Estado e Politicas Sociais Fundamentos e Experiencias
Estado e Politicas Sociais Fundamentos e Experiencias
Estado e Politicas Sociais Fundamentos e Experiencias
POLTICAS
SOCIAIS
FUNDAMENTOS
E EXPERINCIAS
ORGANIZADORES
Jnior Macambira
Francisca Rejane Bezerra Andrade
Organizadores
Jnior Macambira
Francisca Rejane Bezerra Andrade
Fortaleza
Instituto de Desenvolvimento do Trabalho
Universidade Estadual do Cear
2014
CONSELHO EDITORIAL
Tania Bacelar de Arajo
Amilton Moretto
Fernando Augusto Mansor de Mattos
Tarcisio Patricio de Arajo
Roberto Alves de Lima
Pierre Salama
REVISO VERNACULAR
Maria Lusa Vaz Costa
NORMALIZAO BIBLIOGRFICA
Paula Pinheiro da Nbrega
EDITORAO ELETRNICA
Patrcio de Moura
CAPA
Ildembergue Leite
SUMRIO
APRESENTAO
CAPTULO 1
O ESTADO BRASILEIRO E OS DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO NO INCIO
DO SCULO 21............................................................................................................13
Marcio Pochmann
CAPTULO 2
ATUALIDADES DA QUESTO SOCIAL, DA JUSTIA SOCIAL E DA GESTO
DE POLTICAS PBLICAS ........................................................................................35
Maria do Socorro Ferreira Osterne
CAPTULO 3
RUPTURAS, CONTINUIDADES E LIMITES DAS NOVAS PROPOSTAS DE
POLTICA SOCIAL ..................................................................................................... 57
Carlos Alberto Ramos
CAPTULO 4
PADRES DE DESENVOLVIMENTO, MERCADO DE TRABALHO E PROTEO
SOCIAL: A EXPERINCIA BRASILEIRA ENTRE AS DCADAS LIBERAL (1990) E
DESENVOLVIMENTISTA (2000)............................................................................79
Jos Celso Cardoso Jr e Cludia Satie Hamasaki
CAPTULO 5
TRABALHO E INTERAO: INFLUNCIAS CONCEITUAIS PARA
UMA
POLTICA
PBLICA
DE
QUALIFICAO
PROFISSIONAL
DA JUVENTUDE ......................................................................................................137
Francisca Rejane Bezerra Andrade e Jnior Macambira
CAPTULO 6
POLTICAS PBLICAS E JUVENTUDE NA SOCIEDADE BRASILEIRA:
CONTRIBUIES PARA O DEBATE ...................................................................159
Liduina Elizabete Angelim Gomes da Silva
CAPTULO 7
POLTICAS PBLICAS DE JUVENTUDE NO BRASIL: RESGATE DE UMA
TRAJETRIA EM CONSTRUO .........................................................................183
Maria Celeste Magalhes Cordeiro e Josbertini Virginio Clementino
CAPTULO 8
ENTRE MUROS: EDUCAO PROFISSIONAL COMO ESTRATGIA
DE INSERO SOCIAL PARA ADOLESCENTES EM PRIVAO
DE LIBERDADE........................................................................................................203
Ftima Regina Guimares Apolinrio
CAPTULO 9
POLTICAS DE INCLUSO PRODUTIVA E QUALIFICAO PROFISSIONAL: A
EXECUO DO PRONATEC BRASIL SEM MISRIA E O SEGURO-DESEMPREGO
NA BAHIA, NO CEAR E EM SERGIPE ............................................................... 227
APRESENTAO
Secularmente, a questo social est presente na sociedade
brasileira. Ela expressa na desigualdade. Desigualdade de riqueza, de
renda, de direitos, de acesso a oportunidades de educao e sade. E, nas
abordagens transdisciplinares do desenvolvimento ela se revela como
centralidade.
Dada a relevncia deste tema, desenvolvimento e questo social, foi
com grata alegria que recebi o livro Estado e polticas sociais: fundamentos
e experincias, organizado por Jnior Macambira, pesquisador do IDT, e
Francisca Rejane Bezerra Andrade, professora da UECE. Em 2013, haviam
realizado, conjuntamente, a organizao de outro livro Trabalho e
formao profissional: juventudes em transio.
Estado e polticas sociais: fundamentos e experincias fruto
da iniciativa do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), em
parceria com a Universidade Estadual do Cear (UECE), e contou com
o apoio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) do
Governo do Cear. Li-o com voracidade e verifiquei o cumprimento de
sua proposta desafiadora: abordar as experincias de polticas pblicas
do Estado, notadamente aquelas desenvolvidas pela Secretaria do
Trabalho e Desenvolvimento Social do Governo do Estado do Cear
(STDS), articul-las com outras interpretaes de pesquisadores
engajados da rea e, assim, contribuir para o debate acerca das polticas
sociais no Brasil e no Cear.
A organizao de um livro com esta temtica tarefa rdua h
infinitos cortes e dimenses, o que aumenta o risco de se findar com
uma colcha de retalhos de artigos. No o caso desta obra. A despeito de
no ser dividido em tomos, perceptvel o fio condutor que alinhavou
a ordenao dos trabalhos. Os trs primeiros tratam de fundamentos
gerais. So abordadas questes cruciais: qual o tipo de estado que se deve
ter para promover o desenvolvimento; como se avaliar uma proposta de
poltica social, e o que questo social.
Abre o volume o artigo O Estado brasileiro e os desafios do
desenvolvimento no incio do sculo 21, de Marcio Pochmann. O
CAPTULO 1
Marcio Pochmann1
O sistema capitalista revela em suas crises peridicas
momentos especiais de profunda reestruturao. Na realidade,
oportunidades histricas em que velhas formas de valorizao do
capital sinalizam esgotamentos, enquanto as novas formas ainda no
se apresentam plenamente maduras no centro dinmico do mundo.
Nestas circunstncias abrem-se, muitas vezes, possibilidades reais e
efetivas de pases deslocados do centro dinmico do mundo virem a
assumir algum grau de protagonismo no desenvolvimento mundial,
outrora sob o comandado da antiga e desigual diviso hierrquica do
poder global.
De maneira geral, o Brasil tem demonstrado deter condies
de aproveitar oportunidades histricas geradas nos momentos de
profundas crises e reestruturao do capitalismo mundial. Na Grande
Depresso capitalista entre 1873-1896, por exemplo, houve avano
considervel na constituio de uma nova expanso econmica
associada produo e exportao de matrias-primas e alimentos,
aps vrias dcadas de regresso econmica derivadas do fim do
ciclo do ouro no sculo 18. Dado o conservadorismo da oligarquia
rural prevalecente em grande parte dos pases da regio, os esforos
1 Professor do Instituto de Economia e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e
de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas.
13
TAVARES, M. Problemas de industrializacin avanzada em capitalismos tardios. Ciudad de Mxico: CIDE, 1981.
VERGOPOULOS, K. Globalizao: o fim de um ciclo. Rio de Janeiro:
Contraponto. 2005
34
CAPTULO 2
48
49
52
53
REFERNCIAS
BRAVO, Maria Ins Souza; PEREIRA, Potyara Amazoneida Pereira. Poltica
social e democracia. 2. ed. So Paulo: Corts, 2002.
CASTEL. Robert. As metamorfoses da questo social: uma crnica do
trabalho. Traduo de Iraci D. Poleti. Petrpolis: Vozes, 1998.
DAGNINO, Evelina. Os movimentos sociais e a emergncia de uma nova
noo de cidadania. In: DAGNINO, Evelina (Org.). Os anos 90: poltica e
sociedade no Brasil. So Paulo: Brasiliense, 1994.
FRASER, Nancy. Polticas feministas na era do reconhecimento: uma
abordagem bidimensional da justia de gnero. In: BRUSCHINI, Cristina;
UNBEHAUM, Sandra G. (Org.). Gnero, democracia e sociedade
brasileira. Traduo de Helosa Eugnia Villela Xavier. So Paulo:
Fundao Carlos Chagas, 2002.
HARVEY, David. Condio ps-moderna: uma pesquisa sobre as origens da
mudana cultura. 23. ed. Traduo de Adail Ubirajara Sobral e Maria Stela
Gonalves. So Paulo: Edies Loyola Jesutas, 2012.
HEIDEMANN, Francisco G.; SALM, Jos. (Org.). Polticas pblicas e
desenvolvimento: bases epistemolgicas e modelos de anlise. 2. ed.
Braslia, DF: Editora Universidade de Braslia, 2010.
LIMA, Alex Myler Duarte. Justia em Nancy Fraser. 2010. 150 f. Dissertao
(Mestrado em tica e Epistemologia) - Universidade Federal do Piau,
Teresina, 2010.
LYOTARD, Jean Franois. O ps-moderno. Traduo Ricardo Corra
Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio Editora, 1988.
MORIN, Edgar. Introduo ao pensamento complexo. 2. ed. Lisboa:
Instituto Piaget, 1991.
. Os sete saberes ligados educao do futuro. So Paulo: Cortez,
2000.
54
55
CAPTULO 3
INTRODUO1
Em uma das instituies acadmicas mais prestigiosas do mundo,
o Massachusetts Institute of Technology (MIT), em 2003 foi criado,
por trs de seus professores (Abhijit Banerjee, Esther Duflo, e Sendhil
Mullainathan), o Poverty Action Lab (PAL), denominado, a partir de
2005, o J-PAL, em homenagem a Abdul Latif Jameel, pai de um exaluno (Mohammed Abdul Latif Jameel) que ajudara financeiramente
a consolidar o centro.2 O objetivo desse laboratrio, hoje uma
rede de instituies de pesquisa espalhadas por todo o mundo, era
subsidiar a formulao de polticas pblicas no tocante rea social,
particularmente o combate pobreza. Esses subsdios formatao de
polticas tinham como objetivo tornar as intervenes mais eficazes
e eficientes mediante nexos e ordens de causalidade que estivessem
ancorados em provas estatsticas robustas (evidence-based policy).
Basicamente, pretendia-se popularizar mtodos de avaliao
de impacto que j eram corriqueiros e incontornveis em outras
reas, especialmente a medicina. Avaliaes sobre os reais impactos
das polticas deveriam ser quantificados mediante tcnicas similares
1 Professor do Departamento de Economia, Universidade de Braslia (UnB).
2 A histria do J-PAL pode ser encontrada em: <http://www.povertyactionlab.org/
History>.
57
REFERNCIAS
ALESINA, A.; GLAESER, E.; SACERDOTE, B. Why Doesnt the United
States Have a European-Style welfare State?. [S.l.]: Harvard Institute
of Economic Research, 2001. 66 p. (Dicussiona Paper Number, 1933).
Disponvel em: <http://scholar.harvard.edu/files/glaeser/files/why_
doesnt_the_u.s._have_a_european-style_welfare_state.pdf>. Acesso em:
set. 2014.
ALLGE, G. Lexprimentation sociale des incitations financires
lemploi: questions mthodologiques et leons des expriences nordamricaines. Paris: OFCE, 2008. 37 p. (Document de Travail, n. 2008-22).
Disponvel em: <http://spire.sciencespo.fr/hdl:/2441/6148/resources/
wp2008-22.pdf>. Acesso em: set. 2014.
BARRERA-OSRIO, F.; LINDEN, L. L. The use and misuse of computers in
education: evidence from a randomized experiment in Colombia. [S.l.]:
The World Bank, 2009. 41 p. (Policy Research Working Paper, 4836. Impact
Evaluation Series, n. 29). Disponvel em: <http://www-wds.worldbank.org/
external/default/WDSContentServer/IW3P/IB/2009/02/11/000158349_200
90211111507/Rendered/PDF/WPS4836.pdf>. Acesso em: set. 2014.
BORKUM, Evan; HE, Fang; LINDEN, Leigh. School libraries and language
skills in Indian primary schools: a randomized evaluation of the Akshara
Library Program. [S.l.: s.n.], 2013. 24 p. Disponvel em: <http://www.
povertyactionlab.org/publication/effects-school-libraries-language-skillsevidence-randomized-controlled-trial-india>. Acesso em: set. 2014.
DEPARTMENT FOR INTERNATIONAL DEVELOPMENT. Growth: building jobs
and prosperity in developing countries. [S.l.: s.n.], [20--]. Disponvel em:
<http://www.oecd.org/derec/unitedkingdom/40700982.pdf>. Acesso em:
set. 2014.
DUFLO, E.; KREMER, M. Use of Randomization in the Evaluation of
Development Effectiveness. In: CONFERENCE ON EVALUATION AND
DEVELOPMENT EFFECTIVENESS, 2003, Washington, DC. Proceedings...
Washington, DC: World Bank, 2003. 37 p. Disponvel em: <http://economics.
mit.edu/files/765>. Acesso em: set. 2014.
EASTERLY, W. The elusive quest for growth: economists adventures and
misadventures in the Tropics. Cambridge: The MIT Press, 2002.
77
78
CAPTULO 4
PADRES DE DESENVOLVIMENTO,
MERCADO DE TRABALHO E PROTEO
SOCIAL: A EXPERINCIA BRASILEIRA
ENTRE AS DCADAS LIBERAL (1990) E
DESENVOLVIMENTISTA (2000)
Jos Celso Cardoso Jr1
Cludia Satie Hamasaki2
Maria do S.1
INTRODUO2
A primeira dcada do novo milnio, mormente o perodo
2003-2013, cumpriu entre outras funo didtica nos embates
acadmico e poltico brasileiros. Aps praticamente 25 anos de
1 Economista pela Faculdade de Economia, Administrao e Contabilidade da
Universidade de So Paulo (FEA/USP), com mestrado em Teoria Econmica
e doutorado em Desenvolvimento (com especializao em Economia Social e
do Trabalho), ambos pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de
Campinas (IE/UNICAMP). Desde 1996 Tcnico de Planejamento e Pesquisa do
Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA), tendo sido Diretor-Adjunto
de Estudos e Polticas Sociais (DISOC/IPEA), Diretor de Estudos e Polticas do
Estado, das Instituies e da Democracia (DIEST/IPEA) e Diretor de Planejamento,
Monitoramento e Avaliao do Plano Plurianual (PPA) 2012-2015, na Secretaria de
Planejamento e Investimentos Estratgicos (SPI) do Ministrio do Planejamento,
Oramento e Gesto (MPOG), Governo Federal, Brasil.
2 Graduada em Cincias Econmicas pela Faculdade de Economia, Administrao e
Contbeis da Universidade de So Paulo (FEA/USP), e com Mestrado e Doutorado
pelo Programa de Ps-Graduao em Economia (PIMES) da Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE/PIMES). Foi pesquisadora pelo Departamento de Cincias
Econmicas, no Grupo de Economia do Setor Pblico da UFPE. Foi professora da
Universidade Catlica de Pernambuco. Hoje professora adjunta no curso de
Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie e no curso de Economia da
Facamp (Faculdades de Campinas), atuando na rea de Economia do Setor Pblico,
Economia Social e do Trabalho.
79
Vetor de
Demanda por
Fora de Trabalho
Decises
empresariais e
estatais de
contratao
Imperativo da
sobrevivncia
Vetor de
Oferta de
Fora de Trabalho
Assalariamento direto
(com carteira, militares
e estatutrios)
Trabalho autnomo
(por conta prpria)
Trabalho no autoconsumo +
autoconstruo
Trabalho no-remunerado
94
concluso
98
0,4
0,2
0,2
0,1
Tabela 2 - Taxa Mdia de Crescimento Anual da Ocupao por Setor de Atividade (das Pessoas de 10 Anos ou Mais de Idade, Ocupadas na Semana de Referncia) - Brasil: 2001 a 2012
Segmentos de atividade do trabalho principal
Agrcola
Industria
Indstria
Construo
Servios
Comrcio e reparao
Servios
2001-03
1,33
0,89
1,38
-0,16
2,07
3,12
1,63
2004-07 2008-12
-1,48
2,64
2,43
3,10
2,32
2,49
2,24
-3,75
0,66
-1,04
3,79
1,57
1,01
1,79
108
16 A respeito, ver Cardoso Jr. (2001), bem como Cardoso Jr. (2005) para visualizao
em detalhe dos dados e das tendncias do perodo.
109
1998
2003
2008
2012
Total
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
Empregado
52,3
52,5
54,3
59,1
62,5
29,6
28,4
29,9
35,0
39,9
.Militar e estatutrio
.Empregado sem carteira de trabalho assinada
6,1
6,5
6,6
7,0
7,4
16,6
17,5
17,9
17,2
15,1
.Sem declarao
0,0
0,0
Trabalhador domstico
6,7
7,2
7,7
7,2
6,9
1,2
1,8
2,1
2,0
2,0
5,5
5,4
5,6
5,3
4,8
.Sem declarao
0,0
0,0
Conta prpria
21,7
23,0
22,4
20,0
20,4
Empregador
3,7
4,1
4,2
4,5
3,8
No remunerado
10,5
8,7
7,1
4,7
2,7
4,9
4,3
4,2
4,3
3,7
0,2
0,3
0,1
0,1
0,1
Sem declarao
0,0
0,0
111
2001-03
2004-07
2008-12
Empregado
Com carteira de trabalho assinada
Militar e estatutrio
Outro sem carteira de trabalho assinada
1,71
1,79
2,46
1,32
2,53
3,87
2,46
0,19
1,64
3,23
1,75
-2,01
Trabalhador domstico
Com carteira de trabalho assinada
Sem carteira de trabalho assinada
0,85
1,54
0,63
0,78
2,19
0,29
-0,56
1,42
-1,33
Conta prpria
Empregador
No remunerado
Trabalhador na prod. para o prprio
consumo
1,78
1,88
-0,05
0,76
-0,55
-2,50
0,85
-2,84
-10,07
5,16
3,95
-2,50
2,42
9,43
-6,56
60
59,4
59,2
57,3
55
51,6
49,3
50
45
46,8
44
40
35
36,9
36,7
1992
1998
38,6
30
Nucleo Estruturado
2003
2008
2012
13
12,1
12
11,6
12,3
12,3
11,9
11,8
11,6
11
11,1
11,1
10,9
10,0
10
9,6
9,0
8,0
9,2
7,0
7,2
6,5
6,2 6,1
5,6
8,5
8,4
8,2
7,9
7,8
7,4 7,3
9,7
9,4
9,1
9,7
9,3
9,0
8,8
7,5 7,4
7,2
7,8
6,9
6,4
8,3
6,8
7,2
6,5
6,3
6,3
6,2
5,7
5,3
5,3
5,4
4,9
4,7
4
1
4
Total
10
Homens
11
12
13
14
15
16
17
18
Mulheres
a irrupo da crise financeira em 2008. Em outras palavras, constatamse diferenas importantes de comportamento da ocupao entre as
dcadas de 1990 e a primeira de 2000. H que se destacar a marcante
piora durante a dcada liberal e a relativa recuperao durante a
dcada desenvolvimentista. A taxa de ocupao - Populao Ocupada
(PO): Populao Economicamente Ativa (PEA) regrediu de forma mais
acentuada que a taxa de participao (PEA/PIA) entre 1995/1999,
fazendo a taxa de desemprego Populao Desempregada (PD/PEA)
crescer 62,6% no perodo, o que a elevou de 6,1% em 1995 para 9,9%
em 1999. J na dcada seguinte, apesar da forte recuperao da taxa de
participao (PEA/PIA), a ocupao total teve desempenho bastante
positivo, contribuindo para a manuteno da taxa de desemprego em
patamar sempre inferior a 10% ao ano.
d) Precarizao ou piora na qualidade dos postos de trabalho na
dcada de 1990 e relativa melhora na primeira dcada de 2000
Intimamente associada informalizao e ao crescimento e
diversificao dos tipos de desemprego (friccional, cclico, sazonal,
estrutural, oculto, de insero, de excluso), constata-se, nos anos
1990, uma precarizao crescente das relaes e condies laborais,
com aumento da assimetria j existente entre capital e trabalho,
especialmente para as categorias ocupacionais tidas como informais,
no interior das quais parece residir as atividades mais precrias, do
ponto de vista da qualidade da ocupao - caso claro dos trabalhadores
autnomos - e de mais frgil insero profissional, do ponto de vista
das relaes de trabalho - caso evidente dos sem registro em carteira.19
Em estudos sobre a qualidade dos postos de trabalho, e embora
reconhecendo a complexidade conceitual e emprica em definir e
mensurar o fenmeno da precarizao, acreditamos que informaes
sobre cobertura previdenciria, tipo e quantidade de benefcios
recebidos pelos trabalhadores, jornada de trabalho, nmero de
empregos praticados, permanncia no emprego e filiao sindical,
dentre outros, cobrem conjunto muito relevante de aspectos ligados
19 Isto no , obviamente, o mesmo que dizer que no existem atividades de trabalho
precrio ou frgeis tambm no seio da categoria ocupacional de assalariados com
carteira, mas sim que neste caso a incidncia de inseres dessa natureza bem
menor, posto estarem ligadas ao ncleo mais estruturado do mercado de trabalho.
115
1998
2003
2008
2012
42,5
43,2
46,1
52,5
60,4
Agrcola
8,6
9,4
10,9
16,2
20,9
Indstria de transformao
66,2
63,7
63,0
69,0
76,0
74,1
78,0
76,8
86,8
90,5
Construo
38,6
29,0
27,9
35,3
42,6
Comrcio e reparao
49,5
47,7
47,4
53,7
62,7
Alojamento e alimentao
Transporte, armazenagem e comunicao
Administrao pblica
40,5
37,9
40,2
44,9
54,0
71,4
62,6
59,1
65,3
71,2
76,6
77,6
84,6
89,8
88,4
75,7
75,7
82,6
85,5
88,5
Servios domsticos
Outros servios coletivos, sociais, pessoais
Outras atividades
19,0
26,5
29,3
30,4
37,7
34,1
36,0
38,0
36,2
45,1
80,3
73,7
72,7
73,7
80,6
27,4
16,4
11,8
18,9
22,1
Total
20 A respeito, ver Reinecke (1999) e Cardoso Jr. (2005) para visualizao em detalhe
dos dados e das tendncias do perodo.
116
0,74
71,8%
0,72
71,3%
0,7
69,3%
67,8%
0,68
68,0%
70,6%
68,9%
69,6%
71,3%
70,6%
66,9%
67,0%
65,7%
66,0%
65,9%
64,9%
65,5%
65,2% 64,5%
65,1%
64,3%
64,8%
64,6%
63,8%
63,8% 63,8%
64,1% 63,5%
64,0%
63,6%
63,4%
63,4%
62,9%
62,5%
62,8%
62,7%
62,5%
62,3%
61,8%
61,8%
61,7%
60,8% 61,3% 61,4%
61,4%
60,9%
61,0%
60,7%
60,7%
60,2%
60,6%
60,0%
66,4%
0,66
0,64
0,62
0,6
67,0%
0,58
0,56
00
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
99
20
98
Homens
19
97
19
19
95
96
19
94
19
93
19
19
19
92
0,54
Mulheres
Total
27,0
24,0
23,3
20,3
21,1
27,3
0,7
23,9
29,1
1,0
26,6
29,2
1,6
26,4
28,1
2,0
22,6
25,6
2,5
10,1
10,6
11,5
9,5
7,8
32,9
27,4
25,1
21,7
19,1
8,4
5,6
4,6
4,9
7,6
118
2001
2009
2012
Var. %
92-01
Var. %
01-12
891,1
1.087,8
1.220,9
1.432,6
22,1
31,7
Homens
1.055,2
1.254,8
1.406,9
1.631,7
18,9
30,3
Mulheres
609,2
831,8
964,4
1.158,6
36,5
39,3
Com carteira
1.204,5
1.173,5
1.241,3
1.362,6
-2,6
16,1
Sem carteira
Conta
prpria
Empregador
409,0
606,6
687,9
818,7
48,3
34,9
818,1
987,1
1.011,4
1.328,6
20,7
34,6
3.032,4
3.766,8
3.731,0
4.523,4
24,2
20,1
Estatutrio
1.462,1
1.969,7
2.298,6
2.450,7
34,7
24,4
Brasil
70
65
64
63,1
60,8
61,3
61
60,5
60,4
60
59,6
58,7
58
58,4
58,9
59,4
47,6
48,1
2006
2007
60,4
55
50
48,8
45
48,3
47,5
47,2
47,3
46,7
46,7
46,2
45,7
45,8
2002
2003
2004
46,7
49,1
40
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2005
2008
Grfico 4 - Evoluo da Distribuio Funcional da Renda - Participao da Renda do Trabalho Assalariado (Com e Sem Carteira) + Vencimento dos
Militares e Estatutrios no PIB e na Renda Total dos Fatores. Brasil:
1995/2008
Fonte: Elaborao Prpria dos Autores a partir dos Dados do Sistema de Contas Nacionais/
IBGE.
Gini
49,5
49
0,600
49,1
48,8 0,585
0,580
0,580
0,580
0,575
48,5
0,566
0,567
48,3
0,563
48
48,1
0,554
0,547
47,5
47,5
47
0,541
47,3
46,7
0,540
0,528
47,2
46,5
0,560
47,6
0,544
0,521
0,520
46,7
46,7
46
46,2
45,5
0,500
45,7
45,8
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
0,480
1995
45
I. Gini - PNAD
70
65
63
63,3
60
55
57,3
56,7
53
56,1
55
55,3
55
54,4
52,3
48,2
50
45
45,6
45,5
45,3
45
45,7 45,5
40
47,2
44,1
46,6
44,5
41,7
44,3
40,6
40,8
35
36,5
30
35,3
32
29,2
96
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
95
27,8
19
19
93
94
19
19
19
92
25
129
da
distribuio
130
REFERNCIAS
AMADEO, E.; CAMARGO, J. M. Instituies e mercado de trabalho
no Brasil. In: CAMARGO, J. M. (Org.). Flexibilidade do mercado de
trabalho no Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 1996.
BAER, M. O rumo perdido: crise fiscal e financeira do estado
brasileiro. So Paulo: Paz & Terra, 1993.
BALTAR, P.; DEDECCA, C. Mercado de trabalho no Brasil: o
aumento da informalidade nos anos 90. Campinas: I.E. Unicamp,
1997. Mimeografado.
BALTAR, P.; MATTOSO, E. Transformaes estruturais e emprego nos
anos 90. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 18, n. 1, p. 18-40, 1997.
BALTAR, P.; PRONI, M. Flexibilidade do trabalho, emprego
e estrutura salarial no Brasil. Campinas: I.E. Unicamp, 1995.
(Cadernos do Cesit, n. 15).
BELLUZZO, L. G.; ALMEIDA, J. G. Depois da queda: a economia
brasileira da crise da dvida aos impasses do real. Rio de Janeiro:
Civilizao Brasileira, 2002.
BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. Caractersticas do
emprego formal: RAIS 2005. Braslia, DF, 2005.
CACCIAMALI, M. C. Mercado de trabalho brasileiro nos anos
90: menos empregos, mais poltica pblica. So Paulo: FIPE, 1995.
Mimeografado.
CARDOSO JR., J. C. Anatomia da distribuio de renda no Brasil:
estrutura e evoluo nos anos 90. 1999. Dissertao (Mestrado) Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1999a.
. Crise e desregulao do trabalho no Brasil. Braslia, DF:
IPEA, 2001. (Texto para Discusso, n. 814).
131
132
133
134
135
136
CAPTULO 5
PARADIGMAS
NA
138
152
153
157
158
CAPTULO 6
179
181
CAPTULO 7
INTRODUO
O tema juventude auferiu viso pblica nos ltimos anos
no Brasil, ocupando a pauta em diversos espaos, como os meios de
comunicao, as universidades e os parlamentos. Uma das razes
desse interesse o aumento do nmero de jovens no Pas. Segundo
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio (PNAD), h cerca
de 50 milhes de pessoas com idades entre 15 e 29 anos no Brasil,
1 Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Cear (1997), Mestra em
Sociologia pela Universidade Federal do Cear (1989). Graduada em Cincias
Sociais pela Universidade Federal do Par (1976). Atualmente professora do
Mestrado de Polticas Pblicas da Universidade Estadual do Cear e professora
aposentada da Universidade Estadual do Cear. Tem experincia na rea de
Sociologia, com nfase em Sociologia Poltica, atuando principalmente nos
seguintes temas: Imaginrio e Poltica, Literatura e Sociedade, Pensamento Social
Brasileiro. Coordena grupo de pesquisa sobre Imaginrio e Poltica.
2 Mestre em Planejamento e Polticas Pblicas pela Universidade Estadual do Cear
(2009), Graduado em Administrao Pblica e de Empresas pela UECE (2002).
Secretrio do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado do Cear. Foi
Diretor do Departamento de Polticas de Trabalho e Emprego para a Juventude
do Ministrio do Trabalho e Emprego, Secretrio Parlamentar da Cmara dos
Deputados, Conselheiro Nacional de Juventude da Secretaria Geral da Presidncia
da Repblica, Secretrio de Juventude de Maracana-CE, e Presidente do Frum
Estadual de Secretrios de Juventude do Cear.
183
adultos (cidados e cidads que se encontram na faixaetria dos 25 aos 29 anos). (CONSELHO NACIONAL DE
JUVENTUDE, 2006).
192
193
200
201
CAPTULO 8
3 Os jovens foram identificados com nomes fictcios. Para isso usamos nomes de
planetas e de plantas, a fim de deix-los mais vontade, pois suas identidades
estavam sendo preservadas.
205
223
224
225
226
CAPTULO 9
APRESENTAO
As polticas de qualificao profissional, no Brasil, ganharam
maior projeo com a estruturao do Programa Nacional de Acesso
ao Ensino Tcnico e Emprego (Pronatec). A partir da vertente do
programa denominada Pronatec Brasil Sem Misria foram criados
instrumentos por meio dos quais o governo federal permite viabilizar
a incluso produtiva dos beneficirios de seus programas sociais.
1 Economista formado pela Faculdade de Economia, Administrao e Contabilidade
(FEA)/Universidade de So Paulo (USP), com mestrado e doutorado em Integrao
da Amrica Latina pelo PROLAM-USP. Foi Coordenador Geral de Emprego e
Renda do Ministrio do Trabalho e Emprego, responsvel pelo Sistema Nacional
de Emprego (SINE) e pelos programas de crdito e gerao de emprego e renda
vinculados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Atualmente professor
substituto do curso de Gesto de Poltica Pblica na Universidade de Braslia
(UnB). Tem atuao em pesquisas e consultorias na rea de polticas pblicas
enquanto consultor snior do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
da Organizao Internacional do Trabalho (OIT), do Programa das Naes Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD) e da Confederao Nacional da Indstria (CNI).
2 Consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento desde 2010, perodo no
qual trabalhou no Mxico, Estados Unidos e Brasil. Possui mestrado em Relaes
Internacionais pelo Instituto de Estudos Polticos de Paris (Sciences-Po Paris), e
contribuiu para o desenho, implantao e avaliao de programas relacionados a
intermediao de mo de obra, capacitao profissional e educao em diferentes
pases da Amrica Latina.
227
QUALIFICAO
As
referidas aes de qualificao profissional so
explicitadas apenas no Plano Brasil Sem Misria, no mbito
da vertente relacionada incluso prevista neste Plano,
sendo que uma parceria entre o MDS e MEC proporcionou
a criao de um programa especfico para atender a esse
pblico (Pronatec Brasil Sem Misria);
PRONATEC SEGURO-DESEMPREGO
A execuo do Pronatec Seguro-Desemprego se d a partir
da articulao entre secretarias estaduais e municipais de trabalho
que operam o SINE, e as entidades ofertantes de cursos, no mbito
do Pronatec.
O Frum Nacional de Secretarias do Trabalho (FONSET)11
instituiu, em 2013, um grupo de trabalho tendo como propsito
realizar um diagnstico do desempenho da integrao entre as aes de
qualificao profissional, no mbito do Pronatec, e as aes do sistema
pblico de emprego executadas pelo SINE. Segundo informaes
obtidas junto ao MEC, e sistematizadas especialmente para o FONSET,
o Pronatec Seguro-Desemprego realizou 47.880 matrculas, em 2012,
correspondentes a apenas 35,3% das vagas pactuadas. No Nordeste,
foram 10.207 matrculas, com aproveitamento das vagas ainda mais
insatisfatrio, de apenas 30,4% das vagas pactuadas. Em relao a
2013, foram pactuadas 212.587 vagas com o MTE, no mbito desta
vertente do programa, sendo que at maio de 2013, apenas 12,7% das
vagas tinham matrculas efetuadas.
A seguir, so apresentadas as informaes sistematizadas
pelo MEC para o FONSET acerca dos resultados do Pronatec SeguroDesemprego, por unidade da federao, sendo destacados os casos de
Bahia, Cear e Sergipe:
11 O FONSET, criado no final dos anos 1980, constitudo como uma sociedade
civil, formada por titulares das secretarias estaduais de trabalho e a Secretaria
de Trabalho do Distrito Federal. Trata-se de um espao de dilogo e troca de
experincia entre os estados e o governo federal, e tem por objetivo definir e
firmar posies em torno de problemas relacionados ao mundo do trabalho,
como fortalecer a participao dos estados na definio de polticas pblicas.
Atua junto ao MTE no aperfeioamento das aes de qualificao e intermediao
dos profissionais, celebrando convnios com rgos e entidades nacionais e
internacionais, com vistas ao intercmbio nessa rea. Esse frum tem participao
ativa no Conselho Nacional de Economia Solidria (CNAES) e no CODEFAT, ambos
vinculados ao MTE.
242
ESTADO
Vagas
Pactuadas
Matrculas
Aproveitamento (%)
Vagas
Pactuadas
Matrculas
Aproveitamento
(%)
AC
AL
AM
AP
BA
CE
DF
ES
GO
MA
MG
MS
MT
PA
PB
PE
PI
PR
RJ
RN
RO
RR
RS
SC
SE
SP
TO
TOTAL
BRASIL
TOTAL
NE
298
1.029
683
1.100
16.879
6.185
475
2.344
3.107
333
10.836
2.129
38.134
1.733
513
5.807
1.522
2.117
19.297
155
932
321
1.038
310
1.089
16.820
246
135.432
52
558
929
31
4.989
1.783
561
625
2.161
76
3.248
487
7.563
7.563
882
1.174
160
2.620
8.578
361
357
34
1.279
973
224
7.494
242
47.880
17,45
54,23
136,02
2,82
29,56
28,83
118,11
26,66
69,55
22,82
29,97
22,87
19,83
25,33
171,93
20,22
10,51
123,76
44,45
232,90
38,30
10,59
123,22
313,87
20,57
44,55
98,37
35,35
250
2.174
1.576
480
29.018
3.575
6.325
7.917
5.545
425
39.270
2.001
15.361
3.028
687
4.092
1.902
14.360
18.564
383
992
133
14.120
2.078
780
36.651
900
212.587
67
845
5
6.044
897
275
1.484
607
97
1.638
195
4.100
182
167
232
11
1.066
3.367
67
20
1.174
217
33
4.102
113
27.005
0,00
3,08
53,62
1,04
20,83
25,09
4,35
18,74
10,95
22,82
4,17
9,75
26,69
6,01
24,31
5,67
0,58
7,42
18,14
0,00
6,75
15,04
8,31
10,44
4,23
11,19
12,56
12,70
33.512
10.207
30,46
43.036
7.548
17,54
243
249
250
252
CAPTULO 10
INTRODUO
A participao da mulher no mercado de trabalho reflete, na
maioria dos pases, sua posio subalterna na sociedade, a despeito da
evoluo positiva dos indicadores de que maior igualdade entre homens
e mulheres fora alcanada nas ltimas quatro dcadas nos pases
1 Este artigo deriva de pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico, Brasil. Participaram da pesquisa os
pesquisadores: Eduardo Cury, Fabio Tatei e Tania Toledo Lima, do Ncleo de
Estudo e Pesquisa de Poltica Internacional. Estudos Internacionais & Polticas
Comparadas (NESPI)/Universidade de So Paulo (USP)/ Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq). Ao longo do texto citaremos os
artigos produzidos pela equipe sobre o tema.
2 Maria Cristina Cacciamali, Doutora e Livre Docente em Economia pela Universidade
de So Paulo (Brasil) com Ps-Doutorado pelo Massachusetts Institute of
Technology. Atualmente Professora Titular da Faculdade de Economia,
Administrao e Contabilidade e do Programa de Ps-Graduao em Integrao
da Amrica Latina da Universidade de So Paulo, onde leciona e pesquisa na
rea de estudos do trabalho e polticas pblicas. Pesquisadora Snior do CNPq.
Coordenadora do NESPI/USP/CNPq.
3 Maria de Ftima Jos-Silva, especialista em psicologia social; especialista em sade
do trabalhador, doutora pelo Programa de Ps-Graduao Interunidades em
Integrao da Amrica Latina (PROLAM)/USP. Professora adjunta da Universidade
Federal de So Paulo/Escola Paulista de Medicina, pesquisadora NESPI/USP/
CNPq.
253
Mulher
Experincia
Experincia2
Anos de estudo
Jovem
Cor preta
Cor parda
Cor outra (ndio, branco e amarelo)
Famlia cnjuge
Famlia filho
RM Recife
RM Salvador
RM Belo Horizonte
RM Rio de Janeiro
+
-
RM Porto Alegre
Nvel de emprego
261
Experincia
Homem
Mulher
Experincia2
Anos de estudo
+
+
Jovem
Cor preta
+
-
Cor parda
+
+
Cor outra
Famlia cnjuge
Famlia filho
Famlia outro
RM Recife
RM Salvador
RM Belo Horizonte
RM Rio de Janeiro
RM Porto Alegre
Tamanho da famlia
262
Sig.
Mulher
Coef.
t
Sig.
0,2257
0,0388
-0,0003
-0,0051
0,0000
-0,0567
-0,1072
-0,0900
0,1404
-0,0876
0,0686
0,0281
0,1028
-0,0839
-0,2551
-0,4237
-0,0452
-0,1439
-0,0294
45,73
12,62
-10,38
-31,12
28,01
-3,56
-9,18
-10,71
3,22
-7,43
4,87
1,65
4,74
-4,97
-14,87
-18,94
-3,90
-13,34
-2,49
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
***
*
*
*
*
*
*
**
0,2419
0,0414
-0,0003
-0,0068
0,0000
-0,0506
-0,0355
-0,0433
0,0930
-0,0974
0,0198
-0,1047
0,2269
-0,1329
-0,1969
-0,2545
0,1524
-0,0670
0,1034
40,23
10,28
-7,28
-33,20
30,26
-2,66
-2,62
-4,68
2,26
-9,55
1,55
-5,78
10,56
-8,29
-11,21
-13,12
4,14
-4,78
7,96
*
*
*
*
*
*
*
*
0,1084
7,81
0,1597
11,88
-0,2165
-4,48
0,0196
1,30
-0,0645
0,0000
-5,93
-15,31
*
*
0,0152
0,0000
1,09
-13,77
-1,1445
-12,91
-1,5129
-17,63
-0,4950
4,5667
-42,05
33,04
*
*
-0,3631
3,5327
-39,66
24,69
*
*
35.210
*
*
*
*
*
*
*
*
*
30.272
263
Dotao de
fatores
0,021
-0,018
-0,146
0,112
-0,036
0
0
-0,001
0,028
0
0,001
0
-0,001
0,001
-0,003
0
0,019
-0,001
0,002
Coeficientes
-0,123
-0,026
-0,158
0,681
-0,214
-0,001
-0,007
-0,015
0,003
0,013
0,006
-0,039
-0,008
0,005
-0,015
-0,017
-0,002
-0,014
-0,021
Interao
Total
-0,002
-0,001
0,009
-0,028
0,009
0
0
-0,001
-0,002
0,001
-0,001
0
0,001
0
-0,001
0
-0,024
-0,002
-0,003
-0,104
-0,045
-0,295
0,765
-0,241
-0,001
-0,007
-0,017
0,029
0,014
0,006
-0,039
-0,008
0,006
-0,019
-0,017
-0,007
-0,017
-0,022
continua
265
Dotao de
fatores
-0,021
-0,003
0,001
0,104
0,069
0
Coeficientes
-0,012
-0,033
-0,013
0,06
-1,123
1,138
0,128
0,065
concluso
Interao
Total
0,007
0,032
-0,003
-0,025
0,028
0
-0,026
-0,004
-0,015
0,139
-1,026
1,138
-0,006
0,188
269
271
272
274
275
APNDICE A
Tabela 1A - Estimao da Probabilidade do Indivduo Estar Desocupado (Probit)
Coef.
Homem
Std.
t
Err.
0,0003 -3,51
0,0000 7,40
0,0079 -7,58
0,0385 13,89
0,0388 -0,18
0,0273 0,76
0,1515 -1,15
P>t
0,308
0,408
0,000
0,000
0,098
0,209
0,137
-0,0011
0,0000
-0,0598
0,5347
-0,0070
0,0209
-0,1744
Famlia cnjuge
0,1559
0,0258
6,04
0,000
0,5523
0,4192
-0,2649
-0,0122
0,2672
0,1521
-0,2235
0,0169
0,0328
0,0484
0,1767
0,1070
8,15
3,14
-1,26
0,16
0,000
0,002
0,206
0,874
0,0370
0,0403
0,0603
0,0360
1,68
0,094
0,92 0,358
-0,3072 0,0870
-3,53 0,000
-0,0114 0,0353
-0,32 0,748
-6,2488 1,9071
-3,28 0,001
2,1315
1,1512 1,85
Numberofobs
Design df
F(16, 2258)
Prob> F
0,064
2,9404 1,0645 2,76 0,006
= 35210 Numberofobs = 30272
= 2273 Design df
=
2227
= 108,87 F (16, 212)
=
87,06
=
0 Prob> F=0
276
P>t
Experincia
Experincia^2
Anos de estudo
Jovem
Cor preta
Cor parda
Cor outra
Famlia filho
Famlia outro
RM Recife
RM Salvador
RM Belo Horizonte
RM Rio de
Janeiro
RM Porto
Alegre
Nvel de emprego
cons
0,000
0,000
0,000
0,000
0,858
0,445
0,250
Mulher
Std.
Coef.
t
Err.
-0,0003 0,0003 -1,02
0,0000 0,0000 0,83
-0,0644 0,0063 -10,29
0,5248 0,0378 13,87
-0,0579 0,0350 -1,65
0,0298 0,0237 1,26
0,1675 0,1127 1,49
APNDICE B
Tabela 1B - Estimao do Tempo de Durao da Desocupao (Tobit)
Homem
Std.
Err.
Coef.
Mulher
t
P>t
Coef.
Std.
Err.
P>t
Experincia
Experincia^2
Anos de estudo
Jovem
Cor preta
Cor parda
Cor outra
1,5223
-0,7603
1,3003
0,6987
3,0714
1,9039
-2,2773
2,3042
1,4431
-0,0133
Famlia cnjuge
Famlia filho
Famlia outro
Renda familiar per
capita
Tamanho da famlia
RM Recife
RM Salvador
RM Belo Horizonte
RM Rio de Janeiro
RM Porto Alegre
nvel mdio de
renda
_cons
-8,6920
-1,23 0,219
/sigma
17,1072
28,09 0,000
Numberofobs
35210
Numberofobs
30272
Design df
2273
Design df
2227
F(18, 2256)
Prob> F
=
=
29,86
0
F(18, 2210)
Prob> F
=
=
30,26
0
0,1461
0,6336
0,6406
0,4552
2,0559
10,42
-1,20
2,03
1,54
1,49
0,000
0,230
0,042
0,125
0,135
0,1307
0,6249
0,6774
0,4519
2,3826
14,57
-3,64
3,40
3,19
-0,01
0,000
0,000
0,001
0,001
0,996
277
CAPTULO 11
289
296
297
298
299
300
APOIO