Ebook - SUAS para Leigos

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Um material simples e direcionado

para você que deseja conhecer a


Assistência Social.

guia
suas para
leigos

#SUASPARATODOS

JORNADA DO TRABALHO
SOCIAL COM FAMÍLIAS NO SUAS

Profº André Dória


Concepção da Assistência Social

Com base na concepção da assistência social, que tem por funções a proteção social, a
vigilância socioassistencial e a defesa de direitos, o SUAS organiza-se sob a forma de sistema
público não contributivo, descentralizado e participativo.

É de responsabilidade da política de assistência social ocupar-se de prover proteção à vida,


reduzir danos, prevenir a incidência de riscos sociais, independente de contribuição prévia, e
deve ser financiada com recursos previstos no orçamento da Seguridade Social.

Assista uma aula sobre a Concepção da Assistência Social clicando aqui

MOTIVAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS

Uma das motivações para a organização de um Sistema Único da Assistência Social é, sem
sombra de dúvidas consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação
técnica entre os três níveis de governo, de modo articulado, operando a proteção social não
contributiva e garantindo os direitos dos usuários.

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Além disso, tem como objetivo estabelecer as responsabilidades da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios na organização, regulação, manutenção e expansão das ações
de assistência social. Definindo os níveis de gestão, de acordo com estágios de organização da
gestão e ofertas de serviços pactuados nacionalmente;

O Sistema Único da Assistência Social – SUAS deve orientar-se pelo princípio da unidade, e
regular em todo o território nacional, a hierarquia, os vínculos e as responsabilidades quanto à
oferta dos serviços, benefícios, programas e projetos de assistência social.

E dentro do processo de organização e estruturação respeitar as diversidades culturais, étnicas,


religiosas, socioeconômicas, políticas e territoriais, reconhecer as especificidades, iniquidades
e desigualdades regionais e municipais no planejamento e execução das ações.

Ao assegurar a oferta dos serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social,


integrar a rede pública e privada, com vínculo ao SUAS, de serviços, programas, projetos e
benefícios de assistência social

Para que tudo isso possa ser concretizado é fundamental implementar a gestão do trabalho e a
educação permanente na assistência social, estabelecendo a gestão integrada de serviços e
benefícios, assegurando a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos como funções da
política de assistência social.

PÚBLICO USUÁRIO DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS

A Política de Assistência Social é caracterizada como para quem dela necessitar, partindo daí a
construção inicial de nosso público, contudo, a Política Nacional de Assistência Social –
PNAS elenca alguns perfis que compõem o nosso público:

cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos;


famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento
e sociabilidade;
ciclos de vida;
identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e sexual;
desvantagem pessoal resultante de deficiências;
exclusão pela pobreza e, ou, no acesso às demais políticas públicas;

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uso de substâncias psicoativas;
diferentes formas de violência advinda do núcleo familiar, grupos e indivíduos;
inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho formal e informal;
estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que podem representar risco
pessoal e social.
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS DO SUAS

O SUAS se organiza com base em seus Princípios:

universalidade;
gratuidade;
integralidade da proteção social;
intersetorialidade; e
equidade.
O princípio da universalidade define que todos têm direito à proteção socioassistencial,
prestada a quem dela necessitar, com respeito à dignidade e à autonomia do cidadão, sem
discriminação de qualquer espécie ou comprovação vexatória da sua condição, rompendo com
a ideia do quem seletividade da oferta dos serviços.

A gratuidade consagra a assistência social como dever do estado sem exigência de contribuição
ou contrapartida, resguardando o disposto no art. 35, da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de
2003 – Estatuto do Idoso.

A integralidade da proteção social perpassa pela oferta das provisões em sua completude, por
meio de conjunto articulado de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais.

Quanto a intersetorialidade, refere-se a necessidade de integração e articulação da rede


socioassistencial com as demais políticas e órgãos setoriais, buscando atender os nossos
usuários, para além das demandas aparentes trazidas por estes.

Já a equidade, é o respeito às diversidades regionais, culturais, socioeconômicas, políticas e


territoriais, priorizando aqueles que estiverem em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e
social.

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SEGURANÇAS AFIANÇADAS PELO SUAS

Quanto as seguranças afiançadas pelo SUAS, temos:

acolhida;
renda;
convívio ou vivência familiar, comunitária e social;
desenvolvimento da autonomia; e
apoio e auxílio.
Quanto a acolhida, esta deve ser provida por meio da oferta pública de espaços e serviços para
a realização da proteção social básica e especial, de modo a assegurar o atendimento das
demandas apresentadas pelos usuários do SUAS.

A renda é operada por meio da concessão de auxílios financeiros e da concessão de benefícios


continuados, nos termos da lei, para cidadãos não incluídos no sistema contributivo de
proteção social, que apresentem vulnerabilidades decorrentes do ciclo de vida e/ou
incapacidade para a vida independente e para o trabalho.

O convívio ou vivência familiar, comunitária e social deve ser assegurado a partir da execução
dos serviços socioassistencias das proteções básica e especial, com o objetivo do
fortalecimento das funções protetivas da família e do sentimento de pertencimento familiar,
comunitário e social.

O desenvolvimento de autonomia é a chave para a execução dos serviços socioassistenciais,


que devem buscar em todas ações desenvolvidas a construção de estratégias que privilegiem o
desenvolvimento desta autonomia, haja vista que será a autonomia que potencializará
mudanças significativas nas vidas dos nossos usuários;

Quanto ao apoio e auxílio, estes devem ser assegurados quando sob riscos circunstanciais,
houver a necessidade da oferta de auxílios em bens materiais e em pecúnia, em caráter
transitório, denominados de benefícios eventuais para as famílias, seus membros e indivíduos.

PRINCÍPIOS ÉTICOS PARA A OFERTA DA PROTEÇÃO SOCIOASSISTENCIAL NO


SUAS

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Para a oferta dos nossos serviços, devemos nos atentar para os Princípios Éticos que norteiam
o SUAS:

defesa incondicional da liberdade, da dignidade da pessoa humana, da privacidade, da


cidadania, da integridade física, moral e psicológica e dos direitos socioassistenciais;
defesa do protagonismo e da autonomia dos usuários e a recusa de práticas de caráter
clientelista, vexatório ou com intuito de benesse ou ajuda;
oferta de serviços, programas, projetos e benefícios públicos gratuitos com qualidade e
continuidade, que garantam a oportunidade de convívio para o fortalecimento de laços
familiares e sociais;
garantia da laicidade na relação entre o cidadão e o Estado na prestação e divulgação das
ações do SUAS;
respeito à pluralidade e diversidade cultural, socioeconômica, política e religiosa;
reconhecimento do direito dos usuários de ter acesso a benefícios e à renda;
garantia incondicional do exercício do direito à participação democrática dos usuários,
com incentivo e apoio à organização de fóruns, conselhos, movimentos sociais e
cooperativas populares, potencializando práticas participativas;
combate às discriminações etárias, étnicas, de classe social, de gênero, por orientação
sexual ou por deficiência, dentre outras;
garantia do direito a receber dos órgãos públicos e prestadores de serviços o acesso às
informações e documentos da assistência social, de interesse particular, ou coletivo, ou
geral – que serão prestadas dentro do prazo da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011
– Lei de Acesso à Informação – LAI, e a identificação daqueles que o atender;
proteção à privacidade dos usuários, observando o sigilo profissional, preservando sua
intimidade e opção e resgatando sua história de vida;
garantia de atenção profissional direcionada para a construção de projetos pessoais e
sociais para autonomia e sustentabilidade do usuário;
reconhecimento do direito dos usuários de ter acesso a benefícios e à renda;
garantia incondicional do exercício do direito à participação democrática dos usuários,
com incentivo e apoio à organização de fóruns, conselhos, movimentos sociais e
cooperativas populares, potencializando práticas participativas;
acesso à assistência social a quem dela necessitar, sem discriminação social de qualquer
natureza, resguardando os critérios de elegibilidade dos diferentes benefícios e as
especificidades dos serviços, programas e projetos;

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garantia aos profissionais das condições necessárias para a oferta de serviços em local
adequado e acessível aos usuários, com a preservação do sigilo sobre as informações
prestadas no atendimento socioassistencial, de forma a assegurar o compromisso ético e
profissional estabelecidos na Norma Operacional Básica de Recurso Humanos do SUAS
– NOB-RH/SUAS;
disseminação do conhecimento produzido no âmbito do SUAS, por meio da publicização
e divulgação das informações colhidas nos estudos e pesquisas aos usuários e
trabalhadores, no sentido de que estes possam usá-las na defesa da assistência social, de
seus direitos e na melhoria da qualidade dos serviços, programas, projetos e benefícios;
simplificação dos processos e procedimentos na relação com os usuários no acesso aos
serviços, programas, projetos e benefícios, agilizando e melhorando sua oferta;
garantia de acolhida digna, atenciosa, equitativa, com qualidade, agilidade e
continuidade;
prevalência, no âmbito do SUAS, de ações articuladas e integradas, para garantir a
integralidade da proteção socioassistencial aos usuários dos serviços, programas, projetos
e benefícios;
garantia aos usuários do direito às informações do respectivo histórico de atendimentos,
devidamente registrados nos prontuários do SUAS.

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Proteção Social

A Constituição Federal (CF) brasileira de 1988, ao afiançar os direitos humanos e sociais como
responsabilidade pública e estatal, operou, ainda que conceitualmente, fundamentais
mudanças, pois acrescentou na agenda dos entes públicos um conjunto de necessidades até
então consideradas de âmbito pessoal ou individual.

Assista a aula Proteção Social no Brasil clicando aqui!

Nesse caminho, inaugurou uma mudança para a sociedade brasileira ao introduzir a seguridade
como um guarda-chuva que abriga três políticas de proteção social: a saúde, a previdência e a
assistência social. As constituições anteriores já reconheciam o papel da previdência social em
assegurar a maior parte das atenções da legislação social do trabalho.

O seguro social de contribuição tripartite entre Estado, patrão e empregado foi implantado no
Brasil na segunda década do século XX e absorvido pela sociedade, ainda que não alcançasse
todos os trabalhadores, como é o caso dos domésticos.

Discutir a previdência social tem significado, no Brasil, o exame de um seguro social,


portanto, diretamente contributivo, quer pelos beneficiários para os quais presta assistência,
quer para seus patrões e para o Estado.

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A saúde só foi incluída e reconhecida como direito de todos pela CF/88. O texto constitucional
propõe um Sistema Único de Saúde para todos os cidadãos e em todo o território nacional.
Convive nesse modelo com o setor privado (individual ou coletivo) que oferece seguros −
entre os quais as antigas mutualidades de base étnica ou profissional – ou serviços lucrativos
de atenção individual para as saúdes clínica, hospitalar, terapêutica, laboratorial etc.

A inclusão da assistência social na seguridade social foi uma decisão plenamente inovadora.
Primeiro, por tratar esse campo como de conteúdo da política pública, de responsabilidade
estatal, e não como uma nova ação, com atividades e atendimentos eventuais.

Segundo, por desnaturalizar o princípio da subsidiariedade, pelo qual a ação da família e da


sociedade antecedia a do Estado. O apoio a entidades sociais foi sempre o biombo relacional
adotado pelo Estado para não quebrar a mediação da religiosidade posta pelo pacto Igreja-
Estado. Terceiro, por introduzir um novo campo em que se efetivam os direitos sociais.

A inclusão da assistência social significou, portanto, ampliação no campo dos direitos


humanos e sociais e, como consequência, introduziu a exigência de a assistência social, como
política, ser capaz de formular com objetividade o conteúdo dos direitos do cidadão em seu
raio de ação, tarefa, aliás, que ainda permanece em construção.

A assistência social, como toda política social, é um campo de forças entre concepções,
interesses, perspectivas, tradições. Seu processo de efetivação como política de direitos não
escapa do movimento histórico entre as relações de forças sociais. Portanto, é fundamental a
compreensão do conteúdo possível dessa área e de suas implicações no processo civilizatório
da sociedade brasileira.

Torna-se cada vez mais claro o embate entre duas abrangentes concepções da política de
assistência social. Uma que, nos termos da CF/88, busca configurá-la como política de Estado
(dever de Estado) e direito da população.

Outra, que interpreta a CF/88 pelo princípio de subsidiariedade, isto é, o Estado deve ser o
último e não o primeiro a agir.

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Aplicar um modelo na realidade exige a capacidade estratégica de enfrentar condicionantes,
determinantes e impactos nos elementos do presente e do passado, que não condizem com o
modelo que se deseja concretizar para o futuro. Portanto, a aplicação do modelo supõe a
alteração do que já vinha ocorrendo e, ainda, um novo modo de realizar a leitura dos fatos e
elementos em mutação.

Proteção social – o sentido de proteção supõe, antes de tudo, tomar a defesa de algo, impedir
sua destruição, sua alteração. A ideia de proteção contém um caráter preservacionista – não da
precariedade, mas da vida –, supõe apoio, guarda, socorro e amparo. Esse sentido
preservacionista é que exige tanto a noção de segurança social como a de direitos sociais. A
Política Nacional de Assistência Social (PNAS) de 2004 afirma que a proteção social deve
afiançar segurança de:

sobrevivência: de rendimento; de autonomia;


acolhida;
convívio: de vivência familiar.
Por decorrência, desse entendimento é que a assistência social, no modelo brasileiro de
proteção social não contributiva, passa a ter três funções, conforme explicita a PNAS-2004.

PROTEÇÃO SOCIAL NO SUAS:

A Proteção Social consolidada pelo SUAS se organiza com base na complexidade, como se
segue:

Proteção Social Básica – PSB:

Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF


Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas
Proteção Social Especial de Média Complexidade:

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Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias Indivíduos – PAEFI
Serviço Especializado de Abordagem Social
Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida
socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à
Comunidade (PSC)
Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos(as) e suas
Famílias
Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua
Proteção Social Especial de Alta Complexidade:

Serviço de Acolhimento Institucional


Serviço de Acolhimento em República
Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora
Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de emergências

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Socioassistencial!

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Vigilância Socioassistencial

A Vigilância Socioassistencial deve apoiar atividades de planejamento, organização e execução


de ações desenvolvidas pela gestão e pelos serviços, produzindo, sistematizando e analisando
informações territorializadas:

a) sobre as situações de vulnerabilidade e risco que incidem sobre famílias e indivíduos;

b) sobre os padrões de oferta dos serviços e benefícios socioassistenciais, considerando


questões afetas ao padrão de financiamento, ao tipo, volume, localização e qualidade das
ofertas e das respectivas condições de acesso.

Assista a aula sobre Vigilância Socioassistencial clicando aqui!

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A Vigilância Socioassistencial objetiva detectar e compreender as situações de precarização e
de agravamento das vulnerabilidades que afetam os territórios e os cidadãos, prejudicando e
pondo em risco sua sobrevivência, dignidade, autonomia e socialização. Deve buscar conhecer
a realidade específica das famílias e as condições concretas do lugar onde elas vivem e, para
isso, é fundamental conjugar a utilização de dados e informações estatísticas e a criação de
formas de apropriação dos conhecimentos produzidos pelos pelas equipes dos serviços
socioassistenciais, que estabelecem a relação viva e cotidiana com os sujeitos nos territórios.

A VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL:

produz e sistematiza informações, constrói indicadores e índices territorializados das


situações de risco e vulnerabilidade social, que incidem sobre famílias e sobre os
indivíduos nos diferentes ciclos de vida;
monitora a incidência das situações de violência, negligência e maus tratos, abuso e
exploração sexual, que afetam famílias e indivíduos, com especial atenção para aquelas
em que são vitimas crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência.
identifica pessoas com redução da capacidade pessoal, com deficiência ou em abandono;
identifica a incidência de vítimas de apartação social, que lhes impossibilite sua
autonomia e integridade, fragilizando sua existência;
monitora os padrões de qualidade dos serviços de Assistência Social, com especial
atenção para aqueles que operam na forma de albergues, abrigos, residências, semi-
residências, moradias provisórias para os diversos segmentos etários;
analisa a adequação entre as necessidades de proteção social da população e a efetiva
oferta dos serviços socioassistenciais, considerando o tipo, volume, qualidade e
distribuição espacial deles;
auxilia a identificação de potencialidades dos territórios e das famílias neles residentes.
CONCEITOS-CHAVE NA VIGILÂNCIA

Como apontado nos artigos 1º e 6º da Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS – , a


Vigilância evoca a apropriação e utilização de três conceitos-chave, a saber risco,
vulnerabilidade e território, que interrelacionados propiciam um modelo para análise das
relações entre as necessidades de proteção social no âmbito da assistência social, de um lado; e
as respostas desta política em termos de oferta de serviços e benefícios à população, de outro.

RISCO

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O conceito de risco é utilizado em diversas áreas do conhecimento e tem aplicação distinta no
âmbito de diversas políticas públicas, tais como, saúde, meio ambiente, segurança etc. Via de
regra, a operacionalização do conceito visa identificar a probabilidade ou a iminência de um
evento acontecer e, consequentemente, está articulado com a disposição ou capacidade de
antecipar-se para preveni-lo, ou de organizar-se para minorar seus efeitos, quando não é
possível evitar sua ocorrência.

Para a Assistência Social, portanto, a operacionalização do conceito risco exige a definição do


conjunto de eventos em relação aos quais lhe compete diretamente desenvolver esforços de
prevenção ou de enfrentamento para redução de seus agravos. Em relação a tais eventos é
necessário desenvolver estudos que permitam algum tipo de mensuração e monitoramento da
sua incidência ou da probabilidade de sua ocorrência.

situações de violência intrafamiliar; negligência; maus tratos; violência, abuso ou


exploração sexual; trabalho infantil; discriminação por gênero, etnia ou qualquer outra
condição ou identidade;
situações que denotam a fragilização ou rompimento de vínculos familiares ou
comunitários, tais como: vivência em situação de rua; afastamento de crianças e
adolescentes do convívio familiar em decorrência de medidas protetivas; atos infracionais
de adolescentes com consequente aplicação de medidas socioeducativas; privação do
convívio familiar ou comunitário de idosos, crianças ou pessoas com deficiência em
instituições de acolhimento; qualquer outra privação do convívio comunitário vivenciada
por pessoas dependentes (crianças, idosos, pessoas com deficiência), ainda que residindo
com a própria família.
VULNERABILIDADE

Tal como o conceito de risco, o conceito de vulnerabilidade também é utilizado em diversas


políticas públicas. Sendo assim, cabe refletir qual a especificidade de sua aplicação no âmbito
da política de assistência social. Segundo a PNAS (2004) a vulnerabilidade se constitui em
situações ou ainda em identidades que podem levar a exclusão social dos sujeitos. Estas
situações se originam no processo de produção e reprodução de desigualdades sociais, nos
processos discriminatórios, segregacionais engendrados nas construções sócio históricas que
privilegiam alguns pertencimentos em relação a outros.

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A Assistência Social deve compreender o aspecto multidimensional presente no conceito de
vulnerabilidade social, não restringindo esta à percepção de pobreza, tida como posse de
recursos financeiros, embora a insuficiência de renda seja obviamente um importante fator de
vulnerabilidade. É necessário que a vulnerabilidade seja entendida como uma conjugação de
fatores, envolvendo, geralmente, características do território, fragilidades ou carências das
famílias, grupos ou indivíduos e deficiências da oferta e do acesso a políticas públicas.

Não há dúvida de que a ausência de saneamento básico é um forte fator de vulnerabilidade e


que constitui um elemento relevante na caracterização do território, no entanto as medidas
necessárias ao enfrentamento e superação deste fator dependem fundamentalmente de ações
específicas desenvolvidas pelas áreas de habitação e infraestrutura.

Nessa mesma perspectiva, devemos nos perguntar quais os fatores de vulnerabilidade cujo
enfrentamento e superação requerem, fundamentalmente, ações específicas da política de
assistência social, ou seja, ações de responsabilidade própria dos serviços, programas e
projetos que nos cabe executar, ou dito de outra forma, ações garantidoras das seguranças e
proteções que, segundo a LOAS e a PNAS, nos cabe assegurar.

TERRITÓRIO

O território é muito mais do que a paisagem física ou o perímetro que delimita uma
comunidade, bairro ou cidade. O território é o espaço recheado pelas relações sociais passadas
e presentes, a forma específica de apropriação e interação com o ambiente físico, as ofertas e
as ausências de políticas públicas, as relações políticas e econômicas que o perpassam, os
conflitos e os laços de solidariedade nele existentes.

Isto significa dizer que, em grande medida, as potencialidades ou vulnerabilidades de uma


família ou indivíduo são determinadas pelo território no qual ela está inserida. Como
consequência desta perspectiva, é necessário que o território em si também seja encarado como
objeto de intervenção/atuação da política de Assistência Social, para além das ações
desenvolvidas com as famílias e indivíduos.

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A atuação sobre o território significa a atuação no plano coletivo, que passa, por um lado, pelo
compromisso do poder público com estruturação da oferta de serviços socioassistenciais
compatíveis com as necessidades do território, e por outro lado, pelo estabelecimento de
vínculos reais entre as equipes de referência dos serviços e os territórios, de forma a
desenvolver intervenções que possibilitem a promover na população a “coletivização” na
reflexão sobre os problemas, assim como construção das estratégias igualmente coletivas para
o enfrentamento ou superação dos mesmos.

VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL

Ciclo de Execução da Vigilância Socioassistencial

MACRO ATIVIDADES

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Organização, estruturação e padronização de informações.
Gerenciamento e consulta de sistemas informatizados.
Elaboração de diagnósticos e estudos.
Monitoramento e Avaliação.
Planejamento e organização de ações de busca ativa.
Notificações de Violências e Violações de Direitos.
ORGANIZAÇÃO DA ÁREA

A Vigilância Socioassistencial tem um compromisso horizontal, de responder a demandas dos


órgãos gestores onde estão instituídos e um compromisso vertical, de responder a demandas
dos serviços.

Organização da Vigilância Socioassistencial

A equipe da Vigilância deve ser multidisciplinar. Sugere-se que nos estados, nas metrópoles e
nos municípios de grade porte a equipe da Vigilância Socioassistencial inclua profissionais das
seguintes formações:

Sociologia;
Estatística;
Serviço Social;
Psicologia.

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Não há dúvidas que o olhar da Vigilância Socioassistencial requer conhecimentos específicos e
especializados. A equipe responsável pela Vigilância Socioassistencial deve ser capaz de:

Produção e análise de dados qualitativos e quantitativos.


Realizar tarefas de manipulação e produção de Banco de Dados em softwares específicos,
como EXCEL, ACESS, SPSS, SAS, STATA, entre outros.
Produzir e interpretar de tabelas e gráficos.
Calcular indicadores relativos à vulnerabilidade social e pobreza.
Elaborar documentos técnicos com análises baseadas em dados, como os diagnósticos
socioterritoriais.
Produzir e analisar dados georreferenciados, quando necessário.
Propor e realizar diagnóstico participativos.

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A Constituição Federal - CF do Brasil de 1988 em vários capítulos prevê e assegura os direitos


sociais. No capítulo da Seguridade Social reconhece e afirma a Assistência Social como
política pública de direito, e se torna um avanço imensurável no reconhecimento e
enfrentamento das desigualdades sociais e na garantia dos mínimos sociais, protegendo e
vigiando os direitos de cidadania e dignidade.

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Assista a aula sobre Garantia de Direitos clicando aqui!

O imenso desafio da Assistência Social, enquanto política pública brasileira de proteção social
é garantir através de seus benefícios e serviços condições de cidadania e de dignidade humana.

Dessa forma a LOAS trouxe em seu bojo normativo a garantia de direitos, através de
benefícios e serviços para a população que passam por situações de pobreza e vulnerabilidade
social.

10 DIREITOS SOCIOASSISTENCIAIS

1. Todos os direitos de proteção social de assistência social consagrados em Lei para todos:
Direito, de todos e todas, de usufruírem dos direitos assegurados pelo ordenamento jurídico
brasileiro à proteção social não contributiva de assistência social efetiva com dignidade e
respeito.

2. Direito de equidade rural-urbana na proteção social não contributiva: Direito, do cidadão e


cidadã, de acesso às proteções básica e especial da política de assistência social, operadas de
modo articulado para garantir completude de atenção, nos meios rural e urbano.

3. Direito de equidade social e de manifestação pública: Direito, do cidadão e da cidadã, de


manifestar-se, exercer protagonismo e controle social na política de assistência social, sem
sofrer discriminações, restrições ou atitudes vexatórias derivadas do nível pessoal de instrução
formal, etnia, raça, cultura, credo, idade, gênero, limitações pessoais.

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4. Direito à igualdade do cidadão e cidadã de acesso à rede socioassistencial: Direito à
igualdade e completude de acesso nas atenções da rede socioassistencial, direta e conveniada,
sem discriminação ou tutela, com oportunidades para a construção da autonomia pessoal
dentro das possibilidades e limites de cada um.

5. Direito do usuário à acessibilidade, qualidade e continuidade: Direito, do usuário e usuária,


da rede socioassistencial, à escuta, ao acolhimento e de ser protagonista na construção de
respostas dignas, claras e elucidativas, ofertadas por serviços de ação continuada, localizados
próximos à sua moradia, operados por profissionais qualificados, capacitados e permanentes,
em espaços com infraestrutura adequada e acessibilidade, que garantam atendimento privativo,
inclusive, para os usuários com deficiência e idosos.

6. Direito em ter garantida a convivência familiar, comunitária e social: Direito, do usuário e


usuária, em todas as etapas do ciclo da vida a ter valorizada a possibilidade de se manter sob
convívio familiar, quer seja na família biológica ou construída, e à precedência do convívio
social e comunitário às soluções institucionalizadas.

7. Direito à Proteção Social por meio da intersetorialidade das políticas públicas: Direito, do
cidadão e cidadã, à melhor qualidade de vida garantida pela articulação, intersetorial da
política de assistência social com outras políticas públicas, para que alcancem moradia digna
trabalho, cuidados de saúde, acesso à educação, à cultura, ao esporte e lazer, à segurança
alimentar, à segurança pública, à preservação do meio ambiente, à infraestrutura urbana e
rural, ao crédito bancário, à documentação civil e ao desenvolvimento sustentável.

8. Direito à renda: Direito, do cidadão e cidadã e do povo indígena, à renda individual e


familiar, assegurada através de programas e projetos intersetoriais de inclusão produtiva,
associativismo e cooperativismo, que assegurem a inserção ou reinserção no mercado de
trabalho, nos meios urbano e rural.

9. Direito ao cofinanciamento da proteção social não contributiva: Direito, do usuário e


usuária, da rede socioassistencial a ter garantido o cofinanciamento estatal – federal, estadual,
municipal e Distrito Federal – para operação integral, profissional, contínua e sistêmica da rede
socioassistencial nos meios urbano e rural.

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10. Direito ao controle social e defesa dos direitos socioassistenciais: Direito, do cidadão e
cidadã, a ser informado de forma pública, individual e coletiva sobre as ofertas da rede
socioassistencial, seu modo de gestão e financiamento; e sobre os direitos socioassistenciais, os
modos e instâncias para defendê-los e exercer o controle social, respeitados os aspectos da
individualidade humana, como a intimidade e a privacidade.

A proteção social não-contributiva e o princípio da equidade como paradigma para a gestão


dos direitos socioassistenciais.

A seguridade social e a proteção social não-contributiva. O papel da Assistência Social na


seguridade social e na proteção social não-contributiva. Afirmação dos direitos
socioassistenciais como instrumento para o enfrentamento das desigualdades e para a
promoção da equidade e da justiça social. A equidade enquanto fundamento ético e político
necessário ao aprimoramento da universalização de direitos sociais.

A proteção socioassistencial no campo da seguridade social enquanto direito de cidadania e


dever do Estado. A gestão dos direitos socioassistenciais comprometida com a resolutividade
das demandas e com a emancipação social dos usuários. Defesa e garantia de direitos
socioassistenciais como recurso estratégico para assegurar a proteção social não-contributiva e
a promoção da equidade e da justiça social. Defesa e garantia da proteção social não-
contributiva no cenário atual.

1. Garantir acesso à Assistência Social para o enfrentamento de desigualdades e promoção da


equidade, considerando grupos em situação de maior vulnerabilidade;

2. Fomentar a relação intersetorial entre as Políticas de Assistência Social, Saúde e Previdência


Social – integrantes da Seguridade Social – e com a Educação e Trabalho e Emprego, visando
à garantia de direitos sociais;

3. Assegurar a vinculação do BPC ao salário mínimo, conforme previsão na Constituição


Federal;

4. Universalizar o acesso ao BPC, alcançando a população ainda sem cobertura de segurança


de renda, considerando a Lei Brasileira de Inclusão (LBI);

5. Garantir a segurança de renda como estratégia de enfrentamento à pobreza e acesso às


necessidades sociais básicas, com adoção de contínua valorização dos benefícios do Programa
Bolsa Família;

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6. Efetivar a oferta de benefícios eventuais sob a lógica do direito socioassistencial.

Gestão Democrática e Controle Social: o lugar da sociedade civil no SUAS Direito à


participação social e o lugar da sociedade civil na gestão democrática e no controle social.
Efetivação do direito à participação social. Direito à participação social na prática cotidiana
dos equipamentos e serviços socioassistenciais nos territórios. Qualificação, capacitação e
educação permanente de conselheiros e trabalhadores como recursos para assegurar a
participação social, o controle social e a garantia de direitos socioassistenciais. Papel,
financiamento e relação com o SUAS das Entidades de Assessoramento, Defesa e Garantia de
Direitos. Gestão do trabalho no SUAS, relação trabalhadores-usuários e seus impactos na
garantia dos direitos socioassistenciais.

1. Garantir a profissionalização do SUAS e a valorização dos trabalhadores nas diferentes


esferas e estimular o papel dos trabalhadores como promotores do acesso da população em
situação de vulnerabilidade às políticas sociais e a direitos;

2. Fomentar o papel dos Conselhos de Assistência Social nas iniciativas de gestão do Programa
Bolsa Família (PBF) e do Cadastro Único, potencializando o exercício do controle social nos
termos da Resolução CNAS nº 15/2014;

3. Criar estratégias de comunicação e de informação para ampla divulgação dos direitos


socioassistenciais e de seu reconhecimento por parte dos usuários da política;

4. Promover a articulação dos Conselhos da Assistência Social com outros conselhos


(educação, saúde e defesa de direitos), visando à integração de esforços, a qualificação das
atenções e a garantia de direitos.

Acesso às seguranças socioassistenciais e a articulação entre serviços, benefícios e


transferência de renda como garantias de direitos socioassistenciais Seguranças
Socioassistenciais. Acesso a direitos e aquisições dos usuários. Acesso e garantia de direitos
como premissa para a qualificação das ofertas no SUAS. Articulação e integração entre
serviços, benefícios e transferência de renda para acesso e garantia de direitos. Papel
estratégico da vigilância socioassistencial, do Cadastro Único e dos Programas para a
articulação e integração entre serviços, benefícios e garantia de direitos. Visibilidade dos
resultados da Política de Assistência Social e de seus impactos na vida da população atendida.

1. Instituir parâmetros para a relação do SUAS com o Sistema de Justiça, visando o


estabelecimento de fluxos e protocolos de referenciamento e de definição de competências;

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2. Fortalecer a intersetorialidade como estratégia de gestão, visando a garantia de direitos, e
potencializar estratégias que possam incidir na prevenção e na redução da violência, sobretudo
a segmentos em situação de maior vulnerabilidade;

3. Revisar o Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferência de Renda;

4.Garantir a inclusão dos beneficiários do BPC no Cadastro Único e fortalecer as estratégias de


integração entre acesso a benefícios, serviços e direitos para apoio a segmentos que demandem
cuidados – crianças na primeira infância, idosos e pessoas com deficiência - e suas famílias;

5.Reordenar e ampliar a oferta de serviços de acolhimento na perspectiva da garantia de


direitos;

6.Fortalecer a atuação da Política de Assistência Social para a redução de desigualdades e


promoção do acesso a direitos, com estratégias voltadas à ampliação do acesso e permanência
na escola, à integração ao mundo do trabalho e ao acesso ao trabalho decente.

A legislação como instrumento para uma gestão de compromissos e corresponsabilidades dos


entes federativos para a garantia dos direitos socioassistenciais.

Aprimoramento da legislação da Política de Assistência Social para assegurar a efetivação dos


compromissos e corresponsabilidades dos entes na garantia dos direitos socioassistenciais.
Fortalecimento dos espaços de pactuação. Diversidade na capacidade de gestão e
financiamento dos entes e impactos na garantia de direitos dos usuários.

Vigilância Socioassistencial e instrumentos de gestão do SUAS como elementos estratégicos


para o planejamento das ofertas, acesso e garantia de direitos. Convergência entre
cofinanciamento e custos das ofertas, considerando compromissos compartilhados.

1. Aprimorar a gestão compartilhada, descentralizada e participativa do SUAS, atualizando


normativas e considerando a responsabilidade dos entes no cofinanciamento e na provisão das
respectivas ofertas e o necessário fortalecimento do pacto federativo;

2. Definir parâmetros para a participação dos entes no cofinanciamento do SUAS,


considerando serviços, benefícios, programas e apoio à gestão;

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Referências Bibliográ cas

3.Revisar as normativas do SUAS, de modo a considerar na regulação as diversidades e


especificidades de públicos e territórios, na perspectiva da garantia dos direitos
socioassistenciais;

4. Aprimorar parâmetros de cofinanciamento, considerando os fatores amazônico e semiárido


nordestino, as grandes extensões territoriais e áreas rurais;

5.Assegurar que as receitas da Política de Assistência Social e suas despesas com pessoal não
sejam computadas para fins dos limites estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal –
LRF.

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BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de


Assistência Social - PNAS. Brasília, 2004.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Norma Operacional


Básica da Assistência Social – NOB-SUAS. Brasília, 2005.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Norma Operacional


Básica da Assistência Social – NOB-SUAS. Brasília, 2012.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas da


Vigilância Socioassistencial. Brasília, 2013.

Página 23
SUAS para
Leigos

Este e-book tem como intuito te passar as bases que sustentam a


execução da Política de Assistência Social, e com isso te possibilitar
conhecer e entender melhor o funcionamento do Sistema Único de
Assistência Social.

Espero que os conhecimentos que adquirir aqui te ajudem na melhoria


da tua jornada profissional.

Abraços!

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