Apg 6
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APG 6
1 - Compreender a epidemiologia, etiologia e fisiopatologia da I.C.C.
2 - Analisar as manifestações clínicas da I.C.C.
3 - Entender o diagnóstico e tratamento da I.C.C
mecanismos de ação dos fármacos
4 - Descrever as doenças endêmicas negligenciadas e o motivo de existirem.
Durante atividades simples, como subir um lance de escadas, podem sentir falta de ar devido à utilização
excessiva da reserva cardíaca.
Atletas saudáveis têm um aumento controlado e adaptável na reserva cardíaca durante o exercício, enquanto
na insuficiência cardíaca, essa resposta é comprometida.
Controle do Desempenho e do Débito Cardíacos:
Débito Cardíaco e Seus Componentes:
Principal determinante do desempenho cardíaco.
Reflete a frequência cardíaca (batimentos por minuto) e o volume sistólico (quantidade de sangue bombeada a
cada contração).
Expresso como o produto entre a frequência cardíaca e o volume sistólico.
Regulação da Frequência Cardíaca:
Equilíbrio entre atividade do sistema nervoso simpático (aumenta a frequência cardíaca) e do sistema nervoso
parassimpático (a retarda).
Pré-carga e Pós-carga:
Pré-carga: Reflete o volume ou pressão do ventrículo ao final da diástole, influenciado pelo retorno venoso.
Pós-carga: Força que o músculo cardíaco em contração deve gerar para ejetar o sangue, composta pela
resistência vascular sistêmica e tensão da parede ventricular.
Contratilidade do Miocárdio (Inotropismo):
Capacidade de contração do coração.
Aumenta o débito cardíaco independentemente da pré-carga e pós-carga.
Envolve interação dos filamentos de actina e miosina, energia fornecida pelo ATP e presença de íons cálcio
(Ca++).
Mecanismos de Modulação da Contratilidade:
Liberação de Ca++ do retículo sarcoplasmático durante a contração.
Canais de Ca++ dependentes de voltagem do tipo L abertos pelos potenciais de ação.
Segundo mensageiro cAMP facilita a abertura desses canais.
Catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) influenciam os efeitos inotrópicos por meio da ligação com
receptores β-adrenérgicos.
Bombas de Troca Iônica e Modulação do Inotropismo:
Bomba de troca iônica Na+/Ca++ e bomba de Ca++ dependente de ATPase regulam o transporte de Ca++
para fora da célula.
Inibição da extrusão de Ca++ pode aumentar o inotropismo.
Glicosídios digitálicos atuam inibindo a bomba Na+/K+-ATPase, aumentando a concentração intracelular de Na+
e, consequentemente, elevando o Ca++ intracelular
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Função cardíaca pode estar acima do normal, mas é inadequada devido a necessidades
metabólicas aumentadas.
Causas:
Anemia grave.
Tireotoxicose.
Condições que causam desvio arteriovenoso.
Doença de Paget.
2. Insuficiência de Baixo Débito:
Descrição em termos de capacidade de bombeamento do coração:
Causada por distúrbios que prejudicam a capacidade de bombeamento do coração.
Exemplos incluem doença cardíaca isquêmica e miocardiopatia.
Manifestações Clínicas:
Vasoconstrição sistêmica.
Extremidades frias, pálidas e, às vezes, cianóticas.
Em formas avançadas, reduções acentuadas no volume sistólico evidenciadas por um
estreitamento da pressão diferencial.
Diferenças nas Extremidades:
Insuficiência de alto débito: Extremidades geralmente quentes, com rubor.
Insuficiência de baixo débito: Extremidades frias, pálidas e, às vezes, cianóticas.
Observações Importantes:
Na insuficiência de alto débito, a função cardíaca pode ser elevada, mas é inadequada devido a demandas
metabólicas aumentadas.
Na insuficiência de baixo débito, há uma redução na capacidade de bombeamento do coração, causando
vasoconstrição sistêmica e extremidades frias.
As causas específicas diferem entre os dois tipos de insuficiência.
Mecanismos Compensatórios na Insuficiência Cardíaca:
Na insuficiência cardíaca, diversos mecanismos compensatórios e adaptativos são acionados para manter a reserva
cardíaca. Esses mecanismos incluem:
1. Mecanismo de Frank-Starling:
Descrição: A capacidade do coração de ajustar seu débito cardíaco em resposta às mudanças no
retorno venoso, mantendo assim a homeostase.
Papel na Insuficiência Cardíaca: Ajuda a manter o desempenho global de bombeamento do coração em
níveis relativamente normais, especialmente nas fases iniciais da disfunção cardíaca.
2. Ativação de Influências Neuro-Humorais:
Reflexos do Sistema Nervoso Simpático:
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Volume sistólico não se eleva tanto quanto com inotropismo normal, independentemente do
aumento da pré-carga.
Diminuição no débito cardíaco e no fluxo sanguíneo renal leva a retenção de sódio e água.
Aumento do volume vascular, retorno venoso e volume diastólico final ventricular.
Compensação e Limitações:
Aumento do débito cardíaco dentro de certos limites, preservando-o em repouso.
Elevação crônica da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo, causando congestão
pulmonar.
Estiramento muscular intensificado aumenta a necessidade de oxigênio, contribuindo para
isquemia.
O aumento da pré-carga, em certos cenários, piora a insuficiência cardíaca.
2. Diuréticos na Insuficiência Cardíaca:
Uso de diuréticos ajuda a reduzir:
Volume vascular.
Enchimento ventricular.
Reduz a carga sobre o coração.
Diminui a tensão sobre a parede ventricular.
Observações Importantes:
Mecanismo de Frank-Starling é uma resposta adaptativa fundamental.
Na insuficiência cardíaca, as adaptações incluem redução no inotropismo e retenção de sódio e água.
A persistência crônica da pressão diastólica final elevada contribui para congestão pulmonar.
O uso de diuréticos visa aliviar a carga sobre o coração e reduzir a tensão na parede ventricular.
Atividade do Sistema Nervoso Simpático na Insuficiência Cardíaca:
1. Papel na Resposta Compensatória:
Estimulação do sistema nervoso simpático é crucial na resposta à diminuição do débito cardíaco e do
volume sistólico.
Elevação do tônus simpático cardíaco e níveis de catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) nos
estágios finais da insuficiência cardíaca.
2. Funções do Sistema Nervoso Simpático na Insuficiência Cardíaca:
Estimulação Direta:
Frequência cardíaca e contratilidade cardíaca.
Regulação do tônus vascular.
Aumento de sódio renal e retenção de água.
Perfusão dos Órgãos:
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Fibrilação atrial é a arritmia mais comum, relacionada à perda da contração atrial, taquicardia e frequência
irregular.
Pessoas com insuficiência cardíaca têm maior risco de morte súbita cardíaca (não testemunhada, ocorrendo
dentro de uma hora após sintomas).
Disfunção ventricular pode levar a morte súbita por taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular.
3. Bloqueadores β-Adrenérgicos:
Reduzem disfunção ventricular esquerda.
Diminuem ativação do sistema nervoso simpático.
Reduzem morbidade e mortalidade em insuficiência cardíaca crônica.
Benefício a longo prazo.
4. Antagonistas do Receptor de Aldosterona:
Utilizados em combinação para casos moderadamente graves a graves.
5. Digitálicos (Glicosídios Cardíacos):
Melhoram função cardíaca aumentando força e resistência das contrações.
Reduzem frequência cardíaca e aumentam tempo de enchimento diastólico.
Controvérsias nos resultados de estudos, mas podem evitar deterioração clínica.
6. Vasodilatadores:
Não extensivamente estudados como terapia individual.
Adicionados ao regime terapêutico para controle de sintomas.
Podem ser usados em casos agudos de SICA para melhorar desempenho cardíaco.
Oxigenoterapia:
Aumenta o teor de oxigênio no sangue.
Utilizada em estados agudos de insuficiência cardíaca.
CPAP (pressão positiva contínua nas vias respiratórias) recomendado para reduzir necessidade de intubação.
CPAP pode melhorar fração de ejeção cardíaca e estabilizar estado hemodinâmico.
BiPAP (pressão positiva de dois níveis nas vias respiratórias) pode ser superior ao CPAP.
Ressincronização Cardíaca e Desfibriladores Cardioversores Implantáveis:
Terapia de ressincronização cardíaca para contrações sincronizadas.
Eletrodos de marca-passo nos ventrículos direito e esquerdo.
Melhora função ventricular, pressão arterial e reduz risco de morte.
Desfibriladores cardioversores implantáveis indicados para prevenir morte súbita por arritmias.
Suporte Mecânico e Transplante de Coração:
DAV (dispositivos de assistência ventricular) para suporte mecânico.
Usados em casos refratários ao tratamento.
Implante menos invasivo comparado ao passado.
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Etiologia: Protozoário Toxoplasma gondii, transmitido por contato com fezes de gatos infectados ou consumo
de carne crua ou mal cozida.
Fisiopatologia: O parasita pode causar danos em diversos órgãos, especialmente em pacientes
imunocomprometidos ou em mulheres grávidas.
Motivo de Persistência: Falta de conscientização sobre práticas seguras de higiene, contato com gatos e falta
de triagem adequada durante a gestação.
14. Leptospirose:
Etiologia: Bactéria do gênero Leptospira, transmitida por animais infectados, principalmente roedores.
Fisiopatologia: A bactéria invade o organismo através de ferimentos na pele ou mucosas, afetando
principalmente rins e fígado.
Motivo de Persistência: Ambientes com água contaminada, falta de saneamento básico e contato frequente
com animais infectados.
15. Dengue, Zika e Chikungunya:
Etiologia: Vírus transmitidos por mosquitos Aedes aegypti.
Fisiopatologia: Os vírus causam doenças febris agudas, com a dengue podendo progredir para formas mais
graves.
Motivo de Persistência: Dificuldades no controle do vetor, urbanização desordenada, falta de infraestrutura e
condições propícias à proliferação de mosquitos.
16. Teníase e Cisticercose:
Etiologia: Taenia solium, verme parasita.
Fisiopatologia: A teníase ocorre pela ingestão de carne contaminada, enquanto a cisticercose resulta da ingestão
de ovos presentes nas fezes humanas.
Motivo de Persistência: Práticas inadequadas de higiene, falta de inspeção sanitária e condições precárias de
saneamento básico.
17. Febre Hemorrágica:
Etiologia: Diversos vírus, como os vírus da febre hemorrágica da dengue, Ebola, Marburg, entre outros.
Fisiopatologia: Os vírus causam danos aos vasos sanguíneos, levando a hemorragias e disfunção de múltiplos
órgãos.
Motivo de Persistência: Dificuldades no controle dos vetores e falta de infraestrutura de saúde em áreas
afetadas.