rede de escolas do SESI.
Robótica Educacional aulas de robótica do SESI, com alunos do
Os princípios da Robótica Educacional tra- Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
balham com os conteúdos Tecnológicos, de
Ciências e de Matemática de forma integrada Em 2017, o Programa de Robótica Edu-
ao currículo e com desenvolvimento de com- cacional passará a se chamar Programa
petências cognitivas e socioemocionais. A base Conecta – Educação Tecnológica, nome
de sua metodologia está na teoria do aprender- desenvolvido especificamente aos alunos da
-fazendo, na problematização, na ludicidade e Rede SESI. Usando a mesma metodologia
nos conhecimentos prévios do aluno. do programa anterior, o Conecta terá aulas
organizadas em quatro etapas: conectar,
Ao trabalhar com a manipulação de objetos construir, analisar e continuar.
concretos, como blocos de construção pro-
gramáveis, dispositivos eletrônicos e senso- Plataforma de aprendizagem adaptativa
res que controlam e comandam motores, as De forma a contribuir para a melhoria da
atividades do Programa de Robótica Edu- aprendizagem nas disciplinas do Ensino
cacional desenvolvem nos alunos a capaci- Médio nas escolas da Rede SESI, o SESI/
dade de se comunicar, resolver problemas, DN continuou disponibilizando uma pla-
modelar, argumentar, realizar investigações, taforma web de aprendizagem adaptativa,
registrar, refletir, pensar abstratamente que permite a aplicação de avaliações de
e generalizar aprendizados. O programa larga escala (com a mesma metodologia do
incentiva a pesquisa, promove o trabalho ENEM), identifica o perfil de conhecimentos
em equipe, exercita as habilidades motoras, e habilidades de cada aluno, propõe plano
estimula a criatividade e explora conceitos de estudos individualizados e fornece rela-
robóticos, científicos e tecnológicos. Tais tórios técnicos/gerenciais.
práticas pedagógicas são desenvolvidas nas
Em 2016, a plataforma também foi disponi- consolidando nos últimos 12 anos, e, desde
bilizada aos alunos do Ensino Médio da Edu- 2013, o SESI é a instituição responsável pela
cação de Jovens e Adultos (EJA). operação oficial do evento no país.

Como principais benefícios da plataforma, Em 2016, o SESI/DN realizou o Torneio


destacam-se: Nacional da Temporada 2015/2016 – Trash
Trek, que classificou 19 equipes brasileiras
• alavancagem do processo de ensino- para os torneios internacionais, realizados nos
-aprendizagem por meio de dinâmicas Estados Unidos, nas Filipinas, na Austrália e
pedagógicas suportadas por tecnologia na Espanha. O SESI ainda promoveu oito Tor-
e personalização; neios Regionais da Temporada 2016/2017 –
• aumento da média geral dos alunos Animal Allies, com a participação de 400 equi-
(1ª, 2ª e 3ª séries) nas quatro áreas do pes e 4.800 estudantes e professores.
conhecimento entre as duas aplicações
dos simulados Geekie Teste (Simulados VÍDEOS EDUCATIVOS
em Teoria de Resposta ao Item – TRI); O SESI realizou parcerias com a Funda-
• aumento de 11% na média geral de ção Roberto Marinho (FRM) para elaborar
alunos do 3º ano entre as duas aplica- vídeos educativos, que são exibidos no Canal
ções dos simulados; Futura. Em geral, os temas explorados pelas
• aumento na média por área do conhe- séries pretendem contribuir para o desen-
cimento de alunos do 3º ano: 17% em volvimento das práticas inovadoras nas
Matemática; 11% em Linguagens e escolas e para a aprendizagem dos alunos.
Códigos; 11% em Ciências Humanas; e
7% em Ciências da Natureza, entre as A produção dos vídeos ao longo de 2016 foi
duas aplicações dos simulados. dividida em dois projetos:
25
Torneio de robótica FIRST Lego League (FLL)
®
• Destino Educação, Escolas Inovadoras: a
O Torneio de Robótica é um processo de série foi criada para apresentar práticas
aprendizagem no qual alunos e profes- inovadoras, tecnologias educacionais
sores aprendem mutuamente conteúdos diferenciadas e modelos escolares ins-
de física, química, biologia, matemática e piradores. Ela é composta por 13 episó-
linguagem. Em uma experiência criativa, dios. Cada um dos 12 primeiros episó-
os competidores resolvem problemas do dios é dedicado a uma única instituição
mundo real: planejam, projetam, cons- de ensino, e o último apresenta todas
troem e programam robôs. É uma atividade as instituições da série, com o objetivo
que atrai o interesse de crianças e jovens de refletir sobre as iniciativas de inova-
de 9 a 16 anos de idade para o mundo das ção no ambiente escolar. O programa
ciências, da tecnologia e da matemática. visitou as escolas: Projeto Âncora (SP –
Como consequência, contribui para o Brasil); Colégio Fontán (Colômbia); Ross
desenvolvimento de um país competitivo, School (Estados Unidos); High Tech High
com mais engenheiros e cientistas, bem (Estados Unidos); The Bath Studio School
como para o fortalecimento da inovação, (Inglaterra); Steve Jobs School (Holanda);
da criatividade e do raciocínio lógico que a Ørestad Gymnasium (Dinamarca); Ritah-
indústria necessita. arju School (Finlândia); The Riverside
School (Índia); e3 Civic High School (Esta-
O Torneio de Robótica FIRST® LEGO League dos Unidos); Nave (PE – Brasil); e La
é uma iniciativa do Grupo Lego (Dinamarca) Cecilia (Argentina).
e da organização americana FIRST® (For • Turma da Robótica: com formato docu-
Inspiration and Recognition of Science and mental, a série propõe ampliar o interesse
Technology). No Brasil, a competição vem se pelas áreas de Ciências e Matemática, de
forma a gerar mais identificação e empa- estudo de Ciências fora da sala de aula é
tia dos alunos com estas disciplinas. Todos fundamental para se aprender. O estímulo
os vídeos apresentam casos de sucessos, ao ensino prático, à interdisciplinaridade
centrando a história em um estudante, e ao trabalho em equipe com aparatos
equipe ou escola que inclui a robótica tecnológicos de ponta é uma abordagem
como atividade. Com 13 episódios dis- capaz de gerar ótimos resultados no pro-
tribuídos em situações vividas junto a 39 cesso de ensino e aprendizagem, além de
equipes de robótica de várias partes do despertar o interesse por profissões no
Brasil, a Turma da Robótica mostra que o campo das Ciências Exatas.

26

SESI NA OLIMPÍADA DO SESI); 648 alunos e professores; 35 volun-


CONHECIMENTO tários nas avaliações; e 54 técnicos. Foram
Na última edição, o SESI participou com três alcançados 100 mil usuários, por meio de
ações: posts no Facebook.

• Festival de Robótica FIRST® Lego League Na Mostra SESI de Ciências e Engenharia,


(FLL). estudantes do SESI de Alagoas, Bahia, Minas
• Mostra SESI de Ciências e Engenharia. Gerais, Goiás e Rio de Janeiro apresentaram
• Escola SESI SENAI do Futuro. projetos de pesquisa científica e tecnoló-
gica. Os trabalhos foram de livre escolha,
O Festival de Robótica FIRST® LEGO League nas áreas de Ciências Agrárias, Ciências
(FLL) não integra o circuito classificatório Biológicas, Ciências Exatas e da Terra, Ciên-
oficial para os torneios internacionais de cias Humanas, Ciências da Saúde, Ciências
robótica. Trata-se de um evento demons- Sociais Aplicadas e Engenharia. As propos-
trativo, concebido para difundir a prática tas basearam-se em soluções de problemas
da robótica educacional. O festival de 2016 do mundo real, por meio da fundamenta-
contou com a participação de 54 equipes ção científica. Cada estado que participou
(sendo 27 de Escolas Públicas e 27 da Rede da Mostra SESI foi representado por uma
equipe com até três alunos e um professor, capacitados no projeto educativo que é ofe-
do Ensino Fundamental ao Ensino Médio. A recido por ocasião de cada mostra itinerante.
iniciativa teve o objetivo de estimular a ini-
ciação de estudantes à pesquisa científica e A exposição itinerante com os artistas e cura-
à cultura investigativa. dores ganhadores da 5ª edição do prêmio
apresentou um rico painel da produção brasi-
Na Escola SESI SENAI do Futuro, foi demons- leira nas artes visuais e contou com a exibição
trado como a convergência e a sinergia entre de um pequeno conjunto de obras da artista
as áreas de educação, tecnologia e inovação Amélia Toledo homenageada desta edição.
integram as áreas tecnológicas. O espaço
representou o modelo de como o SESI e o EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
SENAI estão preparando seus alunos para TECNOLÓGICA
a nova realidade e como estão estruturando
seus laboratórios para que empreendedo- Dar continuidade às iniciativas que susten-
res e empresas tragam seus desafios, a fim tam o Programa SENAI de Padronização
de desenvolver novas soluções inovadoras. Educacional e realizar a Nova Olimpíada do
O SESI realizou a exposição de dois projetos Conhecimento foram as principais ações do
em parceria com o DR/RJ e o DR/SC: SESI SENAI em 2016. Dessa forma, a Instituição
Matemática e SESI Ciências. manteve seu foco em ampliar o padrão de
qualidade da Educação Profissional.
PRÊMIO CNI SESI SENAI
MARCANTONIO VILAÇA PARA PROGRAMA SENAI DE PADRONIZAÇÃO
AS ARTES PLÁSTICAS EDUCACIONAL
O Prêmio Marcantonio Vilaça para as Artes O Programa SENAI de Padronização Educa-
Plásticas é uma bem-sucedida iniciativa da cional tem como premissa o alinhamento da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), oferta de cursos de Educação Profissional, o 27
realizada por meio do Serviço Social da que inclui a definição do perfil profissional,
Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de o desenho curricular e o estabelecimento
Aprendizagem Industrial (SENAI), que visa dos planos de curso e de ensino. A partir
levar arte, cultura e conhecimento à socie- dessas ações, são elaborados os livros didá-
dade de forma democrática e inovadora. ticos, materiais on-line, situações de apren-
dizagem e a capacitação dos docentes. O
Nas quatro edições anteriores, o Prêmio programa também prevê a avaliação do
consolidou-se no cenário nacional como estudante, o que retroalimenta todo esse
uma das mais importantes iniciativas de processo de evolução contínua.
incentivo à produção das artes plásticas.
Para estabelecer os padrões nacionais para
A partir da divulgação dos artistas e cura- oferta da Educação Profissional, o DN do
dores vencedores, foi organizada a etapa SENAI, em parceria com os DRs, disponibi-
de itinerância, que contou, em 2016, com a lizou a versão 05 dos Itinerários Formativos
realização de exposições em quatro cidades Nacionais de Educação Profissional e Tec-
brasileiras – Rio de Janeiro, Belo Horizonte, nológica, que trouxe como novidade situa-
Curitiba e Recife – e seguiu para Manchester, ções de aprendizagem capazes de orientar
na Inglaterra. a prática docente na implementação dos
currículos. Para elaborar essa versão, foram
A projeção alcançada pela 5ª edição do criados Comitês Técnico-Setoriais com a
Prêmio Marcantonio Vilaça, contou com um participação de empresas, academia, enti-
público visitante de aproximadamente 120 dades de classe, setor públicos e especialis-
mil pessoas e com a participação de mais de tas do SENAI das áreas de Metalmecânica,
20.000 alunos em oficinas de arte-educação. Tecnologia da Informação, Construção Civil,
Além disso, mais de 5.000 professores foram Alimentos e Bebidas e Couro e Calçados.
Esse processo resultou em: forma a aumentar o número de matrículas
em cursos de Educação Profissional e, assim,
• 6 áreas atualizadas; atender à crescente demanda da indústria
• 51 cursos/ocupações atualizados; brasileira.
• 68 cursos/ocupações novos;
• 808 situações de aprendizagem identifi- De janeiro a dezembro de 2016, foram
cadas; e registradas 935.440 matrículas de EAD
• 26 novas situações de aprendizagem ela- em vários cursos de iniciação profissional,
boradas e validadas seguindo o padrão aprendizagem industrial, qualificação pro-
estabelecido pela Metodologia SENAI fissional, cursos técnicos de nível médio,
de Educação Profissional. aperfeiçoamento profissional, especializa-
ção profissional, pós-graduação e extensão
Após esse trabalho, a carteira de cursos do oferecidos pelo SENAI. Apesar de bastante
SENAI totalizou 389 cursos, classificados da expressivo, esse número foi menor que o
seguinte forma: registrado em 2015, devido às dificuldades
econômicas e às incertezas políticas que
• 11 cursos superiores de tecnologia; marcaram 2016.
• 4 especializações tecnológicas;
• 65 cursos técnicos de nível médio; Para alavancar o crescimento na quanti-
• 251 qualificações profissionais; dade de matrículas em educação a distân-
• 49 aperfeiçoamentos profissionais; e cia, foram desenvolvidos mais 12 cursos
• 9 especializações profissionais. técnicos e 30 qualificações profissionais,
referentes à segunda etapa do Psead, com
Para verificar o nível de apropriação da cerca de 24.400 horas de material on-line
Metodologia SENAI de Educação Profissio- e 312 planos de ensino com situações de
28
nal (Msep), foi realizado o segundo ciclo de aprendizagem. Também estão em fase de
desenvolvimento 10 cursos técnicos e 15
pesquisa, com diretores regionais, geren-
qualificações da terceira etapa do programa.
tes de escola, coordenadores pedagógicos, Além dos novos cursos em desenvolvi-
supervisores técnicos, docentes e alunos, de mento, estão sendo atualizados três cursos
todos os DRs e do Centro de Tecnologia da técnicos, relativos à primeira etapa.
Indústria Química e Têxtil (Cetiqt). Os ques-
tionários foram aplicados em dezembro de A fim de fortalecer as equipes de EAD dos
2016, e os resultados serão analisados no DRs, o programa de capacitação para tuto-
res do Psead foi estendido a mais duas áreas
primeiro trimestre de 2017, para obtenção
tecnológicas: alimentos e mecânica. Nesta
do Índice de Apropriação da Msep e elabo- etapa, foi implementado um novo modelo
ração dos relatórios, importantes ferramen- de oferta que requer que o participante
tas ao delineamento de ações de Educação experimente o curso nas modalidades a dis-
Profissional. tância e presencial.

A seguir, apresentamos breve panorama Em continuidade ao acordo de cooperação


de algumas ações que fazem parte do Pro- técnica firmado entre o SENAI, os Cor-
grama SENAI de Padronização Educacional reios e o Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) para realização do primeiro curso de
Programa SENAI de educação a distância aprendizagem industrial a distância, foram
(PSEAD) matriculados 464 jovens em 309 municí-
O Programa SENAI de Educação a Distância pios dos estados do Amazonas, Ceará, de
(Psead) visa implementar soluções inovado- Goiás, Santa Catarina e São Paulo, no curso
ras na oferta de cursos não presenciais, de de assistente administrativo. Os aprendizes
tiveram anotação na carteira de trabalho, Programa SENAI de capacitação docente
participaram de 400 horas aula (fase esco- (PSCD)
lar) e 400 horas aula (fase empresa) em uni- A qualidade da educação está diretamente
dades do SENAI e nas agências dos Correios. relacionada à qualidade dos professores. Por
Os materiais didáticos digitais e interativos, isso, para aprimorar a atuação docente e os
os livros didáticos e os respectivos méto- processos educacionais, tendo por referência a
dos de acompanhamento do processo de Metodologia SENAI de Educação Profissional,
aprendizagem estão em fase de revisão para o Programa SENAI de Capacitação Docente
elaboração do relatório final, a ser entregue (PSCD) atua em duas grandes frentes: a atua-
ao MTE. Após sua aprovação, o modelo deve lização tecnológica e a formação pedagógica.
ser expandido para os demais DRs.
No último ano, o PSCD ofertou 4.022 vagas
Livros, kits e simuladores didáticos para docentes de todos os DRs, sendo 3.021
nacionais vagas em nove cursos de formação pedagó-
Atendendo ao que foi definido nos Dese- gica e 1.001 vagas em 31 cursos de atualiza-
nhos Curriculares Nacionais, foram entre- ção tecnológica. Do total de cursos de atua-
gues 335 livros didáticos em 2016, totali- lização tecnológica, 17 foram executados na
zando 544 títulos diferentes nas 27 áreas modalidade presencial e desenvolvidos por
profissionais. Os livros didáticos – dis- experts da Worldskills São Paulo e de empre-
ponibilizados aos 27 DRs do SENAI para sas parceiras do SENAI.
pronta utilização em cursos presenciais e a
distância – estão alinhados aos Desenhos A Oficina de Situações de Aprendizagem, que
Curriculares Nacionais de 22 cursos técni- integra o eixo de ofertas complementares do
cos e 64 qualificações profissionais. Houve itinerário nacional de capacitação docente,
ainda a atualização do Manual de Estilos de é uma das ações estratégicas do programa
Padronização dos Materiais, além da dispo- para assegurar que, gradativamente, todos os 29
nibilização dos livros em formato digital, por docentes da Instituição utilizem a Metodolo-
meio da Estante Virtual de Livros SENAI, e gia SENAI de Educação Profissional no dia
da aplicação da Realidade Aumentada como a dia da sua prática pedagógica. Outra ação
tecnologia educacional, auxiliando no pro- de caráter estratégico é a pós-graduação em
cesso de ensino-aprendizagem. Docência na Educação Profissional que, além
de desenvolver capacidades técnico-pedagó-
Também com base nos Desenhos Curricula- gicas indispensáveis ao exercício da docência,
res Nacionais, são desenvolvidas especifica- atende à determinação legal quanto à forma-
ções de kits didáticos e simuladores nacio- ção pedagógica, segundo Resolução CNE nº
nais para cursos técnicos e de qualificação 6/2012. Em novembro de 2016, 150 docen-
profissional, tanto presenciais quanto a tes iniciaram a 5ª turma da pós-graduação,
distância. O objetivo é desenvolver soluções que já formou cerca de 750 profissionais.
tecnológicas para ampliar a qualidade do
processo de ensino e aprendizagem e, por Em 2016, o PSCD também revisou o perfil
consequência, o número de matrículas em profissional docente do SENAI, que foi
cursos de Educação Profissional no Psead. concebido especialmente para orientar a
formação continuada dos professores e é a
Em 2016, foram concluídas as especifica- principal referência para a concepção das
ções de kits didáticos e simuladores digitais ofertas formativas do Itinerário Nacional
para os cursos previstos na terceira etapa de Capacitação Docente. Este último prevê
de desenvolvimento do Psead. No total, o desenvolvimento de cursos e oficinas em
foram desenvolvidas especificações de 71 diferentes campos do conhecimento e per-
kits didáticos e seis softwares/simuladores mite que os docentes definam o próprio per-
para um total de sete cursos técnicos. curso formativo.
Sistema de avaliação da educação nica, Logística e Segurança do Trabalho e
profissional (SAEP) 27 estudantes com deficiência física de três
De forma a verificar a eficiência, a eficácia e cursos de qualificação em padeiro, costureiro
a efetividade dos cursos de Educação Profis- e operador de computador.
30 sional oferecidos pelo SENAI, são realizados
de modo contínuo processos e ações específi- Além dessas avaliações, são coletadas as per-
cas de avaliação interna e externa. O Sistema cepções de alunos, docentes e gestores sobre
de Avaliação da Educação Profissional (Saep) os fatores que impactam o desempenho dos
prevê, entre suas quatro vertentes, a avalia- cursos, como infraestrutura, prática peda-
ção externa de desempenho dos estudantes, gógica, modelos de gestão, ambiente, aspec-
realizada em larga escala para os cursos téc- tos socioeconômicos dos estudantes, entre
nicos do SENAI. A avaliação consiste na apli- outros. Os resultados são organizados em
cação de provas on-line e práticas para alunos Relatórios Estatísticos e Pedagógicos por DR
concluintes a fim de aferir o desenvolvimento e por curso avaliado, boletins de desempe-
das competências ao exercício da ocupação nho dos cursos e das escolas, destinados aos
previstas no perfil profissional nacional. A docentes, e análises dos fatores associados.
avaliação de desempenho do estudante uti-
liza a metodologia da Teoria de Resposta ao A Pesquisa de Acompanhamento de Egres-
Item (TRI), o que permite verificar o desem- sos do SENAI, realizada pelo DN em parceria
penho dos cursos, das escolas, dos DRs e das com os DRs e Cetiqt, tem por objetivo moni-
unidades operacionais e, assim, acompanhar torar os indicadores de desempenho dos
o nível da Educação Profissional do SENAI. egressos no mercado de trabalho, formal e
informal, identificando salário, incremento
A avaliação objetiva on-line acontece desde de renda, área de atuação, relação da área
2010. Na edição de 2016, foram avaliados de atuação com a formação, bem como iden-
50 cursos técnicos, com 41.405 estudantes tificar o índice de satisfação e fidelização dos
e 10.049 docentes inscritos no processo. alunos e das empresas.
Já a avaliação prática estreou no ano pas-
sado, durante a Olimpíada do Conhecimento. A pesquisa contempla egressos dos cursos
Participaram 150 estudantes dos cursos téc- de aprendizagem industrial, de qualificação
nicos em Eletrotécnica, Edificações, Mecâ- profissional e técnicos de nível médio.
Os resultados apresentados em 2016 com- do projeto nacional. Agora, BA, ES, MG e SE
preenderam um ciclo de pesquisa realizado deverão atualizar a versão do SGE e aplicar
no triênio 2014-2016, que contou com mais os parâmetros e as regras estabelecidas na
de 270 mil entrevistas. Os resultados da pes- Base Nacional.
quisa apontaram que, a cada 10 alunos dos
cursos técnicos entrevistados, seis alunos Alguns DRs ainda permanecem com os sis-
estão no mercado de trabalho. Para as três temas próprios: GO, RJ, SP e TO. Para estes,
modalidades, a renda mensal dos egressos e o desafio será aprimorar suas soluções tec-
taxa de incremento após o término do curso é nológicas de forma a viabilizar a implanta-
de 11%. A renda dos egressos que trabalham ção dos mesmos parâmetros e das mesmas
na área do curso é 12,9% superior à remu- regras definidas no âmbito da Educação
neração daqueles que trabalham em outras Profissional do SENAI.
áreas. Das empresas entrevistadas, 95,3%
têm preferência por egressos do SENAI. Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI)
O Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI)
ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA implementa soluções para promoção da aces-
E AMPLIAÇÃO DA ATUAÇÃO sibilidade e da inclusão da pessoa com defi-
EDUCACIONAL ciência na indústria e no mercado de trabalho,
A busca pela ampliação do padrão de quali- por meio do método de adequação curricular.
dade da Educação Profissional não se limita
às iniciativas do Programa SENAI de Padro-
nização Educacional. O SENAI ainda desen-
volve diversos projetos que contribuem
diretamente com as ações necessárias à
atualização tecnológica e ampliação da sua
atuação educacional.

Sistema de gestão escolar (SGE)


O Sistema de Gestão Escolar (SGE) pre-
tende fortalecer diretrizes, metodologias,
padrões de processos e práticas nacio-
nais, bem como melhorar o desempenho
de gestão das unidades operacionais do
SENAI. Com a definição de parâmetros e
regras nacionais da solução tecnológica, o
SGE começou a ser implantado nos DRs do
SENAI em agosto de 2014.

Nos últimos dois anos, houve a adesão de


20 DRs. Até o fim de 2016, 16 deles esta-
vam utilizando a solução: AC, AL, AM, AP,
DF, MA, MS, MT, PA, PB, PE, PR, RN, RO, RR
e Cetiqt. Mais dois DRs estão em fase de
implantação do sistema: PI e RS. A solução
deve ser implantada em breve nos DRs do
CE e de SC. Assim, esses Regionais estarão
utilizando a mesma solução tecnológica,
com o mesmo escopo, os mesmos parâme-
tros e as mesmas regras.

Quatro Regionais já utilizavam a solução tec-


nológica e iniciaram sua implantação antes
Nove novos cursos de qualificação profissio- vimentos contemplaram os cursos técnicos
nal foram adequados para inclusão de pes- de Eletromecânica, Manutenção Automo-
soas com deficiência auditiva, visual, física tiva, Alimentos, Refrigeração e Climatização,
ou intelectual, em 2016, e foram produzidos Edificações, Metalmecânica, Petróleo e Gás,
102 livros didáticos acessíveis às deficiên- Telecomunicações, Mecatrônica e também
cias intelectual e visual. Qualificações em Auxiliar de Produção de
Papel e Auxiliar de Produção de Celulose.
Como a inclusão de pessoas com algum tipo
de necessidade específica não se faz sem Os novos apps de RA estão em fase de publi-
profissionais para implementá-la, foram cação na Apple Store, mas todos os alunos
capacitados 1.630 docentes e integrantes que tiverem em mãos os livros didáticos
das equipes técnica e pedagógica em braille, nacionais destes cursos já podem baixar
libras, audiodescrição e metodologia de esses aplicativos para o sistema operacional
adequação de cursos para inclusão de pes- Android, da Google, podendo usá-los imedia-
soas com deficiência, bem como em digita- tamente. Por sua vez, o SENAI APP – que dis-
ção para deficientes visuais com o software ponibiliza desafios e permite que os alunos
DIGITAVOx e atualização dos softwares obtenham “conquistas” e as compare com as
Virtual Vision, NVDA, JAWS e DOSVOX. conquistas de seus pares – está disponível
tanto na Google Play como na Apple Store.
Programa SENAI de Tecnologias
Educacionais Como uma das principais ações do Programa
O Programa SENAI de Tecnologias Educa- SENAI de Tecnologias Educacionais, foi lan-
cionais tem foco na construção de estra- çada, no ano passado, a plataforma Mundo
tégias híbridas de educação – tanto a dis- SENAI Docente, disponível pelo endereço
tância quanto presencial –, contemplando, eletrônico <www.senai.br/mundosenaido-
32 sobretudo, inovação educacional, recursos cente>. Ela foi criada para auxiliar nossos
didáticos, sistemas e alinhamento metodo- docentes a planejarem e desenvolverem
lógico. Ele nasce da necessidade de identifi- melhor suas aulas, de acordo com a Meto-
car novas tecnologias disponíveis no mundo dologia SENAI de Educação Profissional. O
para melhorar a prática educacional e garan- professor encontra uma infinidade de recur-
tir que o SENAI ofereça a seus alunos ferra- sos didáticos, tais como simuladores, anima-
mentas didáticas modernas e eficazes. ções, apresentações, vídeos e vários outros
objetos de aprendizagem, que permitem a
O programa prevê a prototipagem e a vali- proposição de desafios para seus alunos uti-
dação de experiências baseadas em novas lizando equipamentos de laboratórios e ofi-
tecnologias, de modo a criar bases para cinas do SENAI ou mesmo outros recursos
escala de implementação. Alguns exem- em casa, na sala de aula ou nas indústrias.
plos de tecnologias trazidas para o Sistema
Indústria são aplicativos de Mobile Learning, O Mundo SENAI Docente é também uma
ferramentas, vídeos e simuladores em 3D, plataforma de gamificação, que usa o con-
robótica, objetos de realidade aumentada, ceito de “jogos sérios”. O docente que a uti-
gamificação e repositório de mídias digitais, liza pode se tornar referência para outros
entre outros. profissionais em todo o Brasil, já que existe
um sistema de pontuação por atividade
Em 2016, no projeto de Mobile Learning, realizada, como a criação de uma situação
foram finalizadas 276 novas situações de de aprendizagem ou de uma apresentação.
aprendizagem móvel (desafios técnicos) e Com a gamificação, espera-se estimular o
246 novos objetos de realidade aumentada acesso e valorizar os docentes mais ativos,
(RA) para serem utilizados pelos alunos a por meio de uma Política de Reconheci-
partir de seus smartphones. Estes desenvol- mento e Premiação, já estabelecida.
Lançado em 15 de outubro de 2016, o aprendizagem adaptativa. Também foi rea-
Mundo SENAI Docente já contava, no final lizada pesquisa sobre o “Estado da arte” das
do ano, com cerca de 2.500 docentes cadas- soluções de mercado, além da “Análise com-
trados, 320 situações de aprendizagem e parativa” de requisitos e funcionalidades de
6.487 objetos de aprendizagem, entre ima- 21 plataformas que estão sendo utilizadas em
gens, apresentações, vídeos, links, apostilas, diversos países, atendendo a estudantes de
normas e outros tipos de recursos. todos os níveis educacionais.

Em uma iniciativa extremamente inovadora, Foram escolhidos, para o Estudo Adaptativo,


o Programa SENAI de Tecnologias Educacio- dois cursos com grande volume de estudan-
nais desenvolveu três experiências com uso tes por ano com o objetivo de incrementar,
de diferentes tipos de óculos de realidade em todos DRs, a formação de técnicos em
aumentada, virtual e híbrida. O primeiro Mecânica e em Edificações. Estudantes que
deles é o projeto “Mecatrônica”, que propõe realizam cursos integrantes desses Itinerá-
uma imersão total em realidade virtual, com rios Formativos também serão beneficiados
simulação/animação em 3D, a partir do uso de com a melhoria do engajamento, da moti-
óculos RIFT. O segundo é o projeto Máquinas vação e do desempenho, que são efeitos já
elétricas, de holografia e RA, com a captura comprovados internacionalmente da adoção
do ambiente físico real para adequar a dispo- de plataformas de aprendizagem adaptativa.
sição dos objetos virtuais na tela translúcida
dos óculos Microsoft Hololens. E, por fim, o Certificação de competências profissionais
projeto Visita técnica virtual com situações É um processo de avaliação para o reconheci-
de aprendizagem, que usa smartphone mais mento formal de competências profissionais
óculos de realidade virtual estilo cardbox, necessárias à inserção no mundo do trabalho
com captura de imagens reais através de ou requeridos para o exercício profissional,
câmera 360 graus e produção de um vídeo no sejam elas obtidas a partir das experiências 33
qual o usuário interage com o conteúdo. Os de vida, de educação ou de trabalho.
três projetos estão determinando as bases
tecnológicas e pedagógicas para o futuro São duas as vertentes de Certificação de Com-
desenvolvimento de conteúdos de Educação petências Profissionais oferecidas pelo SENAI:
Profissional para esses tipos de dispositivos.
• Certificação de Pessoas: avaliação da
Estudo adaptativo conformidade a normas, perfis profissio-
Em uma área de fronteira do conhecimento, nais e regulamentos técnicos para ates-
plataformas adaptativas de educação on-line tar que uma pessoa possui competências
estão começando a utilizar técnicas de inte- profissionais, independentemente da
ligência artificial para orientar a trajetória forma como as adquiriu, e que, por isso,
formativa de estudantes, selecionar os con- pode desempenhar atividades relacio-
teúdos mais adequados às necessidades de nadas a determinada ocupação ou área
cada um e acompanhar instantaneamente de competência.
seus desempenhos.
O Sistema SENAI de Certificação de Pes-
Em sintonia com essa tendência de ensino per- soas (SSCP) é o Organismo de Certificação
sonalizado, o SENAI iniciou o projeto de Estudo de Pessoas (OCP) da Instituição. Em 2016, o
Adaptativo que produziu, em 2016, marcos SSCP foi auditado pela Coordenação-Geral
importantes para orientar o posicionamento de Acreditação (CGCRE) do Instituto Nacio-
institucional nesse setor. Com a contribuição nal de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
de seis DRs e de consultoria especializada, foi (Inmetro), para sua reacreditação como OCP,
definida a “Proposta pedagógica” que o SENAI o que foi confirmado.
vai utilizar na adaptação de seus cursos para
Ao longo do ano, cinco Centros de Exames Implantação de Processos de Certificação
para Certificação (CEC) passaram por audi- Profissional, publicado em 2015 pelo DN.
34 torias internas para habilitação, manuten-
ção da habilitação e/ou ampliação do escopo Inova SENAI
de certificação, de forma a assegurar a con- O Inova SENAI é mais uma iniciativa para
formidade da operacionalização de proces- aprimorar a prática pedagógica, a atuação
sos de certificação frente a normas e regula- do SENAI com foco na cultura de inovação
mentos do Inmetro e da ABNT. e no desenvolvimento de projetos. É o resul-
tado da união da teoria com a prática e o
• Certificação Profissional: avaliação, desenvolvimento do empreendedorismo
reconhecimento e certificação das com- inovador presente nas escolas do SENAI.
petências profissionais necessárias à Um dos desafios da Educação Profissional
obtenção de certificados e diplomas de e Tecnológica é formar pessoas capazes de
Educação Profissional e tecnológica e interpretar as novas tecnologias, bem como
de licenciado em Educação Profissional melhorar ou criar processos e produtos que
ou ao prosseguimento de estudos. O aumentem a produtividade das empresas e
referencial para esta validação são as facilitem a vida dos consumidores.
competências relacionadas ao desenho
curricular do curso para o qual a pessoa Na edição de 2016, foram submetidos mais
está buscando a certificação. de 310 projetos na primeira fase. Destes,
30 foram selecionados para a etapa nacio-
Em 2016, a Uniep apoiou os DRs de Pernam- nal, que foi realizada durante a Olimpíada
buco e do Distrito Federal na elaboração de do Conhecimento. Os projetos foram
documentação – tais como regulamento expostos e julgados por uma banca de espe-
regional, projeto de certificação profissional cialistas em negócios e inovação. Foram
e instrumentos de avaliação – para implanta- premiados os três primeiros colocados nas
ção da Certificação Profissional para Cursos categorias de produtos e de processos ino-
Técnicos, tendo por referência o Guia de vadores. Também foi premiado o projeto
preferido pelo voto popular. Tudo isso con- sociedade: como desenvolver propostas
firma que a inovação é um dos pilares dos inovadoras que causem impacto de forma
cursos oferecidos pela Instituição. positiva e significativa para a melhoria da
qualidade de vida na sociedade?
Em ação coordenada com a Unidade e Ino- • Desafio 3 – Melhoria da produtividade
vação e Tecnologia (Unitec), o Inova SENAI na indústria: como potencializar a pro-
também faz parte da Saga SENAI de Ino- dutividade da indústria em um cenário
vação, um conjunto articulado de ações de mercado desfavorável?
que permite aos alunos e profissionais • Desafio 4 – Indústria sustentável e
terem experiências de cultura da inovação eficiência energética: como reduzir e
e empreendedorismo em várias fases do reutilizar de forma sustentável? Como
curso. As experiências vão desde a criação otimizar a eficiência energética nas
de ideias até a elaboração de produtos que indústrias e residências?
podem dar origem a startups de sucesso.
Foram mais de 990 equipes inscritas, envol-
Desafio SENAI de projetos integradores vendo cerca de 4.000 alunos de todos os
Esta iniciativa propõe que os alunos solucio- estados do país. Inicialmente, aconteceram as
nem problemas reais da indústria brasileira, etapas estaduais, nas quais foram selecionadas
com o desenvolvimento de um projeto, um as melhores respostas a cada um dos desafios.
protótipo e um pitch. Para o SENAI, é muito As vencedoras participaram da etapa nacional,
importante que os jovens comecem já na que reuniu cerca de 100 projetos e apontou as
escola a desenvolver a capacidade de traba- melhores propostas para cada desafio.
lhar em conjunto, propondo ações inovado-
ras e agindo proativamente. PROGRAMA SENAI DE EXPANSÃO DA
REDE FIXA E MÓVEL
A fim de desenvolver essa competência entre Em 2016, o Programa SENAI de Expansão 35
os seus alunos, em 2016 foi promovido o II da Rede Fixa e Móvel colocou em operação
Desafio SENAI de Projetos Integradores. Os três novas unidades móveis. Com elas, o
estudantes formaram equipes com até quatro SENAI totalizou 102 unidades móveis – das
integrantes, envolvendo, no mínimo, dois quais 83 no âmbito do financiamento conce-
cursos técnicos. Os professores orientaram dido pelo BNDES –, distribuídas por 25 DRs
seus alunos sem integrar as equipes. Por prin- e cobrindo 17 áreas tecnológicas. Suas prin-
cípio, os projetos integradores devem fazer cipais características são a flexibilidade para
parte das situações de aprendizagem traba- atender às demandas da indústria in loco e
lhadas em sala de aula, compondo o currículo o nível tecnológico de equipamentos e kits
dos alunos. Dessa forma, a ação não deve ser didáticos embarcados.
compreendida como uma atividade extra-
classe e, sim, como um trabalho intraclasses. As unidades móveis levam Educação Pro-
fissional a localidades que não contam com
Após consulta às indústrias, foram definidos escolas fixas do SENAI. Estes veículos estão
quatro problemas, transversais o suficiente preparados para atender diversas modali-
para que alunos dos mais diversos cursos dades de cursos, de iniciação, qualificação
pudessem utilizar seus conhecimentos: profissional, aperfeiçoamento e especia-
lização profissional. As unidades móveis
• Desafio 1 – Inclusão de pessoas com também servem como unidades remotas
deficiência: como facilitar a inclusão de ao atendimento de cursos técnicos do Pro-
pessoas com deficiência nas empresas? grama SENAI de Educação a Distância.
• Desafio 2 – Contribuição da indústria
para a melhoria da qualidade de vida na Foram também concluídas e entregues um
total de 19 novas unidades fixas em 2016.
ENSINO SUPERIOR das 22.905 matrículas, uma redução de 74%
A atuação do SENAI no Ensino Superior em em relação a 2015.
2016 teve como foco principal a revisão da
36 estratégia do Grande Desafio 5 do Planeja- Apesar da retração da oferta de vagas, o Pro-
mento Estratégico Integrado SESI-SENAI- natec continua sendo uma ação decisiva para
-IEL 2015-2022, para que melhor refletisse mudar a matriz educacional do país, contribuir
o posicionamento da Instituição. para a qualificação dos trabalhadores brasilei-
ros e elevar a produtividade das empresas.
Foi publicado o Guia de Emissão, Registro e
Expedição de Diplomas e Certificados, conside- OLIMPÍADA DO CONHECIMENTO
rando todas as diferentes graduações e pós- A Olimpíada do Conhecimento é a maior
-graduações oferecidas pelo SENAI. Também competição de Educação Profissional das
houve grande esforço para disseminação das Américas. O evento reuniu estudantes do
Revistas Tecnológicas dos DRs na Rede SENAI SENAI, do SESI e dos Institutos Federais
de Ensino Superior. Ainda foi realizada a capa- de Educação Profissional, Científica e Tec-
citação de 41 colaboradores das Instituições nológica (IF) em sua 9ª Edição, realizada de
de Ensino Superior (IES) em Empreendedo- 10 a 13 de novembro, em Brasília, quando
rismo e Inovação (Plano de Negócios). recebeu 118.754 visitantes.

PRONATEC A 9ª edição da Olimpíada do Conhecimento


Quanto ao Programa Nacional de Acesso ao foi marcada pelo desafio da inovação. Além
Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em disso, a meta era tornar a Olímpiada um
2016 houve redução da oferta de vagas dos evento que valorizasse o potencial profis-
cursos de Formação Inicial e Continuada sional do jovem brasileiro, fortalecesse a
(FIC) e Técnico de Nível Médio na Bolsa For- missão do SENAI, estimulasse os jovens para
mação, em consequência dos ajustes fiscais a formação técnica profissional, promovesse
promovidos pelo governo federal. Esse com- o intercâmbio técnico-pedagógico entre
portamento provocou, pelo segundo ano con- os participantes e o permanente aprimora-
secutivo, grande redução nas matrículas do mento do processo de Educação Profissional.
Pronatec. Na Bolsa Formação, foram registra-
Para alcançar esses objetivos, a Olimpíada totens do evento e mais de 39 mil registros de
deveria ter um novo formato, que permitisse a votação popular no portal da Olimpíada.
interação com o público visitante e fosse inspi-
ração para quem busca uma profissão. O novo A avaliação prática estreou no evento com a 37
modelo também inovou com propostas de participação de 150 estudantes dos cursos
desafios individuais e por equipe, a realização técnicos em Eletrotécnica, Edificações, Mecâ-
da avaliação prática de estudantes dos cursos nica, Logística e Segurança do Trabalho e 27
técnicos do SENAI, promoção de projetos ino- estudantes do Programa SENAI de Ações
vadores, o Inova SENAI e a demonstração de Inclusivas (PSAI), oriundos de três cursos de
profissões, além de eventos especiais. qualificação profissional em padeiro, costu-
reiro e operador de computador.
Olimpíada de 2016 trouxe os desafios por
equipes, que contaram com 42 projetos de Durante a Olimpíada, 30 projetos do Inova
diferentes áreas do conhecimento. Estes SENAI foram exibidos e julgados por uma
alunos tiveram de apresentar soluções e pro- banca de especialistas em negócios e inova-
dutos para as empresas e para a comunidade ção. Foram premiados os três primeiros luga-
em sete áreas: construção e edificações; tec- res nas categorias de produtos e de proces-
nologia da informação e comunicação; enge- sos inovadores. Ainda houve premiação para
nharias agrícolas e pecuária; moda e criativi- o projeto preferido do público. Já a Escola
dade; tecnologia, manufatura e engenharias; SESI e SENAI do Futuro demonstrou como
transporte e logística; e serviços. Estes estu- a convergência e a sinergia entre as áreas de
dantes também participaram dos desafios educação, tecnologia e inovação integram as
individuais, nos quais resolveram problemas áreas tecnológicas e como o SESI e o SENAI
específicos da sua área de formação. estão preparando seus alunos para a nova
realidade do mundo do trabalho.
Neste novo formato da Olimpíada do Conhe-
cimento, os visitantes participaram da votação Eventos especiais
para eleger os melhores projetos dos desa- Os eventos especiais realizados durante a 9ª
fios individuais e por equipes. Ao todo, foram Olimpíada do Conhecimento colaboraram
registrados mais de 130 mil votos nos diversos com a dinâmica do novo formato e trouxeram
diversos conteúdos para o público. A expo- problemas do dia a dia. Já a Mostra SESI de
sição A Arte do Ofício foi uma das atrações, Ciências e Engenharia, em parceria com a
apresentando a magia do desenvolvimento e Feira Brasileira de Ciências e Engenharia
do uso de ferramentas e materiais utilizados (Febrace), pretendeu estimular a iniciação
pelo homem ao longo da história. de estudantes em pesquisa científica e tec-
nológica. Foram expostos 15 projetos de
O SENAI Brasil Fashion teve como objetivo escolas do SESI de cinco estados.
revelar novos talentos do mundo da moda.
O evento contou com a participação de Realizada entre 10 e 13 de novembro de 2016,
alunos, que receberam orientações de esti- em Brasília, a nova Olimpíada do Conheci-
listas sobre todas as etapas de desenvolvi- mento contou com a participação de 1.200
mento de uma coleção. competidores e com a presença de mais de
118 mil visitantes. Assim, o evento consolidou-
O ciclo de palestras promoveu uma série de -se como a maior competição das Américas.
debates com grandes nomes da indústria, da
gastronomia, da moda, do entretenimento e WORLDSKILLS
da internet. A ideia era potencializar a divul- COMPETITION 2017
gação da Educação Profissional e promover Em 2016, foi dada a partida para a formação
o perfil empreendedor nos jovens. de um time que representará o SENAI na
44º WorldSkills Competition, que vai acon-
O SESI participou da Nova Olimpíada com o tecer em outubro de 2017, em Abu Dhabi.
Festival SESI de Robótica, no qual 54 equipes O objetivo é ambicioso: manter a primeira
desenvolveram soluções utilizando robôs colocação do Brasil no ranking mundial, o
construídos e programados pelos estudan- que foi alcançado na 43ª edição, realizada
tes e que cumpriam missões e solucionavam em 2015, em São Paulo.
Para atender a esse desafio, entre junho e ria com a Faculdade da Indústria IEL e os
agosto de 2016, foram realizadas as primei- Núcleos Regionais do IEL. O programa
ras provas seletivas dos alunos que poderão desenvolve competências em gestão
representar o Brasil. As avaliações foram industrial para excelência na tomada de
elaboradas e aplicadas por peritos convida- decisão. Em 2016, o programa capacitou
dos para esta delicada ação. As provas – iné- 300 gestores industriais nos estados
ditas e constituídas de conteúdo dos esco- de: Alagoas, Maranhão, Pernambuco,
pos dos descritivos técnicos da WorldSkills, Rio Grande de Norte e Paraná.
nos padrões de excelência exigidos e no for- • Programa de Educação Executiva:
mato da futura competição – foram o tom em 2016 foram o IEL Núcleo Central
dos projetos-teste. realizou 04 cursos, sendo 03 deles
em parceria com Núcleos Regionais
Participaram desse processo classificatório do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
384 alunos, de 26 DRs do SENAI. Propondo uma abordagem prática de
apredizagem,o IEL desenvolveu os
A ação exitosa do Brasil na 43ª WorldSkills cursos “Relações Governamentais na
Competition foi proporcionar treinamentos Estratégia Corporativa” e “Compliance
em conjunto sobre determinados temas de e eficiência empresarial”. Ambos cria-
interesse por grupo de ocupações. Dessa dos para executivos de alto nível res-
forma, o SENAI aposta nesta fórmula para ponsáveis pelas definições estratégicas
obter o mesmo sucesso na próxima edição de suas empresas ou instituições sendo
do evento. elas de pequeno, médio e grande porte.
No total foram capacitados 64 empre-
DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL sários do mais variados segmentos mas
primordialmente do setor industrial,
A Educação Empresarial do IEL atua de dentre eles, Avon, Sanofi, Exxon Mobil 39
forma customizada, de modo a aprimorar as e Novartis.
competências em gestão das empresas. Em
2016, 20.251 gestores foram capacitados PROGRAMA IEL DE ESTÁGIO
em âmbito nacional, em cursos com carga O estágio é o primeiro nível da carreira dos
horária mínima de quatro horas e 6.623 jovens é um passo decisivo nasua trajetória
atendimentos a empresas. profissional. As oportunidades oferecidas
pelo mercado e as escolhas dos estudantes
As capacitações foram realizadas com os formam um círculo virtuoso, que favorece o
seguintes programas: ingresso do jovem no mundo do trabalho e
traz benefícios para as empresas.
• Programa de Capacitação Empresarial
para Pequenos Negócios, realizado em A prática do estágio é oportunidade
parceria com o Sebrae: 44 cursos pre- inquestionável para os estudantes viven-
senciais, capacitando 500 empresários ciarem, no dia a dia de uma organização,
e gestores empresariais nas temáticas os desafios do mercado de trabalho e apli-
Mercado, Processos e Pessoas. O pro- carem os conhecimentos adquiridos em
grama visa capacitar empresários e ges- sala de aula. É uma ferramenta capaz de,
tores empresariais de pequenos negó- verdadeiramente, contribuir para que o
cios em todo o país. estudante possa complementar seu apren-
• Programa de MBA em Gestão Indus- dizado, decidir sobre sua atuação futura
trial, ofertado nacionalmente, em parce- e conhecer a dinâmica das empresas,
tornando-se um profissional competente.
O Sistema Indústria, por meio do IEL, FÓRUM IEL DE CARREIRAS
proporciona essas experiências nos pro- O Fórum IEL de Carreiras é um encontro
gramas de estágio desenvolvidos em itinerante cujo objetivo principal é provocar
parcerias com empresas e instituições o debate sobre a construção de carreiras,
de ensino. apontando tendências, ressaltando a atua-
ção do IEL nesse contexto e posicionando o
O estágio proporciona diversos benefícios a Sistema IEL como entidade referência para
todos os agentes envolvidos. jovens em processo de formação no tema
associado à carreira.
Para estudantes:
O evento é destinado aos jovens, prefe-
• Preparação para atuação no mercado de rencialmente universitários ou recém-for-
trabalho; mados, numa faixa etária de 17 a 25 anos
• Compreensão melhor da prática real de e também tem atendido a profissionais em
sua profissão; conflito, que estão predispostos a alterar
• Apoio na escolha profissional. suas escolhas e construir uma nova car-
• Complemento da formação acadêmica. reira. Em 2016 o IEL realizou o evento
• Construção de um profissional diferen- em 05 estados Brasileiros: Paraná, Goiás,
ciado, a partir da experiência adquirida Espirito Santo, Bahia e Pernambuco, mobi-
no estágio. lizando um público de aproximadamente
• Desenvolvimento de competências 5.000 jovens.
essenciais ao mundo do trabalho.
As atividades que compõem o Fórum são:
Para as empresas: palestras, oficinas de treinamento e Coa-
ching de Carreiras.
40 • Formação de capital humano.
• Atração e retenção de novos talentos. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO E
• Absorção de novas ideias e métodos ino- QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES
vadores, com a oportunidade de arejar (PQF)
seus processos. O Programa de Desenvolvimento e Qua-
lificação de Fornecedores (PQF) pre-
Para as instituições de ensino: tende aumentar a competitividade de
cadeias produtivas, fomentando a inte-
• Auxílio na definição dos currículos. ração entre empresas de grande e médio
• Atesta sua importância como difusora portes. O Programa de Desenvolvimento
do conhecimento e testa a aplicação prá- de Qualificação de Fornecedores - PQF
tica dos conteúdos acadêmicos. está implantado em 17 Núcleos Regio-
• Favorece a aplicação prática de novas nais: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará,
metodologias desenvolvidas em pesquisas. Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato
• Oferece melhor conhecimento do Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Per-
mundo produtivo e suas transformações nambuco, Rio Grande do Norte, Rio
e demandas. Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina,
Sergipe e Tocantins.
Em 2016, o IEL inseriu, no mercado de tra-
balho, cerca de 52.969 estagiários, man- Em 2016, foram desenvolvidos projetos
teve convênio com 6.004 instituições de do PQF nos estados da Bahia, do Espírito
ensino e parceria com 19.710 empresas Santo, de Goiás, do Mato Grosso do Sul,
em todo o Brasil. de Minas Gerais, de Pernambuco, de Santa
Catarina e de São Paulo. Foram atendidas ção de negócios, com participação de
578 empresas, sendo 41 âncoras e 537 123 empresas e 340 profissionais.
fornecedoras. Em palestras, seminários e • IEL/PE: ações de interação e de promo-
oficinas, os Núcleos Regionais do IEL rea- ção de negócios, com participação de 32
lizaram 11.188 atendimentos a empresas empresas e 76 profissionais.
e 1.026 atendimentos a profissionais. Já • IEL/SC: ações de interação e de promo-
com consultorias, diagnósticos, auditorias ção de negócios, com participação de
e avaliações, foram 347 atendimentos 249 empresas e 615 profissionais.
a empresas, com carga horária total de
1.973 horas. PROGRAMA DE GESTÃO EMPRESARIAL
O Programa de Gestão Empresarial tem
O PQF nos estados: como meta oferecer à indústria brasileira
soluções em gestão empresarial, integrando
• IEL/BA: ações de interação e de promo- capacitação, serviços de consultoria e fer-
ção de negócios, com participação de 79 ramentas para desenvolver as empresas e
empresas e 115 profissionais. gerar valor às organizações.
• IEL/ES: ações de interação e de promo-
ção de negócios, com participação de Em 2016, foram executados oito proje-
236 empresas e 432 profissionais. tos. Deste total, sete foram finalizados no
• IEL/MG: ações de interação e de pro- mesmo ano. O IEL assegurou um alcance
moção de negócios, com participação de superior à meta de 20% de receita, con-
dez empresas e 219 profissionais. forme detalhado na tabela a seguir.
• IEL/MS: ações de interação e de promo-

TABELA 1 – STATUS DOS PROJETOS DO PROGRAMA DE GESTÃO EMPRESARIAL


41

Projeto Status % alcançada


Apoio ao desenvolvimento institucional, com a implementação do Plano de
Finalizado 33
Ação de Melhoria de Gestão do Sistema Fiesc.
Apoio ao desenvolvimento institucional, com a implementação do Plano de
Finalizado 25
Ação de Melhoria de Gestão do Sistema Fieto.
Concepção de Modelo de Autodiagnóstico para os Processos Corporativos
Finalizado 30
do Sistema Indústria – Guia Básico Gepeo.
Diagnóstico da situação atual e elaboração do Plano de Transformação do
Finalizado 26
SESI-DR/AC.
Diagnóstico dos processos da área de suporte do SESI/AC, com vistas à
Finalizado 30
implantação do ERP.
Estruturação organizacional do Sistema Comércio RJ – Fecomércio e
Finalizado 28%
SENAC/RJ.
Revisão do Planejamento Estratégico do Sistema Fiema, apoio na execução
da sistemática de acompanhamento do Planejamento Estratégico do Siste- Finalizado 29
ma Fiema.
Compilação dos resultados do Autodiagnóstico dos DRs para os Processos Em
Em execução
Corporativos do Sistema Indústria – Guia Básico Gepeo. andamento

Fonte: Diretoria de Inovação - IEL Nacional


2.2 TECNOLOGIA E INOVAÇÃO ção (CT&I); elaborou proposta de regula-
mentação para a Lei nº 13.243/2016, a fim
Em um contexto global no qual as mudanças de assegurar a desburocratização de sua
tecnológicas e o desenvolvimento de pro- aplicação e garantir o estímulo ao desen-
cessos inovadores ocorrem em intervalos volvimento de pesquisa, desenvolvimento
de tempo cada vez menores, o Brasil ainda e inovação (PD&I) entre instituições cien-
tem um longo caminho a percorrer. O inves- tíficas e tecnológicas (ICTs) e empresas;
timento em novas tecnologias e o estímulo e aprofundou o debate em torno de sua
à criação precisam estar de forma perma- Agenda nas reuniões do Comitê de Líderes
nente nas agendas do poder público, das Empresariais e nos seis Diálogos da MEI.
empresas e da academia.
INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO (ISI)
Nesse sentido, o Sistema Indústria atua em
variadas frentes. Em uma delas, oferece Os Institutos SENAI de Inovação (ISIs)
infraestrutura necessária para desenvol- detêm atualmente uma carteira de 356
ver projetos tecnológicos e inovadores, por projetos, sendo 220 em execução, 33 em
meio do Instituto SENAI de Inovação (ISI), contratação e 103 já concluídos, totalizando
do Instituto SENAI de Tecnologia (IST) e do um volume de R$ 326 milhões. Do total de
Laboratório Aberto de Inovação e Criativi- 25 institutos previstos, 19 são financiados
dade, com unidades espalhadas por todo o pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
país. Com o edital SENAI SESI de Inovação, Econômico e Social (BNDES), e seis, cons-
o objetivo é reunir empresas e as Institui- truídos com recursos próprios.
ções na promoção de ideias inovadoras. No
Grand Prix SENAI de Inovação, empresas, O ISI é uma unidade operacional do SENAI
empreendedores, startups e estudantes especializada em áreas de conhecimento
42 do SENAI e do SESI criam, juntos, soluções transversais e focada em demandas do setor
para desafios dos setores da indústria e/ou industrial, tais como:
da sociedade.
• serviços tecnológicos de alta complexi-
Mas inovar depende também da criação de dade e alto valor agregado;
uma cultura que valorize a busca por novas • suporte laboratorial para desenvolvi-
ideias, por parte de diversos atores. Por isso, mento de protótipos;
a Mobilização Empresarial pela Inovação • pesquisa aplicada e desenvolvimento de
(MEI) assume importância crucial. Articu- novos produtos, processos e tecnologias; e
lando o poder público e a iniciativa privada, • transferência de tecnologia.
a MEI defende uma agenda positiva para o
país, com foco na ampliação da capacidade Fatos e números de 2016 – Institutos
de inovação das empresas como estratégia SENAI de Inovação
para alcançar o desenvolvimento econô-
mico e social do Brasil. • Mais cinco institutos entraram em ope-
ração. Com isso, o SENAI terminou o ano
Em 2016, entre outras ações, a Mobiliza- com 21 ISIs em status operacional, do
ção trabalhou ativamente pela aprovação total de 25 previstos.
do novo Marco Regulatório de Ciência, Tec- • Os 21 institutos em operação consolida-
nologia e Inovação; sugeriu aprimoramen- ram uma carteira de projetos formada por:
tos à Estratégia Nacional de Ciência, Tec- -- 220 projetos em execução, totalizando
nologia e Inovação (ENCTI) para o período valor contratado de R$ 189,6 milhões
2016-2019, propondo objetivos, metas e em projetos de PD&I; e 103 projetos
prioridades em ciência, tecnologia e inova- concluídos desde o início da operação;
-- 33 projetos em fase de contratação, profissionais em todo o país, sendo 30%
no valor de R$ 20,6 milhões; deles mestres e doutores.
-- 221 novos projetos em prospecção
para 2017, no valor de R$ 215,2 Outra iniciativa da rede de Institutos
milhões; e SENAI de Inovação foi a criação de uma
-- 32,1% de taxa de sucesso na aquisi- Aliança de Mercado. Trata-se de uma
ção de novos projetos; organização temporária, que tem como
• Carteira de clientes diversificada, com meta desenvolver competências técnicas
empresas de diferentes portes, conside- e infraestrutura para apoiar a indústria em
rando os projetos em execução: 38% de tecnologias estratégicas.
grandes empresas, 15% de médias, 30%
de pequenas e 17% de startups. Em 2016, foi lançada a primeira aliança
• 50% dos projetos em execução – 110 – dessa rede – a Indústria+Avançada –, com
estão sendo operados por dois ou mais o objetivo de apoiar o desenvolvimento
Institutos SENAI de Inovação, em rede da manufatura avançada/indústria 4.0 no
nacional. Brasil. A estratégia de desenvolvimento
• No último ano, os ISIs consolidaram segue as seguintes etapas, detalhadas na
um corpo técnico qualificado, com 477 figura a seguir:

FIGURA 1 – ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO INDÚSTRIA+AVANÇADA

43

Mapear
Criar projetos Desenvolver Escalonar as
necessidades Quantificar o
pilotos na competência e soluções para
da Indústria resultado
indústria soluções a Indústria
Brasileira

1 2 3 4 5

Fonte: Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC/SENAI

Este programa conta com investimento total industriais, aumentando, assim, o potencial
de R$ 2,3 milhões, dividido entre o SENAI de incremento de produtividade para a indús-
e empresas parceiras. Foram definidos oito tria. Dessa forma, o SENAI avança em seu
projetos-piloto, nas temáticas Digitalização Programa de Apoio ao Aumento de Competi-
da manufatura e Sensoriamento e conectivi- tividade da Indústria Brasileira e posiciona-se
dade. O aprendizado irá permitir o escalona- como importante parceiro na prestação de
mento destas soluções para outros setores serviços e na inovação tecnológica.
FIGURA 2 – INSTITUTOS SENAI DE INOVAÇÃO

Localização e Temática dos Institutos SENAI de Inovação

Tecnologias Minerais PA RN Energias Renováveis


1 1
1

Microeletrônica AM
3
PE Tecnologia da Informação
e Comunicação

Cont. e União de Materiais


Biomassa MS BA Automação da Produção
Logística
4

3 3
Engenharia de Superfícies
Eletroquímica
Engenharia de Estruturas PR 2
MG Matelurgia e Ligas Especiais
Processamento Mineral
3 Equipamentos e Sistemas Elétricos
Laser
Sistemas Embarcados
Sistemas de Manufatura
SC 2

Sistemas Virtuais de Produção


Engenharia de Polímeros
Soluções Integradas em Metalmecânica RS RJ Química Verde
Biossintéticos
Legenda:
Planejamento (3) Total
Implementação (1) 25 Manufatura avançada e Microfabricação

44
Operacionais (21)
Embrapii (4)
SP Materiais Avançados e Nanocompósitos
Biotecnologia

Fonte: Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC/SENAI

INSTITUTO SENAI DE TECNOLOGIA (IST) Em 2016, os Institutos SENAI de Tecnologia


atenderam a mais de 15 mil empresas e presta-
Os Institutos SENAI de Tecnologia (ISTs) ram mais de 100 mil serviços em todo o terri-
são unidades operacionais do SENAI com tório nacional. Dos 57 ISTs previstos, 23 serão
estrutura física e de pessoal orientada à implantados com recursos próprios do SENAI,
prestação de serviços de alto valor agre- e os demais 34 vão ser financiados pelo BNDES.
gado para os principais setores industriais
do país. Fatos e números de 2016 – Institutos
SENAI de Tecnologia
Os ISTs oferecem serviços laboratoriais em:
• Dos 57 ISTs previstos, 39 já estão operacio-
• metrologia (ensaios, testes, calibrações, nais, cinco estão em implantação, e os 13
processos); restantes estão em fase de planejamento.
• serviços técnicos especializados (como • Cerca de R$ 100 milhões em volume de
prototipagem); e receita.
• consultoria em processos produtivos de • Mais de 15 mil empresas atendidas.
especialização setorial do Instituto. • 100 mil serviços executados.
• Equipe técnica composta com mais de
1.000 técnicos e especialistas.
FIGURA 3 – INSTITUTOS SENAI DE TECNOLOGIA

Localização e Temática dos Institutos SENAI de Inovação


Construção Civil DF
RN Petróleo e Gás
Automação
Alimentos e Bebidas GO CE Eletrometalmecânica
Energias Renováveis

Alimentos e Bebidas MT 2
1
Têxtil e Confecções
3
PB Couro e Calçado
Madeira e Mobiliário AC 1 2
Automação Industrial

Alimentos e Bebidas MS
1
6
PE Automotivo e Metalmecânica
Meio Ambiente
1
Meio Ambiente e Química Alimentos e Bebidas
Tecnologia da Informação 2 Construção Civil
Madeira e Mobiliário 5
BA Eletroeletrônica
Papel e Celulose
Construção Civil
PR 1
Eletrometalmecânica
Química
8 4 Meio Ambiente
Metalmecânica Alimentos e Bebidas
Alimentos e Bebidas 7
Automotivo
Logística 7
MG Metlamecânica
Química
Alimentos e Bebidas Meio Ambiente
6
Materiais
Automação e TIC
Ambiental
SC Têxtil e Vestuário
RJ
Ambiental
Solda
Construção Civil Automação e Sistemas
Eletroeletrônica CETIQT - Têxtil e Vestuário
Madeira e Mobiliário Couro e Calçado
Têxtil, Vestuário e Design
Couro e Meio Ambiente
SP Alimentos e Bebidas
Energia
Legenda:
Planejamento (13)
Mecatrônica
Alimentos e Bebidas RS Total
57 Metalmecânica
Implantação (05) Petróleo, Gás e Energia Meio Ambiente
Operacional (39) Calçado e Logística Eletrônica 45

Fonte: Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC/SENAI

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO do SESI executores e dos demais parceiros


envolvidos na proposta.
O Edital SENAI SESI de Inovação tem como
função financiar o desenvolvimento de novos A edição de 2016 trouxe uma novidade: a
produtos, processos e serviços inovadores de participação de Instituições Âncoras (IA),
empresas industriais brasileiras, em parceria isto é, empresas e instituições que apoiaram,
com os DRs do SENAI, SENAI Cetiqt e SESI. com recursos próprios, projetos de inova-
ção que representassem soluções para seus
Em 2016, o Edital SENAI SESI de Inova- desafios específicos. Em conjunto com o
ção atendeu a 70 empresas e recebeu um SENAI, esses projetos foram apresentados
aporte total de R$ 22,075 milhões. Desse por empresas de todo porte, tendo maior
total, R$ 2,075 milhões foram investidos participação de startups de base tecnológica.
por outros parceiros.
Entre as Instituições Âncoras do Edital SENAI
Foram ainda disponibilizados até R$ 23,6 SESI de Inovação de 2016, destacam-se:
milhões para projetos, sendo R$ 20 milhões
para projetos SENAI e R$ 3,6 milhões • Fundepar (R$ 1 milhão).
para projetos SESI. Além disso, cada pro- • Techmall (R$ 75 mil).
jeto aprovado recebe contrapartidas da • Vinnova – chamada bilateral Brasil-Suécia
empresa proponente, dos DRs do SENAI ou (R$ 1 milhão).
A edição de 2016 do Edital foi a terceira 57.211.244,16, distribuídos por SENAI/
consecutiva com fluxo contínuo para sub- DN, SENAI/DRs, empresas e outras insti-
missão das propostas. Foram realizados tuições parceiras.
três ciclos de avaliação e submetidos 983
projetos. Destes, 70 foram aprovados (con- Ressalta-se ainda que 91% dos projetos
forme gráficos a seguir), levando-se em SENAI aprovados no último ano estão
consideração a qualificação de ideias e dos sendo desenvolvidos em rede nacional, e
planos de projeto e a distribuição em duas 83% deles envolvem parcerias com univer-
categorias: Inovação tecnológica e Protóti- sidades. Assim, confirma-se a importante
pos de inovação. contribuição do SENAI em âmbito nacional
para o fortalecimento do conceito da tríplice
Somando as contrapartidas, os projetos hélice – ou seja, contribuir efetivamente
aprovados em 2016 envolveram recursos nas conexões entre ICTs (Institutos SENAI),
financeiros e econômicos da ordem de R$ meio acadêmico e empresas.

GRÁFICO 3 – RESULTADOS EM 2016 – SENAI

Ideias 459
280
Submetidas 244

Ideias 183
180
Qualificadas 125

Planos de 266
Projetos 213
Avaliados 211
46
Projetos 22
25
Avaliados 23

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500


2015.3 2016.1 2016.2

Fonte: Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC/SENAI

GRÁFICO 4 – TOTAL DE PROJETOS APROVADOS POR REGIONAL SENAI EM 2016

12
10
8
6
4
2
0
Minas Gerais

Rio Grande do Sul

Pernambuco

Bahia

Paraná

Ceará

Mato Grosso do Sul

Santa Catarina

São Paulo

Goiás

Rio de Janeiro

Mato Grosso

Paraíba

Alagoas

Rio Grande do Norte


CETIQT

2015.3 2016.1 2016.2

Fonte: Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC/SENAI


Grand Prix SENAI de Inovação O GP Nacional de 2016 foi promovido
simultaneamente à Olimpíada do Conheci-
No ano passado, foram apresentadas mais de mento, em Brasília. O Grand Prix contou com
40 soluções inovadoras para grandes empre- a participação de seis equipes presenciais
sas como Bosch, O Boticário e Renault. e quatro equipes assistidas remotamente
(três equipes em Belo Horizonte e uma em
O Grand Prix SENAI de Inovação (GP) é uma Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais). Os
emocionante disputa de inovação aberta, na participantes haviam vencido a seleção de
qual empresas, empreendedores, startups e Projetos Integradores (Educação SENAI).
estudantes do SENAI e do SESI têm a opor- Cada equipe foi composta por quatro alunos
tunidade de criarem, juntos, soluções para SENAI e um professor orientador, que traba-
desafios dos setores da indústria e/ou da lharam desenvolvendo ideias, protótipos e
sociedade. O evento é realizado em edições projetos de inovação relacionados a quatro
estaduais e em âmbito nacional. desafios propostos pelas empresas parceiras.

FIGURA 4 – EMPRESAS PARCEIRAS DO GRAND PRIX SENAI DE INOVAÇÃO 2016

47
Como resultado, foram apresentadas 42 Ainda foram realizados oito GPs esta-
soluções às companhias parceiras, que duais, nos DRs do Acre, da Bahia, do Dis-
demonstraram interesse em dar continui- trito Federal, do Espírito Santo e de Mato
dade ao desenvolvimento dos projetos. Um Grosso, onde ocorreram quatro deles.
exemplo é a Renault, que já negocia com o Os eventos estaduais envolveram 977
DN para colocar em prática, em 2017, um alunos SENAI, com a apresentação de
dos projetos que envolve a empresa. 380 ideias.
LABORATÓRIOS ABERTOS DE ída em sete cidades, de todas as regiões
INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE do Brasil: Maringá (PR), Belo Horizonte
(MG), Rio de Janeiro (RJ), Dourados (MS),
Os Laboratórios Abertos do SENAI pos- Manaus (AM), Campina Grande (PB) e
suem alta taxa de retorno: cada 1 real inves- Salvador (BA). Estas unidades integram
tido pelo programa gera um retorno de R$ a rede SibratecShop, do Ministério da
5,50 em recursos externos. São ambientes Ciência, Tecnologia, Inovações e Comu-
de inovação para que pessoas com diferen- nicações (MCTIC), que conta ainda com
tes perfis e habilidades possam desenvolver o Instituto Tecnológico de Aeronáutica
suas ideias e projetos inovadores, de forma (ITA), em São José dos Campos (SP), o
colaborativa, utilizando a estrutura tecnoló- Instituto Nacional de Telecomunicações
gica do SENAI. (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí (MG),
a Universidade Federal do Rio Grande
Em seu segundo ano de atuação, a Rede do Sul (UFRGS), em Porto Alegre (RS) e o
de Laboratórios Abertos está distribu- Porto Digital, em Recife (PE).

MAPA 1 – LOCALIZAÇÃO E TEMÁTICA DOS LABORATÓRIOS ABERTOS DO SENAI

Eletroeletrônica

48 Metalmecânica
Eletroeletrônica

Metalmecânica
Eletroeletrônica
Madeira
Alimentos
Metalmecânica
Eletroeletrônica
TI
Metalmecânica Eletroeletrônica

Fonte: Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC/SENAI

A rede oferece apoio ao desenvolvi- usuários no conceito “faça você mesmo”,


mento de startups de base tecnológica e reduzindo o custo de desenvolvimento de
a micro e pequenas empresas que enxer- novas tecnologias.
gam a inovação como processo essen-
cial ao aumento de sua competitividade. Em 2016, os Laboratórios Abertos do
Também oferece suporte técnico para o SENAI atenderam 1.415 usuários, de dife-
desenvolvimento de produtos e proces- rentes perfis. Foram aplicados R$ 702.588
sos inovadores, consultoria de mercado no desenvolvimento de projetos com poten-
e para o desenvolvimento do modelo cial inovador e atraídos para as empresas
de negócio, além de máquinas e equipa- apoiadas R$ 3.875.612 em investimentos,
mentos que podem ser acessados pelos vindos de fontes distintas.
GRÁFICO 5 – PERFIL DOS USUÁRIOS GRÁFICO 7 – INVESTIMENTOS ATRAÍDOS

R$238.000,00
7 6%
38 R$287.612,00
40
7%

300

1030 R$3.350.000,00
87%

Alunos SENAI Alunos de universidade Investimento edital SENAI


Empresários Startups Pessoa física Investimento edital não SENAI
Total: 1415 Investimento capital de risco
Total: R$ 3.875.612,00

Fonte: Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC/SENAI Fonte: Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC/SENAI

GRÁFICO 6 – RECEITA DIRETA SAGA DA INOVAÇÃO

R$15.179,00 Uma ação coordenada entre as Unidades


49
2% Unitec e Uniep do SENAI no último ano
desenvolveu uma proposta de ação conjunta
que permitisse a articulação de várias iniciati-
vas da entidade que contribuem ao desenvol-
vimento de uma cultura de inovação, meto-
R$334.080,00 R$353.329,00 dologias de projetos e empreendedorismo.
48% 50%
O objetivo principal desta articulação entre
as ações de Educação e de Serviços em Tec-
nologia e Inovação (STI), em âmbitos nacio-
nal e regional, é potencializar a construção
de competências empreendedoras nos
Apoiados SEBRAE Apoiados SENAI alunos. Além disso, pretende captar deman-
Apoiados recursos próprios Apoiados investidor privado das de projetos de inovação e serviços de
Total: R$ 702.588,00 tecnologia ao longo do processo, possibili-
tando a estruturação de startups de alunos, a
Fonte: Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC/SENAI
participação ou utilização dos Laboratórios
Abertos do SENAI e, até mesmo, a participa-
ção desses projetos no Edital SENAI SESI de
Inovação (conforme a figura a seguir).
FIGURA 5 – PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL E EMPREENDEDORA

DESAFIOS IDEIAS PROTÓTIPOS PRODUTOS/NEGÓCIOS

GP SENAI de Inovação (Escolar, Regional, Nacional)


Palestras, micursos, webinars
Projetos Integradores
EAD – Autoinstrucional
INOVA Regional
EAD – Autoinstrucional
INOVA Nacional
Mentoria
Edital

Possibilidades de Labs. Abertos


acesso dos alunos Institutos
em qualquer etapa

Fonte: Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC/SENAI

Três ações destacam-se no âmbito deste pro- foram apresentados (veja mais detalhes sobre
grama: o Inova SENAI, o Grand Prix SENAI de os Projetos Integradores na seção 2.1.2.2.7
Inovação e os Projetos Integradores. Desafio SENAI de Projetos Integradores).

O Inova SENAI 2016 também foi realizado BRASIL MAIS PRODUTIVO


conjuntamente com a Olimpíada do Conhe-
50 cimento, em novembro, em Brasília. Nele são As questões sobre competitividade e produ-
apresentados a empresários, instituições, tividade constam da agenda econômica do
investidores e demais públicos projetos de Brasil de forma recorrente nos últimos anos.
produtos e/ou processos de inovação em Em 2015, um sem-número de reportagens,
gestão e tecnologia elaborados por alunos, de diversos veículos de imprensa, mostrou a
docentes, técnicos e consultores dos DRs. diferença de produtividade entre diferentes
Os projetos devem estar alinhados a inte- países e seus trabalhadores – um trabalha-
resses e necessidades da indústria brasileira dor dos Estados Unidos atingia a mesma
e são desenvolvidos desde a fase de concep- produtividade de quatro trabalhadores bra-
ção, planejamento, execução e apresentação sileiros –, conforme informações da base de
para possíveis clientes dentro do respectivo dados The Conference Board.
SENAI (veja mais detalhes sobre o Inova
SENAI na seção 2.1.2.2.6 Inova SENAI). No mesmo período, a CNI desenvolveu o
projeto Indústria+Produtiva, uma ativi-
O desenvolvimento de Projetos Integradores dade-piloto que apresentou resultados
visa à capacitação e à identificação de com- concretos no aumento da produtividade
petências e talentos nos DRs, bem como pre- e serviu como base de modelo ao SENAI
tende tornar o SENAI mais atrativo para as para estruturar uma ação em grande
empresas desenvolverem soluções de tecno- escala para a indústria nacional: o Brasil
logia e inovação, consolidar a Instituição como mais Produtivo.
indutor do processo de inovação e desenvol-
vimento tecnológico para a indústria e gerar Criado pelo Ministério do Desenvolvi-
oportunidades de negócio para os regionais. mento, Indústria e Comércio (MDIC), em
parceria com CNI/SENAI, Agência Brasi-
No último ano, os Projetos Integradores envol- leira de Promoção de Exportações e Inves-
veram 4.000 alunos, e mais de 900 projetos timentos (Apex-Brasil) e Agência Brasileira
de Desenvolvimento Industrial (ABDI), No ano passado, houve 907 atendimentos
com o apoio do BNDES e do Sebrae, o Brasil iniciados, e outros 220 foram concluídos (nos
mais Produtivo foca na busca por respostas quatro setores englobados pelo programa),
e soluções para o dilema da baixa produtivi- com média de aumento de produtividade
dade da indústria brasileira, fortalecendo o superior a 50%. Esse trabalho teve origem nos
desenvolvimento regional do país. A inicia- 3.556 cadastros realizados diretamente no site
tiva possibilita consultorias de 120 horas, do programa, iniciados em abril, com demanda
de baixo custo, que proporcionam ganhos majoritária de empresas de pequeno porte do
expressivos de produtividade, por meio de setor de vestuário, calçados e alimentos. Do
técnicas de manufatura enxuta. total de empresas que efetuaram seu cadastro,
1.127 já foram atendidas, parcial ou totalmente.
O conceito baseia-se na redução dos sete
tipos de desperdício: superprodução, Até o momento, foram alcançados os valores
tempo de espera, transporte, excesso de médios de 52,7% de aumento de produtivi-
processamento, inventário, movimento e dade; 70,0% de redução de movimentação;
defeitos. A meta prevê a participação de 3 56,5% de aumento de qualidade, oportuni-
mil indústrias de pequeno e médio portes, zando um retorno rápido do valor investido
dos setores de Alimentos e Bebidas, Metal- pelas empresas (média de quatro meses); e
mecânico, Moveleiro, Vestuário e Calçados, um aumento de lucro líquido de dez vezes o
entre 2016 e 2017. valor investido, em média.
MOBILIZAÇÃO EMPRESARIAL PELA Portanto, o cenário requer um esforço per-
INOVAÇÃO (MEI) manente e coordenado de promoção da
inovação. A Mobilização Empresarial pela
O Brasil experimentou um quadro político Inovação (MEI) trabalhou nessa direção ao
e econômico desfavorável em 2016, mar- longo de 2016, defendendo, nas diferen-
52
cado por mudança de governo, aumento tes instâncias de interlocução, uma agenda
do desemprego e encolhimento da indús- positiva para o país, com foco na ampliação
tria. Períodos de crise como este tendem a da capacidade de inovação das empresas
arrefecer as atividades inovativas, em prol como estratégia para alcançar o desenvolvi-
de ações com resultado de curto prazo. mento econômico e social do Brasil.
Por isso, é preciso maior determinação de
governos e empresas para dar seguimento à A MEI trabalhou ativamente pela aprovação
promoção e à realização de projetos inova- do novo Marco Regulatório de Ciência, Tec-
dores, em geral de maior risco e com impac- nologia e Inovação, que, apesar dos vetos
tos não imediatos. presidenciais, traz medidas para facilitar
a cooperação universidade-empresa, bem
Esse esforço torna-se ainda mais urgente como para realização de compras e enco-
diante da queda acumulada pelo Brasil no mendas governamentais de tecnologia,
Ranking Global de Competitividade (seis reconhecidamente importantes para acele-
posições no último ano); sua posição inter- rar os processos de inovação na indústria.
mediária no Global Innovation Index-GII
(perdeu 22 posições em seis anos, de 47ª Na mesma linha, a MEI sugeriu aprimo-
para 69ª) – o que o mantém atrás dos outros ramentos à Estratégia Nacional de Ciên-
Brics e de boa parte dos países da América cia, Tecnologia e Inovação (Encti) para o
Latina; e os resultados pouco animadores da período 2016-2019, propondo objetivos,
Pesquisa Nacional de Inovação (Pintec), do metas e prioridades em CT&I, para que o
IBGE, cujos dados mais recentes apontaram Brasil ganhe maior protagonismo no mapa
estabilidade da taxa de inovação entre 2012 da economia global. Elaborou, também,
e 2014, mas com discreta diminuição dos proposta de regulamentação para a Lei nº
investimentos do setor industrial em PD&I. 13.243/2016, a fim de assegurar a desbu-
rocratização de sua aplicação, assim como do MEI TOOLS, um esforço da MEI para
garantir o estímulo ao desenvolvimento de disseminar informações sobre instru-
PD&I entre ICTs e empresas. mentos de inovação vigentes das enti-
dades do Sistema Indústria (SESI, SENAI
Adicionalmente, o debate foi aprofun- e IEL) e de instituições que participam
dado em torno da Agenda, nas reuniões do da MEI (ABDI, ANPEI, APEX, BNDES,
Comitê de Líderes Empresariais – uma delas CAPES, CNPq, EMBRAPII, FINEP,
com a presença do presidente Michel Temer MCTIC, MDIC e Sebrae); lançamento,
– e nos seis Diálogos da MEI. nas reuniões do Comitê de Líderes, dos
editais Inova Mineral (BNDES) e Desafio
Alguns avanços alcançados nos temas trabalha- da Inovação (SESI-SENAI);
dos em conjunto com os líderes da MEI foram: • Inserção global via inovação: estabele-
cidas parcerias em inovação com países
• Marco regulatório da inovação: estratégicos indicados pelo empresa-
sanção do novo marco regulatório de riado, em pesquisa realizada em 2015
ciência, tecnologia e inovação (Lei nº (Estados Unidos e Alemanha); estrutu-
13.243/2016) e elaboração de proposta rado programa de Imersões em Ecossis-
de regulamentação do novo Código, de temas de Inovação (3 edições realizadas
forma clara e objetiva; defesa, junto ao - Estados Unidos, Alemanha e Brasil),
legislativo, pela derrubada dos vetos com 48 organizações atendidas, 65 par-
ao Código; elaboração de proposta de ticipantes e 22 centros de referência visi-
aprimoramento da ENCTI 2016 – 2020; tados)10; atuação no GFCC para promo-
manutenção da vigência da Lei do Bem; ção da inovação e competitividade das
assinatura do projeto-piloto de PPH com empresas brasileiras no exterior; atua-
os EUA; sanção da Lei nº 125, de 2015, ção como knowledge partner nas edições
que protege o investimento-anjo em 2017-2018 do Global Innovation Index; 53
startups; aprovação da regulamentação • Recursos humanos para inovação:
da Lei de Biodiversidade – discussão de criado Grupo de Trabalho com repre-
proposta de regulamentação e sanção sentantes das empresas, academia e
do decreto; apoio à realização do Semi- governo visando discutir e propor ações
nário Congresso do Futuro, no Senado; para a modernização dos cursos de
• Marco institucional da inovação: defi- engenharia do país, por meio de plano
nida a estruturação do Observatório de trabalho elaborado; concedidas 149
de Inovação da MEI, a partir do levan- bolsas no âmbito do Programa Inova
tamento das demandas empresariais. Talento; elaborado estudo sobre o papel
Trata-se de uma plataforma para reunir da cooperação universidade-empresa
informações sobre inovação e dissemi- nos processos de inovação;
nar análises e avaliações sobre a execu- • Startups e pequenas e médias empresas
ção de políticas públicas (Observatório inovadoras: apoio à assinatura do acordo
de Inovação); de parceria entre o SENAI e a Agência
• Financiamento à inovação: defesa do Brasileira de Desenvolvimento Industrial
não contingenciamento de recursos e (ABDI), com vistas a impulsionar a atividade
da melhoria da governança do Fundo inovadora mediante a conexão entre indús-
Nacional de Desenvolvimento Científico trias e startups de base tecnológica, micro e
e Tecnológico (FNDCT), principal instru- pequenas empresas; elaboração de estudo
mento de apoio à pesquisa, desenvolvi- sobre o ambiente regulatório e de investi-
mento e inovação no país; lançamento mento às startups e PMEs.

10. As imersões têm por objetivo levar conhecimento ao empresariado brasileiro sobre o estado da arte em relação a temas específicos (em
especial na área de manufatura avançada) e facilitar a negociação de projetos colaborativos. Dos 10 resultados já mapeados, destacam-se
parcerias em PD&I, parcerias do tipo B2B, revisão de portfólio e governança para inovação de empresa participante e revisão de currículo de
graduação e pós-graduação de universidade que integrou uma das delegações.
Para cada uma dessas agendas foi produzido para promover a aproximação entre empre-
e publicado um texto específico para subsidiar sas e centros de conhecimento. A agenda
os debates sobre inovação (exceto no caso de prioritária inclui o reforço de programas já
marco regulatório), os quais foram disponibili- existentes e bem-sucedidos e a realização
zados para o público no site da MEI. Além disso, de novas atividades para promoção de par-
outros documentos publicados com o propó- cerias em PD&I.
sito de estimular o debate, foram: Ações da
MEI para Inovação e Manufatura Avançada e FORTALECIMENTO DA INOVAÇÃO
Melhores Práticas Empresariais para Inovação. EMPRESARIAL
O engajamento dos líderes empresariais
Em 2016, pela segunda vez, a MEI teve um da MEI é importantíssimo para incentivar e
trabalho selecionado pela Federação Global tornar a inovação uma prática consolidada
dos Conselhos de Competitividade (GFCC), nas empresas, a fim de ampliar o potencial
publicado em seu relatório anual de boas competitivo do país.
práticas, cuja edição foi dedicada a cidades
inteligentes. Além disso, teve início a partici- Reuniões do comitê de líderes da MEI
pação do Brasil no board. Em 2016, foram realizadas cinco reuniões
do Comitê de Líderes Empresariais da MEI,
Além disso, o Sistema Indústria - CNI, com participação de 279 empresas, 195
SENAI, IEL - firmou acordo com a Embrapii CEOs e entidades do governo federal e de
para estabelecer um marco de cooperação instituições parceiras.

QUADRO 1 – EMPRESAS INTEGRANTES DO COMITÊ DE LÍDERES EMPRESARIAIS DA


MEI 2016
54
3M do Brasil Eli Lilly do Brasil Mexichem – Amanco
ABB Elsevier Microsoft
Airship do Brasil Embraer MSD Farmacêutica
Alcoa Enel Natura
Altave Ericsson NetGlobe
Amgen Brasil Eurofarma Petrobras
Apple Festo Peugeot Citroën
Aria do Brasil Fiat Philip Morris International
Avon Fíbria Pirelli
Basf GE Positivo Informática
Bayer Gentros PPI Multitask
BG Brasil Goodyear do Brasil Precon Engenharia
Biolab Sanus Farmacêutica GranBio Pred Engenharia
Boeing Brasil Grendene Qualcomm
Bonasa Grupo Boticário Raízen
Bosch Grupo Farma Brasil Randon
Boston Scientific do Brasil Grupo Moura Recepta Biopharma
Braskem Grupo Ultra Rolls-Royce
BRF Henkel Romi
Capgemini Brasil Honda Samsung
Caramuru Alimentos HP Enterprise Sanofi Brasil
Caterpillar HP Inc Sap Brasil
Cemig HT Micron Scoda Aeronáutica
Cenibra Huawei Senior
Cisco do Brasil IBM Shell Brasil Petróleo
Ciser Intel Siemens
Clariant Intercement Stefanini
Cia de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira Iochpe-Maxion Stihl
Companhia Siderúrgica Nacional - CSN Johnson & Johnson SunCoke Energy Brasil
Concremat Kimberly-Clark SuperGesso
Covestro Klabin Telefônica Vivo
CPFL Korin Agropecuária TenarisConfab
Cristal Pigmentos Kuka Roboter do Brasil Totvs
Cristália Libbs Unilever
Dow Corning Lord Plastic Vale
Dow Química do Brasil M&G Fibras Veolia
DSM Mahle Metal Leve Votorantim Cimentos
EMS Marcopolo Votorantim Metais
Eastman Chemical do Brasil Mars Weg
Elekeiroz Melhoramentos Papéis Zanini Renk
ZF do Brasil 55

Fonte: Diretoria de Inovação – IEL Nacional.

QUADRO 2 – ENTIDADES DO GOVERNO FEDERAL E INSTITUIÇÕES PARCEIRAS


INTEGRANTES DO COMITÊ DE LÍDERES EMPRESARIAIS DA MEI 2016

ABDI Consecti Ipea


Abinee Ipei – Instituto de Pesquisas e Estudos Industriais ITA
ABNT Elabora Labori Consultoria
Agitec Embaixada Americana Mackenzie
Anpei Embrapa MBC
Anprotec Embrapii MCTIC
Apex-Brasil Endeavor Brasil Mdic
BNDES Fapesp MEC
CAB4Hire FEI Sebrae
Câmara Brasil-França Fieq SENAI
Capes Finep Sindicato Químicos
CGEE Inmetro UnB
Claeq Inpi Unifei
CNPEM Inseed USP
CNPq Invest

Fonte: Diretoria de Inovação – IEL Nacional.


CONTRIBUIÇÕES À MELHORIA DAS boração de proposta de aprimoramento
POLÍTICAS DE ESTÍMULO À INOVAÇÃO da ENCTI 2016-2020.
A inovação é uma atitude das empresas, • Proposta de regulamentação do Código
mas envolve riscos elevados e depende de CT&I (Lei nº 13.243/16) de forma
de um ambiente institucional favorável e clara e objetiva.
atrativo. As políticas de estímulo à inova- • Sanção da Lei nº 125, de 2015, que pro-
ção têm papel crucial na tomada de deci- tege o investimento-anjo em startups.
sões empresarial. Portanto, devem ser • Aprovação da regulamentação da Lei de
continuamente aprimoradas, para que os Biodiversidade – discussão de proposta
incentivos sejam corretamente direcio- de regulamentação e sanção do decreto.
nados e maximizem o avanço tecnológico • Defesa, junto ao legislativo, pela derru-
e o desenvolvimento econômico e social bada dos vetos ao Código de CTI.
do Brasil. • Defesa, junto ao governo, do não contin-
genciamento de recursos e da melhoria
Estratégia de Políticas para Inovação da governança do FNDCT, e da ampliação
A MEI é reconhecida por desenvolver e de recursos do MCTIC.
propor políticas para inovação, de modo a • Criação de Grupo de Trabalho com
fortalecer o ambiente institucional e esti- representantes das empresas, acade-
mular as empresas brasileiras. mia e governo, visando discutir e propor
medidas para a modernização dos cursos
Em 2016, as principais iniciativas políticas de engenharia do país.
em prol da inovação foram: • Elaboração de estudo sobre o ambiente
regulatório e de investimento às startups
• Sanção da Lei nº 13.243/2016, que ins- e PMEs.
tituiu o Código de Ciência, Tecnologia e • Sistema de monitoramento das propos-
56 Inovação. tas de políticas para inovação da Agenda
• Apoio à realização do Congresso do da MEI.
Futuro no Senado Federal, nos dias 8 e 9
de dezembro. O encontro debateu temas Diálogos da MEI
que, direta ou indiretamente, impactam Os Diálogos da MEI são espaços impor-
as agendas de inovação, como sustenta- tantes de interlocução entre os diferentes
bilidade ambiental, segurança alimentar, atores que integram o ecossistema brasi-
saúde, educação, comunicação, demo- leiro de inovação. Neles é possível apre-
cracia representativa no mundo digital. sentar e discutir ações em andamento nos
• Manutenção dos benefícios da Lei do setores público e privado; fazer balanços
Bem e parecer sobre a importância do de políticas públicas; identificar gargalos e
instrumento para toda comunidade desafios; e, sobretudo, discutir propostas
empresarial. para a melhoria do ambiente de inovação
• Elaboração de mais de dez pareceres no país.
sobre novos projetos de lei ou projetos
antigos que entraram em destaque. • Foram realizados seis Diálogos da MEI
• Comparecimento a mais de cinco reu- no ano passado, onde foram discutidos
niões da Comissão de Ciência e Tecno- temas como: Estratégia Nacional de
logia do Senado, que discutiram projetos Ciência, Tecnologia e Inovação (2016-
relevantes para todo o ecossistema de 2019); contribuições da CNI/MEI à
inovação do Brasil. ENCTI (2016-2019), Inovação, manufa-
• Publicação de 10 estudos de políticas tura avançada e as perspectivas empre-
públicas para inovação, incluindo a ela- sariais; Lançamento do Barômetro da
Inovação da GE; Centros de Inovação
e Manufatura Avançada – Desafios e ARTICULAÇÃO E GESTÃO DA
Perspectivas; Construindo uma visão INOVAÇÃO
do Sistema Indústria para inovação e Embora pareça óbvio, é sempre impor-
manufatura avançada, Agenda da MEI tante relembrar que ninguém inova sozi-
de Propriedade Industrial; Avanços nho. Daí a relevância de uma boa arti-
e desafios da Propriedade Industrial culação e bons processos de gestão da
no Brasil; Relatório INPI – IV Edição; inovação. Para a MEI, a inovação envolve
Melhores práticas do escritório de PI variados agentes e precisa de sinergia,
do Chile; Pontos críticos para a regu- engajamento, cooperação e liderança para
lamentação da Lei 13.243/16 – Novo seu desenvolvimento. No governo ou nas
Código de CT&I; Regulamentação da empresas, isso é fundamental para que a
Lei 13.243/16 – novo Código de CT&I, inovação ocorra de forma efetiva e tenha
Cenário atual e perspectivas de PI no seus impactos maximizados.
Brasil; Metodologia de construção cog-
nitiva do planejamento estratégico de Por parte das empresas, a gestão da inova-
PI, Melhores práticas empresariais para ção é crucial para que o fluxo das ideias e
inovar; Casos de práticas empresariais a execução dos projetos de P&D sejam efi-
para inovar, Plano de trabalho do GT cientes e minimizem os riscos associados. Já
de Fortalecimento das Engenharias; do lado do governo, a articulação e a coor-
O papel da cooperação universidade- denação são vitais para que a formulação,
-empresa; Casos de sucesso na relação a implementação, o acompanhamento e a
universidade-empresa. avaliação das políticas de estímulo à inova-
ção sejam efetivos.
Ações do sistema de núcleos estaduais de sultoria para avaliação do ambiente e
inovação (SNEI) 2016 instrumentos de inovação locais, iden-
A formação do Sistema de Núcleos Estaduais tificação de lacunas, grandes desafios e
de Inovação (Snei) é resultado da demanda principais rotas a seguir.
das lideranças da MEI para capilarizar e for-
talecer suas atividades e promover melho- Parceria com o CNPq
rias em esfera local. Em 2015, o Snei passou Em 2016, foram concedidas dez novas bolsas
a agregar 26 Núcleos Estaduais de Inovação de desenvolvimento tecnológico e de inova-
(NEIs), constituídos sob a estrutura do Sis- ção (totalizando 34), com recursos do CNPq,
tema Indústria. em 21 estados. Os bolsistas apoiaram os
NEIs na execução de seus planos de ação.
Cada NEI reúne um grupo de organiza-
ções – empresas, entidades representa- De 2012 a 2016, foram investidos R$
tivas, órgãos do governo, universidades e 4.393.900 em bolsas dessa modalidade,
outras instituições sem fins lucrativos – que para 85 pessoas. O projeto Rede de
empreendem esforços para estimular a ino- Núcleos de Inovação, por meio do qual as
vação e contribuem, direta e indiretamente, bolsas foram concedidas, foi finalizado em
para alcançar os objetivos da MEI. dezembro passado, e não há expectativa
de renovação por parte do CNPq. Apesar
A fim de captar recursos para o bom fun- disso, foi um importante instrumento
cionamento desses núcleos, a CNI firmou para alavancar a operação dos núcleos e
acordo com o CNPq, garantindo a alocação formar pessoas.
de até dois bolsistas por estado para a orga-
nização do processo de diálogo local e apoio Parceria com o Sebrae
técnico às atividades do Comitê de Líderes Além do lançamento de uma chamada nacio-
58 Empresariais estadual. Nessa mesma linha, nal de projetos, houve vários avanços nas
a CNI busca parcerias com outras institui- atividades relacionadas à governança local
ções, com destaque para o Sebrae, para o para inovação.
lançamento de editais que viabilizem aten-
dimento subsidiado a empresas locais. À luz das boas práticas da MEI e do Plane-
jamento Estratégico realizado para todo o
O Snei opera em duas grandes linhas: Sistema, comitês de líderes empresariais de
Pernambuco, Distrito Federal, Ceará, Rio
• Transversal: realização de encontros de Janeiro e São Paulo passaram a receber
nacionais com gestores, disseminação apoio direto da CNI para revisão de seus
de editais de fomento, compartilha- planos de ação, aproveitando melhor os
mento de publicações da MEI, calendá- esforços já empreendidos em nível nacional
rio de eventos, premiações e notícias e com o engajamento de empresários locais
relacionadas ao ambiente de inovação na interlocução com instituições relevantes
no país; comunicação com os NEIs por para qualificação do ambiente de inovação
meio de plataforma web (extranet) e alo- em cada estado.
cação de Recursos Humanos via acordo
com o CNPq. Para munir os Comitês de Líderes locais com
• Vertical: atuação intensificada em seis informações que respaldem suas decisões
núcleos-piloto (CE, PE, DF, SP, RJ e PR), sobre prioridades foram realizados três
com alocação de equipe de especialistas estudos, para os NEIs de CE, PE e SP. Os
da CNI em tempo parcial em atividades produtos finais reúnem amplo conjunto de
de planejamento, compartilhamento e informações sobre indicadores agregados
adaptação de boas práticas da MEI à (esforço e resultado); atores do ecossistema
realidade estadual; e realização de con- estadual de inovação; perfil da indústria de
transformação em cada estado; políticas biliza arranjos público-privados em ciência,
locais de incentivo à inovação vigentes; e, por tecnologia e inovação, incentivando a cola-
fim, recomendações de ações prioritárias. boração entre empresas brasileiras e centros
de PD&I que atuam na fronteira do conhe-
Os núcleos do RJ e PR, por apresentarem cimento e no desenvolvimento de talentos
maior nível de maturidade e já administra- para inovação.
rem amplo portfólio de inovação, não neces-
sitaram de estudos dessa natureza. Já a con- Com duração de cinco a sete dias e orga-
sultoria para o núcleo do DF, que opera em nizados em torno de um tema relevante
realidade bastante distinta dos demais, será para a competitividade da indústria, os
realizada em 2017. fóruns dividem-se em duas etapas: alinha-
mento conceitual e visitas técnicas. Na pri-
Vale ressaltar que empresários desses meira, são realizadas palestras, debates e
núcleos-piloto têm participado das reuniões estudos de caso sobre o tema-norteador,
da MEI e contribuído para o fortalecimento conduzidos por profissionais globalmente
do elo entre instâncias nacionais e locais. reconhecidos: lideranças de grandes uni-
versidades, empresários, empresas de
PROPOSIÇÃO DE PARCERIAS consultoria de atuação global, centros de
PARA IMPULSIONAR A INOVAÇÃO PD&I de referência, think-tanks e oficiais
EMPRESARIAL de governo. Na segunda fase, são realiza-
Buscando aprimorar seus canais de articula- das visitas técnicas a centros de PD&I de
ção e catalisar as iniciativas públicas e priva- classe mundial, iniciadas com reuniões com
das, a MEI formalizou diversas parcerias para escritórios de cooperação com a indústria.
impulsionar a inovação empresarial no país. As empresas são informadas sobre como
colaborar com as instituições visitadas,
Memorando de entendimento entre CNI, conhecem infraestruturas e equipes dis- 59
SENAI, IEL e Embrapii poníveis para cooperação e visitam sites
O Memorando pretende estabelecer um de projetos em realização ou já concluídos
marco de cooperação para colocar em prá- que ilustrem de modo concreto o benefício
tica trabalhos conjuntos que contribuam desse tipo de cooperação.
com objetivos estratégicos da MEI e da
Embrapii. Entre as medidas prioritárias O programa é inédito, tanto em formato
estão ações de integração na agenda de ino- quanto em conteúdo. Para o Sistema
vação e realização de estudos, programas e Indústria, não apenas é uma ferramenta
imersões em PD&I. de alavancagem das empresas brasilei-
ras rumo à inserção em redes globais de
Parceria entre IEL/NC e a Câmara de inovação (razão de sua concepção), mas
Comércio Brasil Alemanha – AHK também um programa autossustentável
Visa a estabelecer marco de cooperação para em termos financeiros. Para o empre-
unir esforços, competências e conhecimentos sariado – em especial, para o público da
técnicos para execução do Programa de Imer- MEI –, avança no atendimento direto às
sões em Ecossistemas de Inovação, ofertado empresas, além da tradicional e funda-
a empresas privadas, instituições de ciência e mental atuação no aperfeiçoamento de
tecnologia e órgãos de governo interessados. políticas públicas.

PROGRAMA DE IMERSÕES EM Por ser totalmente orientado para interes-


ECOSSISTEMAS DE INOVAÇÃO ses/demandas dos grupos de cada edição
O Programa de Imersões em Ecossistemas (e não um produto de educação executiva
de Inovação foi uma das prioridades defini- clássico, replicável para vários grupos), o
das pela MEI em 2016. A iniciativa integra a Programa de Imersões tem atraído diversos
agenda de Inserção global via inovação e via- atores, inclusive não empresários, dadas
suas vantagens de cumprir uma agenda de ponta, a fim de realizar pesquisa colabora-
densa, de curta duração, a preço acessível, e tiva com a indústria.
que garante grande aprendizado em pouco 6. O fechamento de parceria entre uma
tempo, bem como acesso e interlocução empresa participante e a Embrapii.
com grande diversidade de players globais 7. O fechamento de projeto de pesquisa
na área de inovação. entre uma empresa participante e um
centro de PD&I visitado.
Em 2016, foram realizadas três edições – nos 8. O fechamento de projeto de pesquisa
Estados Unidos, na Alemanha e no Brasil –, colaborativa entre um ente do 3º setor
e duas delas tiveram como tema norteador participante e um centro de PD&I visitado.
a inovação e a manufatura avançada. Esse 9. A negociação de transferência de tecno-
assunto adquiriu grande relevância para logia de um ente do 3º setor participante
a agenda da MEI em função dos grandes para um centro de PD&I empresarial
impactos que a digitalização dos processos visitado.
produtivos pelo uso de sistemas cyber-físi- 10. A estruturação de um programa de edu-
cos e a mudança de paradigma da produção cação executiva, a ser realizado em par-
(que passará a ser orientada para a crescente ceria por dois centros de PD&I visitados.
capacidade de customização) podem gerar
na economia brasileira. Infelizmente, nem todos os desdobramen-
tos são facilmente identificáveis, já que a
Toda a experiência vivenciada e informações rede de relacionamentos formada está cada
coletadas nos EUA e na Alemanha contri- vez mais ampla. Somente em 2016, movi-
buirão não apenas para a produção de um mentamos cerca de 70 atores com poder de
documento de posicionamento da MEI (que decisão em atividades orientadas a resulta-
já conta com versão preliminar publicada), dos. Apenas o fortalecimento de elos entre
60 mas também para a formulação do Pro- diversos players em diferentes ecossistemas
grama Nacional para Manufatura Avançada. de inovação também deve ser considerado
Mais relevantes, ainda, são os outcomes como um resultado por si só.
mapeados após as imersões.
Um desdobramento importante do Pro-
Por questões de confidencialidade ou em grama de Imersões é a estruturação de uma
razão de tratativas ainda em curso, não é segunda solução a ser ofertada ao público da
possível descrever cada parceria firmada. MEI: o Programa de Aceleração em Inovação
Contudo alguns destaques são enumerados: e Manufatura Avançada. Fruto de uma par-
ceria entre a MEI, a Ohio State University e
1. A revisão da estrutura de governança o SENAI/Cimatec (ambos anfitriões e parti-
para inovação de uma empresa partici- cipantes de duas imersões), o programa visa
pante, em função da experiência vivida apoiar as empresas no desenho de planos de
na imersão. ação para a implantação de tecnologias rela-
2. A promoção de parceria do tipo B2B entre cionadas à manufatura avançada, conforme
duas empresas participantes da imersão. suas necessidades, nível de maturidade,
3. A empresa parceira da MEI. capacidade de investimento e gestão. Pas-
4. A revisão de currículos de graduação samos, portanto, de uma etapa exploratória
e pós-graduação de universidade par- – em que a pergunta central é “o que está
ticipante da imersão, incorporando a acontecendo no mundo?” – a uma etapa mais
dimensão da inovação, inclusive em ati- objetiva – na qual a pergunta central é “como
vidades práticas obrigatórias. podemos aplicar esse conhecimento e utilizar
5. O planejamento de universidade partici- essas tecnologias nas empresas brasileiras e
pante para investimentos em equipamentos qual é o passo a passo para isso?”.
FIGURA 6 – PROGRAMA DE IMERSÕES EM ECOSSISTEMAS DE INOVAÇÃO

O PROGRAMA EM NÚMEROS:

100% 68 23
SUSTENTABILIDADE PARTICIPANTES, CENTROS DE PD&I
FINANCEIRA DE 41 ORGANIZAÇÕES VISITADOS ATÉ OUT./2016

3 3 10
IMERSÕES CONCLUÍDAS IMERSÕES PREVISTAS EM 2017 OUTCOMES MAPEADOS
[EUA, Brasil, Alemanha] [Japão+Coreia | EUA | Brasil] [Parcerias Institucionais e em PD&I,
revisão de portfólio etc.]

Fonte: Diretoria de Inovação – IEL Nacional

ANFITRIÕES E PARTICIPANTES:

ESTADOS UNIDOS

PALESTRANTES E ANFITRIÕES

61

PARTICIPANTES
BRASIL – EMBRAPII

ANFITRIÕES

PARTICIPANTES

62
ALEMANHA

ANFITRIÕES

PARTICIPANTES
DEPOIMENTOS:

ANFITRIÕES E PARTICIPANTES:

“ OS CURSOS QUE COMEÇARÃO EM


2017 TERÃO COMPONENTES DE
INOVAÇÃO EM FUNÇÃO DE TUDO O

QUE VIMOS.
Marcelo Pavanello
Vice-reitor
FEI

“ ALÉM DOS CONTATOS QUE FIZEMOS,


TUDO O QUE VIMOS SUBSDIARÁ
A POLÍTICA DE MANUFATURA

AVANÇADA PARA O BRASIL. 63

Igor Nazareh
Diretor de Fomento à Inovação MDIC
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Serviços

“ EM TERMOS PRÁTICOS,
ACELERAMOS INICIATIVAS QUE ATÉ
ENTÃO, NÃO ERAM PRIORITÁRIAS.

Edson Matsuo
Diretor de Design
Grendene
FOTOS:

64

MEI Tools financiamento, recursos humanos e inser-


Em 2016, a MEI lançou o MEI Tools, um con- ção global das empresas. Segundo, como um
junto de ferramentas para fortalecer a capa- canal para disseminar informações sobre ini-
cidade inovativa das empresas. ciativas de apoio da MEI e de seus parceiros.

O projeto nasceu com duas propostas prin- Na prática, a MEI lançou mão de instrumen-
cipais. Primeiro, como um esforço da MEI tos próprios, geridos pelo Sistema Indústria, e
de oferecer novos modelos e soluções para uniu-se a parceiros para otimizar ferramentas
superar desafios que marcam o ambiente já existentes e construir novos arranjos. Par-
de inovação, em especial os relacionados a cerias com instituições, como BNDES, Finep,
Embrapii, FAPs, Apex-Brasil, Capes e CNPq – de Inovação e Parcerias Empresariais em
sem prejuízo de outras alianças com mais Inovação Internacionais); à consolidação
atores do governo, da academia e do mercado de estruturas de governança locais para
financeiro, dentro e fora do Brasil – foram e melhorar o ambiente de inovação nos
serão fortalecidas a partir de planos de traba- estados (Sistema de Núcleos Estaduais de
lho orientados às necessidades de mercado e Inovação); à criação de competências em
alinhados às prioridades da Mobilização. gestão da inovação (Chamada Nacional
de Projetos CNI-Sebrae e Consultoria em
Estatísticas mostram uma performance Gestão da Inovação); ao financiamento de
modesta do país em dispêndios em PD&I, projetos de inovação empresariais (Edital
taxa de inovação e participação nos segmen- SENAI-SESI de Inovação), assim como às
tos de alta tecnologia. Consequentemente, modalidades de apoio oferecidas por insti-
isso coloca o país em desvantagem no mer- tuições parceiras.
cado global, refletida em diferentes rankings
internacionais. PARTICIPAÇÃO NA GFCC
Uma das propostas centrais da Federação
É nítido, portanto, o descompasso entre o Global de Conselhos de Competitividade
esforço de mobilização, os investimentos (GFCC, na sigla em inglês) é possibilitar
realizados e os resultados obtidos. Tal fato a troca de experiências e conhecimentos
sugeriu a necessidade de avanço não apenas entre seus integrantes, permitindo o apren-
na agenda de políticas públicas, imprescindí- dizado cruzado sobre iniciativas de promo-
vel à organização, à modernização e à sus- ção da competitividade.
tentação do ambiente de inovação e negó-
cios, mas também na instrumentalização O Brasil, representado por seus líderes
dessas políticas, com a criação de progra- empresariais, tem recebido importante
mas que gerem valor imediato às empresas reconhecimento dessa organização. Em 65
industriais, locus fundamental da atividade 2015, a experiência da MEI foi incluída na
inovativa. publicação anual da GFCC como uma das
seis melhores práticas em estratégias de
Dada a conjuntura de escassez de recursos competitividade e inovação no mundo, ao
para o estímulo à inovação e a urgência da lado de outras cinco iniciativas, conduzidas
adoção de medidas que contribuam para nos Estados Unidos, nos Emirados Árabes,
recuperar a competitividade, a MEI lançou na Rússia, na Irlanda e na Coreia do Sul,
esta nova frente de atuação, que deve criar relacionadas à infraestrutura, aos transpor-
oportunidades para o empresariado brasi- tes e às tecnologias associadas. Em 2016,
leiro se capacitar e se atualizar, cooperar novamente, a MEI teve um trabalho incluído
com centros de pesquisa de referência no na mesma publicação, sobre o tema Cidades
país e no exterior e, assim, ampliar as com- inteligentes (artigo elaborado juntamente
petências em desenvolvimento e absorção com a equipe da Diretoria de Relações Ins-
de tecnologias que resultem em ganhos de titucionais da CNI).
performance no mercado.
Entretanto a mais significativa sinalização
Em uma publicação periódica, foram apre- foi o convite para que o Sistema Indústria
sentadas as iniciativas da MEI de apoio à integrasse o Conselho Diretivo da GFCC
formação e à atração de recursos humanos como membro representante do Brasil – o
qualificados para a indústria (Inova Global que ocorreu em novembro de 2016, durante
e Inova Talentos); à inovação no campo da o encontro anual, realizado em Londres. Na
manufatura avançada e inserção da base mesma ocasião, o artigo sobre cidades inteli-
produtiva em redes globais de inovação gentes foi apresentado a um público de mais
(Programa de Imersões em Ecossistemas de 300 pessoas, de 35 diferentes países.
GLOBAL INNOVATION INDEX (GII) – inovação; (b) adotar boas práticas de inova-
PARCERIA CNI, SESI, SENAI E Sebrae ção de países emergentes; e (c) melhorar os
O Global Innovation Index (GII), relatório anual resultados da inovação no Brasil, pelo forta-
copublicado desde 2007 pela Universidade de lecimento de políticas públicas e pela coope-
Cornell, pelo Insead e pela World Intellectual ração entre empresas e academia.
Property Organization (Wipo), uma agência das
Nações Unidas, é a principal referência para A Agenda da MEI/2016 contou com pro-
medir o desempenho da inovação de um país. postas que cobrem 11 das 21 variáveis que
Mais de 140 economias em todo o mundo são compõem os sete pilares do GII.
analisadas sob uma diversidade de indicadores.
Além das medidas tradicionais de inovação, AMBIENTES E COMPETÊNCIAS PARA
como o nível de pesquisa e desenvolvimento, o INOVAR
GII explora uma ampla visão de inovação, com Inovar exige ambiente propício e competên-
indicadores sobre ambiente político, educação, cias para desenvolver novas ideias e con-
infraestrutura e sofisticação de negócios. ceitos, que darão origem a novos produtos,
processos e tecnologias. Um dos objetivos da
A CNI, o SESI, o SENAI e o Sebrae, por meio MEI é aproveitar ao máximo o conhecimento
do Convênio nº 46/2014, participarão das de seus líderes empresariais para que suas
edições 2017 e 2018 do GII, como parceiros contribuições sejam cada vez mais efetivas e
do conhecimento. mais aderentes à realidade empresarial. Além
disso, a mobilização busca mapear processos
Desempenho do Brasil no Global Innovation e competências promotores da inovação e
Index (GII) difundi-los entre empresas e instituições, para
Um estudo inédito, coordenado pela MEI, que sejam estimuladas e para que a inovação
apresentou o desempenho do Brasil no seja desenvolvida ante as melhores práticas.
66 Global Innovation Index (GII) entre os anos
de 2011 e 2016. O estudo examinou 79 Inova Talentos
critérios de performance, incluindo total de O programa Inova Talentos tem como meta
recursos, resultados e eficiência dos investi- ampliar o quadro de profissionais qualifi-
mentos feitos em inovação no Brasil. cados em atividades de inovação no setor
empresarial brasileiro. Fruto de parceria
As principais recomendações do estudo estratégica, conta com bolsas de fomento
são: (a) aprender com os países líderes em tecnológico e extensão inovadora, custeadas
pelas empresas e ofertadas pelo CNPq, e A quem o programa se destina:
com assessoria do IEL para atrair, selecionar
e capacitar estudantes em penúltimo ano de • Empresas e institutos de PD&I privados.
curso e profissionais egressos da academia • Estudantes a partir do penúltimo ano
para o mercado de trabalho. de graduação, graduados e mestres em
até cinco anos.
O Inova Talentos parte da apresentação de
um desafio de inovação pela empresa ou Com o intuito de atender à demanda das
instituto de PD&I privado, com posterior empresas, mapeada na primeira fase do pro-
recrutamento e seleção de pessoal quali- grama, o IEL/NC e o CNPq assinaram novo
ficado capaz de atender a esse desafio. Os acordo de cooperação, a fim de ampliar as
selecionados têm a oportunidade de viven- oportunidades para estudantes e egressos da
ciar o desenvolvimento de projetos de ino- academia vivenciarem a execução de projetos
vação no ambiente empresarial; recebem, de PD&I no ambiente empresarial e de propor-
por 12 meses, treinamentos para ampliar cionar às empresas recursos humanos qualifi-
seus conhecimentos relacionados à dinâ- cados para fortalecer suas estratégias de ino-
mica empresarial; e são acompanhados por vação, produtividade e competitividade. No
psicólogos do IEL, para aprimoramento das novo formato, empresas e institutos custeiam
dimensões comportamentais. a bolsa dos talentos participantes. Em 2016,
foram custeadas 125 bolsas, com repasse ao
Há ainda tutores, executivos indicados pelas CNPq de mais de R$ 4 milhões, superando a
empresas, para orientarem a execução dos meta pactuada com o próprio CNPq, de 60%.
trabalhos e compartilharem seus conheci-
mentos relacionados à cultura da organi- A procura empresarial por recursos huma-
zação e ao segmento de atuação. O tutor nos do Inova Talentos superou as expecta-
recebe treinamento de coaching, criativi- tivas no ano de 2016. Mais de 390 bolsas 67
dade e inovação. foram solicitadas pelas empresas, com um
total de 149 bolsas concedidas.
Os objetivos do Inova Talentos são:
Edital Facepe
• Desenvolver projetos de inovação nas A Fundação de Amparo à Ciência e Tecno-
empresas e nos institutos privados de PD&I. logia do Estado de Pernambuco (Facepe),
• Qualificar profissionais para execução vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnolo-
de projetos de inovação no ambiente gia e Inovação local (Secti), lançou em 2016
empresarial. o edital Pesquisador na Empresa de Per-
nambuco (Pepe) – Inova Talentos. O edital é
São diferenciais do projeto: fruto do esforço do IEL/PE para prospecção
de recursos da Facepe e da parceria com o
• A qualificação dos profissionais bolsistas IEL Nacional.
é realizada durante a execução dos pro-
jetos de inovação, realizados por empre- No âmbito do convênio, a Facepe irá copar-
sas ou institutos privados de PD&I. ticipar com as empresas no patrocínio de
• Há acompanhamento e capacitação dos bolsas para jovens pesquisadores da inova-
tutores das empresas e dos profissionais ção. Ação semelhante está em andamento
selecionados em competências compor- com o IEL/PI, cuja proposta de projeto foi
tamentais, gerenciais e técnicas. entregue à Fundação de Amparo à Pesquisa
• Ao final do programa, os melhores profis- do Estado do Piauí (Fapepi). A próxima pro-
sionais são premiados com uma missão posta de projeto a ser elaborada será em
em centro internacional de inovação. parceria com o IEL/ES.
Encontro de coordenadores Na categoria Equipe Destaque, foi ava-
Em maio de 2016, foi realizado o 3º Encon- liado o desempenho do grupo, formado
tro de Coordenadores Regionais do Inova por bolsista, tutor da empresa e profissio-
Talentos. Com a participação de represen- nal do IEL responsável pelo acompanha-
tantes de 24 estados (Acre, Alagoas, Ama- mento do pesquisador. Analisaram-se os
zonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, resultados do projeto para a organização,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Mara- a qualidade do plano de trabalho, a capaci-
nhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, dade de relacionamento e a realização das
Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio capacitações oferecidas pelo IEL ao longo
Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Ron- do programa.
dônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo
e Sergipe) e do Distrito Federal, os Núcleos Vencedores da categoria Equipe Destaque
Regionais do IEL compartilharam as práticas
adotadas para comercialização do produto, 1º Lugar – Vivian Machado, Jazon Barros e
conheceram em detalhes os macroproces- Lucimara do Nascimento (Bosch – PR)
sos adotados para esse novo formato e par-
tilharam informações sobre a etapa regional 2º Lugar – Fernando Dellacqua Cristo, Bruna
da premiação. Godoi e Rodrigo Suzuki (Votorantin – SP)

Menção honrosa de agradecimento 3º Lugar – Alana Kelly Silva, Patric Andrade


Também, em maio de 2016, o CNPq reco- Piton e Martha Muricy (Maquin – BA)
nheceu a atuação do programa Inova Talen-
tos na área de inovação empresarial, conce- Na categoria Artigo Destaque, buscou-se
dendo ao Instituto Euvaldo Lodi a menção avaliar, no trabalho elaborado pelo bolsista,
especial de agradecimento – edição 2016. O o conteúdo voltado para a inovação, a origi-
68 IEL foi a única instituição brasileira a rece- nalidade e a relevância do tema, a qualidade
ber tal reconhecimento, que é a maior pre- e a eficácia da metodologia utilizada, além da
miação na área de ciências no Brasil. conexão entre o assunto proposto e o plano
de trabalho executado.
O programa permite que bolsistas que estão
terminando a graduação e recém-formados Vencedores da categoria Artigo Destaque
entrem no mercado de trabalho de uma
forma direta. Eles aprendem no chão de 1º Lugar – Felipe de Souza Mazuco
fábrica ou no escritório como é inovar, com (Mahle – SP)
o apoio do IEL e do CNPq. A parceria tem
sido tão efetiva que o IEL se tornou um par- 2º Lugar – Leila Ipar Gobus (Gerdau – RS)
ceiro absolutamente essencial para o CNPq,
3º Lugar – Dayane Stefany Ferreira
afirmou o então presidente do Conselho (Premier – MG)
Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico, Hernan Chaimovich. Os artigos mais bem pontuados foram reu-
nidos na publicação Inova Talentos, relatos de
Reconhecimento e Premiação Inova uma geração de inovadores.
Talentos – 2016
No dia 27 de outubro de 2016, em soleni- A banca responsável pela avaliação e sele-
dade realizada em Salvador (BA), foram ção dos candidatos contou com a partici-
apresentados os ganhadores do Prêmio pação de renomados especialistas, repre-
Inova Talentos. sentando o CNPq, o BNDES, a Associação
Nacional de Entidades Promotoras de participar do prêmio empresas de todos os
Empreendimentos Inovadores (Anprotec) portes, além das participantes do projeto
e o SENAI-DN. Agentes Locais de Inovação (ALI) do Sebrae.

Na edição 2016, a etapa nacional do prêmio A edição 2016/2017, realizada por CNI,
avaliou 35 equipes. A equipe vencedora parti- SESI, SENAI e Sebrae, conta com o apoio
cipará de uma missão internacional. Na cate- de IEL, MCTIC, Mdic, MBC, ABDI, Anpei,
goria Artigo Destaque, 19 candidatos par- Anprotec, Capes, CNPq e Embrapii.
ticiparam da avaliação. O vencedor também
participará de uma missão internacional. Em 2016, foi elaborada uma nova metodo-
logia de avaliação, com base em padrões
Foram realizadas etapas estaduais em 12 internacionais. A nova metodologia possui
estados (Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, quatro modalidades e duas categorias:
Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Paraná,
Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Cata- • Modalidade 1: Empresas do projeto Agen-
rina) e no Distrito Federal. tes Locais de Inovação (ALI) do Sebrae.
• Modalidade 2: Micro ou pequena
PRÊMIO NACIONAL DE INOVAÇÃO empresa do setor industrial.
O Prêmio Nacional de Inovação foi criado • Modalidade 3: Média empresa do setor
para incentivar e reconhecer os esforços bem- industrial.
-sucedidos de inovação e gestão da inovação • Modalidade 4: Grande empresa do
nas organizações que atuam no Brasil. Podem setor industrial.
• Categoria Gestão da Inovação: con- paração para a 7ª edição, a ser realizada em
templa organizações que, implemen- 27 e 28 de junho de 2017, no Transamérica
tando processos, métodos, técnicas Expo Center, em São Paulo.
e ferramentas de gestão da inovação,
produzem um ambiente profícuo à gera- “Inovar é criar valor” e “Inovações disruptivas”
ção de inovações. A avaliação identifica serão os temas desta edição. Alinhados ao
o nível da capacidade de inovação, em cenário econômico mundial, refletem a busca
função da aderência aos fundamentos por oportunidades que estimulem o real desen-
estabelecidos e dos efetivos resultados volvimento do país, destacando a inovação
para a organização. como estratégia para posicionar o Brasil entre
• Categoria Inovação: considera as as economias mais competitivas do mundo.
inovações que contribuíram para o
aumento dos níveis de competitividade CASOS DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL –
da empresa. A avaliação pontua os efei- PARCERIA CNI E Sebrae
tos produzidos sobre os resultados da A terceira edição da publicação 22 casos de
inovação na organização, tomando por inovação, cujo objetivo é difundir esforços
base as definições apresentadas pela 3ª bem-sucedidos no Brasil sobre o tema, foi
edição do Manual de Oslo. Esta categoria iniciada em 2016. A publicação será lançada
subdivide-se em: no 7º Congresso Brasileiro de Inovação da
-- Inovação de produtos: bem ou Indústria.
serviço novo ou significativamente
melhorado quanto às suas caracte- Foram inscritos mais de 200 projetos, dos
rísticas ou usos previstos. quais foram selecionados os 22 casos.
-- Inovação em processos: processo
de produção ou entrega que seja Ainda no último ano, foi realizado o I Seminário
70 novo ou significativamente melho- dos 22 Casos, com a apresentação de 11 pro-
rado; jetos de inovação das empresas selecionadas.
-- Inovação em marketing: novo
método de marketing envolvendo GESTÃO DA INOVAÇÃO
mudanças significativas na concep- O IEL disponibilizou, em 2016, para todo
ção do produto ou em sua embala- o Sistema IEL, um guia on-line com o Pro-
gem, no posicionamento (placement), cesso de Referência Nacional em Gestão da
na promoção ou nos preços; Inovação (GI). O trabalho pretende ampliar
-- Inovação organizacional: novo o atendimento do IEL em GI e promover a
método organizacional nas práticas disseminação da inovação como fator de
de negócios da empresa, na organi- alavancagem da produtividade e da compe-
zação do trabalho ou em suas rela- titividade da indústria.
ções externas.
Para apoiar os Regionais do IEL no atendi-
As inscrições foram abertas no dia 19 de mento às empresas para o planejamento
setembro de 2016 e encerraram-se no dia estratégico e a execução de ações inovativas
18 de janeiro de 2017, com 3.987 empresas (mapeamento, consultorias, capacitações
inscritas, de todos os estados. Um aumento etc.), o guia foi desenvolvido a partir das
de 79% em relação à edição anterior. melhores práticas em GI dos Núcleos da BA,
CE, MG, PR, RS e SC.
CONGRESSO BRASILEIRO DE
INOVAÇÃO DA INDÚSTRIA O guia contempla nove etapas, seis solu-
O Congresso Brasileiro de Inovação da ções, 17 práticas e cinco capacitações em
Indústria é realizado pela CNI, em parceria GI, de forma padronizada e sistematizada,
com o Sebrae. Em 2016, teve início a pre- em ambiente responsivo e multiplataforma.
FIGURA 7 – GUIA ON-LINE DE PRÁTICAS NACIONAIS EM GESTÃO DA INOVAÇÃO

FIGURA 8 – GUIA ON-LINE DE PRÁTICAS NACIONAIS EM GESTÃO DA INOVAÇÃO


71

Fonte: Diretoria de Inovação - IEL Nacional

Uma das soluções, o mapeamento da Além do guia, foi desenvolvido um aplicativo


gestão da inovação, que contempla o para realização de mapeamento resumido
diagnóstico da maturidade em gestão da da maturidade em gestão da inovação, um
inovação, foi atualizada, de forma a se instrumento que sintetiza uma metodologia
integrar à metodologia do Prêmio Nacio- completa, de modo a sensibilizar as empre-
nal de Inovação. sas e posicionar a marca IEL, sobretudo nos
ambientes sociais virtuais.
FIGURA 9 – APLICATIVO PARA MAPEAMENTO DA MATURIDADE
EM GESTÃO DA INOVAÇÃO

72
FIGURA 10 – APLICATIVO PARA MAPEAMENTO DA MATURIDADE
EM GESTÃO DA INOVAÇÃO

73
FIGURA 11 – APLICATIVO PARA MAPEAMENTO DA MATURIDADE
EM GESTÃO DA INOVAÇÃO

74

Fonte: Diretoria de Inovação – IEL Nacional


Foram realizadas duas capacitações, para Para orientar a elaboração do projeto e a
gestores e consultores. A capacitação dos sua gestão, 68 profissionais de 25 estados
gestores do Sistema IEL, em 4 e 5 de abril, e 24 unidades estaduais do Sebrae partici-
em Brasília (DF), reuniu 46 participantes de param de capacitação realizada em Brasí-
26 estados e teve por objetivos internalizar lia, nos dias 21 e 22 de março de 2016. O
a lógica de concepção do processo, utilizar encontro abordou as regras da parceria, as
o repositório e o aplicativo e assimilar as orientações para a realização das ações e a
formas de comercialização. prestação de contas e o uso dos sistemas de
gestão do Sebrae. Ainda foi ministrada uma
Já a capacitação dos consultores do Sistema palestra sobre gestão da inovação.
IEL focou na utilização do Processo de Refe-
rência a partir dos conhecimentos tácitos Por fim, 25 projetos de 24 Federações das
dos Núcleos Regionais por meio de vivência Indústrias (AC, AL, AM, BA, CE, DF, GO, MA,
das práticas. Esta ação foi realizada entre 8 MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ – 2 proje-
e 10 de junho, em Fortaleza (CE), com 37 tos, RN, RO, RR, RS, SC, SE e TO), em parceria
participantes de 17 NR. com as unidades estaduais do Sebrae, foram
aprovados, atendendo 595 empresas, com
Foi realizada, também, capacitação para 11 investimento de R$13.381.525,18.
profissionais da equipe do IEL/RN, em outu-
bro de 2016. Os setores contemplados foram: agrícola;
alimentos; automação; bebidas; biotecno-
CHAMADA NACIONAL DE PROJETOS – logia; calçados; celulose e papel; cerâmica;
CONVÊNIO CNI, SESI, SENAI E SEBRAE cimento; confecção; construção civil; cosmé-
Em março, foi lançada a primeira Chamada ticos; eletroeletrônico; tecnologia da infor-
Nacional de Projetos, no valor total de R$ mação e comunicação; energia; extrativa
20.585.280, com o objetivo de viabilizar mineral; fármaco; gráficas; madeira e móveis; 75
consultorias individuais em gestão da inova- materiais de limpeza; metalmecânica; mine-
ção para 800 MPEs de todo o país. ral; naval; petróleo e gás; plástico; químico;
reciclagem e energias renováveis; e têxtil.
2.3 QUALIDADE DE VIDA formas tecnológicas e informação qualifi-
cada. Esse posicionamento foca em maior
A gestão da saúde e da segurança no trabalho representatividade, assertividade e pro-
está cada vez mais inerente à estratégia dos ximidade com a indústria e o trabalhador,
negócios e às prioridades das empresas. Pes- na expressiva capacidade de ampliação da
quisa realizada pelo SESI com 500 médias e cobertura de atendimento, por meio de
grandes empresas, entre outubro de 2015 uma extensa rede credenciada – sem, por-
e fevereiro de 2016, mostrou que 71,6% tanto, aumentar a infraestrutura –, e em
das indústrias afirmaram dar alta atenção serviços orientados para o indivíduo, com
à saúde e segurança no trabalho (SST). Isso soluções informatizadas.
ocorre, sobretudo, por uma maior conscien-
tização sobre a necessidade de se investir O modelo é composto pelo Sistema de
em ações de prevenção de acidentes e de Gestão de SST e Promoção à Saúde, pela
promoção da saúde e do bem-estar no tra- Rede Social/Portal e pelo Cartão SESI Viva+,
balho, a fim de melhorar a competitividade que são canais de comunicação direta entre
dos negócios. O levantamento aponta ainda a indústria, o trabalhador e o SESI. A partir
que 48% dos gestores verificaram que esses da gestão do conhecimento produzido pelo
investimentos geraram redução nas faltas ao SESI Viva+, é possível mapear o estilo de
trabalho; 43,6% deles constataram aumento vida dos trabalhadores e desenvolver ser-
da produtividade no chão de fábrica; e 34,8% viços para as empresas com foco em pre-
apontaram redução de custos com a saúde venção e promoção da qualidade de vida do
dos trabalhadores. trabalhador.

Como resposta a essas demandas, em 2016, Para fortalecer esse reposicionamento e


o SESI fortaleceu seu reposicionamento em promover a gradual e consistente migra-
76 qualidade de vida, que focaliza a promoção ção para o novo modelo de atendimento, o
de ambientes de trabalho saudáveis e pro- SESI, em 2016, capacitou as equipes técni-
dutivos nas indústrias. O apoio às empre- cas de todos os DRs.
sas no controle e na gestão de segurança,
saúde e bem-estar do trabalhador é dado PROGRAMA SESI DE GESTÃO DO
por meio da Rede SESI do Trabalhador, do ABSENTEÍSMO
Programa de Ações Estratégicas de Inova-
ção em SST e do Programa de Desenvolvi- É formado por cinco serviços de apoio à
mento Institucional junto a setores estraté- indústria na gestão dos afastamentos de
gicos e entidades representativas. seus trabalhadores, bem como à redução
de custos relacionados ao absenteísmo.
Dessa forma, o SESI pretende contribuir para
a redução dos custos relacionados a aciden- Em 2016, oito DRs apresentaram pro-
tes e doenças, custos que incluem grande jetos estruturantes para implantação do
variedade de despesas, desde gastos médicos programa: AM, AP, DF, GO, MA, MG, PE
e com indenizações aos trabalhadores e famí- e RS. Os projetos contemplam a capacita-
lias, até a perda de produtividade e o desgaste ção teórica e prática da equipe do SESI no
da imagem das empresas. DR em temas como epidemiologia básica,
prevenção da incapacidade para o traba-
SESI Viva + lho e gestão do retorno ao trabalho, bem
como sobre os processos para a operacio-
O modelo de atendimento SESI Viva+, nalização do programa. Também preveem
desenvolvido em 2016, representa o a elaboração de um plano de negócios,
novo posicionamento da Instituição no sua implantação piloto em indústrias e seu
atendimento às indústrias, com soluções acompanhamento mediante coaching pre-
integradas, em rede, baseadas em plata- sencial e a distância.
A avaliação inicial – um dos serviços do novo serviço. São três módulos do Curso de
programa –, destinada a identificar o nível Prevenção de Incapacidade para o Trabalho
de gestão da empresa sobre absenteísmo, e Gestão do Retorno ao Trabalho, destinado
foi aplicada em cinco DRs (BA, PB, RN, RO a profissionais de RH, médicos e superviso-
e RS), permitindo a criação de um mapa res das indústrias. O centro participou ativa-
local e de um benchmarking para as indús- mente de diversos eventos nacionais, minis-
trias de cada Estado em relação ao seu trando palestras e minicursos.
nível de gestão, considerando informações
de porte e segmento. Os Regionais do PR MODELO SESI DE SUSTENTABILIDADE
e de AL priorizaram a realização de piloto PARA A COMPETITIVIDADE
interno antes de implantarem o atendi-
mento em indústrias. O Modelo SESI de Sustentabilidade e
Competitividade para micro e pequenas
Em 2016, houve crescimento significativo empresas (MPEs) foi desenvolvido por
da Rede SESI de Gestão do Absenteísmo convênio entre o SESI e o Banco Inte-
e sua integração com a Rede de Reabilita- ramericano de Desenvolvimento (BID).
ção, gerando a nova Rede SESI de Gestão A parceria com 18 sindicatos e arranjos
do Absenteísmo e Retorno ao Trabalho. A produtivos locais (APLs) possibilitou a
nova estrutura conta atualmente com 46 implantação piloto em sete Regionais, com
profissionais especializados, que represen- o atendimento de 71 empresas e o acesso
tam 20 DRs. a 6.916 pessoas beneficiadas.

Nesse contexto, de forma inovadora, o O modelo foi constituído de forma a guiar


Centro de Referência de Gestão do Absen- micro e pequenas indústrias na implemen-
teísmo e Retorno ao Trabalho, localizado tação de práticas de sustentabilidade que
no SESI Bahia, finalizou a construção de um aumentem sua competitividade. Ele com-
preende o conjunto de práticas de uma trias proposto pelo modelo da Rede SESI.
empresa que, simultaneamente, agregam Foram realizados oito webinares, assistidos
diferencial competitivo e contribuem para o por 579 profissionais do SESI. Eles apre-
desenvolvimento social e humano, a prosperi- sentaram cases de soluções integradas de
dade econômica e a preservação da natureza. grandes empresas, como Roche, Unilever e
Embraer, cujas intervenções de SST, promo-
Também, em 2016, os demais DRs rece- ção da saúde, saúde suplementar, benefícios
beram a capacitação do Modelo SESI de e RH fazem parte de um programa articu-
Sustentabilidade e Competitividade contri- lado de ambiente de trabalho saudável.
buindo para o aumento de atendimento de
mais 930 empresas vinculadas a 71 sindi- Já as capacitações integradas abordaram
catos em todo o país, já como extensão do conteúdos do modelo de atuação integrada,
atendimento às MPEs. do programa de gestão de absenteísmo e do
programa de gestão de SST. Elas foram rea-
CAPACITAÇÃO PARA ATUAÇÃO NO lizadas em 15 Regionais, impactando 513
NOVO POSICIONAMENTO DO SESI EM profissionais do SESI nas áreas de Promoção
QUALIDADE DE VIDA da Saúde, e Saúde e Segurança do Trabalho.

O projeto de capacitação nos DRs foi desen- Além disso, foi realizada a Mobilização
volvido em parceria com a Universidade Empresarial, com workshops, fóruns empre-
Corporativa SESI e SENAI – Unindústria, de sariais e eventos técnicos, visando a apre-
modo a preparar o profissional do SESI e das sentar os desafios gerados por cenários e
áreas de mercado para práticas essenciais perspectivas em SST e Promoção da Saúde
à implantação da Rede SESI do Trabalha- na indústria brasileira. A mobilização contou
dor, como também à abordagem consultiva com 1.118 participantes referentes a equi-
78 e à atuação integrada. Ele foi composto de pes do SESI/regional, 580 empresários das
quatro grandes iniciativas: a trilha do conhe- indústrias e 5.552 profissionais técnicos
cimento sobre a Rede SESI do Trabalhador; das indústrias. O envolvimento das empre-
capacitações integradas; webinares e estru- sas em parte das capacitações permitiu sen-
turação de curso semipresencial de Consul- sibilizá-las para a importância de implan-
tor em Saúde Corporativa, a ser implantado tar soluções que antecipem e previnam o
em 2017. aumento de custos relativos às legislações
em SST, ao absenteísmo e ao presenteísmo,
A trilha do conhecimento sobre a Rede SESI associados a doenças e agravos relaciona-
do Trabalhador, que atingiu 1.065 profissio- dos ou não ao trabalho.
nais de 27 Regionais, consolidou o conhe-
cimento tácito e explícito do modelo para Entre os resultados alcançados com essas
disponibilizá-lo aos DRs de forma perene, ações, foram observados o maior alinha-
na modalidade a distância. Ela foi composta mento estratégico entre os DRs do SESI e
por uma pílula de conhecimento e sete mini- os serviços de SST e Promoção da Saúde; o
cursos, com os seguintes temas: SESI Viva+, aperfeiçoamento da forma de atuação con-
Uma nova estratégia (vídeo de sensibiliza- sultiva; a integração das equipes SESI (SST
ção); Explicando o SESI Viva+; Cartão Viva mais Promoção da Saúde); e o desenvolvi-
+; eSocial; Sistema de Gestão em Saúde mento da visão sistêmica, da abordagem e
e Segurança no Trabalho e Promoção da do atendimento consultivos, com capaci-
Saúde; Fator Acidentário Previdenciário dade de demonstração do impacto finan-
(FAP); Portal Viva +; e Venda Consultiva. ceiro para indústria.

As capacitações integradas e os webinares Além desse projeto com a Unindústria, o


trouxeram ferramentas práticas e exemplos SESI desenvolveu, em parceria com a Orga-
do novo modelo de atuação junto às indús- nização Internacional do Trabalho (OIT),
um curso de gestão de SST, que contou com
a participação de 28 gestores de SST de
empresas, 59 profissionais do SESI e dois
especialistas da OIT. O curso teve como
objetivo alinhar a nova estratégia de SST
do SESI para atuação junto ao setor empre-
sarial, com enfoque na gestão dos progra-
mas de SST das empresas e atualização dos
participantes nas melhores práticas inter-
nacionais sobre SST disseminadas pela
OIT. Os temas abordados foram: impacto
econômico dos acidentes e benefícios da
prevenção; gerenciamento de processos;
desenho de procedimentos de trabalho
seguro; gestão de emergências e planos
de evacuação; estímulo e desenvolvimento
da cultura de segurança na empresa; medi-
das de prevenção e controle; custos com
acidentes; gestão de afastamentos no Ins-
tituto Nacional do Seguro Social (INSS);
gestão do eSocial; e cultura do absenteísmo
no Brasil.

O trabalho de reposicionamento e capaci-


tação contribuiu para fortalecer e ampliar o
atendimento aos grandes direcionadores do 79
SESI, onde foram atendidas 42.826 indús-
trias e 2.050.964 trabalhadores com pro-
dutos de SST e promoção da saúde. Entre
os atendimentos realizados em 2016, vale
destacar a campanha de vacinação contra
a gripe, que atendeu 1.109.982 pessoas de
11.552 empresas de todos os portes, em 22
estados do Brasil.

PROGRAMA DE AÇÕES ESTRATÉGICAS


DE INOVAÇÃO EM SST

As ações estratégicas de inovação em SST


estão sendo estruturadas com a implanta-
ção de oito centros de referência, destina-
dos ao desenvolvimento de soluções inova-
doras para toda a Rede SESI. A expectativa
é construir uma plataforma para disseminar
essas soluções em redes temáticas, nas
áreas de Métricas para saúde, Longevidade
e produtividade, Gestão do absenteísmo e
retorno ao trabalho, Ergonomia, Inteligên-
cia e gestão em SST, Higiene ocupacional,
Gestão de fatores psicossociais e Tecnolo-
gias para SST.
A inovação em segurança, saúde e bem-estar promove a conjunção de recursos técnicos,
é desenvolvida também via Edital SENAI/ materiais, estruturais em torno de desafios
SESI de Inovação. Em 2016, foram aprova- comuns, permitindo ao SESI ampliar seu
80
dos oito projetos, que contribuem ao fortale- mercado, fortalecer sua marca, expandir
cimento das cadeias produtivas da indústria, sua capacidade de comunicação e influên-
aproximando grandes empresas e startups e cia e disseminar seu posicionamento. Em
potenciais fornecedores para o desenvolvi- 2016, o foco se deu em quatro grandes
mento de produtos e processos. Os projetos áreas de atuação: 1) Desafios setoriais; 2)
buscam apresentar soluções inovadoras para Saúde suplementar; 3) Ambiente de traba-
desafios temáticos relacionados a fatores lho saudável; e 4) Proteção e promoção da
de riscos psicossociais, trabalho em altura e saúde do trabalhador.
combate ao mosquito Aedes Aegypti, trans-
missor da dengue, da zika e da chikungunya. De modo a apoiar a indústria com serviços
de SST e Promoção da Saúde dos trabalha-
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO dores, o SESI desenvolve e compartilha,
INSTITUCIONAL EM QUALIDADE DE de forma colaborativa, o conhecimento
VIDA gerado nas Redes Setoriais da Indústria
da Construção, de Mineração e de Frigo-
O programa busca atuar em sinergia com ríficos. Estas são compostas pelos DRs e
associações, sindicatos, organismos inter- DN do SESI e instituições representativas
nacionais, imprensa e outras entidades que desses setores, como a Câmara Brasileira
constituam grupos de interesse e influência da Industria da Construção (CBIC), o Ins-
na produção e na disseminação de conhe- tituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a
cimento sobre assuntos estratégicos em Associação Brasileira de Proteína Animal
ambientes de trabalho seguros e saudáveis (ABPA) e a Associação Brasileira das Indús-
e sobre competitividade empresarial. Essa trias Exportadoras de Carne (Abiec), que
coalizão com players externos em segu- contribuem com ações específicas para
rança, saúde e bem-estar do trabalhador suas respectivas redes setoriais.
REDE SESI DA INDÚSTRIA DA 2) Workshop tecnológico da Rede SESI da IC
CONSTRUÇÃO
A Rede SESI da Indústria da Construção Como estratégia do SESI/DN de estimular
pretende ampliar o atendimento às deman- as Regionais a realizar workshops específi-
das industriais pela atuação dos DRs na cos para o setor da construção com foco em:
prestação de serviços em SST, contribuindo (a) promover e disseminar os temas estraté-
para reduzir os afastamentos do trabalha- gicos do SESI; (b) gerar negócios; (c) atender
dor por acidentes e doenças do trabalho na às demandas por serviços de SST; e (d) pro-
Indústria da Construção. mover o relacionamento do SESI com sindi-
catos e empresas locais, foi realizado o 1º
Para isso, a Rede SESI da IC atua na padro- Workshop da Rede SESI da IC, no SESI-RN,
nização do portfólio nacional de serviços do em parceira com o Sinduscon-RN.
SESI, no desenvolvimento de metodologias
de SST, no aumento de capacidade do aten- 3) A
 ção promocional do Programa de Trei-
dimento, na internalização de competências namento para Liderança no Enic 2016
associadas à área de atuação e na articula-
ção entre instituições e empresas. Para maior aproximação com os sindicatos
da construção, houve uma ação promocio-
Em 2016, foram desenvolvidas as seguin- nal específica para o Encontro Nacional
tes ações: da Indústria da Construção (Enic) 2016,
o principal evento do calendário anual da
1) Transferência de tecnologia de projetos de Câmara Brasileira da Indústria da Constru-
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) ção (CBIC), que representa nacionalmente
todos os segmentos do setor.
Os acidentes relacionados à queda de altura são
a segunda causa dos acidentes fatais na indús- A ação focou na divulgação do Programa 81
tria da construção, atrás apenas dos acidentes de Treinamento para Liderança, desenvol-
de trajeto. Por isso, a Rede SESI da IC, por meio vido pelo SESI, em parceria com a CBIC e
do Programa Nacional de Segurança e Saúde o Seconci Brasil. A intenção foi auxiliar as
no Trabalho para a Indústria da Construção empresas a desenvolver as habilidades de
(PNSST IC), promoveu a capacitação Projetos liderança nos três níveis hierárquicos pre-
de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). sentes em um canteiro de obras – empre-
sários e diretores, gerentes de contratos e
A implantação dos EPCs é uma obrigatoriedade engenheiros, e mestres e encarregados –,
legal, e os projetos devem ser desenvolvidos em bem como agregar a cultura da segurança
conformidade com as etapas da obra. Ampa- do trabalho entre líderes e gestores da
rados pela Norma Regulamentadora (NR) 18 Indústria da Construção.
(NR-18), o Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) tem intensificado a fiscalização destes
quesitos. Sua ausência é passível de multas e Os produtos da Rede da Indústria
embargos do canteiro ou frente de serviço. da Construção estão disponibiliza-
dos no Portal da Indústria e no site
Alinhado com as demandas identificadas da CBIC:
em diversos estados, o PNSST IC atuou no
desenvolvimento de 22 soluções em EPC e - Portal da Indústria: <http://www.
na transferência de tecnologia para aplica- portaldaindustria.com.br/sesi/
ção dessas soluções, de modo a capacitar canal/pnsstic/>.
os profissionais dos DRs do SESI e de enti-
dades que representam a IC para melhor - Site CBIC: <www.cbic.org.br/>.
aplicação dos EPCs e seu dimensionamento
pelos padrões disponibilizados.
REDE SESI DE MINERAÇÃO estarão na plataforma de Educação a Dis-
Com apoio do Instituto Brasileiro de Mine- tância do SESI, em que profissionais do
ração (Ibram), de indústrias e de espe- setor e da área de segurança e saúde do
cialistas em SST do setor, a Rede SESI de trabalho (SST) poderão acessá-los gratui-
Mineração desenvolveu, em 2016, a série tamente, com verificação da aprendizagem
didática “100% Seguro” para o setor de e emissão de certificados.
mineração. Composta por 50 vídeos com
legendas em inglês, português, espanhol, Como forma de divulgar a série de vídeos
libras e audiodescrição. A série apresenta e os serviços do SESI, a rede participou
informações sobre a importância de adotar do encontro das empresas integrantes da
atitudes seguras e saudáveis nos processos ABPA e da Abiec, em outubro, em São Paulo
produtivos de extração e beneficiamento (SP), e realizou o Workshop Tecnológico de
de rochas ornamentais, minas a céu aberto SST, em setembro, em Curitiba (PR).
e subterrâneas. Os vídeos serão dispo-
nibilizados na plataforma de Educação a COOPERAÇÃO TÉCNICA COM A
Distância do SESI, com acesso gratuito por AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE
profissionais do setor e da área de SST, que SUPLEMENTAR
vai permitir a verificação da aprendizagem
e a emissão de certificados. O Brasil convive com um cenário de tripla
carga de doenças: o crescimento epidê-
Além disso, para divulgar a série “100% mico das doenças crônicas não transmis-
Seguro” para o setor de mineração e os síveis (DCNT); o crescimento de agravos
serviços do SESI, a rede participou do 45º motivados por causas externas (acidentes
Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica e violência); e o recrudescimento das doen-
Vermelha, em agosto, em Campinas (SP); do ças transmissíveis, como dengue e chikun-
82 24º World Mining Congress, em outubro, no gunya. Este quadro traz enormes impactos
Rio de Janeiro (RJ); e da entrega do prêmio para a economia e a competitividade do
Melhores Práticas em Saúde e Segurança do país. Soma-se a isso a inflação da saúde, que
Trabalho no Setor da Mineração, em dezem- chegou a 18% em 2016, muito acima da
bro, em Belo Horizonte (MG). taxa de inflação do ano, fazendo com que
os planos de saúde empresariais tivessem
REDE SESI DE FRIGORÍFICOS expressiva redução.
A elaboração da série “100% Seguro” para
o setor de frigoríficos também foi o desta- Os planos empresariais respondem por
que da Rede SESI de Frigoríficos em 2016. 66% de toda a cobertura de planos de saúde
Com o apoio da Associação Brasileira de dos brasileiros, segundo dados da Agência
Proteína Animal (ABPA) da Associação Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de
Brasileira das Indústrias Exportadoras de 2016. Esse cenário estimulou o Sistema
Carne (Abiec), de indústrias e de especia- Indústria a formalizar uma cooperação
listas em SST do setor, foram produzidos técnica com a ANS para desenvolver ações
50 vídeos, com legendas em inglês, por- que aproximem as indústrias contratantes
tuguês, espanhol, libras e audiodescrição, dos processos de revisão e construção de
que mostram a importância da adoção de programas, coberturas assistenciais e meca-
atitudes seguras e saudáveis nos proces- nismos de incentivos dos planos de saúde.
sos produtivos nas etapas de processa- A expectativa é fortalecer a promoção da
mento da indústria de proteína animal, que saúde como solução para uma gestão eficaz
lida com aves, suínos, bovinos e pescados, dos benefícios da saúde suplementar das
além dos procedimentos de segurança na empresas, contribuindo para a sustentabi-
recepção e na descarga desses animais e lidade e a competitividade das indústrias e
nas etapas do abate. Estes vídeos também dos planos de saúde.
INTERAÇÃO COM A SOCIEDADE no Canal Futura, é mais uma estratégia
do Sistema Indústria para prover informa-
As pesquisas orientam a atuação do Sis- ções sobre cuidados com a saúde e como
tema Indústria na sociedade, adequando construir ambientes de trabalho saudá-
seu posicionamento junto aos parceiros. veis e seguros. Os temas abordados nos
Em 2016, as ações em parceria com o Canal episódios são relacionados a bem-estar,
Futura e a Rede Globo contribuíram na qualidade de vida e segurança no trabalho,
disseminação de informações e em aten- com exemplos reais de ações empreen-
dimentos básicos em promoção da saúde didas por empresas de diversos setores,
para a sociedade em geral. como construção civil, frigorífico, têxtil,
siderurgia e outros.
Houve a realização do Programa Bem-
-Estar em 10 estados, atendendo cerca Com esse mesmo posicionamento, o Sistema
de 90 mil pessoas com serviços de estí- Indústria realizou a 10ª Edição do Dia Nacio-
mulo, orientação para a prática de ativi- nal da Construção Social, como parte do
dades físicas e alimentação saudável. A convênio com a CBIC, registrando 264.770
Ação Global foi modificada para ampliar atendimentos a 69.032 pessoas, em ações
o esforço no enfrentamento às doenças multidisciplinares de saúde, educação, lazer
crônicas não transmissíveis (DCNT), agre- e cultura voltadas à promoção da saúde.
gando informações de promoção da saúde
aos 1.137.935 atendimentos realizados Em 2016, o SESI completou 70 anos com
a 359.151 pessoas que participaram dos expressivo atendimento em saúde, segu-
eventos em todo o Brasil. rança e bem-estar do trabalhador, tendo sua
qualidade reconhecida no prêmio Marca
O lançamento do programa de TV Alma- Brasil, em pesquisa realizada pela revista
naque Saúde, que estreou em novembro Cipa. O SESI ganhou o Prêmio Top Absolute
Marca Brasil pela sua eleição, pelo décimo trabalho. Isso pode significar que cerca
ano consecutivo, como a melhor marca de de 42 mil trabalhadores participantes da
ginástica laboral. O Top Absolute homena- ginástica deixam de apresentar queixas
geia as marcas de empresas e/ou produtos de dor e desconforto por ano desde 2012,
que se mantiveram em primeiro lugar desde contribuindo ao controle da incidência de
a criação do prêmio, em 2006. doenças osteomusculares.

Segundo dados do Sistema de Gestão do Ainda no ano passado, o SESI recebeu o


Lazer (SGL), a Ginástica na Empresa do Prêmio Top of Mind em Saúde e Segurança
SESI mantém atendimentos em empresas no Trabalho, promovido pela revista Prote-
por 20 anos nos Regionais de MG e SC, e ção desde 1995 com o objetivo de identi-
por mais de 15 anos nos Regionais de GO, ficar a lembrança de marca em diferentes
PE e PR, entre outros. Dados de avaliação produtos ou serviços oferecidos no mer-
em estilo de vida e produtividade do SESI cado brasileiro. Nessa premiação, foram
mostram redução média de 3% por ano na entrevistados 445 profissionais de áreas de
proporção de trabalhadores que acusam segurança e saúde em empresas de todo o
dor e desconforto para realizar tarefas de país entre janeiro e março de 2016.

84
2.4 DESEMPENHO DO SISTEMA e Tecnologia e Qualidade de Vida. Outro
destaque foi o reconhecimento do SENAI
O Desempenho do Sistema reúne diversas pela Organização das Nações Unidas
unidades do Sistema Indústria que acompa- (ONU) como um dos três mais importan-
nham as atividades de SENAI, SESI e IEL e tes atores na área de Educação do Hemis-
verificam sua atuação. Assim, podem corri- fério Sul.
gir eventuais desvios nas metas, estabelecer
novos desafios e melhorar a qualidade, a Responsável por desenvolver prospec-
agilidade, a eficiência e o poder de impacto tivas e projeções, estudos e pesquisas e
dessas Instituições e do Sistema Indústria gerar informações customizadas sobre
como um todo. ambientes de negócios, a Uniepro também
teve importante atuação em 2016, supe-
Em 2016, houve mais de 28 mil participa- rando sua produção de 2015. No ano pas-
ções em diferentes ações para o desenvolvi- sado, a unidade desenvolveu 80 prospec-
mento de competências dos colaboradores tivas e projeções (ante 23 em 2015); 280
do SESI, do SENAI e do IEL de todos os DRs. estudos e pesquisas (97 no ano anterior);
Vale destacar as ações promovidas pela e 198 informações customizadas (contra
Universidade Corporativa SESI e SENAI – 119 um ano antes).
Unindústria, em parceria com as áreas de
Negócio e de Gestão e Mercado do DN, com Com a missão de “formular diretrizes e
o propósito de contribuir para a excelência estratégias mercadológicas para orientar
na qualidade do ensino e da gestão, via qua- e apoiar a oferta e a entrega de soluções
lificação dos colaboradores do SESI e do articuladas do SESI, SENAI e IEL, em seu
SENAI em todo o Brasil. Também se destaca atendimento às empresas industriais”, a Uni-
o lançamento do Programa de Incentivo ao Mercado continuou o processo de integra-
Engajamento e Desenvolvimento, criado ção do Customer Relationship Management 85
para reconhecer os DRs que mais incenti- (CRM) no último ano, com a inclusão de 11
vam o desenvolvimento dos colaboradores DRs ao sistema nacional. A UniMercado
do SESI e do SENAI. ainda elaborou análises, oportunidades e
recomendações de negócio para 28 setores
O último ano marcou ainda a continuidade industriais (painéis de mercado), para apoio
da revisão do Planejamento Estratégico às tomadas de decisões estratégicas e às
Integrado SESI-SENAI-IEL 2015-2022, operações comercias nos Regionais. Além
necessária diante do novo cenário industrial disso, iniciou o trabalho de harmonização do
com a continuidade das crises econômica e portfólio nacional do Sistema Indústria, com
política. O trabalho foi determinante para o a inserção de produtos da CNI.
estabelecimento do Plano de Ação 2017 das
Instituições do Sistema Indústria. PROGRAMA SENAI DE CAPACITAÇÃO
DOCENTE (PSCD)
Na área internacional, SESI, SENAI e IEL
contabilizaram 73 parcerias com institui- Realizado em parceria com a Unidade de
ções no exterior em 2016, sendo dez delas Educação Profissional (Uniep), o PSCD visa
novas, formalizadas no ano. A carteira de a contribuir para a prática pedagógica e a
atividades internacionais no último ano foi atualização tecnológica dos docentes do
formada por 28 projetos de transferência SENAI.
de tecnologia e prestação de serviços em
Educação Básica, Educação Profissional, Em 2016, houve um total de 2.711 partici-
Educação e Carreira, Gestão, Inovação pantes, nas seguintes áreas.
TABELA 2 – CURSO DA VERTENTE TECNOLÓGICA

Cursos da vertente tecnológica Participantes


Eletrônica 56
Informática: novos conceitos para web 48
Manutenção automotiva 39
Mecatrônica 48
Metalmecânica – Eletromecânica 58
Metalmecânica – Mecânica 57
Processos de fabricação mecânica 45
Total 351

Fonte: Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP/SENAI

TABELA 3 – CURSOS DA VERTENTE PEDAGÓGICA

Cursos da vertente pedagógica Participantes


Introdução à docência no SENAI 480
Fundamentação da prática docente 469
Tecnologia da Informação e da Comunicação aplicada à Educação Profissional 232
Planejamento do ensino na perspectiva da Metodologia SENAI 452
Desenvolvimento dos processos de ensino-aprendizagem na modalidade EaD 356
Avaliação processual e mediadora do ensino e da aprendizagem 371
Total 2.360

Fonte: Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP/SENAI

86 CURSOS DE CAPACITAÇÃO PARA DOCENTES E COORDENADORES PEDAGÓGICOS


DO SESI

Realizados em parceria com a Unidade de Educação do SESI/DN, a Unindústria atuou no


desenvolvimento e na oferta de cursos para docentes e coordenadores pedagógicos da Edu-
cação Básica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

TABELA 4 – RESULTADOS 2016

Curso Área de conhecimento Participantes


Linguagens, códigos e suas tecnologias 607
Matemática e suas tecnologias 292
EJA – Docentes Ciências da natureza e suas tecnologias 419
Ciências humanas e suas tecnologias 415
Metodologia de Reconhecimento de Saberes 980
EJA – Coordenadores Pedagógicos Gestão do Projeto Pedagógico 1.246
Total 3.959

Fonte: Universidade Corporativa – Unindústria/DIRET

TABELA 5 – RESULTADOS 2016

Curso Área de conhecimento Participantes


Escola SESI para o Mundo do Trabalho Ciências aplicadas – Ensino Médio 289
Docentes do 1º ao 3º anos 435
Robótica educacional Docentes do 4º e 5º anos 367
Docentes do Ensino Médio 785
Total 1.876

Fonte: Universidade Corporativa – Unindústria/DIRET


SEMINÁRIOS ON-LINE: A PAUTA É CURSOS DE CAPACITAÇÃO PARA
EDUCAÇÃO COLABORADORES SESI QUALIDADE
DE VIDA
Foram promovidos, no último ano, seis
seminários on-line voltados para gesto- Em parceria com a Unidade de Qualidade de
res de escolas e docentes do SESI e do Vida do SESI/DN, foi desenvolvida uma trilha
SENAI. O principal objetivo dos seminá- composta por oito minicursos e uma pílula de
rios foi tratar de temas do cotidiano esco- conhecimento a respeito do Programa SESI
lar, como bullying na escola, aluno difícil, Viva+. Os temas abordados foram: Estraté-
estratégias de jogos e engajamento dos gia SESI Viva+; Cartão Viva+; A Era do e-So-
alunos, sala de aula invertida, formação cial; Sistema de Saúde e Segurança no Traba-
de tutores e trabalho em grupo em sala lho – S5; Fator Acidentário Previdenciário;
de aula. Portal Viva+; e Venda Consultiva do SESI
Viva+. Além disso, a Unindústria transmitiu
Todos os seminários foram gravados e ao vivo seis seminários on-line apresentando
podem ser acessados a qualquer momento programas de promoção da saúde e quali-
pelos colaboradores que não puderam par- dade de vida de diferentes indústrias, como
ticipar ao vivo. Até o final de 2016, foram Embraer, CCR, Procter&Gamble, Roche,
registrados 2.088 acessos aos conteúdos. Renault e Condumax.

TABELA 6 – RESULTADOS 2016

Curso Participantes
SESI Viva+: uma nova estratégia 1.273
Seminários on-line 1.841
Workshop de influência e multiplicação de conhecimentos 89 87
Total 3.203

Fonte: Universidade Corporativa – Unindústria/DIRET

CURSOS PARA COLABORADORES QUE ATUAM NAS FUNÇÕES MERCADO

Em parceria com a Unimercado, a Unindústria ofertou dois cursos para profissionais que
atuam diretamente nas funções mercado, com a oferta de produtos e serviços para a indús-
tria. Houve, também, uma palestra para abordar o tema da ética nas relações de negócio.

Estão em desenvolvimento outros cursos que abordarão temáticas como cenários de mer-
cado, ciclo de vida do produto, portfólio, visão do Sistema Indústria e Gestão de Relaciona-
mento com Clientes (CRM).

TABELA 7 – RESULTADOS 2016

Curso Participantes
Atendimento consultivo 1.314
CRM – Gestão de Relacionamento com Clientes 1.943
Palestra: Ética nas relações de negócio 83
Total 3.340

Fonte: Universidade Corporativa – Unindústria/DIRET


CURSOS LIVRES

Os cursos livres possuem carga horária de até duas horas e são ofertados na modalidade
a distância. Visam ao aperfeiçoamento de competências transversais de docentes, ges-
tores e técnicos do SESI e do SENAI.

Em 2016, foram ofertados nove cursos.

TABELA 8 – RESULTADOS 2016

Curso Participantes
Conhecimento: diferencial competitivo 2.114
Design Thinking 808
Dicas de comunicação oral 2.423
Engajamento eficaz 466
Feedback 1.927
Foco no resultado 1.987
Formação de tutores 1.619
Poder de influência e escuta ativa 1.972
Seja inovador 1.943
Total 15.259

Fonte: Universidade Corporativa – Unindústria/DIRET

PROJETO EDUCAÇÃO LIVRE vida (soft skills); no acesso a oportunidades


88
no mercado de trabalho; e na conexão com
São marcantes as desigualdades no acesso cursos técnicos e profissionalizantes.
à educação (quanto à renda, á cor/raça, aos
ambientes rural e urbano, à região do país) O Educação Livre espera atender a mais de
e os problemas com a qualidade do sistema 450 mil jovens de baixa renda, entre 16 a 29
educacional. Sem uma base nas competên- anos de idade. Para atingir os objetivos do
cias básicas em português, matemática e projeto, em 2016, foram testados métodos
habilidades para a vida, os jovens brasileiros de produção de materiais educacionais cola-
estão saindo da escola despreparados para borativos; idealizado e validado o formato
atender às demandas do mercado de traba- da plataforma digital de oferta de conteúdo;
lho, tampouco estão aptos aos programas criada e implantada a metodologia de rela-
gratuitos de formação técnica, como os ofe- cionamentos institucionais com indústrias,
recidos pelo SENAI. organismos não governamentais e outros
parceiros; e dado início às atividades de
Levando em consideração essa realidade, o implantação da versão final da plataforma
SESI desenvolve o Projeto Educação Livre, de aprendizagem.
em parceria com o Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID) e a Organiza- Neste mesmo período, foi realizada a primeira
ção das Nações Unidas para a Educação, a Maratona Educação Livre de produção de
Ciência e a Cultura (Unesco). Seu objetivo conteúdo. A maratona contou com a participa-
é desenvolver uma plataforma educacional ção de mais de 50 alunos das escolas SESI de
que permita a jovens de baixa renda o acesso Recife (PE), além de facilitadores e parceiros
a conhecimentos básicos e, assim, ampliar do projeto. Dessa experiência, somada a outras
sua empregabilidade. O foco está na oferta envolvendo jovens público-alvo do projeto,
de conhecimentos contextualizados sobre idealizou-se a produção de conteúdo com base
matemática, português e habilidades para a na metodologia de microlearning.
O planejamento da nova jornada do aluno internos e externos, em outubro de 2015.
e as suas interações com a plataforma de Contudo foram ratificados os Resultados
aprendizagem também foram concluídas. Esperados, as Diretrizes Estratégicas e os
No âmbito do desenvolvimento de solu- Focos Estratégicos do Plano pactuado em
ções tecnológicas, iniciou-se a transposição junho de 2014.
da jornada para a plataforma de ensino em
ambiente digital. O aplicativo de oferta de O plano de trabalho completo de revisão da
vagas, para dispositivo móvel, foi concluído, estratégia foi executado em oito etapas. Na
e os testes de integridade realizados. primeira, concluída em fevereiro de 2016,
foram identificados os indícios de revisão
Em relação às parcerias viabilizadoras do junto às Entidades Nacionais.
projeto, destacou-se, em 2016, a colabora-
ção do Instituto Alpargatas e o início da par- Na segunda etapa, foi elaborado o Caderno
ceria com o Instituto Votorantim. de Subsídios para a Revisão da Estratégia
com o objetivo de apoiar a formulação da
O projeto Educação Livre também esteve proposta completa de revisão, tema da ter-
presente em eventos de destaque, como ceira etapa. Naquele momento, de posse de
a Campus Party, em Recife, onde lançou o estudos e cenários, as áreas de negócio revi-
Desafio Educação Livre para indicação de sitaram os Grandes Desafios, promoveram
conteúdo; e a Semana Global da Alfabetiza- ajustes no novo contexto industrial e incluí-
ção Midiática e Informacional 2016 – Global ram temas inéditos no Plano Estratégico. O
Medial Literacy (MIL), em que se apresenta- conjunto completo encontra-se no capítulo
ram os desafios da educação para o emprego. dois desse documento.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO A etapa quatro constituiu-se de uma valida-


INTEGRADO SESI-SENAI-IEL 2015-2022 ção interna nas Entidades Nacionais a fim 89
de preparar toda a proposta a ser submetida
Durante o processo de monitoramento dos para apreciação e análise pelas Entidades
resultados, identificou-se que os contextos Regionais. Nas etapas posteriores, que ocor-
econômico e político promoveram significa- reram simultaneamente, houve, no âmbito
tiva mudança no cenário industrial. A evolução Regional, a avaliação da proposta de revisão
produtiva e a nova configuração do comércio pelo SESI, pelo SENAI e pelo IEL e os apon-
internacional e nacional vêm desafiando as tamento das contribuições dos estados para
indústrias brasileiras, principalmente em rela- a meta nacional, a exemplo do que ocorreu
ção ao aumento de produtividade e competiti- de forma muito bem-sucedida na ocasião
vidade na busca pela manutenção e criação de da contratação do Planejamento Estratégico
novos mercados. Esses desafios têm gerado Integrado SESI-SENAI-IEL 2015-2022.
uma nova demanda de soluções, mais ampla
e integrada, que obriga uma atuação ainda A etapa sete foi a pactuação do Plano Estra-
mais sofisticada e focada na contribuição para tégico revisado, que ocorreu na XV Reunião
a melhoria do desempenho industrial. Essa de Diretores e Superintendentes do SESI, do
mudança do cenário industrial foi o gatilho SENAI e do IEL, ao final de junho de 2016.
para uma revisão da estratégia para o SESI, o Em seguida, no âmbito nacional, com vista a
SENAI e o IEL. assegurar a realização das metas previstas no
Plano Estratégico revisado, as unidades da
A revisão do Planejamento Estratégico Inte- Diretoria de Educação e Tecnologia (Diret)11
grado SESI-SENAI-IEL 2015-2022 iniciou-se elaboraram seus mapas de contribuição e
após a avaliação de indicadores-chave, definiram seu Plano de Ação 2017.

11. A Diretoria de Educação e Tecnologia coordena, articula e promove a interação das ações do SENAI, SESI e IEL, além de acompanhar e
avaliar o desempenho de suas missões, observando o planejamento estratégico. Além disso, a Diret estimula a articulação entre as Entidades
Nacionais e Regionais do SESI, SENAI e IEL.
Fechando o plano de trabalho, a oitava etapa O novo modelo prevê dois componentes
prevê ampla disseminação do Plano Estraté- para análise da maturidade da gestão do
gico de forma que todos os envolvidos se Regional: i) Questionário de Avaliação dos
apropriem da informação e possam dire- Macroprocessos e Pilares; e ii) Resultados
cionar seus esforços na contribuição para o dos Indicadores de Gestão. O nível de matu-
alcance das metas pactuadas. ridade passará a ser definido pela média
das notas dos dois componentes. O nível de
PROGRAMA ALINHAR maturidade é classificado segundo a escala
demonstrada a seguir:
O Programa Alinhar tem por objetivo apri-
morar e desenvolver a gestão das Entidades • Nível 1: 0% a 39% – Regional sem
SESI e SENAI focando nos macroprocessos padronização.
críticos de estratégia, produção, orçamento • Nível 2: 40% a 79% – Regional em pro-
e gratuidade e nos pilares de gestão – pro- cesso de desenvolvimento.
cessos, pessoas, informação, projetos, clien- • Nível 3: 80% a 95% – Regional em pro-
tes e financeiro. cesso de melhorias e refinamentos.
• Nível 4: 96% a 100% – Regional referên-
O Alinhar adota metodologia composta cia em gestão.
por ferramenta de avaliação da matu-
ridade dos macroprocessos e pilares, PROJETO SISTEMATIZAÇÃO DAS
validação conjunta dos resultados pelo INFORMAÇÕES DE MEDIÇÃO E
DN e DR, priorização pelo regional das DESEMPENHO
ações de melhoria, apresentação ao DN
de projeto estruturante para sistemati- O Projeto Estratégico de Sistematização das
zação e financiamento das ações priori- Informações de Medição e Desempenho
90 zadas, monitoramento da execução pela decorre do Planejamento Estratégico Inte-
entidade nacional e, após encerramento grado e visa a alavancar o Direcionador Estra-
do projeto, realização de nova avaliação tégico “Aprimorar o modelo de gestão para
de maturidade em gestão para mensurar garantir a qualidade dos processos, menores
a evolução. Caso o regional opte por não custos e celeridade da tomada de decisão,
submeter ao DN, uma nova avaliação é com vistas a atender a indústria no escopo
realizada após 12 meses. e no tempo demandado”. Tem como objetivo
sistematizar as informações de desempenho
Durante o primeiro ciclo do programa nos níveis estratégico, tático e operacional do
(2015-2016), foi realizado o diagnóstico de SESI, SENAI e IEL, com rastreabilidade, com-
maturidade da gestão em 18 Regionais do parabilidade, integridade e agilidade, a fim de
SESI e 19 do SENAI. Os trabalhos de elabo- contribuir com os processos de tomada de
ração e de execução dos projetos de melho- decisão da alta direção.
ria encontram-se em curso e sob supervisão
das Entidades Nacionais. Desde 2012, ano em que se iniciou, o Pro-
jeto atuou fortemente no nivelamento dos
A partir do conhecimento adquirido nas visi- conceitos, dos processos e na criação de
tas de validação e nos resultados apurados propostas para promover a padronização
no diagnóstico, verificou-se a oportunidade nacional e a governança no fluxo de infor-
de revisão de macroprocessos e pilares. mações da Diret. De 2013 a 2015, as ações
Na nova versão, a ser implantada a partir foram dedicadas à revisão dos conceitos e
de 2017, os macroprocessos passam a ser: das regras de negócio e à definição de novos
estratégia, orçamento, produção e desem- indicadores de desempenho, passando pelo
penho, desdobrados nos pilares: processo, mapeamento das variáveis que os compõem
pessoas, projetos, clientes e conhecimento. e pela revisão do fluxo de informações e
sistemas que as gerem. Este esforço mate- ao quantitativo de recursos humanos; e as
rializou-se em grandes entregas que impul- informações de produção das linhas de negó-
sionaram os trabalhos, como, por exemplo, cio “Educação Profissional” e “Tecnologia e
o Plano de Racionalização de Sistemas, a Inovação” do SENAI. Nessa abordagem, os
criação do Fórum de Governança do Fluxo dados de produção passaram a ser consoli-
de Informações da Diret e a definição de dados por uma nova plataforma tecnológica,
uma arquitetura sistêmica corporativa. Tais Solução Integradora de Consolidação da
entregas prepararam a organização para a Produção, que será gradativamente implan-
efetiva implantação da sistematização das tada no SESI e no IEL. Essa nova plataforma
informações de desempenho, por linha de substituiu os sistemas legados do SENAI, os
negócio, das entidades SESI, SENAI e IEL. quais estavam em operação desde 2002.

Em 2016, foram tratados o tema Ativos A nova plataforma é composta por uma base
para as entidades SESI, SENAI e IEL, o qual de dados integrada, integrador web, geren-
se refere à apuração e disponibilização das ciador de regras de negócio e pelos painéis
informações relacionadas à infraestrutura e de Business Intelligence (BI).

FIGURA 12 – PLATAFORMA DE ARQUITETURA

DR DN
Dados operacionais
INTEGRADOR
SGE OBA

Ativos
REPOSITÓRIO DE REGRAS
Educação
Barramento de Validação das Regras de Carga

Profissional
Painéis da DIRET 91
Tecnologia e
SGT

Inovação
Educação
SGE

SESI
Gestão do Negócio

OPA

Regras de Negócio
XML Aplicação
carga web
e/ou Dados
corpora-
tivos dos ODI
sistemas
B Regras de Qualidade Data Warehouse
D Digitador
???

Educação
Executiva
SNE SGRSI/S4 ???

Gestão da
Inovação

Qualidade
de Vida

Estágios

Fonte: Unidade de Gestão Estratégica – Unigest/DIRET


92
Painéis de BI

FIGURA 13 – PAINÉIS DE BUSINESS INTELLIGENCE (BI)

Fonte: Unidade de Gestão Estratégica - Unigest/DIRET


A Solução Integradora de Consolidação da A construção da Cadeia de Valor foi um
Produção já apresenta bons resultados. passo importante para a gestão da Diret,
Entre eles, podemos destacar: pois possibilitou a visualização transversal
de como as Entidades Nacionais operam, a
• aumento no desempenho do processa- partir dos seus processos de alto nível, para
mento dos dados; a construção de soluções para a Indústria.
• automação de relatórios gerenciais;
• maior domínio no gerenciamento das Como decorrência da iniciativa, entre os
regras de negócio; processos definidos como prioritários para o
• maior alinhamento com os sistemas de alcance de melhores resultados para as Enti-
gestão do negócio dos DRs – Sistema dades, destacou-se o processo Realizar ações
de Gestão Escolar (SGE), Sistema de de incentivo à melhoria de gestão, o que dis-
Gestão de Tecnologia (SGT) e outros parou a realização da frente de “Revisão do
sistemas próprios; Modelo de Atuação das Unidades de Gestão
• maior agilidade e segurança no fecha- e Mercado da Diret”, gerando como produto
mento mensal da produção; o Catálogo de Serviços dessas unidades,
• simplificação dos relatórios operacionais; as quais atuam em processos de interesse
• disponibilização das dimensões de comum ao SESI, ao SENAI e ao IEL.
dados “fechamento mensal” e da “visão
corrente”; e Em 2016, derivaram frentes importantes ao
• redução do trabalho operacional e maior aprimoramento da gestão:
investimento na inteligência do negócio.
• Implantação de ciclos de gestão das
O planejamento para 2017 é substituir as demandas pelos serviços previstos no
ferramentas de Consolidação da Produ- Catálogo das Unidades de Gestão e Mer-
ção da linha de negócio de Educação do cado, com a realização de reuniões men- 93
SESI – Sistema de Consolidação das Ações sais de acompanhamento pelas Gerên-
Educativas (Scae) e Sistema de Medição de cias Executivas e pela Diretoria Adjunta,
Desempenho (SMD) e, em 2018, incluir, na com suporte de ferramenta customi-
nova plataforma, as informações de Quali- zada.
dade de Vida e iniciar, pelo menos, um dos • Redesenho de quatro serviços do Catá-
negócios do IEL, a ser definido. logo, priorizados pelos clientes, visando
a aumentar a performance do serviço e
PROJETO DE MELHORIA E TRANSFOR- agregar mais valor no atendimento e na
MAÇÃO DE PROCESSOS DO SESI, DO entrega dos produtos – “Análise e Dispo-
SENAI E DO IEL – ENTIDADES NACIONAIS nibilização de Informações de Mercado,
Clientes e Produtos”; “Desenvolvimento
Com o propósito de gerar maior integração das Competências Essenciais de Docen-
entre os processos, eliminar sobreposições tes e Gestores das unidades operacio-
de atividades, de funções e otimizar a utili- nais do SESI e do SENAI”; “Disponibi-
zação de recursos das Entidades Nacionais lização de Informações de Produção
do SESI, do SENAI e do IEL, foi elaborada, e Desempenho”; “Negociação e Coor-
em 2014, a Cadeia de Valor da Diret. denação de Projetos Internacionais”;
“Plano de Atuação Internacional”.
Esse trabalho foi constituído a partir de • Estruturação da arquitetura de processos
uma abordagem conceitual e metodológica, de uma das Unidades do SENAI, Unidade
contando com a visão das equipes técnicas, de Educação Profissional (Uniep0, com o
dos gestores de cada unidade e da alta intuito de representar o seu modelo de
direção, representando a visão do mapa operação a partir da visão de processos
corporativo de processos da Diret. e de facilitar a identificação de pontos
críticos prioritários para a atuação. Essa A carteira de atividades internacionais, no
frente de trabalho tem a perspectiva de último ano, foi formada por 28 projetos de
ser aplicada para as demais Unidades de transferência de tecnologia e prestação de
Negócio do SENAI e do SESI nos próxi- serviços em Educação Básica, Educação
mos anos. Profissional, Educação e Carreira, Gestão,
• Publicação da Metodologia de Gestão de Inovação e Tecnologia e Qualidade de Vida.
Processos – Guia Prático, material desen- Essa atuação no exterior alcançou uma taxa
volvido a partir das boas práticas de mer- de conversão de projetos de 88%, em 45
cado, do conhecimento especializado países, nos cinco continentes, totalizando
no tema e das experiências na aplicação R$ 184 milhões, sendo R$ 127 milhões em
do método de Gestão de Processos em captação de recursos internacionais em
iniciativas realizadas nas Unidades das benefício de SESI, SENAI e IEL.
Entidades Nacionais do SESI, do SENAI e
do IEL. O guia disponibiliza ferramentas e Ainda no ano passado, a Uninter desenvol-
orientações que instrumentalizam a apli- veu metodologia própria de negociação,
cação de cada etapa do método, no intuito gestão e avaliação de projetos internacio-
de desenvolver a cultura de Gestão de nais, que vai ser transferida aos Departa-
Processos da Diret. mentos e Núcleos Regionais em 2017. Pela
• Iniciado o Programa de Capacitação em primeira vez, foram conduzidas quatro ava-
Gestão de Processos para formação liações finais de projetos de Cooperação
de equipes com a realização de duas Sul-Sul na África e na América Latina.
turmas e participação ampla de colabo-
radores das Entidades Nacionais, o pro- O ano de 2016 foi muito importante para
grama tem continuidade programada o reconhecimento das atividades interna-
para 2017. cionais do SESI, do SENAI e do IEL, mas foi
94 ainda mais especial para o SENAI.
As ações desenvolvidas foram balizadas
pelo propósito de implantar a gestão de RECONHECIMENTO DO SENAI PELA
processos das Entidades Nacionais como ONU
mecanismo para dispor de melhor consis- Em junho de 2016, o SENAI foi reconhecido
tência, padronização e adequação das ati- pela Organização das Nações Unidas (ONU)
vidades; promover maior interação entre como um dos três mais importantes atores na
executores e gestores na busca da melho- área de Educação do Hemisfério Sul. O traba-
ria contínua dos processos de trabalho; lho desenvolvido pela Instituição é citado na
gerar insumos para a correta avaliação e publicação Boas Práticas em Cooperação Sul-
gestão da capacidade operacional frente -Sul e Triangular para o Desenvolvimento Sus-
aos desafios estabelecidos; possibilitar o tentável, lançado pelo Escritório das Nações
estabelecimento de regras e métodos para Unidas para a Cooperação Sul-Sul.
a adequada priorização de iniciativas que
direcionem os processos ao alcance dos A publicação destaca o compromisso do
resultados esperados. SENAI com a oferta de cursos de qualidade
em 28 áreas tecnológicas, de forma presen-
ATUAÇÃO INTERNACIONAL cial e a distância, alinhada às necessidades
da indústria.
O SESI, o SENAI e o IEL contabilizaram 73
parcerias com instituições no exterior em PARTICIPAÇÃO DO SENAI EM FÓRUM
2016, sendo 10 delas novas, formalizadas no MUNDIAL DA ONU PARA COOPERAÇÃO
ano. Esforços conjuntos atingiram 40 ativida- SUL-SUL
des prospectadas em 23 países, das quais oito Em decorrência do reconhecimento como
se transformaram em novos projetos. uma das três instituições de Educação
Profissional mais importantes do mundo, Desenvolvimento do setor de Madeira e
a ONU convidou o SENAI a participar, em Móveis em Rondônia e Amapá
novembro do último ano, de seu fórum de
discussão sobre as melhores práticas de No último ano, o convênio entre o SENAI e
cooperação entre países. Realizado em a instituição italiana Consorzio Del Mobile
Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o (Cosmob), assinado em 2015 para o forta-
fórum Exposição Global para o Desenvol- lecimento do setor de Madeira e Móveis na
vimento Sul-Sul (GSSD Forum) teve como região Norte, finalizou sua fase no Amapá
tema “Cooperação Sul-Sul: rumo à inova- e deu início à transferência de tecnologia e
ção, uma estratégia para a Agenda 2030 conhecimento a Rondônia.
de Desenvolvimento Sustentável”.
Energias Renováveis e Eficiência Energética
Representando o SENAI, a Uninter apre- – GIZ
sentou soluções eficazes de instituições
que contribuem para alcançar os Objetivos Em junho, o SENAI implantou em Tagua-
de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) tinga (DF) o Centro de Treinamento em
da ONU a um público composto por for- Energia Solar – chamado Casa Solar. O
muladores de políticas, líderes globais, espaço integra o projeto Energias Reno-
instituições do Sistema ONU (incluindo váveis e Eficiência Energética Brasileira,
OIT e Unido), financiadores e executores assinado entre o SENAI e a Cooperação
de projetos de cooperação em países em Alemã para o Desenvolvimento (GIZ) em
desenvolvimento (sobretudo da África, da 2010 e renovado em 2016, no valor de R$
América Latina e da Ásia) e instituições 1,2 milhão. Na Casa Solar, serão formados
semelhantes ao SENAI. profissionais em instalação de painéis sola-
res fotovoltaicos e também haverá a capa-
CAPTAÇÃO DE CONHECIMENTOS E citação de professores do SENAI de várias 95
TECNOLOGIAS INTERNACIONAIS unidades do país.
Em 2016, SESI, SENAI e IEL tiveram 16
projetos de Captação de Conhecimentos e Desde em 2010, quase 200 docentes e
Tecnologias Internacionais em sua carteira. técnicos do SENAI foram formados em
Deste total, cinco foram novos projetos, cursos nas áreas de eficiência energética,
assinados no ano. geração eólica e energia solar. Com a reno-
vação do acordo com a GIZ, outros cursos
Conexão Mundo nessas áreas estão sendo desenvolvidos e
serão implementados até 2018 nos DRs do
Em 2012, SESI e SENAI, em parceria com SENAI em São Paulo, Minas Gerais, Distrito
a organização não governamental (ONG) Federal, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia,
americana US-Brazil Connect, lançaram o Rio Grande do Sul e Pernambuco.
Conexão Mundo, programa de aperfei-
çoamento em língua inglesa que impactou Implementação dos Institutos SENAI de Ino-
positivamente centenas de estudantes e vação: parceria com o instituto Fraunhofer
teve sua última turma concluída em 2016.
O projeto reforçou o aprendizado do idioma Em 2015, o SENAI assinou com o Frau-
para alunos do ensino médio do SESI e nhofer, instituto alemão de tecnologia,
estudantes do SENAI, ao introduzir a cul- um acordo de transferência de tecnolo-
tura norte-americana de forma inovadora e gia de ponta para os Institutos SENAI de
promover intercâmbio nos Estados Unidos. Inovação (ISI). Em 2016, por meio desse
Em quatro anos, foram mais de 5 mil alunos, acordo, pesquisadores dos 21 institutos já
em dezenas de cidades brasileiras. em operação e integrantes do Comitê de
Governança da Rede ISI (inaugurado no
último ano) puderam trabalhar em parceria estudar e propor soluções para gargalos
e acessar projetos e atividades inovadores no sistema de inovação brasileiro. Espe-
produzidos pelos 67 institutos Fraunhofer cialistas do SENAI reuniram-se, nos Esta-
na Alemanha. dos Unidos, com membros do MIT envol-
vidos em pesquisas de interesse para
O acordo é um intercâmbio de experiên- monitorar avanços, explorar tecnologias
cia e prevê que a indústria brasileira tenha ou práticas de gerenciamento de tecno-
acesso às pesquisas alemãs. A parceria logia emergente.
estará vigente até 2019 e vai beneficiar
todos os Institutos SENAI de Inovação, Curso de formação em saúde e segurança
faltando ainda quatro Institutos SENAI de do trabalho oferecido ao SESI pela OIT
Inovação para serem inaugurados.
Em novembro, 90 colaboradores do SESI
Programa de Desenvolvimento do Setor foram beneficiados com o curso de for-
Naval e Offshore Brasil-Japão mação em gestão da segurança e saúde
na empresa, desenvolvido e conduzido
O Programa de Desenvolvimento do pela OIT. O objetivo do curso foi fortale-
Setor Naval e Offshore Brasil-Japão, cer a capacidade do SESI em implementar
assinado entre o SENAI e a Agência de e desenvolver modalidades e sistemas mais
Cooperação Internacional do Japão em efetivos para a gestão da SST, com novos
2014, foi concluído no ano passado. O instrumentos de gestão, harmonização da
programa envolveu o treinamento de legislação existente ao ambiente de traba-
instrutores e a formação de técnicos no lho real e sistematização sobre SST desen-
Brasil em 40 cursos, nas áreas de corte, volvida pela OIT.
solda, montagem, controle de qualidade e
96 tubulação das embarcações para a indús- Apoio da FIOH ao desenvolvimento dos
tria naval. Foram beneficiadas unidades Institutos SESI de Inovação em longevi-
do SENAI no Rio Grande do Sul, Bahia, dade e absenteísmo
Rio de Janeiro e Pernambuco.
A parceria com o Instituto Finlandês de
Dos diversos resultados do programa, des- Saúde Ocupacional (FIOH), assinada com
tacam-se a capacitação de mais de 100 o SESI em 2015, prevê incorporar proces-
instrutores do SENAI; a formação de apro- sos e produtos inovadores que impactam
ximadamente 10 mil técnicos brasileiros; diretamente a produtividade do trabalha-
a proposição de cinco medidas de políticas dor em questões de saúde e segurança no
públicas para a indústria naval; e a melhoria trabalho, absenteísmo e doenças crôni-
nas técnicas utilizadas no setor. cas, de modo a melhorar o bem-estar nas
indústrias brasileiras.
Pesquisa em Sistemas de Inovação Brasil-
-Estados Unidos Em 2016, foram realizadas atividades com
os DRs do SESI do Paraná e da Bahia. No
A parceria com o Massachusetts Institute of Paraná, foram executados projetos-piloto
Technology (MIT) destina-se a elevar a expe- em três empresas e capacitados quatro pro-
riência dos Institutos SENAI de Tecnologia fissionais multiplicadores da metodologia.
(ISTs) em pesquisa aplicada em plataformas Houve ainda um seminário com empresas.
tecnológicas, por meio de treinamento, Na Bahia, cinco companhias receberam pro-
coaching e/ou transferência de tecnologia. jetos-piloto, enquanto 10 profissionais mul-
tiplicadores da metodologia foram capacita-
Em 2016, vários especialistas do MIT dos. Também foram realizados seminários
estiveram no Brasil a fim de identificar, com empresas.
OFFSET Prestação de serviços a WorldSkills Rússia
A iniciativa da Uninter em offsets está ali-
nhada aos Direcionadores Estratégicos da O SENAI também firmou acordo internacio-
CNI e à agenda de implementação dos nal de prestação de serviços com a WorldSkills
Institutos SENAI de Inovação (ISI) e de Rússia. O acordo prevê a preparação de com-
Tecnologia (IST). A atuação na temática de petidores e treinadores russos para a próxima
offsets se dá em dois eixos: no estabeleci- competição mundial de profissões técnicas, a
mento de parcerias formais com as Forças WorldSkills Abu Dhabi, nos Emirados Árabes,
Armadas Brasileiras, detentoras de créditos em outubro de 2017. Entre janeiro e setembro
de offsets, e na elaboração de projetos, nos de 2017, os consultores do SENAI vão ofere-
quais a indústria brasileira (por meio de cer à delegação russa treinamento similar ao
SESI, SENAI e IEL) seja beneficiária, junto a que garantiu ao time brasileiro o primeiro lugar
fornecedores estrangeiros com obrigações no mundial de 2015, em São Paulo, com 31
de offsets no país. medalhas. O contrato é de US$ 800 mil, com
participação dos DRs de Alagoas, São Paulo,
Em março de 2016, foi firmada parceria Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e
entre o SENAI e a Diretoria de Gestão Santa Catarina.
de Programas Estratégicas da Marinha,
responsável pela negociação e gestão de Projeto de Modernização da Educação no
acordos de offsets. O objetivo é fomentar Paraguai
a transferência de tecnologia dos fornece-
dores estrangeiros ao SENAI, de modo a Em outubro do ano passado, o SENAI
catalisar a inovação na indústria brasileira. assinou contrato de prestação de servi-
ços com a Agência de Cooperação Inter-
Essa parceria soma-se às já existentes entre nacional Japonesa (JICA) para capacitar
o SENAI e o Exército Brasileiro e o SENAI e instrutores, professores e diretores do 97
a Força Aérea Brasileira. Serviço Nacional de Promoção Profissio-
nal no Paraguai (SNPP), instituição que
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS atua de forma similar ao SENAI no país
INTERNACIONAIS vizinho. Com duração de pouco mais de
SESI, SENAI e IEL tiveram nove projetos de quatro anos, o contrato prevê a realização
prestação de serviço no exterior em sua car- de vários cursos, que vão ajudar o SNPP
teira em 2016, dos quais cinco foram assina- a desenvolver programas educacionais de
dos no ano. formação profissional.

Centro de Formação Profissional no Haiti O projeto, no valor de US$ 726 mil, teve início
um mês antes da assinatura do contrato e é
O SENAI será o principal executor do projeto desenvolvido pelo SENAI do Paraná.
de implementação de um centro de forma-
ção profissional, nos moldes de suas próprias Com este e outros três projetos em execu-
escolas, no Haiti. Com contrato assinado ção, o SENAI consolida-se como o principal
em dezembro de 2016 no valor de US$ 17 parceiro da JICA no Brasil.
milhões, provindos de recursos do Fundo de
Reconstrução do Haiti, o projeto terá vigên- Fundação JP Morgan
cia até 2020. A estimativa é de que, por ano,
a unidade educacional a ser implantada pelo O SENAI e a Fundação JP Morgan Chase,
SENAI naquele país capacite 3 mil alunos de dos Estados Unidos, firmaram acordo para
16 a 25 anos de idade, em áreas como cons- financiar o projeto e a construção de uma
trução civil, têxtil, agricultura e alimentos. plataforma digital para aumentar a partici-
pação e o interesse dos jovens brasileiros Instituto Maponya
em cursos de ensino técnico e tecnológico.
O projeto inovador visa à inserção dos Em maio, o SENAI assinou memorando
jovens no mercado de trabalho e à escolha de entendimentos com o Instituto Sul-
por carreiras técnicas. -Africano Richard Maponya – Institute for
Skills and Entrepreunership Development.
Este é o primeiro projeto internacional Com a oficialização da parceria, o SENAI
entre o SENAI e uma instituição de servi- negocia processo de transferência de tec-
ços financeiros, o que marca a abertura de nologias educacionais para capacitação
novas frentes de captação de recursos para pedagógica e técnica em seis segmentos
SESI, SENAI e IEL pela Uninter. industriais no Brasil.

REDE DE ATUAÇÃO INTERNACIONAL ACTVET Abu Dhabi


Em abril de 2016, o Programa de Capacita-
ção em Cooperação Internacional, desen- Em novembro, o SENAI e a sua instituição
volvido e conduzido pela Agência de Coo- congênere nos Emirados Árabes Unidos,
peração Alemã (GIZ), foi encerrado após a a ACTVET, assinaram memorando de
execução de seus três módulos desde março entendimentos que estabelece base para
de 2015. Um total de 18 cursos foram exe- cooperação técnica entre as instituições e
cutados em todo o país, nas cidades de possibilita a negociação de futuras pres-
Curitiba, Manaus, Vitória, Goiânia, Salva- tações de serviços internacionais na área
dor, Recife, Brasília, Fortaleza, Florianópo- de Educação Profissional. Isso inclui o
lis, Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém e apoio técnico do SENAI em competições
Maceió, capacitando 297 participantes. internacionais.

98 Este programa foi uma articulação impor- Banco Mundial


tante para a consolidação da Rede de Atua-
ção Internacional SESI/SENAI/IEL. O Banco Mundial e o SENAI estreitaram
laços de cooperação em 2015, durante a
Parcerias em destaque assinadas em 2016 WorldSkills São Paulo. No ano passado,
esse vínculo foi fortalecido no evento
WorldSkills Rússia e ASI organizado pelo Banco Mundial em Nova
Déli, Índia, para o qual o SENAI foi convi-
O SENAI assinou dois importantes memo- dado para apresentar suas experiências de
randos de entendimento para prestação sucesso no desenvolvimento de compe-
de serviços internacionais: com a Agência tências por meio de projetos internacio-
Russa de Assuntos Estratégicos (ASI) e com nais nos continentes africano e asiático.
a WorldSkills Rússia. Ambos abrem bases O modelo de educação profissional ofe-
para cooperação técnica internacional no recido pelo SENAI no Brasil foi apontado
âmbito da Educação Profissional, prevendo como referência neste evento, organizado
desenvolvimento de capacidade técnica, em março.
consultoria na área de competições mun-
diais de educação profissional – WorldSkills A partir desse encontro, o SENAI iniciou
Competition – e trabalho conjunto em pes- negociação com o Banco Mundial para
quisa e desenvolvimento sobre melhores novas frentes de projetos de prestação de
práticas em Educação Profissional. serviços na África.
ESTUDOS E PROSPECÇÃO

Responsável por desenvolver prospec- tes meios de comunicação sobre o Mapa


tivas e projeções, estudos e pesquisas e do Trabalho Industrial. No que diz respeito
gerar informações customizadas sobre à veiculação de matérias, de acordo com
ambientes de negócios, a Uniepro teve o Clipping Indústria, a Uniepro contribuiu
importante atuação em 2016, superando com informações para 146 reportagens
sua produção de 2015. No ano passado, em 2016. Se todas as inserções fossem
a unidade desenvolveu 80 prospectivas e convertidas em compra de espaço publi-
projeções (ante 23 em 2015); 280 estu- citário, o valor estimado do investimento
dos e pesquisas (97 no ano anterior); e seria de R$ 2.230.329.
198 informações customizadas (contra
119 um ano antes). Além disso, a Unidade realizou o lança-
mento das Redes de Prospectiva e Proje-
A Uniepro ainda subsidiou o posicio- ção de Tecnologia e Inovação, Educação
namento institucional das Unidades de Profissional e Educação Básica e Conti-
Negócios e Gestão e Mercado da Diret nuada, complementando como 1 º Encon-
com reportagens divulgadas em diferen- tro Presencial das Redes de Prospectiva e
Projeção (Educação Profissional, Educação Os estudos e as pesquisas subsidiam
Básica e Continuada, Saúde e Tecnologia e programas, projetos e processos nas
Inovação). O apoio ao posicionamento ins- áreas de Educação, Saúde, Trabalho e
titucional também se deu com a transferên- Emprego. No último ano, a Uniepro ela-
cia de metodologias prospectivas e a orga- borou 267 estudos e 13 pesquisas. Entre
nização e/ou participação em 14 eventos. os estudos, vale ressaltar o trabalho “A
No contexto da transferência da metodolo- Educação Técnica e a Reforma do Ensino
gia de prospectiva, vale destacar a atividade Médio”, que discute sobre a importân-
realizada em Montevidéu, no Uruguai, que cia de ampliar e fortalecer o ensino téc-
contou com 30 participantes, de 11 institui- nico como componente central para o
ções de seis países (Argentina, Chile, Costa aumento da competitividade da econo-
Rica, Panamá, Trinidad e Tobago e Uruguai). mia brasileira. Quanto às pesquisas, des-
Essa ação gerou uma receita aproximada taca-se: a Pesquisa de Educação e Produ-
de R$ 20.100. No segmento de eventos, tividade, que investigou a relação entre a
destaca-se a organização do seminário baixa qualidade da educação e a produ-
“A Educação Técnica e a Reforma do Ensino tividade dos trabalhadores, bem como a
Médio”, que envolveu ministros e secretá- percepção sobre a qualidade do ensino
rios de Estado e pesquisadores de renome ao longo do tempo; e o piloto da avaliação
nacional e internacional. da proficiência do trabalhador da indús-
tria em língua portuguesa e matemática,
Assim como os demais serviços e produ- cujo objetivo foi identificar a proficiência
tos, as prospectivas e projeções foram do trabalhador, de forma a aprofundar
realizadas tanto sob demanda como por o debate sobre os desafios da indústria,
meio de ações programadas, a fim de diante da baixa escolaridade dos traba-
apoiar o processo de tomada de decisão lhadores, e gerar recomendações para o
100 na antecipação de demandas. Das 59 pro- SESI e o SENAI.
jeções realizadas, o destaque ficou com o
Mapa do Trabalho Industrial, que traçou o As informações customizadas fornecem às
panorama nacional e de todos os estados. Unidades de Negócios e Gestão e Mercado
As 21 prospectivas contaram com: oito da Diret dados ágeis, personalizados e proa-
painéis de especialistas – nas temáticas tivos e são classificados como Demandas
de alimentos e bebidas, construção civil, por Informações (DIs) e Alertas. Em 2016,
metalmecânica, couro e calçados, tecno- foram atendidas 198 DIs.
logia da informação (hardware e software),
serviços técnicos e de inovação e segu- Assim, de modo geral, o fortalecimento do
rança do trabalho; seis cenários – como posicionamento institucional das Unidades
o Monitoramento de Cenários Prospec- de Negócios e Gestão e Mercado da Diret,
tivos, que serve de base para o Planeja- em 2016, consistiu em:
mento Estratégico, os cenários prospec-
tivos da Bahia e o comportamento de • apoio à veiculação de matérias em dife-
futuro para cenários nos temas de tecno- rentes mídias;
logia e inovação, saúde, Educação Básica • lançamento e reuniões presenciais da
e Continuada e Educação Profissional; e Rede de Prospectiva e Projeção (RPP)
seis roadmaps tecnológicos para os Ins- com Regionais;
titutos SENAI de Inovação nos temas • transferência de metodologias prospectivas;
Eletroquímica, Manufatura híbrida, Lean • participação/coordenação de eventos;
logistic, Still or Alloys, Enzimas têxteis e • elaboração de estudos, pesquisas e
Hot forming. projeções.
AÇÕES COM FOCO EM MERCADO menta direciona esforços e decisões nos
processos de relacionamento com o cliente.
A Unidade de Relações com o Mercado (Uni-
Mercado) atua em ações de inteligência com- Como evolução do processo de integração
petitiva e no fortalecimento da Rede de Mer- do CRM, em 2016 o sistema nacional foi
cado. Assim, exerce sua missão de “formular integrado a 11 novos DRs, totalizando 22:
diretrizes e estratégias mercadológicas para AC, AL, AM, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MG,
orientar e apoiar a oferta e a entrega de solu- MS, MT, PA, PE, PI, PR, RN, RO, RR, RS, SC
ções articuladas do SESI, SENAI e IEL, em seu e SP. Em paralelo, estão sendo realizadas
atendimento às empresas industriais”. melhorias para manutenção dessas inte-
grações, a fim de aprimorar a qualidade da
O Customer Relationship Management informação. Em 2017, o desafio é finalizar
(CRM) é uma estratégia de gestão de rela- o processo de integração com os 27 DRs;
cionamento com clientes, parceiros e sta- atuar na manutenção evolutiva e periódica
keholders voltada ao entendimento e à ante- dessas informações; e disponibilizar visões
cipação das suas necessidades, bem como à analíticas com informações estruturadas
gestão das atividades de influência. Visando de negociações, atendimentos e produtos
integrar redes que ampliem a capacidade ofertados, para antecipar necessidades e
de atuação e de geração de resultados para oportunidades de negócio, a fim de contri-
atuação de forma sistêmica com as demais buir com o processo de tomada de decisão
entidades do Sistema Indústria, a ferra- das áreas Nacionais e Regionais.
Ainda, no último ano, A UniMercado elabo- com foco nos produtos do Instituto SENAI
rou análises, oportunidades e recomenda- de Tecnologia (IST) da Construção Civil; e
ções de negócio para 28 setores industriais outro, iniciado com o Regional Rio Grande
(painéis de mercado), para apoio às tomadas do Norte, voltado ao produto do SESI de
de decisões estratégicas e às operações gestão do absenteísmo.
comercias nos Regionais. Além disso, foi ini-
ciado o trabalho de harmonização do port- Para dar suporte à Rede de Mercado, foram
fólio nacional do Sistema Indústria, com a iniciadas as capacitações, com foco merca-
inserção de produtos da CNI. dológico, de cursos pertencentes à Trilha de
Conhecimento. Foram matriculados 3.257
A UniMercado também desenvolveu, em colaboradores que exercem a função Mer-
2016, a metodologia para identificação do cado nos 27 Regionais e no Cetiqt e inte-
nível de maturidade mercadológica dos grantes das equipes técnicas das Entidades
Regionais. A partir dela, foram realizados Nacionais nos cursos de Atendimento Con-
28 diagnósticos, que subsidiaram a elabo- sultivo e CRM – Gestão de Relacionamento
ração de 28 planos de ação, cujos objetivos com Clientes.
principais foram a elevação da maturidade
dos Regionais nas cinco dimensões avalia- A fim de fortalecer a Função Mercado,
das (Estratégia, Processos, Gestão, Pes- reduzindo as diferenças na atuação entre
soas e Tecnologia) e o aumento da perfor- Regionais do SESI, do SENAI e do IEL, de
mance de mercado. modo a entregar a melhor e a mais arti-
culada solução à indústria, houve grande
Entre as ações previstas nos planos de ação, investimento em governança corporativa.
foram construídas 12 réguas de relacio- Ela envolve a Rede de Mercado, por meio
namento com os clientes dos Regionais do de videoconferências e encontro anual
102 Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, com os interlocutores dos Regionais; o
Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Comitê Técnico de Mercado, com repre-
Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. sentantes técnicos e gestores de mer-
cado regionais; e o Fórum Executivo de
Também foi lançado o Modelo de Atuação Mercado, que reúne dirigentes do SESI,
Articulada, fruto de uma parceria entre a do SENAI e do IEL, representados por
Gerência Executiva de Desenvolvimento região, que deliberam diretrizes e estra-
Associativo (Geda) e a UniMercado. O tégias mercadológicas.
modelo pretende estabelecer parâmetros
para harmonizar as relações entre as áreas Em 2016, foram realizadas 11 videoconfe-
sindical e de mercado, ampliando o papel rências, três reuniões do Comitê Técnico
dos sindicatos na oferta de soluções do de Mercado e duas do Fórum Executivo de
Sistema Indústria e a atuação dos agentes Mercado, com a participação de aproxima-
de mercado ao estímulo ao associativismo. damente 150 pessoas.
Foram realizados dois pilotos, nos Regionais
Bahia e Paraná, e houve a implantação do No final do ano passado, foi realizado, em
modelo no Acre, em Minas Gerais, no Ceará Brasília, o VI Encontro Nacional de Mer-
e no Mato Grosso. cado, com participação de interlocutores de
27 Regionais, Cetiqt, gerentes e diretores
O Modelo de Atuação Articulada deu das Entidades Nacionais. O encontro reuniu
origem a outro projeto, no mesmo molde, cerca de 120 interlocutores de mercado e
porém voltado às áreas técnicas de SESI, proporcionou aos seus participantes a troca
SENAI e IEL. Em 2016, ocorreram dois pilo- de experiências entre si e com profissionais
tos: um com o Regional Distrito Federal, com visão externa do mercado, em relação à
103

ética nos negócios e às tendências tecnoló- pessoas, entre representantes governa-


gicas para o mundo profissional. mentais e empresários.

Outra ação de mobilização ocorreu na No último ano, também ocorreu o lança-


edição de 2016 da Olimpíada do Conhe- mento da Plataforma Nacional de Nego-
cimento, quando foi realizada uma ação ciação entre Regionais, ferramenta desen-
de relacionamento com os clientes, a fim volvida para dinamizar a articulação entre
de intensificar o network com empresas os Regionais para o desenvolvimento de
industriais e identificar oportunidades de propostas de base nacional, com maior agi-
negócios e parcerias para projetos con- lidade, padronização das informações de
juntos. Além disso, foram realizadas visi- produto e qualidade no desenvolvimento da
tas guiadas com aproximadamente 800 solução para o cliente.
3
CONTATOS REGIONAIS
PRESIDENTE DA CNI
ROBSON BRAGA DE ANDRADE
Telefones: (61) 3317-9528 |9529 |9582 |9583 Fax: (61) 3317-9527
Chefe de Gabinete: Teodomiro Braga da Silva
SBN Q. 01, Bloco C , Edifício Roberto Simonsen, 17º andar
CEP: 70040-903 | Brasília/DF
Telefones do Gabinete: (61) 3317- 9810|9811 |9812 |9813
E-mail: [email protected]
www.cni.org.br

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO ACRE (FIEAC)


JOSÉ ADRIANO RIBEIRO DA SILVA
Presidente
Superintendente de Operações do Sistema FIEAC: Jorge Luiz Araújo Vila Nova
Avenida Ceará, nº 3.727, Bairro Floresta
106 CEP: 69918-108 | Rio Branco/AC
Telefones da Presidência: (68) 3212-4201 |4202
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE ALAGOAS (FIEA)


JOSÉ CARLOS LYRA DE ANDRADE
Presidente
Diretor Executivo: Walter Luiz Jucá Sá
Av. Fernandes Lima, 385, Ed. Casa da Indústria, 5º andar
CEP: 57055-902 | Maceió/AL
Telefones da Presidência: (82) 2121-3002/3003 PABX: (82) 2121-3000
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected], solange.vercosa@
al.sesi.org.br

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO AMAPÁ (FIEAP)


Av. Padre Júlio Maria Lombaerd 2000, Bairro Santa Rita
CEP: 68900-030 | Macapá/AP
Telefone: (96) 3084-8900

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO AMAZONAS (FIEAM)


ANTONIO CARLOS DA SILVA
Presidente
Chefe de Gabinete: Sérgio Melo de Oliveira
Av. Joaquim Nabuco, 1919, Cx. Postal 3, Centro
CEP: 69020-031 | Manaus/AM
Telefones da Presidência: (92) 3234-3930 |3186-6500
PABX: (92) 3186-6666
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected], maria.
[email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA (FIEB)


ANTONIO RICARDO ALVAREZ ALBAN
Presidente
Chefe de Gabinete: Romulo Garcia Machado
Rua Edístio Pondé, 342, STIEP, 5º andar
CEP: 41770-395 | Salvador/BA
Telefones da Presidência: (71) 3343-1201/1207 PABX: (71) 3343-1200
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected], tatia-
[email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO CEARÁ (FIEC)


JORGE ALBERTO VIEIRA STUDART GOMES
Presidente
Chefe de Gabinete: Sérgio Roberto Lopes
Av. Barão de Studart, 1980, 5º andar, Cx. Postal 4250, Bairro Aldeota
CEP: 60120-901 | Fortaleza/CE
Telefones da Presidência: (85) 3421-5404 |5405 |5400
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected],
[email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO DISTRITO FEDERAL (FIBRA)


JAMAL JORGE BITTAR 107
Presidente
SIA Trecho 03, Lote 225, 2º andar
CEP: 71200-030 | Brasília/DF
Telefones da Presidência: (61) 3362-6020 |6046
E-mail: [email protected], [email protected], thais.senna@
sistemafibra.org.br

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (FINDES)


MARCOS GUERRA
Presidente
Assessora Executiva da Presidência: Annelise Lima
Av. Nossa Senhora da Penha, 2053, 8º andar
Cx. Postal 5042 – Ed. Findes – Bairro Santa Lúcia
CEP: 29056-913 | Vitória/ES
Telefones da Presidência: (27) 3334-5600 |5603 |5606 (27) 3227-4280
E-mail: [email protected], [email protected], marcosguerra@findes.
org.br [email protected], [email protected], [email protected], cmiranda@
findes.org.br

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS (FIEG)


PEDRO ALVES DE OLIVEIRA
Presidente
Assessor da Presidência: Lenner da Silva Rocha
Avenida Araguaia, nº 1.544, Edifício Albano Franco, Casa da Indústria, Vila Nova
CEP: 74645-070 | Goiânia/GO
Telefones da Presidência: (62) 3219-1366 |1368 |1401 Geral: (62) 3219-1300
E-mail: [email protected], [email protected], elisangela.fieg@
sistemafieg.org.br, [email protected], [email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO MARANHÃO (FIEMA)


EDÍLSON BALDEZ DAS NEVES
Presidente
Chefe de Gabinete: Roberta Lopes Tanus
Av. Jerônimo de Albuquerque s/nº 4º andar
Bairro Retorno da Cohama , Bequimão , Ed. Casa da Indústria Albano Franco
CEP: 65060-645 São Luís/MA
Telefones da Presidência: (98) 3212-1862 |1820
E-mail: [email protected], [email protected],

FEDERAÇÃO DAS INDÚTRIAS NO ESTADO DE MATO GROSSO (FIEMT)


JANDIR JOSÉ MILAN
Presidente
Av. Historiador Rubens de Mendonça, 4.193, Edifício Casa da Indústria
Bairro Bosque da Saúde
CEP: 78050-500 | Cuiabá/MT
Telefones da Presidência: (65) 3611-1503 PABX: (65) 3611-1555 Fax: (65) 3644-1175
E-mail: [email protected], [email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL (FIEMS)


108 SÉRGIO MARCOLINO LONGEN
Presidente
Av. Afonso Pena 1.206, 5º andar, Ed. Casa da Indústria, Cx. Postal 98, Centro
CEP: 79005-901 | Campo Grande/MS
Telefones: Presidência: (67) 3389-9003 |9001
E-mail: [email protected], [email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS (FIEMG)


OLAVO MACHADO JÚNIOR
Presidente
Chefe de Gabinete: Antônio Marum
Av. do Contorno 4.456, Bairro Funcionários
CEP: 30110-916 | Belo Horizonte/MG
Telefones da Presidência: (31) 3263-4451 |4452
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected], marum@
fiemg.com.br,
Chefe de Representação do Sistema FIEMG em Brasília:
Getúlio Vargas Álvares Guimarães
Telefones: (61) 3327-3876 |3328-0218 |0183
E-mail: [email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARÁ (FIEPA)


JOSÉ CONRADO AZEVEDO SANTOS
Presidente
Secretária: Rosilda Pinheiro
Chefe de Gabinete: Fabio Contente Biolcati Rodrigues
Trav. Quintino Bocaiúva 1.588, Bairro Nazaré, 8º andar
CEP: 66035-190 | Belém/PA
Telefones: (91) 4009-4806 |4807 |4808
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA PARAÍBA (FIEP)


FRANCISCO DE ASSIS BENEVIDES GADELHA
Presidente
Chefe de Gabinete: Chênia Maria Camelo Brito
Av. Manoel Gonçalves Guimarães 195, Ed. Agostinho Velloso da Silveira
Bairro José Pinheiro
CEP: 58407-363 | Campina Grande/PB
Telefones da Presidência: (83) 2101-5326 |5348 |5325 PABX: (83) 2101-5300
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARANÁ (FIEP)


EDSON LUIZ CAMPAGNOLO
Presidente
Assessora: Adriana Brandão
Av. Cândido de Abreu 200, 7º andar, Centro Cívico
CEP: 80530-902 | Curitiba/PR
Telefones: (41) 3271-7769 |7770 |7768
E-mail: [email protected], [email protected],
[email protected], [email protected], [email protected], cerimonialpre-
[email protected] 109

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO (FIEPE)


RICARDO ESSINGER
Presidente
Av. Cruz Cabugá 767, Ed. Casa da Indústria, Bairro Santo Amaro
CEP: 50040-911 | Recife/PE
Telefones da Presidência: (81) 3412-8467 |8489 |8300
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PIAUÍ (FIEPI)


ANTONIO JOSÉ DE MORAES SOUZA FILHO
Presidente
Assessoras da Presidência: Celene Rodrigues e Kamila de Souza
Teresina: (Delegacia)
Av. Industrial Gil Martins, Bairro Redenção, Ed. Albano Franco 1810
CEP: 64017-650 | Teresina/PI
Telefones: (86) 3218-1395 |5700
E-mail: [email protected], [email protected], assessoriapresiden-
[email protected], [email protected],
Parnaíba: (Sede)
Chefe de Gabinete: Carlos Eduardo
SESI – Serviço Social da Indústria, Centro, Rua Riachuelo 455
CEP: 64200-280 | Parnaíba/PI
Telefones: (86) 3322-2303
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (FIERN)
AMARO SALES DE ARAÚJO
Presidente
Chefe de Gabinete: Fernando Antônio Bezerra
Av. Senador Salgado Filho 2860, Ed. Engº Fernando Bezerra, 9º andar
Casa da Indústria, Lagoa Nova
CEP: 59075-900 | Natal/RN
Telefones da Presidência: (84) 3204-6260 |6262 |6165 |6263
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected] [email protected].
org.br, [email protected], [email protected], [email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDUSTRIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (FIERGS)


HEITOR JOSÉ MÜLLER
Presidente
Chefe de Gabinete: Júlio César de Magalhães
Av. Assis Brasil 8787 – Bairro Sarandí
CEP: 91140-001 | Porto Alegre/RS
Telefones: (51) 3347-8711 |8712 PABX: (51) 3347-8787
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (FIRJAN)


EDUARDO EUGENIO GOUVÊA VIEIRA
Presidente
Chefe de Gabinete: Beatriz de Vicq Carvalho
Av. Graça Aranha 01, 12º andar – Centro
110 CEP: 20030-002 | Rio de Janeiro/RJ
Telefones da Presidência: (21) 2563-4120 |4121
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected], lmosilva@
firjan.org.br

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE RONDÔNIA (FIERO)


MARCELO THOMÉ DA SILVA DE ALMEIDA
Presidente
Secretária Executiva: Jane Moraes
Bairro Arigolândia, Rua Rui Barbosa 1112
CEP: 76801-186 | Porto Velho/RO
Telefones da Presidência: (69) 3216-3461 |3457 |3458 PABX: (69) 3216-3400
E-mail: [email protected], [email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE RORAIMA (FIER)


RIVALDO FERNANDES NEVES
Presidente
Chefe de Gabinete: Jannaína Rosa de Araújo Casarin
Av. Benjamin Constant 876, Centro
CEP: 69301-020 | Boa Vista/RR
Telefone Geral: (95) 4009-5367 |5353
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA (FIESC)
GLAUCO JOSÉ CÔRTE
Presidente
Chefe de Gabinete: Rodrigo Carioni
Rodovia Admar Gonzaga 2765, 3º andar
CEP: 88034-001 | Florianópolis/ SC
Telefones da Presidência: (48) 3231-4116 |3239-1467
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected],
[email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FIESP)


PAULO ANTONIO SKAF
Presidente
Chefe de Gabinete: Rossildo Faria de Oliveira
Av. Paulista 1313, 14º andar, Bairro Bela Vista
CEP: 01311-923 | São Paulo/SP
Telefones da Presidência: (11) 3549-4613 |4304
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]
Chefe de Representação do Sistema FIESP em Brasília: Marcos de Castro Lima
Telefone: (61) 3039-1332
E-mail: [email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SERGIPE (FIES)


EDUARDO PRADO DE OLIVEIRA
Presidente
Secretário Executivo: Alexandre César Coutinho Conrado Dantas 111
Av. Dr. Carlos Rodrigues da Cruz, s/nº , Centro Administrativo Augusto Franco,
Bairro Capucho
CEP: 49080-190 | Aracaju/ SE
Telefones da Presidência: (79) 3226-7472 |7477
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected], juliana.
[email protected]

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO TOCANTINS (FIETO)


ROBERTO MAGNO MARTINS PIRES
Presidente
Chefe de Gabinete: Amanda Araújo Barbosa
Quadra 104 Sul, Rua SE 03, Lote 29, Ed. Armando Monteiro Neto
77020-016 | Palmas/ TO
Telefones da Presidência: (63) 3229-5747 |5738 |5810
E-mail: [email protected], [email protected], kenia@sistema-
fieto.com.br, [email protected], [email protected]
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRET
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia

SENAI/DN
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral

DIRETORIA ADJUNTA
Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira
Diretor Adjunto

Unidade de Relações com o Mercado – UniMercado


Paulo Henrique Freitas
Gerente Executivo

Gerência de Inteligência de Mercado


Daniela Bernardon
Gerente de Inteligência de Mercado

Ane Fabíola Lima


Colaboração

DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO – DIRCOM


Carlos Alberto Barreiros
Diretor de Comunicação

Gerência Executiva de Publicidade e Propaganda – GEXPP


Carla Gonçalves
Gerente Executiva

Núcleo de Gestão de Editoração


Produção Editorial

DIRETORIA DE SERVIÇOS CORPORATIVOS – DSC


Fernando Augusto Trivellato
Diretor de Serviços Corporativos

Área de Administração, Documentação e Informação – ADINF


Maurício Vasconcelos de Carvalho
Gerente Executivo

Alberto Nemoto Yamaguti


Normalização

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Alexandre Gaspari
Redação

Danúzia Queiroz
Revisão Textual

Editorar Multimídia
Projeto Gráfico e Diagramação
RELATÓRIO
ANUAL
2016

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